Tópicos | diálogo

<p>Nesta segunda-feira (11), o cientista político Adriano Oliveira fala sobre as possíveis formas de relação entre Lula (PT) e Bolsonaro (PSL). De acordo com o cientista político, analisando estrategicamente, o Lulismo é a principal liderança popular do país, já o Bolsonarismo, ainda se encontra em fase de consolidação.&nbsp;</p><p>Adriano Oliveira destaca ainda que o ex-presidente Lula é o líder político que tem condições de unificar a oposição, porém, o mesmo é um enigma, visto que, em certos momentos ele é agressivo e em outros não. Logo, sua estratégia principal seria propor ao país o diálogo, enfraquecendo assim as diferenças ideológicas. Enquanto o governo Bolsonaro fala sobre corte de gastos, o ex-presidente Lula tem que falar sobre inclusão social.&nbsp;</p><p>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px 'Swiss 721 SWA'}</style>
</p> <iframe width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

Teerã continua "aberta" à negociação, após o fracasso da tentativa francesa de aproximar americanos e iranianos, à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York - declarou o presidente Hassan Rohani, nesta quarta-feira (2).

O Irã estava preparado para "manter uma negociação frutífera", destacou Rohani, em referência às 48 horas de esforços diplomáticos em Nova York, em 23 e 24 de setembro, por parte do presidente francês, Emmanuel Macron, para tentar estabelecer um diálogo entre Rohani e o presidente americano, Donald Trump.

"Do meu ponto de vista, o caminho (do diálogo) continua aberto", afirmou Rohani durante um conselho de ministros.

"Quero agradecer ao presidente francês. Fez todo o possível durante as 48 horas, e em particular durante (as últimas) 24 horas de sua estada em Nova York", completou Rohani.

De acordo com o presidente iraniano, a França havia preparado um plano que, "de certa maneira, poderia ter sido aceitável e, se alguém impediu que tivesse êxito, foi a Casa Branca, mais ninguém".

Em pleno "auge das negociações diplomáticas, o presidente americano, por duas vezes em 24 horas, anunciou claramente que queria intensificar as sanções contra o Irã", lembrou Rohani.

"Dissemos aos nossos amigos europeus: 'está bem, mas em quem devemos acreditar? No que vocês estão dizendo, que os Estados Unidos estão dispostos (a retirar as sanções), ou no que afirma o presidente americano?'", completou o iraniano.

Em nenhum momento do discurso, Rohani afirmou se estava prevista uma eventual conversa com Trump.

A Polícia Federal interceptou telefonemas entre líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e uma das conversas aponta que a facção criminosa tinha um “diálogo cabuloso” com o Partido dos Trabalhadores (PT). A informação é do jornal Estado de São Paulo. De acordo com os documentos que transcrevem as gravações obtidas pelo periódico, a liderança da organização também teceu críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. 

Uma das ligações, de abril deste ano, é de Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como ‘Elias’, que reclama do governo do presidente Jair Bolsonaro. “A gente sabe que esse governo que veio irmão, esse governo aí ô, os cara começou o mandato agora, irmão, agora que eles começaram o mandato, os caras têm quatro ano aí pela frente, irmão”, diz Elias em ligação para André Luiz de Oliveira, o ‘Salim’.

##RECOMENDA##

“Os caras tão no começo do mandato dos cara, você acha que os cara já começou o mandato mexendo com nois irmão. Já mexendo diretamente com a cúpula, irmão. O… o… quem tá na linha de frente. Então, se os cara começou mexendo com quem estava na linha de frente, os caras já entrou falando o quê?”, acrescenta.

Logo depois, o traficante começa a criticar diretamente o ministro Sérgio Moro: “Com nois já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na frente, com nois já não vai ter diálogo, não. Esse MORO aí, esse cara é um filha da puta, mano. Esse cara aí é um filha da puta mesmo, mano. Ele veio pra atrasar”.

“Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversando a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano….”, emenda Elias.

Em nota, o PT negou qualquer ligação com o PCC: “Esta é mais uma armação como tantas outras forjadas contra o PT, e vem no momento em que a Polícia Federal está subordinada a um ministro acuado pela revelação de suas condutas criminosas. Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas graves acusações que pesam contra ele”.

Na última quarta-feira (7), a Polícia Federal deflagrou uma operação em sete Estados contra o Primeiro Comando da Capital. Foram presas 28 pessoas. As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram que uma seção "rigidamente estruturada" da facção, denominada Geral do Progresso, era responsável por gerenciar o tráfico de drogas e "orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes", indicou a PF.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, interferiu em negociações das delações de dois executivos da Camargo Corrêa. Ao menos é o que apontam as novas conversas vazadas, nesta quinta-feira (18), pelo site The Intercept Brasil, através do jornal Folha de São Paulo. O então juiz responsável pela Lava Jato na primeira instância em Curitiba, disse que só homologaria as delações se a pena proposta incluísse ao menos um ano de prisão em regime fechado para os executivos.   

A troca de diálogos divulgada aconteceu, de acordo com a reportagem, entre 21 de janeiro de 2015 e 6 de fevereiro de 2016. Período em que estavam sendo acordadas as delações e logo após o acordo ser fechado. 

##RECOMENDA##

A interferência de juízes no acordo de delação é proibida, de acordo com a Lei das Organizações Criminosas, de 2013. A legislação, que prevê as normas para delações premiadas, observa que os magistrados devem, apenas, verificar a legalidade dos acordos de cooperação, a homologação e a aplicabilidade do que foi acordado. 

As mensagens trocadas, contudo, apontam que Moro impôs condições e isso causou desconforto entre os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Dental Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima.

Veja os trechos das conversas:

- No início de 2015, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba negociava um acordo de leniência com a Camargo Corrêa.

21 de janeiro de 2015

Deltan Dallagnol (16:15:15) - Oi lindão

Carlos Fernando dos Santos Lima (16:16:42) Fechei o escopo ‘a princípio’ com a Camargo. Parece razoável. Petrobras, Belo Monte, Angra 3, Valec.

Deltan (16:27:37)Nós tínhamos que ser duros na negociação. Mas o sistema hoje não permite que eles digam tudo, e o que dirão é bem razoável. Agora temos que pensar na multa. Pede pro Roberto Leonel o faturamento e o lucro das empresas do grupo nos últimos 5 anos...

Carlos Fernando (21:29:50)Vou pedir 2 bilhões de dólares.

Deltan (22:10:24)Temos que ter os dados.... E calcular qto pagou de propina... Pra ter parâmetros. Sem prejuízo de pegar tudo que da

Carlos Fernando (22:19:56) Se tiver informações, sim. A reunião será na próxima semana.

- Em outro momento, já na reta final das negociações, Deltan sugeriu a Carlos Fernando que consultasse o então juiz Sergio Moro de fechar o acordo.

23.fev.2015

Deltan (23:57:09) Eu não estarei aqui na quarta, nem na reunião com o Moro, mas seria bom que houvesse uma conversa sobre os acordos dos três porquinhos. CF, Vc reclamou que me meti, mas podíamos ter problemas com a questão da Valec se o Helio Telho depois não concordasse ou criticasse nosso acordo, sendo ele o proc natural. A título de sugestão, seria bom sondar Moro quanto aos patamares estabelecidos ontem. Pensei sobre o que Vc disse de eles trazerem a CC. Pode acontecer, mas se eles não vão indicar um acionista, pegaríamos eventualmente outros diretores, torcendo para eles indicarem os acionistas. É possível que ocorra, mas temos que pensar em duas coisas: 1) vamos ter braço para tudo isso, ir atrás do diretor logo para que depois venha a CC? Há várias prioridades em andamento. 2) a meu ver, essa estratégia pode sim ser perseguida, mas as prioridades vivem mudando e o acordo deve ser justificável por si só. Colaborações são um flanco para críticas. Caminhamos com a força da opinião pública e não podemos perdê-la. Sei que Vc discorda do item 2, estou só colocando minha opinião. Estarei lá na quinta para sustentar isso; 3) uma crítica que virá é o do número de acordos de colaboração... não concordo com essa crítica se o acordo foi individualmente justificável, e não é minha maior preocupação, mas vi um ou dois de nós mencionarem essa preocupação.

24.fev.2015

Carlos Fernando (07:26:12)Deltan. Como disse ontem, não somos noviças virgens para ficar tão preocupados com o que vão pensar de nós. As críticas vem sempre, e ultimamente somos mais criticados pelo que não fazemos, como o PGR agora com o Pessoa. A minha crítica, e neste ponto falo pelo Januário, é que o procedimento de delação virou um caos. Creio que se a sua divisão de serviço pressupõe que eu e Januário estamos encarregados dos acordos, eles devem ser tratados por nós. Você é o Promotor natural e pode discordar, e eu sempre ouço todos, mas o que vejo agora é um tipo de barganha onde se quer jogar para a platéia, dobrar demasiado o colaborador, submeter o advogado, sem realmente ir em frente. Não sei fazer negociação como se fosse um turco. Isso até é contrário à boa-fé que entendo um negociador deve ter. E é bom lembrar que bons resultados para os advogados são importantes para que sejam trazidos novos colaboradores. Eu desejo que sejam estabelecidas pautas razoáveis, e que eu e Januário possamos trabalhar com mais liberdade. Os últimos acordos que fizemos foi por exclusiva vontade minha. E não vejo a reclamação generalizada contra eles. Muito pelo contrário. Agora o acordo com o Rafael foi bom para aplacar a insegurança de Brasília. Vamos pensar a longo prazo. Se falta de mãos fosse um argumento, não estaríamos aqui hoje.

Deltan (08:29:16) Carlos, eu apoiei todos os acordos que Vc fez. Essa autonomia não está existindo em nenhum setor. Todos estão opinando em AIAs, nas denúncias, no relacionamento com a imprensa, com a PGR, até no uso do meu tempo rs. Quanto mais sensível é o tema, mais todos querem contribuir para que o resultado seja melhor. O que acho que faltou no caso dos acordos, na minha opinião, foi conversarmos antes e pensarmos na estratégia. Reconheço que falhei em não organizar reuniões de coordenação. Devem existir mesmo. Como todos são Barbados e experientes, e não queria ficar me metendo, estava deixando rolar e que cada um marcasse reunião Qdo queria. Mas vejo agora que não é o ideal, e que tenho que estar mais perto de todos. Mas até isso não é unânime rs. Os acordos são sensíveis por diversas razões. Uma é opinião pública e precisamos dela meu amigo. Outra é o fato de que nossa e minha reputação estão ligados ao caso. Estamos numa era tecnológica e como promotores não ganhamos mas dependemos de nossas reputações. Isso me leva a ser mais conservador do que arrojado, mas te entendo também. Enfim, acho que devemos conversar mais e vamos fazer isso para trabalharmos como um time mais entrosado.

Carlos Fernando (09:37:52)Vou discordar de muitas das suas premissas, mas não aqui. Quero essa reunião com a presença de Januário e Orlando, ao menos.

25.fev.2015

Deltan (01:53:47)Carlos Vc quer fazer os acordos da Camargo mesmo com pena de que o Moro discorde? Acho perigoso pro relacionamento fazer sem ir FALAR com ele, o que não significa que seguiremos. Podemos até fazer fora do que ele colocou (quer que todos tenham pena de prisão de um ano), mas tem que falar com ele sob pena de ele dizer que ignoramos o que ele disse. Vc pode até dizer que ouve e considera , mas conveniência é nossa e ele fica à vontade pra não homologar, se quiser chegar a esse ponto. Minha sugestão é apenas falar.

- Depois da conclusão do acordo com a Camargo Corrêa, tornou-se natural os procuradores falarem sobre interferências de Moro. 

26.ago.2015

Douglas Fischer (11:35:24) Galera. O paulo disse ontem en passant aqui em Bsb que teria havia dois casos em que o Moro não aceitou proposta de acordos por falta de originalidade nas provas apresentadas. Vocês tem estas decisões dele ? Obrigado

Paulo Roberto Galvão (19:59:58)Douglas, o Moro tem reclamado bastante, mas ao final sempre concorda com a nossa proposta. No caso do Dalton Avancini, ele inclusive consignou a discordância (acho que em ata de audiência) e deu cinco dias para justificar, mas depois aceitou. Mais recentemente ele também implicou com o acordo do Musa, mas não sei se constou por escrito (Diogo sabe?)

Orlando Martello (20:02:52) Januario estão reforçando os depoimentos para superar a questão, mas ainda não foi homologado o do Musa.

- Já em fevereiro de 2016, Deltan procurou Moro para discutir o caso de outro executivo da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, que estava fechando acordo de delação premiada.

5.fev.2016

Deltan (23:36:36) Caro: Gebran e colegas da regional entenderam que não seria o caso de homologar o acordo do Auler lá, por não haver pessoas indicadas que tenham prerrogativa de foro. Ainda que discordando tecnicamente, vejo vantagens pragmáticas de homologar por aqui, mas não quisemos avançar sem sua concordância quanto à análise dessa questão por aqui... Podemos prosseguir? Se preferir, vou à JF conversar pessoalmente

6.fev.2016

Sergio Moro (01:20:08) Para mim tanto faz aonde. Mas quais foram as condições e ganhos?

Deltan (08:06:36)Ok. Não sei, quem fez, creio, foi CF. Vou checar e eu ou alguém informa.

Outro lado

Em nota, Sergio Moro disse que não participou de negociações de acordo de delação premiada.  “Enquanto juiz, não houve participação na negociação de qualquer acordo de colaboração”, diz o texto. “Cabe ao juiz, pela lei, homologar ou não acordos de colaboração”, acrescenta. 

Além disso, na nota Moro pondera que “pela lei, o juiz pode recusar homologação a acordos que não se justifiquem, sendo possível considerar a desproporcionalidade entre colaboração e benefícios.” O ex-juiz também observa que não reconhece a autenticidade das conversas vazadas. 

A força-tarefa da Lava Jato, por sua vez, disse que “não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes”.  “O material é oriundo de crime cibernético e não pode ter seu contexto e veracidade confirmados”, declarou em nota.

*As conversas foram transcritas sem correção ortográfica

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra britânica, Theresa May, conversaram sobre o Irã por telefone na sexta-feira (5), depois da interceptação de um petroleiro iraniano suspeito de levar cru para a Síria, violando sanções europeias.

Trump e May "falaram da cooperação entre Estados Unidos e Reino Unido para promover seus interesses comuns em termos de segurança nacional, incluindo os esforços para fazer as sanções contra a Síria serem cumpridas, para garantir que o Irã não obtenha arma nuclear e para conseguir a desnuclearização final e totalmente verificada da Coreia do Norte", anunciou a Casa Branca neste sábado.

"Também discutiram o estado das negociações comerciais entre Estados Unidos e China", acrescentou em um comunicado.

O Irã não informou a procedência do petróleo transportado, nem o destino do navio "Grace 1", interceptado na quinta-feira no território britânico de Gibraltar, no extremo sul da península ibérica. A medida teria sido adotada a pedido dos Estados Unidos, segundo o governo espanhol.

A detenção do petroleiro é uma "excelente notícia", comentou na quinta o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, sem confirmar se o pedido foi feito por Washington.

O navio foi detido alguns dias depois do anúncio de que Teerã havia superado o limite de urânio enriquecido estabelecido pelo acordo internacional sobre seu programa nuclear firmado em 2015. Os EUA deixaram o acordo no ano passado.

O Brasil estuda a entrega para a Argentina de até quatro submarinos alemães IKL-209, usados e operados pela Marinha há 30 anos. Todos precisam de reparos e modernização. A operação é citada no acordo bilateral da área de Defesa, assinado em Buenos Aires, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro, pelos ministros Oscar Aguad e Fernando Azevedo e Silva.

Trata-se de um gesto histórico, que pretende, nos termos do documento, incluir "o estudo da possibilidade de transferência de submarinos IKL da Marinha do Brasil para a Marinha Argentina". No mesmo tópico são citados "a reparação, manutenção e construção" de versões convencionais, de propulsão diesel-elétrica, do mesmo tipo de navios.

##RECOMENDA##

Oficiais ouvidos ontem pelo Estado consideram a necessidade de conclusão da análise do negócio iniciada ainda em 2018. Os militares defendem a definição de um valor unitário para os submarinos, na faixa média entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões, e o estabelecimento de protocolos de compensação.

Há ainda uma questão a ser resolvida pelo Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty: a reação do Reino Unido, considerada a crise não solucionada envolvendo a soberania do arquipélago das Malvinas, causa de uma guerra de 65 dias, em 1982 que deixou 907 mortos.

Os quatro submarinos Tupy deslocam 1.440 toneladas e medem 61 metros. Levam 36 tripulantes. São armados com torpedos de 533 milímetros e têm autonomia de 15 mil quilômetros. O modelo é da empresa alemã HDW. Engenheiros navais brasileiros usaram o projeto para construir o Tikuna, uma versão maior, com capacidade estendida, em uso desde 2006. Essa unidade não entra na negociação bilateral.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco desembarcou nesta sexta-feira (31) na Romênia, onde permanecerá por três dias, para reiterar a vontade de diálogo com os ortodoxos, mas também para recordar a repressão soviética e demonstrar sua proximidade com o povo gitano.

Francisco foi recebido no aeroporto de Bucareste pelo presidente romeno, Klaus Iohannis, um pró-europeu de confissão luterana, que na quinta-feira manifestou satisfação com o encontro "cristão ortodoxos, católicos romanos e greco-católicos" em seu país.

Os dois tinham uma reunião programada no palácio presidencial e vários encontros com representantes do governo e da sociedade civil. Mais tarde, o papa se reunirá com o patriarca ortodoxo Daniel e celebrará uma missa na catedral de São José.

Apesar da previsão de que os dois rezem dentro da nova catedral ortodoxa da capital, um em latim e o outro em romeno, os dois líderes religiosos não devem aparecer juntos em público, o que alguns analistas interpretam como um sinal de desafio da igreja ortodoxa romena ao líder de 1,3 bilhão de católicos do planeta.

"Venho como peregrino e irmão", anunciou o pontífice argentino em um vídeo ao povo romeno divulgado na quinta-feira.

Esta é a 30º viagem ao exterior em seis anos de pontificado e acontece 20 anos depois da visita de João Paulo II, o primeiro papa a visitar um país de maioria ortodoxa.

Francisco percorrerá em três dias boa parte da Romênia, um país de 20 milhões de habitantes e composto por um mosaico de religiões e línguas, com 18 minorias oficialmente reconhecidas.

O pontífice "deseja visitar todas as regiões do país, que representam a riqueza étnica, cultural e religiosa da Romênia", afirmou o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti.

No sábado, o papa visitará o santuário mariano de Sumuleu Ciuc (centro do país), frequentado principalmente pela minoria húngara, assim como Iasi (nordeste), o maior centro de católicos latinos. No domingo seguirá para Blaj (centro), sede da igreja greco-católica.

"O desafio do papa é demonstrar à comunidade ortodoxa que a igreja de Roma não quer latinizá-la" explicou à AFP o bispo Pascal Gollnisch, diretor geral da Obra do Oriente.

"A unidade que se busca não é institucional, não pretende reunir todos os cristão sob a etiqueta de católicos, e sim que todos se reconheçam como cristãos", completou.

Situada entre a Europa oriental e ocidental, a Romênia estabeleceu relações diplomáticas com a Santa Sé em 1920, mas os vínculos se romperam depois da Segunda Guerra Mundial, com a chegada dos comunistas ao poder.

Na atualidade, 85% dos romenos se declaram ortodoxos e 7% católicos, cerca de 1,4 milhão de fiéis, inclusive os 200.000 que pertencem à igreja greco-católica ou uniata.

A partir de 1948, esta comunidade minoritária foi integrada à igreja ortodoxa e desapareceu oficialmente. Vários sacerdotes e fiéis foram presos e alguns executados. Muitos, no entanto, conservaram os rituais em sigilo até a queda do líder comunista Nicolae Ceausescu en 1989, que governo o país com mão de ferro.

Para honrar sua memoria, o papa beatificará no domingo em Blaj sete bispos uniatas, que foram detidos e torturados por agentes do regime comunista em 1948, morrendo em total isolamento.

Outro momento importante será a missa de sábado no santuário de Sumuleu Ciuc, na Transilvânia, diante de 200.000 pessoas, acontecimento que é considerado pelas autoridades locais como um reconhecimento da identidade húngara desta região.

O papa completará a viagem com uma visita à comunidade romani, o povo cigano, no distrito de Barbu Lautaru de Blaj.

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, defendeu nesse domingo (26) o envio de delegados a Oslo, na Noruega, para negociar uma saída para a crise com representantes do chavismo. Em discurso realizado em Barquisimeto, no oeste do país, Guaidó advertindo que seus críticos, incluindo aqueles dentro de seu próprio partido, podem acabar sendo cúmplices "da ditadura de Nicolás Maduro".

"Quem não entender que temos de jogar em todos os tabuleiros, que temos de ter uma presença ativa em todos os lugares, estará cooperando com outra causa", disse Guaidó, diante de centenas de seguidores. "Seja onde for, nossas exigências são as mesmas. Quem quiser que a gente desista da pressão das ruas para acabar com a usurpação, se tornará cúmplice da ditadura."

##RECOMENDA##

Guaidó ontem pareceu responder às críticas que recebeu desde que confirmou, no sábado, o envio de representantes a Oslo para um diálogo direto com representantes do chavismo. As primeiras reuniões, realizadas na semana passada na Noruega, foram sempre de enviados de Maduro e de Guaidó com diplomatas noruegueses.

O líder da oposição, que é reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo Brasil e Estados Unidos, tem demonstrado cautela a respeito da negociação. Guaidó sabe que o diálogo com o chavismo é um tema impopular entre setores da oposição que não acreditam na disposição de Maduro em negociar.

Desde que Maduro assumiu o poder, em 2013, já foram quatro tentativas frustradas de diálogo. Muitos líderes opositores acreditam que a negociação não passa de um artifício do chavismo para ganhar tempo e dividir os rivais. Desde a semana passada, intelectuais, artistas e políticos criticaram a iniciativa norueguesa. Alguns disseram que era uma "estratégia errada". Outros chegaram a falar em "capitulação" de Guaidó.

"Todos temos o direito de criticar, porque somos cidadãos exigentes. E eu, como sou um funcionário público, tenho de ouvir claramente. Mas também devemos seguir em frente", disse Guaidó, que garantiu que não aceitará um "falso diálogo" que "dê mais oxigênio à ditadura de Maduro".

Impasse

Desde que assumiu a condição de protagonista da oposição e intensificou sua cruzada contra Maduro, há quatro meses, Guaidó chegou a um impasse. Sem obter apoio de setores importantes das Forças Armadas, que permaneceram leais ao chavismo, a oposição está cada vez mais sem munição.

Ontem, em Barquisimeto, Guaidó voltou a falar que qualquer negociação com o governo deve ter como objetivo o "fim da usurpação" da presidência por parte de Maduro, além de incluir um governo de transição e eleições livres.

Ontem, Maduro agradeceu à Noruega por seu esforço diplomático para superar a crise. "Agradeço ao governo da Noruega por avançar no diálogo pela paz e pela estabilidade na Venezuela. Nossa delegação viajará a Oslo com a disposição de trabalhar na agenda abrangente organizada e avançar na criação de grandes acordos", escreveu o presidente venezuelano no Twitter. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército e os representantes dos manifestantes no Sudão retomaram o diálogo na noite desta segunda-feira, após divergências sobre a presidência e a composição do Conselho Soberano que deverá garantir a transição política, mais de um mês após a queda do presidente Omar al Bashir.

As conversações entre o Conselho Militar, que sucedeu Bashir, e a Aliança para a Liberdade e a Mudança (ALC), que lidera os protestos, foram retomadas às 21H30 (16H30 Brasília).

Na véspera, o porta-voz dos militares, general Shamseddin Kabbashi, manifestou em entrevista coletiva "a esperança de se chegar a um acordo definitivo".

Cada uma das partes deseja que um de seus membros presida o Conselho Soberano, instituição-chave da transição que deve substituir o Conselho Militar por um período de três anos.

Líder do Sudão por mais de 30 anos, Omar al Bashir foi destituído e preso pelo Exército no dia 11 de abril, por pressão do movimento iniciado em 19 de dezembro com a decisão das autoridades de triplicar o preço do pão, em meio a uma profunda crise econômica.

"Insistimos em que o Conselho Soberano seja presidido por um civil e integrado, principalmente, por membros civis", declarou à AFP Satea al Haj, membro da ALC.

Já o Conselho Militar, no poder, defende uma maior presença dos militares diante das "ameaças à segurança".

Militares e manifestantes concordam em alguns pontos, como a duração do período de transição, de três anos, e a criação de um Parlamento integrado por 300 membros, dois terços dos quais procedentes da ALC.

Representantes de Nicolás Maduro e Juan Guaidó viajaram à Noruega para tentar abrir um canal de diálogo sobre a crise política na Venezuela.

A viagem, citada pela imprensa local e por agências internacionais, não é confirmada oficialmente por nenhum dos dois lados. Na última quarta (15), no entanto, Maduro disse que o vice-presidente e ministro da Comunicação Jorge Rodríguez estava em uma "missão muito importante fora do país".

##RECOMENDA##

Entre os representantes do regime também estaria o governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez. Já a delegação opositora seria liderada pelo ex-deputado Gerardo Blyde, pelo ex-ministro Fernando Martínez Mottola e por um dos vice-presidentes da Assembleia Nacional, Stalin González.

Se confirmada, essa seria a primeira tentativa de diálogo envolvendo Maduro desde que Guaidó se autoproclamou presidente, em janeiro passado. Em maio, o opositor tentou insuflar um levante das Forças Armadas contra o regime chavista, mas não teve adesão da alta cúpula militar.

Da Ansa

O Departamento de Estado americano disse nesta quinta-feira (18) que continua preparado para negociar com a Coreia do Norte, depois de Pyongyang ter pedido o afastamento do secretário Mike Pompeo de suas futuras conversas nucleares.

"Os Estados Unidos continuam preparados para se comprometer com a Coreia do Norte em uma negociação construtiva", afirmou um porta-voz da pasta.

O porta-voz disse estar a par das declarações da Coreia do Norte pelo afastamento de Pompeo, mas não quis comentar.

Segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, o diretor-geral do Departamento de Assuntos Americanos do Ministério norte-coreano das Relações Exteriores, Kwon Jong-gun, disse que, "se Pompeo continuar participando das negociações, (...) vão travar de novo".

O funcionário norte-coreano descreveu Pompeo como "irresponsável".

Um dos mais próximos de Trump na Casa Branca, o secretário Mike Pompeo participou da última cúpula entre o presidente americano e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em fevereiro, e estimulou o presidente a deixar a mesa de negociações.

Pompeo viajou quatro vezes para a Coreia do Norte no ano passado e se pronunciou com esperança sobre um acordo. Ao mesmo tempo, manteve-se firme quanto à manutenção das sanções americanas até que se complete a desnuclearização.

Na próxima quinta (18), o Abril pro Rock promove um debate sobre ativismo, arte e feminismo. Participam da mesa Jamille Pinheiro Dias, tradutora do livro Um Guia Pussy Riot para o Ativismo; e a arquiteta Mônica Benício, ativista de Direitos Humanos e companheira da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março de 2018. A conversa acontece às 15h, no auditório do Cais do Sertão.

O debate pretende somar ao line-up da 'Noite das Minas', na sexta (19), que vai reunir bandas como Pussy Riot, Letrux, Sinta a Liga Crew e Arrete, na 27ª edição do festival. O objetivo é reforçar o protagonismo feminino na sociedade atual.

##RECOMENDA##

Ainda participam do debate a jornalista e produtora Lenne Ferreira; a co-fundadora do Mete a Colher, Renata Albertim; e de Mãe Beth de Oxum. Além disso, a poetisa Isabelly Moreira e a MC Lillo fazem uma performance para o público. A entrada é gratuita.

Serviço

Debate sobre ativismo, arte e feminismo - APR 2019

Quinta (18)  | 15h

Cais do Sertão (Bairro do Recife)

Gratuito

 

O presidente Jair Bolsonaro retoma o diálogo com dirigentes de partidos políticos em busca de apoio para a aprovação de medidas no Congresso Nacional, especialmente a reforma da Previdência. Nesta terça (9) e quarta-feira (10), Bolsonaro deve se reunir com representantes de seis legendas: PSL, PR, Novo, Avante, Podemos e Solidariedade.

"O presidente Jair Bolsonaro acredita que o encontro com os presidentes de partidos, na semana passada, e os que vão ocorrer esta semana, significam um reforço muito importante, sob o ponto de vista político, à reforma da Previdência”, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

##RECOMENDA##

Na agenda presidencial de hoje constam reuniões com o PR e o Solidariedade. Às 11h30, Bolsonaro receberá o senador Jorginho Mello (PR/SC) e o deputado Wellington Roberto (PR/PB).

Na sequência, irão ao Palácio do Planalto os deputados Paulinho da Força (SP), presidente nacional do Solidariedade, e Augusto Coutinho (PE), líder do partido na Câmara. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, participa das reuniões com os partidos.

Conselho

Na semana passada, após se reunir com seis partidos (PRB, PSD, PSDB, DEM, PP e MDB), o presidente propôs a criação do conselho de governo para viabilizar a interlocução entre o governo, os partidos e o Parlamento.

“Ele anunciou inclusive a intenção de criar um conselho político, para aproximar o governo dos partidos e do Congresso, como um novo modelo de articulação", afirmou Rêgo Barros. 

Antes das reuniões com os partidos, Bolsonaro participará hoje da marcha dos prefeitos, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios. À tarde o presidente dará posse ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e depois comandará a reunião do conselho de governo, integrada pela equipe ministerial.

Viagens

Bolsonaro também deve iniciar uma série de viagens pelo país ao longo dos próximos meses. Na quinta-feira (11), o presidente almoça com pastores no Rio de Janeiro. No dia seguinte, embarca para Macapá, onde inaugura a obra do aeroporto da cidade.

Estão previstas ainda visitas a Campina Grande (PB), onde Bolsonaro deve prestigiar um projeto local sobre dessalinização da água do mar, e a Manaus, ainda sem datas definidas. 

"O presidente está buscando também uma agenda de aproximação com essas regiões do país, fazendo sempre alguma entrega quando venha a realizar essas viagens", informou o porta-voz.  

Na quinta-feira, Bolsonaro comanda a cerimônia de 100 dias de seu governo, no Palácio do Planalto. "Teremos aqui um evento coordenado pela Casa Civil para apresentar algumas dessas realizações, que atingiram mais de 90% das metas finalísticas previstas, e que servirá para prestar contas à sociedade sobre o que já fizemos. E já fizemos muito", acrescentou Rêgo Barros.  

A Operação Lava Jato apresentou ao Tribunal Regional Federal da 2ª (TRF-2) uma cópia de uma curta conversa que o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) tiveram na madrugada de 21 de março, horas antes de serem presos. Na avaliação do Ministério Público Federal, o diálogo via WhatsApp, é um indício de "conhecimento prévio da ordem de prisão".

À 1h24 daquele dia, Temer escreveu: "Estás acordado?". Moreira Franco tenta ligar de volta à 1h40, mas o ex-presidente não atende. Um minuto depois, o ex-ministro envia uma mensagem. "Sim. Liguei, mas vc não atendeu."

##RECOMENDA##

A Operação Descontaminação, que levou o ex-presidente e seus aliados à prisão, está ligada a uma investigação iniciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR)a durante o período em que Temer ainda era o mandatário da nação.

Após o fim do mandato e a perda do foro privilegiado do emedebista, o inquérito foi transferido para a Lava Jato no Rio.

Na terça-feira, 2, o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, abriu duas ações penais contra o ex-presidente, Moreira Franco e outros 12 investigados no âmbito da Operação Descontaminação, braço da Lava Jato no Rio que mira supostas propinas nas obras da usina de Angra III, da Eletronuclear.

Os investigados são acusados pela força-tarefa por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e peculato.

O ex-presidente também foi denunciado nesta terça, 2, em outra frente de investigação, na Lava Jato em São Paulo, pelo crime de lavagem de dinheiro na reforma da casa de sua filha, Maristela, supostamente bancada pelo Coronel Lima.

Defesas

Após o recebimento da ação pelo juiz Bretas, as defesas de manifestaram. Para o criminalista Eduardo Carnelós, que defende Michel Temer, "considerando-se como foram decretada a prisão e determinadas outras medidas constritivas contra o ex-presidente, o recebimento da denúncia estava anunciado. Reitere-se o que já se disse quando do oferecimento das imputações: Michel Temer nunca praticou nenhum dos crimes narrados, e as acusações insistem em versões fantasiosas, como a de que Temer teria ingerência nos negócios realizados por empresa que nunca lhe pertenceu", escreveu em nota.

"A partir disso, constrói-se uma tese acusatória completamente dissociada da realidade, usando-se, inclusive, fatos que são objeto de outros feitos. Ainda que tardiamente, essas e as demais acusações que se fazem ao ex-presidente terão o destino que merecem: a lata de lixo da História!", finalizou.

O criminalista Moraes Pitombo, defensor de Moreira Franco, disse que a "existência de um processo judicial pode servir para que autoridades públicas imparciais investiguem os fatos com interesse na busca da verdade e na compreensão quanto à inocência de um acusado. Agora, resta à Justiça Federal definir quem são tais autoridades e qual seu grau de imparcialidade em relação a Wellington Moreira Franco."

Em entrevista à TV Record veiculada na noite desta segunda-feira, dia 1º, o presidente Jair Bolsonaro negou que esteja fechado ao diálogo com o Congresso e afirmou que, agora, a interlocução com os parlamentares acontecerá "com mais intensidade". "Muitos acham que estou fazendo pouco. Vamos agora deixar pelo menos meio dia de minha agenda no Brasil para atender deputados e senadores", declarou o presidente.

Em relação à tramitação do projeto de reforma da Previdência, Bolsonaro voltou a afirmar que já "passou a bola" para o Legislativo, que, agora, tem a prerrogativa para avaliar possíveis alterações no projeto, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural. "O Parlamento é muito importante para aperfeiçoar essa proposta. Não pode é ficar sem votar, porque daí o Brasil perde como um todo."

##RECOMENDA##

As declarações de Bolsonaro ocorrem após desentendimentos entre ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Descontente com a falta de interlocução com o governo, Maia ameaçou deixar a articulação da reforma da Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu nessa quarta-feira (27), o diálogo entre Congresso Nacional e Poder Executivo para a construção de um ambiente de “compreensão e entendimento” para a votação da Reforma da Previdência.

Após reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e líderes de partidos no Senado, Fernando Bezerra Coelho afirmou que o governo está identificando os interesses de cada bancada para melhorar a interlocução com o Congresso.

##RECOMENDA##

“Entram os bombeiros, botam água na fervura, restabelecem o diálogo e vamos encontrar um caminho para estabelecer essa parceria da Câmara e do Senado com o Poder Executivo”, afirmou o líder do governo. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem reiterado a importância da Reforma da Previdência para destravar o crescimento econômico do Brasil.

“Acho que todos querem contribuir para viabilizar uma nova agenda para o Brasil. O governo acertou ao colocar a agenda para discussão, com um forte programa de desestatização, simplificação tributária, descentralização de receitas para ajudar e reforçar a autonomia de estados e municípios, e a Reforma da Previdência, que é a maior de todas as reformas, tendo em vista o impacto fiscal relevante para o equilíbrio das contas públicas”, pontuou.

Fernando Bezerra Coelho informou, ainda, que o Senado deve votar na próxima semana a Proposta de Emenda à Constituição 2/2015, que amplia a execução obrigatória do Orçamento da União. Aprovada em dois turnos pela Câmara nessa terça-feira (26), a PEC será, agora, apreciada pelo Senado.

LeiaJá também

--> FHC sugere que Bolsonaro “pode cair” ao "atiçar" Maia

--> Ibama exonera servidor que multou Jair Bolsonaro

--> Bolsonaro: 'Reforma trará equilíbrio das contas públicas'

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse nesta segunda-feira (18) que o governo precisa se empenhar no diálogo com deputados e senadores para aprovar a reforma da Previdência.

“O governo adotou um modelo de relação político-institucional que quebra paradigmas de décadas. É um modelo novo. E esse modelo novo precisa ser precedido de conversa, de diálogo e de entendimento”, ressaltou o senador, após encontro com o presidente da Federação das Indústrias do Estado ed São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Para Alcolumbre, o debate deve ser feito diretamente com os líderes partidários de forma a garantir o apoio das siglas à proposta. “A minha sugestão para o governo é que converse com os presidentes dos partidos políticos. A metodologia adotada em relação às frentes partidárias vai ser um ponto de interligação nessa relação, mas a relação do líder partidário de uma bancada de 30 ou 40 deputados é fundamental para que, nesse diálogo e ajuste fino, a gente possa consolidar o apoio, e o governo tenha maioria na Câmara e no Senado”, enfatizou.

##RECOMENDA##

O presidente do Senado afirmou que há uma predisposição de deputados e senadores em aprovar as mudanças no sistema de aposentadorias. No entanto, ele acredita que “falta um ajuste fino na política”. “[Falta] o governo se empenhar pessoalmente e se dedicar às Câmara e ao Senado para dialogar."

Alcolumbre disse que ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) têm trabalhado para melhorar a relação do o governo com o Parlamento. “Estamos nos esforçando para sermos os interlocutores desse diálogo e da política para ajudar, não o governo, mas o nosso país.”

Militares

O presidente do Senado também defendeu a proposta apresentada para a reforma da Previdência dos militares. “Os militares estão dando a sua parcela de contribuição”, destacou Alcolumbre. Ele avalia que, as alterações propostas, que incluem o aumento do tempo de contribuição de 30 para 35 anos, trarão uma economia significativa para os cofres públicos. “O estudo do governo indica que, com esse modelo apresentado no projeto de lei dos militares, nós teremos uma economia de R$ 100 bilhões.”

Porém, Alcolumbre disse que é necessário ter em mente que os militares têm direito a regras diferenciadas de aposentadoria devido à natureza de sua atividade. “Eu acho que todos os brasileiros precisam ter a consciência de que o militar é uma situação diferenciada.”

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, sugeriu hoje (1º) a abertura de diálogo com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no esforço de buscar uma saída pacífica para a crise venezuelana. Mourão lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, conversaram por duas vezes – este ano e em 2018 -, demonstrando que o diálogo é o caminho para o entendimento.

“Alguém tem que conversar, né? O Trump não foi conversar com o Kim Jong-un?", disse o vice-presidente se referindo ao encontro de Trump e Kim Jong Un, ontem (28) e anteontem em Hanói, no Vietnã.

Para Mourão, a visita do autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, gera efeitos positivos no cenário venezuelano e também externo. “O Guaidó está sendo reconhecido como presidente real, vamos colocar assim, da Venezuela. Ele veio aqui para mostrar para os venezuelanos que é recebido pelo presidente brasileiro. Acho que é isso.”

Pela manhã, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o Brasil está pronto para trabalhar pela legitimação internacional do governo de Juan Guaidó, e para mostrar a total ilegitimidade do regime do presidente Nicolás Maduro.

##RECOMENDA##


De acordo com o chanceler, a articulação com outros países acontece no âmbito do Grupo de Lima, instalado para tratar da crise na Venezuela. Araújo deu a declaração após reunir-se com Hamilton Mourão no gabinete da Vice-Presidência.

Reforma da Previdência

Mourão reiterou a disposição de Bolsonaro para conversar com os parlamentares sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, houve uma interpretação equivocada sobre a possibilidade de rever as propostas de idade mínima para mulheres, reduzindo de 62 para 60 anos.

“O presidente mostrou que tem coisas que o Congresso poderá mudar ou negociar. Não que ele concorde”, disse. “O governo não tem que concordar. A partir de agora está na mão do Congresso. O Congresso é o local para discutir o assunto porque ali estão os representantes de todos os segmentos da população.”

Depois de ter o nome ventilado como candidato a presidente em 2018, o apresentador Luciano Huck afirmou, nesta sexta-feira (25), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), apesar de boas ideias econômicas, tem uma concentração grande de pessoas com mais de 60 anos, quando o mote principal da política deveria ser a renovação. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Huck, que esteve no Fórum Econômico Mundial  na Suíça, salientou que a política é o setor de “antigos” com “assuntos antigos”.

“Não é uma crítica, é uma constatação. Se você olhar o gabinete formado neste governo, sem julgamento de mérito da capacidade ou das ideias, a grande maioria tem mais de 60 anos...  A gente tem que formar novos líderes, pessoas com um cabeça mais moderna”, salientou ao periódico.

##RECOMENDA##

Ao participar do Fórum em Davos, Luciano Huck disse que se vê “quão sexy” se trata assuntos econômicos, de investimento, “tentando lapidar um capitalismo 4.0 que se adeque aos novos tempos”. Contudo, ao tratar de política há retrocessos.

“E quando você vai falar de política, você ouve os discursos e vê como ainda são antigos, com assuntos antigos. A gente tem que tentar um esforço grande para fazer discussões políticas, de governo, institucionais de um jeito sexy, mais moderno, e em paralelo formar novas lideranças que possam colocar essas coisas em prática”, observou.

À Folha, Huck também frisou que neste momento a necessidade do país é “diálogo” e aproveitou para alfinetar o PT. “À esquerda falta, nesse momento, a capacidade e boa vontade de dialogar. Graças a Deus o último governo do PT tinha péssima capacidade de execução, porque tinham péssimas ideias, e se tivessem capacidade de execução seria pior ainda, e agora, este novo governo, do ponto de vista econômico, tem boas ideias, claras, e agora vamos ver qual a capacidade de execução daqui para frente”, salientou.

Por fim, o apresentador tentou amenizar a crítica aos petistas dizendo que pretende apontar caminhos onde discordar do governo Bolsonaro. “E nas pautas nas quais a gente não concorda, que não são poucas, a gente vai ter que ficar vigilante e ter capacidade de dialogar, criticar e apontar caminhos”, disse. 

Após polemizar ao afirmar que o presidente Jair Bolsonaro “se ilude com a própria virilidade”, o deputado federal eleito Túlio Gadêlha (PDT) voltou a falar sobre o atual governo. Por meio do Stories no Instagram, o namorado da apresentadora Fátima Bernardes compartilhou várias reportagens negativas sobre medidas já tomadas. 

deputado tocou no assunto ao convidar as pessoas para que se filiem ao PDT. “O envolvimento de pessoas comuns como nós no processo democrático é fundamental para melhoria do ambiente político, participando ou fiscalizando. Seja para fazer algo contra os retrocessos, que não são poucos, ou entender as questões econômicas, o jogo político”, ressaltou destacando matérias sobre, por exemplo, o “enfraquecimento” da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o “futuro” do Ministério do Trabalho.  

##RECOMENDA##

Túlio Gadêlha também falou sobre a “saúde precária” citando outra matéria relacionada à decisão de Cuba deixar o programa Mais Médicos, após condições anunciadas por Bolsonaro e alertou para “a tentativa de desviar o foco para o que realmente interessa” lembrando a declaração da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que virou protagonista de mais uma discussão entre os brasileiros ao dizer que “menino veste azul e menina veste rosa”. 

O advogado explicou que a filiação partidária é um instrumento importante para fortalecer a participação da sociedade no debate político. “O processo de filiação partidária não representa, unicamente, o desejo de se candidatar a um cargo público, mas o de criar uma afinidade e desenvolver coletivamente novos projetos políticos através do debate de idéias e da formação política. Por isso, quero te convidar a fazer sua pré-filiação ao PDT”. 

No final, Túlio ainda disse que chegou a hora de todos se envolverem mais. “Queremos fazer esses debates com você no PDT. Vem construir com a gente, queremos unir todas as tribos porque precisamos construir um diálogo amplo principalmente com os que pensam diferente de nós porque acreditamos que essa é a forma correta de se fazer política e você é convidado para fazer parte dela”.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando