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Uma menina síria que se tornou famosa por seus tuítes durante o cerco a Aleppo lançou um pedido de ajuda para as crianças sírias em carta aberta enviada ao novo presidente americano Donald Trump, informou a BBC.

"Sou uma das crianças sírias que sofreu com a guerra na Síria", escreve Bana Al Abed, de 7 anos, evacuada em dezembro de Aleppo para a Turquia, em uma carta transmitida por sua mãe à BBC e citada pela rádio na noite de terça-feira (24).

Na carta, Bana explica a Trump que sua escola em Aleppo foi destruída por bombardeios e que muitos de seus amigos morreram. "Agora, na Turquia, posso sair e brincar. Posso ir ao colégio, apesar de ainda não ir. Por isso, a paz é importante para todo mundo, inclusive para o senhor", escreveu.

"Mas milhões de crianças sírias não estão como eu neste momento e continuam sofrendo em diferentes regiões da Síria", acrescentou. "É preciso fazer algo pelas crianças da Síria porque elas são semelhantes a suas crianças e merecem viver em paz como o senhor", afirma ainda. Entre os mais de 300.000 mortos durante a guerra na Síria em seis anos, há ao menos 15.000 crianças.

De setembro a dezembro de 2016, esta menina se converteu num ídolo das redes sociais ao tuitar com sua mãe em meio ao inferno diário de Aleppo. Ela relatou momentos comoventes da vida da cidade sitiada, o que foi denunciado pelo governo de Bashar Al Assad como propaganda.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan a recebeu em 21 de dezembro com sua família após terem sido evacuados da cidade.

Uma carta pública obtida pela Folha de S.Paulo, que será divulgada ainda nesta quarta-feira (18), assinada por 12 deputados do Partido Democrata dos Estados Unidos, defende Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que o ex-presidente está sendo “perseguido”. O documento será enviado para o embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral.

Segundo a Folha, uma parte do texto diz que os parlamentares estão preocupados com “a perseguição do ex-presidente Lula da Silva, que viola as normas de tratados internacionais, que garantem o direito da defesa para todos os indivíduos”.

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Em outro trecho, eles citam que o governo Temer tem agido “para proteger figuras políticas corruptas para impor uma série de políticas que nunca seriam apoiadas em uma eleição nacional e pressionar adversários nos movimentos sociais e nos partidos de oposição”.

O deputados ainda declararam que Lula é uma das figuras políticas mais populares no Brasil. “Nos últimos meses, ele tem sido alvo de uma campanha de calúnias e acusações não comprovadas de corrupção pelos grandes veículos privados de mídia alinhados com as elites do país”. 

Nessa terça (17), Lula divulgou na sua página do Facebook um link que direciona para uma matéria intitulada “Mentiras sobre Lula tiveram início há mais de 30 anos”. “Não é de hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família são vítimas de mentiras e boatos infundados. Não raramente, tais mentiras são repetidas e fomentadas por setores da imprensa, partidos políticos e até funcionários públicos, como promotores e delegados”, diz uma parte da reportagem.  

 

 

O técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, que matou a ex-mulher, o filho e mais 10 pessoas a tiros durante o réveillon em Campinas, na noite deste sábado, 31, escreveu cartas revelando seus planos de matar a família. Os textos, um direcionado ao filho e o outro a uma namorada, haviam sido enviados para amigos antes do crime e foram obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Veja a seguir alguns trechos. Foram excluídas citações que ele faz de outras pessoas e acusações sem comprovação. Foram deixadas apenas as partes em que ele relata seu plano de matar a família e comentários políticos. Também foi mantida a sua própria grafia.

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"Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos.

Morto tbm já estou, pq não posso ficar contigo, ver vc crescer, desfrutar a vida contigo por causa de um sistema feminista e umas loucas. Filho tenha certeza que não será só nos dois quem vamos nos foder, vou levar o máximo de pessoas daquela família comigo, pra isso não acontecer mais com outro trabalhador honesto. Agora vão me chamar de louco, más quem é louco? Eu quem quero justiça ou ela que queria o filho só pra ela? Que ela fizesse inseminação artificial ou fosse trepar com um bandido que não gosta de filho.

No Brasil, crianças adquirem microcefalia e morrem por corrupção, homens babacas morrem e matam por futebol, policiais e bombeiros morrem dignamente pela profissão, jovens do bem (dois sexos) morrem por celulares, tênis, selfies e por ídolos, jornalistas morrem pelo amor à profissão, muitas pessoas pobres morrem no chão de hospitais para manter políticos na riqueza e poder!

Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar!

A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias. As mulheres sim tem medo de morrer com pouca idade.

Aproveitando, peço aos amigos que sabem da minha descrença, que não rezem e por mim, se fazerem orações façam por meu filho ele sim irá precisar! Quero ser enterrado com a cabeça para baixo se garante que assim posso ir pro inferno buscar a velha vadia (que era até ministra de comunhão na igreja) que morreu antes da hora. Demorei pra matar ela pq me apaixonei por um anjo lindo!

(...)

Ela não merece ser chamada de mãe, más infelizmente muitas vadias fazem de tudo que é errado para distanciar os filhos dos pais e elas conseguem, pois as leis deste paizeco são para os bandidos e bandidas. A justiça brasileira é igual ao lewandowski, (um marginal que limpou a bunda com a constituição no dia que tirou outra vadia do poder) um lixo!

Se os presidentes do país são bandidos, quem será por nós?

Filho, não sou machista e não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração, tanto é que me apaixonei por uma mulher maravilhosa, a Kátia) tenho raiva das vadias que se proliferam e muito a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha!

Não posso dizer que todas as mulheres são vadias! Más todas as mulheres sabem do que as vadias são capazes de fazer!

Filho te amo muito e agora vou vingar o mal que ela nos fez! Principalmente a vc! Sei o qto ela te fez chorar em não deixar vc ficar comigo qdo eu ia te visitar. Saiba que sempre te amarei! Toda mulher tem medo de morrer nova, ela irá por minhas mãos!"

"(...) eu ia matar as vadias (eu já tinha a arma e raspei a numeração pra não prejudicar quem me vendeu, ela precisava de dinheiro). Família de policial morto não recebe tantos benefícios com a família de presos. Cadê os ordinários dos direitos humanos? Estão sendo presos por ajudar bandidos né? Paizeco de bosta.

Sei que me achava um frouxo em não dar uns tapas na cara dela, más eu não podia te dizer as minhas pretensões em acabar com ela! Tinha que ser no momento certo. Quero pegar o máximo de vadias da família juntas.

A injustiça campineira me condenou por algo que não fiz! Espero que eles sejam punidos de alguma forma.

Chega!! Ela tem que pagar pelo que fez."

Mostrando solidariedade à Associação Chapecoense de Futebol, os clubes brasileiros resolveram ir além das manifestações em redes sociais e elaboraram uma nota enviada a CBF que prevê duas medidas em respeito ao time catarinense nas próximas temporadas. O documento prevê o empréstimo gratuito de atletas para o clube em 2017 e o não rebaixamento da equipe por pelo menos três temporadas.

A medida foi tomada em consenso entre grandes equipes do futebol brasileiros como São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Santos, entre outros. As solicitações visam à reestruturação do time de Santa Catarina e que se caso termine a Série A na zona de rebaixamento entre 2017 e 2019 seja salva da queda e o 16º colocado da competição vá para a Série B do brasileirão.

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A tragédia na Colômbia vitimou mais de 70 pessoas entre atletas, comissão técnica e jornalistas. Em respeito ao momento, o Brasil decretou luto oficial de três dias.

LeiaJá procurou a assessoria de imprensa da CBF para confirmar se algum pedido foi feito formalmente, no que diz respeito à manutenção da Chapecoense na Série A pelos próximos três anos, mas nossas ligações não foram atendidas. Até o fechamento desta matéria, não havia, no site oficial, comunicado formal da Confederação sobre os pedidos de Palmeiras e Corinthians. Confira o texto na íntegra divulgado pelos times paulistas:

Confira a nota divulgada pelos clubes:

"NOTA OFICIAL

Neste momento de perda e de profunda tristeza, nós, presidentes dos clubes brasileiros que publicam essa nota, gostaríamos de manifestar nossos mais sinceros sentimentos de pesar e solidariedade à Associação Chapecoense de Futebol e seus torcedores, e em especial às famílias e amigos dos atletas, comissão técnica e dirigentes envolvidos na tragédia ocorrida na madrugada desta terça-feira (29).

Mesmo cientes dos prejuízos irreparáveis provocados por este terrível acontecimento, os Clubes entendem que o momento é de união, apoio e auxílio à Chapecoense.

Neste sentido, os Clubes anunciam Medidas Solidárias à Chapecoense, que consistirão, dentre outras, em:

(i) Empréstimo gratuito de atletas para a temporada de 2017; e

(ii) Solicitação formal à Confederação Brasileira de Futebol para que a Chapecoense não fique sujeita ao rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro pelas próximas 3 (três) temporadas. Caso a Chapecoense termine o campeonato entre os quatro últimos, o 16o colocado seria rebaixado.

Trata-se de gesto mínimo de solidariedade que se encontra ao nosso alcance neste momento, mas dotado do mais sincero objetivo de reconstrução desta instituição e de parte do futebol brasileiro que fora perdida hoje.

#ForçaChape"

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Na noite dessa sexta-feira (25), os governadores do Nordeste – exceto da Bahia e do Sergipe – desembarcaram no Recife para participar de uma reunião com o  chefe do Executivo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas. No encontro, eles assinaram um documento denominado “Carta do Recife”, na qual destacaram as prioridades para o desenvolvimento do país e, em especial, para o Nordeste.

Os governadores ressaltaram que é essencial ações de convivência com a seca, andamento das obras de infraestrutura e hídricas, além da retomada dos serviços da Transposição do Rio São Francisco. Na carta, foram pontuadas como fundamentais as liberações de empréstimos e dos recursos do fundo penitenciário, ações de segurança pública e o fortalecimento do Banco do Nordeste e do Fundo Constitucional do Nordeste.

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Como itens finais expostos também estão a priorização da região Nordeste no programa de concessões e novos leilões da ANP [Agência Nacional do Petróleo], a apresentação de alternativas para o subfinanciamento do SUS [Sistema Único de Saúde] e o enfrentamento das arboviroses. “Por fim, abertos ao diálogo e integrados ao Fórum dos Governadores do Brasil, defendemos ações integradas com a União e municípios, sempre respeitando a autonomia das unidades da Federação, como o direito de fazer cumprir a receita da multa da repatriação como assegura a lei e compromisso de trabalhar pelo equilíbrio fiscal para ampliar investimentos voltados para o desenvolvimento econômico e social”, diz outro trecho do documento.

Repatriação

Paulo Câmara frisou que o objetivo da carta não tem ligação com o programa da chamada repatriação. "O que vai constar na carta é nosso compromisso com o ajuste fiscal e que o Nordeste continua e vai continuar querendo ajudar o Brasil. Não há como juntar assuntos diferentes dentro de um tópico 'ajuste com repatriação'. Isso não dá nem para misturar, nem para confundir”, explicou.

O socialista ainda disse que os governadores irão aguardar a posição da Justiça sobre a repatriação. "Temos uma liminar que já garante o depósito em juízo. A gente entende que as multas têm que ser repartidas entre estados e municípios. Não vamos tirar a ação", reforçou.

Além do governador de Pernambuco, estiveram presentes na reunião os gestores de Alagoas, Renan Filho; Ceará, Camilo Santana; Piauí, Wellington Dias; Paraíba, Ricardo Coutinho; Rio Grande do Norte, Robinson Farias; e Maranhão, Flávio Dino. Os Estados da Bahia e de Sergipe enviaram representantes.

Ao justificar sua demissão do Ministério da Cultura, o então ministro Marcelo Calero, em carta dirigida ao presidente da República, Michel Temer, destacou que durante os últimos seis meses empregou o melhor dos seus esforços e que sai da pasta com tranquilidade. 

Calero também disse que fez tudo o que foi possível. “Frente os desafios e limitações com os quais me defrontei”, escreveu.

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O novo ministro da pasta será o deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS. Freire disse que foi pego de surpresa com o telefonema do presidente Michel Temer. “Foi surpresa. Não tem muito o que discutir”, declarou. 

Confira a íntegra da carta de demissão do ministro da Cultura, Marcelo Calero:

Brasília, 17 de Novembro de 2016.

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República Michel Temer,

Agradeço a honra a mim concedida com o convite para ser Ministro de Estado da Cultura do Brasil de seu governo.

Venho solicitar minha demissão em caráter irrevogável por razão de ordem pessoal.

Durante os últimos seis meses, empreguei o melhor dos meus esforços, apoiado por uma equipe de extrema qualidade para pensar a política cultural brasileira.

Saio do Ministério da Cultura com a tranquilidade de quem fez tudo o que era possível fazer, frente os desafios e limitações com os quais me defrontei. E que o fez de maneira correta e proba.

Respeitosamente,

Marcelo Calero Faria Garcia

 

 

"Caro presidente Obama, lembra-se do garoto socorrido por uma ambulância na Síria? Você poderia buscá-lo e trazê-lo para nossa casa. Nós todos podemos brincar juntos". O trecho foi retirado de uma tocante carta escrita por um garoto de seis anos ao presidente dos Estados Unidos. 

Morador de Nova York, o pequeno Alex escreveu a Barack Obama depois de ver a foto de Omran Daqneesh, garoto sírio que foi resgatado de escombros em Aleppo, na Síria, numa imagem que chocou e rodou o mundo no último mês de agosto. Na carta, Alex oferece seu lar para Omran e diz que vai ajudá-lo a andar de bicicleta, apresentá-lo a um colega sírio que tem na escola, entre outros comoventes argumentos. 

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Obama compartilhou a mensagem durante um encontro das Nações Unidos e também pelas redes sociais. "Nós deveríamos ser mais como Alex. Imaginem como o mundo seria se nós fôssemos assim. Imaginem o sofrimento que poderíamos amenizar e as vidas que poderíamos salvar", escreveu Obama no Facebook. 

O caso viralizou na internet e chamou atenção da imprensa mundial. Os Estados Unidos já afirmaram que pretendem receber mais refugiados sírios em 2017 (cerca de 110 mil). Em 2016, apenas 10 sírios tiveram acolhimento no território norte-americano. 

 

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entregou nesta semana aos deputados carta na qual tenta reforçar sua defesa no processo de cassação de mandato do qual é alvo e cujo julgamento final no plenário da Câmara está marcado para 12 de setembro. No documento, o peemedebista diz que já foi punido politicamente ao ter de renunciar à presidência da Câmara, em julho, e diz que a cassação vai "destruir" a vida dele e da família.

Cunha distribuiu entre 300 e 400 cartas, de acordo com a assessoria de imprensa. Elas foram entregues nos gabinetes dos parlamentares na Câmara entre terça-feira, 30, e quarta-feira, 31. Com a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado e a campanha eleitoral municipal, porém, muitos parlamentares não tinham sequer lido a carta, quando abordados pela reportagem.

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Na primeira parte do documento, com três páginas, Cunha pede que os deputados se atenham ao mérito da representação que pede sua cassação. Ele lembra que será julgado sob acusação de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras em 2015, de que não possuía contas secretas no exterior; e não por outras acusações contra ele, que ainda serão julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado afastado diz que "não há dúvida" de que sua situação política se agravou após ele aceitar a abertura do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), em 2 de dezembro do ano passado. "TODOS SABEM QUE SEM A MINHA DETERMINAÇÃO E SEM A MINHA ATUAÇÃO JAMAIS ESTE PROCESSO TERIA SIDO ABERTO", escreveu em caixa alta de texto.

O peemedebista afirma que "não é justo que pague com mandato cassado e perca meus direitos políticos por ter tido a coragem de conduzir o processo de impeachment do governo e do partido que estavam destruindo nosso País". "O que peço é que tome sua decisão com a isenção sobre a sua gravidade, cuja consequência é tamanha, a ponto de destruir a minha vida e principalmente a da minha família", escreveu.

Punição

Cunha avalia que a "punição política por algo que não fiz" "já foi o afastamento do meu mandato de maneira inconstitucional, o que me obrigou a renunciar à presidência da Casa e ver o sofrimento da minha família com chacotas, mentiras e acusações falsas". "É importante que você compreenda que nada passará impune, mesmo com a manutenção do meu mandato. Nada do que eventualmente tenha feito de errado ficará impune e, se for condenado, a Constituição já prevê a perda do mandato".

Na carta, o deputado afastado pede ainda aos parlamentares que deixem seus eleitores do Rio de Janeiro o julgarem. "Não há punição maior do que aquela oriunda das urnas. Se meus eleitores não estiverem mais se sentindo representados por mim, eles poderão 'cassar' meu mandado, bastando que não me elejam novamente", escreve. E conclui a primeira parte da carta dizendo confiar "que Deus vá te iluminar, dando a direção certa, para que tenha a sabedoria e o entendimento".

Em uma segunda parte anexa à carta, Cunha detalha em seis páginas todos os acontecimentos que envolvem o seu processo. Ele explica desde um "cenário geral" de sua trajetória política, passando pela tramitação dos inquéritos dos quais é alvo, o processo no Conselho de Ética da Câmara e a denúncia sobre a posse de contas secretas no exterior até seu afastamento do mandato. E reitera que está à disposição para esclarecer dúvidas "ao vivo".

Em carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, o petista classifica o processo de impeachment de Dilma Rousseff como "inconstitucional" e fala que a situação é uma "conspiração" para partidos derrotados assumirem o poder. Ele ainda acusa o PSDB de pedir o cancelamento do registro do PT na Justiça para impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018. A carta, escrita em espanhol e assinada por Lula com data de 26 de agosto, tem seis páginas e foi publicada por Cristina nessa segunda, 29, em seu site.

No documento, Lula afirma que o processo de impeachment é inconstitucional e completamente arbitrário contra Dilma. Para o petista, a situação é fruto de uma conspiração de partidos derrotados nas últimas eleições com grandes grupos midiáticos e se configura contra as regras democráticas. O petista acusa "as forças conservadoras" de impedir a continuidade de programas sociais do PT.

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"No lugar de assumir a decisão soberana do eleitorado, voltando ao seu trabalho de oposição e se preparando para disputar a próxima eleição presidencial, como sempre havia feito o PT nas eleições que perdeu, os partidos derrotados e os grandes grupos midiáticos se rebelaram contra as próprias regras do regime democrático, começando a sabotar o governo e a conspirar para apoderar-se do poder por meios ilegítimos", diz o texto.

Segundo a carta, os responsáveis pela tentativa de afastar Dilma do poder atacaram o governo, que se esforçava para redefinir a política econômica em 2015, e ainda criaram um "beco sem saída" político e institucional.

O ex-presidente da República repete os argumentos da defesa de Dilma que não há crime de responsabilidade nos atos que ela é acusada e que os procedimentos contábeis contidos na denúncia são idênticos aos adotados por "todos os governos anteriores" e pelo próprio presidente interino Michel Temer nas ocasiões em que substituiu Dilma na Presidência.

Lula aponta ainda que o PSDB, ao apresentar formalmente uma proposta de cancelar o registro do PT, teme que ele possa ser eleito em 2018. "Temem que, em 2018, em eleições livres, o povo brasileiro possa eleger-me presidente da República, para resgatar o projeto democrático e popular."

O ex-presidente fala que a corrupção foi combatida no governo do PT e que denúncias contra "partidos conservadores" são sistematicamente silenciadas e arquivadas. Ele escreve que juízes, fiscais e policiais são obrigados a cumprir a lei, assim como todas as pessoas, e ninguém pode ser publicamente condenado antes da conclusão do devido processo legal. "E menos ainda por meio da fuga deliberada de informações praticada pelas próprias autoridades com fins políticos", complementa Lula.

O petista diz, na carta, que não teme nenhuma investigação e que são "inadmissíveis" a divulgação de conversas telefônicas feitas por ele e o uso das delações premiadas contra ele a troco da liberdade de presos.

Comentando a carta, Cristina Kirchner afirmou em seu site que "qualquer coincidência com o que aconteceu e está acontecendo em nosso país (a Argentina) não é casualidade". Ela acusa que há uma estratégia "dura e pura" na América Latina contra os governos nacionais, populares e democráticos e seus líderes políticos.

Cristina evocou ainda uma mensagem publicada pelo presidente da Bolívia, Evo Morares, na internet. Na segunda-feira, 29, Morales dirigiu-se à Dilma como "irmã" e escreveu em sua conta oficial no Twitter que, com o processo de impeachment no Brasil, "pretendem conter a rebelião de seu povo e expulsar os pobres, negros e mulheres do poder".

O boliviano afirmou ainda que os golpes de Estado atualmente são parlamentares, judiciais e midiáticos. "Aos ex-presidentes de direito, favorecem com um manto de impunidade. Aos presidentes de esquerda, perseguição judicial e punição."

No sábado, 27, outro latino já havia se manifestado defendendo Dilma Rousseff. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o processo de impeachment é uma "ofensa imperialista contra todos os movimentos progressistas, contra a presidente Dilma Rousseff".

Aliados da presidente Dilma Rousseff no Senado afirmaram que a carta divulgada nesta terça-feira, 16, pela petista poderá reverter o resultado do julgamento dela pela Casa, previsto para começar na próxima semana. Adversários de Dilma, contudo, consideraram que a manifestação da presidente é fora de tempo e não terá efeito prático para impedir a condenação da petista por crime de responsabilidade.

Na carta, lida por ela no Palácio do Alvorada, Dilma defende a realização de um plebiscito a fim de antecipar as eleições presidenciais de 2018, caso permaneça à frente do comando do País. Ela pediu aos senadores que não façam a injustiça de condená-la por um crime que diz não ter cometido e destacou que seu afastamento definitivo "seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta".

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Para o líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), a divulgação da carta, ao se comprometer com um plebiscito, foi um acerto e que a população precisa ser consultada sobre os rumos do País. "Não jogamos a toalha, temos uma semana de batalha aqui", destacou.

Lindbergh não considerou a carta - divulgada a poucos dias do início do julgamento final - fora de tempo. Segundo ele, o presidente em exercício, Michel Temer, está sendo vítima de uma chantagem explícita do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por ter deflagrado em dezembro do ano passado o pedido de impedimento de Dilma e que está prestes a ter o mandato parlamentar cassado. Há o receio do governo de que Cunha, uma vez cassado e preso, possa implicar Temer. Se o presidente em exercício virar efetivo, ele também não poderia responder sobre fatos estranhos ao mandato dele.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que a carta indica que Dilma ainda poderia ter capacidade de governar o País, em caso de absolvição dela e da realização de consulta popular. "Sem dúvida, após um plebiscito que definisse a continuidade do governo dela, ela passaria a ter mais legitimidade suplementar para estabelecer boa relação com Congresso", disse.

Até minutos antes do início do pronunciamento de Dilma no Alvorada, aliados da presidente afastada no Senado não tinham recebido a íntegra da carta, medida que os irritou. Coube à senadora Fátima Bezerra (PT-RN), tão logo recebeu o inteiro teor e durante o pronunciamento da petista, lê-la em plenário e pedir para incluí-la nos registros da Casa.

Os governistas, por sua vez, preferiram desqualificar a carta e considerá-la inócua para reverter a condenação de Dilma. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), chamou a missiva de um "ato de desespero político". "Depois de ter virado as costas para o Congresso Nacional e a sociedade, ela quer agora dialogar? É uma medida intempestiva, fora do timing", avaliou ele, ao considerar que a presidente afastada não é inocente.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a carta demonstra que Dilma está "completamente desconectada" com a realidade brasileira. "Ela trata do momento de crise que o País enfrenta como se não fosse ela a responsável por tudo isso", criticou. O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), considerou o gesto de Dilma "pura apelação".

"É inconstitucional e derrotista. Quando a Câmara dos Deputados aprovou a autorização da abertura do processo de afastamento, Dilma poderia ter anunciado essa proposta de plebiscito com compromisso de renúncia imediata. Aí, sim, haveria sinceridade por parte dela. Agora, com o impeachment praticamente aprovado, essa proposta soa apelação e não tem base constitucional. Parece atitude de quem, derrotada, joga evidentemente no 'quanto pior, melhor'", afirmou Agripino.

Um dia após o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes comparar um plebiscito com “uma brincadeira de criança”, a presidente da República Dilma Rousseff divulgou carta ao Senado e ao povo brasileiro e destacou a importância de “assumirmos um claro compromisso com o Plebiscito e pela Reforma Política”. A carta foi divulgada na tarde desta terça-feira (16).

A presidente reforçou a necessidade de consultar diretamente o povo. “Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral. A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro”, disse.

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Na tarde dessa segunda (15), no Recife, Gilmar Mendes foi questionado sobre a tese de plebiscito apresentada pela presidente Dilma. O magistrado declarou que, para que fosse possível, o processo teria que passar por uma emenda e teria que ter sua constitucionalidade verificada pelo próprio STF. 

“Na verdade, isso parece muito mais um embate político. Quando Collor sofreu o impeachment, quem assumiu? Foi o Itamar Franco. Ninguém ocorreu naquela época de fazer um plebiscito ou chamar novas eleições. E isto é um pouco brincadeira de criança. A presidente Dilma teve 140 votos na Câmara Federal, que foram contra o impeachment, portanto, se ela tivesse tido 171, ela teria impedido o impeachment. Ela vai agora conseguir três quintos para aprovar uma emenda constitucional na Câmara e depois no Senado? ”, argumentou Gilmar.

Ainda em sua carta, Rousseff frisou que não se deve permitir uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment, sem crime de responsabilidade, fragilize a democracia, com “o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988". 

 

 

 

 

 

 

A presidenta afastada Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (16) uma carta à população brasileira e aos senadores. No documento, Dilma propõe a realização de um plebiscito sobre a convocação de eleição presidencial antecipada.

Leia abaixo a íntegra:

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Mensagem da Presidenta da República Dilma Rousseff

AO SENADO FEDERAL E AO POVO BRASILEIRO

Brasília, 16 de agosto de 2016

Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao País.

Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política.

Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho.

Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo, diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou inocente.

No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.

Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições.

Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta.

Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise.

Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com o Plebiscito e pela Reforma Política.

Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes.

Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral.

Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores.

A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro.

Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Um Pacto que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais.

Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social permitirá a pacificação do País. O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião.

A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de que o que nos une é o Brasil.

Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente, busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País.

Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes. As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da competitividade de nossa economia.

Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo “nenhum direito a menos”.

As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população, assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a diversidade deverão ser mantidas e renovadas. A riqueza e a força de nossa cultura devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade.

Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil.

Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser canalizados para o País voltar a crescer e gerar empregos.

Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o país enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto pior, melhor”.

Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos, buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerárias.

É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade.

Povo brasileiro, Senadoras e Senadores,

O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história. Um momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o país.

Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment sem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia, com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História.

Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi. Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no Brasil.

A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e também não é crime agora.

Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição. Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém.

Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente.

A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça.

Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta. Quem deve decidir o futuro do País é o nosso povo.

 

A democracia há de vencer.

Dilma Rousseff

A presidente afastada Dilma Rousseff fez nesta quarta-feira, 10, um acordo com senadores aliados para retirar a palavra "golpe" da carta que vai divulgar nos próximos dias, quando se referir ao processo de impeachment. Em reunião com senadores que a apoiaram, um dia após virar ré no processo, Dilma afirmou que, pessoalmente, defendia a inclusão do termo, mas aceitou os argumentos de que chamar parlamentares de golpistas, neste momento, pode fazê-la perder ainda mais votos.

Na Carta aos Senadores e ao Povo Brasileiro, que está sendo reescrita, a presidente afastada também vai demonstrar disposição para atuar pela concertação nacional, apoiando a Operação Lava Jato. O documento terá frases de efeito. Dilma vai dizer, por exemplo, que seu partido é o Brasil e assumirá erros políticos no relacionamento do governo petista com o Congresso.

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Embora nos bastidores o impeachment seja considerado irreversível, os aliados da presidente afastada procuram em público demonstrar resistência. Na madrugada desta quarta-feira, 10, o Senado decidiu, por 59 votos favoráveis e 21 contrários, que Dilma irá a julgamento na Casa. Para que ela deixe definitivamente o cargo são necessários 54 votos, e a decisão final, no plenário do Senado, deve ser tomada no fim deste mês.

O presidente do PT, Rui Falcão, participou do almoço desta quarta com Dilma, senadores e dirigentes de partidos aliados. Falcão manifestou, mais uma vez, sua posição contrária à proposta de convocação de um plebiscito para antecipar as eleições de 2018, sob o argumento de que, na prática, isso é inviável.

Dilma, porém, discordou de Falcão. "Vou manter o plebiscito", afirmou a petista. "Apesar das posições diferentes, dissemos ali que ela não perderá apoio por causa desse assunto. Isso não vai ser motivo de crise nem com o PT nem com os partidos aliados nem com os movimentos sociais", comentou o senador Humberto Costa (PT-PE).

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que, embora Dilma não tenha cedido nesse ponto, concordou, após muitas ponderações, em retirar a menção ao que seus defensores classificam como "golpe" parlamentar. Tudo para não melindrar os senadores, às vésperas do julgamento final. "Esse foi o acordo de hoje. Não haverá menção a golpe. Se mudarem de novo, estarão quebrando o acordo", observou Randolfe.

A presidente afastada Dilma Rousseff ainda não divulgou a prometida Carta aos Brasileiros porque seus apoiadores divergem sobre o tom da mensagem. A avaliação é de que, se houver chance de derrotar o impeachment, Dilma acenará para a manutenção da equipe econômica de Michel Temer. Caso o afastamento seja considerado "favas contadas", porém, o documento trará apenas diretrizes à esquerda.

A segunda alternativa é, hoje, a mais provável. Até mesmo no PT os comentários são de que "só um milagre" fará Dilma reassumir a Presidência. No julgamento final, previsto para o fim de agosto, ela precisará de ao menos 28 votos para voltar ao Planalto. Em 12 de maio, 22 dos 81 senadores foram contra a admissibilidade do impeachment. Até agora, no entanto, o grupo que apoia Dilma não conseguiu virar votos e muitos no Senado dizem que ela corre o risco de perder alguns.

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Um dos assediados é o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que era do PT e foi ministro da Educação (2003-2004), demitido por telefone pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cristovam votou a favor do impeachment, mas tem dado sinais contraditórios sobre o que pretende fazer no julgamento definitivo. Ele é um dos que defendem a permanência de Henrique Meirelles na Fazenda. O ministro de Temer foi recentemente elogiado por Dilma.

A Carta aos Brasileiros - ou à Nação - foi planejada há dois meses para ser uma espécie de "programa da volta" de Dilma. Divergências sobre seu conteúdo, porém, atrasaram a divulgação e até hoje não se sabe se Dilma vai respaldar a proposta de plebiscito para antecipar as eleições presidenciais. "Ninguém da Executiva do PT conhece essa carta, que deveria ser discutida conosco", disse o secretário de Formação Política do partido, Carlos Henrique Árabe.

Divisão

Nos bastidores, o PT também vive o conflito entre os que querem começar a construir o "pós-Dilma" sem virar totalmente as costas para o Planalto e os que pregam oposição radical a Temer. "Esse jogo de aceitação do golpe é o que pode dividir o PT", disse Árabe. "Duvido que a parte do PT que deseja se conciliar com Temer deixe isso claro. Tentará esconder, apesar de ter votado em Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente interino Michel Temer escreveu uma carta ao Congresso Nacional na qual diz que possui compromisso com os programas sociais e critica a gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff.

No documento, enviado nessa sexta-feira (8) aos parlamentares, Temer diz que melhorias em programas como o Bolsa Família e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) são prioridade do seu governo.

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Ao citar o reajuste de 12,5% que será concedido ao benefício médio do Bolsa Família neste mês, o presidente interino mencionou os valores e disse que o aumento “é superior aos 9% anunciados em maio e não concretizados pela gestão anterior e está acima da inflação dos últimos 12 meses”.

De acordo com Temer, foram repassados mais de R$ 200 milhões para 2.650 prefeituras que atendem crianças beneficiadas com o programa em creches. “Estamos honrando os compromissos que não foram cumpridos no governo anterior e liberando a segunda parcela do que deveria ter sido pago em 2015”, disse.

Segundo o presidente interino, o governo trabalha “incessantemente” para que as famílias melhorem sua renda e deixem de depender do Bolsa Família. Ele afirmou também que tem atuado para “aperfeiçoar os mecanismos de transferência de renda para a população mais pobre”.

“Não podemos permitir que estes importantes benefícios tenham sua trajetória desviada e, para isso, determinei uma atualização do cadastro de beneficiários, fazendo com que os recursos cheguem efetivamente para aqueles que realmente precisam”, escreveu.

Segundo a mensagem, o governo tem priorizado também a educação ao autorizar a criação de 75 mil vagas no Fies e a destinação dos recursos faz parte do entendimento de que a diminuição da desigualdade no país passa pela educação.

“Para esse governo, a educação é fundamental para o País. Por isso, ampliando as ações nessa área, liberamos R$ 700 milhões para programas destinados à educação”, diz.

O presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou, no início da tarde desta quinta-feira (7), a renúncia ao cargo. O anúncio foi feito a partir de uma carta entregue a Mesa Diretora da Casa, onde o peemedebista justifica a renuncia pelo fim da “instabilidade” criada, segundo ele, após o seu afastamento. Leia o texto na íntegra:

"Excelentíssimo Senhor Deputado Waldir Maranhão,

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Vice-Presidente da Câmara dos Deputados,

Cumprimentando-o cordialmente, comunico a Vossa Excelência a decisão que tomei em renunciar ao cargo de Presidente da Câmara dos Deputados. Essa decisão é irrevogável e irretratável.

Ao completar 17 dos 24 meses do meu mandato de Presidente, dois meses de afastamento do cargo e, ainda estando no período de recesso forense do Supremo Tribunal Federal – onde não existe qualquer previsão de apreciação de recurso contra o meu afastamento -, resolvi ceder4 aos apelos generalizados dos meus apoiadores.

É público e notório que a Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o País espera de um novo tempo após o afastamento da Presidente da República. Somente a minha renúncia poderá pôr fim à essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente. 

No período de efetivo exercício do mandato, pude conduzir a Câmara na forma proposta na minha campanha, com protagonismo e independência, votando todas as pautas do governo, mas trazendo a debate também as pautas da sociedade e a pauta dos seus representantes – que são os Deputados. Reforma política, terceirização de mão de obra, redução da maioridade penal, “PEC da Bengala”, Estatuto do Deficiente, pautas da segurança pública, correção do FGTS, foram alguns dos importantes temas votados na minha gestão. Mas, sem dúvida alguma, a autorização para a abertura do processo de impeachment de um governo que, além de ter praticado crime de responsabilidade, era inoperante e envolvido com práticas irregulares, foi o marco da minha gestão, que muito me orgulha e que jamais será esquecido.

Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas adotadas. Estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvidas, inclusive, de que a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de impeachment da Presidente afastada, tanto é que meu pedido de afastamento foi protocolado pelo PGR em 16/12/2015, logo após a minha decisão de abertura do processo. E o pedido de afastamento só foi apreciado em 5/5/2016, em uma decisão considerada excepcional e sem qualquer previsão constitucional, poucos dias depois da decisão desta Casa por 367 votos autorizando a abertura do processo por crime de responsabilidade.

Em decorrência dessas minhas posições, venho sofrendo também uma representação por quebra de decoro parlamentar por supostamente ter mentido a uma CPI, aberta por mim como Presidente e na qual compareci espontaneamente para prestar esclarecimentos. Continuarei a defender a minha inocência de que falei a verdade. 

A par disso, sofro da seletividade do órgão acusador que atua com relação a mim diferentemente do que com outros investigados com o mesmo foro. Após a decisão da Câmara de instaurar o processo de impeachment em 17/04/2016, seis novos inquéritos foram abertos contra mim e duas novas denúncias foram apresentadas, sendo que muitos desses eventos se davam sempre às vésperas de deliberações no Conselho de Ética. Quero reiterar que comprovarei a minha inocência nesses inquéritos, confiando na Justiça do meu País. Reafirmo que não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja.

Quero agradecer a DEUS pela oportunidade de presidir a Câmara dos Deputados do meu País. Quero agradecer ao meu partido e a todos os Deputados que me elegeram em primeiro turno em fevereiro de 2015. Quero agradecer a todos os que me apoiaram e me apoiam no meio dessa perseguição e vingança de que sou vítima. Quero agradecer especialmente a minha família, de quem os meus algozes não tiveram o mínimo respeito, atacando de forma covarde, especialmente a minha mulher e a minha filha mais velha. Usam a minha família de forma cruel e desumana visando me atingir. Tenho consciência tranquila não só da minha inocência bem como de ter contribuído para que o meu País se tornasse melhor e se livrasse do criminoso governo do PT.

A história fará Justiça ao ato de coragem que teve a Câmara dos Deputados sob o meu comando de abrir o processo de impeachment que culminou com o afastamento da Presidente, retirando o País do caos instaurado pela criminosa e desastrada gestão que tanto ódio provocou na sociedade brasileira, deixando como legado o saldo de 13 milhões de desempregados e o total descontrole das contas públicas.

Que este meu gesto sirva para repor o caminho que a Câmara dos Deputados estava trilhando na minha gestão, de protagonismo, de independência, de austeridade no controle dos gastos públicos e de coragem para o enfrentamento das pautas da sociedade. Acima de tudo, espero que este meu ato ajude a restaurar o nosso País após o processo de impeachment.

Desejo sucesso ao Presidente Michel Temer e ao futuro Presidente da Câmara dos Deputados. Que DEUS abençoe esta nação.

Peço a leitura deste expediente em sessão plenária.

Brasília, 07 de julho de 2016.

Eduardo Cunha"

A presidente afastada Dilma Rousseff prepara uma Carta ao Povo Brasileiro, batizada por ela mesma de "programa da volta", na qual vai prometer um novo eixo para o governo, caso retorne ao Palácio do Planalto, e fará críticas à política econômica executada pelo presidente em exercício Michel Temer.

Em almoço nesta quarta-feira, 6, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os ex-ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, no Palácio da Alvorada, Dilma foi aconselhada a aumentar o tom dos ataques à condução da economia, sob o argumento de que o chamado Plano Temer levará ao agravamento da recessão.

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Lula chegou a Brasília na quarta-feira para retomar as articulações políticas contra o impeachment de Dilma. O julgamento que pode cassar o mandato da presidente ocorrerá no plenário do Senado entre os dias 22 e 26 de agosto.

"Nós decidimos que precisamos melhorar a comunicação entre nós", afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR), entusiasta da proposta de um plebiscito popular para a convocação de novas eleições presidenciais. "Sou amigo do Temer, mas o que ele está fazendo não dá", afirmou.

Embora até petistas considerem improvável a chance de Dilma voltar ao Planalto, a ideia é mostrar que ninguém jogou a toalha. Na tarde desta quinta-feira, 7, por exemplo, a presidente afastada terá um encontro, no Alvorada, com presidentes do PT, do PC do B e do PDT e outros representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Ali começará a ser alinhavada a Carta ao Povo Brasileiro às avessas.

Em 2002, quando Lula concorreu pela primeira vez ao Planalto, a carta compromisso tinha o objetivo de acalmar o mercado. Quatorze anos depois, o PT cobra de Dilma que apresente um compromisso público sobre o rumo de seu governo se o impeachment for derrotado, conforme resolução política aprovada pelo Diretório Nacional do partido em 17 de maio.

Quase um ano após a morte de Cathriona White, novos detalhes sobre a carta deixada pela da ex-namorada de Jim Carrey estão emergindo. A maquiadora, que faleceu após uma overdose de remédios, deixou um escrito emocionante para o ator.

Os dois mantinham um relacionamento ioiô e, segundo o relatório toxicológico, ela teria tirado sua vida com uma grande quantidade de remédios dias após o término com o ator. Algumas partes emocionantes da carta foram divulgadas pela revista norte-americana Poeple.

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Eu passei três dias na descrença de que você não está mais aqui. Eu posso tentar colocar as peças do coração partido de volta, eu poderia, mas não tenho vontade de fazer isso dessa vez. Sinto muito que você achasse que eu não estava lá por você. Tentei dar o meu melhor, escreveu Cathriona.

Ela também falou sobre planos para seu funeral e pediu para que o ex-namorado, que carregou o seu caixão, vendesse seus bens ou os entregasse para a sua família. Além disso, ela também pediu desculpas ao ator.

Eu realmente não sei coisas sobre enterro. Você é minha família, então o que você escolher será o melhor. Por favor, me perdoe. Eu só não sou para esse mundo, completou Cathriona.

Uma menina de 12 anos escreveu uma carta para relatar à mãe que era vítima de estupro do próprio pai, em Manaus. Segundo informações da Polícia Militar, a criança disse que planejava fazer a denúncia em ocasiões anteriores, porém sentia "medo e vergonha". Após exames no Instituto Médico Legal (IML), os abusos foram confirmados e o acusado, de 34 anos, foi preso por estupro de vulnerável e encaminhado à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. Ele nega a versão da filha.

Na carta, a menina pede perdão à mãe e diz que o estupro ocorria há algum tempo. "Mãe, eu nunca teria coragem de dizer para ele parar. Tudo começou quando ele veio com uma história de que queria lutar. Eu queria tirar ele de cima de mim, mas eu não conseguia, depois eu deixei, mas na minha mente eu nunca quis, ele falava para eu não sair, só que me doía muito, mas eu sempre deixava", contou a vítima no texto.

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"Eu não queria olhar na cara dele, mas eu tinha que fingir que estava tudo normal. Eu não queria mais escutar no jornal coisa (sobre) abuso porque me doía muito. Eu já tinha escrito outra carta, só que não tive coragem de entregar. Eu pedi a Deus coragem para entregar essa. Por isso, eu ficava com raiva de repente, nem ele nem a senhora me viram chorando, mas eu choro muito", revelou.

De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, 1.283 casos de estupro de menores de 18 anos foram registrados de janeiro de 2014 a maio de deste ano. Em 732 deles, as vítimas eram menores de 11 anos.

O agora ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou, em carta de demissão endereçada ao presidente em exercício, Michel Temer, que pensou muito antes de tomar a "difícil decisão" de deixar o cargo, mas avaliou que "o momento nacional exige atitudes pessoais em prol de um bem maior". "Não quero criar constrangimentos ou qualquer dificuldade para o governo, nas suas próprias palavras, de salvação nacional", afirmou, ressaltando que o PMDB foi "chamado para tirar o Brasil da crise".

O peemedebista disse ainda estar seguro de que "todas as ilações" envolvendo o seu nome serão esclarecidas. "Confio nas nossas instituições e no nosso Estado Democrático de Direito. Por isso, vou me dedicar a enfrentar as denúncias com serenidade e transparência nas instâncias devidas", disse.

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Alves, que ocupou a pasta do Turismo na gestão da presidente afastada Dilma Rousseff de 16 de abril de 2015 a 28 de março de 2016, destacou que o turismo reúne as melhores condições para ajudar o Brasil a enfrentar o momento difícil que vive. "Esta foi a motivação que me levou a voltar ao comando do Ministério depois de tê-lo deixado por uma questão política, de coerência partidária", afirmou, ressaltando a importância da pasta para os Jogos Olímpicos.

A Temer, Alves agradeceu a "lealdade, amizade e compromisso de uma longa vida política e partidária" e disse que estará sempre ao lado do presidente em exercício. "Sabendo que sempre estaremos juntos nessa trincheira democrática em busca de uma nação melhor. A sua, a minha, a nossa luta continuam. Pelo meu Rio Grande Norte e pelo nosso Brasil", escreveu.

Saída

Alves é o terceiro ministro da gestão Temer a deixar o cargo. Antes dele, os ministros Romero Jucá, que ocupava o Planejamento, deixou o cargo dia 23 de maio, e Fabiano Silveira, na pasta da Fiscalização, Transparência e Controle, pediu demissão 30 de maio. As duas quedas também estavam relacionadas à Operação Lava Jato.

A gota d'água para a saída de Alves foi a nova revelação sobre a delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, ao Ministério Público Federal, no âmbito da Lava Jato.

O ex-presidente da Transpetro diz ter pago a Henrique Alves R$ 1,55 milhão. Alves já estava na mira do governo por conta do acúmulo de notícias negativas contra o peemedebista e interlocutores do presidente em exercício já pressionavam pela sua saída, alegando que a permanência dele no cargo, contrariava a fala de Temer de que, surgindo denúncias, a autoridade atingida deveria pedir demissão do cargo.

As denúncias de Sérgio Machado, no entanto, atingem grande parte da cúpula do PMDB e até o presidente Temer que, mais cedo, convocou a imprensa para rebater as denúncias e acusá-las de criminosas, mentirosas e irresponsáveis. Temer, que está "muito irritado" com as acusações, chegou a dizer que "alguém que teria cometido aquele delito irresponsável que o cidadão Machado apontou não teria até condições de presidir o país".

A saída de Henrique Alves serve como uma espécie de válvula de escape para Temer, que estava sendo alvo de críticas por manter o ministro do Turismo no cargo. Com isso, seria uma espécie de "vão-se os anéis e ficam os dedos".

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