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Atividades físicas são comprovadamente um fator de melhora na qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiências. Além disso, o esporte é uma grande ferramenta de inclusão social. O judô é referência quando se fala em deficientes no esporte. Foi a primeira competição de origem asiática a entrar no programa paralímpico e muitos atletas com deficiências encontram no judô um caminho para levar a vida como qualquer outro.

Algumas associações dão suporte para atletas com algum tipo de deficiência a ingressarem no judô. Umas dela é a Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam), que dá suporte para mais de 50 atletas com deficiências de todas as idades.

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Reinaldo Ribeiro da Costa é técnico da Seleção Brasileira de base de judô e sensei da Asfam. Ele comenta sobre a importância do esporte na vida dessas pessoas. “Além da formação como um todo, podemos desenvolver várias habilidades motoras e aguçar outros sentidos. Levando para o lado social, é muito importante no processo de aprendizagem”, diz.

Mequias Miranda é um dos atletas que recebem ajuda da Asfam. Mequias é deficiente visual e conheceu o judô pela Associação Souza Filho. O judoca participou no mês passado do torneio Elmo Vieira e levou duas medalhas, enfrentando até mesmo atletas sem deficiência. Ele conta que deve muito desses resultados à sua academia. “A Asfam é o nosso suporte, foi lá que conheci o esporte e eu tenho orgulho de representar a academia. Na verdade eles são como uma família.”

Para torneios oficiais, as regras são praticamente as mesmas. No início da luta os dois lutadores devem segurar o quimono um do outro (o juiz da partida vai auxiliar o atletas nesse momento) e não podem mais largar. Caso eles se separem, a luta será interrompida. Outra diferença é que o lutador pode pisar fora do tatame.

O carro-chefe da academia da Asfam são os deficientes visuais. Ana Cecília Moreira Silva, presidente da associação, fala sobre o processo de adaptação desses novos alunos. “Quando um aluno com deficiência visual chega na nossa academia, a gente projeta um prazo de 90 dias para ele se adaptar. Nos preocupamos com a acessibilidade para ele chegar na academia para ele desenvolver um bom desempenho”, fala.

Esses lutadores ainda passam por muita dificuldade por falta de apoio. Mesmo com ajuda ainda falta bastante para um atleta manter a melhor condição física possível. No momento a Asfasm não está conseguindo acolher mais alunos por falta de recursos e pede para que empresários ajudem a Associação. “Não estamos conseguindo apoiar mais atletas por falta de incentivo e patrocínio. Fazemos um apelo para empresários para nos apoiar. Temos alguns parceiros como a Ascepa (Associação de Cegos do Pará) e também a Unama (Universidade da Amazônia), que nos ajuda com alunos de comunicação e fisioterapia”, comenta Ana Cecília.

Reinaldo da Costa explica o motivo de a Asfam acolher pessoas com deficiências. “A gente quer fazer diferente. Incluir. Entrar na praia deles. Quem precisa se adaptar somos nós. Mostramos para eles que eles tem serventia na sociedade.”

Facebook da Associação: https://www.facebook.com/profile.php?id=100004184678073

Informações da Assessoria de Comunicação da Asfam.

 

 

A região do Vale do Paraíba, interior paulista, está com 29 vagas de trabalhos disponíveis para pessoas com deficiência. Entre as oportunidades de emprego se destacam duas vagas de farmacêutico, na cidade de Potim, e quatro vagas para operador de cobrança, em São José dos Campos.

As vagas podem ser consultadas no programa Emprega São Paulo/Mais Emprego, agência gerenciada pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT).

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Para se candidatar, basta acessar o site (www.empregasaopaulo.sp.gov.br) , criar login, senha e informar os dados solicitados. Outra opção é comparecer a um Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) com RG, CPF, PIS, Carteira de Trabalho, laudo médico com o Código Internacional de Doenças (CID) e Audiometria (no caso de deficiência auditiva).

Belém é, no Pará, a cidade que concentra o maior número de habitantes e, por consequência, possui o maior número de pessoas com deficiência do Estado. Apesar disso, são muitas as irregularidades relacionadas à mobilidade urbana: nas ruas, nos edifícios, nos transportes públicos e no uso de equipamentos que impedem ou dificultam a livre circulação de indivíduos, tanto das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, quanto dos demais cidadãos.

Jordeci Santa Brígida, coordenador da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD), tem deficiência visual parcial e afirma que os obstáculos no espaço urbano o excluem da sociedade. Morador do distrito de Icoaraci, a 20 quilômetros do centro da capital, ele vivencia a falta de acessibilidade no dia a dia, tanto no transporte público quanto nas avenidas. "A mobilidade urbana em Belém é algo desafiador para mim. Geralmente utilizo o ônibus, que é um transporte totalmente obsoleto, sem qualidade, com plataformas inadequadas", disse Jordeci.

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Muitas das calçadas da cidade têm buracos e não há rampas de acesso às faixas de pedestres. Além das calçadas precárias, ainda há a negligência dos motoristas dos transportes públicos da capital, que não respeitam as paradas solicitadas pelos deficientes e, no caso dos cadeirantes, ignoram quando eles fazem sinal.

A ausência de acessibilidade já fez com que a estudante Lorena Oliveira sofresse situações constrangedoras. "Minha maior dificuldade são as calçadas. Além de serem estreitas e desniveladas, sempre tem algo no caminho. Eu gostaria que elas fossem niveladas, sem buracos, sem coisas em cima, que os donos de veículos tivessem respeito e não estacionassem nelas", afirma a universitária de 25 anos, que possui cegueira total desde os 4 anos.

O Censo 2010 do IBGE mostra que, em relação a deficiências locomotoras, 21.239 pessoas no Pará não conseguem se mover de nenhuma maneira, 125.571 possuem grande dificuldade motora e outras 344.442 afirmam ter alguma dificuldade motora. Há ainda 84.194 pessoas com deficiência mental ou intelectual no Estado.

Ana Cristina Santana é moradora do bairro Guamá e tem um filho portador de Paralisia Cerebral Quadriplégica. Felipe tem 3 anos e, devido à doença, não consegue andar e possui outros problemas de mobilidade. A mãe da criança enfrenta grande dificuldade ao sair com o filho cadeirante nas ruas. Ana já chegou a abandonar momentos de lazer por não ter como se locomover com Felipe. “É mais fácil sair de casa com o Felipe no colo, mesmo tendo de aguentar o peso dele. Já tiveram momentos em que tivemos que voltar para casa, porque o elevador do shopping estava quebrado e era a único lugar em que era possível passar com a cadeira de rodas”, conta a mãe de Felipe.

A prefeitura de Belém, por meio de nota da Secretaria Municipal de Urbanismo, informa que já implantou cerca de 8 quilômetros de calçadas com sinalização tátil, que permite a acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Alguns locais que já receberam esse modelo: em frente ao cemitério Santa Izabel; na avenida Roberto Camelier; arredores do Colégio Paes de Carvalho; arredores do Hospital do Exército e do Hospital da Aeronáutica. Os locais que ainda não receberam as novas calçadas estão incluídos no orçamento deste ano.

Segundo a prefeitura, todos os novos empreendimentos imobiliários na cidade adotam esse padrão de calçadas, em frente a suas construções, devido a um acordo que a Prefeitura fechou com a Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará) e Ademi (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado  Imobiliário). As novas construções devem se adequar a essa exigência, sob pena de não conseguirem a licença final da obra.

A prefeitura, diz a nota, também já reformou e revitalizou mais de 30 praças que receberam reforma de pavimentação e calçadas, que também se adequam ao padrão de acessibilidade,com piso sinalização tátil e rampas de acesso. Ao longo da Augusto Montenegro, de ambos os lados, a população conta com cerca de 20 mil metros quadrados de calçadas largas, niveladas e sinalizadas para garantir acessibilidade, informa a nota da prefeitura. 

Com apoio de Felipe Martins.

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Entre os dias 21 e 30 de abril, junto ao terceiro Encontro Internacional de Audiodescrição, será realizado no Recife a IV Edição do Festival VerOuvindo. O evento tem como objetivo promover maior acessibilidade do público deficiente visual e auditivo ao conteúdo cinematográfico.

Nos dez dias do festival haverá promoção de debates, experimentos e estudos ligados à acessibilidade no audiovisual. A programação inclui a exibição de curtas e longas nacionais e regionais, além de uma Mostra Competitiva de projetos ligados à área, Masterclasses, mesas redondas, oficinas e bate-papo após as sessões. 

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Uma das inovações do festival esse ano será um óculos modificado para auxiliar o público com necessidades especiais, oferecendo audiodescrição e Libras. O novo recurso será utilizado durante a apresentação do filme "Shaolin do Sertão", de Halder Gomes, no domingo (30). Além disso, a acessibilidade comunicacional do evento agora abrange todas as pessoas com deficiência sensorial, a partir da inclusão de legendas para surdos e ensurdecidos. Outra novidade é a adição da categoria para iniciantes na Mostra Competitiva de Curtas com Audiodescrição. 

As inscrições para participar do júri popular da Mostra ainda estão abertas. Ela acontece no dia 27 de abril, a partir das 17h30, no Cinema do Museu, e contará com duas categorias: iniciante geral. O júri popular será composto por cinco pessoas com deficiência visual e quatro sem deficiência. O vencedor escolhido pelo júri levará R$ 500 e o troféu de Melhor Audiodescrição do VerOuvindo 2017. Para mais informações, acesse o site do VerOuvindo.com 

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Serviço

IV Edição do Festival VerOuvindo
Sexta (21) a Domingo (30) | 14h
Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 - Boa Vista) | Cinema do Museu (Rua Henrique Dias, 609 - Derby) | Paço do Frevo (Rua da Guia, s.n. - Recife)
Gratuito
(81) 1234 5678

A autônoma Leonilda Freitas, de 54 anos, fez o que pôde para manter o filho Murilo na escola. Com Síndrome de Down, o garoto sempre teve dificuldade em ser aceito nos colégios e atendido em suas necessidades. Os problemas começaram logo no início do ensino fundamental e se estenderam até o 9.º ano, quando a mãe decidiu tirá-lo da escola tradicional. "A sensação é de estar em uma ribanceira. Meu filho foi indo e, de repente, jogado ladeira abaixo. E não havia ninguém lá esperando por ele", relata.

Como Murilo, alunos com deficiência têm avançado em menor proporção na "escada" do sistema educacional, apesar dos esforços de inclusão. O Censo da Educação Básica de 2016 mostra que a participação de estudantes com deficiência cai a cada etapa. Nos anos iniciais do ensino fundamental (1.º ao 5.º ano), 3% têm alguma deficiência - física e/ou intelectual. Nos finais, 2%. Já no ensino médio, essa taxa cai para 0,9%.

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Especialistas afirmam que todos, não importa o tipo de deficiência, devem ter o direito de concluir estas etapas. Já no ensino superior, que não é obrigatório, há ainda menos alunos com deficiência: só 0,5% do total, segundo o Censo da Educação Superior mais recente, de 2015.

"Sempre fui pela bandeira da inclusão. Meu filho foi quase uma ‘cobaia’, porque estudou em escolas regulares desde o início", diz Leonilda. Mas, apesar das tentativas, os professores diziam a ela que não tinham preparo para ensinar o garoto, que concluiu o fundamental sem saber formar uma frase sozinho.

No ensino médio, nenhuma escola dizia ter preparo para atendê-lo. E ele, agora com 16 anos, sabe escrever em um ditado, mas não junta as palavras. "Não há metodologia de ensino. Tentei dar autonomia, mas hoje ele não está na escola. Faz oficinas em escola especial."

Inclusão. As dificuldades, em todas as etapas, passam principalmente pela falta de formação docente e de infraestrutura. "É importante que no Brasil haja debate mais aprofundado sobre formação docente para educação inclusiva", diz Priscila Cruz, do Todos pela Educação.

Para ela, houve avanço no País desde a implementação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva - quando as redes educacionais tiveram de matricular alunos com deficiência em salas regulares, não mais em escolas especiais, consideradas "segregadas" por especialistas.

Dados comprovam que a política se efetivou: em 2007, só metade dos alunos com deficiência estava em escolas regulares, 12% em classes especiais - salas adaptadas em colégios regulares - e 38% em escolas exclusivas. No ano passado, eram 96,3% em classes comuns.

A dona de casa Márcia Maria Batista, de 39 anos, enfrenta uma batalha para manter os filhos na sala de aula. Thamirys, de 9 anos, e Renan, de 11, têm paralisia cerebral. Ele foi para um colégio regular, mas não se adaptou. "Como tem baixa visão e audição, tentei colocá-lo em escola comum. Não deu certo. Ele é diferente, tem quadro mais grave." Então ela optou pela escola especial, onde diz que há "atendimento melhor".

Mesmo no caso de Thamirys, que conseguiu manter em escola municipal regular, há reclamações. "Tenho de brigar quase todo dia, pois ela tem dificuldade para comer e não dão comida na boca nem trocam fralda."

Como a menina não fala nem escreve sozinha - alguém precisa segurar em sua mão - a maior queixa da escola, diz a mãe, é de que há poucos profissionais. "Ela é inteligente, faz lições de casa, sabe distinguir as coisas. Mas os professores têm dificuldade e não sabem ensinar."

Poder público. A Secretaria Municipal de Educação diz que "não há registro de queixa da família" e que Thamirys tem "apoio de auxiliar de vida escolar para locomoção, higiene e alimentação". Há 1.109 alunos na escola - 33 com deficiência.

O Ministério da Educação informa que tem programas para a inclusão, como formação continuada de docentes e recursos para adaptações arquitetônicas e tecnológicas em colégios. Em dezembro, os repasses contemplaram 4.265 novas escolas. Também investe, diz, na distribuição de livros e veículos de transporte escolar acessíveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (Padef), projeto criado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, está com 531 vagas de trabalho.

Aos trabalhadores, o Padef oferece avaliação de perfil profissional, orientação quanto ao laudo médico e às exigências do mercado de trabalho, encaminhamento para cursos e vagas disponíveis, emissão de carteira de trabalho, habilitação do seguro-desemprego e divulgação de oportunidades de emprego.

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Para os empregadores são oferecidos pré-seleção e encaminhamento dos candidatos, salas para processos seletivos, orientação para análise de funções e palestras de sensibilização.

Confira as regiões e quantas vagas estão sendo oferecidas em São Paulo:

Capital e Região Metropolitana – 421 vagas;

Vale do Paraíba – 33 vagas;

Marília e região – 14 vagas;

Sorocaba e região - 11 vagas;

Botucatu e região - 22 vagas;

Bauru e região - 30 vagas.

Para participar, os interessados devem se cadastrar no site de Programa Emprega SP (https://www.empregasaopaulo.sp.gov.br/imoweb/). O cadastro também pode ser feito em um dos 251 Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs), nos postos do Poupatempo ou na sede do Padef, localizada no Centro de São Paulo.

Os documentos necessários para os candidatos às vagas de emprego são RG, CPF, PIS (quando tiver), carteira de trabalho, laudo médico com o Código Internacional de Doenças (CID) e audiometria (no caso de deficiência auditiva). Para o empregador, é preciso informar CNPJ, razão social, endereço e nome do solicitante da vaga.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo informou sobre a condenação da Vivante Serviços de Facilities ao pagamento da multa de R$ 376.057,93 por contratar de forma fraudulenta pessoas com deficiência. Isto foi caracterizado como litigância de má-fé ao burlar a Lei de Cotas (8213/91). A empresa contratava pessoas sob o pagamento de salário mínimo, porém elas não exerciam a atividade.

Segundo o órgão, a empresa havia se comprometido, em 2015, a contratar 80 pessoas com deficiência em prazo de dois anos, no entanto, em 2017, o MPT solicitou à empresa a relação de trabalhadores e postos ocupados. Ao ser verificada a irregularidade, a empresa foi condenada. A Lei de Cotas para deficientes é aplicada como exigência legal a empresas com mais de 100 funcionários   

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Em investigação do MPT aos relatórios, foi verificado que a lista da empresa trazia o mesmo endereço para 65 trabalhadores com deficiência visual, mas constatou-se que no local funcionava a sede administrativa da Vivante e que nenhum deles se encontravam no local. Além disso, foi descoberta outra irregularidade: trabalhadores cegos eram contratados, mas ficavam em casa, recebiam um salário mínimo, mas não exerciam função alguma. Diante desse cenário, foi solicitado à Justiça a punição. Parte da multa (quase R$ 380 mil) será destinada à hospitais públicos ou entidades de assistência a pessoa com deficiência. 

A empresa ainda terá que cumprir o acordo firmado em 2015 em um prazo de 30 dias, sem que a lei seja burlada. Caso não seja cumprido, a pena será de multa de R$ 5 mil por trabalhador não contratado. 

Investigação

Durante o processo, a procuradora do trabalho Denise Lapolla apontou para vínculo de alguns desses trabalhadores a outras empresas, acumulando cerca de cinco ou seis ao mesmo tempo. Ao todo, seus nomes estavam vinculados a, em torno, de 130 empresas. Ela explica que este artifício visava fazer com que os nomes dos deficientes estivessem compondo a reserva legal “sem estarem efetivamente incluídos no mercado de trabalho”.  O MPT está investigando 81 dessas empresas que não haviam sido verificadas anteriormente.  O MPT explica que, em 15 e 16 de março, foram convocadas todas as empresas para uma audiência coletiva na qual foram feitas recomendações e esclarecimentos.

A Vivante também já passou pelo mesmo problema em 2011,quando o MPT investigou uma entidade que funcionava em suas dependências e realizava trabalho de artesanato. Ela contava com várias pessoas com deficiência, mas que “mantinham vínculos trabalhistas com outras pessoas jurídicas e contavam para a cota respectiva, sem jamais terem lá se ativado”, conta a procuradora.

A Justiça determinou que o Colégio Canadá, que fica no bairro do Gopoúva, em Guarulhos, promova ações de inclusão e garanta a participação de alunos com necessidades especiais. A decisão aconteceu após a denúncia dos pais de uma aluna, que sofreu preconceito por ser deficiente. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) julgou o caso em caráter de urgência, para que a medida tivesse efeito para as crianças matriculadas no começo deste ano. Caso a escola não cumpra as medidas, será aplicada uma multa de R$ 5 mil para cada ato de discriminação comprovado.

O Colégio Canadá contestou a acusação, mostrando que há estrutura para atender as crianças portadores de deficiência física. Também providenciou documentos que mostram uma lista de alunos deficientes que são atendidos pela escola. A direção relatou que as medidas para atender esses alunos foram adotadas há muito tempo e elaborou um relatório de desempenho, destacando o aproveitamento dessas crianças.

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Porém, quando o processo teve início, o próprio colégio alegou não ser uma instituição adaptada para receber deficientes, o que desmente o argumento da defesa. Além disso, pais de crianças deficientes eram orientados pela própria direção a procurar outras instituições de ensino, com condições mais adequadas às suas necessidades. Outro ponto criticado pelo MPSP foi o programa de inclusão que, segundo o órgão, nunca existiu.

Começou a valer na última segunda-feira (12) a decisão da Justiça de Pernambuco que suspende a gratuidade da passagem de ônibus para idosos entre 60 e 64 anos, pessoas com deficiência, doentes crônicos e policiais civis e militares no município de Petrolina, no Sertão do Estado. A medida veio do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Vale do São Francisco (Setranvasf), a decisão é do TJPE, través de uma "Ação Direta de Inconstitucionalidade". Para pessoas com necessidades especiais, a medida é aplicada apenas para os que possuem renda familiar igual ou inferior a dois salários-mínimos.

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Por meio de nota, o TJPE informou que a gratuidade é uma "ofensa" ao artigo 158 da Constituição Estadual de Pernambuco por inexistência da respectiva fonte de custeio da isenção tarifária. O recurso foi julgado no último dia 5 de dezembro por uma Corte Especial e por maioria de votos os desembargadores mantiveram uma decisão de junho, que considerou inconstitucional os trechos da Lei Municipal nº 1.974/2007. Ainda cabe recurso da decisão.

A Setranvasf informou que só passou a aplicar a determinação judicial a partir do dia 11 de dezembro para que todas as pessoas afetadas pudessem se organizar. "O prazo foi dado para que pessoas que tenham o cartão do Bilhete Integrado de Petrolina (Bip), que garante a gratuitidade da passagem, possam revalidar os cartões e garantir a aquisição de créditos, se houver interesse", conforme informações da nota enviada pelo sindicato.

Nesta quinta-feira (18), é comemorado o Dia do Estagiário. Quem estuda e quer conseguir uma primeira oportunidade no mercado de trabalho sabe o quão importante é exercer a função. Em 2015, o número de estagiários ativos cresceu 216%, de acordo com uma pesquisa realizada pela agência Webestágios. Entretanto, conseguir uma vaga não é tarefa fácil, principalmente para quem é portador de deficiência.

A Lei 11.788, de 2008, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, regulamenta as atividades de um estagiário em uma empresa. De acordo com o código, “fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio”.  Ou seja, as empresas devem reservar 10% do seu total de vagas ofertadas às pessoas deficientes.

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Porém, a reportagem do Portal LeiaJá apurou a dificuldade que os portadores encontram no momento de conseguir uma oportunidade. O estudante de jornalismo Arthilin Medeiros, 29, sofreu um acidente de moto em 2008 e desde então possui deficiência neuromotora (neurológica e motora). Ele está no sétimo período do curso e até então só conseguiu exercer a profissão uma vez.

O estudante desistiu de procurar uma oportunidade e mudou de área. Agora, o discente dirige um táxi pelo Recife. “O contrato acabou e na época eu corri muito atrás e por isso eu comecei a trabalhar, porque eu não achei e precisava do dinheiro”, afirma. “Eu tive respostas de pessoas que trabalham em rádio, por exemplo, que eu não podia trabalhar lá porque minha voz era diferente, era estranha”, conta.

O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de Pernambuco (CONED-PE), Antônio Muniz, disse, em entrevista ao Portal LeiaJá, que as pessoas que se sentirem discriminadas durante a seleção podem fazer uma denúncia. “Nós recebemos as reclamações, ouvimos o relato da pessoa e encaminhamos a denúncia ao Ministério Público”, explica.

Muniz ainda alerta que a Lei de Inclusão veta qualquer tipo discriminação, entretanto observa a dificuldade de estudantes conseguirem oportunidades de estágio. “Eu nunca vi empresas, no geral, oferecerem estágio a pessoas com deficiência. Além disso, as vagas com menores salários são para os deficientes”, acusa.

De acordo com a analista da área de relação com o mercado do Instituto Euvaldo Lodi em Pernambuco (IEL-PE), Andréia Barata, “às vezes, quando o candidato é um cadeirante, ele precisa de uma pessoa que o leve e que o traga para os cantos, então isso dificulta sua procura por um estágio”. Outras vezes, as empresas não têm estrutura física para receber os deficientes. Faltam banheiros adaptados, transcrições em Braille e intérpretes em Libras. “As organizações mostram dificuldades em cumprir a Lei do Estágio até porque não têm um público grande de deficientes buscando as vagas”, destaca Andréia.

De acordo com a analista, é necessário que haja um estímulo tanto da parte dos estudantes quanto das empresas. “Essas precisam divulgar as vagas que são ofertadas para as pessoas com deficiência. A Lei do Estágio dá um benefício para quem é portador, já que o estagiário pode ultrapassar dois anos na empresa, se comprovar vínculo com instituição de ensino”, explica.

Dicas

A diretora da JBV Soluções em Recursos Humanos, Vanci Magalhães, afirma que a contratação de pessoas com deficiência em empresas é um fator benéfico para a corporação. “Em termos de questões sociais, dá mais credibilidade para a empresa”, afirma a especialista. Já aos estudantes que desejam um estágio, a dica é a mesma para aqueles considerados sem deficiência: qualificação. “O portador de necessidades especiais que tenha habilidades, com certeza vai se destacar, assim como qualquer outro profissional”, comenta Vanci. 

Vagas específicas 

Apesar das dificuldades de inserção de jovens deficientes no mercado de trabalho, algumas empresas já desenvolvem ações de oportunidades. Na última segunda-feira (15), a TIM Brasil divulgou oportunidades de estágio voltadas para o público deficiente

Até o dia 11 de setembro, estudantes a partir do terceiro período de graduação (tradicional ou tecnólogo) podem se inscrever no programa de estágio da empresa. No total, são oferecidas 200 vagas. Nas regiões Norte e Nordeste, as oportunidades são para Pernambuco, Pará e Bahia. 

De acordo com a gerente de recursos humanos do Norte e do Nordeste da TIM, Renata Pimentel, o projeto é nacional e a corporação está preparada para receber as pessoas deficientes. “Temos as partes física e de gestão prontas para eles”, explica. O processo seletivo não prevê qualquer tipo de benefício. “A seleção é igual ao dos outros candidatos. A diferença é o suporte com a acessibilidade, como monitores especiais, entre outros”, explica Renata Pimentel. 

Dados estatísticos

De acordo com a analista da área de relação com o mercado do IEL-PE, Andréia Barata, não existe um levantamento de quantos estagiários com deficiência foram contratados em Pernambuco. “Os Termos de Compromisso de Estágio (TCE) não discriminam informações como raça e se é deficiente ou não, até porque isso violaria outros princípios”, explica. Ao total IEL-PE possui 7,2 mil TCEs firmados no Estado. 

Segundo uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Estágio (Abres), no final de 2015, o Brasil possui um milhão de estagiários, sendo 740 mil de ensino superior e 260 mil de ensino médio e técnico. Os maiores números de vagas oferecidas são para estudantes de administração (16,8%), direito (7,3%) e comunicação social (6,2%).

Outra pesquisa realizada pelo site de empregos Catho afirma que 76% das empresas entrevistadas no levantamento afirmaram querer contratar estagiários. Para a efetivação, 86,29% das corporações afirmaram que a característica mais valorizada é o aspecto comportamental. Em segundo lugar, com 73,71%, fica a formação acadêmica.

Um levantamento feito pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), em 2015, revelou a média de remuneração dos estagiários. O Sul lidera com maiores valores, sendo R$ 734 para ensino médio e técnico e R$ 1.107,01 para ensino superior. Em seguida, vem o Sudeste, com R$ 806,49 e R$ 1.200,08, para as respectivas escolaridades. Atrás estão o Centro-Oeste (R$ 895,33 e R$ 1.198,89), Nordeste (R$ 698,48 e R$ 974,15) e Norte (R$ 595,69 e R$ 886,28).

Confira a lista com a média de salários por escolaridade e por curso:

Nível Superior: R$ 1.100,07

Agronomia  R$ 1.622,01

Estatística  R$ 1.564,83

Ciências Atuariais  R$ 1.526,82

Economia  R$ 1.510,45

Ciência e Tecnologia  R$ 1.461,96

Engenharia  R$ 1.354,26

Química Industrial  R$ 1.275,88

Química  R$ 1.263,12

Ciências Contábeis  R$ 1.197,21

Relações Públicas  R$ 1.192,08

Nível Superior Tecnólogo: R$ 950,09

Tecnologia em Construção Civil  R$ 1.178,88

Tecnologia em Gestão da Qualidade  R$ 1.159,21

Tecnologia em Mecatrônica  R$ 1.082,60

Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas  R$ 1.029,42

Tecnologia em Gestão Comercial  R$ 1.022,22

Tecnologia em Processos Gerenciais  R$ 1.013,74

Tecnologia em Comércio Exterior  R$ 1.011,84

Tecnologia em Secretariado  R$ 1.007,76

Tecnologia em Design Gráfico  R$ 988,06

Tecnologia em Redes de Computadores  R$ 966,77

Médio Técnico: R$ 746,19

Técnico em Segurança do Trabalho  R$ 881,18

Técnico em Química  R$ 869,23

Técnico em Eletrotécnica  R$ 830,24

Técnico em Eletroeletrônica  R$ 800,83

Técnico em Edificações  R$ 791,71

Técnico em Mecânica  R$ 790,94

Técnico em Eletrônica  R$ 779,79

Técnico em Mecatrônica  R$ 767,88

Técnico em Redes de Computadores R$ 756,25

Técnico em Secretariado  R$ 749,56.

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Um total de 20.000 pessoas doentes ou deficientes chegaram nesta sexta-feira a Roma para seu Jubileu, que começará com o sermão de um sacerdote cego e surdo e acabará com uma missa, no domingo, na Praça de São Pedro.

O Vaticano fez deste Jubileu de pessoas doentes o ponto forte da metade do Ano Santo da Misericórdia que o papa Francisco iniciou em dezembro, lembrando a importância do respeito pelos doentes no ensino da fé cristã e no compromisso da Igreja.

Desta vez, o Vaticano também celebra desde quinta-feira um congresso internacional sobre a lepra que reúne mais de 200 pesquisadores, membros de associações e vítimas desta doença e do estigma que costuma carregar. A lepra, erradicada na maior parte do mundo, ainda afeta 200.000 pessoas por ano.

Durante os três dias do Jubileu, estão previstos sermões e atividades em toda a Roma e no Vaticano. Paralelamente, 3.509 voluntários concederão consultas de clínica geral, dermatologia, pediatria e ginecologia.

Na noite de sábado, vários dançarinos e cantores deficientes físicos animarão uma festa sobre o tema "Além dos limites" nos jardins do famoso castelo de Sant'Angelo, em frente ao Vaticano.

No domingo, o papa Francisco presidirá uma grande missa, traduzida em linha de sinais, que contará com a participação de pessoas com alguma deficiência do mundo inteiro.

Desde o início do Jubileu, em dezembro, mais de nove milhões de peregrinos chegaram a Roma para participar de alguma das celebrações ou assistir a uma audiência do Papa, segundo um último balanço do Vaticano.

A organização pernambucana Hands Free, que desenvolve tecnologias para facilitar a vida de pessoas com deficiência, e a Step.box, plataforma digital que otimiza custos de entrega, são finalistas do prêmio "O Melhor da Inovação" - que irá contemplar soluções aplicadas ao cotidiano capazes de facilitar a vida dos usuários. Os vencedores serão anunciados em evento que será realizado nesta sexta-feira (20), em São Paulo.

A plataforma integrada da Hands Free proporciona ao deficiente físico a possibilidade de ter controle sobre o ambiente em que vive. Através do software, é possível acessar um computador utilizando apenas o movimento da cabeça ou comandos de voz.

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Graças à plataforma, parte das tarefas cotidianas - como pagar uma luz ou ligar a televisão - passam a ser realizadas pelo próprio usuário. "Essa independência proporciona não apenas sua inclusão social, digital e profissional, mas eleva sua autoestima e melhora consideravelmente sua relação com a família", explica o diretor presidente do Instituto Hands Free, Sergio Mayone.

Já o Step.box é um serviço de entregas por economia partilhada. O aplicativo permite que pessoas comuns se tornem transportadores e empreendedores do seu próprio negócio. Por meio da geolocalização, o usuário recebe as solicitações mais próximas de sua localização ou destino. Essa característica permite que durante uma rota de entrega ele consiga obter novos fretes para destinos próximos ou similares, reduzindo custos e potencializando lucro. 

Uma nova versão da Suíte Vlibras foi lançada nesta quinta-feira (5), em Brasília. Trata-se de um conjunto de ferramentas digitais que amplia a acessibilidade das pessoas com deficiência auditiva a conteúdos online. O conjunto de aplicativos está disponível para download gratuito no Portal do Software Público Brasileiro (SPB).

O coordenador do projeto Vlibras, Tiago Maritan, explica que o conjunto de aplicativos faz a tradução de conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) para Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais, através de um boneco 3D. As pessoas com deficiência auditiva podem selecionar textos e áudios e, com um clique, traduzir estes conteúdos.

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“Ao contrário do que muita gente pensa, a maioria das pessoas surdas não são alfabetizadas em português. Além de ter, muitas vezes, dificuldade de acesso a educação, elas têm também a barreira do português, que não é a sua língua mãe. A primeira língua é a linguagem de sinais”, explica Maritan, que é professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Software

O sotware Vlibras possui uma série de ferramentas. Uma delas serve para a tradução de conteúdos de sites, áudios e textos para Libras e pode ser instalada em computadores, navegadores e celulares.

Outra ferramenta é a chamada WikiLibras, um sistema para correção e inclusão de novos sinais. Maritan afirma que ainda hoje há um abismo entre a quantidade de palavras em língua portuguesa e a quantidade de sinais.

“O português tem 300 mil palavras e libras tem de 10 a 15 mil sinais definidos. Então, quando alguém sentir falta de algum sinal na ferramenta, ele pode entrar lá e contribuir gerando novos sinais. Essa ferramenta é para a comunidade de surdos fazer a inclusão de novos sinais e corrigir os sinais que ela considera que precisam melhorar”, afirma Tiago.

Os deficientes auditivos podem, através desta ferramenta, gravar um vídeo com um sinal, que será enviado para um programador reproduzir no avatar. Depois de reproduzido, o sinal passa pelo crivo de especialistas antes de ser validado e incluído no programa.

Início

O projeto, que vem sendo desenvolvido há seis anos, surgiu quando uma jovem com deficiência auditiva passou no vestibular de ciências da computação na UFPB. A partir do desafio de comunicação com ela, a ideia do pacote de programas foi sendo desenvolvida.

Atualmente, o projeto é desenvolvido em parceria entre o Ministério do Planejamento (MP), a UFPB e a Câmara dos Deputados. De acordo com Maritan, a estimativa da equipe é de que haja mais de 10 mil downloads do aplicativo para celulares e uma média de mil acessos diários à página do Vlibras na internet.

No evento de lançamento da nova versão, no Ministério do Planejamento, em Brasília, Maritan explicou a complexidade que é transformar os sinais realizados por humanos em animação 3D. Isso porque há inúmeras expressões faciais, corporais e gestuais que precisam ser reproduzidas em animação, o que exige um longo e exaustivo trabalho de programação.

“É um desafio realmente grande. A população surda vai ter que ter paciência porque a ideia é melhorar a inclusão, mas até que isso fique muito próximo dos intérpretes humanos, ainda há um caminho razoável para percorrer”, afirma Maritan.

De acordo com as estatísticas do censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 10 milhões de brasileiros têm alguma deficiência auditiva, o que representa 5% da população do país. Destes, cerca de 2 milhões possuem deficiência auditiva severa, 1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos.

Intérprete

O intérprete de Libras Alexis Pier Aguayo foi ao lançamento do Vlibras e contou que sua trajetória com a linguagem de sinais começou muito cedo. Quando ele nasceu, seu irmão Falk, que é surdo, tinha nove anos. “Acabei virando o intérprete dele, das conversas com seus amigos, com suas namoradas. Cresci nesse contexto e, para mim, sempre foi muito natural, era apenas uma forma de comunicação com meu irmão”, conta.

Aos 17 anos, Alexis começou a se profissionalizar com tradutor/intérprete de libras e, desde então, nunca mais parou. Atualmente, além de ser servidor da Universidade de Brasília, trabalha como intérprete na Câmara dos Deputados.

No evento, Alexis emocionou a plateia ao interpretar o poema O Balé das Mãos, de sua autoria. Ele escreveu o texto ainda durante a adolescência e seu irmão Falk o manteve guardado por muitos anos. Segue o poema abaixo.

O Balé das Mãos

Em meio a mil palavras
Um único gesto molda toda a expressão do sentimento
O corpo se expressa com desenvoltura
E as mãos seguem graciosamente cada movimento
Ouvidos trocados pelos olhos em uma escuta atenciosa
E o balé das mãos segue incansável e incessante.
O Silêncio quebrado às vezes pelo baque das mãos
Só o silêncio, e as mãos seguem de forma majestosa.
Cada par de mãos, iguais, e ao mesmo tempo diferentes
Dando mais uma graça a esse belíssimo espetáculo
Onde cada movimento completo o próximo e é completado pelo anterior.
Cada forma, expressando todo o sentimento em si, presente.
E mesmo no fim quando elas dão o sinal de adeus no fim do espetáculo,
A levamos em nossa memória, em nossa alma e coração.
A recordação daquela dança de movimentos, expressões e sentimentalismo,
A magia fantástica do glorioso Balé das mãos.

Se um estabelecimento é acessível para alguns, ele deve ser acessível para todos. Esta é a ideia do aplicativo colaborativo chamado guiderodas, que mapeia locais com acessibilidade para cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida. A ferramenta é alimentada pelos próprios usuários e pode ser baixada gratuitamente para Android e iOS.

Com o aplicativo instalado em seu celular, o usuário faz uma avaliação de um estabelecimento, seja ele um restaurante ou supermercado, que dura no máximo 30 segundos.

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Critérios como a presença de rampas, vagas especiais para estacionamento e banheiros adaptados para pessoas com deficiência estão entre os utilizados no questionário.

Estas informações são disponibilizadas no aplicativo e alimentam a lista de locais com acessibilidade. A ferramenta utiliza dados do aplicativo Foursquare e exibe a nota de cada estabelecimento de acordo com a avaliação de visitantes. Hoje, o guiaderodas já conta mais com de 650 locais registrados.

O aplicativo guiaderodas está disponível na App Store e Google Play.

O último dia 3 de dezembro foi marcado pela comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e, por conta disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança de Juventude (SDSCJ), por meio da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD), irão realizar, na próxima terça-feira (15), “Praça com Cidadania”. 

O evento, que ocorrerá na Praça do Derby, área central do Recife, levará a essas pessoas atendimentos realizados por órgãos como a Agência do Trabalho, Procon, Secretaria de Saúde, INSS, além de orientações sobre programas PE Conduz, Vem Livre Acesso e Humanidade. A população poderão ter acesso a orientações sobre como retirar as carteiras de Identidade e Trabalho, documentação necessária para dar entrada na Carteira de Livre Acesso de transporte, além de esclarecimentos sobre diversos serviços de interesse das pessoas com deficiência.

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De acordo com a Secretaria, a ação visa sensibilizar o público que circula pelo local sobre o respeito às diferenças, assim como comemorar as conquistas alcançadas pelos deficientes durante a luta por melhoria dos seus direitos. 

Serviço:

Praça com Cidadania

Quando: 15 de dezembro (terça-feira)

Horário: 8h às 16h

Local: Praça do Derby (próximo ao Banco Bradesco)

A polêmica campanha que pedia o fim de privilégios para deficientes, assinada pelo Movimento pela Reforma dos Direitos, era na verdade uma ação contra o preconceito. A ação de marketing do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Curitiba foi criada com a intenção de chamar a atenção das pessoas para o tema, alusivo ao Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência, que será celebrado nna próxima quinta-feira (3).

De acordo com a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Mirella Prosdoscimo, o choque que as pessoas sentiram e manifestaram nas redes sociais é um alívio para os deficientes. “Conseguimos chamar a atenção de milhões de pessoas para os nossos direitos. O desrespeito que chocou as pessoas na internet ainda ocorre na vida real”, diz a representante, em vídeo (confira abaixo).

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“O desrespeito que aconteceu na internet durou só um dia, mas as pessoas com deficiência enfrentam essa afronta todos os dias”, complementa. Outro objetivo da ação foi de estimular os cidadãos a denunciar casos de desrespeito. Conforme a presidente, 24% da população brasileira possui com algum tipo de deficiência. “Não temos privilégios, e sim direitos”, finaliza.

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Valorizar a mão de obra dos deficientes físicos e reabilitados, incluindo-os no mercado de trabalho formal contemporâneo. Essa é a proposta do Dia D – Dia de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Reabilitada da Previdência Social no Mercado de Trabalho, que será promovido no próximo dia 25 de setembro, com atuação no Recife e em Jaboatão dos Guararapes, além de localidades espalhadas pelo resto do País. 

Com o objetivo de tornar essa inclusão no mercado uma prática regular, o Dia D ocorrerá da seguinte forma: será um dia inteiro dedicado ao atendimento exclusivo aos deficientes e reabilitados, em que, no mesmo espaço, estarão reunidas empresas empregadoras e candidatos às vagas oferecidas. Em Pernambuco, foram convocadas aproximadamente 80 corporações, de diferentes ramos, que deverão oferecer mais de mil oportunidades exclusivas para os participantes do evento.

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No Dia D, afora as vagas, o público também terá acesso a orientações trabalhistas, a um sistema de emissão da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e a profissionais de saúde que elaborarão laudos comprovantes de deficiência. Quem não possuir esse último requisito deverá levar exames complementares. 

Os candidatos às vagas de emprego deverão ficar atentos: para tirar a CTPS é preciso apresentar uma foto 3x4, certidão de nascimento e um documento de identificação com foto. Já os reabilitados da Previdência Social deverão levar o respectivo Certificado de Reabilitação. E os detalhes não param por aí. No evento, também haverá cadastramento e encaminhamento para aprendizagem profissional com representantes do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) e SENAI.

Confira os pontos de cadastramento:

Agência do Trabalho, na Rua da Aurora, nº 425, Boa Vista, das 7h às 16h – Fone: 3183.7031

Avenida Rio Branco, nº 155, Recife Antigo, das 8h às 17h – Fone: 3355.2904

Agência do Trabalhador de Jaboatão dos Guararapes, na Praça Dantas Barreto, s/nº, Jaboatão Centro, das 8h às 17h – Fone: 3343.6512

Um mês após seu lançamento, o aplicativo Biomob já ultrapassou a marca de mil estabelecimentos comerciais cadastrados. O Biomob foi criado para ajudar pessoas com deficiência e mobilidade reduzida a localizar bares, restaurantes, academias, teatros e outros estabelecimentos que tenham recursos de acessibilidade.

"A ideia é permitir que as pessoas com deficiência possam sair de casa e se divertir. Com o uso de smartphones, a ferramenta detecta a localização do usuário e sugere locais próximos, analisando a necessidade de cada pessoa", explica Rodrigo Credidio, um dos criadores do aplicativo. A ferramenta é gratuita para os usuários e também para as empresas que quiserem incluir seus estabelecimentos, desde que apresentem um nível mínimo de acessibilidade.

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"Não queremos apontar aqueles que não têm acessibilidade, mas mostrar e valorizar quem já tem", lembra Valmir Souza, sócio da iniciativa. Para isso, a equipe do Biomob avalia cada estabelecimento ou conta com base de dados de organizações que trabalham para pessoas com necessidades especiais. Os usuários também podem confirmar ou contestar as avaliações, além de incluir fotos e comentários. Para baixar o Biomob, basta acessar a loja virtual Google Play.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco quer que o prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) seja adaptado às normas de acessibilidade, conforme estabelece a legislação federal. Para isso, requereu à Justiça Federal que o instituto seja obrigado a cumprir sentença, proferida em novembro do ano passado, determinando a realização de reformas para garantir o respeito aos direitos das pessoas com deficiência.

Na sentença, proferida em ação ajuizada pelo MPF em julho de 2014, a Justiça havia determinado a adequação do piso externo de acesso principal ao prédio do Iphan com sinalização tátil e informativa, indicando a localização das entradas acessíveis, bem como a adaptação dos balcões de atendimento ao público na recepção e do auditório, com a reserva de espaço para cadeiras de rodas e disponibilização de assentos para pessoas obesas.

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O prazo dado para início das obras foi de seis meses, sob pena de multa diária. Mas o Iphan entrou com recurso contra essa decisão judicial. No atual pedido à Justiça Federal, o MPF argumenta que o recurso da autarquia não impede o imediato cumprimento da sentença, por não ter efeito suspensivo. O procurador da República entende que não há empecilho jurídico para o cumprimento integral e imediato da sentença judicial.

Com informações de assessoria

A primeira etapa das ações promovidas pelos alunos do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU) referentes ao movimento Maio Amarelo foi concluída nesta quinta-feira (7), no Shopping Recife. Juntos com o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), os voluntário realizaram fiscalização de vagas prioritárias e apresentaram uma calçada sensorial itinerante. A iniciativa segue por todo o mês de maio.

A calçada sensorial itinerante é uma forma de conscientizar as pessoas sobre as dificuldades enfrentadas por deficientes, idosos e gestantes ao caminhar nas ruas da cidade. Várias pessoas participaram da “brincadeira” colocando uma venda nos olhos e se locomovendo pela calçada. Ao final, todos os participantes concordaram que as ruas do Recife precisam de uma atenção especial devido às dificuldades que enfrentaram na pele. 

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Já a fiscalização de vagas prioritárias funcionou da seguinte forma: os alunos voluntários ocupavam as vagas especiais do estacionamento do centro comercial e quando uma pessoa chegasse para utilizá-la, era abordada com música e brincadeiras e recebiam orientações sobre os seus direitos. Além disso, eles pediam para conferir se o condutor possui cartão de autorização para utilizar aquela vaga.

A iniciativa continua no Shopping Recife nos dias 13 e 14, sempre nos seguintes horários: calçada itinerante 10h às 14h, 14h às 16, 16h às 22; e fiscalização de vagas prioritárias de 12h às 15h. A ação também estará no Shopping Costa Dourada nos dias 16 e 17 e no Shopping Rio Mar nos dias 20, 21, 27 e 28. 

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