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Em um vídeo publicado nas redes sociais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na última terça (21), um comandante sugere que agentes deem tratamento especial à região administrativa do Lago Sul, área nobre de Brasília. O oficial argumenta que, nesse local, a proteção ao patrimônio e à pessoa é “extremamente importante”, por se tratar de uma localidade, em suas palavras, “de grande renda per capita”.

“Hoje os senhores estarão reforçando o policiamento de uma das áreas mais importantes de nossa cidade. Os senhores estarão reforçando o policiamento de uma área onde nós temos autoridades, embaixadores e grandes empresários. Uma área com grande renda per capita, na qual a proteção à pessoa e ao patrimônio é extremamente importante”, orienta o oficial.

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O comandante afirma ainda que os policiais tomem cuidado com as abordagens. “Conversem com a comunidade, interajam com a sociedade, peguem informações e passem para o policiamento normal da área”, completa.

Os agentes que aparecem nas imagens atuarão nos policiamentos diplomático e turístico. Em treinamento, estes policiais ainda precisarão aguardar cerca de 30 dias para que estejam definitivamente integrados ao Departamento de Operações em uma das unidades da PMDF.

Um composto encontrado por pesquisadores da Universidade de São Paulo e de Harvard, nos Estados Unidos, pode acelerar em até seis vezes a regressão do tipo mais agressivo do câncer de mama. O tratamento inclui uma etapa antes da quimioterapia com o uso de droga identificada, a qual enfraquece as células tumorais. O trabalho foi publicado na Science Signaling, revista científica distribuída pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).

“Nós levantamos 192 compostos, que estavam em uma biblioteca de compostos, de drogas, do laboratório. A gente já sabia onde esses compostos iam operar no metabolismo da célula. Testamos para verificar qual deles atingia a célula especificamente do triplo-negativo”, disse Vinícius Guimarães Ferreira, pós-doutorando do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e um dos autores da pesquisa. Triplo-negativo é como se chama o tipo mais severo de câncer de mama.

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Na universidade norte-americana, Ferreira foi supervisionado pelo professor Anthony Letai, especialista na avaliação de mecanismos que levam as células tumorais à morte. “Ele trabalha com a seguinte visão: “eu não quero necessariamente encontrar um composto que sozinho mata a célula, mas eu quero buscar um composto que deixa a célula mais próxima de morrer”, explicou. 

De acordo com os pesquisadores, ao deixar o tratamento contra o tumor mais eficiente, reduz-se o tempo que o paciente estará sujeito aos efeitos colaterais dos medicamentos tóxicos utilizados na quimioterapia. “É como se fosse um barranco, você empurra a célula perto do barranco para entrar o quimioterápico e dar aquele último empurrão”, comparou Ferreira.

Molécula ideal

A primeira parte do estudo analisou os compostos disponíveis para encontrar a molécula ideal. “No final, a gente encontrou alguns que eram os mais promissores e fomos para o modelo animal”, indicou o pesquisador. As drogas que deixaram os tumores mais vulneráveis foram testadas em camundongos com câncer de mama. 

O teste durou 21 dias e mostrou resultados animadores: usando apenas quimioterápico, houve regressão de 10%. No tratamento combinado, o tumor diminuiu 60%. “A terapia foi 500% mais eficaz.”

Os pesquisadores destacam que, conforme dados da Sociedade Americana de Câncer, o câncer de mama triplo-negativo é responsável por cerca de 10% a 15% dos cânceres de mama e é mais comum em mulheres com menos de 40 anos. É um tipo de câncer que cresce mais rápido, tendo opções de tratamento limitado.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país deve ter cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama por ano entre 2020 e 2022.

Uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveu um kit de diagnóstico de Covid-19 capaz de, ao custo de apenas R$ 30 e em menos de uma hora, detectar a presença do vírus Sars-CoV-2 em amostras de saliva e secreção nasal. Batizado de “Lamp-Covid-19”, o teste brasileiro consegue mapear até dez cópias do vírus em uma mesma amostra. As informações são do Estadão.

Diferente do exame PCR tradicional, que leva mais tempo para ficar pronto e é mais caro, o mecanismo criado na UFRJ não exige equipamentos complexos para ser aplicado. O kit de diagnóstico, que foi testado em mais de 60 pacientes e mostrou-se 100% eficaz, localiza fragmentos do RNA do novo coronavírus usando apenas um banho-maria a 600°C, pipetas e tubos de ensaio. 

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A facilidade de aplicação do Lamp-Covid-19 beneficia o sistema de saúde brasileiro, já que poderá ser realizado em lugares com pouca infraestrutura. Ademais, o resultado é analisado de forma colorimétrica (a partir da cor assumida pelo material: se o prognóstico for negativo, a amostra fica vermelha; se positivo, amarelada.

Além disso, a invenção tem sido considerada uma ferramenta importante sobretudo para as crianças, visto que a realização de testes a partir da saliva facilita o processo de tratamento da Covid-19. A exemplo de casos nos quais torna-se necessário o internamento dos pequenos, o que costuma ocasionar testes desgastantes para as vias do nariz e garganta através do PCR. 

O Ministério Público (MPPE) instaurou um inquérito civil para investigar o desabastecimento de hidroxicloroquina na Farmácia do Estado de Pernambuco. Segundo a Farmácia de Pernambuco, o desabastecimento do sulfato de hidroxicloroquina, na apresentação de 400 mg, ocorre "devido a problemas na produção do fármaco e, principalmente, ao uso inadequado deste para prevenção e tratamento da Covid-19 pelo governo federal."

De acordo com nota enviada pela Farmácia de Pernambuco, o desabastecimento é nacional e a situação está irregular em diversos estados brasileiros. A hidroxicloroquina é indicada para o tratamento de pacientes diagnosticados com lúpus sistêmico e artrite reumatóide. 

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Nos últimos anos, a Farmácia de Pernambuco vem registrando um expressivo aumento no número de usuários cadastrados com indicação de uso do medicamento. Atualmente, cerca de 400 pacientes estão registrados na Farmácia de Pernambuco para estas doenças, o que gera um consumo médio de 25 mil comprimidos/mês. O órgão informa que está na fase final de compra.

O uso do medicamento para tratamento e prevenção da Covid-19 é defendido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), apesar de não haver comprovação científica de eficácia. A cloroquina e a hidroxicloroquina têm efeitos colaterais que variam de acordo com cada organismo.

A primeira vez que Bolsonaro se referiu à hidroxicloroquina foi durante uma transmissão ao vivo em 19 de março de 2020, ao dizer que os Estados Unidos havia liberado um remédio com potencial para tratar o novo coronavírus. A informação estava incorreta, pois na ocasião Donald Trump havia pedido agilidade à agência FDA para liberar terapias contra a Covid-19. Trump chegou a promover o produto, mas em junho a FDA revogou a autorização para uso emergencial que havia concedido no mês anterior por causa de eventos cardíacos sérios e efeitos colaterais. 

A postura não impediu que o presidente continuasse promovendo o uso do fármaco. O governo federal fez um esforço para produzir, adquirir e entregar o produto ao SUS. 

A farmacêutica Apsen, principal fabricante da droga no Brasil, informou à CPI da Covid que vendeu 58,8 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina em 2020, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior. No documento, a empresa declara que parte do crescimento se deveu à ampla divulgação mundial dos supostos benefícios do fármaco no tratamento da Covid-19.

No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de intestino, em 2020, afetou certa de 40.990 pessoas, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres. Andrey Mendes, de 6 anos, foi um dos diagnosticados.

Em abril de 2017, Andrey começou a sentir uma série de dores abdominais, ainda leves. Com o tempo, as dores foram se tornando cada vez mais frequentes e contínuas. Preocupada, a família o levou a diversos médicos que, por meio de exames, constataram que a criança tinha uma obstrução em uma das alças do intestino. Após os resultados, o menino conseguiu um leito no Hospital Municipal de Paragominas, por meio da Secretaria de Saúde.

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A Defensoria Pública do Pará, companha, desde 2017, por meio do defensor público e coordenador do Núcleo Regional de Paragominas, Diogo Eloan, o caso de Andrey. O garoto foi diagnosticado com câncer no intestino e precisava, com urgência, ser transferido para um hospital oncológico.

Eloa explica que, caso a criança não fosse rapidamente transferida para o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, referência no tratamento de crianças com câncer, poderia morrer. “Essa criança já havia sido diagnosticada com câncer e o estômago já havia dilatado. No dia seguinte, o pai desesperado nos procurou e fui visitar a criança. Imediatamente, fiz o recolhimento de todos os documentos e entrei com uma ação liminar, que foi deferida no mesmo dia”, detalhou.

O defensor ainda conta que, após o deferimento da liminar, a Defensoria continuou em contato para que a decisão fosse, de fato, cumprida. “Entramos em contato com a direção do Ophir Loyola, para que a criança pudesse ser transferida. Ele só conseguiu ser internada por causa dessa decisão judicial”, disse.

A transferência de Andrey foi realizada em 28 de abril de 2017. No hospital, o menino passou por uma cirurgia de urgência, que constatou a presença de 23 tumores cancerígenos no abdômen. Após a cirurgia, a criança precisou ser internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu por 40 dias e, depois, ficou internado no Hospital Octavio Lobo. Foram cerca de dois anos e meio, até o início do tratamento de quimioterapia, que, num final feliz, levou à alta de Andrey.

Este ano, o menino finalmente pôde retornar a Paragominas. “A Defensoria Pública ajudou a minha família num momento muito difícil. Meu filho estava internado há quatro dias no Hospital Municipal e os hospitais em que o caso foi apresentado recusaram recebê-lo”, disse Alexandre Mendes, pai da criança.

Atualmente, a menino está com 10 anos, e precisa voltar a Belém de seis em seis meses para fazer exames de rotina. “O trabalho da Defensoria Pública é essencial. Sem esse trabalho, a população fica desamparada, nem todo mundo tem condições de pagar um advogado. Quando precisei, fui muito bem assistido. O Dr. Diogo me ajudou muito e marcou a minha vida e a saúde do meu filho. Se não fosse ele, meu filho teria morrido no hospital, sem assistência nenhuma”, finalizou o pai de Andrey.

Como forma de agradecimento, a família fez uma camisa em homenagem ao defensor Diogo Eloan. “O nosso trabalho, de servir ao próximo, volta em forma de amor, em forma de reconhecimento. Não é fácil, mas é uma missão que traz muita satisfação pessoal. Nós acordamos todos os dias com vontade de mudar o mundo, lutar pela justiça e lutar pelo direito dos nossos assistidos”, declarou o defensor.

O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.

O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.

Por André Maia e Larissa Silva.

 

O grupo farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca anunciou nesta terça-feira (15) que sofreu um revés no desenvolvimento de um tratamento contra a Covid-19, cuja eficácia em pessoas expostas ao vírus não foi comprovada.

O tratamento com anticorpos, denominado AZD7442, pretendia prevenir e tratar a doença, mas não deu resultado.

"O teste não alcançou o objetivo principal de prevenir os casos sintomáticos de covid-19 depois da exposição ao vírus", afirmou a AstraZeneca em um comunicado.

O tratamento estava na fase 3 de desenvolvimento, ou seja, testes clínicos em larga escala para medir a segurança e eficácia.

Os 1.121 participantes eram adultos com mais de 18 anos que não estavam vacinados e que foram expostos a uma pessoa infectada durante os oito dias anteriores.

O tratamento reduziu o risco de desenvolver covid-19 com sintomas apenas em 33% dos participantes.

Os testes para avaliar o remédio em pacientes antes da exposição ao vírus e nas pessoas que desenvolveram formas graves continuam.

O desenvolvimento do tratamento é financiado pelo governo dos Estados Unidos, que assinou acordos com a AstraZeneca para receber até 700.000 doses este ano.

No total, o valor dos acordos com o governo dos Estados Unidos para o desenvolvimento do tratamento e das doses em 2021 alcança 726 milhões de dólares.

No comunicado, a AstraZeneca indica que está em conversas "sobre os próximos passos com o governo dos Estados Unidos".

A AstraZeneca continua enfrentando problemas com sua vacina contra a covid-19, suspensa em vários países europeus depois que alguns problemas sanguíneos foram registrados em pessoas vacinadas.

Uma fonte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) chegou a afirmar que a melhor opção seria suspender a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 para todas as faixas etárias quando há alternativas disponíveis.

Ao mesmo tempo, um estudo publicado na segunda-feira pelas autoridades de saúde britânicas afirma que duas doses das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford protegem em mais de 90% contra as hospitalizações depois de contrair a variante Delta do coronavírus, registrada pela primeira vez na Índia.

O "kit covid", tratamento sem eficácia comprovada que combina o uso de azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina, está sendo consumido por parte da população contra a covid-19, muitas vezes com prescrição médica, mas vem sendo questionado por profissionais de saúde e contestado pela comunidade científica internacional. Isso porque o uso equivocado pode provocar hepatite medicamentosa.

Hepatite medicamentosa é uma grave inflamação no fígado causada pelo mau uso e pelo excesso de medicamentos. Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aponta que, além do kit não ter resultados positivos para o tratamento da covid-19, ainda pode causar graves riscos à saúde.

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Segundo o médico hepatologista Rafael Ximenes, o kit é um fator preocupante principalmente pela falta de eficácia das medicações, que não ajudam a prevenir nem a tratar a doença.”Esses remédios possuem efeitos colaterais, inclusive lesões no fígado. A azitromicina, por exemplo, causa lesão no fígado em torno de 1 a 2% das pessoas que a usam. O risco da ivermectina é menor e a hidroxicloroquina parece ser nesse aspecto a mais segura, mas pela escala que essas medicações estão sendo usadas, milhares, talvez milhões de pessoas estejam usando, mesmo com o risco de 1% passam a ser muito alto e muitas pessoas, infelizmente, vão ter lesões no fígado por isso”, afirma.

A manifestação da doença é variável. Os sintomas podem aparecer em poucos dias ou até depois de alguns meses após o início da medicação. “Os primeiros sintomas podem ser leves e inespecíficos, como fraqueza, desânimo, falta de apetite, desconforto no abdome e enjoos. Nos casos mais graves, após alguns dias da semanas destes sintomas, podem aparecer a icterícia e depois a encefalopatia hepática”, explica o doutor.

 Ainda de acordo com o hepatologista, já foram registrados casos fatais de pessoas que optaram pelo tratamento. “Já têm casos de pessoas que precisaram de transplante por causa do kit covid e alguns pacientes até faleceram por isso. Então recomendamos que a população tome muito cuidado e não se automedique”, alerta Rafael Ximenes.

Sobre o tratamento para a doença, o doutor conta que a principal medida é a suspensão imediata dos medicmentos. “Na maioria dos casos, o tratamento é suspender a medicação que causou a lesão e esperar o fígado se recuperar. Vale lembrar que o fígado é um órgão com alta capacidade de regeneração. Em alguns casos, há tratamento específico para a lesão por aquele medicamento. Vale ressaltar que este tratamento deve ser feito por médico hepatologista com experiência neste tipo de lesão, e nunca por conta própria”, relata.

Por Rebeca Costa.

 

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao conversar com apoiares no jardim do Palácio da Alvorada nesta terça-feira (8), ironizou o projeto que permite o cultivo de maconha domiciliar para uso medicinal. Na mesma ocasião, ele aproveitou para alfinetar a sigla rival, o Partido dos Trabalhadores (PT), maior cotado para disputar as presidenciais em 2022 contra o atual PR.

“Tem canabidiol sintética, não precisa deixar o pessoal plantar maconha em casa, não. Imaginou se o PT um dia voltar ao governo, o quanto dá para plantar de maconha ali, ó?”, provocou ele, apontando a cabeça para o gramado da residência oficial.

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Recentemente, após as manifestações que demandavam vacinas e o impeachment do presidente em todo o território nacional, Jair Bolsonaro, no mesmo local de entrevistas de sempre, também ironizou que nos protestos, para ele politizados, havia “faltado maconha”: “sabe por que teve pouca gente? Porque a PF tá prendendo muita maconha no Brasil. Faltou erva”, disse.

O Projeto de Lei (PL) 399/2015 mencionado nesta terça (8) regulamenta o plantio de maconha para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos, ou partes da planta. A proposta recebeu parecer favorável do relator, o deputado Luciano Ducci (PSB-PR), mas o texto ainda precisa ser aprovado na comissão especial criada para debater a matéria, antes de ser levada ao plenário.

A proposta, de autoria do deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE), altera a Lei 11.343/06, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e que autoriza o plantio de vegetais como a maconha, denominada Cannabis sativa, para fins científicos ou medicinais, em local e prazo determinado, mediante fiscalização.

Como iniciativa voltada para atender os pacientes que tiveram covid-19, o município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, se torna o primeiro a contemplar um Centro de Atendimento Especializado para pacientes que desenvolveram sequelas após a doença. O Ambulatório Pós-Covid possui estrutura para receber até 30 pacientes diariamente, com expectativa de um fluxo de, em média, 600 pacientes todos os meses.

A iniciativa faz parte de uma série de medidas da prefeitura de Ananindeua, juntamente com a Secretaria de Saúde, para enfrentar a pandemia. Segundo o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, o ambulatório é uma alternativa de assegurar todos os cuidados necessários após o quadro de sintomas da doença. “Nós adotamos a estratégia de criar o primeiro Centro de Reabilitação Pós-Covid da RMB por saber que o nosso paciente que teve covid, muitas vezes, fica com sequelas musculares, sequelas respiratórias e precisa fazer uma reabilitação. A prefeitura de Ananindeua está se preocupando não só com diagnóstico e o tratamento precoce, mas também com algo de extrema importância que é o acompanhamento do nosso paciente até o fim do seu tratamento”, detalhou o prefeito.

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A unidade conta com profissionais de saúde em diversas especialidades de atendimento, oferecendo tratamentos voltados à reabilitação respiratória e cardiopulmonar, reabilitação músculo-esquelético, reabilitação de equilíbrio e coordenação motora, dentre outros procedimentos para promover melhor qualidade de vida.

O atendimento no ambulatório está sendo feito a partir de um encaminhamento prévio. Antes de se dirigir até o centro de referência, os pacientes devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o Ambulatório Covid-19 fixo para uma triagem dos sintomas constatados e, posteriormente, ser encaminhado ao atendimento no Ambulatório Pós-Covid. “O paciente, ao chegar no Ambulatório Pós-Covid, passa por uma pré-consulta para ser avaliado e agendado o início do tratamento. O Ambulatório Pós-Covid veio no momento correto, pois estamos saindo de uma segunda onda muitas pessoas estão necessitando desse atendimento que vai ajudar na recuperação das pessoas”, explicou a gestora da secretaria de saúde, Dayane Lima.

Para a fisioterapeuta do Ambulatório Gabriela Félix, é necessário um trabalho em conjunto para o restabelecimento das funções afetadas. “Os principais exercícios que a gente vai utilizar são os que incentivam a respiração e a expansão pulmonar para eliminar qualquer sequela que tenha sido deixada pela covid-19. Nós vamos recuperar também a questão cardiopulmonar que também é bastante afetada. Sabemos que há uma perda de massa muscular bem acentuada e que o paciente fica com alguns movimentos alterados e por isso vamos trabalhar com exercícios musculares, treino de marcha e de equilíbrio, além de outros exercícios importantes para a recuperação completa do paciente”, afirmou a especialista.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), o progresso dos pacientes será acompanhado de perto. A cada 15 dias serão analisadas as sequelas aparentes e a gravidade no quadro de cada paciente. O tratamento pode ser concluído após um mês do início do acompanhamento, mas em outros casos até dois ou três meses, de acordo com a evolução clínica de cada indivíduo.

O Centro de Atendimento Especializado de Ananindeua está localizado na rua Cláudio Sanders, 1.600, com horário de atendimento de segunda a sexta-feira, de 8 horas da manhã até às 18 horas da tarde.

Por Gabriel Pires.

 

 

A médica infectologista Luana Araújo, cujo nome não foi aprovado pelo governo para integrar o Ministério da Saúde mesmo após anúncio do titular da pasta, Marcelo Queiroga, frisou, mais uma vez, aos senadores que a ciência ainda não conseguiu encontrar um tratamento inicial para pacientes com Covid-19. "Não existe tratamento inicial da doença", disse, após a insistência do senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) em falar sobre a existência de medicamentos que, administrados no início da doença, impediriam sua evolução.

Luana destacou que a comunidade científica tem feito testes, mas que até o momento não houve resposta eficaz. "Não temos nenhuma ferramenta farmacológica para ser usada de forma inicial que impeça evolução da doença", repetiu a médica.

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A médica ainda explicou que o uso de corticoide para tratar pessoas com Covid-19 se dá numa fase bastante específica, quando há necessidade da hospitalização e uso de oxigênio suplementar. Luana ressaltou, por sua vez, que seu uso precoce tem um efeito negativo, que pode levar a uma queda da resposta imunológica. "Mas ele não tem impacto na carga viral, ele tem ação anti-inflamatória", respondeu ela ao questionamento de Marcos Rogério.

Ela ainda explicou ao senador porque medicamentos como a cloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, não funcionam para tratar a Covid-19. "Não é que a gente não queira que as pessoas não tenham acesso, pelo contrário, nossa vida seria mais fácil, perdi amigos, perdi colega de plantão da Fiocruz que era um gênio, morreu salvando a vida das pessoas. Se houvesse oportunidade a gente teria usado. Infelizmente, não tem", declarou a médica.

Luana disse ainda que o adoção de medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras e o distanciamento social para o combate a pandemia da Covid-19, deveria ter sido adotadas desde o começo da disseminação da doença no País.

Internado desde a última terça (25), com o diagnóstico de Covid-19, o poeta cearense Bráulio Bessa tem apresentado melhoras. Através do Instagram, a equipe do escritor tem atualizado os fãs sobre seu tratamento e o quadro clínico. Já na televisão, Fátima Bernardes, que costuma receber Bessa em seu programa Encontro, aproveitou para mandar forças ao colega, ao vivo, nesta quinta (27).

Bráulio Bessa ganhou uma notoriedade maior após diversas participações no programa Encontro com Fátima, da apresentadora Fátima Bernardes. O público ficou assustado quando o poeta foi internado, em decorrência da Covid-19, e para que os fãs possam acompanhar a evolução de seu quadro clínico, sua equipe tem compartilhado algumas informações pelo Instagram. Na última quinta (27), uma postagem dava conta da melhora de Bessa: “(Ele) permanece internado, mas segue apresentando melhora gradativa, inclusive com a redução da inflamação pulmonar”.

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 Também na última quinta (37), Fátima Bernardes fez questão de mandar uma mensagem, ao vivo, para Braúlio. durante o Encontro, ela falou ao poeta. “Que você se recupere logo e que você possa estar logo aqui com a gente declamando seus poemas, que inspiram tanta gente e nos emociona. Estamos todos aqui nessa corrente positiva para a sua recuperação".

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ligada ao Ministério da Saúde, passou a contraindicar o uso da cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e outros medicamentos, defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro, contra a Covid-19.

Essa contraindicação é para pacientes que estejam internados com o novo coronavírus. O texto ficará disponível durante 10 dias para a consulta pública no site da Conitec e, se aprovado, passará a ter efetividade no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

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No relatório de 101 páginas, a Comissão aponta que "alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente".

Além disso, a Conitec indica que a " ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população". 

Nanci González levou o irmão doente de Covid-19 para um hospital da rede pública, em Assunção, mas o local estava tão lotado que seguiram para uma clínica particular, onde ele ficou internado na UTI e conseguiu se recuperar. Agora, a dívida da família é enorme.

"Nós o levamos para o IPS (Instituto de Previdência Social), mas como estava lotado, e ele não estava bem para esperar, nós o levamos para outro hospital. Entramos e colocaram oxigênio imediatamente, porque não estava com boa saturação. No dia seguinte, foi entubado", conta González à AFP.

No total, seu irmão Rosalino, de 37 anos e sem comorbidades, passou 16 dias na Unidade de Terapia Intensiva. Para retirá-lo da clínica, a família recorreu à Justiça, pois deve o equivalente a US$ 50.000.

Nanci, que trabalha em casa como costureira e quase não recebeu encomendas desde o início da pandemia, decidiu criar uma rifa de seu automóvel para conseguir um pouco do dinheiro que precisa para pagar a internação, com a sorte de que a pessoa que venceu optou por devolver o carro.

"No Paraguai, é quase uma tradição que, se tem alguém internado, o sistema de financiamento é a solidariedade social. As pessoas organizam rifas, comidas, festivais, qualquer atividade social de colaboração para que as pessoas consigam enfrentar os gastos", diz à AFP Esperanza Martínez, senadora e ex-ministra da Saúde.

O sistema de saúde no Paraguai inclui os serviços de seguridade social, acessados por cerca de 20% da população graças a um emprego formal, além de centros de atendimento público, onde são atendidos 60%, e um pequeno setor privado.

"O sistema público de saúde nunca foi gratuito, sempre teve tarifas de baixo custo", explica Martínez.

"Mas, em tempos de covid, os custos são os de UTI, que sempre são catastróficos. A isto se soma a pobreza e a situação de desamparo de muitas famílias pelas condições econômicas que também são impostas pela pandemia com o isolamento, o fechamento de empresas e as demissões em massa", completa.

O Paraguai enfrenta uma aceleração de casos que provoca o colapso dos hospitais. Muitos pacientes são atendidos com oxigênio e soro em cadeiras, ou macas, posicionadas nos corredores.

Vanessa Morinigo, de 32 anos, teve de internar o pai em condições precárias. Pouco depois foi a vez de sua mãe.

"O caos é impressionante. Não há vaga. É um milagre conseguir uma cadeira com oxigênio. Meu pai passou oito dias sentado em uma cadeira com o pé todo inchado. Pneumonia bilateral nele, e pneumonia bilateral, na minha mãe", relata.

Ela conta que os dois estão em condição melhor, pois foram transferidos para uma instalação militar preparada para o atendimento intermediário de pessoas que saem da UTI.

Ter um parente internado exige muita dedicação, inclusive para conseguir os tratamentos. Nas imediações dos hospitais, é possível observar diversas barracas improvisadas por familiares que acompanham pacientes.

Para Morinigo, uma das coisas mais difíceis foi comprar os medicamentos necessários. Ela conta que gastava o equivalente a US$ 50 por dia com os remédios para os pais.

"Tive que fechar meu negócio. Meu marido é o único que trabalha", contou.

Com pouco mais de sete milhões de habitantes, o Paraguai registra 299.684 casos e 7.209 mortes por covid-19. A campanha de vacinação acontece de maneira lenta. O governo culpa o não cumprimento de prazos pelo sistema Covax e contratos "leoninos e abusivos" impostos por fornecedores privados.

Em tratamento contra um câncer desde 2019, o prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, foi extubado na noite da segunda-feira (3) após o sangramento em uma úlcera no estômago ter sido estancado. Ele continua internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, mas deixou a unidade de terapia intensiva (UTI). Agora, Covas aguarda liberação de um leito de unidade semi-intensiva, sem previsão de alta.

“Entendemos o sangramento como evento pontual. Faz parte do acompanhamento de doentes crônicos que tenham eventos pontuais. No caso, foi um sangramento gástrico, mas poderia ter sido uma infecção ou qualquer outra contingência. Como tal, este procedimento foi enfrentado. Foi enfrentado o sangramento, foi estancado o sangramento, o paciente foi para uma unidade de terapia intensiva e acaba de ter alta”, explicou o médico David Uip, que compõe a equipe médica que trata o prefeito e que já foi médico particular do avô do prefeito, o ex-governador Mário Covas, que também lutou contra um câncer.

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Em entrevista coletiva no início da tarde de hoje (4), os médicos que o atendem disseram que Covas está bem, fazendo piadas e querendo assistir ao jogo do time pelo qual torce, o Santos, contra o The Strongest, que se enfrentam hoje pela Copa Libertadores da América.

“Essa foi a grande angústia que ele teve e ele ficou muito feliz em sair da UTI [para ver o jogo]”, disse o médico Artur Katz.

“Hoje ele está animado, revigorado, fazendo piadas e descontraído. Essa é uma característica da personalidade dele. Mesmo diante das dificuldades e desafios que ele tem, ele sempre procura fazer piadas e descontrair. Ele está motivado para seguir adiante nessa batalha, nessa jornada, com nossa ajuda”, disse o médico oncologista Tulio Eduardo Flesch Pfiffer.

Por enquanto, os médicos não têm previsão de quando Covas poderá retomar o seu tratamento fazendo as sessões de quimioterapia e de imunoterapia, que deveriam ter ocorrido ontem (3) e foram suspensas após Covas apresentar o sangramento.

“Aquilo que estava previsto que era a segunda sessão de quimioimunoterapia foi obviamente adiada e vai depender de outros fatores, inclusive a recuperação do sangramento. Além do estancamento do sangue, ele teve que receber unidades de sangue. Foi um sangramento agudo. O prefeito neste momento está normal, sentado em uma cadeira, conversando habitualmente”, acrescentou Uip.

Sangramento

Bruno Covas foi internado no último domingo (2) para fazer exames de rotina de sangue, de imagem e endoscópios, que acabaram demonstrando um sangramento no local do tumor inicial. Os médicos decidiram então intubá-lo.

“A intubação foi uma estratégia basicamente para evitar que os coágulos fossem aspirados e fossem contaminar a via aérea. Foi basicamente uma intubação para proteger a via aérea durante a realização de um evento. Uma vez superada a hemorragia e o estômago todo limpo, se pode proceder a extubação”, explicou Katz.

“O objetivo atual é recolocar o prefeito em suas condições ideais de saúde, seja pela reposição do sangue perdido, seja pelo controle hemodinâmico, seja por nutrição, para que a gente possa futuramente avaliar quando tomar alguma decisão do ponto de vista oncológico, do ponto de vista de continuidade do tratamento, já que essa intercorrência (o sangramento) nos forçou a uma espécie de desvio dos planos originais”, explicou Arthur. “Uma vez superada a intercorrência, vamos planejar o que fazer daqui para a frente”, acrescentou.

Ainda no domingo, Covas comunicou que encaminhou à Câmara Municipal o seu pedido de afastamento da prefeitura pelo período de 30 dias para dar prosseguimento ao seu tratamento contra a doença. O pedido encaminhado à Câmara Municipal não precisou ser votado e foi publicado hoje no Diário Oficial do município. Nesse período, o cargo será assumido pelo vice-prefeito, Ricardo Nunes.

Histórico

Covas foi diagnosticado com um adenocarcinoma em outubro de 2019, um câncer na região da cárdia, entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado e uma lesão nos linfonodos. Após o diagnóstico, ele iniciou um tratamento de quatro meses de quimioterapia.

Em fevereiro do ano passado, exames demonstraram regressão da lesão esôfago-gástrica e da lesão hepática, mas uma biópsia detectou que o câncer nos linfonodos ainda persistia e os médicos decidiram então iniciar uma nova fase de tratamento, baseado em imunoterapia, uma estratégia que permite ao próprio sistema imune do paciente combater a doença. Exames feitos pelo prefeito em abril de 2020 demonstraram controle da lesão em linfonodos.

Já neste ano, em fevereiro, Covas passou por um novo tratamento quimioterápico após os médicos descobrirem um novo nódulo no fígado. E em meados de abril, exames de controle demonstraram novos pontos da doença no fígado e nos ossos. Com isso, os médicos decidiram dar continuidade ao tratamento com quimioterapia, além de imunoterapia. Na semana passada, no dia 27 de abril, ele recebeu alta do hospital, mas voltou a ser internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) no último domingo (2), após se sentir indisposto, com náuseas e abatido. Os médicos então decidiram intubá-lo por um dia para que o sangramento pudesse ser contido.

 

Beth Goulart atualizou os fãs e seguidores sobre o estado de sua irmã, Bárbara Bruno, que está intubada na UTI em decorrência das complicações da Covid-19. Segundo a atriz, ela segue estável e respondendo bem ao tratamento.

"A força da oração e da fé. Graças a Deus minha irmã amada @barbarabrunoatriz está estável respondendo bem ao tratamento. Às 18h oração para Bárbara e todos os doentes e seu familiares, fortalecimento para todos", escreveu Beth.

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No vídeo, Beth deu mais detalhes: "Gostaria de dar notícias de minha irmã. Graças a Deus ela está respondendo bem ao tratamento. Foi colocada em prona, não está com febre. Não tem nenhum órgão comprometido, é só o pulmão, realmente. Ela está respondendo muito bem ao tratamento", disse.

Ela ainda pediu para que todos tenham fé no momento delicado.

Centenas de caixas com medicamentos vencidos foram encontradas no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (Cdmci) nessa sexta-feira (23). Os remédios seriam utilizados para o tratamento da Covid-19 e deviam ter sido encaminhados aos hospitais e unidades de saúde da capital mato-grossense. A denúncia foi feita pelos vereadores Maysa Leão (PP) e Diego Guimarães (Cidadania), que acionaram a Delegacia de Combate à Corrupção para apuração imediata. Toda a ação foi filmada e publicada nas redes sociais dos políticos. 

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Segundo as imagens de Maysa Leão, foram encontrados medicamentos como Amoxicilina, Ibuprofeno, Ritalina, anestésicos, Dipirona, Paracetamol. O local visto nas imagens é usado pela Secretaria de Saúde para armazenar esses materiais e organizar a distribuição para a região.

O grupo de vereadores foi até o local após Guimarães receber uma denúncia de que havia centenas de medicamentos vencidos no local, onde seguiu na companhia de Leão e também do vereador Marcos Paccola (PV).

“Não dá para aceitar que medicamentos como amoxicilina (antibiótico que tem sido usado para enfrentar as infecções por bactéria, em muitos pacientes com Covid), Ibuprofeno (medicamento que trata dor, febre e inflamação, muito usado nos pacientes com Covid), Ritalina, anestésicos, dipirona, paracetamol, mais uma infinidade e até leite em pó... Centenas de medicamentos, em processo de descarte. Dinheiro público jogado fora! Vidas sendo negligenciadas! Um tapa na cara do cidadão que está enfrentando essa pandemia passando sufoco”, disse Maysa Leão junto à publicação do vídeo-denúncia.

De acordo com o grupo de vereadores, o Ministério Público foi acionado e eles já organizam um relatório detalhado da fiscalização. A Secretária de Saúde alega que os vereadores invadiram o centro e cometeram crime de desacato aos servidores públicos.

"A SMS destaca que nunca negou o direito de nenhum cidadão, ainda mais com atribuição legal de fiscalizar, de visitar os espaços de atendimento à população, não sendo necessária a atitude tomada pelos parlamentares. A pasta informa que adotará as providências legais com relação à invasão e desacato aos servidores públicos, que merecem respeito no exercício de suas funções", diz, em nota.

Por unanimidade, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deliberou em reunião nesta terça-feira, 20, pela autorização temporária do uso emergencial do coquetel Regen-Cov2 no tratamento de pacientes com a covid-19.

Liberado em caráter experimental, o tratamento reúne os medicamentos casirivimabe e imdevimabe (cujos nomes originais são, respectivamente, casirivimab e imdevimab) e é destinado a casos leves e moderados com resultado positivo para o novo coronavírus de pacientes do grupo de risco da doença e que não necessitam de suplementação de oxigênio.

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O uso será restrito a hospitais, com venda proibida no comércio. Este é o segundo tratamento para a doença liberado para uso emergencial no País, após a aprovação do remdesivir em março.

O tratamento foi desenvolvido pela empresa norte-americana Regeneron Pharmaceuticals, em parceria com a suíça Roche, responsável pelo pedido de autorização de uso no Brasil, protocolado na Anvisa em 1.º de abril.

O coquetel está liberado para uso em caráter emergencial nos Estados Unidos desde novembro passado, tendo sido um dos utilizados pelo então presidente Donald Trump, além do Canadá e da Suíça. Além disso, teve parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em fevereiro, com posterior autorização de uso emergencial na Itália, na Alemanha, na República Checa, na França e na Islândia.

Como explicou Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da agência, o tratamento reúne dois anticorpos monoclonais que têm o objetivo de se ligar à proteína spike do vírus a fim de impedir que entre na célula e possa se replicar. O tratamento não é recomendado para pacientes que estão em estado grave, em que pode piorar o quadro de saúde.

"Deve ser iniciado assim que possível após o teste viral positivo, dentro de dez dias do início dos sintomas", destacou. "Reduziu significativamente o risco de hospitalização ou morte relacionadas à covid nos pacientes ambulatoriais sintomáticos com um ou mais fator de risco."

Os fatores de risco considerados para a indicação do medicamento são: idade avançada (65 anos ou mais), obesidade, doença cardiovascular, hipertensão, doença pulmonar crônica, asma, diabete, doenças renais crônicas, incluindo pacientes em diálise, imunossuprimidos e doenças hepáticas crônicas.

No caso da autorização no Brasil, a dose é de 600 mg de cada um dos dois medicamentos, que devem ser administrados juntos e por meio de infusão intravenosa única (por meio de uma bolsa, semelhante à administração de um soro, por exemplo). A posologia é, portanto, distinta da autorizada nos Estados Unidos e na Europa, que prevê o 1,2 mil mg. Segundo Santos, a empresa submeteu a nova posologia nos locais citados.

Santos destacou que o tratamento passou por quatro estudos não clínicos distintos, nos quais não foram identificadas "questões maiores" em relação à segurança, considerada com perfil "aceitável". "Os ensaios realizados não geraram preocupação que ensejasse uma investigação específica", apontou.

O benefício seria perceptível a partir do segundo dia após a aplicação. Segundo o estudo considerado pela Anvisa, houve redução de 70,4% no número de pacientes hospitalizados por covid-19. quando comparado ao grupo que recebeu placebo.

Nesse estudo, os eventos adversos graves foram mais frequentes no grupo placebo. Ao todo, 0,3% do total que recebeu o tratamento teve uma reação de hipersensibilidade. No caso das doses de 2,4 mil mg, a redução foi semelhante, de 71,3%, destacou Santos.

O medicamento tem validade de 12 meses quando armazenado de 2ºC a 8ºC. Quando diluído, pode ser armazenado por até quatro horas em temperatura ambiente e, se refrigerado, por até 36 horas.

O gerente-geral de Medicamentos pontuou, contudo, que há incertezas sobre o medicamento, pois os dados "ainda estão sendo gerados" e que a aprovação foi sugerida por sua área pela "situação de emergência" da pandemia. Ele destacou que há a necessidade de revisão quando for aberto um pedido de registro, como a confirmação do prazo de validade.

Ele reiterou, ainda, não haver dados sobre os resultados em menores de 18 anos ou tampouco para variantes, cuja capacidade de neutralização para novas cepas (como a P1) foi demonstrada exclusivamente in vitro. Além disso, destacou que a administração em grávidas deve ocorrer com "cautela", uma vez que os dados são limitados nessa população, com estudos de toxicidade reprodutiva em animais ainda não concluídos.

Na reunião, Liana Kusano Fonseca, gerente substituta de Inspeção e Fiscalização de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos, informou que a equipe técnica identificou informações "satisfatórias" para emitir análise de boas práticas de fabricação, essenciais para a liberação do uso emergencial.

A avaliação contou com as três fabricantes envolvidas, desde a produção da substância ativa (ocorrida nos Estados Unidos), o acabamento dos medicamentos (igualmente ocorrida no território norte-americano) e o embalamento secundário (feito na Suíça). O envolvimento de outras plantas fabris nessa cadeia exigirá nova autorização de uso emergencial na Anvisa.

Da mesma forma, Suzie Marie Gomes, gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, apontou que os dados são suficientes para aprovar o Plano de Gerenciamento de Risco.

Relatora do pedido e uma das diretoras da agência, Meiruze Sousa Freitas destacou que o tratamento atende às expectativas quanto aos "requisitos mínimos". "Espero que essa autorização possa aliviar a carga do nosso sistema de saúde", destacou, por envolver um tratamento que pode ser "mais uma ferramenta no combate à pandemia", junto com o remdesivir e as vacinas.

Ela destacou que a autorização não envolve o uso com a proposta de prevenir o contágio, que também é alvo de estudo pelas fabricantes. Além disso, lembrou que os pacientes que receberem o tratamento deverão aguardar ao menos 90 dias para serem vacinados contra a covid-19, após procurarem avaliação médica.

"É importante a convocação dos profissionais de saúde para a notificação de qualquer suspeita de reações adversas", salientou. Ela lembrou, ainda, que a Anvisa pode se manifestar novamente sobre o tratamento a "qualquer momento", inclusive com a tomada de "medidas protetivas".

Uma mulher de 33 anos morreu de Covid-19 após receber nebulização de cloroquina no Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, em Manaus-AM. A "técnica experimental" foi aplicada pela ginecologista e obstetra Michelle Chechter e o marido Gustavo Maximiliano Dutra. O caso foi divugado pela Folha de S.Paulo.

Jucicleia de Sousa Lira estava com Covid-19 e havia dado à luz ao primeiro filho há menos de um mês. Após a nebulização, o quadro dela seguiu piorando. Ela faleceu em 2 de março de infecção generalizada em decorrência da Covid-19, segundo o hospital.

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O viúvo de Jucicleia, o auxiliar de produção Cleisson Oliveira da Silva, 30, diz que não foi consultado pela médica sobre a nebulização. Ele só soube que a esposa havia assinado uma autorização em 8 de abril. Ela concordou que fosse utilizada "a técnica experimental nebuhcq líquido, desenvolvida pelo dr. Zelenko", além de autorizar depoimento gravado na UTI e o relato do caso em revista científica. O documento não citava os possíveis efeitos adversos.

No vídeo gravado na UTI, Chechter induz Jucicleia a dizer que a nebulização está funcionando. A técnica foi criada pelo médico ucraniano-americano Vladimir Zelenko. Em abril de 2020, Zelenko passou a ser investigado por um procurador federal por ter mentido que seu estudo havia recebido respaldo da agência norte-americana que regula os medicamentos, a FDA.

Pelo menos outras três pacientes receberam a nebulização mesmo sem autorização, e todas morreram, segundo a Folha. Em um dos casos apurados, a médica teria entregado comprimidos de hidroxicloroquina a uma familiar de paciente em fevereiro e dito que o medicamento tinha o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas informou que o tratamento não faz parte dos protocolos terapêuticos da rede estadual e que "se tratou de um ato médico, de livre iniciativa da profissional, que não faz mais parte do quadro da maternidade, onde atuou por cinco dias." Segundo a secretaria, apenas duas pacientes receberam o experimento e ambas assinaram o termo de consentimento. A obstetra não se posicionou sobre o caso.

A satisfação de vencer a Covid-19 muitas vezes precede um quadro de sequelas que acompanha o paciente por toda a vida. Em entrevista ao LeiaJá, a infectologista Fabiana Gonzaga, do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), conta que já atendeu pessoas que desenvolveram problemas renais e até mesmo cardíacos, e comentou sofre o tratamento dos recuperados.

“Um paciente que supera uma infecção grave e, muitas vezes aguda, a gente acreditava que aquilo era suficiente. Hoje a gente percebe que o ‘pós-Covid’ também traz sequelas, limitações e pode até ter uma evolução grave”, alerta a médica do HCP.

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Em sua rotina de atendimento na pandemia, ela diz que já recebeu pacientes que venceram o vírus - tanto em casos leves, quanto nos mais complicados - e hoje se queixam de fadiga, falta de disposição, muitas dores musculares e articulares, e uma dor de cabeça persistente.

Pacientes tornaram-se diabéticos ou dialíticos após a contaminação

Contudo, sequelas mais graves, e até mesmo crônicas, foram identificadas pela classe, que ainda convive com a incerteza sobre as consequências do vírus.

“O que a gente tem visto em literatura e com alguns especialistas é que já existem outras complicações até mais graves. Por exemplo, pacientes que permaneceram com distúrbio renal e que precisaram ficar dialíticos. Pessoas que não eram diabéticas e ficaram por conta da infecção, alguns pacientes desenvolveram problemas cardíacos, e pulmonares, com falta de ar persistente”, relata.

Além da boa alimentação e do exercício físico

Para o tratamento, a infectologista lembra que cada caso deve ser individualizado por um especialista, que atenda à condição clínica do paciente e prescreva exames específicos. “A gente não pode colocar isso apenas numa reposição de suplemento vitamínico porque talvez não seja necessariamente apenas isso. É uma coisa muito mais complexa do que apenas recomendar uma boa alimentação e atividade física, porque as vezes o paciente não tem nem condição disso”, indicou.

No caso das sequelas pulmonares, Fabiana sugere exames de imagem e sopro para que uma medicação específica possa ser indicada -como bombinhas bronco dilatadoras, por exemplo-, junto com fisioterapia respiratória ao longo do processo de recuperação.

Desse modo, dores musculares devem ser aliviadas com terapia motora, acompanhada por um profissional clínico e de Educação Física. Já dores articulares devem ser avaliadas por um reumatologista ou ortopedista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu no dia 1º de abril o pedido para uso emergencial do coquetel Regen-Cov, testado contra a covid-19, e dará parecer em até 30 dias. Para fazer a avaliação, o órgão federal usará o relatório técnico emitido pela autoridade americana Food and Drug Administration (FDA), que autorizou o uso emergencial do produto em 2020, além dos dados apresentados no processo.

Os resultados da fase 3 de pesquisa desse coquetel foram divulgados nesta segunda-feira, 12, pela empresa americana Regeneron Pharmaceuticals. O medicamento está sendo elaborado em parceria com a farmacêutica suíça Roche com a intenção de reduzir as possibilidade de contrair a covid-19.

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O estudo utiliza a combinação dos medicamentos (chamados anticorpos monoclonais) casirivimab e imdevimab para evitar casos sintomáticos entre contactantes que moram na mesma residência que pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus.

Segundo o laboratório, uma dose da combinação (chamada Regen-Cov) administrada por injeção subcutânea pode reduzir em 81% o risco de a pessoa desenvolver um caso sintomático da covid. Os demais participantes do estudo tiveram sintomas leves e com permanência menor, por até cerca de uma semana (ante as cerca de três semanas de sintomas identificadas em quem recebeu o placebo).

O coquetel está liberado para uso em caráter emergencial nos Estados Unidos desde novembro passado para pacientes com ao menos 12 anos e 40 quilos, tendo sido utilizado no tratamento do então presidente Donald Trump. No Brasil, a Roche deu entrada com pedido para uso emergencial em 1º de abril, às 21h03.

Por meio de nota, a Roche informou está conversando com representantes da Anvisa e do Ministério da Saúde para conseguir a liberação. Também esclareceu que o medicamento é avaliado como uma opção terapêutica para infectados pelo Sars-CoV-2 que não estão hospitalizados e têm fatores de risco para progressão para a covid-19 grave. Mas que existem estudos em andamento que estão avaliando o potencial do tratamento para prevenir a infecção em pessoas expostas ao vírus, bem como para tratar pessoas hospitalizadas.

A diretora adjunta do Instituto de Microbiologia da UFRJ, Luciana Costa, disse que o medicamento "é mais um reforço para a vacina". E alertou que, por ser produzido com base em um anticorpo monoclonal, pode gerar também efeitos colaterais no organismo. "Não chega a ser como uma quimioterapia, mas pode dar alergia, que pode se tornar um quadro grave. Vai ser preciso analisar o benefício para os indivíduos."

Ela considera que o medicamento "será mais um soldado na batalha", mas não resolverá o problema da pandemia. "Acredito que será usado por aqueles pacientes em maior risco de ter complicações. Talvez seja o caso. É um reforço para esse tipo de indivíduo", diz Luciana.

A farmacêutica bioquímica e pesquisadora da USP Laura de Freitas disse que é necessário aguardar o resultado consolidado do estudo para tirar conclusões. Mas a expectativa dela é que o medicamento seja inviável financeiramente para controle de uma pandemia. "É um medicamento de anticorpos monoclonais. Ele é feito com o clone de células, sempre em laboratório. Geralmente são medicamentos caros. As informações que encontrei é que custaria cerca de 2 mil euros (R$ 13,6 mil)."

Na opinião dela, se confirmada a eficácia, poderá ser utilizado em contextos específicos. "Por exemplo, há um caso de uma pessoa contaminada em uma empresa. A empresa tem dinheiro e paga o medicamento para quem está exposto." O coquetel também só foi testado no controle pós-contato. "Não dá para afirmar que a pessoa vai tomar e poder sair na rua. Não tem poder de substituir a vacina. Ele é eliminado do corpo, não fica como proteção duradoura. Ele poderá ser usado em alguns contextos."

Esse não é o único coquetel que está em fase de análise pela Anvisa. A agência analisa desde o último dia 30 o pedido de uso emergencial de medicamento para tratar covid da empresa Eli Lilly do Brasil Ltda. O coquetel tem função semelhante e é uma combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe.

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