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Nos aproximamos dos 14 meses da pandemia em Pernambuco e uma dúvida em relação aos 13.967 mil mortos pelo vírus ainda gera receio. O prazo para transferência dos corpos se esgota e as consequências de desenterrar tantas vítimas da infecção susta. Por outro lado, o colapso do sistema funerário obriga a desocupação das covas para novos falecidos.

Antes mesmo da crise sanitária, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já indicava que os corpos fossem exumados e colocados em urnas dois anos após o sepultamento. A retirada dos mortos pelo vírus pode até criar certo temor pelo medo de uma nova demanda de reinfecções, mas o biomédico Pablo Gualberto ressalta que é praticamente impossível os corpos contaminarem novas pessoas.

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"O vírus obrigatoriamente para sobreviver, ele precisa de uma célula viva para poder se replicar. Se ele não tiver uma célula, ele sobrevive por muito pouco tempo", explica. O especialista acrescenta que a falta de oxigênio faz com que a célula não consiga produzir energia, logo, sua sobrevivência "é coisa de minutos ou no máximo uma hora".

---> Colapso funerário obriga homem a enterrar a tia no Recife

Pablo indica que a transmissão da Covid-19 é muito rápida, tanto que ocorre principalmente quando expelimos gotículas na fala. Já a chance de contágio por meio de contato em superfícies e objetos, como o próprio caixão, é ainda menor. "Quando você coloca isso para dentro de uma realidade em casa, em que você tá sempre limpando ou que tem incidência de luz solar, isso já cai bastante, a sobrevivência desse vírus em si", pontua.

Mesmo assim, coveiros e funcionários das funerárias devem ficar atentos ao manejo dos corpos e seus fluídos, que ainda podem transmitir a doença por apenas alguns dias. "No cadáver a gente pode ter fluidos, por exemplo, saliva, secreções e até o próprio sangue. Esses fluidos sim podem levar risco. Por isso os enterros são isolados”, complementa.

"Tu pode me ajudar a colocar o corpo no caixão?", foi indagado o arquiteto Frederico Mendonça diante do saco preto que acomodava a sua tia Maria dos Prazeres, no necrotério do Hospital Tricentenário de Olinda.

Vítima da Covid-19 no último dia 21, a idosa de 67 anos ficou apenas seis dias internada antes de ser enterrada pelo próprio sobrinho em um município vizinho. Frente ao iminente colapso da rede funerária de Pernambuco, a falta de vagas no cemitério de Guadalupe fez com que ela aguardasse dois dias até ser sepultada.

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Com o enterro transferido para o Cemitério Paroquial do Barro, na Zona Oeste do Recife, a cerca de 17 km de distância de onde morava, no Bairro Novo, por falta de vagas, Maria dos Prazeres foi colocada no caixão por Frederico, que não teve outra opção a não ser ajudar o único profissional enviado pela funerária à unidade de saúde.

Já no cemitério do Recife, assimilou os reflexos do alto índice de ocupação no sistema quando precisou esperar quase uma hora até que os coveiros estivessem disponíveis. Após um percurso insalubre entre lápides e o último adeus de outras famílias, finalmente o carrinho que carregava sua tia parou, no entanto, todos os sepulcros estavam preenchidos ali.

Foto: Arquivo pessoal

Um buraco começou a ser cavado no estreito entre duas sepulturas. Foi quando Frederico percebeu que a tia seria posta em uma cova rasa, em um caminho para transeuntes, como o trajeto que percorreu. Dos quatro coveiros que o acompanhavam até a descida do caixão à cova, de repente se viu amparado por apenas um. Os demais se ocuparam em atender a alta demanda de óbitos diários da Covid-19.

A pá velha e apenas duas mãos não davam conta, e Frederico se prontificou a ajudar o coveiro que, segundo ele, tem só seis meses de profissão. Nem o sol forte das 11h, nem o medo de ser infectado pelo novo coronavírus, ou até mesmo outras doenças, apagavam as orações da cabeça do arquiteto que, reforçava os votos em memória da tia enquanto despejava areia sobre seu local de repouso.

Do dia 15 de março, quando a tia foi internada, até a data do enterro, no dia 23, Frederico foi confrontado pela trágica realidade da Covid-19 em Pernambuco, que já tirou a vida de 12.623 pessoas até o dia 8 de abril de 2021.

Fora a fragilidade do sistema funerário, a condição desordenada recai sobre o resultado dos testes, que no caso de Dona Maria dos Prazeres, só foi confirmado pela Prefeitura de Olinda nessa segunda (5), 15 dias após sua morte.

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O resultado positivo do teste RT-PCR analisado pelo Lacen-PE foi liberado pelo laboratório no dia 26, cinco dias após o falecimento. Entretanto, Frederico questiona a demora para ser informado pela Secretaria Municipal de Saúde, que só o comunicou na tarde desta segunda (5).

Procurada para uma posição sobre a falta de vagas em seus dois cemitérios - de Guadalupe e Águas Compridas - e a situação imposta à população que não consegue enterrar seus familiares no município, a Prefeitura de Olinda reafirmou que os cemitérios possuem vagas e estão abertos para as vítimas da pandemia.

Em nota, a gestão aponta que "vem trabalhando na ampliação dos espaços para sepultamento das vítimas das Covid-19" e, sem apresentar o quantitativo, diz chegou a abrir novas vagas em Águas Compridas com a desapropriação de um terreno vizinho.

Sobre Guadalupe, a Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) explica que não pôde adotar o mesmo procedimento pois o cemitério fica alocado no Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura.

"A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19", acrescenta o comunicado, que garante "todos os esforços necessários para que os olindenses sejam assistidos de forma digna".

Funerários expõem a falta de vagas

O presidente da Associação Pernambucana de Dirigentes Funerários (APEDIF) indica que não houve oficialização sobre o fechamento dos cemitérios. Entretanto, questiona as supostas vagas indicadas pela Prefeitura.

"Realmente eles estão com dificuldade de ofertar espaço. A última vez que a gente precisou para um morador de Olinda, na semana passada, eles só iriam ter vaga para terça-feira dessa semana", ressalta Herton Viana.

"É difícil porque não tem como ficar nos hospitais e as funerárias não tem como manusear esse corpo, nem tampouco guardar nas instalações da gente. Automaticamente tá ficando nos hospitais, causando acúmulo e, pode vir a acontecer, de ter que ficar lá porque a família não tem para onde levar”, descreve o representante dos dirigentes funerários, que acrescenta, “se você precisar para hoje ou amanhã eles não têm vaga. É sempre uma programação dias para frente".

Prefeituras negam risco de colapso funerário

Diante da alta nacional de casos de Covid-19, a reportagem do LeiaJá questionou as prefeituras de algumas das cidades de Pernambuco que registraram o maior número de casos da doença a respeito da possibilidade de ocorrer um colapso funerário nos próximos meses. As gestões de Olinda, Recife, Petrolina e Caruaru garantem que seus sistemas estão sob controle e preparados para atender ao aumento da demanda. Algumas delas pontuaram que, passado um ano de pandemia, continuam ampliando a capacidade dos cemitérios.

De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), os dois cemitérios públicos da capital pernambucana preparados para receber as vítimas da Covid-19 - Parque das Flores e Santo Amaro- possuem plena capacidade para atender à demanda e funcionam dentro do previsto para o cenário de pandemia. “No total, a Emlurb providenciou a abertura e/ ou construção de 5.671 covas e gavetas para receber este tipo de sepultamentos e, deste montante, há ainda 25% de covas/ gavetas sem uso (1.421 vagas) nos cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores”, pontua a instituição, em nota oficial.

Em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) informou que desapropriou um terreno vizinho para ampliar o Cemitério de Águas Compridas, onde também foram abertas novas covas. “Com relação ao Cemitério de Guadalupe o mesmo procedimento não pode ser adotado uma vez que o local se encontra dentro do Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura física. A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19”, coloca a SEMU. A informação oficial é a de que não há fila de espera para sepultamentos.

A Prefeitura de Petrolina, no sertão do estado, também firmou contrato, desde o início da pandemia, para que os sepultamentos de vítimas do novo coronavírus fossem feitos em um cemitério particular, com funcionamento 24 horas. A administração da cidade frisa que, em caso de óbitos ocorridos durante o dia, os corpos podem ser recebidos em qualquer cemitério público da cidade, caso seja da vontade da família.

Segundo a administração petrolinense, todos os coveiros da cidade já foram vacinados contra a Covid-19. “O município conta com o efetivo de 9 sepultadores municipais, a cidade está com processo seletivo de outras 10 vagas, para preenchimento do quadro normativo. Sobre o questionamento da quantidade de sepulturas, no cemitério particular, no qual existe contrato, há mais de 60 vagas. Já nos municipais, mais de 400. Petrolina segue todas as orientações do Comitê de Crise Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus”, explica o posicionamento oficial.

Já a Secretaria de Serviços Públicos de Caruaru, no agreste pernambucano, não abriu novas covas em decorrência da crise sanitária. O órgão se resumiu a dizer que “tem trabalhado para garantir todos os serviços funerários no município, cumprindo todos os protocolos sanitários estabelecidos. Dessa forma, diante de todo trabalho realizado até o momento, todos os serviços seguem funcionando sem intercorrências”.

Mianmar homenageou, neste domingo (21), a primeira vítima da repressão militar, uma jovem de 20 anos que se tornou ícone da resistência ao golpe de Estado, objeto mais uma vez de manifestações, apesar da letal violência da polícia.

O enterro de Mya Thwate Thwate Khaing, baleada em 9 de fevereiro e falecida dias depois, aconteceu nos arredores da capital, Naipyidó, na presença de milhares de pessoas.

Com três dedos erguidos em sinal de resistência ante a passagem do cortejo fúnebre, a multidão gritou "Abaixo a ditadura" e "Lutaremos até a vitória", até se dispersar silenciosamente.

Quase três semanas depois do golpe militar de 1º de fevereiro, a mobilização a favor da democracia se mantém em todo país, tanto nas grandes cidades quanto nas áreas rurais.

Milhares de manifestantes marcharam perto do campus universitário principal de Yangon, neste domingo, assim como em Mandalay, palco da repressão mais severa desde o golpe de sábado.

Nesta cidade do centro do país, a polícia disparou contra manifestantes que foram apoiar os trabalhadores de um estaleiro em greve, causando a morte de duas pessoas e deixando 30 feridos.

"Duas pessoas foram mortas, incluindo um menor que foi baleado na cabeça", e cerca de 30 ficaram feridas, disse Hlaing Min Oo, chefe de uma equipe de socorristas voluntários.

"Metade das vítimas foi atingida por munição real", acrescentou Hlaing Min Oo.

Médicos que trabalham no terreno, e que não quiseram revelar sua identidade por temor de represálias, confirmaram que foram usadas balas de verdade.

Mais de dez pessoas foram presas, segundo a imprensa local.

O jornal estatal "Global New Light of Myanmar" não mencionou as vítimas e culpou os manifestantes por seu comportamento "agressivo". Disse ainda que três soldados e oito policiais ficaram feridos.

No sábado, um homem de 30 anos morreu em Yangon, quando fazia uma ronda perto de sua casa, como parte de uma iniciativa de cidadãos para evitar a prisão noturna de oponentes do regime.

"A polícia o matou", disse sua cunhada.

A televisão estatal confirmou sua morte, informando que 20 pessoas atacaram um veículo policial e que a polícia fez disparos de advertência para dispersá-los.

A junta informou, por sua vez, a morte de um policial no início da semana.

- "Uso de força letal" -

Ontem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "o uso de força letal" em Mianmar, em reação às duas mortes em Mandalay.

E, neste domingo, o Facebook encerrou a conta da junta militar denominada "True News" (Notícias Verdadeiras), ao considerar que incitava a violência. De acordo com uma porta-voz da rede social, houve "repetidas violações dos padrões de nossa comunidade, os quais proíbem incitação à violência e danos coordenados".

Os militares voltaram a cortar as conexões de Internet, pela sétima noite consecutiva, sendo restauradas pela manhã.

As forças de segurança do país intensificaram a repressão às manifestações em massa - em geral, pacíficas -, que pedem o retorno da líder civil deposta Aung San Suu Kyi. Ela e vários de seus principais aliados políticos estão presos desde o golpe militar de 1o de fevereiro.

O ator Lu Min, uma das figuras dos protestos em Yangon, foi preso na noite de sábado, anunciou sua esposa, em lágrimas, em várias redes sociais.

Mais de 570 pessoas - líderes políticos, ativistas, ou grevistas - foram presas desde 1º de fevereiro, e apenas um grupo de cerca de 40 foi solto, de acordo com uma ONG que assessora presos políticos.

"Onde está a justiça?", "Stop terrorismo", "Quantas vidas serão ceifadas até que o mundo reaja?" eram algumas das frases postadas nas redes sociais.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) devem se reunir nesta segunda-feira para discutir possíveis sanções.

Medidas coercitivas contra os generais, como as anunciadas por Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, não serão suficientes, advertiram várias ONGs, que pedem a punição dos grandes conglomerados controlados pelos militares.

Aliados tradicionais do Exército birmanês nas Nações Unidas, China e Rússia consideram que se trata de "um assunto interno" do país.

A tragédia da escassez de oxigênio, que acometeu Manaus nos últimos dias, fez com que a cidade batesse um mórbido recorde. A capital amazonense registrou, entre quarta (13) e sexta-feira (15), 213 sepultamentos em seus cemitérios. O número é maior do que quando o município enfrentou seu ápice de mortes por Covid-19, com 198 pessoas sepultadas, em 2020.

O Estado do Amazonas tem enfrentado um colapso no sistema de saúde, agravado pela quantidade de infectados após as festas de final de ano. Além das mortes por conta da falta de oxigênio, muitas pessoas têm morrido em casa, segundo o monitoramento da Prefeitura de Manaus. 

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De acordo com a White Martins Gases Industriais do Norte Ltda, responsável por fornecer oxigênio à rede de saúde do Estado, houve um aumento no consumo diário de oxigênio, que saltou de 40 mil metros cúbicos em 30 de dezembro, para 76,5 mil metros cúbicos. Com a falta do insumo para o tratamento adequado muitos pacientes morreram asfixiados. 

Artistas se unem para conseguir oxigênio

Encorajados pelo humorista Whindersson Nunes, diversos artistas fizeram a compra de oxigênio para Manaus. Whindersson se prontificou a doar 20 cilindros de 50L de oxigênio para hospitais da capital amazonense e cutucou os colegas famosos. "Alô, meus amigos artistas! Na hora de fazer show é tão bom quando o público nos recebe com carinho, né. Vamos retribuir?". Assim como ele, Tirulipa, Simone e Simaria, Tatá Werneck, Luciano Huck, Marília Mendonça, Bruno Gagliasso, Paola Carosella, Paulo Coelho, Marcelo Adnet e o sertanejo Gusttavo Lima fizeram suas contribuições.

O corpo do craque Diego Armando Maradona foi enterrado na noite desta quinta-feira (26) durante uma cerimônia restrita no cemitério Jardín Bella Vista, na província de Buenos Aires, após seu funeral ser marcado por diversos confrontos entre fãs e a polícia argentina.

O caixão chegou ao local depois de mais de uma hora de viagem e foi recebido por uma multidão com bandeiras e faixas, entoando cânticos do estádio.

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Um forte esquema de segurança foi organizado na entrada do cemitério, onde também estão sepultados os pais de Maradona, Dalma Salvadora e Diego Maradona pai. Mesmo assim, novos momentos de tensão entre a polícia e os fãs do ex-atleta foram registrados. Pedras foram arremessadas na direção dos agentes, que protegiam os portões de entrada e responderam com tiros de balas de borracha.

Inicialmente, o funeral seria realizado no próximo fim de semana, mas a família do ídolo mundial decidiu mudar a data para hoje. O velório deveria ocorrer até às 19h, na Casa Rosada, sede da presidência da Argentina, mas também foi encerrado antes do período previsto após um tumulto.

Durante o trajeto até a periferia de Buenos Aires, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2, uma multidão se aglomerou e acompanhou a passagem do carro pelas ruas para dar o adeus a Maradona.

A morte do argentino, vítima de uma parada cardiorrespiratória aos 60 anos, gerou comoção no país e no mundo inteiro. Sua cerimônia fúnebre teve mais de 10 horas de duração e aconteceu na Casa Rosada, onde há 10 anos não ocorria um evento desse tipo.

Diversas personalidades da Argentina comparecem para se despedir de Maradona, como o presidente Alberto Fernández, os ídolos do Boca Juniors Carlos Tevez e Martín Palermo, além de campeões do mundo com a Argentina em 1986 e do elenco do Gimnasia y Esgrima La Plata, último time que comandou.

Já no cemitério, amigos e familiares se reuniram sob uma tenda e em volta do caixão de Maradona, que carregava uma bandeira da Argentina. Uma cerimônia religiosa foi realizada antes do enterro, com a presença de cerca de 40 pessoas, enquanto milhares de torcedores ficaram do lado de fora.

Um drone filmou sem áudio o momento de intimidade, após um dia repleto de lágrimas, confusões, gritos e coros de dezenas de milhares de pessoas que tiveram a vida marcada pelo ídolo do futebol argentino.

Corpo embalsamado -

O site argentino Tyc Sports revelou nesta quinta-feira (26) que Maradona deixou um documento para sua família no qual manifestou seu desejo de ser embalsamado.

O jogador teria feito o pedido para seu corpo ser preservado ao longo dos anos, podendo até ser exposto ao público, por temer a morte e o que aconteceria com seus restos mortais, ainda conforme a publicação.

Da Ansa

O pai da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, Francisco José de Camargo, 83 anos, faleceu na noite da última segunda-feira (23). A informação foi confirmada pela assessoria dos artistas na manhã desta terça-feira (24). 

Francisco estava internado desde o dia 10 de novembro em um hospital particular de Goiânia, após sentir fortes dores intestinais e chegou fazer uma cirurgia durante este período para estancar um sangramento no órgão.

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Em nota, a assessoria informou que o sepultamento irá acontecer às 10h no Jardim das Palmeiras, em Goiânia e o enterro está marcado para às 17h. A assessoria também informou que Zezé já está no local, no entanto Luciano não se fará presente pois testou positivo para Covid-19 na última semana e segue em isolamento.

O pai dos artistas ficou conhecido nacionalmente após o lançamento do filme "Dois Filhos de Francisco". Francisco deixa a esposa, Helena Siqueira de Camargo, 75 anos. Oito filhos, dez netos e dois bisnetos.

Familiares e amigos acompanham, na manhã deste sábado (21), o velório de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, homem negro que foi espancado e morto por segurança e policial em uma unidade do supermercado Carrefour no bairro Passo D'Areia, na zona norte de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite de quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra. A cerimônia de despedida será no cemitério municipal São João, no bairro Higienópolis, também na zona norte da capital.

Segundo a administração do cemitério, o velório começou às 8h30, já o enterro está marcado para 11h30. Por enquanto não há muitas pessoas no local, apenas familiares e jornalistas.

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A Polícia Civil do Estado investiga o crime. Um dos agressores era segurança do local e o outro, um policial militar temporário. Os dois homens foram presos em flagrante.

Após colher os primeiros depoimentos, a delegada responsável pelo caso, Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, recebeu, na tarde de sexta-feira, 20, os médicos legistas para elucidar as causas da morte de João Alberto. Durante as agressões, a vítima também foi imobilizada pelos vigias, com o joelho de um deles nas costas.

"O maior indicativo da necropsia é de que ele foi morto por asfixia, pois ele ficou no chão enquanto os dois seguranças pressionavam e comprimiam o corpo de João Alberto dificultando a respiração dele. Ele não conseguia mais fazer o movimento para respirar", informou.

Ao 'Estadão', João Batista Rodrigues Freitas, de 65 anos, lamentou a morte de seu filho na sexta-feira. "Nós esperamos por Justiça. As únicas coisas que podemos esperar é por Deus e pela Justiça. Não há mais o que fazer. Meu filho não vai mais voltar", disse.

À reportagem, o pai descreveu a vítima como um homem tranquilo. "Eles (Freitas e a esposa) frequentavam o mercado quase todos os dias. Ele até me incentivou a fazer um cartão do mercado."

O assassinato de João Alberto gerou protestos em diversos locais do Brasil na sexta-feira. Manifestantes entraram em unidades do supermercado.

Na capital do Rio Grande do Sul, a manifestação começou no início da tarde, em frente à unidade onde aconteceu o crime. Com cartazes, bandeiras e faixas destacando que "vidas negras importam", milhares de manifestantes exigiram Justiça pelo assassinato. A realização do protesto ganhou adeptos nas redes sociais e eclodiu em frente ao hipermercado. Cruzes e flores em homenagem a João Alberto também foram colocadas no local.

Em São Paulo, manifestantes se concentraram no vão do Masp por volta das 16h. Cerca de duas horas depois, um grupo de mais de 600 pessoas iniciou uma caminhada em direção ao Carrefour da Pamplona. Todo o trajeto foi acompanhado pela polícia, que não interferiu em nenhum momento. Ao chegar no local, a manifestação concentrou-se na rua, mas não demorou para que avançasse ao estacionamento que fica em frente ao supermercado.

Uma pequena parte dos manifestantes pegou pedras dos vasos do estacionamento e arremessou contra os vidros do supermercado. O grupo de seguranças do Carrefour não resistiu à invasão - a própria Polícia Militar não interveio.

Buscando ressignificar a morte, um grupo de empresas brasileiras investiu em BioParques. A proposta é transformar as cinzas do ente querido em parte de um substrato preparado para o plantio de árvores a serem escolhidas por quem presta a homenagem, tentando ressignificar um cemitério comum, transformando em bosques. 

O serviço, chamado de "cemitério do futuro", funciona assim: após escolher uma entre várias espécies típicas regionais, em cerimônias especiais, as famílias realizam o plantio de sementes em BioUrnas, isto é, em urnas ecológicas patenteadas pelo BioParque e desenvolvidas na Espanha por designers catalães. Essas urnas são monitoradas de 12 a 24 meses por uma equipe de especialistas no IncubCenter, uma espécie de viveiro tecnológico. Após esse período, uma nova cerimônia é agendada para o plantio definitivo da árvore no solo do parque.

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Todas as árvores são identificadas por um QRcode e o seu crescimento pode ser acompanhado por uma plataforma desenvolvida pelo BioParque. Ela possibilita, ainda, a inserção de imagens, textos e áudios, para que cada família (re)construa, de forma personalizada, a história de seu homenageado.

Segundo informado pela assessoria do BioParque, a iniciativa é pioneira na América Latina. Para a implementação do projeto foram investidos R$ 150 milhões. A primeira unidade está localizada em Nova Lima, Minas Gerais e ainda não foi totalmente inaugurada. Uma outra unidade do BioParque deve ser lançada em São Paulo, em 2021.

Na última terça-feira (4), um vídeo postado por Rogério Lopes deu o que falar. O rapaz publicou na sua conta do Facebook imagens do enterro do seu pai, mas de uma forma totalmente inusitada. No conteúdo divulgado, Milton Dias Martins, de 69 anos, é sepultado em um cemitério do Rio de Janeiro ao som do meme do caixão. O momento foi inspirado na cerimônia fúnebre realizada em Gana, no continente africano.

"Então tá aí. Meu pai não queria ninguém chorando, então vamos lá. Descansa em paz. Sempre te amaremos até após a morte. Amor da família é pra sempre. Fica na paz de Cristo", escreveu Rogério, um dos filhos de Milton. O idoso foi enterrado pela família no Cemitério de Maruí, em Niterói, no final de julho.

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Veja:

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Zindzi Mandela, a filha mais nova do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, foi enterrada em Joanesburgo, nesta sexta-feira (17), vítima do novo coronavírus - informou a imprensa local.

Seu filho Zondwa Mandela contou que sua mãe, de 59 anos, deu positivo para coronavírus e morreu no mesmo dia, na segunda-feira (13) passada, em um hospital de Joanesburgo.

Em uma oração fúnebre na noite de quinta-feira, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, "agradeceu à família Mandela por este gesto muito importante de compartilhar esta informação com a nação".

"Isso também os doentes [de coronavírus] a serem aceitos pela sociedade", completou.

A África do Sul é o país mais afetado pela pandemia no continente, com mais de 324.000 casos confirmados, incluindo 4.669 mortes.

Gêmeas recém-nascidas morreram após serem atacadas pelo cachorro da família na tarde dessa terça-feira (23), no município de Piripá, na Bahia. Anne e Analú tinham apenas 26 dias de vida e chegaram a ser socorridas por uma técnica de enfermagem, mas não resistiram aos ferimentos.

A mãe, identificada como Elaine, teria ouvido o barulho e correu para socorrer as filhas. Ela conseguiu conter o cachorro e chamar uma amiga da área de saúde para realizar os primeiros socorros, segundo o G1.

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As bebês foram encaminhadas para o Hospital Municipal Maria Pedreira Barbosa, porém o médico plantonista informou que uma delas já chegou sem vida, enquanto a outra apresentava estado grave. Os procedimentos para tentar salvar a menina foram realizados, no entanto, sem sucesso.

Embora tenha sido apontada como negligente, a mãe das crianças foi defendida pelo profissional, que também foi responsável pelo acompanhamento pré-natal durante a gestação. O médico ressaltou que Elaine sempre foi muito cuidadosa enquanto estava grávida e após o nascimento das filhas.

O enterro das gêmeas ocorreu ainda no fim da tarde, no cemitério da Saudade Dois. A Prefeitura de Piripá emitiu nota de pesar pelo falecimento. Confira:

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Desde a criação do Comitê de Resposta Rápida ao Coronavírus, Recife direcionou 2.556 vagas para sepultamento de vítimas da Covid-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Dois meses após os primeiros casos, 70% dessas vagas (1.756 enterros) já foram preenchidas e a prefeitura está preocupada com um eventual colapso funerário.

Para evitar a crise funerária, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) informou que serão construídas mais 3,5 mil gavetas destinadas às vítimas de Covid-19 e Srag. Atualmente, o município tem sepultado as vítimas do novo coronavírus nos cemitérios de Santo Amaro, na área central do Recife, e Parque das Flores, na Zona Oeste. A princípio, as novas gavetas serão erguidas no Cemitério de Santo Amaro.

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Os últimos dados levantados pela Emlurb mostram que já havia aumento no número de enterros em março deste ano em comparação com o mesmo mês em 2019. Em março de 2020 foram 1.156 sepultamentos nos cemitérios municipais, enquanto no mesmo mês em 2019 houve registro de 1.047 enterros. 

Já era prevista a expansão nos cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores, mas as obras foram antecipadas devido à pandemia. Em abril e maio, os números de óbitos seguiram aumentando e, nos últimos dias, Pernambuco tem registrado mais de mil casos confirmados da doença por dia. 

As obras no Cemitério de Santo Amaro vão começar mediante contratação direta, ou seja, sem o rito prévio de licitação. Dessa forma, as vagas serão construídas de forma mais ágil.

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito policial para apurar a origem de um vídeo no qual uma mulher, cuja identidade está sendo investigada, afirma que, em Belo Horizonte, caixões estariam sendo enterrados vazios ou com pedras e paus no lugar dos corpos de vítimas do novo coronavírus.

Tanto a Polícia Civil quanto a Prefeitura de Belo Horizonte afirmam que o conteúdo do vídeo é falso. Em conversa com jornalistas, hoje (5), o delegado-geral Wagner Sales disse que a autora do vídeo pode ser condenada a até nove anos de prisão por denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e propagação de tumulto e alarme.

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“É preciso que a população se conscientize de que as atitudes no mundo virtual têm consequências no mundo real”, disse o delegado, solicitando ajuda dos cidadãos para tentar chegar até a mulher que aparece no vídeo.

“Precisamos que a população nos traga mais informações sobre este vídeo através do número 181. Só assim vamos poder desestimular e responsabilizar os autores destas atitudes nocivas à sociedade”, acrescentou Sales, destacando que, além de provocar incertezas e fomentar a insegurança, o vídeo desrespeita as famílias das vítimas do novo coronavírus.

A falsa denúncia circulou pelas redes sociais nos últimos dias. Nele, a mulher que agora está sendo procurada afirma que parentes de mortos foram surpreendidos ao abrir os caixões e se deparar com pedra e paus.

“Aqui em Minas está acontecendo um caso muito engraçado. Principalmente lá em BH”, diz a mulher, criticando o prefeito Alexandre Kalil e a classe política em geral. “Estão enterrando um monte de gente com coronavírus. Aí, o que aconteceu? Mandaram ir lá e arrancar todos os caixões para fazer o exame para ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira”, diz a mulher, procurando desacreditar as notícias a respeito da letalidade da doença.

No início de abril, um outro vídeo com falsas acusações sobre a situação em Minas Gerais chamou a atenção das autoridades. Gravado na Central de Abastecimento (Ceasa) de Contagem, na grande Belo Horizonte, o vídeo exibia um homem afirmando que as recomendações de isolamento social, com restrições a algumas atividades comerciais, ameaçava os moradores da capital mineira e região com a falta de alimentos.

O vídeo foi gravado em uma área da Ceasa que passava por obras, em dia e horário de menor movimento no local. Imagens posteriormente disponibilizadas pela Ceasa revelam que, naquele mesmo momento, não só havia, ao redor, bancas devidamente abastecidas, como que, mais cedo, o movimento tinha sido normal.

Também neste caso a Polícia Civil instaurou inquérito e ouviu o autor do vídeo, que declarou ter agido sozinho e gravado e divulgado o vídeo para alarmar a população sobre os efeitos econômicos do isolamento social.

 

Centenas de hondurenhos bloquearam nesta segunda-feira uma estrada no leste da capital, Tegucigalpa, para impedir o enterro de vítimas da Covid-19 em um cemitério próximo a suas comunidades, informaram manifestantes.

Cerca de 300 vizinhos de 20 comunidades colocaram pedras e galhos de árvore no meio de uma estrada entre Tegucigalpa e Olancho, a 10 km da capital.

Neste domingo, "vieram enterrar um cadáver, vinham com todas as medidas de segurança, mas se os parentes (infectados) vierem comprar em uma mercearia, irão nos infectar", queixou-se um dos manifestantes, que não quis se identificar, em declarações a um telejornal local.

Segundo o manifestante, em outros locais próximos a Tegucigalpa, os moradores rechaçaram os enterros e não permitirão que levem vítimas do novo coronavírus.

O vice-ministro da Saúde, Roberto Cosenza, disse que, em várias áreas de Honduras, moradores "não deixaram passar carros fúnebres que seguiam para certas comunidades, e o parente tem que andar com o corpo" procurando onde enterrá-lo.

Cosenza criticou o fato de familiares de pessoas que morrem em Tegucigalpa e San Pedro Sula, segunda maior cidade do país, terem sido impedidos por vizinhos de levar os mortos a seus locais de origem para sepultá-los.

"Coube a nós, autoridades sanitárias, ir aos cemitérios" enterrar corpos, disse o vice-ministro, segundo quem "o vírus chegou para ficar" e as autoridades terão que conscientizar a população sobre as medidas de prevenção, para que permitam os enterros.

Honduras registrou até hoje 1.055 infecções por Covid-19, com 82 mortos. Cerca de 40% dos testes realizados diariamente resultam positivos, segundo autoridades.

O ritual da despedida é extremamente importante no processo de luto aos que ficam. Além de trazer a concretude para a morte, é cuidado com os que ficam e uma homenagem ao ente que parte. Tais rituais, não importando qual religião - nem se segue uma - é aconchego e carinho em meio à tanta tristeza.

Mariana Clark, psicóloga e especialista em Luto, fala sobre a necessidade de se passar por esse processo: “Os rituais de despedida inauguram o processo de luto e é o momento em que os enlutados se ‘permitem’ sentir e expressar a sua dor, especialmente numa sociedade como a nossa em que falar sobre dores é, ainda, tabu. Cumprir os rituais pode ajudar a minimizar os danos extras que o momento já traz”.

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Com a pandemia do Covid-19 e impedimento de realização de velórios e enterros o ritual deixou de fazer parte do processo daqueles que perderam seus entes, muitas vezes sem a despedida final por conta do isolamento hospitalar.

“O Coronavirus tirou das pessoas o ato da despedida. Ter um familiar ou amigo hospitalizado em isolamento em um caso grave é a fase inicial do processo de luto; você perde a chance de ter contato com aquela pessoa e, no pior cenário, perde a chance de se despedir dela. Nesta já triste situação, as pessoas se encontram privadas de um ritual que significa, em parte, acolhimento e afeto. O momento, já tão difícil, se torna frio, insensível”, completa a especialista.

Ainda que não seja possível reuniões para a despedida, é possível ser empático e se fazer presente - ainda que à distância - de uma pessoa enlutada. Mariana Clark sugere pequenas, porém significativas, atitudes que podem ser feitas para amenizar o sofrimento de

 Uma pessoa em luto durante o isolamento:

- Utilize a tecnologia: chamadas em aplicativos de conversa não se igualam ao contato físico, mas o acolhimento virtual neste momento é de grande valia;

- Troque o “Me diz como posso te ajudar” por ações concretas: mande entregar na casa de quem está no processo de luto uma refeição, para que ela por um momento não precise pensar no que cozinhar ou no que comer;

- Se ofereça para fazer as compras do mercado (e deixar na porta da pessoa, sem contato físico) e facilite a vida de quem, no momento, não tem forças para deixar sua casa (ou sequer o quarto);

- Fuja das frases clichês (e que não ajudam em nada): “era a hora dele”, “a tristeza vai passar e virar só saudade”, “com o tempo a dor é menor”: para o enlutado aquele momento de dor é enorme, é intenso e ele não se preocupa no futuro; ele sente o agora;

- Seja empático: a dor do enlutado é grande e, para ele, naquele momento, é a maior dor do mundo. Não tente usar a situação da pandemia para diminuir o que essa pessoa sente.

*Da assessoria 

 

 

 

 

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Uma empresa de mídia exterior de Poços de Caldas, em Minas Gerais, resolveu entrar na campanha pelo isolamento social devido à pandemia de uma maneira diferente. Aproveitando a fama de um meme da internet, a Box Door colocou três placas na cidade pedindo, de maneira cômica, para as pessoas ficarem em casa em troco da vida.

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O meme em questão é um vídeo de quatro negros dançando e cantando com um caixão nas costas, em uma espécie de cerimônia funerária. Essas imagens tem sido utilizadas frequentemente para conscientizar de forma engraçada sobre o perigo de furar o isolamento social, que seria a morte.

O LeiaJá conversou com uma funcionária da empresa, que falou sobre a iniciativa. “Vi algumas montagens na internet com os vídeos e as músicas deles e tem um perfil no Instagram que lançou uma arte de um outdoor montado com essa mensagem. Eu vi e achei sensacional. Aí pensei que poderíamos passar a mensagem importante que é o Fique em Casa, mas com humor e ainda associar a imagem deles que estão como o meme do momento. Lógico que buscando sempre a visibilidade do nosso produto que é o outdoor”, contou Carolini Araújo, gerente comercial da Box Door.

Até agora, a empresa colocou três outdoors com a arte nas principais avenidas de Poços de Caldas. Mas a repercussão nas redes sociais tem sido muito grande. “Ainda não temos essa pretensão (de colocar mais outdoors na cidade). Os cartazes foram colados ontem (terça, dia 8) e te juro que a repercussão foi muito além do que esperávamos”, disse Carolini.

Poços de Caldas, cidade com cerca de 163 mil habitantes, já tem dois casos confirmados da Covid-19 e quase 300 suspeitos. “Fizemos tudo por nossa conta mesmo. Não temos auxílio de ninguém. A ideia também é que nesse momento possamos ajudar o poder público. Sermos parceiros deles”, afirmou a gerente da Box Door. “O mais importante é essa mensagem, criatividade e acreditar que vai passar e fazermos parcerias de ajuda entre os empresários”, finalizou.

Poços de Caldas e o coronavírus – Segundo o Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, nesta quarta-feira, 8, em Poços de Caldas são 300 notificações do Novo Coronavírus – Covid 19. Destas, 296 são casos suspeitos, 2 descartados e 2 confirmados. Em Minas são 52.854 notificações; 49.652 casos suspeitos; 559 confirmados, 578 descartados e 14 óbitos por Covid-19 confirmados no Estado.

Na cidade, está proibido o funcionamento de todo e qualquer estabelecimento comercial, prestadores de serviços, empresas, tais como: shopping center, lojas comerciais, cinemas, salões de beleza, clínicas de estética, academias, centros automotivos, praça de alimentação de shopping, bares, restaurantes, lanchonetes, cafeterias, lojas de conveniência, traillers, serviço de zona azul, comércio ambulante em geral,  inclusive o serviço de transporte turístico por charretes.

Um vídeo com imagens do velório de uma pessoa em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, morta pelo coronavírus, mostra os familiares proibidos de terem contato com o caixão. O homem de 65 é carregado por quatro pessoas totalmente equipadas com proteções. As imagens foram registradas nessa sexta-feira (3) no cemitério Guadalupe. 

O homem está entre as quatro vítimas de coronavírus registradas pelo Governo de Pernambuco neste sábado (4). Trata-se do homem de 65 anos, ex-tabagista que estava internado no Hospital Oswaldo Cruz, no Recife. Seguindo os protocolos de saúde, os familiares não podem ter contato com o falecido. Mesmo após a morte o vírus segue ativo com risco de contagiar outra pessoa.

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Com a última atualização da Secretária de Saúde do Estado, Pernambuco já contabiliza 176 pessoas infectadas, 14 mortes e 23 pessoas recuperadas do coronavírus. 

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Uma portaria conjunta do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou o sepultamento e a cremação de corpos, antes mesmo da emissão das certidões de óbito, por causa da pandemia. As novas determinações, publicadas anteontem, também determinam que os registros de óbito mencionem a possibilidade de acometimento pelo coronavírus em casos de morte por doença respiratória suspeita.

A antecipação dos sepultamentos está liberada para casos em que há "ausência de familiares ou pessoas conhecidas da vítima ou em razão de exigência de saúde pública". Corpos contaminados pelo vírus podem representar risco a profissionais que precisam manuseá-los para procedimentos fúnebres. Esse risco tem mudado rotinas e procedimentos. Cuidados extras estão sendo exigidos de profissionais do ramo.

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Assim como para médicos e enfermeiros, equipamentos de segurança, como máscaras e luvas, também são necessários para esses trabalhadores. Por isso, a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário formalizou pedido ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que seja constituída uma reserva técnica desses materiais.

Roupas no lixo

Trabalhando no ramo há 30 anos, Reis Divino de Oliveira, de 50 anos, decidiu tomar medidas drásticas. Por precaução, ele prefere se desfazer das roupas. "Se vejo que é uma que não dá para jogar fora, levo para o tanque e coloco água, desinfetante, o máximo que eu posso colocar em cima", contou. Outra estratégia é evitar abrir invólucros nos quais os corpos são transportados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem de 23 anos foi assassinado enquanto acompanhava sepultamento no Cemitério de Águas Compridas, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, na terça-feira (31). O homem que estava sendo enterrado havia sido assassinado na segunda-feira (30). A Polícia Civil não confirma se os dois homicídios têm relação.

As informações iniciais são de que pelo menos três homens entraram no cemitério e efetuaram disparos de arma de fogo contra a vítima. O Instituto de Criminalística (IC) identificou, inicialmente, dois calibres na cena do crime, confirmando que havia mais de uma arma de fogo.

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Segundo informações recebidas pela polícia, houve troca de tiros e os suspeitos levaram a arma da vítima. As investigações foram iniciadas pelo delegado Magno Feitosa, da Força Tarefa de Homicídios Norte. O caso será investigado pela 9ª Delegacia de Polícia de Homicídios.

Para o iraquiano Saad Malik, perder o pai pelo novo coronavírus foi apenas o começo do pesadelo. Por mais de uma semana, cemitérios em todo país se negaram a permitir que ele fosse enterrado.

Temendo que a doença respiratória pudesse, de alguma forma, disseminar-se dos corpos para as cidades próximas, as autoridades tribais e religiosas iraquianas devolveram os corpos das vítimas de COVID-19 para os necrotérios do hospital, onde estão se acumulando.

"Não pudemos realizar um funeral por ele e não pudemos enterrar seu corpo, apesar de já ter passado mais de uma semana desde sua morte", desabafou Malik, em entrevista à AFP.

Homens armados que se identificaram como líderes tribais ameaçaram Malik, sua família e amigos, dizendo que incendiariam seu carro, se tentasse enterrar o corpo em sua localidade.

"Você consegue imaginar que, neste país enorme, o Iraque, não há alguns poucos metros quadrados para enterrar uma pequena quantidade de corpos?", questionou.

De acordo com o Islã, uma pessoa deve ser sepultada o quanto antes depois da morte, em geral nas primeiras 24 horas. Cremação é algo estritamente proibido.

O Iraque confirmou mais de 500 casos de COVID-19 e 42 mortes. Como apenas um número pequeno dos cerca de 40 milhões de habitantes foi examinado, acredita-se que o total de vítimas seja muito mais alto.

O governo declarou quarentena geral em todo país até 11 de abril, pedindo à população que fique em casa e adote uma rigorosa rotina de higiene para evitar a propagação do vírus.

- "Onde colocamos os corpos?" -

Em algumas áreas do país, os poderes locais adotaram medidas ainda mais rígidas.

Esta semana, no nordeste de Bagdá, líderes tribais impediram que uma equipe de funcionários do Ministério da Saúde enterrasse quatro corpos em um cemitério designado, pelo Estado, especificamente para as vítimas da COVID-19.

Quando a delegação tentou levar os corpos para outro cemitério, ao sudeste de Bagdá, dezenas de moradores foram às ruas em protesto. Os corpos acabaram sendo devolvidos para o necrotério.

Um iraquiano que vive perto de Bagdá disse à AFP que decidiram "bloquear qualquer enterro" em sua área. "Temos medo pela saúde dos nossos filhos e familiares", admitiu.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que lidera a resposta global à pandemia, o coronavírus é transmitido por gotas de saliva e pelo contato superficial.

Não há evidência científica de que possa se propagar através de cadáveres, segundo o porta-voz do Ministério iraquiano da Saúde, Seif al-Badr.

O porta-voz acrescentou que o governo está tomando todas as precauções possíveis para sepultar os corpos, incluindo envolvê-los em sacos, desinfectá-los e colocá-los em caixões especiais.

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