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Líderes de esquerda de diferentes países comemoraram, pelas redes sociais, a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deixou a prisão em Curitiba nesta sexta-feira, 8.

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, escreveu em sua conta oficial no Twitter que o processo judicial que levou a condenação de Lula foi "arbitrário" e que "comove a força de Lula para enfrentar essa perseguição". "Sua força demonstra não só o compromisso mas também a imensidão desse homem", acrescentou o peronista, que chegou a pedir a liberdade do ex-presidente brasileiro no dia da eleição presidencial argentina, em 27 de outubro.

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A ex-presidente argentina Cristina Kirchner, eleita vice-presidente na chapa de Fernández, também celebrou. "Termina hoje uma das maiores aberrações de Lawfare na América Latina: a privação ilegítima da liberdade do ex-presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva", tuitou Kirchner.

O senador dos Estados Unidos Bernie Sanders, pré-candidato a presidente pelo Partido Democrata, compartilhou em sua conta oficial do Twitter uma notícia sobre a soltura do ex-presidente e acrescentou que "Lula fez mais que qualquer um para reduzir a pobreza no Brasil e defender os trabalhadores". "Eu estou encantado que ele tenha saído da prisão, já que nunca deveria ter acontecido em primeiro lugar", completou o americano sobre o fato de Lula ter ido parar na cadeia.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou, via Twitter, que Nicolás Maduro "celebra a liberação" de Lula. Em sua conta oficial, Maduro escreveu que "a verdade triunfou no Brasil". "Em nome do povo da Venezuela, expresso minha mais profunda alegria pela liberação de meu irmão e amigo Lula, que estará novamente nas ruas para liderar as causas justas dos brasileiros e brasileiras", acrescentou Maduro.

Já o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, que sofreu impeachment em 2012, chamou Lula de "querido companheiro" e tuitou que "um julgamento político vergonhoso e 580 dias na prisão não puderam dobrar uma polegada de sua coragem e sua dignidade para continuar de pé ao lado de seu povo". "O abraço de todos os povos latino-americanos para você e todos aqueles que lutam ao seu lado", escreveu Lugo.

Lula saiu da sede da PF às 17h42 - pouco mais de uma hora depois da expedição do alvará de soltura pelo juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal de Curitiba. A soltura do ex-presidente veio menos de 24 horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucional a prisão após condenação em segunda instância.

Sem acordo, líderes da Câmara adiaram a votação do projeto de lei que amplia as regras para registro, posse e comercialização de armas (PL das Armas). O novo líder do PSL, Eduardo Bolsonaro (SP), participou da reunião e não foi contrário ao movimento que contou com o apoio do governo para retirar o texto da pauta da semana.

Foi a primeira reunião que o filho do presidente participou na condição de líder do PSL após a guerra de lista dentro da legenda. Eduardo Bolsonaro entrou e saiu da reunião sem conversar com a imprensa. "Eu não vou falar com vocês, não", limitou-se a dizer o novo líder do PSL, que saiu correndo pelos corredores da Câmara para evitar a imprensa.

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Apesar da anuência do governo para retirar a proposta de votação, a decisão de líderes é vista como uma pequena derrota de Eduardo Bolsonaro em sua primeira reunião com a cúpula da Câmara. O deputado do PSL chegou atrasado e demorou a tomar assento na mesa dos líderes. Durante todo o encontro se manteve em silêncio.

"O líder que sentou lá (Eduardo Bolsonaro) nem falou. Acho que não tem opinião para dar", afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara.

O projeto original, enviado pelo Planalto, permite a concessão, por decreto presidencial, de porte de armas de fogo para novas categorias além das já previstas no Estatuto do Desarmamento. De acordo com líderes tanto da oposição quanto de partidos de Centro, não há possibilidade de aprovar a atual proposta. "Não há clima para votar o texto do governo. Ele tem brechas demais e pode dar uma carta branca ao Planalto para ampliar a posse e o porte no País", afirmou o líder do Podemos, José Nelto (GO).

Desde que o texto chegou à Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem defendido amenizar o projeto de Bolsonaro. O porte de armas é a autorização para que os cidadãos andem armados fora de casa ou do local de trabalho. Já a posse consiste apenas na permissão de manter a arma dentro de casa ou do trabalho. Atualmente, o porte é restrito a militares e agentes de segurança.

De acordo com o líder do PSOL, o deputado Marcelo Freixo (RJ), o novo texto deve ficar restrito a alterações relativas a colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs), retirando da proposta qualquer possibilidade de estender porte e posse a outras categorias, como quer o governo. "Um novo texto deve ser apresentando na semana que vem. Vamos restringir as mudanças apenas aos CACs. Qualquer alteração sobre porte e posse tem que ser feita em outro texto", afirmou.

Idade

O atual texto determina que a idade para a posse é de 21 anos, incluindo os CACs, e para o porte, de 25. Uma das mudanças propostas é a retirada do trecho que previa a concessão do porte para algumas categorias profissionais por meio de regulamento, como decretos, sem ser necessário uma mudança na lei.

"Vamos propor uma emenda para que apenas membros de clubes com mais de cinco anos de associação com a entidade possam ter seu registro validado", afirmou Freixo.

O líder opositor Juan Guaidó afirmou neste sábado que terá delegados na Assembleia Geral da ONU, para denunciar a atuação na Venezuela de "grupos irregulares" da Colômbia amparados pelo governo de Nicolás Maduro.

"A delegação da Venezuela estará presente para denunciar a presença de grupos irregulares no país e a liderança destes terroristas por Maduro", declarou Guaidó, líder do Parlamento, de maioria opositora, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por meia centena de governos estrangeiros.

O opositor liderou uma jornada de pequenas manifestações opositoras em Caracas, um dia depois que a Justiça venezuelana abriu uma investigação criminal contra ele, após Guaidó aparecer em fotografias com membros do grupo criminoso colombiano Los Rastrojos, surgido de paramilitares desmobilizados em 2016 e dedicado ao narcotráfico.

Guaidó acusou Maduro de proteger Iván Márquez e Jesús Santrich, dissidentes da desmobilizada guerrilha das Farc que anunciaram seu rearmamento, bem como combatentes do ELN.

O líder opositor não detalhou como seus delegados participariam da Assembleia Geral da ONU, que terá início na próxima terça-feira. O órgão internacional reconhece Maduro.

Guaidó afirmou que seus representantes também irão denunciar a "emergência humanitária e crise migratória", com o êxodo de 3,6 milhões de venezuelanos desde 2016, segundo a ONU.

O opositor insistiu em que não conhece os integrantes dos Rastrojos. "Me pedem milhares de fotos", comentou sobre as imagens, que teriam sido registradas na véspera do último 23 de fevereiro, quando ele liderou uma tentativa fracassada de fazer passar pela fronteira com a Colômbia carregamentos de alimentos e insumos médicos vindos dos Estados Unidos.

Maduro não participará da Assembleia Geral da ONU, mas seu governo enviará um documento assinado por cidadãos venezuelanos contra as sanções aplicadas pelos Estados Unidos a seu país. O presidente socialista afirma que a iniciativa foi apoiada por 12 milhões de assinaturas, em um país de 30 milhões de habitantes.

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 6, a Operação Cravada para desarticular núcleo do Primeiro Comando da Capital responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. A ação foi determinada pelo juízo da Vara Criminal de Piraquara, no Paraná, que viu ainda "relevante função" e "grande poder de decisão e comando" de treze pessoas na organização, determinando a inclusão emergencial dos mesmos no Sistema Penitenciário Federal.

Até o momento, a PF fez 28 prisões - oito delas em presídios e duas em flagrante, durante a realização de buscas. Cerca de 180 Policiais Federais cumprem nesta terça 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete Estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

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Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná.

Ao determinar a expedição dos mandados de prisão, o juízo considerou quatro fatos constatados pela investigação. O primeiro deles indica que os investigados "integram organização criminosa, considerando que há associação de 95 pessoas, a fim de se obter lucro, mediante a prática de infrações penais, principalmente, o tráfico de drogas".

A decisão destaca ainda a prisão em flagrante de três supostos membros da facção por tráfico de drogas, realizadas em dois momentos - durante a apreensão de 332,1 quilos de substância entorpecente análoga à maconha, na cidade de Itapecerica da Serra, e durante abordagem policial realizada em Curitiba.

Já a quarta infração penal investigada diz respeito à associação ao tráfico. Segundo a PF, a organização conta com "departamentos específicos para a gerência e coordenação do tráfico de drogas, como, por exemplo, o 'Setor das Lojas', 'Setor da 100%', 'Setor do BOB', 'Setor do Óleo', bem como os 'Setores da Financeira' e da 'Rifa', estes dois últimos responsáveis pelos lucros auferidos da prática criminosa."

A investigação teve início, de acordo com a Polícia Federal, em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

O esquema consistia na arrecadação de valores de membros, chamados de "rifas", que eram repassados aos líderes da organização por meio de diferentes contas bancárias, indicou a PF.

A investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulava nas contas ligadas à facção por mês.

O governo do Pará iniciou nesta terça-feira, 30, a transferência de 46 detentos após o massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT) nesta segunda-feira, 29, que terminou com 57 mortos. Do total, oito homens apontados como líderes da facção Comando Classe A (CCA), responsável pela matança, serão encaminhados para penitenciárias federais; oito para unidades em Belém, onde ficarão em isolamento; e 30 serão distribuídos por outras cinco prisões.

Entre os detentos que já chegaram à capital paraense estão Luziel Barbosa, Renilson de Paula Alves, Ezequias Santana da Conceição, Edicley Lima Silva, Melzemias Pereira Ribeiro, Hildson Alves da Silva e Marcos Vinícius Nonato de Souza.

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Conhecido como Hebraico, Luziel é considerado um dos comandantes do CCA. O grupo criminoso nasceu no Pará há 11 anos e domina o tráfico na região. A facção foi criada por um irmão de Luziel, Oziel Barbosa, o Tchile, que foi morto em confronto com a polícia. Outro irmão deles, Lucenildo Barbosa, conhecido como Lúcio VK, está foragido.

A operação de transferência dos detentos conta com a atuação de 100 agentes de segurança pública do Estado, das Polícias Civil e Militar, da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) e do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).

O governo do Pará informou que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) presta assistência aos familiares dos detentos mortos no massacre em Altamira. Nesta terça, a gestão estadual informou os nomes das 57 vítimas.

"Uma equipe multidisciplinar, formada por cinco médicos, quatro psicólogos, cinco assistentes sociais e quatro enfermeiros, além de profissionais auxiliares, está garantindo atendimento e acolhimento às famílias, 24 horas, por tempo indeterminado", afirmou, em nota, o governo do Pará.

Como foi o massacre no presídio de Altamira, no Pará

Segundo a Susipe, os assassinatos foram resultado de um confronto entre duas facções criminosas que disputam território dentro da unidade prisional, o CCA e o Comando Vermelho (CV). O massacre se iniciou por volta das 7 horas, quando líderes do CCA atearam fogo em uma cela que pertence a um dos pavilhões do presídio, onde ficavam integrantes do CV.

Massacre

Como a unidade é mais antiga, construída de forma adaptada a partir de um contêiner, com alvenaria, o fogo se alastrou rapidamente. A maioria dos mortos foi vítima de asfixia, e 16 foram decapitados.

Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) evitou lamentar o massacre de Altamira. Questionado sobre o caso nesta terça, ele afirmou: "Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que elas acham. Depois eu falo com vocês".

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, conversou nesta segunda-feira, 29, com o governador do Pará, Helder Barbalho, e se comprometeu a transferir para presídios federais líderes de facções criminosas responsáveis pelas mortes no Centro de Recuperação Regional de Altamira, na manhã de hoje. Uma briga no local deixou ao menos 52 mortos, 16 deles decapitados.

Segundo o Ministério da Justiça, Moro ligou para Barbalho para oferecer ajuda e faria uma reunião ainda hoje para tratar do tema. O governo do Pará disse que o ministro pediu que sejam identificados os líderes das facções que atuam no centro de recuperação para poder providenciar a transferência a presídios federais.

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No início do ano, alguns chefes do Primeiro Comando da Capital (PPC), incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foram transferidos de Rondônia para a penitenciária de Brasília.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o massacre em Altamira foi motivado por uma briga entre as facções rivais Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho (CV) e teve início por volta das 7 horas, quando detentos do bloco A, onde estão custodiados presos do CCA, invadiram o anexo que funciona em um contêiner adaptado onde ficavam os presos ligados ao CV. No início da tarde, o motim estava encerrado.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), remarcou a reunião que faria no fim desta tarde de segunda-feira, 8, com líderes partidários para terça-feira amanhã às 9h. O objetivo do encontro é fechar acordos para viabilizar a aprovação da reforma da Previdência no plenário da Casa até o fim desta semana.

Apesar de ter marcado uma reunião oficial, Maia já está conversando nesta tarde com alguns líderes partidários, além dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. O encontro está sendo realizado na residência oficial da Câmara.

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Pela manhã, Maia afirmou esperar uma presença de mais de 490 deputados, dos 513, para não correr riscos na hora da votação. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma precisa de, no mínimo, 308 votos a favor e deverá ser aprovada em dois turnos para passar ao Senado.

O papa Francisco inicia na sexta-feira (31) uma viagem de três dias à Romênia com uma mensagem de concórdia para esse país ortodoxo, onde a minoria greco-católica tenta superar os sofrimentos vividos no período comunista.

A viagem, que tem como lema "Caminhemos juntos", ocorre vinte anos depois da visita de João Paulo II, que foi o primeiro pontífice a visitar um país ortodoxo desde a Grande Cisma de 1054, quando os líderes da Igreja de Constantinopla e da Igreja de Roma se excomungaram mutuamente e se dividiram em duas: Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa.

A visita de João Paulo se limitava a Bucareste, condição imposta à época pelo Patriarcado desse país e virou um momento chave para a aproximação entre as duas Igrejas.

Já o papa Francisco percorrerá boa parte da Romênia, um país de 20 milhões de habitantes e composto por um mosaico de religiões e idiomas, com 18 minorias oficialmente reconhecidas.

Os dois grupos étnicos minoritários mais importantes são os húngaros e os romanis, o povo cigano, que espera com impaciência a visita do papa defensor dos pobres e discriminados.

"Será um momento único", disse à AFP Maria, uma idosa romena que vive nos Estados Unidos e que viajou para a Europa acompanhar a visita do pontífice.

O principal evento da viagem será a missa ao ar livre que será celebrada no sábado numa região rural no centro-oeste do país, que é também a capital da minoria húngara.

Mais de 110 mil pessoas se registraram para assistir à missa no santuário mariano de Sumuleu Ciuc (centro), um importante local de peregrinação católica.

Dentro da comunidade católica romena, composta por 1,2 milhão de fiéis sobrevive um pequeno grupo de greco-católicos (200 mil pessoas), chamados também de uniatas, que terão atenção especial do chefe da Igreja Católica.

A maioria desses católicos de rito bizantino, que obedecem ao papa, residem na Transilvânia (centro). Essa igreja oriental católica é fruto de uma cisão dentro da ortodoxia ocorrida no fim do século XVII, quando essa região montanhosa era parte do Império Austro-húngaro e se submeteu à autoridade romana.

- "Superemos temores e suspeitas" -

Durante o regime comunista, essa Igreja foi declarada ilegal e seus líderes e fiéis foram perseguidos.

Para honrar sua memoria, o papa beatificará no domingo em Blaj sete bispos uniatas, que foram detidos e torturados por agentes do regime comunista em 1948, morrendo em total isolamento.

"Vou como peregrino e irmão", disse o papa após recordar os mártires dos tempos recentes, "aqueles que sofreram a ponto de oferecer suas vidas, um legado muito valioso para ser esquecido", afirmou Francisco no vídeo enviado na terça-feira ao povo da Romênia.

Francisco chega em Bucareste, a "ilha" latina em "um mar eslavo" dominado pela ortodoxia mundial.

A Igreja Ortodoxa Romena está "aberta ao diálogo ecumênico", explicou Teodor Baconschi teólogo e ex-embaixador da Romênia na Santa Sé.

Com a exceção de uma oração na capital, o patriarca ortodoxo Daniel e o papa não vão aparecer juntos em público, o que é interpretado por especialistas como um sinal de desconfiança por parte da Igreja Romena.

Francisco, empenhado em construir pontes com outros cristãos, reiterou seu desejo de diálogo com os ortodoxos durante sua viagem à Bulgária há três semanas.

"Superemos os temores e as suspeitas, eliminemos as barreiras que nos separam", pediu o papa no vídeo enviado aos romenos.

Nos últimos anos tem crescido na Romênia a posição conservadora de rechaçar as propostas ecumênicas do pontífice argentino.

Agora é raro ver sacerdotes de ambos cultos celebrando juntos missas ou serviços religiosos como casamentos ou funerais, como ocorria no passado.

Por outro lado, não houve nenhum progresso no espinhoso assunto da devolução das igrejas ortodoxas confiscadas em 1948 pelo regime comunista.

Criticada por sua conivência com o poder político, a Igreja Romena apoiou no ano passado um referendo com viés homofóbico convocado pelo governo para proibir casamento homossexual.

Boicotada pelos eleitores, a consulta fracassou.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), quer convocar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para prestar esclarecimentos no plenário da Câmara. "A convocação do ministro é em razão de acusar parlamentares em levar vantagens", disse Waldir.

Waldir estava presente na reunião de ontem de líderes da Câmara com o presidente Jair Bolsonaro. Após o encontro, deputados disseram que o governo iria rever o bloqueio de recursos no orçamento da Educação. Líderes de quatro legendas, entre eles do partido do próprio presidente, disseram que Bolsonaro telefonou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e determinou que novos cortes deixem de ser feitos.

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O governo negou a informação na sequência ontem e Onyx voltou a comentar o caso hoje. "Alguém ou porque tinha interesse político ou porque queria mais um pouquinho de luz, entendeu algo que era completamente desconectado daquilo que estava sendo dito, que lhe servia politicamente e que sustenta essa posição. O governo, de maneira uniforme, se manifestou ontem reafirmando que contingenciamento é o governo ser prudente", disse o ministro.

Essa declaração deixou Waldir bastante irritado. "O ministro vai ter de explicar isso. Vamos convocar ele aqui para ele explicar quem é que queria levar vantagem. Onyx vai ter de vir aqui. O Bolsonaro falou que todos os ministros teriam que vir. O próximo a vir aqui vai ter de ser o Onyx. Semana que vem, vamos convocar ele pra vir explicar quem levou vantagem", disse.

Segundo Waldir, os líderes querem que o governo se retrate do desmentido que fizeram ontem. "Se não se retratarem, vai pegar para o lado deles", disse. "Vai ser convocado ou pede desculpa pra gente e fala que falou asneira", afirmou. O líder do PSL disse que ainda vai conversar com os demais líderes sobre a convocação e quer também que a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), se desculpe por postagens que fez sobre o mesmo tema.

Deputados que haviam se reunido com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta terça-feira, 14, disseram após o encontro que o governo iria rever o bloqueio de recursos no orçamento da Educação. A informação, porém, foi desmentida em seguida pela Casa Civil, pelo Ministério da Educação e pela equipe econômica.

Líderes de quatro legendas, entre eles do partido do próprio presidente, disseram que Bolsonaro telefonou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e determinou que novos cortes deixem de ser feitos.

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A informação foi dada pelos líderes do PSL, Delegado Waldir (GO), do Novo, Marcel Van Hattem (RS), do Podemos, José Nelto (GO), e do Cidadania, Daniel Coelho (PE). "O presidente falou que não haverá contingenciamento na pasta da Educação", disse Diego Garcia (Podemos-PR), que participou da reunião. Estavam presentes ainda parlamentares de PV, PSC e Patriota. A reunião ocorreu às 18h, logo após a Câmara aprovar a convocação de Weintraub para dar explicações sobre o corte no orçamento.

Após deputados narrarem a ordem de recuo no MEC, a Casa Civil desmentiu em nota: "Não procede a informação de que haverá cancelamento do contingenciamento no MEC. O governo está controlando as contas públicas de maneira responsável".

O MEC afirmou que a ligação entre o presidente e o ministro nem sequer existiu. Após a confusão, Weintraub dirigiu-se ao Planalto para falar com o presidente. Segundo a pasta, Bolsonaro disse a ele que o bloqueio será mantido. O Ministério da Economia afirmou em nota que a Presidência não pediu revisão no contingenciamento.

A reportagem procurou novamente os líderes. Van Hattem se disse "surpreso" com o desmentido. Garcia também reafirmou ter visto o telefonema. O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, enviou o seguinte esclarecimento: "O presidente disse que, se dependesse dele, não haveria corte em nenhum ministério. Contudo, afirmou sermos escravos da lei de responsabilidade fiscal". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (13) que se reunirá com seus colegas de China e Rússia durante a reunião do G20 em junho próximo, no Japão.

"Nós nos reuniremos no G20 no Japão. E acho que será, provavelmente, uma reunião muito frutífera", disse Trump aos jornalistas, ao se referir ao presidente chinês, Xi Jinping.

Ele acrescentou que espera ter um encontro bilateral com o líder russo, Vladimir Putin. Moscou nega, porém, que uma reunião esteja prevista com Trump.

"Não houve nenhum pedido. Não há acordo até agora", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à agência Interfax, após o comunicado de Trump.

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A UNAMA – Universidade da Amazônia realizou no último sábado (4) mais um Encontro de Líderes, evento direcionado para 500 líderes de turma de todos os cursos da universidade que visa compartilhar conhecimentos de liderança na era digital. A programação ocorreu no shopping Boulevard, no centro de Belém.

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Lana Veiga, presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UNAMA, informou que o evento é uma oportunidade de integração entre os líderes das unidades Alcindo Cacela, Ananindeua e Parque Shopping. “O encontro de líderes é um momento de descontração no qual eles podem assistir a um filme, comer pipoca, tomar refrigerante, interagir uns com os outros e ouvir uma fala de liderança”, disse Lana.

Para o professor Wagner Muniz, pró-reitor de Ensino da UNAMA, o papel do líder é fundamental na instituição. “O líder é uma ponte entre a instituição e os alunos, pois ele deverá dar voz à turma e interagir com o coordenador, professores e com a gestão do curso”, declarou Wagner.

 Cássia Ferreira, aluna do primeiro semestre do curso de Serviço Social, relata que o momento de lazer também proporcionou um aprendizado sobre os valores da liderança. “Essa congregação de líderes proporciona uma interação entre os líderes veteranos e os que estão começando agora. A troca de conhecimento agrega principalmente nas dúvidas e situações que muitos deles já passaram e que muitos de nós vamos passar”, finalizou.

Por Bruna Braz.

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A Coreia do Norte testou múltiplos lança-foguetes de longo alcance e armas táticas teleguiadas em "exercícios" supervisionados pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, reportou neste domingo (noite de sábado, 4, no Brasil) a agência estatal KCNA.

A agência informou que os exercícios foram realizados no sábado, quando a Coreia do Norte disparou mísseis de curto alcance na direção do mar do Japão.

"O objetivo destes exercícios foi inspecionar as capacidades operacionais e a precisão de disparo dos lança-foguetes múltiplos de grosso calibre, assim como as armas táticas teleguiadas", acrescentou a agência, informando que os disparos foram direcionados para o mar do Japão.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, "em breve" visitará a Rússia para conversar com o presidente Vladimir Putin, informou a imprensa estatal, confirmando um anúncio feito pelo Kremlin.

Kim "em breve realizará uma visita à Federação Russa a convite" de Putin, disse a agência oficial norte-coreana KCNA. Os dois líderes "manterão conversações durante esta visita", acrescenta a curta nota da imprensa estatal norte-coreana.

O Kremlin anunciou na quinta-feira passada a preparação de uma cúpula inédita entre Putin e Kim, prevista para o final de abril. "A convite de Vladimir Putin (...) Kim Jong-un viajará para a Rússia para uma visita durante a segunda metade do mês de abril".

Este será o primeiro encontro entre Kim e o presidente russo. Os dois países mantêm relações de amizade.

Citando fontes diplomáticas, o jornal russo "Izvestia" informou na quarta-feira que o encontro será na cidade russa de Vladivostok, situada perto da Coreia do Norte, antes de uma viagem de Putin à China em 26 e 27 de abril para um fórum econômico.

Um dia após o embate entre deputados e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro abriu a agenda para receber líderes e presidentes de sete partidos. À exceção do DEM, no entanto, dirigentes das outras legendas saíram das reuniões mostrando ceticismo em relação ao governo e disseram não pretender entrar na base de sustentação do Planalto no Congresso, ao menos por enquanto. O mais duro foi o ex-governador Geraldo Alckmin, que preside o PSDB e concorreu com Bolsonaro na eleição do ano passado.

Nos encontros com PSDB, DEM, PSD, PP, PRB e MDB, Bolsonaro pediu ajuda para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, pediu desculpas por "caneladas" e expôs a ideia de criar um "conselho político", com quem pretende se reunir a cada 15 dias para sentir a temperatura do Congresso. Disse que, quando era deputado, errou ao votar contra mudanças na aposentadoria e admitiu que agora precisa conversar mais com os partidos para formar uma ampla aliança. Na prática, as rodadas de conversa marcam uma mudança na estratégia adotada pelo governo, uma vez que a prioridade de Bolsonaro eram as negociações com frentes temáticas, como as bancadas da segurança, ruralista e evangélica.

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Após ser avisado de que o mal-estar com o Congresso havia piorado por causa de suas críticas à "velha política", Bolsonaro prometeu deixar a expressão de lado. Até agora, porém, ele sempre vinculara negociações com partidos a irregularidades e corrupção. Em "live" nesta quinta-feira, 4, no Facebook, disse não ter conversado sobre espaço no governo com os partidos. As siglas que estiveram no Planalto representam 196 deputados.

"Nada foi tratado sobre cargos, nem da parte deles, nem da nossa parte", afirmou. "O Parlamento vai fazer sua parte não só na reforma da Previdência como em todas as nossas reformas." O vice-presidente Hamilton Mourão disse na quarta-feira que, se o convite do Planalto para que as legendas integrem a base aliada for aceito, é "óbvio" que os partidos terão algum tipo de "participação".

Apesar de afirmar que a reunião foi agradável, Alckmin assegurou que o PSDB não integrará a coalizão governista. "Não há nenhum tipo de troca. Não participaremos do governo, não aceitamos cargo", disse o ex-governador de São Paulo ao deixar o encontro com Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "Não existe nova e velha, existe boa e má política. A boa política não envelhece."

Base

Bolsonaro pretende erguer uma base no Congresso que pode chegar a 313 deputados e 57 senadores. Hoje, ele só tem o apoio de seu partido, o PSL. Para aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), como a da reforma da Previdência, o governo precisa do aval de 308 deputados e 49 senadores, em duas votações.

Na tentativa de agradar a Alckmin, o presidente contou ter votado nele em outras campanhas. Nem assim convenceu o tucano a aderir à base. O ex-governador destacou, no entanto, que defende a reforma da Previdência, embora tenha "senões" à proposta. "Somos contra o Benefício de Prestação Continuada e achamos que, se há diferença na área urbana, por que não na rural?"

Com três ministérios no governo (Casa Civil, Saúde e Agricultura), o DEM adotou um discurso de pacificação ao sair do almoço com Bolsonaro e Onyx. O partido, porém, ainda está dividido em relação a um apoio formal ao governo, principalmente após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonizar um embate público com Bolsonaro. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, se a Executiva Nacional do DEM fosse consultada hoje, a maioria votaria contra a adesão ao governo.

"Ser base, formalmente ou não, é algo que pode ocorrer com absoluta naturalidade e que vai acontecer no momento em que houver uma deliberação da Executiva", afirmou o presidente do DEM, ACM Neto, que é prefeito de Salvador. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado - que participou da reunião desta quinta, no Planalto - é um dos maiores defensores da entrada do DEM na base aliada. "Não há nenhum obstáculo", insistiu ele.

O presidente do MDB, Romero Jucá, disse que o partido não fará parte da base aliada. "Nós queremos ter uma agenda com temas caros à sociedade, como as reformas tributária e da Previdência e o equilíbrio fiscal. Não estamos atrás de cargos", afirmou o ex-senador. "Ainda é cedo para falar que tudo mudou. Acho que agora a gente começa uma nova etapa no relacionamento", concordou o presidente do PRB, Marcos Pereira, que é primeiro-vice-presidente da Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Venezuela continuava paralisada nesta quarta-feira por um apagão que mergulhou seus habitantes na angústia. Eles foram chamados para um novo dia de protesto no próximo sábado pelo líder da oposição Juan Guaidó.

O ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, disse que uma nova falha ocorreu na manhã de quarta-feira, interrompendo o serviço em setores de Caracas e outras regiões onde ele havia sido recuperado.

"Vamos continuar (...) esse processo de distribuição de carga até que todos os equipamentos danificados pelo terrorismo entrem em operação", disse Rodriguez, sem dar uma estimativa de quando a situação será normalizada.

O caos continuou com a suspensão do bombeamento de água, a paralisação dos transportes - incluindo o metrô de Caracas - e o impacto das comunicações e do banco eletrônico, vitais devido à escassez de caixa gerada pela hiperinflação.

Em resposta, Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, convocou um protesto nacional no sábado.

"Toda vez que você não tem luz, água, gás, transporte, não é hora de se acostumar com isso, é hora de exigir nossos direitos", disse Guaidó, conclamando seus partidários a não permanecerem "passivos".

O país de 30 milhões de pessoas ficou no escuro na segunda-feira, após o pior apagão de sua história, que começou em 7 de março e durou quase uma semana.

"Que saiam" os russos

Além da capital, o corte afeta 21 dos 23 estados, segundo relatos de usuários em redes sociais. O governo socialista não costuma relatar o impacto desse tipo de emergência.

O apagão maciço de 20 dias atrapalhou duramente os hospitais, já castigados pela falta de suprimentos e remédios. Segundo a ONG, uma dúzia de pacientes morreu durante esse corte, que durou uma semana.

O apagão se tornou a última batalha pelo poder entre o presidente Nicolás Maduro e Guaidó.

Maduro diz que se tratam de "ataques terroristas" executados pela oposição protegida pelos Estados Unidos. Já o chefe do Parlamento argumenta que esta é apenas a última prova da ineficiência e corrupção do governo.

Guaidó prepara uma mobilização nacional em direção ao palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, para assumir seu controle, em data a ser definida, e nesta quarta-feira ele reiterou que não descarta pedir ao Legislativo que autorize a entrada de uma missão militar estrangeira.

Washington, seu aliado mais fervoroso, não exclui uma ação militar para destituir Maduro, a quem pretende estrangular economicamente com sanções, como um embargo de petróleo que entrará em vigor em 28 de abril.

Trump recebe esposa de Guaidó

O presidente Donald Trump e o vice-presidente Mike Pence receberam Fabiana Rosales, esposa de Guaidó, na Casa Branca nesta quarta-feira.

"Estamos com você 100%", disse Trump, além de afirmar que Washington já a considera "primeira-dama da Venezuela".

Trump e Pence também exigiram o fim do apoio russo a Caracas. "A Rússia tem que sair", disse o presidente.

Pence pediu a Moscou que acabe com "todo o apoio ao regime de Maduro" e classificou a chegada de dois aviões militares por Moscou à Venezuela como uma "provocação inoportuna".

A Rússia defendeu nesta quarta-feira a presença de militares na Venezuela, ao participar de um conselho permanente da OEA no qual foi aprovada uma resolução pedindo a entrada da ajuda humanitária na Venezuela.

O observador suplente da Rússia, Alexander Kormachev, pediu para falar após a votação e se pronunciou contra "as acusações de algumas altas posições dos Estados Unidos sobre alegadas intervenções russas na Venezuela".

Kormachev defendeu, em espanhol fluente, que "a cooperação bilateral da Rússia com a Venezuela adere estritamente à Constituição deste país e respeita sua legislação, incluindo os poderes do legislativo".

Em meio à pressão internacional para que Maduro deixe o cargo, Rússia e China, os principais credores da dívida externa da Venezuela (estimada em 150 bilhões de dólares), tornaram-se os grandes aliados do presidente socialista.

Ajuda humanitária

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) votou uma resolução para "pedir as instituições públicas da Venezuela, em especial as forças militares e de polícia, que se abstenham de bloquear o ingresso de ajuda humanitária à Venezuela".

A resolução foi apresentada pela Colômbia e apoiada por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai e Peru. Terminou aprovada com 19 votos a favor, cinco contra, oito abstenções e duas ausências.

No Twitter, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse que reitera sua "rejeição à presença de efetivos militares e transporte militar russo em território de #Venezuela".

O trem blindado do líder norte-coreano atravessava a China neste domingo em direção ao Vietnã, onde Kim Jong Un celebrará sua segunda reunião de cúpula com o presidente americano, Donald Trump, na próxima semana.

O comboio atravessou no sábado à noite a ponte que liga a Coreia do Norte à cidade chinesa de Dandong, informaram a agência de notícias sul-coreana Yonhap e o site especializado NK News. As forças de segurança impediram a aproximação dos jornalistas da via férrea.

A agência oficial norte-coreana KCNA anunciou neste domingo que Kim Jong Un saiu de Pyongyang para o segundo encontro de cúpula com Trump, após a histórica reunião de junho do ano passado em Singapura.

O segundo encontro está previsto para os dias 27 e 28 de fevereiro.

Enquanto isso, o presidente americano considerou neste domingo que a Coreia do Norte pode se tornar uma das "grandes potências econômicas" do mundo se renunciar ao seu arsenal nuclear.

Em uma série de tuites antes de sua viagem para Hanói, Trump elogiou a China e a Rússia por estabelecer sanções contra Pyongyang.

Ao mesmo tempo, insistiu que tem uma "grande relação com o presidente Kim".

"O presidente Kim sabe, talvez melhor que ninguém, que sem armas nucleares, seu país poderia rapidamente se tornar uma das grandes potências econômicas do mundo. Por causa de sua localização e de seu povo, tem mais potencial para um rápido crescimento do que qualquer outra nação!", escreveu.

Trump indicou ainda que ele e Kim esperam que continue "o progresso alcançado na primeira cúpula em Singapura. Desnuclearização?"

O líder norte-coreano é acompanhado por seu braço direito, o general Kim Yong Chol, que se reuniu com Trump na Casa Branca em janeiro, e por outros dirigentes.

O hermetismo mais absoluto cerca a agenda do líder norte-coreano antes da reunião com Trump.

Várias fontes vietnamitas que pediram anonimato afirmaram que Kim Jong Un deve seguir de trem até a estação vietnamita de Dong Dang, na fronteira com a China, e depois prosseguir a viagem de carro até Hanói.

Soldados vietnamitas estavam posicionados na rodovia que segue da fronteira até a capital, um trajeto de 170 km. As autoridades do país já anunciaram o fechamento total ao tráfego, habitualmente muito pesado, na terça-feira entre 6H00 e 14H00 locais, o que permite supor a passagem do líder norte-coreano neste período.

"O Vietnã quer contribuir para a paz mundial e para esta reunião. O Vietnã garantirá a máxima segurança e proteção a todos os convidados distintos ao país", disse o primeiro-ministro vietnamita, Xuan Phuc.

Viajar de trem de Pyongyang até a fronteira da China com o Vietnã representa para Kim Jong Un um périplo de quase 4.000 km, ou quase 60 horas de trajeto para um comboio blindado que dificilmente supera 60 km/h.

O trem demoraria 13 horas para chegar a Pequim, mas não havia sinais de segurança reforçada na estação da capital chinesa, o que permite pensar que o norte-coreano não deve parar na cidade durante a ida.

Kim Jong Un poderia utilizar o mesmo método de viagem no retorno, o que possibilitaria uma escala em Pequim para uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a qual abordaria como aconteceu o encontro com Donald Trump.

Para o encontro em Singapura, Kim viajou em um avião chinês e uma semana depois visitou Pequim para uma reunião com Xi.

Mas viajar de trem permitiria ao norte-coreano mostrar "independência" a respeito de Pequim.

O itinerário ao longo do território chinês será um desafio logístico.

A viagem de trem também tem uma carga simbólica para Kim Jong Un, ao retomar a tradição de seu avô Kim Il Sung e de seu pai, Kim Jong Il, quem em 2001 viajou desta maneira até Moscou.

O encontro de cúpula de Kim e Trump deve apresentar mais detalhes sobre o programa de desmantelamento do arsenal nuclear da Coreia do Norte.

No primeiro encontro em Singapura, os dois governantes assinaram um documento com um texto vago no qual Pyongyang se comprometia com a desnuclearização.

O Supremo Tribunal da Espanha iniciou nesta terça-feira (12) o histórico julgamento dos 12 líderes separatistas catalães envolvidos na fracassada tentativa de secessão de outubro de 2017.

Os réus apareceram sentados em quatro bancos diante dos sete juízes, em uma primeira sessão em que seus advogados apresentaram o julgamento como um processo politicamente tendencioso.

"O caso atenta contra a dissidência política", disse Andreu Van den Eynde, advogado do ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras, pelo qual a promotoria pede 25 anos de prisão.

O processo, transmitido ao vivo pela televisão, pode durar cerca de três meses, e centenas de testemunhas irão depor, incluindo o ex-presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy. A sentença não será conhecida antes de julho.

Além de Junqueras, foram acusados a ex-presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, vários ex-ministros regionais e os líderes das associações separatistas ANC e do Òmnium Cultural, Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, respectivamente.

Para eles a promotoria pede entre 7 e 17 anos de prisão. Nove deles são acusados de rebelião e, como Junqueras, estão há meses na prisão preventiva.

O grande ausente é o principal protagonista da tentativa de secessão, o ex-presidente catalão Carles Puigdemont, foragido na Bélgica e que em viagem a Berlim descreveu o evento como um "teste de estresse para a democracia espanhola".

Ainda mais duro foi seu sucessor à frente da região de Quim Torra, que participou do primeiro dia do julgamento em Madri. É uma "vergonha indigna do século XXI na Europa", "um julgamento que nunca deveria ter sido produzido em um estado que quer ser considerado democrático".

Diante desses ataques constantes, o governo espanhol manteve sua campanha diplomática destinada a defender o prestígio das instituições do Estado.

"Essas pessoas não estão lá por causa do que pensam, mas por causa do que fizeram", disse em uma coletiva de imprensa Jorge Notivoli Marín, encarregado de negócios da embaixada da Espanha.

- A violência, conceito chave -

Depois de organizar em 1 de outubro de 2017 um referendo sobre a autodeterminação proibido pelo sistema de justiça espanhol, os separatistas catalães proclamaram unilateralmente uma república independente em 27 de outubro.

A questão-chave no julgamento será a violência, o conceito que, de acordo com o Código Penal espanhol, sustenta a acusação de rebelião.

A acusação argumenta que houve, já que os acusados estimularam a votação no referendo "sendo conscientes da ilegalidade do acto e de que com isso poderiam ser geradas explosões violentas".

Os separatistas, que pedem a absolvição do acusado, apontam que não foram usadas armas e argumentam que os violentos foram os policiais que naquele dia usaram cassetetes, bolas de borracha e empurrando para tentar impedir a consulta.

"Há uma sensação de absurdo, porque temos a convicção de que os crimes tão graves que eles nos imputam não foram cometidos. A violência necessária para justificar esses crimes não existiu", disse um dos acusados à AFP, o ex-conselheiro catalão de Justiça Carles Mundó.

O sentimento era semelhante em Barcelona, onde partidos e associações separatistas fizeram um ciclo de protestos iniciado com uma demonstração discreta na praça central da Catalunha, com 6 mil pessoas, segundo a polícia municipal, longe das centenas de milhares de pessoas convocadas anos atrás.

"É tudo uma invenção, uma manipulação, não houve nenhuma violência aqui", disse Josep Parera, um técnico comercial de 60 anos, indignado.

A questão gera polêmica mesmo entre os juristas a ponto de os advogados do Estado, que também exercem a acusação, apresentarem a acusação de sedição, que leva a penas de reclusão menores que de rebelião e não envolve violência.

- Eleições à vista? -

Coincidindo com o início do julgamento, o governo socialista de Pedro Sanchez, uma minoria no Parlamento espanhol, defendeu na terça-feira o seu projecto de Orçamento do Estado para 2019.

Sanchez, no poder há oito meses, apostou nesse orçamento para manter seu governo e exaurir a legislatura em meados de 2020.

No entanto, ele se deparou com a recusa dos partidos separatistas catalães, que vêm exigindo a negociação do direito à autodeterminação, um limite para Madri.

"Esse governo não vai ceder a nenhuma chantagem de ninguém", disse María Jesús Montero, a ministra das Finanças, diante da câmera.

À pressão dos separatistas soma-se a da oposição de direita, que no domingo atraiu dezenas de milhares de pessoas em Madri para acusar Sanchez de ser um "traidor" por ter conversado com o movimento pró-independência.

O presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, vão se reunir nos dias 27 e 28 deste mês em Hanói, capital do Vietnã.

O anúncio foi feito por Trump no Twitter, após visita a Pyongyang esta semana do representante especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun. Ele se reuniu com a autoridade correspondente norte-coreana, em um encontro que, segundo o presidente norte-americano, foi bastante produtivo. Trump disse que espera que a reunião comKim Jong-un possibilite o "avanço da causa pela paz".

No Twitter, Trump escreveu ainda que a Coreia do Norte, sob a liderança de Kim Jong-un, vai se tornar uma grande potência econômica.

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O Vietnã foi escolhido por ser um local relativamente neutro para as duas partes. A Coreia do Norte tem tradicionalmente mantido relações estreitas com o país. Já os Estados Unidos reataram oficialmente os laços diplomáticos com o Vietnã em 1995, depois de décadas de tensões.

A primeira cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte, no ano passado, terminou com uma vaga promessa de Pyongyang pela desnuclearização, mas os diálogos ficaram paralisados. A Coreia do Norte quer o fim das sanções em resposta aos esforços do país, enquanto os Estados Unidos afirmam que primeiramente querem verificar um progresso concreto.

*Com informações da NHK (emissora pública de televisão do Japão)

Após ver sua primeira tentativa de reunir os líderes de partidos que podem compor a base do governo ser esvaziada, o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), admitiu nesta quarta-feira (6), ter errado na forma como a convocação para a reunião foi feita.

Nesta terça, uma mensagem de Whatsapp foi enviada por sua secretária para as lideranças com a mensagem em que estavam sendo convidados os parlamentares da base "do apoio consistente e do apoio condicionado". O texto irritou aliados e muitos não compareceram ao encontro.

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"Esse termo não foi cunhado pela liderança do governo. É um termo usado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Nunca classifiquei nenhum partido nesse sentido. A base do governo vai ser construída com essas aproximações sucessivas. Foi um erro da equipe, e lógico que se eu sou o chefe da equipe eu assumo o erro como sendo meu", disse.

Vitor Hugo afirmou já ter conversado com alguns dos líderes para explicar a situação. Ele também negou que a reunião de ontem tenha sido um fracasso. "Isso não é indicativo de nada. A gente está começando agora, é natural que haja um aguardo dos partidos para verificar a postura do governo em relação aos próprios partidos e líderes", disse.

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