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O Brasil sediará o encontro anual de presidentes e primeiros-ministros do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, em 2024. O anúncio foi feito durante a divulgação do documento final da reunião do grupo, que terminou nesse domingo (31) em Roma.

A cidade brasileira para sede do encontro ainda não foi definida. Esta é a primeira vez que o Brasil é escolhido como anfitrião para uma cúpula de líderes do G20 desde a criação do grupo, em 1999. Em 2008, ocorreu  um encontro de ministros das Finanças do G20 em São Paulo.

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No próximo ano, o encontro de líderes do G20 ocorrerá na ilha de Bali, na Indonésia. Em 2023, a sede será Nova Délhi, na Índia.

Documento final

O documento final do G20 foi assinado por todas as 20 maiores economias do planeta: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

Neste ano, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, não compareceram ao encontro, mas enviaram representantes.

Em mensagem divulgada nesta sexta-feira (29) antes da cúpula sobre mudança climática COP26, o papa Francisco afirmou que os líderes mundiais devem responder de maneira urgente à "crise ecológica" do planeta.

"Os tomadores de decisões políticas que vão se reunir na COP26, em Glasgow, são chamados com urgência para fornecer respostas eficazes à crise ecológica atual", disse o papa em uma mensagem transmitida pela rádio BBC e traduzida do italiano.

O pontífice disse que isso "dará esperanças concretas às gerações futuras" e enfatizou que todas as pessoas podem participar "da mudança da nossa resposta coletiva à ameaça sem precedentes da mudança climática e da degradação da nossa casa comum".

No início deste mês, Francisco se somou a quase 40 líderes religiosos em um apelo aos chefes de Estado e de Governo que participarão da COP26 para pedir uma "ação urgente, radical e responsável" para reduzir drasticamente os gases do efeito estufa.

O papa, de 84 anos, não participará das reuniões cruciais destinadas a combater a emergência climática. Em seu lugar, o Vaticano enviará uma delegação chefiada por seu secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.

O pontífice argentino reúne-se, no entanto, com vários líderes mundiais, por ocasião da cúpula do G20 em Roma, pouco antes da COP26.

Nesta sexta, o sumo pontífice terá audiências com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um católico praticante, e com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in. No dia seguinte, encontra-se pela primeira vez com o presidente indiano, Narendra Modi.

Vários governos começaram a agir nesta segunda-feira (4) para tentar limitar as consequências da liberação de milhões de documentos que detalham como chefes de Estado e de Governo usaram offshores em paraísos fiscais para ocultar ativos que alcançam centenas de milhões de dólares.

Quase 35 governantes atuais e ex-líderes de países aparecem nos cerca de 11,9 milhões de documentos que vazaram de empresas de serviços financeiros de todo mundo e incluem dados sobre casas luxuosas na Riviera Francesa, em Monte Carlo e na Califórnia.

Os documentos, conhecidos como "Pandora Papers", foram obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) e publicados em várias reportagens de veículos, como o americano The Washington Post e os britânicos BBC e The Guardian.

As denúncias vão de corrupção à lavagem de dinheiro, passando por evasão fiscal.

Embora manter ativos em offshores, ou usar empresas de fachada, não seja ilegal na maioria dos países, as revelações são constrangedoras para governantes que adotaram medidas de austeridade, ou lideraram campanhas contra a corrupção.

O presidente russo, Vladimir Putin, não aparece diretamente nos documentos, mas está relacionado a ativos secretos em Mônaco por meio de associados. Entre eles, está uma casa à beira-mar adquirida por uma mulher russa apontada como mãe de um filho com o líder russo.

"Aqui, estamos simplesmente diante de um caso de acusações totalmente sem fundamento", minimizou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Não vimos nada sobre riqueza oculta dentro do círculo de Putin", completou.

A Jordânia também denunciou como "distorcidas" as revelações sobre os ativos do rei Abdullah II em empresas offshore em paraísos fiscais. Segundo as reportagens, ele acumula um império imobiliário de US$ 100 milhões, da Califórnia a Londres.

O palácio real afirmou que as propriedades foram financiadas com a riqueza pessoal do rei e foram usadas para visitas oficiais e particulares. Também argumentou que é comum entre personalidades importantes comprar propriedades por meio de companhias offshore por questões de privacidade e segurança.

"Algumas notícias publicadas sobre os bens imóveis do rei são inexatas, distorcidas e exageradas", afirmou o palácio real em um comunicado.

- Primeiro-ministro tcheco ataca -

O ICIJ encontrou ligações entre quase 1.000 empresas offshore e 336 políticos e funcionários públicos de alto escalão, incluindo mais de uma dúzia de chefes de Estado e de Governo, líderes de países, ministros, embaixadores e outros.

Mais de dois terços das empresas foram estabelecidas nas Ilhas Virgens Britânicas.

Familiares e pessoas associadas ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, por exemplo, teriam-se envolvido secretamente em negócios imobiliários na Grã-Bretanha no valor de centenas de milhões de dólares. Há muito tempo, Aliyev é acusado de corrupção neste país da Ásia Central.

Os documentos também mostram como o primeiro-ministro tcheco, Andrej Babis, não declarou uma empresa de investimento offshore usada para comprar um castelo de US$ 22 milhões, no sul da França.

"Nunca fiz nada ilegal, ou errado", rebateu Babis, em um tuíte, no qual chamou as revelações de "tentativa de difamação" com o objetivo de influenciar a eleição que acontece no próximo fim de semana no país.

Quase dois milhões dos 11,9 milhões de documentos vazados saíram de um escritório de advocacia panamenho chamado Alcogal, o qual, segundo o ICIJ, virou um "ímã para os ricos e poderosos" que buscam esconder fortunas em offshores.

O Alcogal, cujos clientes supostamente incluíam o rei jordaniano e o primeiro-ministro tcheco, reagiu às acusações de acordos duvidosos.

"Acho que isso demonstra, sobretudo, que as pessoas que poderiam acabar com o sigilo do offshore, que poderiam acabar com o que está acontecendo, estão se beneficiando disso", disse o diretor do ICIJ, Gerard Ryle, em um vídeo que acompanha a investigação.

- 'Corrupção' -

Maira Martini, especialista da ONG Transparência Internacional, pediu o fim da indústria das offshores e afirmou que a nova investigação oferece, mais uma vez, "evidências claras" de como ela "promove a corrupção e o crime financeiro".

Algumas das revelações da investigação do ICIJ:

- O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e sua esposa, Cherie, teriam evitado legalmente pagar impostos de uma propriedade milionária em Londres, ao comprar a companhia offshore que a possuía.

- Pessoas do círculo íntimo do primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, incluindo ministros e seus familiares, são supostamente proprietários secretos de empresas e fundos fiduciários com milhões de dólares. Khan prometeu "tomar as medidas apropriadas", caso qualquer delito por cidadãos paquistaneses seja comprovado.

- O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, e seis membros de sua família seriam proprietários de uma rede de empresas offshores.

- Os presidentes do Congo, Denis Sassou Nguesso, e do Gabão, Ali Bongo, foram vinculados a empresas nas Ilhas Virgens Britânicas em uma reportagem do jornal Le Monde.

- Além de políticos, estão entre as figuras públicas expostas a cantora colombiana Shakira, a modelo alemã Claudia Schiffer e a lenda indiana do críquete Sachin Tendulkar. Representantes dos três disseram ao ICIJ que os investimentos eram legítimos e negaram evasão fiscal.

Os "Pandora Papers" são os mais recentes de uma série de vazamentos em massa de documentos financeiros obtidos pelo ICIJ, como o "LuxLeaks", em 2014, e os "Panama Papers", em 2016, que provocaram a renúncia do primeiro-ministro da Islândia e abriram caminho para a expulsão do líder do Paquistão. Eles foram seguidos pelos "Paradise Papers", em 2017, e pelos arquivos "FinCEN", em 2020.

O presidente dos EUA, Joe Biden, realizará uma nova conferência de líderes sobre questões climáticas amanhã. No encontro, o americano e a União Europeia devem anunciar o compromisso conjunto de cortar em 30% as emissões de gás metano até 2030 e cobrar que os demais países se juntem em uma "promessa global" na mesma linha. O Brasil é um dos convidados para o evento e deve ser pressionado a aderir a um compromisso de redução nas emissões do gás de efeito estufa.

Na terça-feira, um documento revelado pela agência Reuters aponta que americanos e europeus querem a adesão de uma lista específica de países, na qual o Brasil se encontra, à meta de redução de emissões de metano. China, Rússia, Índia, Arábia Saudita e outros também estão na lista dos europeus e americanos.

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"Gostaria de enfatizar que é uma meta global coletiva para reduzir significativamente as emissões de metano", afirmou uma fonte do alto escalão do governo, em teleconferência com jornalistas, ao ser questionada sobre o acordo com a UE. O governo Biden tem voltado suas atenções ao gás metano e planeja colocar o tema em foco amanhã, com menções ao último relatório do IPCC. O painel climático da ONU alertou que a Terra vai atingir 1,5ºC acima do nível pré-industrial já na década de 2030, dez anos antes do esperado. O relatório aponta a relevância das emissões de metano - e não só de dióxido de carbono - para o aquecimento global.

"As últimas descobertas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas divulgadas no mês passado e um ciclo acelerado de desastres causados pelo clima em todo o mundo ressaltaram a urgência de intensificar dramaticamente as ações nesta década para manter a meta de 1,5 grau ao alcance", disse a Casa Branca, em um comunicado.

O encontro acontecerá na véspera da semana da Assembleia-Geral da ONU, na qual parte dos líderes estará em Nova York, e seis semanas antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, chamada de COP-26. Biden quer reunir os líderes que já encontrou virtualmente em abril. A lista de confirmados ainda não foi divulgada.

Nos bastidores, integrantes do governo dizem que Biden quer uma "conversa franca sobre o que mais precisa acontecer" antes da COP, marcada para novembro em Glasgow, e novamente vai pressionar os países por "planos concretos e metas ambiciosas".

A reunião será a portas fechadas, diferentemente da cúpula de abril, que teve transmissão ao vivo pela internet. Novamente, o encontro será virtual.

Em abril, antes da primeira conferência sobre o tema, a Casa Branca pressionou o governo brasileiro a apresentar metas concretas de redução de emissões de gases e comprometimento com a preservação da Amazônia. Desde então, o diálogo entre os dois governos na questão ambiental esfriou. Há pouco mais de duas semanas, os dois países retomaram as conversas.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que, na terça-feira (8), será realizada uma reunião com todos os líderes da Casa para debater a reforma administrativa. Segundo ele, o encontro terá como objetivo "discutir mérito, ritos e procedimentos de tramitação da reforma administrativa no âmbito da Comissão Especial".

Na quarta-feira (2), Lira anunciou a criação de uma comissão especial para análise da reforma administrativa. A comissão foi criada por meio de ato da Mesa Diretora, mas ainda precisa de outro ato para ser formalmente instalada. De acordo com Lira, a comissão será composta por 34 deputados titulares e igual número de suplentes.

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"Realizaremos amanhã uma reunião ampla com todos os líderes da Câmara dos Deputados com o objetivo de discutir mérito, ritos e procedimentos de tramitação da reforma administrativa no âmbito da Comissão Especial", afirmou o presidente da Câmara no Twitter. "A reforma administrativa, que não irá atingir direitos dos atuais servidores, será conduzida com cuidado e responsabilidade", completou.

Na agenda da semana, também será realizada na quarta-feira (9), uma audiência em plenário com o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, para avançar no debate da reforma política que tramita na Casa. Todos os líderes também foram convidados para a audiência.

O debate online inédito, ocorrido na noite do sábado (17), entre possíveis candidatos à Presidência da República mostrou, segundo líderes partidários ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, que é possível discutir política com civilidade, mesmo entre representantes de siglas diferentes, e que a busca de uma unidade contra a reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, em 2022 já começou.

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT), os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) - ambos do PSDB -, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) e o apresentador de TV Luciano Huck participaram do painel de encerramento da sétima edição da Brazil Conference at Harvard & MIT, evento organizado pela comunidade de estudantes brasileiros de Boston (EUA), em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo.

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Quase sempre unidos em críticas ácidas ao presidente, eles também falaram em "convergência" num projeto de País.

O encontro foi classificado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como um "debate político interessante, não necessariamente de candidatos à Presidência". Segundo a deputada federal, a conversa virtual mostrou que "é possível discutir política com civilidade no Brasil, apesar de Bolsonaro".

Representado por Haddad, o PT agora espera ter a chance de lançar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a anulação de todas as condenações do ex-presidente na Lava Jato, tornando-o elegível.

O possível retorno de Lula ao jogo eleitoral, no entanto, não foi tratado pelos participantes do debate, que evitaram mencionar diretamente as eleições.

Único a colocar-se como candidato de forma mais clara, Ciro Gomes teve desempenho elogiado pelo presidente de seu partido, Carlos Lupi. "O encontro foi bastante importante. Vi ali uma demonstração de unidade contra Bolsonaro. E é essa mesmo a hora de unirmos as forças democráticas. Além disso, debates assim também são bons para que se possa comparar o preparo de cada um. Ciro é experiente, competente e tem projeto."

Presidente do MDB, Baleia Rossi não comentou o conteúdo da conversa, mas afirmou que faltaram líderes no debate, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) - também cotado como presidenciável . Mandetta participou de painel sobre o SUS.

Já o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o Brasil precisa ouvir a posição de cada um sobre os rumos para reconstruir o País. "Mas daqueles que apoiam a agenda econômica de Paulo Guedes e interditaram o impeachment até agora não esperamos nada de bom."

Jogo

Para a deputada federal Carla Zambelli (PSL- SP), aliada de Bolsonaro, o debate evidenciou "um jogo orquestrado para tentar enfraquecer a imagem do presidente com falsas narrativas".

Segundo ela, uma dessas falsas narrativas seria culpar Bolsonaro pelos números da pandemia. "O próprio STF decidiu que as ações seriam administradas pelos governadores e prefeitos. O que eles tentam agora (Doria e Leite) é se eximir, até por causa da CPI", disse.

Em 2020, a Corte definiu que Estados e municípios têm autonomia, mas não isentou a União de agir.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), avisou a líderes partidários que eles terão dez dias para indicar membros da CPI da Covid. O prazo começará a ser contado a partir da leitura do requerimento que cria a comissão, o que Pacheco já disse que fará na sessão desta terça-feira, 13, cumprindo a decisão do ministro Luís Roberto Barroso. Na prática, porém, o funcionamento do colegiado pode demorar e ficar condicionado ao retorno dos trabalhos presenciais dos senadores, o que não há data para ocorrer.

A comissão deve ser formada por 11 titulares e sete suplentes. Apesar de o foco inicial da investigação ser o governo do presidente Jair Bolsonaro, a oposição terá apenas duas ou três cadeiras, conforme a distribuição das bancadas.

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O Planalto age para indicar senadores mais alinhados. Além disso, quer adiar ao máximo o funcionamento do colegiado. De acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, se os líderes não indicarem os membros no prazo estipulado, a escolha pode ser feita diretamente por Pacheco.

Ainda há a possibilidade de senadores retirarem suas assinaturas do pedido de criação de CPI até a meia-noite de hoje, o que inviabilizaria a comissão, mas esse cenário é descartado nos bastidores. Articuladores do Planalto não tiveram sucesso até agora na tentativa de reduzir o apoio.

Em outra frente, parlamentares governistas também atuam para ampliar o escopo da CPI para Estados e municípios, o que pode dividir o foco da investigação ou até inviabilizá-la. A inclusão de prefeitos e governadores, conforme relatos feitos reservadamente, tem o potencial de anular os trabalhos da comissão no Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que o regimento do Senado não permite CPI para investigar governos locais.

Por isso, a estratégia de Bolsonaro para pressionar a ampliação para Estados e municípios é vista como tentativa para enterrar a CPI e fazer "do limão uma limonada", conforme o chefe do Planalto admitiu em ligação divulgada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Outra tendência discutida no Senado é instalar a CPI, mas condicionar o funcionamento prático da comissão ao retorno dos trabalhos presenciais do Senado, cenário sem data para ocorrer no momento. Essa estratégia pode ter aval do Supremo, que julga a instalação em sessão convocada para amanhã.

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, afirmou que o Planalto considera fato consumado a leitura do requerimento de abertura da CPI nesta terça. "É uma pauta que não vai ter muita repercussão além do que já teve, não", disse sobre a leitura do requerimento.

O objetivo agora do governo é alinhar com o Legislativo o melhor momento de iniciar de fato os trabalhos da comissão. O líder governista defende que a CPI só funcione quando a maior parte dos participantes estiverem vacinados contra a covid-19.

"Tem que ter condições sanitárias adequadas e servidores vacinados, senadores vacinados e repórteres vacinados. Tem que ter um ambiente seguro. Não vejo o que pode garantir isso agora a não ser vacina. Tem uma questão de ordem minha que já está no sistema", disse o senador do MDB.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que vai submeter ao colégio de líderes na quinta-feira (8) o projeto de lei recém-aprovado pela Câmara dos Deputados que muda as regras para compra de vacinas contra a Covid-19 pelo setor privado (PL 948/2021).

"Vamos submeter ao colégio, identificar o sentimento geral dos líderes e se há necessidade de aprimoramento [da lei] ou se devemos manter a situação atual", afirmou.

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O texto aprovado pelos deputados permite que as empresas já possam ficar imediatamente com metade das doses adquiridas. A outra metade deve ser doada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Na lei vigente (14.125, de 2021), durante a fase de vacinação de grupos prioritários, todas as vacinas compradas pela iniciativa privada devem ser remetidas ao SUS, e apenas depois dessa etapa as empresas podem trazer vacinas para uso próprio. 

Pacheco destacou que o modelo atual é recente (a lei foi sancionada em março) e foi resultado de uma escolha do Congresso. Ele não antecipou uma previsão sobre o que o Senado, onde se originou a lei atual, poderá decidir a respeito de uma mudança.  

"A opção é com o sentido inicial de filantropia e solidariedade até que se possa vacinar todas as pessoas tidas como prioritárias, essa é a lógica. Se isso vai mudar ou não, é a avaliação que vamos fazer no colégio de líderes", frisou.

Quebra de patentes

Pacheco também comentou sobre o adiamento da votação do projeto que permite a quebra de patentes de vacinas contra a Covid-19 (PL 12/2021). Ele foi retirado de pauta nessa quarta-feira (7) a pedido da liderança do governo e do seu relator, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o que causou controvérsia entre os senadores, pois vários líderes defendem a votação da proposta, que tem base jurídica em acordos internacionais dos quais o Brasil participa.

Pacheco disse que a retirada de pauta do projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), era a "decisão prudente”, uma vez que o Plenário estava muito dividido, mas pontuou que o tema precisa ser enfrentado.

"Para o funcionamento do Plenário, sem que o projeto passe pelas comissões, é importante que não haja intransigência. Vamos buscar o consenso para que possamos votar a matéria amadurecida", declarou o presidente do Senado.

*Da Agência Senado

Estão abertas as inscrições para o Programa de Incubação para negócios ou projetos sociais - INCS, e para o Programa para Líderes de Impacto Social - PLIS, ambos organizados pelo Porto Social. O período para envio de candidaturas segue até 24 de março, e todo o processo seletivo se estende até 15 de abril, quando sairá o resultado dos aprovados. Serão selecionados 50 iniciativas sociais e 35 líderes de impacto para participar dos programas educacionais.

O INCS é um programa criado para profissionalizar negócios de impacto já em atuação, com ou sem formalização jurídica. O evento tem duração de dez meses e conta com palestras, workshops, mentorias individuais recorrentes e eventos de conexão.

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Já o PLIS visa desenvolver as figuras de líderes que desejam ter iniciativas sociais (mesmo que em estágio de ideação) ou comandam empreendimentos sociais (projetos ou negócios de impacto social), desenvolvendo-os para enfrentar os desafios do mundo empreendedor, a nível prático e mental. A ação tem duração de três meses, com workshops e mentorias coletivas nas áreas do empreendedorismo social, gestão, vendas, comunicação, liderança e educação financeira.

Estarão aptos a se inscrever na seleção do INCS os empreendedores e iniciativas que tiverem suas principais atividades desenvolvidas na Região Metropolitana do Recife (RMR). O PLIS busca selecionar líderes sociais maiores de 18 anos que tenham suas principais atividades desenvolvidas também na RMR.

Os editais e formulários de inscrições estão disponíveis no site do Porto Social. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (81) 99185-7147.

A maioria dos líderes declarou voto favorável à manutenção da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). durante a sessão virtual do Plenário que analisou o caso.

O líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), afirmou que os atos praticados pelo deputado Daniel Silveira não podem ser cobertos pela imunidade parlamentar ou pela liberdade de expressão.

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Calheiros afirmou que o partido defende as imunidades parlamentares, a separação dos poderes, o uso da Lei de Segurança Nacional, e a liberdade de opinião. “Esses institutos não podem ser usados para desconstituir, pelos atos praticados pelo deputado, a democracia”.

O líder do Pros, deputado Capitão Wagner (CE), afirmou que o deputado precisa ser julgado no Conselho de Ética e defendeu a liberdade de Daniel Silveira. “O ato praticado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não encontra amparo jurídico em lugar nenhum. Aqui ninguém está julgando os excessos cometidos pelo deputado, mas abrindo mão do nosso poder de revisar um ato do STF”, afirmou.

Silveira foi preso na terça-feira, em flagrante, após divulgar um vídeo nas suas redes sociais. O vídeo traz ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal, elogio à ditadura militar e ao AI-5, que reduziu as liberdades individuais e endureceu o regime.

Ele também é investigado no âmbito do inquérito das Fake News e foi preso em flagrante por crimes contra a segurança nacional. Daniel Silveira já foi denunciado ao STF pelo procurador-geral da República e também sofre processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O líder do PSB, deputado Danilo Cabral (PE), afirmou que a imunidade parlamentar não é absoluta. "Não resta dúvidas que as ameaças feitas ao Supremo Tribunal Federal, aos seus membros, bem como a incitação da ruptura da ordem democrática não podem ser cobertas pelo manto da imunidade parlamentar".

Não é a avaliação do líder do PSL, deputado Vitor Hugo (GO). Ele disse que a prisão do deputado Daniel Silveira ataca as prerrogativas do Parlamento. “Estamos atacando a capacidade de representação, a vontade da população que não pode defender uma posição por não ter imunidade material e se volta para nós. A Câmara dos Deputados não está defendendo o que é mais sagrado”, afirmou. Vitor Hugo criticou ainda o inquérito do STF sobre as Fake News que chamou de “frágil” e “sem amparo na legislação”.

A deputada Carla Zambelli (SP) também defendeu a manutenção das prerrogativas dos deputados. “O povo brasileiro quer a liberdade de Daniel Silveira. Nós somos representantes do povo e o povo quer que a gente continue falando por ele com a nossa plena imunidade parlamentar”, disse. Ela disse ainda que Silveira “não é bandido”.

Para a líder do Psol, Taliria Petrone (RJ), liberdades democráticas não podem ser violadas por ninguém. “Direito à fala é parte do nosso exercício parlamentar, mas essas ideias não podem violar a Democracia. Deputado não pode tudo”, afirmou.

Silveira é conhecido por ter quebrado a placa que deu a uma rua do Rio de Janeiro o nome de Marielle Franco, vereadora do Psol assassinada em 2018. Petrone usou uma camiseta em homenagem à vereadora.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O presidente Jair Bolsonaro menosprezou a importância do pedido de impeachment apresentado por lideranças religiosas nesta semana à Câmara. Em sua live semanal, ele disse que esses líderes são de "esquerda" e "não representam nem a opinião dos evangélicos".

O pedido de impeachment foi assinado por religiosos críticos ao governo, sob o argumento de que Bolsonaro agiu com negligência na condução da pandemia de covid-19, agravando a crise. É a primeira vez que representantes desse segmento encaminham uma denúncia contra o presidente por crime de responsabilidade.

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Na lista estão padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores. Embora sem o apoio formal das igrejas, o grupo tem o respaldo de organizações como o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, a Comissão Brasileira Justiça e Paz da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e a Aliança de Batistas do Brasil.

"Quem lê pensa que são líderes de que nós temos conhecimento", afirmou. Segundo ele, os evangélicos que encamparam o impeachment representam "menos de 1%" do grupo.

Minimizando o movimento, Bolsonaro disse que tem apoio dos religiosos e relativizou a queda de sua popularidade, apontada por diversas pesquisas, entre evangélicos. "Tem muitos evangélicos que gostam de mim, muitos católicos, espíritas e outras religiões, ateus também, mas não tem nenhum movimento coordenado de líderes evangélicos pedindo impeachment meu", afirmou.

O presidente disse que não cometeu nenhum crime, ironizou os mais de 60 pedidos para afastá-lo apresentados na Câmara e disse não temer um processo para destituí-lo. "Se bater no liquidificador e espremer não dá nada", afirmou.

Sobre possíveis casos de corrupção em seu governo, ele disse que "podem acontecer" e que, "se acontecer, nós vamos para cima", mas que adota medidas preventivas. "Preferimos a prevenção do que depois do leite derramado reclamar."

Bolsonaro comentou também o fechamento de fábricas pela Ford no Brasil e de cinco mil empregos, mas citou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e disse que 142.690 vagas foram criadas no ano passado, mesmo com a pandemia do novo coronavírus.

"Lamentamos, gostaríamos de não ter perdido cinco mil empregos", disse, sobre a Ford. Ele afirmou ainda que a empresa não sobreviveu à concorrência de empresas asiáticas, mesmo com subsídios, principalmente em Camaçari, na Bahia.

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que os evangélicos que pediram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro não representam a maioria dos fiéis desse segmento no País. Na terça-feira (26), um grupo de líderes religiosos protocolou um pedido de impeachment contra Bolsonaro na Câmara acusando o presidente por crime de responsabilidade na pandemia de Covid-19. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, o pedido foi assinado por católicos e evangélicos críticos ao governo.

"Meia dúzia de esquerdopatas evangélicos, apoiadores de corruptos que produziram o maior esquema de corrupção da história política do Brasil, fazendo manifesto de impeachment de Bolsonaro. Não representam nem 0,5% dos evangélicos", escreveu Malafaia, aliado de Bolsonaro, no Twitter.

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Em seguida, o pastor evangélico publicou uma nota com o mesmo posicionamento e o título "esclarecimento à sociedade brasileira", assinando como presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil. Silas Malafaia faz parte de uma ala de líderes religiosos que apoiaram Bolsonaro nas eleições de 2018 e fazem parte da base de apoio do governo, mas que também estiveram próximos aos governos do PT.

Os autores do pedido de impeachment reconhecem que são minoria no segmento religioso. O movimento foi feito para mostrar, no entanto, que nem todos os cristãos apoiam as atitudes de Bolsonaro na crise do novo coronavírus, de acordo com eles. "Temos a consciência de quem nem todas as pessoas das nossas igrejas são favoráveis a esse ato que estamos fazendo, mas é importante destacar essa pluralidade e as contradições que existem no âmbito do Cristianismo. Nem todo cristianismo é bolsonarista", afirmou a pastora Romi Márcia Bencke, representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, na terça.

As negociações para eleição na Câmara entre o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a cúpula do PSL, MDB e Republicanos foram suspensas nesta quarta-feira, 18, por suspeita de covid-19. Luciano Bivar, presidente do PSL, apresentou sintomas e aguarda o resultado do teste. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o do MDB, Baleia Rossi (SP), também deveriam participar da conversa.

Separadamente, os quatro já vinham mantendo conversas sobre a possibilidade de se unirem na sucessão à Mesa Diretora da Câmara. A expectativa era que hoje o grupo começasse a costurar um acordo e definir uma estratégia para a disputa, que deve ter o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, como candidato do Palácio do Planalto.

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Com a suspeita de contaminação de Bivar, o encontro entre os líderes pode acontecer na próxima semana. Segundo apurou o Broadcast/Estadão, as definições, no entanto, só devem ocorrer após o fim do segundo turno das eleições municipais. A avaliação é que o melhor é esperar situações como a do Rio de Janeiro, onde Republicanos disputa a prefeitura com o DEM, serem resolvidas.

Pereira e Baleia são nomes cotados para sucessão de Maia. O presidente do MDB tem o apoio de Maia para se candidatar, enquanto Pereira aparece como um nome do Centrão, em uma disputa de espaço com Lira, e que tem ganhado a simpatia da oposição. Nenhum deles assume ser candidato ainda.

Bivar também passou a ser cogitado como um nome para a disputa da Presidência da câmara. Em entrevista ao Estadão, o presidente do PSL admitiu as conversas com Maia e disse que se manter na estrutura da Câmara é essencial para o fortalecimento da legenda. Atualmente, é o segundo vice-presidente da Casa.

O cenário da Câmara, hoje, se divide basicamente em três grandes forças políticas. A primeira é a do Centrão, com os partidos da base do governo, liderados por Lira. Formalmente, ele coordena na Câmara o grupo regimental composto por PL, PP, PSD, Solidariedade e Avante, com o total de 135 deputados. Siglas como Republicanos, Pros, PSC, Patriota e PTB (68 deputados) costumam também compor com esse grupo informalmente, formando o chamado "Centrão"

O "núcleo independente" ou "núcleo Maia" tem DEM, PSDB, MDB, Cidadania e parte do PSL (102 deputados). E há ainda a oposição, com PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB com 132 deputados.

Independentemente desses grupos, PSL, Pros e PTB formam outra agremiação formal na Câmara, sob a liderança de Felipe Francischini (PSL-PR).

Os partidos podem compor de várias maneiras para a eleição da Câmara. Estão em jogo também outras funções além da presidência, como a primeira e segunda vice, hoje ocupadas respectivamente por Pereira e Bivar, e quatro postos de secretários.

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), reúne-se hoje com lideranças do Congresso para debater a proposta de reforma tributária e o pacto federativo. Também está prevista a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O encontro deve ser presencial e está marcado para as 11 horas, no Palácio do Alvorada.

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Na última quarta-feira, Barros esteve com o presidente Jair Bolsonaro e reafirmou o compromisso do governo com esses dois temas.

*Da Agência Câmara de Notícias

Presidentes de nove países da América Latina e do Caribe se reuniram por videoconferência ontem convidados pelo governo da Espanha para discutir soluções para a crise econômica que atinge a região em razão da pandemia de coronavírus. Líderes de diferentes correntes políticas participaram do encontro virtual e pediram a organismos financeiros internacionais que considerem "medidas adicionais de apoio" para ajudar no combate à atual recessão. O Brasil ficou de fora do encontro.

A agenda do evento "Juntos por una respuesta para América Latina y el Caribe", ao qual o Estadão teve acesso, anunciava as participações do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e dos presidentes da Argentina, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, além da primeira-ministra de Barbados e atual presidente da Comunidade do Caribe (Caricom).

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No encontro, os países aprovaram uma declaração que esboça algumas possíveis soluções de financiamento para rebater os efeitos da crise. Uma das medidas defendidas é "estudar possíveis reestruturações de pagamentos de dívida, caso a caso, a países altamente endividados em razão da pandemia". A ideia é convencer instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) que a reconstrução da região exige novos instrumentos de financiamento.

"Com a iniciativa, queremos contribuir para que os países latino-americanos e do Caribe tenham à sua disposição maiores recursos para responder ao desafio socioeconômico e para que possam lançar as bases de um crescimento mais equilibrado, sustentável e inclusivo em toda a região", concordaram os países presentes.

A ausência de México e Brasil, os maiores países da região, foi questionada pela imprensa. O governo espanhol afirmou que o presidente mexicano, Manuel López Obrador, foi convidado, mas teve uma incompatibilidade de agenda. O Estadão questionou o governo da Espanha se o Brasil foi convidado para o encontro. O mesmo questionamento foi enviado ao Itamaraty. Nem o governo espanhol, nem o brasileiro responderam até a publicação desta reportagem. Mas fontes do governo espanhol disseram ao Estadão que "a iniciativa é aberta" e o Brasil "poderá subscrever a proposta, se desejar". O Brasil tem ficado isolado na discussão de soluções regionais durante a pandemia.

A agência de notícias Servimedia noticiou que Brasil, Venezuela, Nicarágua e Cuba não foram contatados para participar do evento. "Não estarão países como México, que declinou por problemas de agenda do presidente Manuel López Obrador, enquanto outros, como Venezuela, Brasil, Nicarágua ou Cuba, não foram contatados", noticiou a Servimedia. O jornal El País afirmou que fontes governamentais explicaram que López Obrador teve problemas de agenda, mas "as mesmas fontes evitaram esclarecer se (Jair) Bolsonaro havia sido convidado".

O FMI divulgou ontem projeções atualizadas para a atividade econômica dos países neste ano, indicando que a América Latina é uma das regiões que mais sofrerá os efeitos da pandemia, com retração de 9,3%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos e seus aliados curdos, chamadas Forças Democráticas da Síria (SDS), mataram nesta semana dois líderes regionais do grupo extremista Estado Islâmico (EI), durante um ataque no leste da Síria, anunciou nesta sexta-feira o Comando Central Americano.

Ahmad 'Isa Ismail al Zawi e Ahmad' Abd Muhamad Hasan al-Jughayfi foram mortos em um ataque conjunto em 17 de maio, em uma área ocupada pelo EI na província de Deir Ezzor, segundo comunicado da entidade americana.

Al Zawi, também conhecido como Abu Ali al Baghdadi, era o líder regional do EI no norte de Bagdá e "responsável por disseminar as orientações terroristas dos principais líderes do Estado Islâmico para os agentes" naquela área, informou o comando.

Al-jughayfi, também conhecido como Abu Ammar, era um oficial sênior de logística e suprimento do EI "responsável por dirigir a aquisição e o transporte de armas, dispositivos explosivos improvisados e pessoal no Iraque e na Síria".

Desde sua derrota territorial na Síria, em março de 2019, os ataques do EI foram limitados aos vastos desertos que se estendem de Deir Ezzor a Homs, no centro do país.

Abu Bakr al Baghdadi, que liderava o grupo jihadista desde 2014, foi morto em um ataque das forças especiais americanas na província de Idlib, nordeste da Síria, em outubro de 2019.

Lideranças da Câmara tentam chegar a um acordo sobre a Medida Provisória do Emprego Verde e Amarelo, nesta terça-feira (14), antes do início da sessão, que estava agendada para 10 horas, mas ainda não começou. A oposição está contra a proposta original do governo de Jair Bolsonaro e avisou que irá obstruir os trabalhos.

Segundo fontes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atua para tentar alterar alguns pontos do texto antes de ir ao plenário. A tentativa é acatar mudanças sugeridas pelo menos de parte da oposição, do PSB e PDT.

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O líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), pediu ao relator a retirada de um trecho que prevê que acordos coletivos de trabalho prevalecem sobre a legislação ordinária e sobre decisões da Justiça.

"Em qualquer contexto, já seria inaceitável colocar acordos, mesmo que coletivos, acima da lei e das decisões judiciais. No meio de uma crise gravíssima como essa, então, é um absurdo completo. Os trabalhadores terminariam a crise sem direito algum", disse Molon ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A medida foi aprovada por comissão mista do Congresso no dia 17 de março. Chamado pela equipe econômica de "Emprego Verde e Amarelo", o plano tem o objetivo de gerar vagas para jovens que ainda não tiveram seu primeiro emprego.

O governo espera criar 1,8 milhão de empregos com a medida até o final de 2022. A proposta precisa ser aprovada até o dia 20 deste mês pela Câmara e pelo Senado para não perder a validade.

A proposta cria um novo regime de trabalho com salário limitado a 1,5 salário mínimo (R$ 1.567,50) por dois anos, com a redução da contribuição previdenciária patronal de 20% para zero, além do salário-educação e da contribuição social para as entidades do Sistema S.

O contrato Verde Amarelo reduz ainda a alíquota de contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - paga pelo empregador sem desconto nos salários - de 8% para 2%.

A repercussão negativa das declarações e atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), diante da pandemia, fez sua lista de opositores aumentar no Congresso.  Isolado politicamente, o mandatário observa a crescente de líderes de centro-direita contra ele, enquanto lideranças da esquerda assinaram uma carta pedindo que deixe o cargo.

"Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável", discorre o documento.

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Em outro trecho, a ala aponta que Bolsonaro não está a altura da Presidência e deve responder pelos "crimes que está cometendo". "Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país.  Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo", afirma o requerimento.

As lideranças garantem que o presidente é um "obstáculo" para evitar a proliferação do novo coronavírus."Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países", avalia.

O texto assinado por Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB; Carlos Lupi, presidente nacional do PDT; Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência pelo PDT; Edmilson Costa, presidente nacional do PCB; Fernando Haddad, ex-candidato à Presidência pelo PT; Flávio Dino, governador do estado do Maranhão; Guilherme Boulos, ex-candidato à Presidência pelo PSOL; Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT; Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL; Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB; Manuela D'Ávila, ex-candidata a Vice-presidência (PC do B); Roberto Requião, ex-governador do Paraná; Sônia Guajajara, ex-candidata à Vice-presidência (PSOL) e Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, também garante uma série de medidas para conter o avanço da covid-19 em um Plano de Emergência Nacional:

-Manter e qualificar as medidas de redução do contato social enquanto forem necessárias, de acordo com critérios científicos;

-Criação de leitos de UTI provisórios e importação massiva de testes e equipamentos de proteção para profissionais e para a população;

-Implementação urgente da Renda Básica permanente para desempregados e trabalhadores informais, de acordo com o PL aprovado pela Câmara dos Deputados, e com olhar especial aos povos indígenas, quilombolas e aos sem-teto, que estão em maior vulnerabilidade;

-Suspensão da cobrança das tarifas de serviços básicos para os mais pobres enquanto dure a crise,

-Proibição de demissões, com auxílio do Estado no pagamento do salário aos setores mais afetados e socorro em forma de financiamento subsidiado, aos médios, pequenos e micro empresários;

-Regulamentação imediata de tributos  sobre grandes fortunas, lucros e dividendos; empréstimo compulsório a ser pago pelos bancos privados e utilização do Tesouro Nacional para arcar com os gastos de saúde e seguro social, além da previsão de revisão seletiva e criteriosa das renunciais fiscais, quando a economia for normalizada.

A reunião de líderes partidários da Câmara foi remarcada para as 16h desta quarta-feira (4). A previsão anterior era que as lideranças se reunissem pela manhã para tratar da pauta prioritária da Casa.

Nesta quarta-feira, a Câmara tem sessão deliberativa extraordinária convocada para 13h55. Uma sessão solene às 15h para receber o presidente da Câmara dos Deputados da Argentina, deputado Sergio Massa, também está na pauta do dia.

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Hoje os parlamentares devem ainda retomar a sessão do Congresso para análise de vetos presidenciais. O retorno da sessão está previsto para as 14h.

Líderes de alguns dos mais recentes partidos criados no Brasil criticam a possibilidade de recolhimento de assinaturas pela internet ou outros meios eletrônicos para o registro de uma nova legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo representantes dessas siglas, que demoraram até cinco anos para obter registro, as mudanças na legislação eleitoral aprovadas nos últimos anos foram pensadas para restringir o número de partidos no País. Para eles, a liberação de apoio eletrônico, como pleiteia a Aliança pelo Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, pode causar uma explosão de novas agremiações.

Na última terça-feira (26), o TSE começou a analisar uma consulta sobre o uso de assinaturas digitais para registrar novos partidos. Relator do caso, o ministro Og Fernandes não analisou o mérito, alegando que rejeitaria a consulta por questões administrativas. O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, se manifestou contra a coleta de assinaturas digitais.

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Nesta quinta-feira (28), Bolsonaro voltou a dizer, durante transmissão ao vivo na internet, que se receber o aval do TSE, formará o partido "em menos de um mês". Para disputar as eleições de 2020, o partido tem de estar registrado seis meses antes do pleito - ou seja, em abril do ano que vem. Atualmente, é necessário apresentar 491 mil assinaturas válidas em nove Estados.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), adotar a coleta digital nesse momento seria "casuísmo". "A tradição do TSE é só aceitar assinaturas físicas. Seria incoerente mudar isso em favor do presidente", afirmou o parlamentar. Em 2013, a legenda da ex-ministra Marina Silva, candidata derrotada à Presidência, enfrentou dificuldades e não conseguiu concluir o processo em tempo de disputar as eleições do ano seguinte. Em 2014, ela concorreu à Presidência pelo PSB. O registro da Rede só saiu em setembro de 2015.

Cartórios

"No ABC paulista alguns cartórios rejeitaram 95% das assinaturas. Isso é completamente fora do padrão. E eles não precisam justificar o motivo", reclamou José Gustavo, ex-porta-voz da Rede, lembrando que todas as assinaturas devem ser conferidas no cartório.

Para ele, os tribunais não podem ser "constrangidos" a mudar de opinião por ser o presidente da República quem está coletando assinaturas. "Para não deixar o presidente chateado se posicionam diferente na assinatura digital? Isso é muito ruim", questionou.

Se as assinaturas forem validadas digitalmente, como deseja a família Bolsonaro, o ritual seria mais célere. Algumas siglas criadas na última década demoraram até cinco anos para saírem do papel. Esse é o caso, por exemplo, do partido Novo, que também passou a funcionar em setembro de 2015.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que as últimas cinco legendas criadas no Brasil levaram, em média, três anos e nove meses desde a data de fundação até receberem autorização do TSE para registrar seus candidatos numa eleição.

Além da obrigação de coletar e homologar 491 mil assinaturas, os novos partidos também precisam criar diretórios em ao menos nove Estados. O deputado estadual de São Paulo Daniel José (Novo) também chama de "casuísmo" a tentativa de mudar a regra em função da demanda do presidente da República, mas não se opõe à modernização do processo. "Acho estranho o Bolsonaro dizer que terá facilidade na coleta digital porque ela custaria caro: cerca de R$ 100 para o token ou pen drive que servem para registrar o CPF", afirmou o parlamentar.

Em 2013, o deputado federal Paulinho da Força (SP) demorou, em 2013, oito meses para registrar o Solidariedade. "Todos nós passamos por isso de coletar a assinatura física. A assinatura digital não está na lei e pode ser contestada. Não se pode interpretar a lei de outra forma por ser o partido de alguém com um cargo privilegiado", afirmou o parlamentar. Na época, Paulinho contou com a capilaridade da Força Sindical, central que presidiu, para acelerar a coleta de assinaturas.

Explosão

Na avaliação do parlamentar, se a Justiça Eleitoral passar a aceitar o meio digital para referendar assinaturas, haverá uma explosão de novos partidos. "Será uma farra. Em dois ou três meses teremos mais de 70 partidos", disse.

Marcos Alves, dirigente da UDN, um dos 70 partidos que estão em fase final de criação e que chegou a ser sondado pela família Bolsonaro, considera "inadmissível" mudar a regra agora. "Não é justo que a gente tenha trabalhado com muita dificuldade na coleta de assinatura e agora o TSE vire o jogo. O tribunal nem está preparado para isso", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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