Tópicos | Davos

Em discurso “curto” e “objetivo” como havia anunciado, com duração de 6 minutos e 36 segundos, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou hoje (22), no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, os compromissos de campanha. Ele destacou a determinação de abrir a economia, atrair investidores, fazer reformas, diminuir o peso do Estado e combater a corrupção. “Representamos um ponto de inflexão.”

Bolsonaro citou três de seus ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Após o discurso, ele respondeu a perguntas dos organizadores do fórum sobre preservação do meio ambiente e desenvolvimento econômico, combate à corrupção e crescimento da América Latina.

##RECOMENDA##

O presidente se comprometeu a colocar o Brasil “no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, atrair capital estrangeiro, explorar recursos naturais, fazer as reformas tributária e da Previdência Social, investir em educação, incentivar turismo e manter a sustentabilidade do agronegócio. “Avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico.”

Compatibilização

Bolsonaro enfatizou que o Brasil é “o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária”, destacou.

“Essas commodities [produtos primários com cotação internacional], em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo”, acrescentou o presidente. Ele também assegurou a vontade de “aprofundar” as relações comerciais.

Segundo o presidente, seu esforço será para que o Brasil se torne um exemplo para o mundo. “Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.”

Bolsonaro disse que está empenhado em “integrar o Brasil ao mundo”. Para ele, um dos caminhos é a “defesa ativa da reforma” da Organização Mundial do Comércio (OMC) para buscar a eliminação do que chamou de “práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais”.

Reformas

O presidente destacou que pretende implementar uma série de medidas no país, e citou as reformas, a redução de tributos e a desburocratização. Segundo ele, são ações que vão levar ao desenvolvimento econômico e à estabilidade.

“Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas.”

Valores

O presidente ressaltou que gastou menos de US$ 1 milhão na sua campanha e que o país precisa de resgatar valores. “Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica. Temos o compromisso de mudar nossa história.”

Bolsonaro enfatizou que vai resgatar valores. “Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria.”

Combate à corrupção

No discurso, Bolsonaro destacou ainda a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro: “O homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro”, disse. Ao ser questionado sobre seus planos para a área, ele disse que Moro tem “todos os meios para seguir o dinheiro no combate à corrupção e no combate ao crime organizado”.

“É mudando a legislação e aperfeiçoando outra parte da mesma. Dessa forma, tenho certeza de que atingiremos nosso objetivo”, respondeu.

Bolsonaro também acrescentou que os ministros foram indicados de forma técnica, sem participação político-partidária. “Precisamos, sim, muito do Parlamento brasileiro e confiamos que grande parte do mesmo nos dará respaldo na busca do combate à corrupção e na lavagem de dinheiro. Dessa forma, o Brasil será visto de forma diferente aqui fora.”

Segurança

De acordo com o presidente, o governo federal investirá de forma intensa na segurança pública e convidou os presentes a conhecer o Brasil, lembrando que, apesar das belezas naturais, o país não está entre os 40 principais destinos turísticos do mundo. Ele destacou que pretende dinamizar o turismo no Brasil

“Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido.”

Estreia

Bolsonaro sublinhou que a sua presença no encontro é primeira viagem internacional que faz após a eleição, comprovando a importância que atribui às pautas que têm sido promovidas pelo Fórum de Davos.

“Esta é a primeira viagem internacional que realizo após minha eleição, prova da importância que atribuo às pautas que este fórum tem promovido e priorizado”, disse. “É, para mim, uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo.”

O presidente disse que pretende viajar em breve para Israel, Itália, Argentina e Chile.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse em seu discurso em Davos, na Suíça, que seu governo goza de credibilidade para fazer reformas das quais o país precisa e que o mundo espera. "Temos o compromisso de mudar nossa história", afirmou o dirigente na plenária de abertura do Fórum Econômico Mundial, sem mencionar explicitamente quais reformas pretende fazer ou sequer citar a reforma da Previdência.

"Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção", disse Bolsonaro, citando a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, como o "homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro".

##RECOMENDA##

Bolsonaro prometeu ao público do Fórum Econômico Mundial investir pesado em segurança e convidou os presentes a visitar o Brasil com suas famílias, para conhecer locais como a Amazônia, as praias e o Pantanal. "Somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido!", afirmou.

O Brasil, assegurou Bolsonaro, é país que mais preserva o meio ambiente. "Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural", disse ele, destacando que menos de 20% do solo é dedicado à pecuária. "Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo."

"Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis", disse Bolsonaro em seu discurso, ainda ao falar sobre o meio ambiente.

'Crise ética, moral e econômica'

O presidente da República ressaltou em seu discurso que, nas eleições, sua campanha gastou "menos de US$ 1 milhão", teve apenas oito segundos de tempo de propaganda gratuita na televisão e que foi "injustamente atacado a todo tempo", mas, mesmo assim, conseguiu a vitória. "Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica."

Bolsonaro começou seu discurso dizendo a frase "o Brasil precisa de vocês", expressão não incluída em seu plano oficial distribuído à imprensa. Após o improviso inicial, voltou ao discurso preparado e ressaltou que esta é a primeira viagem internacional que realiza após a eleição, prova da importância que atribui às pautas que este fórum tem promovido e priorizado.

"Esta viagem prova da importância que atribuo às pautas que este fórum promove", disse ele. "Esta viagem também é para mim uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo."

Público grande

O discurso do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, realizado logo após a apresentação do presidente do Fórum, Klaus Martin Schwab, atraiu um grande público em Davos. O auditório, que conta com 1,2 mil assentos nesta sessão não está ficou completo, mas o evento ficou mais cheio do que há um ano, quando o palestrante era o então presidente Michel Temer.

O lugar reservado à imprensa ficou mais vazio, e a maior parte dos profissionais foi de jornalistas brasileiros.

O mesmo auditório também foi utilizado em 2018 para o discurso do presidente americano, Donald Trump, que conseguiu lotar o espaço completamente.

Estreando no cenário internacional, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, durante a abertura do Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, que pretende resgatar os “valores” do Brasil e abrir a economia. Em um discurso rápido, mesmo tendo 45 minutos ao seu dispor, o presidente também defendeu as reformas, mesmo sem mencionar quais seriam.

“Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia”, prometeu. “Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria”, acrescentou.

##RECOMENDA##

Ao falar para economistas e empresários de todo o mundo, Bolsonaro afirmou que as reformas do seu governo colocarão o Brasil entre os 50 melhores países para se fazer negócio e explicou a agenda que pretende colocar em prática com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, disse.

O presidente explicou ainda que o governo trabalha para diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitar a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. “Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas”, argumentou.

Além disso, ele tratou sobre democracia, meio ambiente e prometeu que o Brasil será um país melhor e mais seguro para o turismo.

Leia o discurso na íntegra:

"Boa tarde a todos!

Muito obrigado, professor Schwab!

Agradeço, antes de mais nada, o convite para participar deste fórum e a oportunidade de falar a um público tão distinto.

Agradeço também a honra de me dirigir aos senhores já na abertura desta sessão plenária.

Esta é a primeira viagem internacional que realizo após minha eleição, prova da importância que atribuo às pautas que este fórum tem promovido e priorizado.

Esta viagem também é para mim uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo.

Nas eleições, gastando menos de 1 milhão de dólares e com 8 segundos de tempo de televisão, sendo injustamente atacado a todo tempo, conseguimos a vitória.

Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica.

Temos o compromisso de mudar nossa história.

Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção.

Gozamos de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós.

Aqui entre nós, meu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro.

Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido!

Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo.

Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.

Os setores que nos criticam têm, na verdade, muito o que aprender conosco.

Queremos governar pelo exemplo e que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós.

Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos.

Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas.

O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste Governo.

Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios.

Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir.

Para isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas pela OCDE.

Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais.

Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia.

Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria.

Estamos aqui porque queremos, além de aprofundar nossos laços de amizade, aprofundar nossas relações comerciais.

Temos a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes. Queremos parceiros com tecnologia para que esse casamento se traduza em progresso e desenvolvimento para todos.

Nossas ações, tenham certeza, os atrairão para grandes negócios, não só para o bem do Brasil, mas também para o de todo o mundo.

Estamos de braços abertos. Quero mais que um Brasil grande, quero um mundo de paz, liberdade e democracia.

Tendo como lema “Deus acima de tudo”, acredito que nossas relações trarão infindáveis progressos para todos.

Muito obrigado."

 

São 3,5 mil participantes, mais de 300 eventos e 70 chefes de Estado e de governo. Mas o presidente Jair Bolsonaro optou por ir almoçar nesta terça-feira (22), em um restaurante popular de um supermercado local, repleto de funcionários do "baixo clero" do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Simon Hecker, um brasileiro que mora na Suíça, chegou a fazer um vídeo e fotos do presidente. "Ele estava tomando uma Coca e comendo sanduíche", disse. "Eu estava almoçando quando, de repente, ele passou", contou.

##RECOMENDA##

A assessoria de imprensa do governo não revelou o destino de Bolsonaro quando ele deixou o hotel para almoçar. Apenas insistiram que "não tinham a informação". Davos, conhecida como um dos locais mais luxuosos da Suíça, reserva a seus participantes alguns dos principais restaurantes da cidade. A opção, porém, foi por um cardápio diferente.

Depois do almoço, Bolsonaro retornou para o hotel, onde preparou seu discurso marcado para ocorrer às 12h30, pelo horário brasileiro. Na rua, um grupo de brasileiros ainda o aguardava com bandeiras do Brasil e camisetas com a imagem do novo presidente.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (22), no Twitter, que ministros e representantes do governo estão viajando pelo Brasil para levantar os problemas de responsabilidade da administração pública. Bolsonaro está em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial.

“Ministros e outros representantes do governo estão percorrendo o Brasil nestes primeiros dias para mapear e procuramos sanar muitos problemas de responsabilidade da administração pública e como derivaremos nos próximos passos, como mostrados neste e em tweets anteriores!”, escreveu na rede social.

##RECOMENDA##

Na mensagem, Bolsonaro divulgou um vídeo do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, ao lado da equipe de plantão. Mandetta integrou uma comitiva interministerial que esteve na semana passada no estado para verificar as ações de assistência aos refugiados venezuelanos no âmbito da Operação Acolhida do governo federal.

“Hospital público com muita dificuldade, gestão clínica insuficiente, muita gente na maca, muita gente esperando exame, índice de mortalidade alto. Este é o típico hospital que a gente vai ter que trabalhar muito para reverter. Fica aqui o meu respeito ao corpo clínico que está trabalhando em condições não corretas de trabalho e também aqui o meu respeito à população que não está tendo atendimento na altura do que ela merecia”, disse o ministro no vídeo.

“Vamos trabalhar para ver se a gente transforma essa realidade. Hoje, a visita surpresa foi aqui em Boa Vista, Roraima. Que isso sirva para todos os hospitais brasileiros. Daqui a pouco eu passo aí no seu”, completou Mandetta.

O presidente Jair Bolsonaro discursa nesta terça-feira (22), pela primeira vez, depois de eleito, no exterior. Ele participa da abertura da 39ª edição do Fórum Econômico Mundial, que reúne a elite política e econômica global, em Davos, na Suíça. Em um discurso de 45 minutos, vai destacar a disposição do Brasil na abertura econômica, no combate à corrupção e no compromisso com a democracia.

Bolsonaro chegou nessa segunda (21) a Davos acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

##RECOMENDA##

“Queremos mostrar que o Brasil tomou medidas para que o mundo restabeleça confiança, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem viés ideológico, que nós podemos ser um país bom para investimentos, e, em especial, para o agronegócio” disse ao chegar.

Imagem externa

Bolsonaro quer mostrar ainda que a economia brasileira está se modernizando, com abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas estruturais.

Na noite desta terça-feira, o presidente tem jantar com o fundador do Fórum Econômico Mundial, professor Klaus Schwab.

Nesta quarta (23), Bolsonaro participa de jantar fechado com os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Equador, Lenín Moreno; do Peru, Martín Vizcarra; e da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Os cinco presidentes latino-americanos assistirão a uma apresentação do presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella.

Quinta-feira (24), está prevista a participação do presidente num almoço de trabalho sobre a globalização 4.0, que trata da quarta revolução industrial proporcionada pela tecnologia e é o tema do Fórum Econômico Mundial este ano.

Depois, a comitiva retorna a Zurique, de onde embarca de volta para Brasília, chegando à capital federal na sexta-feira (25).

Ministros

Os ministros terão agendas paralelas em Davos. Paulo Guedes tem previstas reuniões com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e encontros com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo; com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Roberto Moreno, e com o secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, John Denton. O ministro da Economia também se encontrará com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.

Guedes também pretende reunir-se com empresários das áreas de infraestrutura, logística, energia e tecnologia e representantes de fundos de investimentos e fundos soberanos. Nos encontros, o ministro informará que a equipe econômica trabalha numa agenda calcada em quatro pilares: reforma da Previdência, privatizações, reforma administrativa e abertura comercial.

Segundo o Ministério da Economia, Guedes informará que o Brasil pretende dobrar os investimentos (público e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação, nos próximos quatro anos, e a corrente de comércio – soma de importações e exportações – de 22% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

A abertura comercial defendida por Guedes ocorreria de forma gradual, acompanhada de um programa de desburocratização e de redução de impostos para empresas. Essa diminuição de tributos seria financiada por privatizações e pelas reformas que reduzirão os gastos públicos nos próximos anos.

Em seu primeiro dia como presidente em exercício, o general Hamilton Mourão buscou nessa segunda-feira (21) manter a rotina habitual, inclusive despachando no seu gabinete na vice-presidência, no anexo do Palácio do Planalto. Ele chegou às 9h10, bem-humorado, brincou com os jornalistas que o aguardavam e comemorou a vitória do Flamengo sobre o Bangu por 2 x1.

“Bom dia. Só queria dizer o seguinte: extrema satisfação que o Flamengo venceu ontem e o Botafogo perdeu”, disse Mourão, antes de entrar no prédio.

##RECOMENDA##

O único compromisso previsto na agenda na parte da manhã foi às 10h, Mourão recebeu Miguel Angelo da Gama Bentes para discutir projetos de mineração estratégica.

Após o almoço, Mourão afirmou que o tempo de serviço prestado pelos militares na ativa deve aumentar, a partir da reforma da Previdência. Questionado se o período de contribuição passaria de 30 anos para 35 anos, Mourão afirmou: “Em tese, é isso aí, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição”.

À tarde, o presidente em exercício teve encontros com os embaixadores da Alemanha, Georg Witschel, e Tailândia, Susarak Suparat, com os quais tratou sobre questões climáticas e reformas.

No final da tarde, Mourão se reuniu com o coronel Hélcio Bruno de Almeida cujo currículo o descreve como especialista em defesa e segurança com atenção no combate ao terrorismo. Depois, se encontrou com dois generais.

Mourão deixou o Planalto por volta de 18h40, mantendo o bom humor. Questionado por repórteres sobre seu dia, reagiu: “No news, good news [sem notícia, boa notícia] Zero. Sem problemas.”

Acompanhado de cinco ministros, o presidente Jair Bolsonaro desembarcou nesta segunda-feira (21), em Zurique, na Suíça, para participar do Fórum Mundial de Davos. A comitiva seguirá direto para Davos, nos Alpes Suíços. O trajeto será feito de carro e dura cerca de duas horas e meia.

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, também integrou o grupo. Além de Bebiano, estão com Bolsonaro os ministros Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

##RECOMENDA##

Bolsonaro deve chegar a Davos por volta de 16h30 (horário local) e seguirá direto para o hotel Seehof no centro da cidade, que nesta semana recebe 3500 convidados. Entre eles, 70 chefes de Estado e de governo - seis deles da América Latina. Em termos proporcionais, é a região com maior participação no evento deste ano.

O primeiro compromisso oficial do presidente começa só na terça-feira (22), à tarde. Uma reunião privada com professor Klaus Schwab, fundador do Fórum. Em entrevista à imprensa brasileira, Schwab disse que Bolsonaro seria "muito bem-recebido" e que existe muita curiosidade para conhecer as propostas do novo governo.

Até agora, a agenda bilateral de encontros do presidente, que é praxe em Davos, não foi divulgada. Na terça, às 15h30, Bolsonaro faz a palestra inaugural do Fórum.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, desembarca na cidade de Zurique na tarde desta segunda-feira (21) (14h30 no horário europeu, 11h30 no de Brasília), iniciando o que será seu "batismo internacional". O brasileiro será levado da cidade suíça até a estação de esqui de Davos, onde faz seu primeiro discurso para líderes empresariais e chefes de Estado na terça-feira (22).

Seu desembarque é acompanhado de perto, tanto pela imprensa internacional quanto por investidores.

##RECOMENDA##

No fim de semana, protestos por parte de sindicatos suíços e ativistas em Lausanne e Berna levavam cartazes com a foto de Bolsonaro e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Nelas, um recado: "not welcome" ("Não são bem-vindos").

Nos últimos dias, os principais jornais suíços destacaram a presença de Bolsonaro como uma das mais relevantes do Fórum Econômico Mundial, que começa na noite de segunda. Crises domésticas nos EUA, França e Reino Unido acabaram afastando alguns dos principais líderes que, de última hora, cancelaram suas viagens para Davos.

Como resultado, o palco foi deixado para o brasileiro, que promete fazer um discurso moderado para tentar desfazer sua imagem de "extremista".

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, garantiu que sua mensagem seria de liderar um "governo constitucional". "O caminho, desde a proposta do plano de governo, é estado de direito. Rigorosamente dentro do que a Constituição prevê. O governo que tem uma relação franca e transparente com o Congresso nacional, que respeita a repartição de poderes", disse.

Mas, avaliando pelo tom da cobertura internacional, Bolsonaro terá um amplo trabalho para transformar sua imagem no exterior. Numa matéria publicada no final da semana passada, o jornal suíço Le Temps questiona se Bolsonaro estaria "no mesmo trilho de Pinochet".

Assinado pelo conceituado economista Charles Wyplosz, o texto faz um paralelo à mão dura do chileno e a simpatia do brasileiro pelos militares. Mas aponta um elemento em comum: o uso de economistas formados em Chicago para liderar uma reforma. No caso, o "garoto de Chicago" é Paulo Guedes, ministro da Economia.

Diversas outras publicações chamam a atenção para o fato de que a primeira viagem ocorre sob a sombra de dúvidas sobre a origem do dinheiro de seu filho, Flávio Bolsonaro, além do confronto entre Gisele Bundchen e o governo por conta da Amazônia.

Em Davos, Bolsonaro chega com cinco ministros, sendo Sérgio Moro, da Justiça, o mais esperado. O Fórum tem reforçado a ideia de que quer uma "moralização da globalização". Há dois anos, quem chamava a atenção em Davos era o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Entre os investidores, o tom é diferente. Os organizadores de Davos apontam que empresários e atores do sistema financeiro internacional vão usar a viagem de Bolsonaro para obter detalhes do que serão suas reformas.

O presidente em exercício general Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta segunda-feira (21) estar honrado por substituir Jair Bolsonaro na Presidência do país. Bolsonaro participa do Fórum Mundial Econômico, em Davos.

“Ao amanhecer deste dia, quero expressar a honra de estar no exercício da Presidência da República. Desejo uma excelente e proveitosa viagem ao Presidente @jairbolsonaro e comitiva a Davos. Por aqui, manteremos a posição”, escreveu Mourão na mensagem postada antes das 7h30.

##RECOMENDA##

Pela primeira vez, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, exercerá a Presidência da República. Ele ficará em exercício até a madrugada de sexta-feira (25), quando Bolsonaro retorna da sua primeira viagem internacional após a posse.

Bolsonaro discursa na abertura do fórum e pretende destacar a abertura da economia, o combate à corrupção e a preservação da democracia no Brasil e na América Latina. Ele deve chegar a Zurique, na Suíça, hoje (21) por volta das 17h30. Davos fica a 116 quilômetros de Zurique.

Agenda

Na manhã de hoje, Mourão se reúne com Miguel Angelo da Gama Bentes para discutir projetos de mineração estratégica. À tarde, o presidente em exercício tem encontros com os embaixadores da Alemanha, Georg Witschel, e Tailândia, Susarak Suparat.

Em seguida, Mourão se reúne com o coronel Hélcio Bruno de Almeida, especialista em defesa e segurança com atenção no combate ao terrorismo. Depois, ele se encontra com dois generais.

O presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva decolaram pouco depois das 22h deste domingo (20) para Zurique, na Suíça - com escala em Las Palmas, nas Ilhas Canárias. O destino final é a pequena cidade de Davos, nos Alpes suíços, onde ocorre, a partir da terça-feira (22) o Fórum Econômico Mundial.

Na Base Aérea de Brasília, Bolsonaro cumpriu a formalidade de transmitir o cargo de presidente para o vice Hamilton Mourão. Eles se abraçaram e tiraram uma foto em frente à bandeira nacional.

##RECOMENDA##

Já na pista de decolagem, o presidente tirou uma foto com o filho, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que o acompanha na viagem. A delegação presidencial conta também com os ministros da Economia, Paulo Guedes, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

Nas redes sociais, Bolsonaro escreveu que, "em alguns instantes", embarcaria para sua "primeira missão fora do país". E concluiu: "Um grande momento para o Brasil que almejamos: grande, respeitado e próspero. Que Deus nos abençoe nessa viagem!".

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, escreveu nas redes sociais que o pai vai apresentar "seus planos para resgatar o Brasil", enquanto ele pretende falar "sobre o problema migratório de venezuelanos na fronteira com Roraima".

O desembarque em Zurique está previsto para as 11h30 desta segunda-feira, 21, pelo horário de Brasília. O retorno está marcado para a manhã da sexta-feira, 25.

O presidente Jair Bolsonaro transmitirá o cargo, neste domingo, 20, ao vice, o general da reserva Hamilton Mourão. Bolsonaro embarca às 22h partindo de Brasília com destino a Las Palmas, na Espanha, e depois, já na segunda, parte para Zurique, na Suíça, e então para Davos, sede do Fórum Econômico Mundial. A distância entre as duas cidades suíças é de 150 quilômetros. Assim que Bolsonaro sair do espaço aéreo brasileiro, o vice assume o cargo oficialmente.

Neste domingo, Bolsonaro se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Responsável pela Secretaria de Governo, o general Santos Cruz também participou da reunião.

##RECOMENDA##

O fórum começa na terça-feira, 22, e vai até o dia 25. Cerca de 70 países e representantes de diversos setores da economia estarão reunidos no evento - são 3.500 participantes. O evento será o palco da estreia internacional do presidente Jair Bolsonaro.

Temas como a abertura ao comércio internacional, o combate à corrupção e a disposição de fazer as reformas estruturantes devem estar na pauta do discurso do presidente brasileiro.

Além de Bolsonaro, participam os ministros Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e o chanceler Ernesto Araújo. Eduardo Bolsonaro também acompanhará a comitiva, bem como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Vice-presidente

Neste domingo, Hamilton Mourão deu uma declaração à agência de notícias Reuters dizendo que o caso de Flávio Bolsonaro não tem impacto no governo. "É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo", disse Mourão, afirmando ser necessário esperar a conclusão das investigações.

Assim como fez na última semana, o vice pedalou com sua esposa na capital federal. O jornal O Estado de S. Paulo flagrou parte do trajeto realizado pelo vice.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reuniu neste domingo, 20, com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O presidente embarca na noite deste domingo para Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. O evento começa na terça-feira, 22, e vai até o dia 25. Cerca de 70 países e representantes de diversos setores da economia estarão reunidos no evento - são 3.500 participantes. O evento será o palco da estreia internacional do presidente Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

Temas como a abertura ao comércio internacional, o combate à corrupção e a disposição de fazer as reformas estruturantes devem estar na pauta do discurso do presidente brasileiro.

Além de Bolsonaro, participam os ministros Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e o chanceler Ernesto Araújo. Eduardo Bolsonaro também acompanhará a comitiva, bem como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Vice-presidente

O vice-presidente, Hamilton Mourão, não vai para Davos. Ele deve comandar o País interinamente no período. Neste domingo, ele deu uma declaração à agência de notícias Reuters dizendo que o caso de Flávio Bolsonaro não tem impacto no governo. "É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo", disse Mourão, afirmando ser necessário esperar a conclusão das investigações.

Assim como fez na última semana, o vice pedalou com sua esposa na capital federal. O Estado flagrou parte do trajeto realizado pelo vice.

Um representante do Tesouro dos EUA esteve reunido nesta semana com líderes da oposição venezuelana em Brasília para negociar sanções contra a Venezuela. A informação foi revelada ao 'Estado' pelo ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, que esteve na reunião. A discussão deve continuar em Davos, onde seis presidentes latino-americanos debaterão a crise a partir de terça-feira (22).

Segundo Ledezma, a ideia de asfixiar o regime ganhou forma no início de janeiro, quando o Grupo de Lima - aliança de países da região formada para pressionar a Venezuela - chegou a um entendimento de que algumas medidas poderiam ser aplicadas. "Agora, é uma questão de avaliar como cada governo pode realizar isso", disse o opositor.

##RECOMENDA##

Ledezma fugiu da Venezuela em novembro de 2017, passou pela Colômbia e se refugiou na Espanha. Seu trajeto é mantido em sigilo, mas ele garante que foi ajudado por "militares venezuelanos e por um terço" que até hoje leva consigo. Ele admitiu que chegou a planejar uma fuga por Roraima, mas optou pela fronteira com a Colômbia.

Ledezma revelou que, em Brasília, o grupo de opositores venezuelanos esteve reunido com o presidente do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), o americano Marshall Billingslea. Além de chefiar a instituição, Billingslea comanda a Secretaria de Crimes Financeiros e Financiamento do Terrorismo, ligada ao Departamento do Tesouro dos EUA.

"As sanções estão na agenda", disse Ledezma, que indicou que espera que o governo brasileiro siga a mesma orientação. Ao Estado, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, indicou que, por enquanto, não há uma ordem do presidente Jair Bolsonaro para aplicar sanções, mas o Brasil não descarta medidas duras no futuro. "Dependendo de como será a evolução nos próximos meses, pode não apenas ter gestos de apoio, mas adotar outras medidas", afirmou Lorenzoni.

Ledezma acredita que os governos latino-americanos estão buscando uma "forma constitucional" de colocar em andamento essas sanções. Segundo ele, a oposição venezuelana aposta nos brasileiros para acelerar a transição. "O Brasil busca um papel destacado na solução da crise. Vemos o presidente Bolsonaro como um homem que está cumprindo o que prometeu durante a campanha eleitoral", afirmou.

Davos

Ledezma diz que o próximo passo no debate sobre a crise venezuelana será dado em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial. Uma sessão sobre o assunto está programada para a quarta-feira, 23, com a presença de Bolsonaro e de outros líderes regionais. Na pequena estação de esqui da Suíça, seis presidentes latino-americanos confirmaram presença no evento que reúne a elite financeira mundial.

Na quinta-feira, 24, outro debate será realizado sobre a Venezuela em Davos, com a participação do chanceler do Equador e pesquisadores. "A comunidade internacional está preocupada e existe um risco de uma crise regional", disse Ledezma.

Para o ex-prefeito de Caracas, a proposta lançada por Maduro, na sexta-feira, 18, de ter um encontro "cara a cara" com o presidente americano, Donald Trump, "não tem chance de ocorrer". "Ele (Maduro) não é o presidente da Venezuela. Isso mostra que ele está desesperado. Maduro não aproveitou as oportunidades que teve para um diálogo real. Agora, ninguém acredita que ele queira o diálogo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com uma agenda voltada para a defesa da abertura econômica, do combate à corrupção e do compromisso com a democracia, o presidente Jair Bolsonaro embarca neste domingo (20) às 22h para Davos, na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial. Ele viajará acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Em sua 39ª edição, o Fórum Econômico Mundial reúne a elite política e econômica global para discutir a conjuntura mundial e estimular a cooperação entre governos e o setor privado. Na estreia de Bolsonaro no exterior, o governo pretende vender a empresários e a políticos a imagem de que a economia brasileira está modernizando-se, com abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas estruturais.

##RECOMENDA##

O presidente pode discursar na terça-feira (22), num painel sobre a crise na Venezuela, e tem até 45 minutos reservados para falar na sessão plenária do fórum às 11h30 de quarta-feira (23), no horário local, 8h30 em Brasília. Bolsonaro também pode discursar no painel O Futuro do Brasil, marcado para logo após a sessão plenária.

Na noite de terça, o presidente terá um jantar privado com os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Equador, Lenín Moreno; do Peru, Martín Vizcarra; e da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Os cinco presidentes latino-americanos assistirão a uma apresentação do presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella.

Para quarta-feira (24), está prevista a participação do presidente num almoço de trabalho sobre a globalização 4.0, que trata da quarta revolução industrial proporcionada pela tecnologia e é o tema do Fórum Econômico Mundial neste ano. Em seguida, a comitiva retorna para Zurique, de onde embarca de volta para Brasília, chegando à capital federal na manhã de quinta-feira (25).

Ministros

Os ministros terão agendas paralelas em Davos. Paulo Guedes tem previstas reuniões com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e encontros bilaterais com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo; com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Roberto Moreno; e com o secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, John Denton. O ministro da Economia também se encontrará com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.

Guedes também pretende reunir-se com empresários das áreas de infraestrutura, logística, energia e tecnologia e representantes de fundos de investimentos e fundos soberanos. Nos encontros, o ministro informará que a equipe econômica trabalha numa agenda calcada em quatro pilares: reforma da Previdência, privatizações, reforma administrativa e abertura comercial.

Segundo o Ministério da Economia, Guedes informará que o Brasil pretende dobrar os investimentos (público e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação nos próximos quatro anos e a corrente de comércio – soma de importações e exportações – de 22% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

A abertura comercial defendida por Guedes ocorreria de forma gradual, acompanhada de um programa de desburocratização e de redução de impostos para empresas para não sacrificar a indústria brasileira. A diminuição de tributos seria financiada por privatizações e pelas reformas que conterão ou reduzirão os gastos públicos nos próximos anos.

Ao longo dos últimos 40 anos, o fenômeno da globalização encontrava na pequena e afastada cidade de Davos, nos Alpes suíços, seu porto seguro. Nenhum movimento de oposição parecia chegar até lá. Nem os protestos antiglobalização do final dos anos 90, que pararam Seattle, nem o sucesso momentâneo do Fórum Social de Porto Alegre e a crise financeira de 2008 conseguiram tirar a capacidade do Fórum Econômico Mundial de ser o palco de encontro da elite financeira mundial e de, nos bastidores, desenhar o que seria o sistema internacional.

Na edição deste ano, que começa amanhã, o vilarejo aos pés da Montanha Mágica de Thomas Mann vive o que muitos acreditam ser o maior questionamento feito contra o sistema. A ameaça, porém, não vem de ativistas ou ONGs defensoras de um mundo sem fronteiras. Mas de uma espécie de revolta nas urnas e nas ruas que levou ao comando de diversos países partidos com discurso nacionalista e políticas populistas.

##RECOMENDA##

Se em alguns lugares esse mal-estar já levou novos grupos ao poder, em outros, como na França, ainda ocupa as estradas do país, na figura dos coletes amarelos. Em diferentes línguas e realidades, o tom tem sido o mesmo: os perdedores da globalização não encontram respostas nas políticas tradicionais e as alternativas que ganham terreno apontam para um caminho bem diferente do que Davos vinha pregando.

No ano passado, o evento já recebeu o presidente americano, Donald Trump, que usou o palco para garantir que seu governo focaria em seu slogan "America First" (Primeiro a América). Curiosamente, foi um comunista, o presidente da China, Xi Jinping, que surgiu como a pessoa que poderia "salvar" o sistema multilateral. Neste ano, o Fórum terá como destaque o presidente Jair Bolsonaro, em sua estreia internacional.

Agora, o discurso de defesa da soberania já migrou da esfera comercial para também pôr em xeque as instituições criadas depois da 2.ª Guerra Mundial e que, segundo especialistas, garantiram a estabilidade global por mais de sete décadas. Hoje, governos falam abertamente no questionamento da existência da Organização Mundial do Comércio (OMC), em desmontar blocos que pareciam sólidos, além de levantar dúvidas sobre a necessidade de acordos internacionais sobre clima, migração e direitos humanos.

Ameaça

Em Davos, há um reconhecimento, pela primeira vez, de que o descontentamento global é uma ameaça. Mas seus gurus tentam imprimir uma proposta de reforma que mantenha alguns dos principais pilares da globalização, entre eles a abertura dos mercados. Não é por acaso, portanto, que o tema de Davos neste ano é a "Globalização 4.0 - Moldando a arquitetura global na era da 4.ª Revolução Industrial".

Num "manifesto" que serve de base para os debates desta semana, o fundador do fórum, Klaus Schwab, tenta dar uma resposta à crise, apontando para um novo caminho. No lugar do mantra da "cooperação internacional", o ideólogo de Davos fala agora em "coordenação".

"Isso significa chegar aos mesmos objetivos, enquanto se dá liberdade para diferentes visões nacionais, conceitos e valores", explicou. Segundo ele, a "coabitação no mundo hoje deve estar baseada em interesses compartilhados, e não em valores compartilhados". Sua manobra conceitual é interpretada como uma tentativa de acomodar a globalização aos anseios nacionalistas atuais.

Nessa nova estratégia, Schwab insiste que as atuais instituições já estão ultrapassadas. Uma mera reforma, porém, não será suficiente. Colocar, por exemplo, um curativo na atual guerra comercial não dará resultados e Davos acredita que chegou a hora de um novo sistema. "Precisamos repensar nossas instituições globais, que foram criadas há quase 70 aos, e adaptá-las para garantir que sejam relevantes em nosso contexto".

"Depois da 2.ª Guerra Mundial, líderes se uniram para criar a estrutura global para viver juntos num ambiente de paz, segurança e prosperidade", escreveu Schwab. "Eles desenharam as organizações e os processos institucionais para atingir isso. Desde então, o mundo mudou e precisamos de uma nova forma de, juntos, moldarmos nosso futuro global", disse. "Reformar nossos processos e instituições não será suficiente. Precisamos redesenhá-las."

Perdedores

O guru de Davos e fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, admitiu que a globalização também trouxe perdedores. "A globalização produziu ganhadores e perdedores. Existem mais ganhadores nos últimos 30 anos. Mas agora precisamos olhar para os perdedores, aqueles que não conseguiram acompanhar o processo", disse. "Precisamos de uma globalização mais inclusiva."

Para Schwab, o mundo tem algumas opções. Uma delas é a de proteger aqueles que perderam, estratégia que tem sido usada por governos populistas em diferentes partes do mundo. Isso, segundo ele, traria "vantagens políticas de curto prazo, mas criaria o palco para a erosão da competitividade". A outra opção, defendida por ele, é a de abraçar as mudanças, se preparar para ganhar com elas e "preservar a abertura" dos países.

Richard Kozul-Wright, diretor da Divisão sobre a Globalização da Conferência da ONU para o Comércio, não tem dúvidas de que o momento é o de maior questionamento do atual sistema internacional. "Eles (Davos) estão preocupados e estão, finalmente, falando sobre outra economia", disse.

Todos os dados mostram, porém, que a atitude dos governos não segue o "mapa" criado por Davos. No fim de 2018, o número de medidas protecionistas adotadas pelas maiores economias bateram recorde e as novas barreiras já atingem um comércio equivalente a US$ 481 bilhões.

Schwab e a cúpula da ONU concordam: falta uma liderança mundial para reverter a atual tendência populista e nacionalista. Davos, portanto, se apresenta como candidato para ser o palco dessa discussão. Mas Kozul-Wright alerta: "A reforma não virá daqueles atores que, por tantos anos, ganharam tanto com o sistema". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se Davos está tomada pela curiosidade e até certa apreensão sobre o que representa o governo de Jair Bolsonaro, que faz sua estreia internacional nesta semana, não é a primeira vez que o Fórum se transforma em um espécie de teste a um presidente brasileiro. Em 2003, depois de uma forte volatilidade nos mercados financeiros diante da eleição, o então recém empossado Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido na estação de esqui num clima de desconfiança e curiosidade.

Naquele momento, os mercados temiam um governo que pudesse se afastar do mundo financeiro. Mas, em seu primeiro discurso, Lula propôs diálogo, garantiu que não atacaria o capitalismo e moderou seu discurso.

##RECOMENDA##

Funcionários de Davos que estiveram naquele evento há 16 anos lembram que os comentários foram de alívio.

Em sua estreia, Lula disse o que a elite das finanças mundiais queriam ouvir: faria "reformas econômicas, sociais e políticas muito profundas, respeitando contratos e assegurando o equilíbrio econômico". Ele não deixou de mandar um recado. "Aqui, em Davos, convencionou-se dizer que hoje existe um único Deus: o mercado. Mas a liberdade de mercado pressupõe, antes de tudo, a liberdade e a segurança dos cidadãos".

Naquele momento, o discurso foi interpretado como um sinal claro de que não haveria expropriações nem um confronto com multinacionais e muito menos um questionamento do sistema financeiro.

Lula ainda fez um gesto inédito: participou num espaço de poucos dias do Fórum Social de Porto Alegre e de seu contraponto, na Suíça. Aos ativistas do Sul prometeu que levaria sua agenda social aos "donos do capital".

Presidentes de grandes bancos como o Citibank elogiaram o discurso em 2003 e o gesto do então presidente. Bono, vocalista da banda U2, chegou a dizer que Lula havia transformado Davos e colocado a agenda social no evento.

Entre alguns de seus apoiadores, porém, houve uma certa resistência. "Lula está dando um presente para um cadáver, para um cemitério", disse o escritor Emir Sader, que estava em Porto Alegre naquele ano. Já o ex-presidente de Portugal, Mario Soares, chegou a dizer que o evento suíço não tinha motivo para continuar existindo. "Este Fórum existe há mais de 30 anos e está esgotado", afirmou.

Em 2010, Lula recebeu o prêmio de estadista do ano, concedido pelo Fórum, mas não compareceu ao evento para recebê-lo. Anos depois, acusaria Davos de não ter feito sua parte para evitar a crise mundial. Hoje, a prisão de Lula e a corrupção em seu governo é um tema que cria saia-justa entre os organizadores do evento na Suíça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro deve optar por uma reforma da Previdência que estabeleça uma "transição bastante suave" para o trabalhador brasileiro e "sem um choque" para a sociedade. Quem faz a avaliação é o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que às vésperas da primeira viagem internacional do novo governo conversou com o jornal O Estado de S. Paulo sobre os planos do governo, a mensagem que o Planalto quer passar no Fórum Econômico Mundial, em Davos, além de explicar parte da estratégia internacional do País.

Bolsonaro e sua equipe embarcam para a Suíça amanhã, no que será seu batismo internacional em meio à elite financeira mundial. Davos já alertou: vai querer saber detalhes de como e quando a reforma da Previdência vai ocorrer.

##RECOMENDA##

Onyx não fará parte da delegação, mas aposta em uma definição final da reforma da Previdência assim que Bolsonaro retornar de Davos. Para ele, a Previdência hoje no Brasil é "um navio que está com o casco furado". A seguir, os principais trechos da entrevista.

Essa é a viagem inaugural de Bolsonaro. Que tipo de imagem o governo quer criar no exterior?

Primeiro, tem sido desde seu início um governo constitucional. O caminho, desde a proposta do plano de governo, é Estado de Direito. Rigorosamente dentro do que a Constituição prevê. O governo que tem uma relação franca e transparente com o Congresso, que respeita a repartição de poderes. Ou seja, é uma aliança liberal-conservadora. Liberal na política e conservadora nos costumes. O Brasil quer mudar de rumo. Sair da condução de centro-esquerda brasileira e latino-americana, buscando um caminho de conexão com um mundo que respeita a liberdade das pessoas, do empreendedor e que é o caminho que a maior parte dos países ocidentais encontrou para chegar à prosperidade.

Quais são as principais ideias da reforma da Previdência que serão mostradas em Davos?

Há duas questões importantes. A primeira é o presente. Temos a questão da repartição no Brasil, que se mostrou incapaz de dar tranquilidade e equilíbrio para o Estado brasileiro no atendimento de uma função tão importante como a Previdência pública. Se pudéssemos comparar, ela é um navio que está com o casco furado. Nós precisamos arrumar esse navio para que ele continue flutuando para ter capacidade de receber mais pessoas. Essa situação deve ser mantida pelos próximos anos para dar sustentação às gerações. Por outro lado, quando olhamos para nossos filhos e netos, não é justo colocá-los no mesmo barco que, mais cedo ou mais tarde, corre o risco de afundar. Por essa razão, já trabalhamos e já temos formatado um sistema de capitalização que vai dar tranquilidade para nossos filhos e netos, a conta individual para que possam saber quanto acumularam e ter uma expectativa de quanto vão ter no fim da carreira. Portanto, estamos trabalhando em duas vertentes: corrigir o atual sistema e criar um novo sistema que possa receber os nossos filhos.

O projeto já está pronto?

Foi apresentado para o presidente na quinta-feira. Ele vai levar as alternativas para Davos, até para fazer uma reflexão. Na volta, vamos voltar a conversar. Ele já vai ter definido algumas dúvidas que nós temos. Oferecemos várias alternativas. Ela vai sofrer uma cirurgia e, depois, teremos uma definição não neste, mas no próximo fim de semana.

A aprovação da reforma no Congresso pode ocorrer ainda em 2019?

Trabalhamos com essa hipótese de resolver isso. É muito importante para todas as outras ações que vamos tomar para o investidor interno e externo. Essa é a garantia da previsibilidade. O equilíbrio fiscal só vai ser dado com a reforma da Previdência.

Nessas alternativas que o presidente vai avaliar? Haveria uma graduação nas idades de aposentadoria?

Essa é uma das alternativas que temos. O presidente defende que ela não seja um choque para a sociedade e, sim, respeitando os direitos adquiridos e construindo para frente uma transição bastante suave. Deve ser essa alternativa que ele vai escolher. Mas precisamos aguardar para poder fazer ajustes finais.

O governo manteve reuniões com a oposição venezuelana. Qual é a ideia agora? O Brasil pode adotar algum tipo de sanções?

O Brasil tem um projeto de acolhida e recebemos com muita solidariedade os irmãos venezuelanos. O presidente é uma pessoa de papo direto. Então, é claro que o Brasil não vai ficar em cima do muro vendo o sofrimento do povo venezuelano. Agora, o presidente não avançou ainda para tomar outras medidas que não sejam de solidariedade, da defesa dos princípios democráticos. O projeto oposto ao nosso nas eleições ia na direção da Venezuela. Agora, dependendo de como será a evolução dos próximos meses, pode não apenas ter gestos de apoio, mas pode adotar outras medidas.

Nessas opções, a militar está incluída?

De jeito nenhum. O Brasil já tem problema que chegue para arrumar problema fora do daqui.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Jair Bolsonaro será o primeiro presidente latino-americano a falar na sessão inaugural do Fórum Econômico Mundial, que começa na semana que vem na Suíça. O interesse internacional pelo Brasil e a curiosidade em torno do novo governo levaram os organizadores a dar um espaço privilegiado a Bolsonaro. O lugar dele em Davos estava sendo cuidadosamente negociado entre o Itamaraty e os organizadores desde sua vitória nas eleições em outubro.

Klaus Schwab, fundador do evento, já havia antecipado na terça-feira (15) para a imprensa brasileira que o presidente seria "muito bem recebido" na estação aos pés da Montanha Mágica.

##RECOMENDA##

O discurso de Bolsonaro, que deve ter entre 30 minutos e 45 minutos, será uma espécie de apresentação do presidente à elite das finanças internacionais e à imprensa global. A sessão de abertura costuma ser acompanhada com atenção especial, já que dá o tom do evento. O fórum começa na segunda-feira à noite. A fala de Bolsonaro será a principal do primeiro dia de debates, na terça-feira.

Abertura comercial, reforma da Previdência e combate à corrupção estarão no centro do discurso, que também servirá para tentar desfazer uma imagem que, até agora, tem sido negativa no cenário internacional. Não serão permitidas perguntas após o discurso.

Em Davos, Bolsonaro também participará de um jantar com outros presidentes da América Latina. Mas o evento ocorre fora do centro de congressos. Encontros bilaterais estão sendo agendados.

Uma das expectativas da diplomacia brasileira era de que, em Davos, Bolsonaro se encontrasse pela primeira vez com o presidente americano Donald Trump - o que acabou se frustrando porque Trump cancelou sua ida ao evento.

Pressão - Bolsonaro não ficará isento de pressão, principalmente no que se refere ao capítulo climático. O fórum tem ampliado a cada ano os debates sobre mudanças climáticas e, segundo o departamento que lida especificamente sobre o assunto em Davos, o objetivo é conseguir um compromisso das grandes multinacionais para reverter a tendência relativa às emissões de CO². Do Brasil, portanto, também se espera um compromisso nessa área.

ONGs internacionais que estarão em Davos devem buscar esclarecimentos sobre a posição do governo brasileiro em relação a questões como direitos humanos.

Criatividade - Outra mensagem que o Brasil levará ao fórum é a de que quer fazer parte dos governos que vão desenhar a "nova OMC". No dia 25, o chanceler Ernesto Araújo participará de uma reunião ministerial que, no fundo, dará o pontapé inicial para o processo de reforma da entidade. Em Genebra, chamou a atenção que seu discurso de posse tenha citado especificamente a reforma da OMC, indicando que o Brasil quer ter um papel central nesse processo. Mas também com "criatividade".

O País vai insistir que questões ligadas à agricultura sejam contempladas na reforma da OMC, para que não esteja focada apenas em "novos temas", de interesses dos países desenvolvidos. Uma das prioridades da reforma, porém, é encontrar uma solução para o impasse na escolha dos juízes dos tribunais da entidade. Se a crise não for superada até o fim do ano, o órgão deixaria de funcionar, provocando uma paralisação no sistema legal internacional. O processo, segundo diplomatas, deve levar 18 meses, período que muitos chamam de "refundação" da OMC. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de dar um prêmio de "estadista do ano" para Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o Fórum Econômico Mundial estende o tapete vermelho, agora, para o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro. Nesta terça-feira (15), em Genebra, os organizadores do evento apresentaram sua agenda para o encontro que ocorre a partir da semana que vem na estação de esqui da Suíça.

Por enquanto, Moro tem uma agenda mais carregada que a do presidente Jair Bolsonaro, que faz sua estreia internacional no evento na Europa. A delegação brasileira viaja dia 21 e ainda é composta por um dos filhos do presidente, Eduardo Bolsonaro, pelo chanceler Ernesto Araújo e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

##RECOMENDA##

Fontes do alto escalão de Davos indicaram ao jornal O Estado de S. Paulo que querem saber do ministro quais seus planos para combater a corrupção no País. No dia 22 de janeiro, Moro será um dos principais integrantes de um debate sobre "restaurar confiança e integridade". Ele divide o palco com a presidente da entidade Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, e com o especialista suíço Mark Pieth.

"Níveis historicamente baixos de confiança entre acionistas estão no coração de muitos desafios políticos e econômicos no mundo", escreveu o Fórum. "Como empresários, governos e sociedade civil podem restaurar integridade e confiança em liderança?", questiona Davos.

Dois dias depois, Moro será o principal nome de um debate sobre "crime globalizado". O ex-juiz da Lava Jato divide o palco com o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, e com uma especialista britânica, Karin von Hippel.

"Um oitavo da fortuna global está envolvida em atividades financeiras ilícitas, o que afeta o funcionamento tanto do setor público como privado", indicou Davos. "Como novos parcerias podem ajudar a dar um fim a esses ciclos", propõe o Fórum.

Ao presidente Bolsonaro, Davos reservou um palco exclusivo para que o brasileiros faça sua alocução, provavelmente na terça-feira. Mas, por incertezas no programa diante da ausência de Donald Trump e outros líderes, o evento com Bolsonaro ainda não aparece na agenda oficial de Davos. Os organizadores, porém, insistem que o presidente brasileiro terá seu espaço.

Bolsonaro ainda participará de um jantar organizado pelo Fórum, mas fora do centro de conferências. Ali, vai debater o "futuro da América Latina" em termos de revolução tecnológica com o CEO da Microsoft, com o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada, Ivan Duque, da Colômbia, Lenin Moreno, do Equador, e o peruano Martin Alberto Vizcarra. "Como a América Latina pode abraçar as oportunidades da tecnologia", questiona o Fórum, como tema central do encontro.

O brasileiro, porém, ficará de fora de um debate organizado na sala principal de Davos entre os presidentes do Paraguai, Costa Rica, Colômbia, Equador e Peru. Sob o título de "um novo dia na América Latina", o encontro aponta que, em 2018, "mais de 400 milhões de latino-americanos escolheram seus novos líderes em oito países nas urnas". "Quais oportunidades e riscos estão adiante, enquanto um novo capítulo se abre na região?", questionam os organizadores.

Entre os empresários, Paulo Cesar de Souza e Silva, CEO da Embraer, também falará sobre segurança. Luciano Huck, apresentador de TV, ainda foi escalado para falar sobre a "reconstrução da confiança da sociedade na América Latina". "Uma onda de transformação política pela América Latina visa lidar com as desigualdades e aumentar a participação política", indicou Davos. Quem não tem agenda por enquanto é o chanceler Ernesto Araújo - que vem promovendo um discurso de críticas à globalização.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando