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O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta quinta-feira (19), que irá dividir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. "Mais uma fake news. Já mandei para o Moro. Chega gente para mim querendo até dividir a Defesa. Vamos fazer Defesa do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Chega tudo, pô", disse o presidente.

Matéria do jornal O Globo' dessa quarta-feira (18) afirma que Bolsonaro estuda acomodar o ex-deputado Alberto Fraga (DEM) no Ministério da Segurança Pública, que seria resultado da cisão da pasta de Sérgio Moro.

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Uma nova paralisação de caminhoneiros pode ter início nesta segunda-feira (16) em várias regiões do País. A mobilização, que começou a circular em grupos de Whatsapp nas últimas semanas, é apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O movimento dos caminhoneiros, porém, está completamente dividido em relação a uma nova greve. O caminhoneiro Wallace Landim, o "Chorão", que tem representado os pleitos dos caminhoneiros na interlocução com o governo, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a classe está sendo alvo de interesses políticos e que os principais pedidos dos trabalhadores já estão com data para que sejam atendidos.

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"Temos uma pauta importante, que já está na mesa e que tem data para ser atendida. Temos de ter muita seriedade em relação ao que está sendo feito. O que estão querendo é usar o transportador como massa de manobra para um movimento político", disse.

Na próxima terça-feira, 17, segundo Chorão, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se comprometeu em publicar o novo Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot), ferramenta que vai ajudar a fiscalizar a punir empresas que tem contratado caminhoneiros com preços abaixo do mínimo estabelecido na tabela do frete.

Outra reivindicação é o reajuste do piso mínimo do frete, o que, segundo Chorão, já tem o compromisso do governo de ser feito em 20 de janeiro do ano que vem. Sua expectativa da classe é que esse aumento fique entre 14% e 18%. Outras negociações estão em andamento ainda para tratar do preço do diesel.

"Concordo que estamos no limite de nossa situação, mas é preciso enxergar que as coisas estão em andamento. Nossa maior crítica hoje é o atravessador, a empresa que está entre o produtor e o caminhoneiro. É preciso eliminar esse atravessador e facilitar a contratação direta do caminhoneiro, seja cooperado ou autônomo", comentou.

Nas redes sociais, representantes da CUT têm divulgado vídeos nos quais negam motivações políticas. "Estão tentando desvirtuar o movimento dos caminhoneiros, com essa história de que se trata de um movimento político. Quem faz isso tenta desmobilizar a classe, é covarde", afirmou Sandro Cesar, presidente da CUT no Rio de Janeiro, em vídeo distribuído entre os trabalhadores. "Quero saber se tem alguém, em algum lugar desse Brasil, que está feliz com o preço da gasolina, do gás, do óleo diesel. Se tem alguém feliz com isso, deve ter outros interesses."

Nesta época do ano, quando o volume de transporte de grãos cai, é comum haver uma oferta maior de caminhões no mercado. Como todos querem trabalhar, algumas empresas acabam praticando preços muito inferiores aos previstos na tabela do frete, que foi adotada durante a primeira paralisação de grande porte do setor, ocorrida durante a gestão do ex-presidente Michel Temer.

Para aplacar a greve, o governo cedeu e instituiu uma tabela mínima de preços para o transporte. A indústria, no entanto, critica até hoje o mecanismo e diz que este tem prejudicado os negócios.

"Se não tivermos nossos pedidos atendidos, serei o primeiro a ir para a rua e puxar as mobilizações. Mas não estamos nesse momento. É preciso olhar as coisas com seriedade e não entrar em movimentos que nunca representaram os caminhoneiros", disse Chorão.

A queda de braço entre o governo de Jair Bolsonaro e o setor de praças das Forças Armadas e policiais no debate das reformas da Previdência abriu uma divisão no bolsonarismo a menos de um ano eleições municipais de 2020, a ponto de aproximar a oposição de uma das principais bases eleitorais do presidente. O Palácio do Planalto ainda não deu sinais de que pretende reagir e intervir no embate, que pode causar fissuras políticas.

As discussões ocorrem na Câmara, que debate um projeto de lei específico sobre as regras de aposentadoria dos militares da Aeronáutica, Exército e Marinha. Por lobby de oficiais, o texto passou a incluir os policiais e bombeiros militares - estes últimos na folha dos governos estaduais. Para as Forças Armadas, a proposta inclui uma revisão nas carreiras, com alteração dos vencimentos, pensão e benefícios. O impacto sobre o soldo é o motivo da celeuma.

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A revolta é maior entre os praças do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, que reclamam da disparidade de benefícios a oficiais propostos pelo Ministério da Defesa. Os cabos e soldados das polícias também se queixam, mas a maioria viu com satisfação que as regras, antes diferentes em cada Estado, devem ser nacionalizadas e equiparadas às das Forças Armadas. Quem não conseguiu tratamento simétrico foram as polícias civis, incluídas as Polícias Federal e Rodoviária Federal, entre outras categorias da segurança. As regras dessas categorias foram debatidas e fixadas pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, que trata da reforma da Previdência e deve ser promulgada em novembro.

Embora os deputados neguem uma relação direta de causa e efeito, o recente racha na bancada do PSL na Câmara expôs insatisfações e desalinhamentos referentes aos interesses das categorias da segurança pública e defesa nacional. Todos os cinco deputados federais do PSL que são delegados das polícias Civil e Federal aderiram ao grupo do presidente do partido Luciano Bivar (PE). Por outro lado, os seis deputados que são oficiais da reserva do Exército e da Aeronáutica alinharam-se ao clã Bolsonaro.

A divisão entre Bolsonaro e Bivar extrapola, no entanto, questões de classe e envolve o controle da estrutura e dos recursos do partido. Em 2020, o PSL administrará R$ 361 milhões em recursos públicos. São R$ 123 milhões do Fundo Partidário, destinado ao funcionamento do PSL, e mais R$ 239 milhões do Fundo Eleitoral, voltado para bancar as campanhas.

Diretórios

Na disputa com o Planalto, Luciano Bivar conta com um apoio significativo. A maioria dos presidentes de diretórios estaduais do PSL está alinhada a Bivar, como Delegado Waldir (GO) e Delegado Pablo (AM). Nesse grupo, também estão outros dois presidentes de diretórios com estreita ligação com o mundo policial - os ex-deputados federais Carlos Manato (ES) e Fernando Francischini (PR). Antigos aliados de Bolsonaro, os dois estão atualmente desprestigiados pelo presidente. Os dirigentes estaduais têm acesso a verbas públicas, cargos e poder de decisão final sobre as candidaturas nas eleições.

O posicionamento dos deputados do PSL que são delegados reflete a resistência dos policiais com a reforma da Previdência. Em julho, no auge das negociações, os policiais revoltaram-se com o governo, apesar de o presidente ter participado diretamente de algumas conversas. Eles queriam regras mais brandas, equiparáveis às dos militares, que vão se aposentar com paridade salarial aos postos equivalentes da ativa e receber o valor integral. Além disso, a regra de transição dos militares é mais suave, com um pedágio de apenas 17% a mais do tempo necessário para se aposentar. À época, Eduardo Bolsonaro disse que ceder aos pleitos dos policiais significaria deixá-los "de fora da reforma".

Eles não conseguiram nenhuma das reivindicações. A cena mais marcante da insatisfação foi a ocupação pelos policiais do salão verde da Câmara. Sentados no chão, fizeram coro: "Bolsonaro traidor". Foi a primeira evidência de que a tramitação das reformas atingia os pilares eleitorais de Bolsonaro.

"As forças policiais não ficaram satisfeitas com o tratamento que receberam do governo. Queriam ser tratadas de forma diferenciada e acabaram no bolo", afirma o deputado Felício Laterça (PSL-RJ), delegado da Polícia Federal. Recentemente, Laterça foi excluído do cargo de vice-líder do partido na Câmara por Eduardo Bolsonaro.

A bancada do partido foi eleita com apoio das entidades policiais, que representam uma rede expressiva. O setor é formado por 963 mil integrantes, considerando só o número de profissionais na ativa, conforme dados do governo. São PMs, civis, federais e rodoviários federais, além dos militares das três Forças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB elegeu, nesta sexta-feira, 31, a nova direção do partido e formalizou o ex-deputado e ex-ministro Bruno Araújo como presidente nacional da sigla. Em um evento realizado no auditório do subsolo de um centro de convenções em Brasília, a convenção foi marcada por discursos defendendo a construção de um "novo PSDB". Por outro lado, a ala antiga, que perdeu poder na legenda, deixou recados de que o partido precisa voltar às origens.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), conseguiu emplacar Bruno Araújo como presidente do partido. Foi ao evento vestindo uma camiseta amarela com a inscrição "Novo PSDB", replicada no traje de aliados. "As raízes devem ser mantidas e preservadas, não precisamos apagar nossa história, mas precisamos também construir a nossa história. É isso que o povo brasileiro espera do PSDB, que tenha raízes, respeita a sua história, mas que seja protagonista da história", discursou o paulista.

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Antes de falar, Doria ouviu do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que colocar um aliado na direção da sigla não significaria que agora pudesse mandar na legenda. "O governador Doria, pelo fato de ser governador de São Paulo, não passa a ter o direito de ser dono do PSDB. O PSDB não pode ter dono", declarou Arthur Virgílio, que ainda fez um discurso de conciliação com o ex-governador Geraldo Alckmin, agora ex-presidente do partido. Na última eleição presidencial, o prefeito foi contra o partido colocar o paulista como candidato ao Planalto. "Tudo o que passou para trás passou, eu quero olhar para frente. Que nunca mais se realiza uma eleição para presidente da República sem prévias duras, debatidas e disputadas democraticamente."

Nem a ala da juventude do PSDB ficou fora da disputa entre os grupos antigo e novo da legenda. A Ação Popular, que conseguiu eleger Julia Jereissati para a Juventude Nacional do PSDB, trocou provações com a ala Conexão, ligada ao governador Doria. Julia, sobrinha do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), foi vaiada pela ala alinhada ao paulista e gerou reações do outro grupo. O presidente do PSDB do São Paulo, Marco Vinholi, chegou a entrar no embate e foi aconselhado por aliados a se retirar.

A ala que assumiu a direção do PSDB defende posicionamentos claros sobre assuntos polêmicos e nacionais. O novo presidente, Bruno Araújo, prometeu afastar o partido das "hesitações". "Vamos nos transformar em um partido de posições. Vamos derrubar o muro. Vamos errar, mas vamos errar de um jeito novo. Não há chance de acertar sem coragem e o PSDB tem coração para acertar para o destino do País", discursou.

Presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso não veio e alegou motivos pessoais. FHC enviou um vídeo defendendo que o partido não se perca nos princípios ao tentar encontrar uma nova roupagem. "Pode mudar de nome, pode fazer coligação, mas no princípio não pode mudar. Tem que ser democrático e tem que ter lado, esse lado é do povo brasileiro", afirmou o ex-presidente na gravação.

Outros partidos estiveram na convenção. O presidente nacional do MDB, Romero Jucá, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foram chamados para o palco. Além disso, foi citado que havia dirigentes do PL (antigo PR), do PP, do Cidadania e do PRB no encontro. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declarou que há uma tentativa de criar um grupo de partidos contra os extremismos. "Estamos vivendo em um momento de extremos, a extrema-direita de um lado extremamente radicalizada, intransigente e intolerante e a mesma coisa na esquerda. E a grande maioria silenciosa dos brasileiros não está em nenhuma dessas extremidades", afirmou em entrevista.

Código de ética do partido fica de fora dos discursos

O código de ética escrito pela direção da legenda, que prevê a expulsão de filiados condenados na Justiça, não ganhou destaque nos discursos. João Doria, ao falar, citou que o PSDB precisa continuar buscando "transparência e ética" com as novas regras. Geraldo Alckmin, por sua vez, declarou que a legenda está tendo "coragem" ao colocar "tudo na internet" quando falou do programa de integridade formulado. Ausente na convenção, o deputado Aécio Neves (MG), réu no Supremo Tribunal Federal, não foi lembrado na fala dos principais líderes tucanos.

Com os novos dirigentes poupando o presidente Jair Bolsonaro nos discursos, Alckmin fez seu último discurso como presidente do PSDB atacando o governo e pedindo para os tucanos não terem medo de "pôr o dedo na ferida". "Esses oportunistas políticos por 30 anos numa deslealdade vêm atacar a vida dos homens públicos jogando a sociedade contra suas instituições. Não temos duas verdades, a extrema-direita e a extrema-esquerda. Temos duas grandes mentiras, o petismo e o bolsonarismo."

O ‘clássico do milhão’ entre Santa Cruz e Náutico ainda está rendendo. Mas nada com relação à provocações entre rivais. Na verdade, é justamente o lado vencedor que está de cabeça quente. Ou pelo menos parte dele. Nesta quinta-feira (21), o clube coral divulgou que a premiação R$ 1,45 milhão por passar de fase não ficará integralmente no Arruda.

Santa Cruz e Náutico firmaram um contrato antes da partida e decidiram que haveria uma divisão do valor líquido: 60% para o vencedor e 40% para o eliminado. Alguns tricolores não curtiram saber disso. Nas redes sociais do clube, houve um chuva de comentários negativos.

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“Amadorismo. Time pequeno é assim, entra com medo do adversário. Nós torcedores fomos iludidos mais uma vez”; “Transparência depois que faz um acordo absurdo com um rival direto na briga pelo acesso? Por que só tornaram transparente depois de mobilizar a torcida por uma mentira que já estava costurada?”; “Presidente, se você quiser dar doar dinheiro ao arquirrival, dê do seu próprio bolso e não de um prêmio de uma conquista ganha com dor e sofrimento em campo”, foram alguns dos desabafos.

Mas houve também quem concordasse com o combinado: “Quem tá reclamando, é só pensar se aquela bola no travessão tivesse entrado, ainda teríamos 40%. Os dois times lascados financeiramente, foi um acordo válido”; “Se a gente tivesse perdido a classificação estávamos comemorando o acordo né galera?”.

Em seu site oficial, o Santa Cruz publicou uma nota sobre o ocorrido

“O Santa Cruz Futebol Clube, reiterando o compromisso da gestão do presidente Constantino Junior em ser transparente com o torcedor, divulgando corretamente e de forma responsável as informações aos seus conselheiros, sócios e torcedores, bem como instituir no clube uma governança corporativa primando pela responsabilidade financeira, vem a público informar que, diante dos bloqueios das cotas de fase da Copa do Brasil 2019 efetivados em virtude do ato trabalhista 01/2003 do TRT 6ª Região, cuja execução de clubes de futebol está concentrada na 12ª vara do trabalho do Recife e diante da iminência de não obter receita suficiente para manter em dia os pagamentos de acordos trabalhistas e com fornecedores, bem como visando a manutenção em dia de salários de atletas e funcionários, firmou acordo com o Clube Náutico Capibaribe para que o vencedor do confronto realizado no dia 20 de Fevereiro no Arruda venha a receber 60% (sessenta porcento) do valor da premiação.

Mantendo-se um percentual mínimo de 40% (quarenta porcento) para a equipe eliminada. O acordo visa tentar eliminar ao máximo o atraso de salários que historicamente tem prejudicado a imagem do clube e manter a garantia dos pagamentos em dia nos termos do seu planejamento. O Santa Cruz Futebol Clube agradece a presença de todos que empurraram nossos atletas para a classificação obtida no jogo de ontem e esperamos estar sempre juntos visando obter o sucesso nas competições disputadas na temporada 2019.”

Em mais uma declaração polêmica, nesta terça-feira (9), o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) falou que todos os brasileiros estão no mesmo barco. “Não vai colar essa divisão. O Brasil é um só e todos estamos no mesmo barco que afunda em violência e corrupção generalizada”, escreveu em suas redes sociais. 

Mais uma vez, o presidenciável tocou no assunto da segurança pública. “É priorizando esses dois problemas, pegando pesado contra bandidos e dando fim às indicações políticas que o Brasil dará o primeiro passo rumo a prosperidade”. 

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Em outra publicação, Bolsonaro garantiu que vai pegar “pesado’ contra a violência. “Para termos um Brasil mais seguro e livre para todas as pessoas, independente de cor, sexualidade e religião. Queremos devolver à população o prazer de andar na rua sem medo, de viver sem medo. Nosso inimigo é o crime, não o cidadão”. 

“Meu adversário falou que vai combater o encarceramento e soltar criminosos da cadeia. Nossa preocupação e prioridade são as pessoas de bem. Falo desde sempre, prefiro uma cadeia lotada de criminosos do que um cemitério lotado de inocentes. Se faltar espaço, a gente constrói mais”, complementou se referindo ao candidato do PT Fernando Haddad. 

O capitão da reserva ainda ressaltou  os males causados pela corrupção. “Os prejuízos da corrupção atingem a população de todas as formas. É ela que fica sem leito no hospital, sem segurança nas ruas e sem dinheiro no bolso. É isso que queremos impedir. Um governo corrupto estimula o crime em todas as esferas. Vamos governar pelo exemplo”.

Diante da dificuldade do ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, de avançar nas pesquisas de intenção de voto, setores do partido já atuam para se aproximar de Jair Bolsonaro e defendem o apoio ao candidato do PSL no segundo turno. Deputados e líderes do PSDB ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo temem que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros quadros da legenda atuem para apoiar Fernando Haddad (PT), caso Alckmin não chegue à próxima fase da disputa presidencial.

Reservadamente, tucanos dizem que o PSDB deve enfrentar o pior racha de sua história e pode "implodir" se houver uma guerra entre a ala mais conservadora e liberal e os fundadores do partido.

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"Vou ser leal ao Geraldo até o último dia, mas, se ele não for para o segundo turno, sou anti-PT e vou encaminhar na bancada o apoio ao Bolsonaro", disse à reportagem o deputado Nilson Leitão (MT), líder do PSDB na Câmara. "O PT nós já conhecemos e não podemos experimentar de novo", concluiu o tucano.

Uma das possibilidades ventiladas pela cúpula do partido é liberar os filiados no segundo turno, se Alckmin não reagir nas pesquisas de intenção de voto.

Em um movimento que desafiou a direção do PSDB, um grupo de militantes do partido criou um grupo no Facebook chamado "Sou tucano e voto Bolsonaro", que já conta com 6.986 integrantes.

"O Geraldo fez gestos à esquerda e se aproximou do MST e do MTST. Ele não é um candidato viável. Nunca foi. Por isso, meu voto é para o Bolsonaro", disse Caíque Mafra, criador e administrador do grupo na rede social.

Filado ao PSDB, ele lidera uma corrente interna chamada "Liberdade Tucana", que se apresenta como liberal e de direita. Mafra chegou a disputar a direção da juventude do PSDB no ano passado por outro grupo interno, o Conexão 45.

O movimento pró-Bolsonaro no PSDB gerou reações. "O PSDB cometeu um erro lá atrás, que foi permitir a filiação pela internet e sem critérios mínimos. Entraram pessoas sem nenhum compromisso com a social-democracia e que se infiltraram no partido", afirmou o sociólogo Fernando Guimarães, que é integrante do diretório nacional do PSDB e coordenador da corrente tucana Esquerda Para Valer (EPV).

O grupo, que é ligado ao senador José Serra (SP) e ao ex-senador José Aníbal, vai pedir a expulsão de Mafra do partido. "Se algum tucano se posicionar pró-Bolsonaro, não tem outro caminho a não ser a expulsão", disse Guimarães.

Um dos fundadores do PSDB, o jurista José Gregori, ex -ministro da Justiça e titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso, disse considerar um "equívoco" a aproximação de setores do PSDB com o presidenciável do PSL e afirmou que seu posicionamento sobre o assunto é "diametralmente" oposto.

Estratégia

O PSDB se apega aos números laterais das mais recentes pesquisas de intenção de voto para pregar que ainda é possível ocorrer uma virada que favoreça Alckmin na disputa ao Palácio do Planalto.

"É preciso olhar os outros números da campanha. A alta rejeição do Bolsonaro, os 28% que podem mudar de voto e as mulheres. Esses são fatores que podem virar a eleição de cabeça para baixo", disse o deputado Silvio Torres (SP), tesoureiro do PSDB e um dos coordenadores da campanha tucana. A avaliação reservada da equipe do ex-governador é de que a estratégia mais agressiva contra Bolsonaro surtiu efeito.

As pesquisas internas mostram que o presidenciável do PSL parou de crescer nos levantamentos de intenção de voto, mas o eleitor não entendeu a mensagem dos comerciais tucanos segundo a qual votar em Bolsonaro significa eleger o PT no segundo turno.

Para os estrategistas do PSDB, Alckmin teria de atingir 12% no Datafolha (ficou com 10%) para dar a esperança de começar a semana que vem com 15% e criar alguma expectativa positiva. Nesse cenário, a busca é por uma "virada heroica", que atraia a candidata da Rede, Marina Silva, para a campanha.

"Se Alckmin crescer 3% ou 4% até segunda-feira, ele pega impulso e consegue chegar ao segundo turno. O final de semana é fundamental. É quando há troca de informação nos grupos sociais", afirmou o sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), que presta serviços ao PSDB.

Segundo Lavareda, na reta final de outras eleições houve registro de movimentos importantes nesta etapa: Aécio Neves (PSDB) teve variação positiva de 10 pontos em 2014, Marina (então no PV) cresceu 6 pontos em 2010 e Alckmin, 8 em 2006.

Para o cientista político Cláudio Couto, coordenador do mestrado de política públicas da FGV, seria um "milagre" Alckmin ir para o segundo turno. "Ele perdeu o eleitor antipetista para Bolsonaro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A separação da Índia, há 70 anos, provocou uma das maiores migrações da história moderna, com habitantes que encontraram refúgio em antigos mausoléus ou fortes, transformados em acampamentos de refugiados.

Mais de 15 milhões de pessoas se viram obrigadas ao êxodo com o traçado das novas fronteiras após a independência, em 1947, da Índia, até então uma colônia britânica. Os muçulmanos emigraram para o que seria o Paquistão, enquanto os hindus e sikhs seguiram na direção oposta.

Ao menos um milhão de pessoas morreram durante a migração. Os outros encontraram refúgio em acampamentos insalubres, em cidades com superpopulação e carências de todo tipo, além de saques e violência.

Em Nova Délhi, dezenas de milhares de muçulmanos se refugiaram atrás dos muros do túmulo de Humayun, do século XVI, à espera da chance de fugir para o Paquistão.

Nos jardins do complexo que cercam o espetacular mausoléu inspirado no Taj Majal foram instaladas barracas. Sem banheiros, as fontes terminaram "tão cheias de excrementos humanos que tiveram que receber areia", afirma a historiadora Yasmin Khan no livro "A Grande Partição".

Rapidamente, a população de Nova Délhi passou a ser constituída por um terço de refugiados, que chegavam de todas as regiões do país.

O forte Purana Qila se tornou um dos maiores acampamentos de refugiados.

O prestigioso Khalsa College foi invadido pela comunidade sikh.

As imagens dos acampamentos de refugiados podem ser observadas nos Arquivos da Partição de 1947.

Em Amritsar, norte da Índia, um novo museu iniciou o processo de digitalização dos arquivos do período.

Mas em Nova Délhi não existe nenhum memorial ou placa que recorde este momento sombrio da história do país, que completa 70 anos na terça-feira.

O presidente Michel Temer consultou aliados sobre dividir as atuais funções do Ministério da Justiça e dar mais poder à secretaria que cuida da área de Segurança Pública. Com a mudança, ele poderia abrigar no governo seu amigo de longa data Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que já havia sido descartado como ministro por posições contrárias à Operação Lava Jato.

Desde o afastamento do cargo de Alexandre de Moraes, indicado a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), Temer tem buscado um nome para assumir a pasta. Na terça-feira (14), convidou o ex-ministro do STF Carlos Velloso. A ideia, porém, é que o jurista faça uma espécie de "dobradinha" com outro nome mais ligado à área de Segurança.

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No novo arranjo analisado pelo Planalto, Mariz poderia comandar uma secretaria com status de ministério para cuidar da Segurança Pública. O advogado criminalista tem experiência na área. Ele já foi secretário de Segurança e Justiça de São Paulo na década de 1990, no governo Orestes Quércia.

Nesse cenário, conforme interlocutores do presidente, não haveria impedimentos éticos de Mariz em relação à Lava Jato, já que ele é advogado de investigados. A Polícia Federal continuaria vinculada diretamente ao Ministério da Justiça.

O perfil que Temer busca para a área de Segurança é o de alguém que corresponda à "dimensão da crise", enfrente a onda de violência e aceite trabalhar sob a orientação do Ministério da Justiça.

Temer gostaria de contar tanto com Velloso quanto com Mariz no governo, pois são nomes da mais alta confiança do presidente, disse um amigo do peemedebista à reportagem.

Nova pasta

O formato do novo ministério, porém, ainda está em estudo. Um dos cenários analisados, segundo auxiliares do presidente, é o de levar para dentro do Palácio do Planalto o comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), hoje vinculada à pasta da Justiça. Neste caso, não haveria status de ministro para o secretário porque a área poderia ficar subordinada à Casa Civil ou direto à Presidência, mas criaria um "secretário forte".

A ideia, no entanto, encontra resistência no Planalto. Segundo um interlocutor, ao retirar a Senasp da Justiça e levá-la para o Planalto, Temer colocaria no seu colo problemas como a crise penitenciária e a paralisação de policiais, que em primeira instância é atribuição dos Estados.

O presidente também tem ouvido sugestões para criar um novo ministério, como defende a "bancada da bala" no Congresso.

No início do mês, em meio à crise penitenciária, Temer incorporou o nome "Segurança Pública" à pasta da Justiça. Mesmo assim, encomendou a técnicos do Planejamento uma análise sobre quanto custaria a divisão do ministério em duas partes.

Entre as atuais atribuições da Senasp está coordenar as atividades da Força Nacional e assessorar o ministro da Justiça a implementar a Política Nacional de Segurança Pública. A ideia neste novo formato seria incluir o Departamento Penitenciário Nacional na secretaria.

Nomes

Além de Mariz, o nome do ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame é cotado para cuidar dessa área no governo. Beltrame enfrenta, porém, resistência dentro do governo e também no PMDB. Seus críticos dizem que ele não resolveu o problema no Rio após quase dez anos no cargo.

Outro ponto contrário ao nome de Beltrame é sua ligação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso em Bangu acusado de corrupção. Além do ex-governador, vários de seus auxiliares também foram presos.

A despeito da movimentação de parlamentares, Temer também disse a aliados do PMDB que o novo titular da Justiça não será um político. A bancada peemedebista de Minas queria emplacar o deputado federal Rogério Pacheco (MG), mas o nome perdeu força. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o nome ventilado para compor o eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), o líder do PSB na Câmara Federal, deputado Fernando Filho, afirmou, nesta quarta-feira (11), que a postura adotada pela Executiva Nacional da legenda de não ocupar cargos na possível gestão é equivocada. 

“Não podemos ficar esperando as coisas darem certo ou darem errado”, disse o pessebista, ao lembrar que recai sobre os parlamentares a votação de questões fundamentais para produzir as mudanças necessárias no país. 

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O líder socialista afirmou que também torce para que, caso venha a ocorrer, o novo governo dê certo “porque o País não aguenta mais ficar da forma como está”. Mas destacou que a participação direta do PSB é “fundamental” para que se possa contribuir com a saída do Brasil da crise econômica e política.

Nessa terça-feira (10), a direção nacional do partido decidiu não indicar nem chancelar nomes para compor ministérios de um eventual governo. Apesar disso, a legenda encaminhou propostas para colaborar com a gestão peemedebista. 

“Nós queremos que o governo Temer dê certo porque se não der será um desastre ainda maior para o nosso país. Portanto, a nossa intenção é contribuir para que isso não aconteça. Isto é um dever cívico”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

A tese de contribuir sem ocupar cargos foi encabeçada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio. “O PSB tem definição de que poda ajudar o governo Temer, mas a gente pode ajudar aprovando propostas no Congresso e dando sugestões, não necessariamente ocupando cargos. Este modelo [de troca de apoio] se exauriu. A contribuição maior que o PSB pode dar é com as nossas propostas que são muito boas”, chegou a pontuar Paulo Câmara em entrevista recente. 

A missão da União Europeia nos Territórios Palestinos condenou nesta sexta-feira a retomada por parte de Israel da construção do muro de separação na Cisjordânia, e no vale de Cremisan, perto de Belém.

Israel começou em 7 de abril a colocar blocos de concreto de oito metros de altura na zona majoritariamente cristã de Beit Jala e do vale de Cremisan, ao sul da colônia judia de Gilo. O projeto enfrenta a forte resistência da comunidade cristã palestina, que mobilizou o papa Francisco a manifestar-se em seu favor e recorreu do traçado ante a justiça israelense.

Em um comunicado, as missões da UE em Jerusalém e Ramallah disseram estar "muito preocupadas com a retomada das obras de construção da barreira de separação no vale de Cremisan". Os palestinos tiveram uma vitória provisória em abril de 2015, quando a Suprema Corte israelense bloqueou o traçado do muro.

No entanto, três meses mais tarde autorizou sua construção, com algumas restrições.

Principal partido de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, o PSDB chega ao momento decisivo do processo de impeachment no Congresso assombrado pelo espectro da divisão interna e pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, além de estar seriamente ameaçado de perder o protagonismo na disputa contra a petista.

Enquanto os senadores Aécio Neves (MG), presidente do partido, e José Serra (SP) disputam o protagonismo da transição (e reeditam a antiga rivalidade), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, explodiu as pontes com os caciques tucanos de São Paulo, Estado que é o berço político e a principal base do PSDB.

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Serra é o principal canal de comunicação do PSDB com o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O tucano paulista tem defendido a ajuda do partido a um eventual governo do peemedebista. Mas Aécio apresenta resistência. O senador mineiro, no entanto, vem sendo citado em novas delações da Lava Jato e terá de se dedicar nos próximos dias a elaborar sua defesa, deixando um pouco de lado as articulações políticas.

Na semana passada, Aécio disse que o PSDB não deve discutir cargos com Temer e recomendou cautela ao partido. O problema para os tucanos é que o impeachment avança e o PSDB começa a perder espaço no processo para as alas rebeldes do PMDB, para o DEM e para o PPS.

"Aécio precisa ser cuidadoso com o que fala, pois é presidente do partido", afirmou o ex-deputado José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço de elaboração teórica do PSDB. "Quando se agrava a situação, as lideranças precisam ampliar o foco", conclui. O "foco" ao qual ele se refere são as pretensões eleitorais dos dois rivais internos: o Palácio do Planalto em 2018.

É nesse ponto que entra o terceiro elemento de instabilidade no ninho tucano. A decisão de Alckmin de patrocinar politicamente a pré-candidatura do empresário João Doria à Prefeitura de São Paulo foi uma declaração de guerra aberta ao grupo de Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoiaram o vereador Andrea Matarazzo nas prévias do partido.

Interpretação

A leitura do racha paulista é a mesma em todas as alas do PSDB: Alckmin tentará ampliar sua influência na máquina partidária nacional para se viabilizar como presidenciável. Se não conseguir furar o bloqueio de Aécio, que preside a legenda, ele mudará de partido, provavelmente para o PSB.

No atual cenário, entretanto, Alckmin está "preso" a São Paulo e à liturgia do cargo, e não tem como fazer frente a Serra e Aécio na arena nacional.

Se persistir o impasse entre os dois senadores, a decisão final será tomada pela executiva nacional do PSDB, algo que seria inédito na história do partido e sintomático da divisão interna. "Quando o impeachment passar na Câmara, esse debate vai aflorar nas instâncias partidárias", disse o deputado Jutahy Junior (BA), que é próximo a Serra.

"O PSDB enfrentou esse dilema (participar ou não do governo) duas vezes e tomou a decisão certa em ambas", lembra o deputado Bruno Araujo (PE), um dos vice-presidentes do partido.

Nos dois casos, porém, o cenário era muito diferente. Em 1992, o então senador Fernando Henrique Cardoso foi convidado para integrar o ministério do presidente Fernando Collor e estava disposto a aceitar a missão. Principal líder do partido à época, Mário Covas vetou a movimentação do aliado.

Após o impeachment de Collor, porém, FHC foi ministro das Relações Exteriores e ministro da Fazenda de Itamar Franco. Tucanos lembram que no primeiro caso havia uma liderança incontestável e no segundo, um consenso. Dessa vez não há nenhum dos dois elementos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líderes da oposição divergiram nesta quinta-feira, 3, sobre a melhor estratégia a ser adotada para alcançar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o líder tucano no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), querem reduzir o ritmo de tramitação do processo de impedimento mantendo o recesso parlamentar, previsto para se iniciar em 22 deste mês. Outros oposicionistas, porém, defendem acelerar o processo.

Nos cálculos do senador mineiro, a situação do governo deverá se agravar nos próximos meses com uma piora no quadro econômico refletida, principalmente, nos crescentes índices de desemprego da população. "Talvez, o recesso seja um momento para os parlamentares se encontrarem com as suas bases, com aqueles que aqui representam, e colherem de forma mais direta um sentimento que é amplo na sociedade brasileira, de que a presidente vem perdendo as condições objetivas de governar o País", afirmou Aécio. "Dilma mente ao dizer que não aceita barganha em troca de votos."

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Cunha Lima traçou um paralelo com o processo de impedimento do ex-presidente de Fernando Collor. "O impeachment do Collor nasceu na rua e veio para o Congresso Nacional. Agora, o pedido nasce no Congresso e tem que ir para a rua", afirmou o senador da Paraíba.

'Celeridade'

Numa linha oposta a Aécio e Cássio Cunha Lima, o senador tucano José Serra (SP) prefere que o Congresso não pare seus trabalhos. "Agora é a oportunidade de fazer o processo. Tem que se fazer com a maior celeridade. A meu ver, o Congresso não deve entrar em recesso, deve ser convocado. Essa não é uma questão para ser empurrada com a barriga", afirmou Serra.

Essa é a mesma avaliação do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). "Qual é o exemplo que você dá para o País? Se você luta por isso, acolhe e instala a comissão e, quando chegar o dia do recesso, encerra e vamos pensar só em fevereiro? Não sei como explicar para o cidadão brasileiro que nós vamos entrar de férias e voltar só no dia 2", disse.

Com a esperança de impulsionar o impeachment por meio mobilizações nas ruas, aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendem o recesso parlamentar durante as festas de fim de ano e férias escolares em janeiro. A decisão caberá à Camara e ao Senado, que terão que aprovar por maioria absoluta.

O objetivo é evitar uma tramitação rápida do processo na Câmara, na contramão do que quer o Palácio do Planalto. A equipe de coordenação política aposta que, neste momento, tem votos para barrar o afastamento da presidente Dilma. Em uma reunião na manhã ontem, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) defendeu que não haja recesso.

Braço direito de Cunha nas negociações em favor do impeachment, o líder do PSC, André Moura (PSC-SE), disse a interlocutores que "é melhor deixar o impeachment para 2016". Os aliados do presidente da Câmara reconhecem que precisam arregimentar mais votos contra Dilma.

O deputado Lúcio Vieira Lima (BA) é outro peemedebista que defende a realização do recesso como estratégia para impulsionar o impeachment após as férias escolares. "Quando a população começar a ir para rua até o Picciani subirá na tribuna para pedir a saída de Dilma", disse, em referência ao líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que se aproximou do Palácio do Planalto e tem se manifestado contra o impeachment da presidente.

Picciani exerce forte influência na bancada, pois conseguiu negociar com o governo duas cadeiras para deputados na Esplanada dos Ministérios: Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).

"A bancada está rachada e ainda precisamos construir uma forma de convivência entre quem quer o impeachment e quem não quer", disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que é a favor do afastamento da presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União Europeia adotou nesta terça-feira (22) "por ampla maioria" a divisão de 120.000 refugiados sírios, iraquianos e eritreus, apesar da oposição dos países do Leste a este mecanismo, que instaura cotas por país, anunciou a presidência luxemburguesa do bloco.

"A decisão sobre a realocação de 120.000 pessoas foi adotada por uma ampla maioria dos Estados-membros", indicou no Twitter. O ministro tcheco do Interior, Milan Chovanec, afirmou no Twitter que seu país, assim como Hungria, Eslováquia e Romênia, votaram contra, enquanto a Finlândia se absteve.

Uma fonte diplomática confirmou que os ministros votaram por maioria qualificada e decidiram pela divisão de 66.000 refugiados que chegaram à Itália e à Grécia um mês antes da entrada em vigor deste mecanismo e de 54.000 no próximo ano que também chegaram a estes dois países.

"Não é um acordo perfeito, mas nos permitirá começar a trabalhar sobre os problemas que estamos enfrentando", acrescentou. A medida, embora tenha sido adotada por maioria qualificada, é imposta a todos os membros da UE por igual, inclusive aos que votaram contra.

A Polônia, muito reticente à proposta da Comissão Europeia de uma divisão de quotas por país, votou a favor do mecanismo. O objetivo do mecanismo adotado é que 120.000 refugiados de Síria e Iraque, elegíveis para obter o direito de asilo, sejam divididos automaticamente segundo um sistema de quotas entre todos os países da União.

A Grã-Bretanha não participa deste mecanismo em virtude dos tratados que a unem ao bloco. O mesmo ocorre com a Dinamarca, mas Copenhague se declarou disposta a receber 1.000 refugiados.

Os 28 membros do bloco já tiveram sérias dificuldades para entrar em acordo sobre a divisão de 40.000 refugiados proposto pela Comissão em maio. A medida foi adotada na semana passada.

A manifestação de um grupo favorável à intervenção militar dividiu o protesto que ocorre na tarde deste domingo (12) em Porto Alegre. Cerca de 50 pessoas munidas de faixas e um carro de som formaram um bloco isolado do resto dos participantes para defender a volta das forças armadas ao poder.

Eles ficaram mais à frente dos demais manifestantes, que protestam contra o governo federal e pedem a saída da presidente Dilma Rousseff (PT), com a manutenção da democracia. O grupo maior é encabeçado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem pra Rua, os mesmos que lideraram o protesto de 15 de março. Conforme os organizadores, 5 mil pessoas estão reunidas no Parque Moinhos de Vento. A Brigada Militar ainda não divulgou uma estimativa oficial.

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Os pró-militares receberam escolta da polícia, para evitar enfrentamentos com os demais manifestantes, que gritaram "fora golpistas".

De acordo com Joel Machado, um dos líderes do grupo pró-miltar, a intervenção é necessária para "colocar ordem" no Brasil, já que os três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - , segundo ele, não têm mais seriedade e equilíbrio.

Os dois grupos de manifestantes farão caminhadas pelas ruas de Porto Alegre com trajetos diferentes. Enquanto os pró-militares já começaram o deslocamento, os que defendem o impeachment continuam concentrados no Parque Moinhos de Vento esperando o número de pessoas aumentar.

Com custo superior a R$ 100 bilhões, a licitação dos ônibus de São Paulo poderá ter contratos com vigência de até 20 anos, cinco a mais do que o definido atualmente, segundo o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. O futuro sistema de coletivos da capital também será redesenhado e terá sub-redes de deslocamento - radiais, perimetrais, de articulação e de distribuição.

As propostas foram apresentadas na segunda-feira, 23, durante uma conturbada audiência pública no Instituto de Previdência Municipal (Iprem), em Santana, zona norte, presidida por Tatto. O encontro tratou da concessão, prevista para ser viabilizada pela gestão Fernando Haddad (PT) até julho.

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De acordo com Tatto, a divisão do sistema em duas redes - estrutural e local - será mantida, mas serão quatro variações.

A Prefeitura criará duas sub-redes estruturais. Uma será com linhas radiais - dos terminais de ônibus até o centro, com trajetos mais simples e carregamento maior - e outra terá linhas perimetrais, conectando vários corredores, sem chegar ao centro.

Também haverá duas sub-redes locais. Uma delas será a de articulação, com ônibus atravessando corredores e atendendo a um ou a mais bairros, com uma capilaridade maior. A segunda é uma sub-rede de distribuição, com veículos circulando por ruas de difícil acesso, geralmente pequenas, no meio dos bairros.

Além disso, Tatto afirmou que a gestão Haddad quer criar operações diferenciadas para cada período do dia e da semana. A intenção é criar uma rede de linha para os dois horários de pico do dia, uma rede para os demais períodos dos dias úteis, outra para os domingos, aumentando a frequência em relação ao que já existe hoje, e outra da madrugada - que já está em funcionamento desde fevereiro. A próxima rede a ser lançada será a de domingo, que deve passar a operar em julho, segundo o secretário.

Prazo

Com a extensão do prazo da concessão, além dos ajustes nas linhas de ônibus, com o redesenho, os vencedores da licitação poderão ser obrigados a investir em infraestrutura, que, ao término dos contratos, passaria para o poder público. São os "bens reversíveis", um mecanismo já adotado em concessões de rodovias, por exemplo.

"A lei existente de 2001 fala que a concessão pode ter um prazo máximo de 20 anos, dependendo dos investimentos. Isso é um debate que está em aberto. Como nós optamos por não ter mais a permissão e ser tudo por meio de concessão, de SPEs (sociedades de propósito específico), então, achei prudente colocar até 20 anos (de concessão)", explicou Tatto.

Segundo ele, o edital pode estabelecer 15 anos de vigência para os contratos da concessão, caso os investimentos em bens reversíveis não estejam previstos.

Tatto disse que o Centro de Controle Operacional (CCO) da São Paulo Transporte (SPTrans) poderá ser um dos bens reversíveis.

Terminais

O secretário estuda também a proposta de os concessionários construírem corredores, em razão da ampliação do período do contrato. "Eu tomei o cuidado de aqui não detalhar tanto, porque estou esperando terminar o projeto básico." Na concessão de 2003, válida por dez anos e renovada desde as manifestações de junho de 2013, foi cogitada a possibilidade de as empresas construírem terminais, mas o processo não foi levado adiante.

Para Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss), que representa as viações, a lei prevê esse tipo de ação. "Se você fizer investimentos em bens reversíveis, que ao final do contrato se reverta para a Prefeitura, você pode estender o prazo até 20 anos. O objeto (do contrato) vai ser a frota operacional, o CCO e a administração dos terminais. Mas não sei se só nos terminais que estão sendo construídos ou se eles (a Prefeitura) vão passar todos os terminais para as empresas operarem", disse.

A expectativa da Prefeitura é de que o edital da licitação seja publicado entre abril e maio e de que o processo licitatório seja concluído até o meio do ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado deve eleger na próxima semana os presidentes e vices de 12 comissões permanentes. A expectativa é de que seja respeitado o princípio da proporcionalidade e que a escolha aconteça de acordo com o número de senadores de cada partido. Desta forma, o PMDB (18 senadores) tem o direito da primeira escolha, seguido do PT (14 senadores) e do PSDB (11 senadores).

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) acredita que na terça-feira (10) o partido deverá definir o nome do indicado à presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Também de acordo com Raupp, há um entendimento entre as lideranças para a indicação de presidentes.

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"Diferentemente do que aconteceu na composição da Mesa do Senado, as comissões devem obedecer a proporcionalidade, que sempre foi acatada aqui nesta Casa. Com todo respeito à direção do Senado Federal, foi uma pena que não tenha havido o entendimento dos líderes para que também tivesse sido eleita uma Mesa Diretora que respeitasse a proporcionalidade das bancadas", declarou Raupp.

O Partido dos Trabalhadores deve presidir duas comissões: a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que foi indicado por unanimidade pelo seu partido para a presidência desta última. O PT ainda não definiu a indicação para a CAE. Dois senadores estão na disputa: Delcídio do Amaral (MS) e Gleisi Hoffmann (PR). A definição, segundo Paim, deve sair na segunda (9).

"E gostaria muito que as eleições de presidentes das comissões aconteçam antes do carnaval. O Congresso tem que trabalhar. Essa é uma obrigação nossa e uma cobrança que o povo vai fazer", afirmou Paim.

Senador pelo PSDB de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira espera que não haja surpresas na composição das comissões e que o direito da oposição de escolher presidências seja respeitado. Ele disse que o PSDB tem a prerrogativa da quarta escolha, mas observou que os tucanos ainda não decidiram qual comissão querem presidir.

"As comissões são vitais para o funcionamento do Congresso. Muitas das matérias aprovadas pelo Senado não são levadas ao plenário. Elas podem ser aprovadas diretamente pelas comissões", explicou Aloysio.

Além das 12 comissões permanentes compostas apenas por senadores, o Senado participa de seis comissões mistas, formadas por senadores e deputados. Tradicionalmente, há um rodízio entre Câmara e Senado para a presidência desses grupos de trabalho.

*Com informações da Agência Senado.

O processo de divisão dos deputados para a composição das comissões permanentes na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi finalizada na noite desta quinta-feira (5). Em discussão consensual entre as lideranças das bancadas de governo e oposição, os parlamentares usaram o princípio da proporcionalidade para distribuir os cargos. Dos 16 colegiados, os governistas presidem 12 e os oposicionistas quatro.

Das que ficaram sob o comando da bancada do governo, a principal é a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) – responsável por analisar todos os projetos de lei que tramitam na Casa – que terá novamente à presidência da deputada Raquel Lyra (PSB). As demais são: Finanças, Orçamento e Tributação, sob a tutela de Clodoaldo Magalhães (PSB); Administração Pública, de Ângelo Ferreira (PSB); Agricultura, Pecuária e Política Rural, Miguel Coelho (PSB) e Ciência, Tecnologia e Informática, Lula Cabral (PSB). 

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Ainda compõem a lista as comissões de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Aluísio Lessa (PSB); Defesa dos Direitos da Mulher, Simone Santana (PSB); Ética Parlamentar, Presbítero Adalto Santos (PSB); Redação Final, Francismar Pontes (PSB); Negócios Municipais, Rogério Leão (PR); Assuntos Internacionais, Joaquim Lira (PSD) e Esporte e Lazer, Bispo Ossésio Silva (PRB). 

Já a bancada de oposição ficou à frente das Comissões de Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, Edilson Silva (PSOL); Educação e Cultura, Teresa Leitão (PT); Meio Ambiente, José Humberto Cavalcanti (PTB) e Saúde e Assistência Social, com Odacy Amorim (PT). 

De acordo com o líder do grupo, deputado Silvio Costa Filho (PTB), os parlamentares de oposição estão integrados em todas as comissões. “Houve a convergência entre governo e oposição. Venceu o diálogo, o que contemplou a Casa. Todos participam”, frisou. “A divisão ficou equilibrada, a gente deixou prevalecer a proporcionalidade da Casa tanto na oposição quanto no governo. Chegamos a um bom termo”, completou o líder da bancada do governo, deputado Waldemar Borges (PSB).

Apesar da isonomia pregada pelo Poder Executivo quanto a escolha da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Palácio do Campo das Princesas resolveu interferir no “acordo” de divisão das cadeiras para o comando do legislativo, indicando o deputado Lula Cabral (PSB) para assumir a 1ª secretaria. Uma articulação firmada na última terça-feira (27) teria colocado o nome do deputado Diogo Moraes (PSB) para o cargo, no entanto a parlamentar foi vetado pelo presidente do partido, Sileno Guedes, e o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira. 

Parlamentar que detém o poder sobre o orçamento da Casa - R$ 753,7 milhões para 2015 –, o 1° secretário é visto como aquele que tem uma relação direta com o Executivo, depois do presidente. O que encaixaria bem no perfil de Cabral, já que ele é ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho e, por determinação do ex-governador Eduardo Campos (PSB), decidiu disputar um cargo estadual, mesmo com a pretensão de assumir uma cadeira na Câmara Federal. 

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O estopim para o mal-estar, segundo informações de bastidores, aconteceu durante uma reunião que durou até tarde da noite dessa quarta (28). Reunida para um consenso, a bancada do PSB citou alguns nomes para o cargo eliminando a possibilidade de Moraes assumir a secretaria. “O consenso tão pregado não foi seguido. Por dias tentamos nos articular e nada, o clima está muito tenso”, confidenciou um dos parlamentares socialistas que participou do encontro. 

O Portal LeiaJá entrou em contato com Sileno Guedes, Diogo Moraes, Lula Cabral e outros deputados da bancada socialista, no entanto, nenhuma das ligações foi atendida.  

A Oi, Vivo e Claro estão se juntando para comprar a Tim, afirma a Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, as empresas já fecharam um acordo e uma vez que adquirirem a operadora, pretendem dividi-la em três. O valor ainda não foi estabelecido, mas pode chegar até R$ 31.5 bilhões, divididos em R$ 30 bilhões da transação e 5% para acionistas, e será ofertado a Telecom Itália, dona da Tim, para que decidam em assembleia.

A Folha diz que a divisão não será igual para todas, atendendo assim as exigências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Claro deve ficar com 40%, Vivo com 32% e a Oi com 28%. A oferta deve ser feita depois que a Oi vender a Portugual Telecom (PT) na próxima semana, já que a operadora está com altas dívidas. A Oi já havia dito, em agosto, que faria uma proposta para comprar a Tim.

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Não está claro o que acontecerá aos clientes da Tim caso a compra se concretize. Ainda não foi definido se assinantes da linha pré ou pós terão os mesmos planos caso migrem para Vivo, Claro ou Oi.

 

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