Tópicos | traficante

O traficante evangélico Álvaro Malaquias Santa Rosa, 34 anos, conhecido como 'Peixão', tem se aproveitado da pandemia da covid-19 para expandir o tráfico em comunidades que ele não dominava antes no Rio de Janeiro. Sendo assim, ele conseguiu criar um novo complexo de favelas - o "Complexo de Israel".

Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau são as cinco comunidades que compõe o "Complexo de Israel". Somando o número de moradores, são mais de 134 mil pessoas sob o domínio de Peixão, que também é chamado de Arão - que, segundo a Bíblia, era irmão do profeta Moisés. 

##RECOMENDA##

Nessa expansão, o criminoso tenta impor a sua religião, destruindo imagens de santos católicos e terreiros de umbanda. Em uma dessas ações, o evangélico escreveu "Jesus é o dono desse lugar".

Segundo publicado pelo portal G1, as ações dos criminosos chamam a atenção da polícia porque em cada área dominada ele exibe símbolos do Estado de Israel como a bandeira do país e a Estrela de Davi, demarcando o seu território.

Para afastar a polícia e mostrar o seu comando nas comunidades, Arão instala barreiras juntamente com símbolo do amor e a palavra paz. O traficante tem como seu braço direito um criminoso por ele chamado de Jeremias e a sua quadrilha é chamada de "Tropa do Arão", o que mostra a fé dos criminosos - mas isso não impede que eles pratiquem os crimes.

Segundo a polícia confirmou ao G1, desde 2015 que pessoas estão desaparecendo nas comunidades dominadas por Arão. Nem todos os corpos aparecem e há indícios de subnotificação dos casos, já que não há registros feitos na delegacia. 

O chefe do tráfico e 10 pessoas de sua quadrilha foram indiciadas pela Polícia Civil por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Quatro criminosos foram presos pela polícia e os outros continuam foragidos.

Após gravar um vídeo segurando a cabeça decepada de um rival em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, o traficante José Ewerton Hora da Silva, de 20 anos, foi encontrado morto na madrugada do domingo (19). O corpo apresentava marcas de tiros no bairro de Belém.

Ainda no mês passado, a Polícia Civil concluiu as investigações referentes à morte do traficante Fabio Souza da Silva. Ele foi executado no ano passado e teve a cabeça exibida nas redes sociais por José Ewerton. O inquérito aponta que o homicídio foi decorrente de uma guerra entre facções criminosas na comunidade Sapinhatuba I.

##RECOMENDA##

Embora José Ewerton seja o único a aparecer no vídeo, a polícia concluiu que ele estava acompanhado de outros nove suspeitos. Eles também foram indiciados pelo crime. Parte dos integrantes já foi capturada.

Três suspeitos seguem foragidos, são: Juninho corta cabeça, Marcelo Frederico Ferreira Reis e Rafaela Rodrigues da Silva. As autoridades cariocas oferecem a recompensa de R$ 1 mil por informações sobre os procurados.

[@#galeria#@]

O Departamento Penitenciário do Paraná enviou alerta à Justiça estadual na manhã desta quarta-feira, 22, informando que o sistema de monitoramento recebeu um alerta de rompimento da tornozeleira eletrônica de Valacir de Alencar, apontado como líder do PCC no Estado que foi colocado em prisão domiciliar em razão do novo coronavírus.

Com base em indicativo "da intenção do monitorado em se desfazer do equipamento" e na violação da prisão domiciliar, o Depen pediu a restabelecimento da ordem de prisão definitiva de Valacir.

##RECOMENDA##

Valacir foi condenado a 76 anos de prisão no Paraná por crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro. Relatório de situação processual executória indica que ele cumpriu seis anos e cinco meses de sua pena.

A movimentação mais recente do processo de execução penal de Valacir informa sobre a infração e registra que a Central de monitoração eletrônica do Depen não conseguiu contato com Valacir, nem por telefone, nem por "meio eletrônico através de sinais de alertas - sonoros, luminosos e vibratórios" para realizar inspeção na tornozeleira eletrônica.

Nas observações do informe consta que a infração ocorreu em 17 de abril, pouco depois das 15h e registra: "até que o monitorado apareça na inspeção não temos como saber se o rompimento foi ou não voluntário. Assim, aguardaremos o prazo de cinco dias para o comparecimento do monitorado junto ao posto avançado de monitoração. Decorrido este prazo o equipamento será desativado conforme portaria 023/2018 do Depen".

No entanto, o pedido de revogação do Depen registra que mesmo com o rompimento, a tornozeleira continuou ativa e com bateria até as 17h do dia 18 de abril. "O equipamento ficou transitando na BR-376 durante todo o dia 18/04/2020, indicando que o mesmo foi deixado em algum meio de transporte", registra o documento do órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

"Este é um indicativo da intenção do monitorado em se desfazer do equipamento e, portanto, de que não houve alguma falha no equipamento, de modo que a regressão cautelar se faz imprescindível para que o indivíduo volte para o cárcere", pontuou ainda.

Decisão nos autos do processo de execução indica que Valacir fugiu da Penitenciária Estadual de Piraquara em 21 de julho de 2019. Ele foi capturado no dia 17 de setembro do mesmo ano. Tal data se tornou a base para a contagem de seu direito a progressão ao semiaberto, que era prevista para janeiro de 2039.

A decisão que homologou falta grave pela fuga ainda determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar suposta tentativa de fuga em janeiro deste ano.

Ao conceder a prisão domiciliar para Valacir, o juiz Diego Paolo Barausse considerou que trata-se de "reeducando que se enquadra no grupo de risco - parcela em que a taxa de letalidade do vírus é maior -, uma vez que é portador de hipertensão, o que evidencia a mais absoluta debilidade do sistema imunológico do apenado".

O juiz Diego Paolo Barausse colocou em prisão domiciliar Valacir de Alencar, condenado a 76 anos de prisão no Paraná. Apontado como líder do Primeiro Comando da Capital, o PCC, no Estado, ele responde por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e porte de armas. A decisão acolheu a pedido da defesa de Valacir, que argumentou que o detento é hipertenso e fazia parte do grupo de risco do novo coronavírus.

A decisão foi dada no último dia 1º, em sede de Regime Especial de Atuação - estabelecido para tratar da adoção de medidas recomendadas pelo Conselho Nacional de Justiça, em razão da pandemia do novo coronavírus.

##RECOMENDA##

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, o Ministério Público do Paraná fez um alerta no início do mês de que o encaminhamento de presos em regime fechado ou semi-aberto para prisão domiciliar 'deve seguir critérios rigorosos, levando em consideração aspectos como os tipos de crimes cometidos e as condições para o cumprimento da pena fora do sistema prisional, bem como o fato de integrarem ou não os grupos de risco para contaminação pelo Covid-19'.

No despacho, o magistrado sinalizou que prisão onde Valacir estava, a Penitenciária Estadual de Piraquara, está "bem acima de sua capacidade de lotação" e "além de superlotada, não conta com unidade de atendimento médico, nem sistema de ventilação e não dispõe de produtos de higiene recomendados pelo Ministério da Saúde".

"A inadequabilidade carcerária encontra-se demonstrada, eis que a unidade prisional não dispõe de condições estruturais para assegurar sua integridade durante a pandemia global do vírus, nem sequer consegue tratá-lo para os sintomas da doença que já apresenta e ainda coloca em risco os demais detentos que ali se encontram", escreveu.

Ao fundamentar a decisão, o magistrado considerou que, "embora não haja uma previsão específica de aplicação da prisão domiciliar àquele em cumprimento de pena em regime diverso do aberto, a interpretação sistemático-teleológica de todo o conjunto de normativas referentes a esta específica situação permite concluir que a prisão domiciliar deve ser não apenas prática aceita, como incentivada, na esteira de ampla e irrestrita aceitação pela jurisprudência do TJPR e dos Tribunais Superiores, sendo a ampliação hermenêutica das hipóteses de cabimento da prisão domiciliar questão pacificada no âmbito do STJ e do STF".

A última movimentação do processo de execução de Valacir, registrada no último dia 17, é o cumprimento do mandado de monitoração eletrônica que foi expedido no dia 2. O documento registra que ele teria direito a progressão de regime semiaberto em janeiro de 2039, sendo a data base de contagem o dia 17 de setembro de 2019.

Segundo decisão nos autos, Valacir foi recapturado em tal data - havia fugido do presídio em 21 de julho de 2019. No mesmo documento, que homologou falta grave pela fuga, foi determinada a instauração de um procedimento administrativo quanto à notícia de tentativa de fuga em 20 de janeiro de 2020.

Relatório da situação processual executória indica que Valacir cumpriu seis anos e cinco meses de sua pena.

Para se prevenir contra o surto do novo coronavírus no México, a filha do líder do cartel de Sinaloa, Joaquín Guzmán, ampliou os itens a marca "El Chapo 701" e desfila nas ruas de Guadalajara usando máscaras com o rosto do narcotraficante.

Alejandrina Guzmán, de 38 anos, aparece em um vídeo empacotando cestas básicas que, supostamente, seriam entregues à população carente de Guadalajara para minimizar os impactos da pandemia no acesso de alimentos. "Atento aviso à comunidade de #ElChapo. Trabalhamos para você e damos apoio nesta contingência. #Fique em casa #Sempre há uma saída", foi a legenda que acompanha o vídeo disponibilizado no Facebook da marca.

##RECOMENDA##

Além de peças femininas e masculinas, a grife El Chapo 701 comercializa artigos em couro como pulseiras e carteiras. Dentre os produtos disponíveis também está uma tequila personalizada.

[@#video#@]

A imprensa local aponta que os interessados em receber a cesta devem enviar uma mensagem privada na rede social. Com cerca de 480 mortes e mais de seis mil pacientes confirmados, doar itens de necessidade básica é uma estratégia que foi adotada por cartéis mexicanos para auxiliar e estreitar laços com a população.

Após tentativas de fuga e recapturas, El Chapo Guzmán, de 62 anos, foi condenado à prisão perpétua por tráfico internacional e assassinato. Ele segue preso nos Estados Unidos.

A polícia civil do Espírito Santo cumpriu, nessa quinta (24),  o mandado de prisão em aberto de C.B.O., de 39 anos, suspeito de liderar uma quadrilha de traficantes que agia em Santa Maria de Jetibá. Ele é tetraplégico e utilizava aplicativos de conversa e um monitor com câmeras de segurança para controlar o tráfico. O suspeito foi detido no bairro Vale dos Reis, em Cariacica.

De acordo com o titular da DP, delegado Fabrício Lucindo, nos últimos dez meses, mais de 30 suspeitos, que fazem parte do grupo liderado por C.B.O., foram presos pelo crime de tráfico de entorpecentes.

##RECOMENDA##

“Segundo as investigações, o detido fornece as drogas, encaminha suspeitos da Grande Vitória para trazê-las para o município e aluga imóveis para abrigar traficantes. Além disso, paga advogados para aqueles que são presos pela Polícia, ou seja, com certeza é o mentor intelectual de pequenos traficantes que agiam no município”, afirmou Lucindo.

O investigado se escondia cercado por muros altos e vigiado por câmeras de vídeo monitoramento. “Mesmo com a limitação e o fato de estar preso constantemente em cima de uma cama, ele controlava todo o tráfico. O suspeito ficou tetraplégico depois de tentarem assassiná-lo, em 2014. A motivação está relacionada ao tráfico de entorpecentes. Ele foi atingido por diversos disparos de arma de fogo e conseguiu sobreviver”, explicou o delegado.

O responsável pelas investigações acrescentou que C.B.O. utiliza as redes sociais de conversa para controlar o grupo e a contabilidade do tráfico. “Além da apreensão de muito material entorpecente e prisões, conseguimos bloquear várias contas bancárias usadas pelo grupo. Devido ao estado de saúde do preso, foi necessária a ajuda de uma ambulância para conduzi-lo para a unidade prisional”, disse o delegado.

C.B.O. tem passagens por tráfico de entorpecentes. Ele foi indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e conduzido para o Centro de Triagem de Viana (CTV).

Um suspeito morreu e outro fugiu após confronto com a Polícia Militar (PM) em Goiana, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na manhã do domingo (25). A PM apreendeu armas, droga e um colete à prova de balas da polícia.

De acordo com a corporação, os suspeitos estavam dando ‘toque de recolher’ à população da localidade. Os policiais dizem ter sido recebidos a tiros e revidado. Um dos suspeitos foi baleado enquanto o outro fugiu por canavial.

##RECOMENDA##

O alvo ferido foi encaminhado para o Hospital Belarmino Correia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. A PM diz que os dois homens estavam aterrorizando a comunidade, cobrando pedágio para quem entrasse na área, invadindo casas e roubando moradores.

Contra a dupla também havia vários mandados de prisão em aberto. Durante a ação foram apreendidos duas espingardadas calibre 12, 359 pedras de crack, duas munições calibre 12 e um colete balístico.

 

Um traficante de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, foi flagrado por agentes penitenciários neste sábado, 3, tentando fugir da prisão disfarçado de mulher. Clauvino da Silva estava detido no presídio de Bangu 3, zona oeste da capital fluminense, e teria aproveitado visitas para preparar um disfarce mirabolante e tentar escapar.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a filha do detento, Ana Gabriele Leandro da Silva, é suspeita de ajudar o pai na fuga - a roupa que ele vestia teria sido fornecida por ela. Além de Ana, outros oito visitantes são suspeitos de dar suporte ao plano, incluindo uma mulher grávida.

##RECOMENDA##

Os agentes penitenciários perceberam a atitude e interromperam a tentativa de fuga por volta das 16h. O traficante foi encaminhado para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, também no complexo de Bangu, e sofrerá sanções disciplinares. A corregedoria da Seap informou ainda que vai instaurar uma sindicância para apurar os fatos.

Uma operação conjunta de forças policiais do Brasil e do Paraguai resultou na prisão de um dos chefes do tráfico e na destruição de nove campos de produção e três depósitos de maconha em Capitán Bado, na fronteira entre os dois países. Um segundo traficante foi morto durante o intenso tiroteio travado com os policiais. Dois helicópteros foram usados na operação, um deles da Polícia Federal brasileira. O ministro da Justiça do Brasil, Sergio Moro, visitou a região em junho para discutir parcerias no combate ao tráfico.

O traficante preso, Fredy Ariel Irala Fernandez, conhecido como "Lico'i", era um dos principais fornecedores de drogas para facções brasileiras que agem na fronteira. Ele não era o principal alvo da operação. Os policiais pretendiam recapturar o narcotraficante Felipe 'Barón' Escurra Rodrigues, de 39 anos, considerado um dos principais fornecedores de maconha para o Brasil.

##RECOMENDA##

Escurra foi preso com grande quantidade de drogas em 2016, mas foi liberado da prisão pelo juiz Leonjino Benitez Caballero, que acabou destituído do cargo em março deste ano, acusado de má conduta. A identidade do traficante morto não havia sido divulgada até a tarde deste sábado, 13. Também não havia informação sobre o paradeiro de Escurra que, mais uma vez, teria escapado ao cerco policial.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, comentou em sua conta no twitter a operação conjunta com o Brasil. Ele citou ter sido destruído um grande complexo de drogas, composto por 9 campos de produção e 3 depósitos de processamento totalmente equipados, além de 12 toneladas de maconha pronta. Ele considerou a ação "um forte golpe logístico e financeiro" contra o tráfico de drogas na fronteira entre os dois países.

Facções. A fronteira entre Brasil e Paraguai no Estado de Mato Grosso do Sul vive uma situação de guerra desde que facções brasileiras como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) passaram a disputar as rotas de tráfico na região. Após a execução do chamado ‘rei da fronteira’, Jorge Rafaat, em 2016, a disputa entre as duas facções tornou-se aberta, produzindo mortes dos dois lados.

Conforme a polícia de Capitán Bado, apenas no lado paraguaio da fronteira houve 83 execuções este ano. Na tarde desta sexta-feira, 12, o integrante do PCC Yder Ricardo Porto foi executado a tiros de pistola 9 mm pelos ocupantes de uma moto, em Sanga Puitã, distrito paraguaio localizado a 13 km da brasileira Ponta Porã. Ele estava em liberdade provisória, após ser preso pela participação em um plano de resgate de membros do PCC presos em Capitán Bado.

Na madrugada deste sábado, 13, dois jovens paraguaios supostamente ligados ao tráfico foram executados em Pedro Juan Caballero, na mesma região da fronteira com o Brasil. O veículo em que as vítimas estavam foi atingido por dezenas de tiros de fuzil disparados do interior de caminhonete. Robinson Giovanni Acosta Pereira, de 25 anos, e Pablo Augusto Ramirez Bareiro, de 22, morreram na hora.

A ministra Maria Elizabeth Rocha, do Superior Tribunal Militar (STM), disse considerar "gravíssimo" o caso do sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína, e que a sua punição deve ser "rigorosa", se comprovada a culpa no episódio. Coordenadora de um grupo de trabalho que apresentou ao Congresso uma proposta de atualização do Código Penal Militar, a ministra defende penas mais duras para integrantes das Forças Armadas envolvidos no tráfico de drogas. Atualmente, a punição máxima é de cinco anos de prisão, enquanto a Lei das Drogas prevê pena de até 15 anos para casos envolvendo civis.

"Estou convicta sobre a necessidade de alteração do Código Penal Militar para apenar com rigor o tráfico de entorpecentes. É inconcebível que um militar trafique dentro de um quartel, um local onde se encontram homens armados, investidos do monopólio da força legítima pelo Estado", afirmou Maria Elizabeth ao Estado. "De um militar se exige a defesa da Pátria, dos poderes constituídos e da lei e da ordem, por isso uma conduta tão grave deve ser apenada com rigor. Lamentavelmente, a lei vigente só autoriza ao magistrado uma condenação máxima de 5 anos."

##RECOMENDA##

A opinião de Elizabeth tem ecos no tribunal, instância máxima da Justiça Militar federal. Além do endurecimento da pena, considerada branda, a avaliação é de que é preciso diferenciar o uso próprio de entorpecentes do tráfico de drogas.

Elizabeth representa um dos cinco magistrados civis do STM - outros 10 são militares, totalizando 15 integrantes. Única mulher a compor o tribunal desde a sua criação, em 1808, ela ganhou visibilidade durante o julgamento dos militares que fuzilaram com mais de 80 tiros o carro do músico Evaldo Rosa dos Santos, no Rio de Janeiro. A magistrada deu o único voto para manter a prisão dos envolvidos no episódio, mas foi vencida e os acusados acabaram soltos.

Sobre o caso do sargento preso ao desembarcar na Espanha, a ministra acredita que um militar "que se valeu da farda para traficar no avião de apoio da Presidência da República é algo inaceitável e revoltante". "Se ficar de fato provado que ele assim agiu, a punição deve ser rigorosa. O caso é gravíssimo", afirmou ela. O inquérito contra Rodrigues pode chegar ao STM.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou anteontem que o militar pagará um "preço alto" pelo episódio. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, por sua vez, disse que "houve quebra de confiança" e que não vai "admitir criminosos entre nós".

Anacrônicas

Elizabeth lembra que o Congresso atualizou ao longo dos últimos anos o Direito Penal, mas se esqueceu de fazer ajustes também no Direito Penal Militar, resultando em leis que "se tornaram anacrônicas, defasadas pelo tempo".

Atualmente, o Código Penal Militar prevê pena de reclusão de até cinco anos tanto para o consumo e para a posse quanto para o tráfico de drogas, misturando em um mesmo artigo múltiplas situações.

A proposta do grupo de trabalho coordenado pela ministra era adequar a legislação militar à Lei das Drogas de 2006: aumentava a pena para tráfico de drogas (para até 15 anos) e abrandava a do consumo próprio (de seis meses a um ano para quem oferecesse droga para consumir com outra pessoa). "O uso de entorpecentes deve ser tratado como uma questão de saúde pública. O tráfico como uma questão de polícia e, posteriormente, de incriminação penal. A sanção deve ser rigorosa, pois está em jogo o bem estar social", afirmou ela.

Na época, a proposta do grupo de trabalho de penas mais duras para militares envolvidos em tráfico de drogas foi entregue ao deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). O texto, no entanto, não avançou, a exemplo de outras propostas que tratam sobre o endurecimento de penas para os militares. "Isso tem de ser corrigido, mas até hoje não é uma prioridade, nem do Congresso, nem dos militares, nem do Executivo", afirmou Zarattini ao Estado.

O presidente da Comissão Especial de Direito Militar da OAB-SP, Fernando Capano, disse ser favorável até mesmo a penas mais duras para um militar condenado por tráfico do que a que existe para os civis. "De um militar se espera valores mais sólidos, representa a institucionalidade de nosso País. Não tem lógica tratar condutas exatamente iguais com penas tão díspares", avaliou o advogado.

Condenação em 50% dos casos

Um levantamento feito pelo Superior Tribunal Militar (STM) aponta que houve condenação em 50% dos casos de tráfico, posse ou uso de entorpecentes julgados pela Justiça Militar da União de 2010 a 2018. Como posse, tráfico e uso de entorpecentes estão enquadrados no mesmo artigo do Código Penal Militar, o tribunal alegou que não é possível fazer a diferenciação sobre os processos de cada uma dessas situações.

O STM, no entanto, informou que a maioria dos processos diz respeito a pequenas quantidades de maconha apreendidas em quartéis, em posse dos militares. Em 20% dos casos levantados pelo tribunal houve absolvição e em 29% a punibilidade foi extinta, como nos casos de prescrição ou de morte do militar investigado. No restante dos processos, não foi possível identificar as informações, segundo o STM.

Quando as Forças Armadas são comparadas entre si, proporcionalmente, são cometidos mais crimes dessa natureza no âmbito do Exército, aponta um estudo de 2015. A maconha é a substância mais comum, mas o relatório já alertava que havia mais casos de cocaína na Aeronáutica.

'Pena que não foi na Indonésia'

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem, no Japão, que o segundo-sargento da Aeronáutica flagrado com 39 kg de cocaína na Espanha "traiu a confiança dos demais" e "lamentou" que o caso não tenha acontecido na Indonésia, onde há pena de morte nesses casos. "Aquele ali traiu a confiança dos demais. Pena que não foi na Indonésia. Ele iria ter o destino que teve no passado Marco Archer", afirmou Bolsonaro, citando o caso do brasileiro fuzilado em 2015 por tentar entrar no país asiático com 13 quilos de cocaína.

Bolsonaro disse ainda que pediu para a Aeronáutica investigar o sargento. "O que nós queremos das Forças Armadas é que seja levantada toda essa rede na qual ele está no meio dela. No meu avião, todos são revistados. O meu material é aberto antes de embarcar", afirmou.

Preso desde terça-feira (25) na Espanha, Manoel Silva Rodrigues conversou anteontem com a família, por telefone. Ele está recebendo assistência consular do Ministério das Relações Exteriores, prestado a cidadãos brasileiros no exterior. Um pedido de extradição é descartado no momento, já que não há condenação no Brasil.

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde o presidente participa do G-20. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, a comitiva não fazia parte do voo que transportou o presidente. A droga foi achada na bagagem do sargento ao desembarcar em Sevilha, na Espanha, primeira etapa da viagem.

Após o episódio, a Aeronáutica montou um grupo de trabalho para revisar procedimentos de segurança em aeronaves militares que sirvam à Presidência ou à Força Aérea. Desde terça-feira, quando a prisão ocorreu, as bases aéreas mais estruturadas, como a de Brasília, já estão sendo mais rígidas nos controles de bagagens e nos acessos às aeronaves que dali decolam.

O Ministério da Defesa admite, nos bastidores, falha de vistoria no voo que levou Rodrigues à Europa. A justificativa para que o controle não fosse tão rígido era de que o trabalho nas instalações militares costuma se basear na relação de confiança, lealdade e probidade, considerados princípios fundamentais para a carreira nas Forças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) capturaram, na noite da quinta-feira (30), um homem acusado de porte ilegal de arma de fogo, organização criminosa, tráfico de entorpecentes e com mandado de prisão em aberto. Gustavo André dos Santos Lins, conhecido como Gê, de 24 anos, seria chefe do tráfico e mandante de homicídios em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife (RMR).

A prisão ocorreu em um sítio na zona rural de Ipojuca, às margens da PE-60. Segundo a Polícia Militar (PM), Gustavo tentou resistir e atirou contra o efetivo, mas foi capturado.

##RECOMENDA##

Com o suspeito, a polícia apreendeu uma submetralhadora MT.40 com carregador, uma pistola calibre 9 mm com numeração raspada e carregador, duas pistolas calibre .40 e quatro carregadores, 22 munições .40, 40 munições 9 mm e sete papelotes de maconha. No momento da prisão, Gustavo estava na companhia de uma mulher de 19 anos e ambos foram conduzidos para a delegacia.

Os policiais permanecem na área onde ocorreu a prisão, pois existe a possibilidade armas e drogas estarem enterradas no local. O canil da polícia também vai dar apoio às buscas.

[@#galeria#@]

Um homem, de 21 anos, foi denunciado por plantar maconha em casa, na região central de Três Lagoas, localizada no Mato Grosso do Sul. As testemunhas afirmaram que no local havia uma recorrente movimentação de usuários. Ele revelou que plantava para evitar bocas de fumo e policiais.

##RECOMENDA##

Os agentes do Serviço de Investigações Gerais (SIG) foram a residência, nessa terça-feira (21), e encontraram a planta em um vaso na varanda. Com a apreensão, o suspeito revelou que a intenção era fazer uso em momento adequado e evitar procurar traficantes para comprar as porções. Desse modo, ele pretendia não correr o risco de ser abordado em bocas de fumo, apontou o G1.

A cultivo foi retirado e o rapaz foi levado à delegacia, onde assinou um termo de compromisso para comparecer no Juizado Especial Criminal (Jecrim) do município.

Com informações da Polícia Federal em Pernambuco, a PF no Rio Grande do Norte prendeu nessa quinta-feira (21) na praia de Cotovelo, no litoral sul, um pernambucano de 33 anos, procurado por tráfico de drogas e incluso na Difusão Vermelha da Interpol. O homem - que não teve o nome divulgado - está condenado a 15 anos de reclusão pela 3ª Vara Criminal de Olinda (PE).

Apontado como fundador e líder da facção criminosa 'Trem Bala', com atuação em Pernambuco, ele era foragido desde 2011 quando cúmplices explodiram o muro da penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na região metropolitana do Recife.

##RECOMENDA##

De acordo com a PF, o homem "com extensa ficha criminal" foi localizado em um resort e, no momento da abordagem, reagiu. Ele sacou uma arma de fogo, "ocasião em que foi atingido em uma das pernas". O traficante foi levado a um hospital e medicado. E agora está custodiado na sede da PF em Natal, à disposição da Justiça.

Um pernambucano de 31 anos foi preso na BR-101, em Canguaretama-RN, na terça-feira (12). Ele, que é natural de Recife, é suspeito de ter assassinado um traficante de Passo da Pátria, em Natal-RN em 2014.

A prisão ocorreu durante fiscalização de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O suspeito seguia de Recife para Natal quando foi abordado. Os policiais constaram que havia um mandado de prisão em aberto pela prática de homicídio qualificado contra o abordado.

##RECOMENDA##

Diante do flagrante, o pernambucano foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Canguaretama. Na mesma operação, foi fiscalizado um caminhão que havia sido furtado na manhã da segunda-feira (11) em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana de Pernambuco. O motorista do veículo, um homem de 32 anos, foi detido e também encaminhado para a delegacia de Canguaretama.

 

Traficante de drogas mais famoso do México, Joaquin "El Chapo" Guzman foi considerado culpado por ocupar um posto de liderança no cartel de Sinaloa, nesta terça-feira, 12. A decisão abre a possibilidade de que ele seja condenado à prisão perpétua. Sua sentença será anunciada no dia 25 de junho.

O júri, cujas identidades dos membros foram mantidas em segredo, deliberou por seis dias sobre seu veredicto, após 11 semanas de julgamento. Ele foi considerado culpado de operar uma "empresa do crime" que lucrou bilhões de dólares transportando toneladas de cocaína, heroína, metanfetamina e maconha para cidades americanas, usando túneis secretos e pacotes escondidos em caminhões-tanque, vagões de trem e até em carros de passeio por mais de duas décadas, consolidando seu poder no México por meio de assassinatos e guerras com cartéis rivais.

##RECOMENDA##

Uma das maiores figuras da guerra das drogas mexicana, Guzmán, de 61 anos, foi extraditado para os EUA para julgamento em 2017 após ter sido preso no México no ano anterior. (Com agências)

O chefe do tráfico mexicano "El Chapo" Guzmán, durante anos o homem mais procurado pelos Estados Unidos, viveu o seu pior pesadelo atrás das grades: será julgado a partir de segunda-feira (5) em um tribunal federal do Brooklyn e pode ser sentenciado à prisão perpétua.

Preso há quase dois anos em Manhattan, praticamente em total isolamento, não pode ver sua esposa Emma Coronel nem nenhum parente, exceto suas filhas gêmeas de sete anos, e somente através de um vidro.

Com o cabelo raspado, sem bigode e usando um traje de presidiário azul, El Chapo, de 61 anos, perdeu muito de sua aura de implacável chefe do tráfico, e aguarda seu julgamento "tão esperançoso quanto pode estar", segundo seu advogado Jeffrey Lichtman.

O acusado perdeu peso e assegura ter problemas de saúde. Em sua única comunicação direta com o juiz Brian Cogan, em uma carta enviada em fevereiro, disse que sofre "muitas dores de cabeça todos os dias. Vomito quase todos os dias. Não consertei dois dentes e me doem muito".

"Se não está muito frio, faz calor demais" na cela, escreveu o acusado de traficar mais de 155 toneladas de cocaína aos Estados Unidos, além de muitas toneladas de heroína, metanfetamina e maconha ao longo de 25 anos. "É uma tortura de 24 horas a cada dia".

Joaquín Archivaldo Guzmán Loera nasceu em 4 de abril de 1957 em uma família humilde em La Tuna, pequeno povoado rural de Badiraguato, no pobre e violento estado de Sinaloa.

Em um encontro clandestino em outubro de 2015, contou ao ator americano Sean Penn que, quando criança, vendia laranjas, refrigerantes e doces para ajudar sua família, que era "muito pobre".

Mas devido à "falta de oportunidades", aos 15 anos já cultivava e vendia maconha e papoula, um negócio que florescia em seu povoado agrícola.

- O maior cartel do mundo -

Adolescente, foi recrutado pelo chefe do cartel de Guadalajara, Miguel Angel Félix Gallardo, e quando este foi preso em 1989, fundou com três sócios o cartel de Sinaloa, que cresceu de forma metórica até se tornar o maior do mundo.

Com o passar do tempo, se tornou o traficante de drogas mais procurado do mundo, acusado de enviar entorpecentes da América Latina para Estados Unidos, Europa e Ásia.

Inclusive a Forbes reconheceu o seu sucesso e, até 2013, o colocou por vários anos em sua famosa lista de bilionários, estimando a sua fortuna em um bilhão de dólares.

Embora em seu estado de Sinaloa tenha criado uma imagem de Robin Hood, fazendo muitas obras sociais para a população local, El Chapo era considerado impiedoso com rivais e traidores.

Mas a partir de 1993 a situação começou a se complicar e, em junho daquele ano, foi detido pela primeira vez, na Guatemala, e levado para uma prisão mexicana.

Mas fugiu oito anos depois, em 2001, dentro de um carrinho de roupa suja.

Voltou a ser preso em fevereiro de 2014, quando estava com sua esposa e filhas em Mazatlán, Sinaloa. E, novamente, fugiu 14 meses depois por um túnel de 1,5 km cavado sob o ralo do chuveiro de sua cela.

As autoridades dizem que sua queda pela atriz mexicana Kate del Castillo, com quem trocou mensagens sugestivas e que conseguiu o encontro entre El Chapo e Penn, levou a sua localização e prisão final em janeiro de 2016, até a sua extradição aos Estados Unidos um ano depois.

O senador Magno Malta (PR) fez um longo discurso contra Lula no plenário do Congresso Nacional nesta semana. O parlamentar chegou a comparar o ex-presidente a um traficante de morro. “O traficante é o Estado, é ele que faz a festa do funk, é ele que compra remédio, é ele que manda o médico subir e descer, ele é tudo de bom, o povo adora ele e ele manda matar e manda o caixão depois, então nos perdoaremos os crimes do traficante só porque é o benfeito da favela?”, alfinetou. 

Magno também disse que Lula nunca trabalhou na vida e não poupou sequer um dos seus filhos, Fábio Lula. “O menino de Lula ficou rico promovendo futebol americano no Brasil. Quem é esse Bill Gates, o negócio é o menino de Lula, o menino rico. A aposentadoria do Lula, que Moro bloqueou, um cara que nunca trabalhou, que só foi presidente por oito anos, se nunca tivesse gastado um real não dava para ter o que ele tem. Nós vamos perdoar o Lula só porque fez o Bolsa Família, só porque fez o Minha Casa, Minha Vida? O Bolsa Família maior foi para a família dele”.

##RECOMENDA##

“Tudo que o Lula fez foi por causa dos pobres. É, pobre dos filhos dele, pobre das noras, pobres dos cunhados, pobre dos sobrinhos, foi para os pobres. Tão achando o que? Que nós somos abilolados? Que nós somos tontos, que nós sofremos de amnésia? Esse discurso de novo porque é preciso lembrar o Brasil todo dia. O povo não pode esquecer desse mal”, ressaltou Malta. 

O senador também chamou Lula de “presidiário chefe” ao sugerir que o ex-presidente possa ser convocado para depor na CPI da Petrobras. Magno questionou quem foi que destruiu a Petrobras. “Só essa CPI vai poder revelar a verdade. Essa CPI pode convocar Dilma para falar da lambança da Pasadena. Essa CPI pode convocar Paulo Roberto Costa, Palocci e porque não o presidiário chefe que recebeu um presente do papa. Tudo mentira. Pelo amor de Deus, o papa manda terço para presidiário do mundo todo, é uma orientação (...) eu acho que um terço era o que eles cobravam nos contratos da Petrobras, essa cambada de cara e pau. Superfaturaram contratos, os contratos eu tenho certeza que todos aqueles delatores terão o maior prazer de aparecerem na CPI”, continuou a criticar. 

“O Brasil não esqueceu que nossas instalações na Bolívia não foram invadidas por Evo Morales, foi algo combinado com o Lula, que entregou as instalações da Petrobras da Bolívia, o exército boliviano entrou, fingiu que invadiu”, acrescentou.

Magno Malta ainda garantiu que o povo brasileiro acordou. “Esse quadro nocivo, nojento que estamos vivendo, eu espero que o povo brasileiro do meu Estado, que não esqueçam o que essa corja fez no Brasil. Essa gente assaltou a Petrobras”. 


 

Na noite desta segunda-feira (21), a Polícia Civil de São Paulo prendeu um traficante na Vila Jacuí, leste da capital, com 12 mil entorpecentes prontos para a venda. Os policiais do 63° Distrito Policial estavam investigando uma denúncia quando chegaram ao local e sentiram um forte cheiro de maconha.

Ao ser questionado pelos agentes, o dono do imóvel abriu a porta e, no local, foi encontrada uma refinaria de drogas com milhares de porções divididas. Foram apreendidos 8.003 pinos de cocaína, 1.999 papelotes de lança-perfume, 400 pedras de crack e uma grande quantidade que já estava fracionada. O proprietário do local foi preso em flagrante.

##RECOMENDA##

Por Cecília Araújo

Em mais uma ação no entorno da Praça Seca, na zona oeste do Rio, forças policiais prenderam neste domingo, 20, Hélio Albino Filho, conhecido como Lica. Ele é apontado como um dos traficantes da região.

Ex-miliciano, Lica se aliara à facção Comando Vermelho, que comanda o tráfico na Praça Seca, segundo informações fornecidas pela Polícia Civil do Rio. A corporação atuou no caso em parceria com a Polícia Federal.

##RECOMENDA##

O acusado estava escondido em uma casa no bairro de Sulacap, vizinho à Praça Seca. Os agentes monitoravam o local, e ele foi preso assim que deixou a residência, de acordo com a Polícia Civil. Havia três mandados de prisão pendentes contra Lica.

No sábado, um dos supostos líderes do tráfico na Praça Seca, Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, foi morto no Lins, na zona norte, após fugir de operações promovidas pelo Exército e pelas polícias fluminenses em comunidades da Praça Seca. Outros seis suspeitos também foram mortos, e 19 supostos criminosos, presos.

Em nota, a Polícia Civil do Rio afirmou que a prisão de Lica "representa um grande prejuízo para a facção criminosa que comanda o tráfico naquela região".

Segundo o coronel Carlos Frederico Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste, a ação que resultou na prisão de Lica está integrada à operação de sábado, realizada por Exército e pelas polícias Militar e Civil. Ele não deu detalhes, porém, da ligação entre as ações. A área de segurança do Rio está sob intervenção federal desde fevereiro.

A operação de sábado teve como objetivo a "estabilização" da região, com medidas como a retirada de barricadas, de acordo com Cinelli. A maior parte do efetivo já deixou a área.

"Agora entramos na fase de manutenção da estabilidade, com patrulhas dinâmicas e pontos de bloqueio de vias com itinerários e locais inopinados", afirmou Cinelli. "Tudo isso complementando o trabalho da Polícia Militar, enquanto ela está sendo recapacitada".

Apreensão

De acordo com a Polícia Civil, na ação que resultou na prisão de Lica, os agentes encontraram: duas pistolas Glock, uma delas com kit rajada; 297 munições calibre 45; 45 munições calibre 40; uma de calibre 556; além de R$23.900 e um Ford Ecosport, ano 2018.

O advogado de defesa do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán anunciou que a saúde mental do mexicano está se "deteriorando" e que ele pode não estar em condições de enfrentar seu julgamento nos Estados Unidos, no dia 5 de setembro.

O "rei das drogas", como é conhecido, foi extraditado pelo México em janeiro de 2017 para uma prisão de segurança máxima em Nova York. Guzmán é acusado por mais de 15 crimes, entre eles tráfico de drogas, uso ilegal de armas e lavagem de dinheiro.

##RECOMENDA##

"Percebemos que seu estado mental se deteriorou, não apenas sua memória, mas a maneira como ele entende as coisas. Ele não é o mesmo homem que era quando eu o conheci", declarou o advogado de "El Chapo", Eduardo Balarezo.

Ele ainda comentou que espera que seu cliente seja submetido a uma avaliação psicológica. A ideia é determinar se "El Chapo" tem ou não condições de enfrentar o julgamento. Desde que foi extraditado, o mexicano está impedido de se comunicar com sua esposa, Emma Coronel.

"Minha preocupação é a saúde dele, porque sei que ele está em péssimo estado psicológico. Ele se sente mal, pelo que os advogados estão me dizendo. Me preocupa como ele vai começar o julgamento se não estiver com uma boa saúde", disse ela.

Nascido em 1954, "El Chapo" é considerado pelas autoridades como um dos traficantes de drogas mais poderosos do mundo. Ele chefiava o cartel de Sinaloa.

Da Ansa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando