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Com uma dívida de R$ 938 mil em pensão alimentícia, o ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, Henrique Eduardo Alves (MDB), poderá ser preso por não regularizar os pagamentos. A decisão é do juiz Marco Aurélio Paioletti Martins Costa, da 2.ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo, que expediu um mandado de prisão na semana passada.

O processo é movido pela ex-mulher do emedebista, Priscila Gimenez, que cobra parcelas pendentes da pensão para o filho caçula, hoje maior de idade.

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Em nota, o ex-ministro disse que ainda não foi notificado da decisão, mas está "tranquilo e com a consciência em paz".

Ele também afirma que o divórcio foi resolvido há mais de dez anos de forma consensual com a divisão do patrimônio.

"Não tenho como pagar uma pensão alimentícia de quase R$ 50 mil por mês. É totalmente fora da minha realidade e da necessidade de um rapaz de sua idade", diz o texto.

O ex-ministro já passou uma temporada na prisão em 2017, na esteira das operações Sépsis e Manus.

A primeira investigou suposto recebimento de propina de empresas beneficiadas com aportes milionários do FI-FGTS.

A segunda mirou suspeitas de vantagens indevidas na construção da Arena das Dunas para a Copa de 2014. Alves sempre negou irregularidades e reiterou sua inocência.

Com a Palavra, O Ex-Ministro

"NOTA DE UM PAI COM IMAGEM PÚBLICA

Não foi hoje que recebi a informação sobre mandado de prisão judicial proferido em ação por pretensa falta de pagamento de pensão alimentícia de meu filho caçula, Pedro Henrique Alves, de 20 anos.

Faz seis dias e até agora não recebi qualquer intimação.

Estou tranquilo e com a consciência em paz, acreditando que a Justiça de Deus e dos homens será feita.

Esse despautério promovido por Pedro Henrique e sua mãe de quem me divorciei - de forma consensual - há mais de 11 anos, deixando mais de 50% de meu patrimônio na época, não pode prosperar, pelo simples fato de que não tenho como pagar uma pensão alimentícia de quase R$ 50 mil reais por mês.

É totalmente fora da minha realidade e da necessidade de um rapaz de sua idade.

Quem conhece minha vida privada, que também sempre foi pública, sabe que nunca deixei faltar NADA a meus três filhos. Afeto, atenção e amor, principalmente.

Dos dois mais velhos sempre tive a solidariedade e compreensão.

Hoje, lamento a postura de Pedro Henrique. Mas a seu desatino entrego também, à Justiça Divina.

A dos Homens, aguardo, o julgamento do recurso que já encaminhei através de meu advogado e, certamente, a justiça será feita.

Ao povo do Rio Grande do Norte - que me conhece como político e pai - meu agradecimento por tantas mensagens que já recebi com palavras carinhosas de poio e conforto nesta hora de dor.

Muito Obrigado!

A luta continua sempre!"

O veículo do programa 'Procon no meu bairro' chega a Afogados, na Zona Oeste do Recife, nesta terça-feira (9) e permanece até à quarta (10) para receber a população das 9h às 13h. Os atendimentos serão realizados na Rua da Paz, próxima ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri).

A entidade explica que não é necessário agendar, nem serão distribuídas fichas, basta que o consumidor compareça com os documentos na unidade móvel. Além de orientações sobre direitos do consumidor, os populares podem encaminhar denúncias e negociar dívidas com bancos e empresas de telefonia.

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Para participar od programa é necessário apresentar original e cópia da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência, e também levar os documentos relacionados à dívida, como nota fiscal, ordem de serviço, faturas, comprovante de pagamento e/ou contrato, número de protocolo, entre outros.

Caso o documento esteja no nome de outra pessoa, que não seja o titular, é preciso procuração reconhecida em cartório para a representação.

“Desde o início do projeto, mais de 180 pessoas foram atendidas e queremos que mais consumidores possam contar com o nosso atendimento. Estamos oferecendo negociações e buscando soluções dos problemas da população com base no Código de Defesa do Consumidor”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. 

O ex-jogador e hoje comentarista Denílson participou do podcast Flow Sport Club e voltou a falar sobre Belo e sua dívida para com ele, chegando a cobrar o cantor. “Continuo esperando, quero receber”, afirmou em trecho.

Durante o podcast, Denílson disparou críticas contra Belo.

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“O cara vive a vida normal, está por aí e está lindo para ele. Acho que tem gente que tem esse perfil, de achar que o certo é o errado. E a gente vive em um mundo em que você faz isso e está tudo bem. Mas não é. Não está tudo bem. Está tudo errado”, contou.

O ex-jogador disse que já houveram tentativas de acordo na justiça, mas mesmo disposto a abrir mão de uma parte do valor, não conseguiu nada ainda.

Entenda

A dívida de Belo e Denílson vem de uma quebra de contrato de quando o cantor participava do grupo de pagode Soweto em 2004, agenciada pelo jogador e decidiu seguir carreira solo. Na época, a justiça determinou que fosse paga uma indenização, mas até agora, nada foi recebido.

“O cara me deve, não me pagou ainda. A gente tentou fazer um acordo agora. Da parte dele, divulgaram que tinha feito o acordo e que estava pagando, que está tudo certo, ia parar com as penhoras do show. Parar por** nenhuma! Não pagou”, desabafou.

Os desembargadores da 27ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo determinaram o bloqueio de R$ 142 mil da Precisa Medicamentos - empresa alvo de investigações da CPI da Covid e do Ministério Público Federal - no âmbito de uma ação de cobrança movida pelo laboratório mineiro Côrtes Villela envolvendo a compra de 7.201 doses da vacina indiana Covaxin, a 38 dólares cada.

O valor bloqueado corresponde ao montante que o laboratório de Juiz de Fora pagou como sinal ao fechar a compra da vacina indiana com a Precisa, em janeiro de 2021. Os R$ 142 mil equivalem a 10% do valor do contrato, que estipulou que, em caso de não entrega dos imunizantes, o laboratório poderia reaver o dinheiro em até 10 dias úteis.

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Após a Anvisa indeferir o registro do imunizante produzido pela Bharath Biotech, o laboratório mineiro notificou a intermediária para que o valor do sinal fosse restituído. Além disso, em maio, o Côrtes Villela e a Precisa fecharam um termo de distrato de compra e venda, documento que previu a restituição do valor em 10 dias úteis.

O que o laboratório de Juiz de Fora alegou ao Tribunal de Justiça foi que, mais de 89 dias das tratativas, a Precisa ainda não restituiu a quantia paga pelas doses da Covaxin. Além disso, Côrtes Vilella alegou que a intermediária passou a agir como se não tivesse realizado o distrato, enviando comunicados sobre a possível entrega das doses de vacina. O laboratório ainda lembrou da investigação criminal contra a Precisa sobre suposta corrupção na negociação dos imunizantes com o Ministério da Saúde.

O caso chegou ao TJSP após o laboratório mineiro questionar decisão de primeira instância que negou o bloqueio de bens. No entanto, relator do processo na corte paulista, desembargador Alfredo Attié, avaliou que o entendimento deveria ser reformado.

O magistrado ponderou que verificava-se, no caso, a presença dos requisitos legais para o arresto de bens. De acordo com o relator, a medida 'visa resguardar o direito pretendido' e deve ser determinava 'quando houver probabilidade do direito e perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo'.

Attié registrou que a probabilidade do direito considerando que as partes fecharam o contrato e, após o distrato, a Precisa não pagou os valores devidos, como acordado. Já o perigo de dano, o desembargador ligou ao fato de a intermediária ser investigada por uma 'série de ilícitos penais e civis' envolvendo a compra da Covaxin.

"Conforme documentação juntada na inicial e em agravo, de fato, a ré vem sendo investigada por participação alegada em uma série de ilícitos penais e civis, envolvendo a compradas vacinas da Covaxin, de forma superfaturada e fraudulenta, fatos que são gravíssimos, por Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal, a denotar sério risco de não pagamento dos valores antecipados pela autora. Há, assim, perigo de dano e risco ao resultado útil do processo", registrou acórdão publicado na terça-feira, 21.

O colegiado determinou o envio de cópia integral dos autos de 1º grau, assim como os do recurso, à CPI do Senado.

Sem conseguir vender ativos, como pontos de lojas e seu domínio na internet, para ganhar fôlego para pagar seus credores e arcar com despesas, a rede de livrarias Saraiva sofreu um novo revés em seu plano de recuperação judicial. Dessa vez, corre o risco de ter decretada sua falência.

Após ação de um de seus credores, a empresa de tecnologia Infosys, que questionou o plano da varejista apresentado em março, a Justiça determinou agora que a Saraiva apresente em até 30 dias uma nova proposta, sob a pena de que sua falência seja decretada. No entanto, a empresa já tinha feito, alguns dias antes dessa decisão, um ajuste no plano já contemplando o insucesso na venda de ativos. Agora, poderá avaliar uma nova mudança, disse uma fonte.

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Segundo decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o novo plano também precisará ser votado em 30 dias. Enquanto não for aprovado, a empresa precisará cumprir aquilo que já tinha sido validado anteriormente, com foco aos credores trabalhistas. Já havia sido determinado, por exemplo, que a empresa pague regularmente até R$ 160 mil em créditos trabalhistas.

Dívida milionária

A Saraiva, em recuperação judicial desde 2018 e com dívidas na época na ordem de R$ 674 milhões, não conseguiu vender os ativos que seriam utilizados para pagar os credores e para injetar caixa na operação. Fez recentemente a terceira tentativa de vender um conjunto de lojas e o seu e-commerce, mas não atraiu interessados.

Sem esses recursos, a empresa apresentou, na semana passada, um novo aditivo ao plano. Pela nova proposta, os credores deveriam optar em um deságio de 80% da dívida, com o pagamento do restante em ações da empresa, que é listada na Bolsa. A segunda opção apresentada ao credor é de receber até 2048, com o início do pagamento a partir de 2026, com juros de 0,5% ao ano.

Segundo decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o novo plano também precisará ser votado em 30 dias. Enquanto não for aprovado, a empresa precisará cumprir aquilo que já tinha sido validado anteriormente, com foco aos credores trabalhistas. Já havia sido determinado, por exemplo, que a empresa pague regularmente até R$ 160 mil em créditos trabalhistas.

Dívida milionária

A Saraiva, em recuperação judicial desde 2018 e com dívidas na época na ordem de R$ 674 milhões, não conseguiu vender os ativos que seriam utilizados para pagar os credores e para injetar caixa na operação. Fez recentemente a terceira tentativa de vender um conjunto de lojas e o seu e-commerce, mas não atraiu interessados.

Sem esses recursos, a empresa apresentou, na semana passada, um novo aditivo ao plano. Pela nova proposta, os credores deveriam optar em um deságio de 80% da dívida, com o pagamento do restante em ações da empresa, que é listada na Bolsa. A segunda opção apresentada ao credor é de receber até 2048, com o início do pagamento a partir de 2016, com juros de 0,5% ao ano.

No fim de junho, conforme o último resultado divulgado pela empresa, a Saraiva tinha 38 lojas, ante 64 um ano antes. O prejuízo no primeiro semestre foi de R$ 45 milhões, ante uma perda de R$ 108 milhões na primeira metade de 2020.

Procurada, a Saraiva não respondeu o contato da reportagem

A Igreja Internacional da Graça de Deus do missionário RR Soares foi condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a pagar a dívida de cerca de R$ 16,2 milhões com o fundo de investimento Distressed. A dívida é pelo aluguel de três meses de exibição do “Show da Fé” na programação do horário nobre da TV Bandeirantes. 

A igreja ocupa a faixa de horário mais cara da Band e participa da programação desde 2003. Os valores da dívida são referentes aos alugueis dos meses de maio, junho e agosto de 2020.

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O aluguel deve ser pago diretamente ao Distrassed, mas o processo contra a igreja indica que a Band, com intenção de antecipar receitas, fechou um contrato que cedeu créditos de anunciantes ao fundo de investimento, inclusive os da Igreja Internacional da Graça de Deus. Dessa forma, o templo de RR Soares não fez o repasse à empresa, segundo o Uol.

A Igreja Internacional da Graça de Deus garantiu que não está inadimplente e defendeu-se sob alegação que havia renegociado os termos do contrato de arrendamento da grade com a emissora devido à pandemia. Ela confirmou que fez os pagamentos por ‘boa-fé’ diretamente à emissora, como autorizada as cláusulas do aditivo contratual.

Na condenação, o juiz Daniel Serpentino compreendeu que o Distressed adquiriu “regularmente” o crédito e “não concordou com qualquer redução” no aluguel mensal de aproximadamente R$ 5,4 milhões. 

"Por mais que aponte boa-fé em suas ações, caberia à Igreja realizar o pagamento a quem de direito", destacou. 

A emissora afirma que “as alegações do fundo são improcedentes”. Enquanto a igreja deve recorrer da decisão.

Nesta quarta-feira (8), o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) retoma o mutirão de renegociação de dívidas no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR). O atendimento vai das 9h às 14h, na sede do órgão, localizada na Rua Francisco de Assis da Silva Teixeira, n° 362, bairro da Cohab.

“O nosso objetivo principal é ajudar os consumidores cabenses a voltar a ter crédito na praça e dar dignidade financeira a eles”, pontuou a gerente do Procon Cabo, Quesia Maria.

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Além de quitar débitos com condições especiais com a Celpe e Compesa, o IPTU atrasado também pode ser negociado para facilitar o pagamento dos moradores do município. Ao todo, 400 senhas serão distribuídas no mutirão.

Para participar, consumidores com dívidas vencidas no SPC e Serasa devem apresentar Carteira de Identidade, CPF e a documentação referente às dívidas.

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta terça-feira (17), que enviou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que perdoa dívidas de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) anteriores a 2020 para motocicletas e motonetas com até 150 cilindradas de propriedade de pessoa física. Na prática, isso significa que os donos das motos terão os débitos anteriores a 2020 cancelados.

O projeto também estende a quitação do imposto de 2021 até o fim deste ano. O benefício é limitado a um veículo por contribuinte. 

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Segundo o Governo de Pernambuco, o projeto faz parte de um conjunto de medidas inseridas no #PlanoRetomada. O objetivo é estimular a geração de empregos e de renda no Estado a partir de um investimento de R$ 5 bilhões até 2022. 

A partir da próxima segunda-feira (26), o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) lança o Mutirão de Superendividados para ajudar a população na quitação de dívidas com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), empresas de telefonia e outros serviços. Além do atendimento na sede do Centro do Recife, o órgão adotou o esquema itinerante e vai percorrer quatro bairros da capital até a sexta (6).

Para participar da semana de negociações do Procon-PE é necessário apresentar original e cópia da carteira de identidade, CPF e o comprovante de residência. Os documentos relacionados à dívida também precisam ser levados, como a nota fiscal, ordem de serviço, faturas, comprovante de pagamento e/ou contrato, número de protocolo, entre outros. Caso o documento esteja no nome de outra pessoa é preciso de uma procuração reconhecida em cartório.

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"As negociações poderão ser efetivadas com a Celpe, Compesa, empresas de telefonia, que englobam serviços de TV a cabo e internet, e todos bancos, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Além disso, haverá negociação do IPTU com as prefeituras de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes", informou a entidade.

Os atendimentos ocorrem das 8h às 14h, tanto na sede da Rua Floriano Peixoto, 141, bairro de São de José, quanto no Procon móvel, que vai circular em um cronograma de visitas pelos bairros de Casa Amarela, Córrego da Areia, Brasília Teimosa e Ipsep. Cada localidade terá 60 fichas de atendimento e os endereços serão divulgados pelo Instagram @proconpe.

Cronograma do Procon móvel

 -> Casa Amarela - De 26 a 29 de julho;

-> Córrego da Areia - De 30 de julho a 02 de agosto;

-> Brasília Teimosa - Dia 03 e 04 de agosto;

-> Ipsep - Dia 05 e 06 de agosto.

"Os consumidores que desejarem o atendimento na sede deverão realizar agendamento através do site. A marcação poderá ser feita a partir da 00h desta sexta-feira (23). Caso o atendimento na sede seja para mais de um serviço, ao agendar no site, o consumidor deverá escolher um intervalo de pelo menos uma hora entre os atendimentos", ressaltou o Procon.

Vacinação

A Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) também vai compor o veículo itinerante com a Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe para os grupos prioritários.

A tão conhecida dona da frase icônica Eu sou rica está enfrentando um problema na Justiça por uma pendência financeira em um apartamento no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. Carolina Ferraz acumula uma dívida de 11 mil e 800 reais e, devido ao não pagamento, o imóvel está em processo de penhora. As despesas são referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que seriam de responsabilidade do inquilino.

A atriz explicou por meio de sua assessoria que não tinha conhecimento da existência do tal processo e só soube do problema quando ele foi divulgado publicamente pela imprensa.

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Apesar de jamais ter tomado conhecimento da execução, Carolina Ferraz providenciará o pagamento para, depois, tomar as devidas providências judiciais para buscar o ressarcimento desses valores - pequenos, mas que, contratualmente, deveriam ter sido liquidados pelo inquilino, relata o comunicado.

A representante da apresentadora do Domingo Espetacular insiste em dizer que a quitação será resolvida em breve:

Carolina Ferraz honrará essa obrigação, pois jamais se furtou a fazê-lo: se não fez antes, foi por absoluto desconhecimento desse débito.

Belo parece estar quitando a dívida de R$ 5 milhões que tem o o ex-jogador Denílson. De acordo com o jornal Extra, o cantor tem feito uma série de shows no Rio de Janeiro sem receber cachê. O dinheiro arrecadado com suas apresentações, como o projeto Belo In Concert, está caindo diretamente na conta do ex-jogador.

Segundo a publicação, no sábado (3), ele volta a se apresentar no espaço, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O artista não teria direito nem a cota de convites para seus convidados. Belo deverá continuar sem receber pelos shows até que a dívida seja integralmente paga.

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A briga entre os dois foi travada há 20 anos, após uma quebra de contrato. Belo resolveu deixar a banda Soweto, na época empresariada por Denílson, para seguir carreira solo. Em 2004, ele foi condenado a indenizar o ex-jogador por quebrar o contrato que mantinham. A decisão não cabe mais recurso e restou ao cantor ter que arcar com a dívida.

Dos R$ 580 milhões de dívida que o novo presidente do São Paulo, Julio Casares, assumiu quando tomou posse no comando do clube em janeiro, o maior e mais urgente problema está no pagamento de R$ 10 milhões para Daniel Alves. A situação do jogador é o grande desafio que a diretoria precisa superar neste momento para arrumar a casa e continuar com o jogador no elenco. Com contrato até o fim de 2022, a diretoria estuda fórmulas para sanar o problema. Renovar e estender o contrato do atleta e ainda usar uma parte da venda do atacante Brenner (negociado com o FC Cincinnati, dos EUA) estão na mesa da cúpula da diretoria para uma análise mais detalhada.

Desde o início do ano, Casares e sua diretoria têm montado planos de redução de despesas para conseguir pagar as dívidas. O presidente, inclusive, organizou um comitê financeiro de trabalho para atuar na renegociação com credores e estuda alternativas para incrementar receitas de patrocínio e do sócio-torcedor.

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A situação de Daniel Alves, no entanto, é delicada. Em entrevista ao GE.com, o diretor de futebol Carlos Belmonte admitiu a dificuldade com o jogador, mas garantiu ser possível achar uma solução. "Tivemos uma conversa com o Daniel. Ele tem o desejo de continuar no São Paulo e a gente deseja que ele continue também. É tentar ajustar da melhor forma possível esses pagamentos. Se não for possível, a gente conversa em um outro formato", comentou o dirigente, que fez questão de exaltar a postura do atleta.

Deu a entender que Daniel não faz qualquer cobrança da dívida. "O que ele recebeu até agora do São Paulo é menos do que um jogador mediano. Isso precisa ficar claro, senão daqui a pouco sai aqui e ali que o Daniel é mercenário. Muito pelo contrário. Falo isso para destacar a sua entrega. É o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. Está sempre se dedicando", afirmou Belmonte.

Daniel Alves chegou ao clube em agosto de 2019 para recolocar o São Paulo no caminho dos títulos. Contratado para atuar no meio-campo, ele foi apresentado e foi saudado por cerca de 45 mil pessoas ao pisar no gramado do Morumbi pela primeira vez. Num palco montado no centro do campo, Raí, Lugano, Hernanes, Kaká, Luís Fabiano e o então presidente Carlos Augusto de Barros e Silva marcaram presença para prestigiar o reforço.

Apesar de toda pompa, o resultado acabou não sendo o esperado. Embora tenha vivido bons momentos no clube, Daniel Alves não conseguiu levar o São Paulo a nenhuma conquista e chegou a ser questionado quando o time caiu abruptamente de rendimento no Campeonato Brasileiro do ano passado. O técnico argentino Hernán Crespo, contratado após a demissão de Fernando Diniz, anunciou logo na sua chegada que contava com a experiência do atleta de 37 anos para ser o líder da equipe dentro de campo.

Pressionado pela necessidade de acabar com o jejum de títulos (a última conquista foi a Copa Sul-Americana de 2012), Casares tem reforçado o futebol. A principal e primeira novidade foi o retorno do ex-técnico Muricy Ramalho, empossado como coordenador de futebol para atuar na ligação entre a comissão técnica e o elenco com a diretoria.

Ao mesmo tempo, o clube tem buscado jogadores para deixar o time mais competitivo. Foram contratados os atacantes Éder e Bruno Rodrigues, os meias William e Benítez, o zagueiro Miranda e o lateral Orejuela. Todos acertos pontuais. Em contrapartida, o clube deve economizar mais de R$ 26 milhões com as dispensas de nomes como Gonzalo Carneiro, Hudson, Juanfran, Toró e Weverson, Junior Tavares e Tréllez. A reformulação será permanente.

Até antes de o Paulistão parar, o time vinha fazendo boas apresentações. Ocupa a liderança do Grupo B, com sete pontos, o mesmo da Ferroviária, após quatro jogos. As premiações dadas aos campeões dos torneios podem ajudar nessa caminhada. Ganhar o Estadual daria R$ 5 milhões ao clube, que poderia repassar o dinheiro a Daniel Alves, por exemplo, e reduzir em 50% sua dívida com o jogador. O marketing do clube trabalha para encontrar novas formas de fazer dinheiro. Os adiantamentos de cotas de TV e participação nas disputas sempre são alternativas.

A Conmebol vai oferecer US$ 95 milhões (R$ 546 milhões) aos clubes mais necessitados das suas competições. Este valor será dividido como forma de pagamento antecipado das cotas. O São Paulo, que está na Libertadores, pode se valer dele. Há ainda o caminho da venda de jogadores. A possibilidade não está descartada, até porque o São Paulo aposta alto nas bases, não para esta temporada, mas para gerações futuras. O processo pode ser antecipado também.

O Sport está livre da punição que o impedia de regularizar novos jogadores. Nesta segunda-feira, o Leão informou que efetuou o pagamento integral do valor de R$ 8.944.046,44 referente à dívida adquirida em 2017, junto ao Sporting de Portugal, na aquisição do atacante André. Segundo o comunicado do clube, essa soma é resultado de um principal de €$ 907.500,00, mais €$ 213.500,00 de multa e juros, acrescidos de IOF (0,38%) e IR (17,67%).

André vestiu a camisa do Sport em 2015, saiu do Recife, e voltou ao Leão em 2017, quando veio do Sporting. Na transação, o time português vendeu 50% dos direitos económicos do atleta. O Sport, porém, não pagou. Em janeiro de 2017, o Sporting acionou o Leão na Fifa por uma dívida em cerca de R$ 5,5 milhões referente à transferência do jogador. André, atualmente, defende o Gaziantep da Turquia.

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Como você viu aqui no ESTRELANDO, até os famosos acabam de endividando e esquecendo de pagar algumas despesas que têm. O que é o caso de Silvio Santos que estava com os impostos de 2020 do seu hotel Jequitimar atrasados.

O caso estava correndo no Foro de Guarujá do Tribunal de Justiça de São Paulo e a assessoria do SBT acabou notificando a imprensa nesta terça-feira, dia 2, sobre o assunto e em um comunicado eles escreveram que o apresentador determinou que fosse realizado o pagamento do IPTU atrasado:

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O empresário Silvio Santos, ao tomar conhecimento do assunto relacionado ao IPTU do Hotel Jequitimar/Guarujá, determinou que fosse realizado, de imediato, o seu pagamento e a sua respectiva regularização perante a Municipalidade local, reforçando sua premissa básica de respeito às obrigações tributárias pessoais e de suas empresas. Por fim, cumpre esclarecer que a incumbência pelo cumprimento de tais obrigações são da inteira e exclusiva responsabilidade da empresa Sisan – Empreendimentos Imobiliários Ltda. O pagamento foi realizado na data de hoje.

E para quem não sabe, o valor estava entre dois milhões de reais, segundo o que foi noticiado por Alcelmo Gois, do jornal O Globo. Será que ele ainda teve que enfrentar alguns juros?

Joaquim Bezerra, novo presidente do Santa Cruz, confirmou que o clube solicitará, via Justiça Desportiva, o pagamento da dívida do Vitória, estimada em R$ 700 mil, referente à compra dos direitos federativos do zagueiro João Victor. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Clube.

Na negociação, o valor foi parcelado em oito vezes, mas só uma das parcelas foi paga de forma integral, segundo o Santa Cruz. O presidente tricolor afirma que o time baiano não tem outra alternativa, já que com o não pagamento, sofrerá sanções aplicadas pela CBF que devem o prejudicar no Brasileirão e até na Copa do Nordeste.

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“Eles já tiveram tempo suficiente para fazer a negociação e não fizeram. Agora, a gente vai apelar para o Tribunal Desportivo para que eles possam, então, efetivar o pagamento”, ameaçou.

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

João Victor é cria da base tricolor e começou no clube ainda aos seus dez anos de idade. Após algumas aparições no profissional e alguns empréstimos para outros clubes, foi emprestado ao Vitória em 2019 e logo depois teve 50% dos seus direitos negociados. Na série B de 2020, o zagueiro fez 20 jogos com a camisa do time baiano.

Silvio Santos deve dois milhões de reais. Segundo informações do jornalista Alcelmo Gois, do jornal O Globo, o apresentador está com o IPTU de 2020 atrasado, referente a um hotel que possui na região do Guarujá, litoral de São Paulo. Por isso, a prefeitura do município ingressou com uma ação de execução fiscal no início de fevereiro contra o dono do SBT.

O caso corre no Foro de Guarujá do Tribunal de Justiça de São Paulo. Até então, Silvio não recebeu nenhuma notificação sobre a pendência. Foi informado, ainda, que o valor diz respeito as cotas do IPTU de abril a dezembro de 2020, período da pandemia do novo coronavírus. O local ficou fechado de março à agosto de 2020, mas parece estar funcionando atualmente.

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O hotel em questão é o Sofitel Guarujá Jequitimar, que fica na Praia de Pernambuco, à beira-mar, no Guarujá. O imóvel é administrado pela empresa francesa Accor, que faz parte do Grupo Silvio Santos.

Na próxima quarta-feira (15), a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) lança a campanha Saldão 30%, voltada apenas para clientes com dívidas com mais de 180 dias de atraso. A quitação do débito poderá ser à vista ou parcelada em até 12 vezes no cartão de crédito.

A campanha terá duração de um mês e vai atender aos clientes de todas as classes, seja residencial, comercial industrial ou até mesmo do poder público. Para participar do saldão, basta acessar o portal de negociações da companhia.

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Vale destacar que caso o pagamento seja parcelado, os juros do cartão serão cobrados. Para tirar dúvidas de casa, a Celpe disponibilizou o WhatsApp 32176990, além do perfil no Facebook e contato de teleatendimento 116.

O presidente Jair Bolsonaro vetou um alívio de R$ 17,3 bilhões nas dívidas de Estados e municípios com organismos multilaterais (como Banco Mundial e BID) e despertou a ira de secretários de Fazenda, que viam no dispositivo um dos maiores benefícios aos Estados e municípios que procuraram ajustar suas contas e mantêm boa nota na classificação de risco do Tesouro. A avaliação é que o veto à lei que renegociou a dívida dos governos regionais prejudica quem fez o ajuste, enquanto os Estados superendividados que aderirem ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) continuarão tendo acesso ao benefício.

O relator do projeto na Câmara, Mauro Benevides (PDT-CE), afirma que o Congresso deve derrubar o veto e restituir o alívio, que havia sido acordado com o governo como contrapartida à redução na duração do RRF - o programa de socorro para Estados superendividados. Entre os Estados, São Paulo seria o mais prejudicado pelo veto presidencial. O alívio em 2021 para as finanças comandadas pelo governador João Doria (PSDB) seria de R$ 2,3 bilhões. Já para o município do Rio de Janeiro, com Eduardo Paes (DEM) à frente da Prefeitura, a suspensão da dívida seria de R$ 509 milhões.

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Ao Estadão/Broadcast, o deputado contou que, logo que o teor dos vetos foram divulgados pelo Palácio do Planalto, os secretários de Fazenda começaram a ligar indignados com a decisão do governo federal. Benevides criticou ainda a justificativa apresentada, de que a suspensão da dívida fere a Constituição - ao mesmo tempo em que o alívio foi mantido para os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que vão aderir ao RRF.

"Quero que, tecnicamente, o governo explique que é constitucional para um, e não para outro", critica Benevides, que já foi secretário de Fazenda do Ceará. Segundo ele, o alívio na dívida com os organismos federais (R$ 7,3 bilhões para os Estados e R$ 10 bilhões para os municípios) beneficiaria os Estados com nota A, B e C, as mais altas no ranking do Tesouro que avalia a situação de sustentabilidade dos governos regionais (A é o melhor pagador). "Fazer o dever de casa no Brasil não é reconhecido pelo Ministério da Economia", acusa o deputado pedetista.

O Ministério da Economia havia estipulado um teto de R$ 10 bilhões para a suspensão dessas dívidas, que seriam honradas pelo governo federal por um ano. A proposta era conceder o benefício só para os Estados. Na tramitação do projeto, Benevides incluiu os municípios, mas buscou compensar com a redução de dez para nove anos no prazo de vigência do RRF. Pelos seus cálculos, a troca garantiu um ganho de R$ 24 bilhões ao Tesouro, enquanto rendeu a "mágoa" do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que defendia prazo maior.

Benevides diz que o governo quebrou o acordo, mas prefere não entrar em questões políticas que poderiam ter levado o presidente a vetar o texto. Fontes de dois Estados consultadas pelo Estadão/Broadcast, que preferem falar na condição de anonimato, não descartam a possibilidade de viés político na decisão do veto.

O secretário de Fazenda do município do Rio, Pedro Paulo, que foi o autor do projeto na Câmara, não vê esse viés político, mas aponta que os recursos para o Rio, que serão usados para o pagamento de dívidas externas, seriam importantes para as finanças do município para o enfrentamento da covid-19.

Bolsonaro também vetou uma mudança que endureceria a proibição a gestores em fim de mandato de assumir obrigações com gastos e obras sem deixar dinheiro em caixa para bancá-las. Apesar de o dispositivo integrar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tema mais afeito ao Ministério da Economia, o veto foi feito a pedido da Casa Civil e da Secretaria-Geral da Presidência.

Procurado, o Ministério da Economia não comentou e recomendou que a reportagem pedisse explicações à Casa Civil e à Secretaria-Geral. Os órgãos não responderam até a conclusão desta edição. O Tesouro Nacional informou que, com o veto, permanece em vigor a regra anterior, que exige dinheiro em caixa para cobrir as despesas contratadas nos últimos dois quadrimestres do mandato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O assassinato de um menino de 12 anos, cometido por uma mulher de 39 anos, abalou os moradores da cidade mineira de Rubim (a 760 km de Belo Horizonte), na região do Vale do Jequtinhonha. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o jovem Kaíque Júnior Moreira Silva vendia salgados nos bairros do município e foi esfaqueado após uma discussão originada da cobrança de R$ 1 a uma cliente que havia comprado pastéis comercializados pelo adolescente.

De acordo com a polícia, o jovem percebeu que, após concluir a venda, a quantia paga pela cliente não pagava o valor dos produtos. Ao tentar cobrar o restante, a mulher não concordou com a abordagem e retornou para casa. Quando Kaíque decidiu ir embora do local, a agressora, armada de uma faca, golpeou o menino na região das costas. Ele foi socorrido, mas morreu no hospital.

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Já a acusada tentou se refugiar na residência em que mora com os filhos, mas foi presa em flagrante. Na casa, a Polícia Civil apreendeu outras quatro facas e a arma usada no crime. Na delegacia da cidade de Almenara (a 724 km da capital), a acusada alegou que esfaqueou o jovem em legítima defesa, após ele tentar agredí-la.

O Tesouro Nacional teve de desembolsar R$ 13,3 bilhões no ano passado para honrar dívidas bancárias não pagas por Estados e municípios. O valor foi quase 60% superior aos R$ 8,35 bilhões gastos em 2019 para cobrir o calote dos governos regionais. Desde 2016, essa conta para a União - e, por tabela, para todos os contribuintes do País - já chega a quase R$ 33 bilhões.

De acordo com o Tesouro, 95% dos valores gastos pela União com o pagamento dessas dívidas no ano passado se referem a débitos de cinco Estados. O Rio de Janeiro liderou essa lista, com um calote de R$ 8,25 bilhões, seguido por Minas Gerais, com R$ 3,17 bilhões. Na sequência, aparecem os governos de Goiás (R$ 553 milhões), Pernambuco (R$ 355 milhões) e Maranhão (R$ 280 milhões).

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A depender da avaliação das contas dos governos regionais, a União concede garantia em empréstimos para que os contratos tenham juros mais baixos. Nos últimos anos, porém, a situação financeira dos Estados vem se deteriorando, comprometendo os pagamentos.

Como garantidora das operações de crédito, a União - representada pelo Tesouro Nacional - é comunicada pelos bancos e organismos internacionais de que parcelas de dívidas garantidas estão vencidas e não pagas. O governo federal, então, informa o governador ou prefeito que há atrasos no pagamento e, caso não haja quitação, a União paga os valores.

Em seguida, inicia o processo de recuperação desses valores pela execução das chamadas contragarantias. Na prática, o governo federal bloqueia os valores que repassaria em transferências para o Estado ou município caloteiro. Mas, dos R$ 13,3 bilhões honrados em 2020, o governo federal conseguiu recuperar até agora menos de R$ 1 bilhão. Em alguns casos, decisões judiciais impedem o bloqueio no repasse de verbas federais.

Cofre cheio

Os calotes ocorreram mesmo depois de projeto aprovado pelo Congresso ter dado um fôlego de R$ 125 bilhões a governadores e prefeitos por causa da pandemia. Desse total, metade foi de dinheiro novo para o caixa de Estados e municípios.

De acordo com cálculos feitos pelo economista do Insper Marcos Mendes, o pacote de socorro do governo federal deu uma folga de R$ 36,3 bilhões aos caixas estaduais e de R$ 23,9 bilhões aos cofres municipais, considerando a diferença entre a injeção de dinheiro novo menos a perda de arrecadação e os gastos extras no combate à Covid-19.

"Estados e municípios sempre buscam uma forma de obter mais transferências federais e de repassar dívidas para o governo federal", avalia Mendes. Ele lembra que, além de receberem esse socorro em 2020, governadores e prefeitos tiveram outros sucessos: repassaram as dívidas com organismos internacionais para a União e conseguiram ampliar os limites de endividamento. "E muitos deles não fazem o dever de casa, como aprovar suas próprias reformas da Previdência", critica.

Antes de receber o socorro bilionário, Estados e o Distrito Federal chegaram a dar aumentos para os servidores, o que ficou depois proibido, até o fim deste ano, como contrapartida ao apoio do governo federal.

No Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa do Estado aprovou e o governador afastado Wilson Witzel chegou a sancionar, em abril de 2020, autorização para reajustes, que acabaram não sendo efetivados por pressão da população.

"Essa é uma fonte de preocupação. As honras de garantias oneram a União. Sem o avanço do ajuste fiscal nos governos regionais, os problemas seguirão os mesmos, e até mais agravados, dado o contexto de lenta recuperação da economia e, portanto, das receitas", avaliou o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto.

Para lembrar

Embora o custo para a União com essas garantias seja crescente, o Tesouro está impedido de bloquear os repasses para seis Estados. No caso do Rio, porque o governo estadual aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, o programa de socorro do governo federal, ainda em 2017. Apesar de devedor, o Rio poderá contratar novas operações de crédito com garantia da União, nos termos da lei. Nos casos de Minas, Goiás, Amapá, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, os governos conseguiram decisões judiciais que impedem a execução das contragarantias pela União nessas operações. De acordo com o Tesouro, sobre as obrigações em atraso, incidem juros e mora.

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