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Os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e João Campos (PSB-PE) resolveram abrir de vez o romance que estão vivendo já há alguns meses. Tanto é que, após João passar o Natal junto com Tabata em São Paulo, a pedetista resolveu curtir a virada do ano em Pernambuco, junto com o filho do ex-governador Eduardo Campos e sua família. 

No Instagram, João publicou uma foto em que Tabata aparece ao seu lado. Além dela, dividem a imagem a mãe dele, Renata Campos, e os irmãos, José, Miguel, Pedro e Eduarda.

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Na legenda, o deputado diz estar "pronto para 2020", que é um ano eleitoral. João é cotado para disputar o comando da Prefeitura do Recife, como o indicado do atual prefeito, Geraldo Julio (PSB), à sucessão.

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A noite de Natal foi especial para os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e João Campos (PSB-PE), mais novo casal do meio político. O parlamentar pernambucano passou a noite com a família da petebista, em São Paulo e ela compartilhou o momento de intimidade em seu perfil no Instagram.

Na legenda da foto em que aparece ladeada pela família e pelo namorada, Tabata escreveu: “Hoje é dia de celebrar a vida com quem amamos. Que o Natal seja repleto de abraços apertados e muita luz! Um feliz e abençoado Natal para todos vocês!”.

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Os seguidores de Tabata a desejaram feliz Natal e fizeram questão de parabeniza-la pelo relacionamento. Um dos votos de feliz Natal veio do também deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE).

Tabata e João 

Os deputados estão em período de recesso parlamentar após o ano em que estrearam na Câmara dos Deputados e começaram a integrar as comissões da Educação e a CPI do Óleo, da qual João é relator. Os dois têm sido críticos ferrenhos do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Na última sessão da Comissão, João protagonizou um embate com o ministro e disparou contra o tio Antônio Campos, que atualmente ocupa a presidência da Fundaj.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) questionou, nesta quarta-feira (18) via Twitter, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) sobre o método de aplicação usado pelo educador Paulo Freire e disse que as ideias da parlamentar não passam de "velhas". As críticas começaram após a pedetista ter dado nota zero ao Ministério da Educação (MEC).

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Em entrevista ao jornal El País na segunda-feira (16), Tabata Amaral se colocou contra o discurso ideológico do governo Jair Bolsonaro e disse que não via nada de positivo na atual gestão do MEC, cujo ministro é Abraham Weintraub. 

No mesmo dia, o terceiro filho de Bolsonaro defendeu o MEC e respondeu que a deputada "vivia em outro mundo". 

"Tabata Amaral vive em outro mundo. Dar zero para o MEC que: salvou o Enem, tirou a ideologia de gênero, botou escolas cívico-militares, descontigenciou 100% do orçamento do MEC, mesmo com doentes e idiotas úteis protestando contra o inexistente corte de 30%. Abraham Weintraub é 1.000!", tuitou o político. 

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reprovou a filosofia de Paulo Freire o chamando de "energúmeno" e ídolo da esquerda

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) não está satisfeita com a gestão de Abraham Weintraub à frente do Ministério da Educação (MEC). Em entrevista ao jornal EL País, a parlamentar deu nota zero para o ministro e disse que, ao assumir um discurso ideológico, o governo cruza os braços para a educação.

 "Zero. Talvez, um. Fico só preocupada que não estou aqui só marcando um posicionamento de oposição. Trabalhando com dados oficiais, eu tenho dificuldade em dizer onde eles avançaram. Não vejo o que há de positivo na atual gestão do MEC", disse a pedetista, após ser indagada sobre que nota conseguia dar a Abraham.

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De acordo com a deputada, a avaliação se deu com base no relatório da Comissão Externa da Educação da Câmara, da qual ela faz parte. No relatório, foi apontado que projetos importantes para a educação ficaram com execução orçamentária próximo de zero. 

"Na comissão olhamos para questões técnicas. Olhamos a execução orçamentária dos projetos e encontramos um projeto de ensino de jovens e adultos próximo de zero. Outro, com 1% de execução", observou.

Perguntada se o orçamento da educação teria sido cortado ou contingenciado de fato, a deputada disse que houve um pouco dos dois e enfatizou que o orçamento disponível e executado foi menor ao longo do ano.

“Tivemos um pouco dos dois. Quando falamos de contingenciamento, é uma prática normal de governos. O dinheiro dos impostos às vezes entra mais em um mês do que no outro. Então, não conseguiríamos liberar todo o caixa previsto para aquele ano para universidades, por exemplo. Isso é contingenciar. Agora, você diminuir o Orçamento, isso é corte. E tivemos dos dois. E os dois foram chamados de contingenciamento”, afirmou. 

Na opinião da parlamentar, o governo age com uma postura ideológica, o que fez com que a gestão falhasse com alunos e professores ao longo de 2019.  "Na nossa interpretação vem sendo um ano perdido para a educação", completou.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta terça-feira (3) a Proposta de Emenda à Constituição 200/19, da deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que insere o programa Bolsa Família na Constituição. O Bolsa Família atende atualmente cerca de 13,5 milhões de famílias que vivem em extrema pobreza ou estado de pobreza, com renda per capita de até R$ 178 mensais por indivíduo. O benefício médio pago a cada família é de R$ 189,21.

Tabata Amaral destacou que 23 dos 25 líderes partidários da Câmara apoiaram a medida. "Neste momento de polarização, sabemos reconhecer a importância de políticas públicas de Estado", comemorou. "Independentemente da visão de mundo e da pessoa que está no poder, o Bolsa Família não poderá ser questionado ou diminuído. Não poderá agora alguém dizer que se um candidato for eleito vai acabar com o Bolsa Família", disse.

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Tabata Amaral lembrou que 3,8 milhões de crianças vivem na pobreza. "Não estamos cegos a isso e à desigualdade que só aumenta. Enquanto tivermos pessoas miseráveis, elas serão assistidas por nós", observou Tabata Amaral.

A aprovação foi recomendada pelo relator, deputado Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL). "A proposta reforça princípios importantes, valores e objetivos constitucionais, tais como a dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades sociais e a promoção do bem de todos", defendeu.

Críticas

A PEC também recebeu criticas de alguns deputados.  A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) mostrou preocupação com o impacto financeiro da proposta. "Se estamos querendo tirar o Brasil do atoleiro econômico, não podemos tornar obrigatória uma despesa primária e constitucionalizar um programa de transferência de renda, sob pena de novamente endividarmos o Brasil e levarmos o País à ruína financeira", alertou.

Ela lembrou que há 700 mil famílias inscritas no cadastro, que não recebem o benefício por restrições orçamentárias. "O governo já não tem dinheiro para pagar todo mundo. Temos de tirar as pessoas da pobreza e dar emprego", afirmou.

Já o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) acusou o programa de causar um ciclo de dependência para os beneficiados. "Estamos perpetuando programas assistencialistas que deveriam ser temporários, vinculados a uma necessidade momentânea", lamentou.

*Da Agência Câmara Notícias

 

Coordenadora da comissão da Câmara que apontou paralisia no planejamento e gestão do Ministério da Economia (MEC), a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) considera 2019 um ano perdido na educação do País. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a deputada apontou o baixo índice de execução orçamentária como um dos principais problemas da gestão do ministro Abraham Weintraub.

"Faz opções ideológicas todos os dias, diz publicamente que está mais preocupado em perseguir fulano e sicrano do que pensar na educação, e cruza os braços. Parece que não é com ele a situação da educação no Brasil", afirmou. Na entrevista, Tabata defendeu a aprovação de propostas no Congresso para blindar o orçamento do MEC e aumentar os repasses de emendas parlamentares para a área. "Claramente, este ano a gente perdeu. Tem de ficar em cima para tentar reverter o que der."

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O que o diagnóstico no trabalho do MEC feito pela comissão encontrou de mais importante?

A gente não está questionando as questões ideológicas que o MEC coloca. A gente questiona que nada é feito na ponta. Entendemos o contexto fiscal, e até comparamos muito com os governos Michel Temer e Dilma Rousseff. E a gente vê que a execução orçamentária foi muito baixa. Mesmo quando você considera os bloqueios, não se justifica. Tem dois programas de educação de jovens e adultos do governo. Um deles teve execução de zero e outro de 1%. Qual é a justificativa para isso? Não é o contingenciamento.

Outro exemplo que a gente usa e que para mim é muito emblemático é o do orçamento para investimento, que foi de 4,4% quando se olha até julho. E mesmo comparando com o governo Temer, que foi uma situação muito parecida, chegava em 11%. Na pauta de alfabetização, que o governo elegeu como prioridade, sempre está se tratando da ideologia da metodologia escolhida. Houve uma preferência por uma ideologia. Tudo bem, a gente pode discordar ou concordar. Mas daí nada foi feito. Não houve nenhuma direção dada para professores, prefeituras, secretários. O próprio Plano Nacional da Educação está sendo completamente ignorado. Não se pode ignorar as metas e colocar coisas novas como escola cívico-militar, que não tem embasamento em evidências e custa muito caro.

E o trabalho de Weintraub?

O que eu sinto é que se cruzou os braços, sabe? Em um momento que tem pouco orçamento, você não executa o orçamento que tem. Critica a ideologia que teoricamente baseia a alfabetização no Brasil, mas é incapaz de colocar outra no lugar. Enfim, ele (Weintraub) faz opções ideológicas todos os dias, diz publicamente que está mais preocupado em perseguir fulano e sicrano do que pensar na educação, e cruza os braços.

Além de blindar o orçamento do MEC de bloqueios, o relatório propõe uma PEC que vincula à Educação 10% das verbas de emendas individuais de parlamentares. O governo tem ido em direção contrária...

Tem resistência, mas acho que cada vez mais a bancada da educação está ficando maior. Política é você tomar decisões difíceis, é fazer escolhas políticas. E a gente quer que a Câmara faça escolhas pela educação.

Na PEC do Pacto do Federativo, o governo propõe unificar o piso de gastos que a Constituição prevê para saúde e educação. É o contrário do que a comissão está propondo?

Sim. Enfraquece a educação. Quando se coloca educação e saúde no mesmo bolo, é evidente quem vai perder e quem vai ganhar. Nossa população está envelhecendo, os gastos com saúde tendem a aumentar. A gente tem de ajustar, fazer reformas, mas não podemos deixar de acreditar que educação é a saída para o País.

Sobre ensino superior, o relatório propõe mudar o regime de dedicação exclusiva dos professores e, ao mesmo tempo, aqueles que fizessem trabalhos para o mercado privado destinariam 10% das receitas à instituição federal. Como funcionaria?

 

Hoje a gente sabe que tem muitos professores universitários que, ao receber convite de uma consultoria, de algum trabalho, o recebem pela instituição na qual trabalham. A gente entende que é uma solução para esse imbróglio. Nesse caso, faz sentido que uma pequena parte fique com a instituição.

Existe um calendário para as propostas da comissão?

Com o relatório aprovado na comissão externa que avaliou o trabalho do MEC, vamos apresentar na Comissão de Educação e conversar com o presidente e os integrantes sobre um planejamento de apresentação dos projetos. Se a gente conseguir que a Comissão de Educação abrace e seja autora, incorporando visões, vai ser muito importante, porque tem uma representação bem plural. Em relação ao MEC, a gente vai apresentar para o ministro também e no próximo ano vamos fazer um acompanhamento muito de perto das metas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O partido do prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) já está projetando a composição da chapa majoritária para as eleições de 2020. O partido quer dar novos ares à gestão municipal e cogita uma figura feminina como candidata à vice-prefeita. O nome cotado, segundo o UOL, é da pedetista Tabata Amaral.

De acordo com o UOL, o presidente do PSDB na capital paulista, Fernando Alfredo, ainda articula o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato a vereador.

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Recentemente o ex-governador declarou que não tem pretensão de disputar uma cadeira no legislativo municipal e que atualmente tem foco a sua carreira na médica.

 

A deputada Tabata Amaral disse nesta quinta-feira, 31, que as comissões especiais da reforma social devem ser instauradas nas próximas duas ou três semanas. Segundo ela, a ideia é dividir a reforma em cinco eixos temáticos, em cinco comissões, com vários projetos. Entre eles deve estar uma proposta que dará livre acesso aos recursos acumulados mensalmente para o FGTS e para o seguro-desemprego após o trabalhador acumular uma poupança de 12 salários mínimos. Além disso, quer propor também que o abono salarial seja recebido mensalmente, no contracheque.

"A ideia é que a pessoa acumule uma poupança individual compulsória de 12 salários mínimos. Quando ela acumular, qualquer dinheiro que ela receba, seja para seguro-desemprego ou para o FGTS fica completamente livre. Esse dinheiro é do trabalhador. Como Estado, a gente tem que fazer um colchão, tem que proteger do desemprego, mas não tem como dizer para o trabalhador como ele vai usar o dinheiro dele", disse, após o Sindimais 2019.

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Ela pontuou que a proposta deve ainda trazer novos parâmetros para correção dos recursos do FGTS, para garantir ao menos uma taxa de mercado. Além disso, prevê que, para quem ganha entre 1 e 1,5 salários mínimos, o governo complemente os recursos até que essa poupança compulsória esteja completa. Prevê também que, caso o trabalhador perca o emprego, o governo complemente a poupança. Nesse caso, contudo, o trabalhador ficaria com um "crédito" com o Tesouro, que terá que ser 'abatido' no próximo emprego.

Para o abono, a ideia é facilitar o acesso, segundo a deputada. "Hoje, a pessoa retira abono no ano seguinte. O empregador tem que ir atrás de quem estava contratado e a maioria das pessoas que são mais pobres não tira. Quase 40% do abono é pago para 1/3 mais rico da população. O que a gente vai propor? Você trabalha e recebe o abono mensalmente no contracheque. Não tem nenhum ônus para empregador e governo", disse. Ela ainda disse que a reforma deve propor que quem ganha um salário mínimo tenha abono maior e quem ganhe acima de 1,5 salário, menor. Segundo ela, os projetos estão prontos e alinhados e as lideranças escolhem agora os relatores.

Legenda

A deputada disse ainda que não sentou para conversar com nenhum partido para uma possível migração de legenda. Segundo Tabata, isso só ocorrerá após a conclusão da ação que impetra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por perseguição política e partidária. Ela frisou, no entanto, que só irá para um partido que receba suas ideias progressistas e que aceite uma renovação partidária.

"Eu não sentei para conversar com nenhum partido, mas volto a reiterar, eu sou uma pessoa progressista e vou buscar um partido onde minhas ideias, por exemplo de agenda social, vão fazer sentido", disse, completando: "Não acho que seja um partido de direita como as pessoas estão dizendo, mas também tenho a preocupação de encontrar um partido que tope se renovar de alguma forma. Não faz o menor sentido para mim ir para um partido que não tenha prévias, que não tope falar de mandato para dirigentes, que não tope falar de prazo máximo de mandatos".

Escalado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um grupo coordenado pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP) apresentou a líderes da Casa, na terça-feira (29), uma série de propostas de combate à pobreza, com ações em setores como educação, trabalho, geração de renda e saneamento básico. A iniciativa é uma tentativa de Maia para buscar protagonismo na agenda social no momento em que o governo de Jair Bolsonaro se prepara para enviar ao Congresso medidas amargas, com os pacotes fiscal e administrativo, levando adiante o seu plano de ajuste e reforma do Estado.

Sem detalhar a origem dos recursos, as propostas estão divididas em cinco eixos - distribuição de renda, incorporação de beneficiários de programas sociais no mercado de trabalho, incentivo à formalização de empregos, expansão do atendimento de saneamento básico e melhora da gestão de políticas públicas. Os projetos de lei ainda não foram apresentados.

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"O Executivo mal consegue tocar a agenda econômica, mas não tem absolutamente nada quando a gente fala de agenda social", disse Tabata. Questionada se negociará com o governo apoio a essa pauta social, a deputada afirmou que esse papel caberá ao presidente da Câmara. Além de Tabata, participaram do grupo de trabalho o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Uma das principais medidas do pacote é incluir na Constituição o programa Bolsa Família, como já ocorre hoje com o salário mínimo. Outros ajustes propostos são a atualização do cálculo da linha de extrema pobreza, o aumento nos valores dos benefícios e a proibição de contingenciamento dos investimentos do programa. As mudanças no Bolsa Família teriam impacto de R$ 9,10 bilhões ao ano.

Após articular a aprovação da reforma da Previdência, Maia montou grupos de trabalho na Câmara para discutir uma agenda voltada ao social e procura fazer um contraponto ao presidente Bolsonaro. "Eu acho que o nosso tempo está correndo. Temos aí uma desigualdade que aumentou, a pobreza que aumentou e estamos vendo crises pela América do Sul", disse Maia. "O Brasil, que é um País mais pacífico que outros, tem a oportunidade de reconstruir a sua base na relação da política com a sociedade em outro patamar."

O grupo coordenado por Tabata propõe, ainda, alterações no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como vincular sua remuneração a uma taxa de mercado, além de complementação do governo para trabalhadores que ganham até 1,5 do salário mínimo - neste caso, não há previsão de impacto no Orçamento.

Em relação à inclusão no mercado de trabalho, o plano prevê medidas para combater a evasão no ensino médio e facilitar o acesso de jovens de baixa renda ao crédito educativo. Há também propostas no sentido de promover a integração do novo ensino médio, com a Lei do Jovem Aprendiz.

A deputada não estima um prazo para a aprovação das propostas. Na sua avaliação, há disposição do Congresso para assumir uma agenda social, que representa uma pauta positiva. Para acelerar a tramitação, a ideia é formar uma comissão especial para cada um dos cinco pilares do plano. "O presidente Rodrigo Maia já começou a conversar com lideranças para ver de onde virá o dinheiro, de forma também a conciliar com a PEC do deputado Pedro Paulo (da regra de ouro)", disse.

Tabata afirmou que ainda pretende conversar com o relator do marco do saneamento básico, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), para incluir algumas de suas propostas no projeto que já está em discussão em comissão da Câmara.

Em julho, Maia defendeu a necessidade de o País aprovar medidas que evitem o que chamou de "colapso social" e anunciou a criação do grupo de trabalho para discutir propostas nas áreas de educação, emprego, renda, saúde e parcerias público-privadas.

Tabata afirmou, porém, que o plano começou a ser articulado três meses antes, em abril. Naquela época, a deputada protagonizou um embate com o então ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, na Comissão de Educação da Câmara, a quem acusou de não ter apresentado projetos para a área. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ela chegou a Brasília com mais de 264 mil votos e um perfil diferente: é jovem e mulher, em um cenário ocupado por uma maioria de homens de meia idade. Em dez meses de mandato como deputada federal, Tabata Amaral (PDT-SP) enfrentou caciques e ministros - e situações em que sua capacidade de fazer política foi questionada. "Já sofri assédio moral na Câmara", afirmou a paulistana de 25 anos. "Nunca senti o machismo de maneira tão pesada quanto no Congresso Nacional."

Um desses momentos, na opinião dela, foi quando votou com o governo - e contra a orientação de seu partido - na reforma da Previdência, recebendo críticas dos líderes do PDT, Ciro Gomes e Carlos Lupi, seguidas de sua suspensão da legenda. "O fato de eu ser mulher jovem tem muito a ver com o que foi dito", disse a deputada, formada em Ciência Política e Astrofísica pela americana Harvard. "Espero que um dia debatam comigo como fazem com os homens."

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Também se tornou emblemático o confronto entre ela e o então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, na Comissão de Educação, uma das áreas de atuação da deputada. Vélez foi demitido pouco tempo depois. Tabata criticou a baixa representatividade feminina no ministério de Bolsonaro e elogia a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. "É bem intencionada." Abaixo, os principais trechos da entrevista:

As mulheres conquistaram 15% dos cargos em disputa em 2018, o que foi um recorde. Mas representaram 31% das candidaturas. Qual o seu diagnóstico para a situação?

A gente erra primeiro na questão da representatividade. Se a gente não mostra exemplos de mulheres que estão na política, muita gente vai passar a vida sem considerar a possibilidade. A segunda barreira é que os partidos são criativos para utilizar o Fundo Eleitoral. Você vê todo o tipo de arranjos para não lançar candidaturas femininas. A terceira barreira é a mulher ter chance na campanha. Precisamos provar mais para conquistar espaço. A última barreira é resistir aqui (no Congresso). Ser questionada se você é casada, se algum homem está ditando seu mandato, se você toma as decisões sozinha. São deputados que me interrompem em votação, que dizem que eu não sou capaz para relatar um projeto - e falam isso no microfone.

Há situações claras de machismo no Congresso?

Já sofri muito assédio moral na Câmara. Isso machuca. As diversas formas de violência que se manifestam no micro. Hoje em dia, é menos frequente, mas sempre há alguém que me barra, que me empurra. Eu tenho consciência do machismo e lido com ele há muitos anos, mas nunca senti de maneira tão pesada quanto aqui.

A senhora já afirmou ao Estado que há machismo em parte das críticas que recebe. Foi o caso após votar a favor da reforma da Previdência, em que não foi a única pedetista dissidente?

O fato de eu ser mulher jovem tem muito a ver com o que foi dito. Diziam que eu servia a dois senhores, como se eu tivesse deixado de servir ao Ciro Gomes e ao Carlos Lupi (presidente nacional do PDT) para servir a outro homem. Queria que eles tivessem dito que eu deveria ter seguido o partido mesmo contra a minha convicção. Mas eles ignoraram o que eu disse, o que o PDT afirmou durante a campanha e as reuniões que eu pedi para debater o texto. Esse discurso de "qual é o homem que está dizendo como você vota?" ficou muito marcado. Talvez eles realmente acreditem que só um homem poderia dizer como eu estava votando. Espero que um dia eles debatam comigo como fazem com os homens.

As mulheres se articulam na Câmara para tratar das pautas consideradas femininas? O que une as deputadas?

A bancada feminina é um dos coletivos que mais tenho orgulho de fazer parte. Não sei dizer se há um tema que unifique todas nós, mas existem assuntos que unem 90% da bancada. Há deputadas eleitas com bandeiras antifeministas. Mas conseguimos juntar muita gente para ir ao Tribunal Superior Eleitoral e pedir a regulamentação do Fundo Eleitoral. E também olhar para uma reforma e pensar: "Isso aqui afeta as mulheres?".

Em levantamento feito pelo site Capitu, do Estado, a senhora disse ser contrária à descriminalização do aborto. Essa posição, associada ao fato de ter sido a favor do texto-base da reforma da Previdência, afasta a senhora da militância feminista majoritária?

Com certeza, a posição faz eu não estar em uma caixinha clássica. Mas eu não acho isso negativo. A gente tem de entender que o Brasil não está resumido a dois partidos ou a duas palavras. Tem espaço para todos, desde que o debate seja democrático. Sinto falta de uma centro-esquerda na Câmara e no Brasil. A gente estaria melhor se tivesse alguém disposto a falar de combate à desigualdade sem comprar todo o pacote de chavões e sem abrir mão da responsabilidade fiscal.

Quais outras propostas pretende propor para as mulheres, além da reserva de cadeiras no parlamento?

Muitos dos projetos que a gente propôs foram na área de violência contra a mulher. Então, vamos pensar em propostas de licença-paternidade ou para os dois responsáveis, quando tivermos uma família com configuração diferente. E também projeto para que, quando houver eleição para dois senadores, pelo menos um deles seja mulher. Seria uma reserva de vagas a cada dois ciclos eleitorais. Esse projeto é de autoria da deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC).

O governo do presidente Bolsonaro e o de seu antecessor, Michel Temer, foram criticados por não terem dado tanto espaço para as mulheres em seus ministérios. Essa discussão é válida?

Representatividade importa porque você começa a contar com metade do talento do País para tomar decisão, para fazer coisas difíceis. Ela importa porque são meninas olhando para as mulheres sabendo que podem estar lá um dia. E importa porque você traz visões diferentes. Como um corpo ministerial composto somente por homens pode tomar decisões para uma metade inteira da população que é feita por mulheres, que encaram realidade de violência doméstica e de preconceito que os homens não conhecem? Eles erraram. Se tivessem humildade de reconhecer que representatividade importa, teriam equipes mais fortes.

Como avalia a política para mulheres do governo Bolsonaro?

A ministra (da Família, Mulher e Direitos Humanos) Damares Alves é bem-intencionada. Mas é um governo que faz guerra contra a ciência, que quer calar o que os dados estão dizendo. E essa guerra à ciência mata. Me preocupa ver um ministério e um governo muito guiados pelo vídeo do WhatsApp, mas que não se importam em olhar para o que foi estudado.

A senhora ficou muito conhecida nas redes sociais pelo embate com o então ministro Vélez, na Comissão de Educação. Houve descrédito da parte dele ao ouvir seus questionamentos?

Aquela audiência foi muito complexa. Ele mostrou descaso, deboche. A forma como me tratou foi diferente de como tratou outros deputados. Ele olhou para a menina que estava diante dele e pensou: "Preciso responder?"

São Paulo vai ter uma prefeita?

(Risos) Queria muito que tivesse no ano que vem, mas não serei eu. Nunca disse que seria candidata, comigo não tem aquela história de "se o povo quiser"... Eu não sou candidata porque eu afirmei que terminaria o meu mandato. Minha palavra é a única coisa que tenho e quero manter a vida toda.

O que diria para as jovens que desejam entrar na política?

Isso aqui não vai mudar enquanto a gente for 15%. Tem de ser comum ter mulher na política. A gente só vai conseguir o Brasil que sonho, com educação pública de qualidade, mais inclusivo, desenvolvido, ético, se as mulheres, que são metade da população brasileira, puderem ser parte dessa solução. Então, meninas, se candidatem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após uma eleição marcada pela renovação de 52% da Câmara, pelas críticas à "velha política" e pela força das redes sociais, o número de deputados com menos de 30 anos segue baixo: hoje eles são 14 dos 513 parlamentares e representam 2,7% do total. O número ficou estável nas últimas legislaturas.

A parcela da população que tem entre 20 e 29 anos, no entanto, é de 16,5%, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da baixa presença, algumas práticas inovadoras adotadas pelos jovens parlamentares têm sido notadas: gabinetes compartilhados e projetos em conjunto. Para analistas, a presença de jovens é positiva ao contribuir para a diversidade do Parlamento, possibilitar inovações nas práticas parlamentares e "oxigenar" o sistema. No Brasil, a idade mínima para ser eleito deputado é 21 anos.

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"Se uma parcela da população tem sub-representação, qualquer matéria que impacta esse grupo não será tão bem discutida", avaliou o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), de 28 anos. "Porque quem vive a situação não está discutindo", disse ele, que é o primeiro deputado federal cego.

"Era fundamental que a gente tivesse mais mulheres, jovens, negros porque a sociedade tem mais destes grupos que aqui não tem. Isso faz falta", concorda o deputado João Campos (PSB-PE), de 26 anos, filho do ex-governador Eduardo Campos.

Mais jovem deputado, Kim Kataguiri (DEM-SP), 23 anos - relator do projeto que prevê mudanças na lei de licenciamento ambiental - não associa a idade a virtudes ou vícios. "Não acho que seja necessariamente ruim (a baixa presença de jovens). Você pode ser excelente político com muita idade e péssimo político com pouca idade", afirmou.

A maior parte dos jovens da Câmara possui características em comum: presença nas redes sociais, participação em movimentos de renovação política e o fato de terem nascido em uma "geração conectada". Inteligência artificial, segurança digital, economia do conhecimento e digitalização de serviços públicos foram assuntos tratados por eles nestes primeiros meses de mandato. Eles também se auxiliam e dizem ter uma boa relação e propostas em comum.

Um dos projetos, por exemplo, é feito em conjunto por Luisa Canziani (PTB-PR) e João Campos, e trata da prestação digital de serviços na administração pública. Outro, de autoria de Tabata Amaral (PDT-SP), 25 anos, Rigoni e outros parlamentares, prevê mudanças na Lei dos Partidos para assegurar mais democracia interna e transparência dentro das siglas.

Rigoni, Tabata e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), de 44 anos, - todos em primeiro mandato - organizaram um gabinete compartilhado para dividir despesas de funcionários especializados em temas técnicos. Rigoni e Tabata também fizeram processos seletivos para contratar funcionários de gabinete - algo pouco comum, já que são cargos de livre indicação. Cada deputado tem direito a 25 empregados.

"A importância de ter jovens é mudar um pouco a perspectiva do debate, trazer discussões como modelos de ensino novos, educação com inovação, revolução 4.0", diz a deputada Luísa Canziani (PTB-PR), de 23 anos, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

"Se o jovem peca pela falta de experiência, ele impõe, por outro lado, uma exigência de mudança", disse o cientista político Carlos Melo, do Insper. O pesquisador Vitor Oliveira, da USP, foi no mesmo sentido: "A renovação é positiva, traz qualidade de representatividade e novas práticas políticas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sete parlamentares anunciaram em entrevista coletiva, nesta terça-feira (15), que vão entrar com processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir o direito sobre seus mandatos parlamentares.

Os deputados Tabata Amaral (SP)Gil Cutrim (MA) e Marlon Santos (RS), do PDT, e Flávio Gomes (SP)Rodrigo Coelho (SC)Felipe Rigoni (ES) e Jefferson Campos (SP), do PSB, votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando a orientação dos partidos. Eles reclamam de falta de diálogo e acusam as legendas de perseguição, ao terem sido excluídos de comissões e terem sido suspensos.

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Tabata Amaral reclamou que o PDT fechou questão antes mesmo de conhecer o texto que seria votado e que puniu os deputados sem ouvi-los. “Passados três meses - sendo que o prazo para o julgamento do caso era de dois meses - a gente recebeu uma carta pedindo uma nova defesa. A gente quer poder voltar a trabalhar”, disse ela, cujo mandato continua suspenso.

Marlon Santos afirmou que o partido "tem um dono". “Vivemos uma situação autocrática, burra do ponto de vista moderno e difícil de engolir.”

A intenção dos deputados com o processo no TSE é garantir direito aos mandatos mesmo se mudarem de legenda.

* Da Redação - AC

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) disse nesta segunda-feira, 14, que vai entrar com uma ação na Justiça Eleitoral para conseguir manter o mandato após deixar seu partido, do qual ela está suspensa há três meses. O pedido faz parte de uma ação em conjunto com ao menos seis deputados, do PDT e do PSB, que desejam deixar as siglas mas seguir como parlamentares no Congresso, o que contraria regras eleitorais. "O PDT deixou de ser meu partido", disse a deputada, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.

Segundo ela, os deputados Flávio Nogueira (PI), Marlon Santos (RS) e Gil Cutrim (MA), que atualmente são colegas da deputada no PDT, além dos deputados do PSB Rodrigo Coelho (SC), Felipe Rigoni (ES) e Jefferson Campos (SP) vão a acompanhar na decisão - que deve ser formalizada nesta terça-feira, 15.

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Tabata disse que as ações na Justiça serão individuais, mas que alguns interesses em comum motivaram uma coletiva de imprensa conjunta para que os parlamentares expliquem os motivos para os pedidos.

A deputada disse que ainda não se decidiu por um novo partido. Tabata alegou "perseguição política" depois de contrariar a legenda. Como exemplo, disse que teve de pedir uma vaga ao PTB para seguir como relatora de projeto na Câmara. "Estou suspensa, sem conseguir atuar de forma 100% efetiva na Câmara", disse. "Não vou aceitar que digam que eu fui contra a orientação partidária."

Tabata também disse que propostas de sua autoria para o partido foram abandonadas, como a construção de um Código de Ética para o PDT. "Eu não atuo mais como vice-líder, os projetos que eu tinha em São Paulo foram cancelados."

Tabata e outros sete parlamentares foram suspensos do partido após votarem favoravelmente à reforma da Previdência no primeiro turno de tramitação da matéria. Na ocasião, em julho, a Executiva Nacional da legenda previa que o processo à qual ela responde na Comissão de Ética do partido deveria durar cerca de dois meses.

Durante o programa, Tabata reclamou do fato de ainda não haver decisão definitiva sobre sua expulsão, mesmo um mês após o prazo estipulado para o julgamento. "O PDT, quando decidiu nos suspender sem nenhum julgamento, disse que teria um prazo de dois meses para nos julgar. Isso faz três meses", afirmou.

Ameaçada de expulsão pelo PDT por ter votado a favor da reforma da Previdência, a deputada Tabata Amaral (SP) atribui muito das críticas que recebeu ao machismo. "Se eu não fosse uma mulher de 25 anos, ninguém estaria afirmando que A, B, C ou D disseram como eu voto", afirmou ela ao Estado.

"Tem pessoas que não acreditam que eu tenha inteligência e capacidade de decidir o meu próprio voto."

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Sobre o risco de ser expulsa, respondeu que, se isso acontecer, vai procurar uma legenda que tenha como prioridade a pauta da Educação. "Recebi convites informais de vários partidos."

Segunda parlamentar mais jovem da atual Legislatura, Tabata costuma dizer que se espelha na deputada americana Alexandria Ocasio-Cortez, do partido Democrata. Descendente de porto-riquenhos e eleita pela força das redes sociais, Alexandria é a mulher mais jovem a ocupar uma cadeira no Congresso nos EUA.

Embora atuante, Tabata diz que lida com as redes de forma ponderada. "As redes não são um fórum democrático para ouvir as pessoas e tomar decisão. Para mim, as redes servem mais para comunicar o seu mandato, ser transparente." A seguir, os principais trechos da entrevista:

O voto a favor do projeto de reforma da Previdência mudou sua forma de atuação na Câmara?

Minha postura não mudou. Eu falo da reforma da Previdência há dois anos. Uma das coisas que me levaram ao PDT e a fazer campanha para o Ciro (Gomes, candidato à Presidência derrotado nas últimas eleições) foi o fato de eu ver nele uma liderança que era de centro-esquerda, assim como eu, mas que entendia que falta dinheiro para fazer política pública e que o Brasil precisava ser fiscalmente responsável. Vê-lo defender a reforma da Previdência na campanha, quando ninguém falava disso, me deu muita certeza de pedir voto para ele.

Então, por que o ruído com a sua posição na Previdência?

Fiquei muito frustrada com a falta de compromisso em relação ao que o PDT havia defendido na campanha (eleitoral). Eu segui minhas convicções. Fui coerente. Talvez isso, na política tradicional, seja algo diferente.

O deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) externou antes da votação da Previdência, publicamente, sua posição repetidas vezes. O PDT afirma que a senhora não.

Discordo. Quem me perguntou, quem se preocupou, seja entrevistador, seja população, eu fui muito coerente. Eu acho que precisavam de um bode expiatório para este processo.

Por quê?

Foram 369 votos (a favor da Previdência). Imagino que o meu não foi surpresa nem para o Ciro, porque volta e meia a gente falava sobre a Previdência. Agora, a razão de as pessoas trazerem esse tanto de acusações, não sei. Alguns se frustraram. Outros, por um pouco até de machismo. Vou ter de carregar por alguns anos o fato de ser a segunda mulher mais jovem daqui. Sou branca, tive um monte de oportunidade, estou aprendendo a minha quarta língua, mas também não sou uma pessoa típica de Harvard (universidade americana, onde estudou). O lugar do qual eu venho é tão diferente que as pessoas não conseguem me encaixar nos seus estereótipos.

Parte da bancada do PDT e o próprio Ciro veem sua atuação sendo pautada por agentes como a Fundação Lemann...

Eu sei que tem várias teorias da conspiração. Eu acabo me aborrecendo às vezes. É o meu nome e eu batalhei muito para estar aqui. Trabalhei desde os sete anos de idade, e vem um povo dizendo que fulano é responsável por tudo que você faz e como você vota. Tem muito machismo nisso também porque, se eu não fosse uma mulher de 25 anos, ninguém estaria dizendo que A, B, C ou D disseram como eu voto. Tem pessoas que não acreditam que eu tenha inteligência e capacidade de decidir o meu próprio voto.

A reação das redes contra a sua posição da Previdência mudou a sua atuação na Câmara?

Não. A diferença da maneira com a qual eu lido com as redes é que, para mim, as redes não são um fórum democrático para ouvir as pessoas e tomar decisão. Para isso, eu tenho o gabinete itinerante. Não é fazer uma enquete com a quantidade de robô e a quantidade de dinheiro que tem nas redes sociais. Para mim, as redes servem mais para comunicar o seu mandato, ser transparente. Comparando a postura do (presidente Jair) Bolsonaro e a minha, em outras proporções, é que ele usa as redes para consultar e se posicionar. Eu uso as redes para me comunicar e explicar meus posicionamentos.

Existe um reposicionamento estratégico da sua imagem?

Eu tenho um time muito bom que me ajuda. A gente está sempre tentando se reinventar. E quando eu falo em me reinventar não é reposicionamento. É simplesmente tornar a comunicação mais simples. Minha eleição não foi de redes sociais. E eu já fui chamada de débil mental por falar que eu não acho que dá para ouvir a população ouvindo as redes. Não dá para fazer nada pensando em números de likes. Não é um reposicionamento. O que eu acredito, não mudou.

Ao se aproximar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a senhora está se reposicionando politicamente mais ao centro do espectro político?

Eu tenho reuniões quase que semanais com Maia desde que fiz uma provocação a ele: a Casa precisa se posicionar na pauta social. Aí tem um vácuo. Ele falou: 'se você conseguir levantar projetos, traz para mim'. Eu, quando cheguei aqui, olhei esse Parlamento conservador e a agenda do governo, e não achei que eu ia conseguir falar com o presidente da Câmara e ter espaço para falar de uma agenda social. Então, vou aproveitar.

E qual é essa agenda?

Sou de centro-esquerda. Eu escolhi o PDT porque eu acreditava naquele momento que era o lugar que eu teria mais espaço para defender a minha agenda de Educação. Se o PDT me expulsar, e essa decisão é deles e não minha, porque eu não converso com o conselho de ética, vou para um partido que tenha essa pauta como prioritária. Agora, para qual partido que eu vou, não dá para eu conversar. Eu não fui expulsa.

Você não está fazendo este movimento de buscar um partido?

Não. Recebi convites informais de vários partidos. Formal, eu não recebi. Se eu for expulsa, eu converso com o maior prazer.

Contrariando o que foi dito pelo PSDB anteriormente, a deputada federal Tabata Amaral (PDT) afirmou nesta sexta-feira (16) que ainda não recebeu nenhum convite formal para deixar sua sigla e migrar de partido.

Em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes, a parlamentar disse que vai aguardar um posicionamento da executiva nacional do PDT sobre se ela realmente será expulsa da sigla.

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“Eu não recebi nenhum convite formal. Eu ainda não fui expulsa do PDT. Então, antes de sentar e conversar com qualquer partido e pensar sobre meu futuro, vou respeitar a decisão do meu partido, que é o PDT", contou.

Tabata virou o centro de comentários negativos dentro do PDT desde que contrariou a recomendação do partido e votou de forma favorável ao projeto de reforma da Previdência, na Câmara Federal, contribuindo com a aprovação em primeiro turno do texto-base na Casa.

Uma das principais vozes no PDT, o candidato à Presidência da República nas últimas eleições, Ciro Gomes, já se posicionou de forma favorável à desfiliação de Tabata da legenda.

A parlamentar, por sua vez, afirmou ter ficado chateada com Ciro e “com as falas desonestas de diversos líderes do partido, Ataques pessoais e mentiras não fazem parte da política que acredito”.

Com o aval do governador de São Paulo, João Doria, membros do PSDB formalizaram o convite a Alexandre Frota, agora sem partido, e Tabata Amaral (PDT) a ingressarem na sigla.

Frota foi expulso do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, após fazer críticas ao governo e ter se envolvido em conflitos diretos com o senador Major Olímpio. Já Tabata vem andando numa ‘corda bamba’ no PDT desde que votou de forma favorável ao projeto de reforma da Previdência.

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De acordo com a Folha de S. Paulo, Alexandre Frota teria mostrado ânimo com o convite e prestes a aceitar o convite para ir ao PSDB. Além do partido de Doria, Frota também chegou a ser procurado por legendas como o DEM, PP, MDB e Podemos.

Já Tabata afirmou, por meio de sua assessoria, que o assunto não seria comentado no momento. Mas a deputada já se encontrou por vezes com Doria e chegou, inclusive, a ser elogiada pelo governador paulista.

Duas funcionárias que trabalhavam com a deputada federal Tabata Amaral (PDT) foram demitidas nesta segunda-feira (12) no estacionamento na Câmara Federal, em Brasília.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a parlamentar decidiu mexer na estrutura do seu gabinete. As duas demitidas estavam trabalhando com Tabata após passarem em um processo seletivo.

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Quem formalizou a demissão de ambas foi a coordenadora do mandato, Laiz Soares, no estacionamento do anexo 4 da Câmara. A pedetista estaria reformulando sua assessoria parlamentar de comunicação.

O objetivo de Tabata, neste momento, seria imprimir um ritmo mais acelerado da divulgação não apenas da sua atuação política, mas também de conteúdos de sua rotina pessoal e do seu passado.

A deputada federal Tabata Amaral (SP) entrega, nesta segunda-feira (29), a sua defesa ao Conselho de Ética do PDT, onde responde administrativamente por ter votado a favor da reforma da Previdência no primeiro turno da votação da proposta na Câmara dos Deputados. Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo de hoje, a parlamentar rebateu as críticas que recebeu de membros da legenda sobre sua postura e disse que não agiu como traidora.

“Fui chamada de traidora por ousar, como parlamentar mulher e jovem, dizer sim a reforma da previdência que havia mudado desde a sua apresentação”, ressalta no texto. “Não fui eu quem traiu”, acrescenta pouco depois. 

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Tabata aproveitou a ocasião, que coincidiu com o dia da apresentação da sua defesa, para lembrar que ingressou no PDT a partir de um compromisso assumido pelo partido com o movimento de renovação política Acredito, do qual é uma das fundadoras, e pontuou que o documento defendia "práticas partidárias mais democráticas e transparentes", além do diálogo.

"Não me infiltrei no PDT, como dizem. Fui acolhida junto com minhas convicções. A carta assinada entre o Acredito e o PDT-SP destacava o compromisso de dar voz ao voto dos integrantes filiados e respeitar a identidade do movimento. Sei que tal documento não se sobrepõe às normas partidárias e não é disso que estou tratando, mas sim do absurdo de carimbar minha expressão como ato de rebeldia, quando exerci o direito de manifestação da minha consciência", destacou a deputada, no artigo.

E, ainda, justificou seu voto a favor da reforma: “meu sim à Previdência dialoga com a crença de que reformar nosso sistema pode trazer benefícios aos mais pobres, porque políticas públicas sociais precisam ser sustentáveis”.

O voto pela Previdência rendeu a Tabata, inclusive, críticas do vice-presidente da legenda e ex-candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, de quem era considerada pupila. Ciro chegou a acusar a deputada de fazer "dupla militância". 

Além do processo que responde no Conselho de Ética pedetista, Tabata e mais sete membros do partido que votaram ao contrário do que pregava a sigla estão com as atividades partidárias suspensas.

Ao ameaçar expulsar a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) e outros parlamentares dissidentes pró-reforma da Previdência, a cúpula do PDT e do PSB pode ter aberto uma brecha para que eles mudem de legenda sem perder o mandato. Isso porque, segundo especialistas ouvidos pelo Estado, há precedente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a advertência seja entendida como uma discriminação, o que justificaria a saída sem descumprir a regra de fidelidade partidária.

Oito deputados do PDT e 11 do PSB votaram a favor do texto-base da reforma da Previdência, contrariando orientação das siglas. Os dois partidos abriram procedimentos internos para avaliar a conduta dos parlamentares, o que pode culminar na expulsão dos "infiéis".

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Antes da votação, o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que quem apoiasse a reforma seria punido com o desligamento, conforme mostrou o Estado. Publicamente, ele já classificou como "um erro" a filiação dos parlamentares "infiéis".

Candidato derrotado à Presidência e vice-presidente do PDT, Ciro Gomes foi na mesma linha e afirmou que os parlamentares da sigla que votaram a favor das novas regras de aposentadoria "deveriam tomar a iniciativa de sair" do partido.

No PSB, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, disse que não poderia permitir "balbúrdia partidária", ao se referir aos dissidentes.

De acordo com especialistas e ministros de tribunais superiores ouvidos reservadamente, ameaça de expulsão, aliada a declarações que expõem de forma excessiva parlamentares, pode configurar "justa causa" para a saída da legenda.

Procurados pela reportagem, Lupi e Siqueira afirmaram, porém, que não houve ameaça de expulsão dos parlamentares pró-reforma. "Nós não ameaçamos ninguém, a única coisa que nós dissemos é que ia para a comissão de ética, e que tem três estágios de punição, que vão da advertência, passa pela suspensão e vai até a expulsão", disse Lupi ao Estado.

Precedente

Em decisão de 2010 sobre o caso de um deputado estadual da Bahia, o TSE apontou "clima de animosidade" entre dirigentes do partido e o parlamentar como justificativa para a saída da sigla. Relator do caso, o então ministro Arnaldo Versiani afirmou em seu voto que "a configurar grave discriminação pessoal apta para justificar a saída da legenda", foi reforçado ainda pela "sugestão do próprio partido" para que houvesse desfiliação.

Segundo a professora da FGV Direito Rio especialista em direito eleitoral Silvana Batini, a definição de justa causa é "muito aberta", o que torna a discussão subjetiva. Ela destacou que cada partido tem seu estatuto e ele deve prever sanções e limites de fidelidade partidária. Se o parlamentar se excede, é direito da sigla tomar providências, segundo Silvana. "A perseguição tem que se caracterizar em atos concretos de assédio. Por exemplo, a pessoa passa a ser hostilizada, ser excluída das reuniões", disse ela.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, que já foi presidente do TSE duas vezes, afirmou que a situação deve ser avaliada caso a caso. "Tem que saber qual é o móvel da ameaça (de expulsão), tem que ser avaliado caso a caso", disse o ministro ao Estado.

Para um advogado eleitoral que atua no TSE, a reação de dirigentes partidários sobre os "dissidentes" do PDT e do PSB mostra "fortes indícios" de "grave discriminação".

Siqueira disse não haver o "menor sentido jurídico" em justa causa na situação envolvendo os dissidentes. "Em primeiro lugar, ninguém falou em expulsão, e ninguém falou qual é a pena. Não se sabe ainda qual (será) porque isso está a cargo da comissão de ética", afirmou o presidente do PSB.

PSB se divide

Depois de determinar o fechamento de questão de sua bancada na Câmara contra o projeto de reforma da Previdência, o PSB agora se divide sobre o que fazer com os 11 deputados que não seguiram a orientação da sigla e votaram a favor do texto do governo. Os governadores Renato Casagrande (Espírito Santos) e Paulo Câmara (Pernambuco) são contra a expulsão dos parlamentares - que seria a punição mais rigorosa.

"São parlamentares decentes que votaram convencidos. Não foram beneficiados pelo governo. Defendo uma posição que mantenha esses parlamentares no PSB. Tenho discordância sobre o fechamento de questão", disse o governador capixaba.

Casagrande afirmou ainda que ele e o PSB consideram a reforma da Previdência importante, mas discordam de pontos do projeto. "Alguns pontos são muito duros com os trabalhadores, como o tempo de contribuição para aposentadoria integral", afirmou.

O governador de Pernambuco seguiu na mesma linha: "Não se está buscando a expulsão de ninguém. O diretório vai analisar cada caso e tomar as medidas necessárias", disse Paulo Câmara ao Estado.

A ideia de expulsão, porém, tem o apoio de uma ala mais à esquerda do partido. Para esse grupo, o caso é similar ao dos 13 deputados expulsos após votarem a favor da reforma trabalhista, durante o governo Michel Temer. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, decidiu que os 11 deputados da legenda que votaram a favor da reforma enfrentarão um processo no conselho de ética da sigla.

'Divergências'

Segundo Casagrande, o PSB votou de forma "coerente" com sua história. "A história do PSB não permitia que o partido votasse favoravelmente à reforma. Ser contra é natural também pelo conteúdo." Questionado sobre sua relação com o presidente Jair Bolsonaro, o governador do Espírito Santo apresentou uma posição moderada. "Não tenho nenhum problema com Bolsonaro. Tenho uma boa relação com ministros do governo. A relação é respeitosa, mas tenho divergências profundas", afirmou ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) voltou a defender e a explicar seu voto favorável à reforma da Previdência. A posição de Tabata contrariou a decisão do PDT, que havia fechado questão contra as mudanças no sistema de aposentadorias.

Em texto publicado nesta quarta-feira, 24, em sua página no Facebook, a deputada relembrou o histórico que a levou ao Congresso e voltou a dizer que votou pela reforma "depois de muitos meses de estudo e de trabalho para que a reforma aprovada fosse mais justa do que aquela que foi apresentada pelo governo".

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A deputada escreveu que sua visão sobre desigualdade veio da própria vivência como moradora da periferia de São Paulo, o que fez com que ela "não conhecesse os autores, os chavões ou a forma de fazer política da esquerda".

"No entanto, isso não me impediu de entender que minha visão de mundo se alinhava a uma centro-esquerda, que, no meu entendimento, buscava desenvolvimento econômico sem abrir mão da inclusão social, justamente para que todos pudessem ter as mesmas oportunidades", explicou Tabata.

Ela ainda respondeu a críticas de que sua posição em relação à reforma previdenciária havia sido influenciada pelos interesses de empresários que ajudaram a financiar sua campanha.

"O que não posso aceitar é que digam que eu não conheço pessoalmente a pobreza e a desigualdade, que eu não saiba a diferença que uma aposentadoria ou pensão faz, que eu tenha chegado até aqui financiada por fulano ou sicrano ou que eu não trabalhe pelos mais pobres", escreveu.

Por fim, a deputada disse que o Brasil precisa "de novas visões" além "do debate raso e polarizado de esquerda vs direita" e defendeu que trilhará um caminho contrário à desigualdade "por menos óbvio que ele seja e por maior que seja o incômodo gerado".

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