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Após a repercussão causada pela oferta da disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil” na Universidade de Brasília (UnB), o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) afirmou, por meio de sua página oficial no Facebook, nesta quarta-feira (21), que é contrário à disciplina porque “toda disciplina precisa ter base científica — mesmo na área de ciências sociais” e que isso “não é uma questão de opinião, nem de reverberar a tese petista sobre o impeachment de Dilma Rousseff”.

Mendonça Filho afirmou ainda que nesta quinta-feira (22) irá acionar a Advocacia Geral da União (AGU), a Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) para avaliar, de acordo com ele, “se há algum ato de improbidade administrativa ou prejuízo ao erário a partir da disciplina”. 

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Na opinião de Mendonça, a disciplina, que é ofertada de modo facultativo pelo curso de ciência política não deveria estar sendo oferecida porque para ele “não se pode ensinar qualquer coisa” e se cada pessoa construir uma tese e criar uma disciplina “as universidades vão virar uma bagunça geral” e “a respeitabilidade no ambiente acadêmico fica na berlinda”. 

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O que diz a UnB? 

Procurada pelo LeiaJá na quarta-feira (21), a Universidade de Brasília explicou que “a proposta de criação de disciplinas, bem como suas respectivas ementas, é de responsabilidade das unidades acadêmicas, que têm autonomia para propor e aprovar conteúdos, em seus órgãos colegiados”.

Além disso, também foi destacado que a disciplina em questão não é um ítem obrigatório do currículo do curso de ciência política. Ainda de acordo com o posicionamento oficial, “A UnB reitera seu compromisso com a liberdade de expressão e opinião - valores fundamentais para as universidades, que são espaços, por excelência, para o debate de ideias em um Estado democrático”. 

Liberdade, justiça social e rigor científico 

O professor titular do departamento de ciência política da UnB, Luis Felipe Miguel, será o responsável por ministrar as aulas da cadeira sobre “o golpe de 2016” e afirmou ao LeiaJá que a cadeira em questão é “uma disciplina corriqueira, de interpelação da realidade à luz do conhecimento produzido nas ciências sociais, que não merece o estardalhaço artificialmente criado sobre ela” e que “na academia é como no jornalismo: o discurso da ‘imparcialidade’ é muitas vezes brandido para inibir qualquer interpelação crítica do mundo e para transmitir uma aceitação conservadora da realidade existente”. 

Ainda segundo o professor, a disciplina está alinhada a valores e princípios fundamentais claros “em favor da liberdade, da democracia e da justiça social, sem por isso abrir mão do rigor científico ou aderir a qualquer tipo de dogmatismo” e que é assim que a universidade pode realizar seu compromisso de contribuir para a construção de uma sociedade melhor”.

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A Universidade de Brasília (UnB) oferecerá, no primeiro semestre de 2018, uma disciplina eletiva, chamada de tópico complementar, com o tema “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. A disciplina, que é ofertada no âmbito do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê), já tem uma ementa definida e publicada no site oficial do grupo de pesquisa. O tópico especial será ministrado pelo professor titular do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel. 

De acordo com o texto da ementa, os objetivos da disciplina são “Entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff”, “analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil” e, por fim, “perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”. 

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Entre os temas que a disciplina se propõe a debater, estão o período histórico do golpe de 1964 à Nova República, “O PT e o pacto Lulista”, “democratização e desmocratização”, as “jornadas de junho”, a destituição de Dilma e “o governo ilegítimo e a resistência”. Ainda de acordo com a ementa, o programa da disciplina é provisório e sujeito a mudanças. 

O LeiaJá procurou a UnB para saber se a instituição confirma a oferta do curso e se tem algum comentário a respeito da oferta do tópico especial. Além disso, buscamos contato com o professor Luis Felipe Miguel, que divulgou a oferta da disciplina nas redes sociais, para obter mais informações a respeito das razões para ofertar as aulas, mas ainda aguardamos resposta. 

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Aberta as inscrições do processo de seleção simplificada para contratação de professor substituto na Universidade de Brasília (UnB). A vaga é destinada a profissional com mestrado em comunicação ou áreas afins, com propósito de atuação na área de jornalismo.

O processo seletivo conta com prova de títulos e prova oral para defesa de conhecimentos. O selecionado receberá a remuneração mensal no valor de R$ 4.241,05, por 40 horas de trabalho semanal. A data do exame será divulgada em até cinco dias úteis antes da aplicação, exclusivamente, no site da instituição

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Para realizar as inscrições, os interessados devem comparecer à Secretaria da Faculdade de Comunicação, ICC Norte, sala AT 598/18, Campus Darcy Ribeiro, até 26 de Fevereiro de 2018, exceto sábado, domingo e feriado, nos horários das 9h às 11h e das 14h às 16h30. Na ocasião, é necessário apresentar cópia do documento de idenficação e ficha de inscrição preenchida, disponível no edital

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A primeira universidade do país a adotar as cotas raciais para ingresso no ensino superior, investiga 100 estudantes suspeitos de fraudar este sistema. A Universidade de Brasília (UnB) criou uma comissão que investiga, internamente, os alunos que se declararam negros, mas a aparência física não corresponde à autodeclaração.

A partir de denúncias de estudantes negros da UnB, o Ministério Público e a universidade negociam um TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, que prevê procedimentos para “prevenir, coibir e punir fraudes”. Em nota, a UnB explicou que, até então, a lei de cotas previa o ingresso ao ensino superior por meio de autodeclaração. No entanto, confirma a necessidade do TAC e que uma comissão interna apura os casos denunciados.

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O caso não é novidade. Em diversos estados do país, há situações em que estudantes negros denunciam a ocupação de vagas de cotas por alunos não negros, sobretudo em cursos de maior concorrência, como áreas de saúde e engenharias. 

A Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) tem 83% de estudantes negros e passa pelo mesmo impasse: investiga estudantes de medicina que fraudaram o sistema de cotas.O estudante de museologia da instituição Paulo Reis argumenta que o problema amplia a exclusão. Além disso, ele defende que o sistema de cotas seja melhor aplicado, para que a sociedade não se volte contra a política afirmativa.

Além da UnB e da UFRB, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) enfrenta o problema e teve o caso mais emblemático com o estudante Vinícius Loures, que ingressou no curso de medicina se declarando negro. No entanto, ele tem cabelos loiros, olhos e pele clara. Por isso, a instituição passou a exigir, para o ingresso por cotas, que o candidato escreva uma carta formal citando elementos que o identifiquem como negro, pardo ou índio. A Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) investiga 334 estudantes cotistas.

O Ministério Público Federal acompanha casos semelhantes na Universidade Federal do Paraná e na federal do Espírito Santo (Ufes).  A Universidade de Brasília também informou, em nota, que uma reunião está agendada para a primeira semana de janeiro, entre a direção da universidade, integrantes do Ministério Público Federal, a comissão de sindicância e o Cebraspe, a banca organizadora dos vestibulares da instituição. Com a reunião, serão definidos procedimentos adequados a partir do acordo firmado no TAC. A UnB permite o ingresso de estudantes negros, pardos e indígenas, pelo sistema de cotas, há mais de 10 anos.

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A Universidade de Brasília (UnB) terá R$ 8,7 milhões para concluir a reforma de duas pistas de atletismo que fazem parte do centro olímpico da instituição de ensino. Com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), ficou definido que o valor será repassado em três parcelas até 2019.

Na primeira etapa, o valor de R$ 2,12 milhões será usado na reforma da pista de atletismo 1 do centro olímpico. Depois, haverá o investimento de R$ 1,8 milhão na segunda pista, em 2018. Na última fase, em 2019, haverá a implantação do sistema de iluminação das pistas, que custará R$ 4,7 milhões.

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No total, a reforma do centro olímpico custará R$ 13.926.020,45. A UnB já aplicou R$ 5.198.935,09 – verba destinada pelo governo federal – na compra de revestimentos para as pistas, equipamentos fixos, adesivos e tintas. O restante virá agora, para a reforma dos equipamentos esportivos.

Como legado dos Jogos Olímpicos de 2016, foram construídas e reformadas 47 pistas oficiais de atletismo em todo o País. As estruturas foram construídas em parceria com universidades, prefeituras, governos estaduais, Confederação Brasileira de Atletismo, federações estaduais e clubes. As obras são de responsabilidade da parte conveniada, com investimentos do governo federal.

Pelo terceiro dia seguido, estudantes ocupam prédio da UnB contra a demissão em massa de funcionários terceirizados. O grupo de alunos da Universidade de Brasília começou a ocupar o BSA, Bloco de Salas de Aulas Sul, na noite de segunda-feira (14), após o fim das aulas. Normalmente, o prédio atende a um fluxo diário de cerca de 3.500 estudantes.

Os estudantes são contra as demissões de 128 funcionários terceirizados, devido a falta de repasse de verba para as universidades federais, que soma R$ 100 milhões. Segundo um representante dos estudantes que ocupam o BSA, as demissões e as mudanças orçamentárias na universidade ocorreram de forma autoritária, sem que a reitoria escutasse os alunos. Ele não quis se identificar. “O que a gente vê é que é tudo na base de um diálogo muito fechado, entre essas pessoas que estão em cargos superiores, e não tem um diálogo com a comunidade que é afetada por isso”, explica o aluno.

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A reitoria da UnB informou que os ocupantes se recusam a dialogar diretamente e que só poderá atender às reivindicações após a desocupação imediata do prédio. Por causa da falta de comunicação entre as partes, o Ministério Público Federal foi procurado para que sirva como intermediador. Os alunos informaram que só irão dialogar por meio do coordenador do Núcleo de Consciência Negra, ainda não empossado ou reconhecido pela universidade.

De acordo com o chefe de Gabinete da Reitoria, professor Paulo César Marques da Silva, mesmo com a ajuda do Ministério Público, a universidade não cogita a retirada à força dos manifestantes.“Nós não queremos supor a possibilidade de não conseguir alcançar esses objetivos por meio do diálogo”, disse o professor. A UnB também esclareceu que está trabalhando para que as demissões dos funcionários não afetem a higiene e segurança da universidade.

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A Universidade de Brasília (UnB) realiza vestibular em Baía da Traição, litoral da Paraíba, para estudantes que se autodeclaram indígenas. As inscrições começaram na última segunda-feira (31) e podem ser realizadas até às 18h do dia 31 de agosto. Estão sendo oferecidas 72 vagas em 17 cursos de graduação que serão disponibilizados gratuitamente em três campi da UnB. O processo seletivo é uma parceira da UnB com a Fundação Nacional do Índio (Funai).

As vagas destina-se ao ingresso nos dois semestres de 2018. Os cursos são para as áreas de Administração, Ciência Política, Ciências Sociais, Comunicação Organizacional, Direito, Enfermagem, Engenharia Florestal, Fisioterapia, Gestão Ambiental, Gestão do Agronegócio, Jornalismo, Licenciatura em Ciências Naturais, Medicina, Nutrição, Psicologia, Saúde Coletiva e Serviço Social.

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Os interessados devem efetuar a inscrição pelo site do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe). O processo seletivo será dividido em duas etapas (prova objetiva e redação) que serão aplicadas no dia 28 de outubro, e através de avaliação dos documentos e uma entrevista com os candidatos. Os conteúdos exigidos nas provas objetivas serão das disciplinas de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física, Geografia e História.

A seleção também será realizada nas cidades de Águas Belas (PE), Brasília (DF), Cruzeiro do Sul (AC), Lábrea (AM), Macapá (AP) e Manaus (AM). Para mais informações entrar em contato pelo telefone (61) 3448-0100.

Confira o edital.

A partir desta sexta-feira (7), estará disponível para os internautas o site Escritoras Negras, com um mapeamento detalhado da presença delas na Bahia. O produto é resultado de um levantamento feito pela jornalista e doutoranda em literatura pela Universidade de Brasília (UnB), Calila das Mercês. O espaço digital reunirá o trabalho de escritoras que assim se identificam, em diversos segmentos literários, como poemas, contos, artigos e romances.

“Eu acho que é muito limitador a gente eliminar uma pessoa [da definição de escritora] por não ter um livro publicado, acho que devemos agregá-la e entender por que não foi publicado. A partir daí, há uma série de questões da cadeia produtiva do livro, vários nãos que se escuta, as questões sistêmicas e estruturais, como racismo, machismo e misoginia, que andam de mãos dadas. Seria esquisito, como pesquisadora, se eu não tivesse esse olhar humanístico da percepção delas”, explica Calila sobre os critérios definidos para o mapeamento.

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O lançamento oficial do portal será hoje à noite, com uma palestra no campus da Universidade do Estado da Bahia, em Teixeira de Freitas. A idealizadora do projeto, Calila das Mercês, vai falar aos estudantes sobre Literatura de autoria negra: resistência e pluralidade da memória”. O ciclo de bate-papos (Enegras) é mais um desdobramento do projeto Escritoras Negras. O Enegras será realizado no sul da Bahia, de hoje (7) até o próximo dia 20, e mobilizará cerca de 180 mulheres de comunidades afro-indígenas, nas cidades de Alcobaça, Caravelas e Prado (Cumuruxatiba). Entre os temas estão literatura, cinema, tecnologia, empoderamento e resistência.

Mercado literário

Em entrevista à Agência Brasil, Calila das Mercês disse que o mapeamento não tem ligação direta com a pesquisa que faz para a produção da tese de doutorado, que defenderá na UnB. O levantamento é uma segunda etapa de outro projeto – Escritoras da Bahia -, realizado de forma independente em 2012, quando identificou mais de 50 escritoras na Bahia. O recorte de gênero, segundo Calila, gerou a necessidade de levantar quantas são negras e como é a realidade do mercado literário para essas mulheres.

Calila confessa ter se “assustado” com a experiência das escritoras negras baianas, mesmo que a realidade excludente não fosse surpresa para ela. Segundo o mapeamento realizado este ano, nenhuma das escritoras negras teve uma obra publicada por uma grande editora do estado ou do país. “Eu fiquei abismada com a quantidade de mulheres negras que não conseguem publicar e quando publicam é em livros de antologias – não são livros próprios -. Então, elas precisam pagar para publicar, quando acontece, e têm dificuldade de divulgar o trabalho. É uma realidade muito dura para as mulheres negras”, acrescenta.

Portal dinâmico

A pesquisadora explica que o portal Escritoras Negras será dinâmico e não “parado no tempo”. Ela conta que todas as escritoras citadas no portal terão livre acesso para alterar e acrescentar informações sobre elas, além de alimentar o espaço com produções e textos literários próprios, notícias e espaço para novas cadastradas. Até o momento, Calila das Mercês entrou em contato com 30 escritoras negras e cerca de 20 delas enviaram dados, fotos, contatos e textos para serem disponibilizados no portal. As demais ainda não enviaram ou não responderam.

Outra ideia do portal é que as escritoras negras identifiquem e recomendem outras escritoras para serem acrescentadas ao projeto, que tem como terceiro produto um livro digital (e-book). Nele, serão publicados textos selecionados pela própria idealizadora, de temática “ligada à negritude”, em âmbito nacional. A ideia é selecionar os textos “acadêmico-culturais” pelo conteúdo, e não pela perspectiva de quem escreveu, seja homem ou mulher. Além disso, o e-book conterá dados e perfis das escritoras negras mapeadas e será publicado em português e inglês.

Calila disse que espera que o projeto seja uma forma de melhorar a representatividade das mulheres negras, sobretudo na Bahia, e incentivar outras meninas e mulheres a seguir o exemplo das escritoras. Ela conta que não teve referências de negritude durante a vida - apesar de ser negra e de família negra -, mas pretende abrir espaço para as mulheres que querem participar ou apenas contemplar a arte da escrita.

“Eu, negra e pesquisadora, acredito que estamos em um momento tenso no país, mas para a gente nunca foi fácil, em termos de representatividade e de vivências. A ideia é que a gente registre essas coisas. Eu queria que as meninas negras e de periferia tivessem esse entendimento de compreender que não vamos esquecer as histórias delas. O projeto é de termos um lugar para registrar as nossas escrevivências, como diz Conceição Evaristo, no nosso modo de olhar o mundo”.

A Polícia Civil encontrou uma plantação de maconha em uma área da Universidade de Brasília (UnB) na última semana. Os 17 vasos de maconha eram cultivados por dois estudantes de Engenharia, de Redes e Mecânica, e um graduado em Administração.

Os envolvidos foram identificados como Guilherme de Mendonça Luz., de 21 anos, Décio Bottechia Netto, 22, e Gabriel Campos dos Reis, 29. Segundo a polícia, eles mantinham imagens do desenvolvimento das plantas em seus celulares. No local, foram encontradas garrafas PET para fazer a irrigação, adubos e veneno para formiga. Na mochila do trio, também havia pequenas porções da droga já embaladas.

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Décio Bottechia e Gabriel Campos vão responder por tráfico privilegiado, que é oferecer droga eventualmente e sem o objetivo de lucro à pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem; e por plantio para consumo próprio. As penas variam de sete meses a um ano e oito meses de detenção e multa, com possível aumento de pena pelo delito ter sido praticado nas dependências de um estabelecimento de ensino.

Já Guilherme de Mendonça, que, segundo a polícia, estaria sendo aprovado para o concurso de oficial do Corpo de Bombeiros Militar, foi responsabilizado pela prática do crime de plantio para consumo próprio. O delegado-chefe da Coordenação de Repressão ás Drogas, Rodrigo Bonach, contou que já havia uma investigação por solicitação do Ministério Público para apurar o tráfico e consumo abusivo de drogas nas dependências da UnB em decorrências de fatos graves envolvendo abusivo de drogas e álcool em centros acadêmicos.  Após a assinatura de compromisso de comparecimento à Justiça, os três foram liberados. 

A Universidade de Brasília (UnB) está tomando medidas para reduzir o consumo de água e ampliar a sua reserva. Incluída no rodízio de abastecimento do Distrito Federal, a instituição chegou a adiar o início das aulas no principal campus da instituição em função do racionamento. “O que observamos é que a crise não vai acabar no mês que vem ou no semestre que vem. A crise tem uma perspectiva de prazo maior e precisamos estar preparados para medidas estruturais para suportar maiores restrições, já que ainda vamos enfrentar o período de seca no DF”, diz o diretor da Diretoria de Gestão de Infraestrutura da UnB, Alberto de Faria.

O início das aulas seria na segunda (6) e foi adiado para esta terça-feira (7) no campus Darcy Ribeiro, o maior dos quatro campi da UnB, localizado na Asa Norte. Com mais de 500 mil m² de área construída, diariamente o campus recebe de 20 a 35 mil pessoas, segundo Faria. Além das dezenas de institutos e faculdades, o local conta com mais de 400 laboratórios, hospitais e restaurante universitário. “Uma pequena cidade não chega a 20 mil habitantes”, diz o diretor.

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Na segunda-feira (6), o expediente administrativo ocorreu normalmente. Apenas os vestiários do Centro Olímpico estiveram fechados, bem como o atendimento ao público externo na Biblioteca Central. Alguns laboratórios também mantiveram as atividades. “Desde a semana passada conversamos sobre isso e decidimos pedir que as pessoas trouxessem garrafinhas de água para consumo próprio”, diz a estudante de nutrição Juliana Silva, 22 anos, que integra a equipe do Laboratório de Bioquímica da Nutrição do Núcleo de Medicina Tropical. “Muitas das atividades que desenvolvemos não dependem de água, mas mais de computadores. O semestre começou e decidimos manter as atividades”. Segundo ela, até o início da tarde, o fluxo de água estava normal.

De acordo com Faria, a suspensão das aulas se deu apenas dessa vez e não deverá ocorrer nos demais dias de racionamento. A intenção é que a instituição possa medir o fluxo de água e estar preparada para quaisquer intercorrências. Desde já, algumas medidas estão sendo tomadas para reduzir o consumo: grandes faxinas e limpezas estão suspensas nos dias de racionamento, assim como eventos sociais. O uso dos vestiários no Centro Olímpico, local que não conta com reservatório de água, também está suspenso. Além do dia de racionamento, o retorno da água ocorrerá em até 48 horas até a total normalização, fazendo com que a reserva seja usada por mais tempo. A universidade conta com 16 caixas d'água e cinco reservatórios de reuso. 

Pedido à Caesb

Há cerca de três semanas, a universidade montou uma comissão de acompanhamento e controle da crise hídrica na UnB. A comissão, coordenada pelo vice-reitor Enrique Huelva, conta com professores da faculdade de tecnologia e técnicos da prefeitura da instituição. Há duas semanas, o grupo chegou a entrar em contato com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) para pedir que a instituição ficasse de fora do racionamento. A Esplanada dos Ministérios foi poupada, mas o pedido foi negado à UnB.

A Agência Brasil procurou a companhia e perguntou da possibilidade da universidade ainda ser excluída do racionamento, mas, em nota, a Caesb disse que não: “Todos os órgãos que estão nas regiões abastecidas pelos Sistemas Descoberto ou Santa Maria/Torto estão sendo afetados pelo plano de rodízio”. Já o Hospital Universitário de Brasília (HUB), ligado à universidade, não será afetado, assim como outros hospitais e centros de saúde.

Em relação ao racionamento, a Caesb explica que em ciclos de seis dias, haverá a interrupção do abastecimento em áreas específicas durante 24 horas. Nos dois dias seguintes à interrupção, a localidade estará na situação de estabilização do sistema de abastecimento, que dura até 48 horas. Isso porque o abastecimento de água, depois de interrompido, não retorna de imediato. Ou seja: são um dia sem água, dois dias em fase de estabilização e três com abastecimento normalizado, e assim continuamente, até que o rodízio possa ser interrompido.

Longo prazo

A UnB também prevê interligar a rede interna para proporcionar uma maior eficácia às caixas d' água e estuda instalar uma caixa no Centro Olímpico. Medidas como a disponibilização de banheiros químicos ou mesmo a realização de aulas por plataformas à distância não estão descartadas, caso haja uma intensificação da crise.

“Temos medidas acadêmicas para suprir as condições de ensino que serão colocadas na medida em que haja uma restrição da universidade. Temos plataformas digitais que ministram disciplinas (a distância) e podemos fazer o remanejamento de ambientes para que a gente possa manter no semestre a carga horária planejada. Concretamente, a gente não chegou perto do pior cenário. Estamos monitorando para verificar. Essas medidas não foram avaliadas porque ainda não se apresentaram como necessárias”, diz Faria.

Segundo o diretor, o consumo máximo que a universidade tem identificado é de 1,7 mil metros cúbicos de água por dia. Os reservatórios e caixas d'água têm capacidade de 2,8 mil metros cúbicos de armazenamento. “Temos a capacidade de reservatórios de praticamente uma vez e meia a necessidade de consumo. Mas, obviamente, a crise não vai se encerrar no próximo mês, é uma questão que pode ser estendida em 2017 e pode afetar 2018”.

Contrário ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o professor de Direito Constitucional da Universidade de Brasília, Marcelo Neves, afirmou, nesta sexta-feira (26), que a antecipação do voto feita pelos aliados do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) “é motivo suficiente para anular o julgamento no Senado”. 

Para o jurista, a manifestação de senadores contrários a Dilma de que "o resultado final já é conhecido" demonstra que o processo é "um jogo de cartas marcadas”, tirando “a legitimidade dele". Marcelo Neves também criticou duramente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que têm opinado sobre o impeachment. 

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“Vi manifestações dos ministros Gilmar Mendes e Carmen Lúcia de que o processo é absolutamente legal. Ora, e se houver recurso ao STF para a anulação de tudo? Como esses ministros podem ter opinado pela legalidade de algo que sequer ainda está sob a análise da Suprema Corte?", questionou o jurista, em entrevista a TV Senado. 

Um dia após o aval da Câmara para abertura do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas Claudio Couto diz que parlamentares ligados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já articulam estratégias para minar o processo contra o parlamentar no Conselho de Ética para garantir sua permanência no comando da Casa.

“É sempre bom lembrar o papel do Eduardo Cunha nessa história: explica-se o impeachment da [presidenta] Dilma [Rousseff] pela manutenção do Cunha [na presidência da Casa]. Uma coisa explica a outra e as duas justificam o processo”, disse Couto.

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“Acho difícil que seja cassado. E se mantém não só na cadeira de deputado mas também na de presidente da Câmara. Ele tem controle nessa posição, que é baseada no poder institucional que a Câmara proporciona. A contraface do impeachment é a absolvição do Cunha”, analisou o cientista político.

Cunha é alvo de uma representação no Conselho de Ética por ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em março do ano passado, quando negou ter contas no exterior. Posteriormente, documentos do Ministério Público da Suíça revelaram a existência de contas ligadas a ele naquele país. De acordo com um das denúncias, Cunha recebeu US$ 5 milhões em uma conta secreta no exterior.

Com 367 votos a favor, 137 contra, sete abstenções e duas ausências, o parecer pela instauração do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi aprovado nesse domingo (17) na Câmara dos Deputados. Agora cabe ao Senado decidir se processa e julga a presidenta.

Para a professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) Flávia Biroli, o fato do prosseguimento do processo de deposição de uma presidenta eleita, “no qual não há prova de crime de responsabilidade e de corrupção”, ter sido dado por alguém que é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro é preocupante.

“A cena que está montada é uma cena onde vemos uma ação dos grupos que querem garantir que as investigações sejam bloqueadas, fica cada vez mais claro que os acordos são para Cunha não ser cassado. O discurso contra a corrupção foi o mote de mobilização a favor doimpeachment, mas a cena é de deputados que são réus tentando impedir uma presidenta eleita de seguir seu governo”, disse.

Congresso conservador

O conservadorismo do Congresso também preocupa a professora da UnB, já que, segundo ela, grupos identificados com Defesa dos direitos humanos e movimentos sociais foram reduzidos na atual legislatura. “A cena de ontem mostrou claramente o que significa um Congresso conservador. Não é à toa que o eixo dos discursos foi a família. Não existe a preocupação de justificar politicamente o voto com algo de caráter público”, disse.

Segundo Flávia, a votação de ontem na Câmara não foi contra Dilma ou o PT, mas contra os direitos das populações em desvantagem, contra mulheres, contra a população negra, contra os homossexuais. “É quando abrimos mão de uma política, que mesmo no jogo de cena é feito nos interesses coletivos e públicos, e coloca abertamente a questão da pequena vingança, da proteção de processos contra a corrupção, da garantir que minha posição vai ser garantida.”

Para o professor da FGV, com a votação de ontem, a população teve a oportunidade de conhecer a composição do Congresso brasileiro. “Aquilo que muita gente ficou surpresa, do perfil e qualidade dos parlamentares, foi apenas uma oportunidade de explicitação da realidade.”

“Não eram as razões formalmente alegadas que estavam em questão, era o afastamento de um governo que havia perdido a base de sustentação de um lado e, por outro, um governo que teve sua legitimidade questionada pela oposição no dia seguinte à eleição”, disse Couto. “Já não havia disposição em aceitar o resultado das urnas e o impeachment veio dar razão a algo como se tivesse causa previamente. Foi um impeachment em busca de um motivo”, acrescentou.Segundo Couto, os atritos entre o governo e a base aliada nos últimos meses ajudam a explicar a derrota de ontem na Câmara. “Houve um desgaste do governo com sua base parlamentar, deputados que rompem com o governo quando consideram que não são atendidos nos seus pleitos, e essa é a razão pela qual vimos ontem esse discursos tão violentos”, analisou.

Comparações com Collor

Flávia Biroli, da UnB, diz que é falaciosa a comparação que muitos fazem entre o processo deimpeachment da presidenta Dilma Rousseff e o do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. “Há jornais que têm feito isso sistematicamente para evocar um paralelo entre dois processos muito distintos”, criticou.

No caso de Collor, segundo Flávia, 1992, Collor não tinha base social de apoio. “A presidenta Dilma tem. E isso é uma amostra clara de que há no Congresso pessoas que têm interesses e um modo de políticas conservadoras, que buscam menos direitos sociais e mais bloqueio de processos contra corrupção”, segundo a cientista política.

O professor da FGV também argumenta que os processos de impeachment de Dilma e Collor são diferentes quanto à opinião popular. Segundo Couto, em 1992, havia unanimidade sobre o processo de impeachment e agora a sociedade e o sistema político estão divididos.

“A sociedade organizada ficou contra o processo [de Dilma] e isso tende a ter consequências no relacionamento político daqui pra frente. Teremos uma profunda cicatriz na democracia”, disse, explicando que o PT é um partido histórico da transição da democracia e que tem entidades da sociedade civil bem vinculadas; diferente do PRN, partido que elegeu Collor presidente, que “sequer poderia existir por esse ponto de vista”.

Além disso, na avaliação de Couto, os argumentos para o impeachment de Dilma “são muito frágeis”, o que provoca ressentimentos e desconfianças no meio político.

Michel Temer

O professor da FGV não acredita que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue procedente o processo que pede a cassação do mandato da presidenta Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer. “O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes não é alguém que tenha interesse em afastar o novo governo”, disse Couto, explicando que o ministro deve postergar a análise do processo.

Sobre um eventual governo Temer, o professor da FGV disse que a possibilidade pode ser bem-vista no meio econômico, pelo fato de que poderá ser um governo com uma política econômica mais próxima dos interesses do mercado. “Do ponto de vista de apoio do mercado, um futuro governo de Temer tende a ter mais sucesso. Temer vai ter mais governabilidade que Dilma”, disse.

Entretanto, segundo Couto, do ponto de vista do impeachment como instrumento de combate à corrupção, um governo comandado pelo peemedebista vai decepcionar. “Vão notar que acabaram colocando um presidente e um partido que tem mais problemas. Sequer oimpeachment foi fundamentado. Sou pessimista com relação à legitimidade desse governo que não vai resolver os problemas de corrupção que levaram as pessoas às ruas”, disse o professor da FGV.

Para a professora da UnB, a partir de agora, os governistas tentarão derrubar o processo deimpeachment no Senado e, de outro lado, o avanço do processo será apresentado como consenso do empresariado, do setor financeiro e da oposição, comandado por Cunha e o PSDB. “Temos a maior parte dos meios de comunicação de um lado e do outro lado temos os coletivos sociais. A disputa continua”, disse.

A Polícia Civil investiga a denúncia de um estudante da Universidade de Brasília (UnB) que teve o nome usado em um site que faz apologia ao estupro. O aluno Pedro Seixlack, de 22 anos, relatou à 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), em Brasília, que, após ter denunciado o site "Reis do Camarote", que contém um "guia" que ensina "como estuprar uma mulher na UnB", além de declarações racistas e homofóbicas, seu nome passou a ser veiculado no blog como autor das publicações. Investigação sobre o site já é feita pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

O estudante é citado no texto "Como curar uma feminista na UNB: O estupro de maneira segura". Em um dos trechos, o autor escreve: "por isso neste post, eu, Pedro Melo, estudante de Computação, irei abrir seus olhos, paspalhão". O estudante não foi encontrado pela reportagem para se manifestar.

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O site foi denunciado por estudantes em janeiro, e tem artigos como "mulheres na academia: um atraso científico sem precedentes" e "mães solteiros devem e merecerem serem estupradas".

A UnB, em nota, informou que repudia o conteúdo da página na internet. "A Universidade considera inadmissível a apologia ao estupro e aos outros tipos de violência incitados pelo texto Como estuprar uma mulher na UnB: o guia definitivo e por outras postagens do site", diz a nota. A universidade informou ainda que sua procuradoria jurídica está formalizando denúncia contra a página.

Outros casos

Não é a primeira vez que um "guia" sobre estupro e outros crimes é publicado na internet. No ano passado vieram à tona o blog "tioastolfo", que ensinava a estuprar mulheres na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O autor do blog informava já ter testado a prática "extensivamente" no Instituto de Química e "garante que funciona". A Unesp também foi alvo de um outro blog, atribuído a um ex-aluno, em que o autor diz que "riu do incêndio da Kiss", em referência ao acidente da boate em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 mortos. Policia Federal e Ministério Público Estadual (MPE) instauraram procedimentos para apurar a autoria dos textos, mas ninguém foi punido.

No mesmo ano o diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) Sergio Adorno registrou um boletim de ocorrência no 93º Distrito Policial (Jaguaré) por uma publicação semelhante que ensinava "como estuprar alunas na FFLCH". Questionada, a Polícia não confirmou ligação entre os casos.

A partir desta segunda-feira (20) a Câmara dos Deputados recebe a nova edição do Projeto Politeia. Criada em 2003 pelo Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), a iniciativa pretende proporcionar um aprendizado prático das atividades legislativas, a partir de simulação dos trabalhos parlamentares e do processo legislativo. 

Os participantes atuam diretamente na construção de uma proposta de lei e a encaminham para apreciação dos colegas, em processo semelhante ao do sistema legislativo adotado no Brasil. Divididos em partidos políticos, eles também elegem líderes, participam de reuniões de bancada partidária e de coletivas de imprensa. Nesta edição, participam do programa 179 estudantes universitários de todo o país, sendo que 135 vão atuar como deputados, 16 terão a função de jornalistas e 28 trabalham na organização do evento.

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Os jovens deputados vão atuar diretamente na construção de uma proposta de lei e a encaminhar para a apreciação dos colegas, reproduzindo o processo legislativo adotado no Brasil. A ideia é proporcionar ao aluno a oportunidade de compreender como funciona o Congresso Nacional e de conhecer melhor a dinâmica das instituições democráticas do País.

O programa será realizado até sexta-feira (24) nos plenários das comissões e no auditório Nereu Ramos.

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) começaram este mês a preparar e estudar o fóssil de um dinossauro que viveu há cerca de 70 milhões de anos no Brasil. Os ossos de um titanossauro foram encontrados em 2009, em Marília, no interior de São Paulo, próximo a uma rodovia. As rochas com pedaços do animal foram engessadas, de modo a garantir que não fosem danificas. Elas foram trazidas este ano para a universidade.

Coordenador da pesquisa, o professor e paleontólogo Rodrigo Santucci estima que os trabalhos levarão dez anos para conclusão. Isso porque os ossos, que devem ser limpos com cuidado, estão sob rochas que pesam toneladas. “Quando achamos, o fóssil estava no nível do chão. Cavamos com britadeira e marretas, até poder andar em volta e deixar a estrutura como de um cálice. Depois da estrutura, engessamos e soltamos o bloco”, explicou o professor.

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O fóssil foi descoberto durante trabalhos de exploração de rotina do pesquisador William Nava. Após conseguir o financiamento necessário, a escavação ocorreu entre 2011 e 2012. Engessados, os dez blocos de rocha com os ossos animal pesam até 10 toneladas. Como Marília não tem estrutura e equipe suficientes para analisar os ossos, foi preciso trazê-los para Brasília. 

A operação para trazer o material para a UnB, que envolveu caminhões e guindastes, foi um sucesso. Em fevereiro, o fóssil chegou ao Distrito Federal, sem qualquer avaria. Segundo o professor, mais da metade do esqueleto do dinossauro estava preservada. Foram encontradas partes do crânio, de vértebras do pescoço, tronco e cauda, ossos das costelas, fêmur e bacia, além das patas do animal.

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A primeira parte das pesquisa é o que o pesquisador chama de preparar o fóssil. “Nessa etapa, vamos remover a rocha em volta dos ossos, sem danificá-los. Para preparar, usamos uma caneta parecida com raspador de dentista ou um equipamento que tira pedacinhos da rocha.  É um processo demorado, porque precisa de bastante cuidado”, disse Santucci. O processo deve durar cinco anos.

Depois que todos os ossos estiverem removidos da rocha, os pesquisadores partem para a análise do material. “Quando todo o fóssil estiver limpo, o descrevemos e o comparamos com os outros dinossauros do mesmo grupo que conhecemos. Comparando, podemos dizer se é parecida com alguma espécie já conhecida ou se é uma nova”, esclareceu.

Para Rodrigo Santucci, serão mais cinco anos para descrever e comparar o fóssil com outras espécies de titanossauro

Diversos aspectos do animal são analisados, de modo que o grupo de pesquisadores tenham uma noção melhor do ambiente em que o titanossauro viveu. Em todo o mundo, são conhecidas 50 espécies desse dinossauro - dez delas foram descoberta no Brasil. Segundo o pesquisador, há a possibilidade de o fóssil de Marília ser uma nova espécie.

O estudo será encerrado com duas réplicas do dinossauro: uma para a UnB e outra para ser exposta no Museu de Paleontologia de Marília. O material será devolvido e ficará guardado na coleção do memorial. Impressoras 3D devem ser usadas para o estudo e para a produção das réplicas.

Santucci acrescentou que a pesquisa de um ser que viveu há milhões de anos é importante para entender questões atuais, como as consequências de mudanças climáticas. “Cada peça nova, cada dinossauro novo que a gente coloca nesse quadro para entender o passado, podemos também colocá-lo no presente. Por exemplo, o efeito que o aquecimento global tem na extinção ou não de espécies atuais. Para falar com proprieade sobre o presente, é preciso entender o passado”, afirmou.

Os titanossauros eram dinossauros gigantescos, que se alimentavam apenas de plantas. Esses animais tinham pescoços e rabos imensos. O pescoço podia chegar a 4 metros (m). Todo o corpo do animal tinha, em média, 15m de comprimento, 2,5m de altura e pesava dez toneladas.

A Universidade De Brasília (UnB) publicou, nesta quinta-feira (11), no Diário Oficial da União (DOU), a abertura de seleção para o processo de seleção para os cargos de professor substituto e visitante. Os salários variam de R$ 2.161,10 a R$ 5.308. Inscrições devem ser feitas nos dias 15 a 22 de dezembro.

As vagas para professor substituto são nas áreas de artes e hematologia. Para artes, o candidato deve possuir mestrado em educação ou música e disponibilidade para trabalhar 40 horas semanais. Já para hematologia é preciso ser graduado em medicina, ter especialização em hematologia e disponibilidade para trabalhar 20 horas. A vaga de professor visitante é para a área de parasitologia, interessados devem ter doutorado em ciências da saúde ou áreas afins.

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As inscrições serão realizadas exclusivamente na secretária da unidade de lotação. Devem ser apresentados no ato da candidatura os seguintes documentos: cópia do documento de identificação, currículo vitae e ficha de inscrição. O UnB é localizada no campus universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, Brasília. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (61) 3107 1893 e 3107 2013 ou pelo site da instituição.

A Universidade de Brasília (UnB) abriu inscrições para o curso de Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais. Esta será a segunda turma. O diferencial do mestrado é que metade das vagas é destinada a comunidades tradicionais, todas com bolsa de estudo. Na primeira edição, a reserva foi apenas para estudantes indígenas. Nesta, as bolsas serão estendidas a quilombolas.

O curso tem duração de 24 meses e carga horária de 420 horas. São oferecidas 30 vagas, sendo 15 destinadas exclusivamente a candidatos autoidentificados indígenas e quilombolas residentes no país. As inscrições podem ser feitas até 16 de fevereiro de 2015. O edital está disponível na internet.

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"[A pós-graduação] é justamente o ambiente onde se produz conhecimento na universidade e se projeta esse conhecimento para a sociedade, um espaço de construção do pensamento. Achamos que é estratégico ocupar esse espaço e fazer com que ele represente a diversidade cultural do Brasil", diz a coordenadora do mestrado, Mônica Nogueira. De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 79,18% dos mestres no país são brancos.

"Acredito que aqui vão se formar mestres, pessoas que virão com um saber, desenvolver a confluência do saber cultural com o saber acadêmico e voltar com esse saber, vamos dizer resignificado e com a solução de alguns problemas enfrentados pelas comunidades", disse Antônio Bispo dos Santos, liderança quilombola, no lançamento do programa.

A indígena do povo xavante de Mato Grosso Samantha Ro'Otsitsina graduou-se mestra na primeira edição do programa: "Sempre fui muito atuante nas questões de direitos indígenas. Com o curso, pude qualificar a minha atuação", disse. De acordo com o IBGE, são 818 os indígenas mestres, 0,1% do total dessa população . 

O público-alvo é formado por profissionais vinculados a instituições que promovam a sustentabilidade de povos e territórios tradicionais, como associações de base comunitária, organizações não governamentais de assessoria, redes de representação e articulação política ou órgãos de governo das esferas municipal, estadual ou federal. É precioso ter graduação em áreas ligadas à questão. A seleção ocorre ao longo do mês de março de 2015 e as aulas começam em abril. As bancas examinadoras contarão com a presença de indígenas e quilombolas.

A Universidade de Brasília (UnB), por meio da sua Fundação, torna público, nesta quinta-feira (20), o lançamento para o edital de inscrições para processo seletivo dos cargos de professor de magistério superior. Os selecionados irão desenvolver atividades de docência e participação em pesquisas, extensão e administração. As inscrições começam no próximo dia 24, com taxa de participação ao custo de R$ 208,61. As candidaturas seguem até 2 de janeiro.

Os salários para os aprovados podem chegar a até R$ 8.344,64. As vagas são para os departamentos de biologia celular e tecnologia da fermentação. Os interessados no cargo de biologia devem ter dedicação exclusiva à vaga. Já o de tecnologia deve ter como requisito básico portar título de doutor na área de engenharia química, bioquímica, biologia, química, farmácia ou áreas afins. Mais informações podem ser obtidas no site da instituição

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Lançado em 2004 pelo Governo Federal, o Portal Domínio Público oferece um acervo de obras literárias, artísticas e científicas. Os conteúdos podem auxiliar os interessados na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá provas nos dias 8 e 9 de novembro. O site traz diversos materiais multimídias como sons, vídeos e imagens, devidamente autorizados e que são caracterizadas como patrimônio cultural brasileiro. 

Outro site que pode auxiliar na pesquisa é o da Biblioteca Nacional. Dispondo de um acervo digital com mais de 800 mil documentos de livre acesso, entre eles podem ser encontrados livros, periódicos, manuscritos, áudios e vídeos. Além de acesso a dossiês que oferecem ao público visitas guiadas ao acervo digital. 

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A Universidade de Brasília (UnB) disponibiliza diversos recursos digitais para melhorar a qualidade de ensino e estudo da comunidade acadêmica da universidade, além de ter conteúdos exclusivos para deficientes visuais. O acesso ao portal é livre.

Assim como as bibliotecas digitais, outras plataformas on-line podem ajudar os estudantes a se preparar para o Exame. O site Questões Enem traz simulados com questões do Enem de 2009 a 2013. 

Para quem quer aprender e se divertir ao mesmo tempo uma, boa opção é o Geekie Games. O sítio oferece textos, videoaulas, jogos e simulados. Para usar a plataforma o aluno deve fazer um cadastro que identifica quais são os assuntos que o candidato tem mais dificuldade e também é criado um plano de estudos personalizado.

A Universidade de Brasília (UnB) abre nesta segunda-feira (29) as inscrições para o Programa de Avaliação Seriada (PAS). Serão ofertadas 2.106 vagas em 97 cursos de graduação distribuídos entre os quatro campi da instituição – Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Ceilândia, Gama e Planaltina.

As inscrições podem ser feitas até 13 de outubro, exclusivamente pela internet. A taxa para todas as etapas é R$ 100. Alunos matriculados no ensino médio, nas escolas da rede pública do Distrito Federal, e candidatos de baixa renda são isentos.

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O PAS consiste em três avaliações, feitas ao final de cada série do ensino médio. Trata-se de uma modalidade de acesso ao ensino superior gradual e progressiva.

As provas da primeira etapa, feita pelos alunos que concluem o 1º ano do ensino médio, estão previstas para 7 de dezembro. Os inscritos na segunda etapa serão avaliados na data provável de 6 de dezembro. Para os candidatos da terceira etapa, as provas estão previstas para 23 de novembro.

Esta será a primeira vez que as cotas raciais serão aplicadas no processo seletivo. A UnB foi pioneira na política de cota racial, criada em 2003. A cota, que até o último vestibular do ano passado era 20%, nunca havia sido aplicada no PAS. A decisão foi tomada em abril deste ano, quando ficou acertado que o percentual da reserva cairia para 5%, sendo complementada pela cota das escolas públicas (Lei 12.711/12), que também estabelece reserva para negros. Dessa forma, neste ano, a seleção da terceira etapa será feita por três sistemas: universal (1.141 vagas), de cotas para escolas públicas (833 vagas) e de cotas para negros (132 vagas).

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