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Suposto líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista, Wagner Ferreira da Silva, de 32 anos, foi morto a tiros na noite de quinta-feira, 22, em frente a um hotel no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo. Silva, conhecido como Waguininho ou Cabelo Duro, informou aos demais membros da facção criminosa que a morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, no Ceará, na sexta-feira passada, 16, havia sido uma ordem dada por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, apontado pela inteligência da polícia como sócio de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.

Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta de 19h40 desta quinta. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento dos disparos. Cabelo Duro é abordado na rua e corre na direção da entrada do Hotel Blue Tree Towers, tentando escapar. Ele cai ao lado de um Toyota Corolla preto. Um dos assassinos se aproxima e dispara com um fuzil na vítima deitada.

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As imagens mostram que os criminosos estavam com colete à prova de balas e usavam balaclava. No momento dos disparos, três carros com clientes do hotel estavam parados na baia na frente do saguão de entrada do prédio. Os tiros atingiram ainda duas mulheres que saíam do Corolla. Elas foram levadas aos hospitais Vitória e São Luiz. A polícia não sabia, até as 23h30 desta quinta, a identidade das mulheres nem se elas eram clientes do hotel.

A área próxima do crime foi isolada pela PM. A perícia técnica foi chamada e examinava o local no início da madrugada desta sexta-feira. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que cuida do caso, apreendeu cartuchos de calibre 5,56 mm, disparados pelos criminosos.

Os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) mortos no Ceará no final da semana passada - Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca - viveram nos últimos meses numa mansão no Condomínio de Luxo Alphaville, no Porto das Dunas, em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza.

A dupla comprou uma casa no local por R$ 2 milhões, em um pagamento em dez cheques de R$ 200 mil. Foi o que descobriu a polícia cearense a partir de uma mandado judicial de busca e apreensão efetuado entre segunda, 19, e esta terça-feira, 20.

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Policiais da Delegacia de Repressão às Organizações Criminosas (Draco) vistoriaram a casa comprada por Gegê e Paca em nome de um laranja. Todos pertences da casa e quatro carros de luxo que estavam na garagem fora confiscada pela polícia. A investigação também rastreou a dupla que fez compra de outros imóveis no Ceará.

A polícia cearense descobriu nesta terça-feira, 20, que Gegê do Mangue e Paca, além da mansão no Alphaville do Porto das Dunas, compraram casas no Alphaville do Eusébio, também na região metropolitana de Fortaleza; apartamentos (um por andar) no bairro Cocó, área nobre de Fortaleza; e uma mansão na Praia do Uruaú, em Beberibe, a 80 quilômetros de Fortaleza - esta, no valor de R$ 1,1 milhão.Os valores dos demais imóveis investigados não foram informados.

Foi rastreado ainda o pagamento do embalsamamento dos corpos dos dois feito a uma funerária em Fortaleza, calculado em R$ 100 mil.

A dupla foi encontrada morta no último sábado, 17, na Lagoa Encantada, na reserva indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz. A polícia procura o helicóptero usado na execução de Gegê e Paca. De acordo com a investigação, os dois foram levados para a reserva num helicóptero e lá foram mortos a tiros de fuzil e facadas.

Os mortos foram encontrados por um catador de frutas usando cordões de ouro avaliados em R$ 200 mil. Os cordões foram entregues para familiares, que reconheceram os corpos na Perícia Forense Cearense (Pefoce).

Os corpos seguiram para São Paulo na noite de segunda-feira, 19. O sepultamento dos líderes do Sintonia Geral Final, a cúpula do PCC, deve acontecer ainda nesta terça-feira em São Paulo.

A cantora Rihanna aproveitou nesta quinta-feira (1°) seu poder como celebridade para pressionar governos a se comprometerem com a garantia da educação dos mais pobres.

Ela chegou à capital, Dakar, onde nesta sexta-feira (2) se juntará, no Senegal, às negociações da Aliança Global para a Educação co-organizadas pelo presidente senegalês Macky Sall e o líder francês Emmanuel Macron.

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Rihanna, a quarta pessoa mais acompanhada no Twitter com 86 milhões de usuários, recorreu às redes sociais para pedir a Macron, à primeira-ministra britânica Theresa May e ao primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull que garantam níveis específicos de financiamento.

Em seu tuíte a Macron, agradeceu ao líder francês por dirigir a conferência, mas o pressionou para comprometer-se firmemente com 313 milhões de dólares para a causa.

A conferência de Dakar, que reúne governos e o setor privado, tem como objetivo arrecadar 3,1 bilhões de dólares nos próximos três anos para apoiar a educação de 870 milhões de crianças.

Em uma quarta-feira (6) de forte articulação do governo e de lideranças da base aliada em busca de votos pela aprovação da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer reuniu lideranças de partidos, ministros e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para um café da manhã no Palácio da Alvorada e deve oferecer um jantar para fazer um novo balanço dos votos favoráveis à reforma.

Ao final do encontro com Temer, líderes fizeram projeções dos votos pela aprovação da matéria. O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), estimou que há atualmente 260 votos de parlamentares favoráveis à reforma. Arthur Maia (PPS-BA), que foi relator do texto, contabiliza de 290 votos favoráveis e 310 contrários. Para aprovar o texto no plenário da Câmara será necessário garantir votos de 308 deputados.

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Segundo Mansur, os líderes estão levantando junto às bancadas a quantidade de votos pela reforma e há a expectativa de que alguns partidos fechem questão a favor do texto. Haverá, ao longo do dia de hoje, reunião de bancadas com técnicos da previdência para aprofundar informações.

“Todos nós estamos muito mobilizados durante toda essa semana para que possamos buscar números, ou seja, entre 315 a 320 votos para que o presidente da Câmara possa colocar em votação a reforma da Previdência. Teremos uma reunião ainda nesta noite”, disse Mansur.

Na avaliação do vice-líder Beto Mansur, se na reunião desta noite o governo avaliar que conseguiu reunir uma margem confortável de votos favoráveis, o texto poderá ser posto em votação na próxima semana. “Se tivermos algo consistente no dia de hoje, muito provavelmente o presidente da Câmara vai marcar uma data que é terça-feira que vem”, disse.

O deputado Arthur Maia disse que, no café da manhã, o presidente Temer pediu empenho dos líderes e manifestou preocupação com o que poderá ocorrer com as contas públicas caso a reforma não seja aprovada. Na avaliação de Maia, o engajamento dos parlamentares têm crescido: “estamos no melhor momento desde que se iniciou essa reforma”.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, fundador do PSD, também demonstrou otimismo em relação à votação e aprovação da reforma. Segundo ele, “o balanço é bastante favorável” e “melhorou sensivelmente a possibilidade de votação”. Sobre a bancada de seu partido, ele disse que de 38 parlamentares, 15 já estão favoráveis à reforma.

O Partido Comunista da China deverá anunciar nesta quarta-feira (25) os futuros ocupantes dos postos de liderança da segunda maior economia do mundo nos próximos cinco anos, após encerrar hoje um congresso que teve início no último dia 18.

Nas últimas semanas, houve muita especulação sobre a possibilidade de o atual "czar" da política de combate à corrupção, Wang Qishan, ganhar um novo mandato, ainda que já tenha ultrapassado a idade informal de aposentadoria, de 68 anos. O nome de Wang, porém, não aparece na lista de 376 autoridades selecionadas durante o congresso, segundo a mídia chinesa e fontes com conhecimento do assunto.

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Wang é um dos principais aliados do presidente Xi Jinping, que hoje se consolidou como o líder mais poderoso da China em décadas, ao ter seu nome e ideologia incluídos na Constituição chinesa.

A maior expectativa é para a composição do chamado Politburo, grupo de 25 integrantes que compõem o mais importante órgão decisório do Partido Comunista, e de seu Comitê Permanente, formado por sete membros e considerado a principal instância de poder chinesa.

Outra questão é se o Comitê Permanente contará com integrantes suficientemente jovens para suceder Xi em 2022 e permanecer no poder nos dez anos seguintes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Na semana em que pretende ver derrubada a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer vai se reunir com ministros e líderes da base aliada na noite desta segunda-feira, 23. O compromisso acabou de ser informado oficialmente pelo Palácio do Planalto. Temer quer consolidar os votos para barrar a denúncia por obstrução de justiça e formação de quadrilha e tentar conter insatisfações na base para conseguir retomar a agenda do governo.

Mais cedo, Temer se encontrou com a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, que, segundo apurou a reportagem, alinhou com o presidente o teor da mensagem que será protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do italiano Cesare Battisti.

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Agenda

Após cerimônia de Imposição da Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico, o presidente recebeu o deputado Mauro Pereira (PMDB/RS), no Palácio do Planalto. Depois da reunião com Grace, foi a vez de audiência com o deputado Danilo Forte (PSB/CE).

Agora à tarde, antes da reunião no Alvorada, Temer participa de Cerimônia de Apresentação de Cartas Credenciais.

A primeira reação oficial do governo norte-coreano, ao discurso do presidente Donald Trump proferido na terça-feira (19), mostrou que a Coreia do Norte parece não ter se intimidado pelas novas ameaças do presidente americano, feitas durante sua estreia na terça-feira (19), no debate geral de líderes da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).  O ministro de Negócios Estrangeiros do país, Ri Yong-Ho, disse aos jornalistas que Trump “está sonhando se pensa que surpreendeu a Coreia com o seu discurso de cachorro latindo”.

Em uma conversa de improviso em frente ao hotel em que está hospedado perto da sede das Nações Unidas em Nova York, ele usou o ditado “enquanto os cachorros latem, a caravana passa”, para dizer que as novas ameaças de Trump não farão com que Pyongyang desista de seus testes nucleares e desenvolvimento de misseis de longo alcance.

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Não há sinal de que o país pense em deixar o programa nuclear. Ao mesmo tempo em que na península, os aliados, Estados Unidos, Japão e Coreia do sul mantiveram nesta terça-feira  exercícios militares próximos à fronteira.

Homem-foguete

Durante a rápida conversa com jornalistas, o ministro norte-coreano também foi perguntado sobre o apelido que Trump deu ao líder norte-coreano Kim Jong-Um, perante os líderes nas Nações Unidas, dos líderes - Rocket Man, “homem foguete”, o ministro apenas disse: "lamento por seus assessores".

Trump disse na ONU que Kim Jong-Un “é um homem foguete em uma missão suicida”. Mas internamente no país, o apelido explodiu nas redes sociais e na imprensa. Rocket Man também é o título de um dos mais famosos sucessos do artista britânico Elton John.

No Twitter, vários memes sobre o apelido, com Kim Jong-Un em um foguete, além de montagens do rosto de líder norte-coreano no corpo do astro Elton John, tocando sua canção.

Um artigo da rede CNBC elogiou o apelido dado por Trump, ao dizer que ele fez uma provocação sem ser vulgar. A CNBC disse que ele foi “brilhante”. Donald Turmp é reconhecido por dar apelidos, e criar títulos que caem no gosto de seus seguidores. Uma herança de sua carreira comercial.

Há vários exemplos de situações em que Trump colocou apelidos depreciativos em adversários ou opositores. Ele apelidou Hillary Clinton de Robô Clinton. E recentemente criou um apelido para o apresentador e jornalista,  Chuck Todd, âncora de um programa da rede NBC uma das maiores do país. Após ser criticado pelo programa, Trump escreveu no Twitter que Chuck Todd era o Sleep eyes (olhos dormentes).

Cientistas e líderes tecnológicos de todo o mundo pediram ontem (21), na Conferência Conjunta Internacional sobre Inteligência Artificial, realizada em Melbourne, na Austrália, que o desenvolvimento de armas usando inteligência artificial fosse interrompido pois "uma vez que esta caixa de Pandora for aberta, será difícil de fechar." A informação é da agência Xinhua.

Numa carta aberta às Nações Unidas (ONU), os cientistas e líderes empresariais presentes ao evento pediram a proibição do uso de armas autônomas letais ou “robôs assassinos”, assim como armas químicas e biológicas no campo de batalha.

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A Conferência Conjunta Internacional sobre Inteligência Artificial (IA), que teve sua primeira edição em 1969, reuniu nesta edição especialistas de renome internacional, como Toby Walsh,  professor de IA na Universidade de New South Wales (Austrália), o empresário Elon Musk, da Tesla e SpaceX, e o executivo James Chow, da Ubtech, empresa de robótica baseada na China.

Preocupação global

Assinado por muitas das principais mentes relacionadas à IA do mundo, a carta foi encabeçada  por Walsh, que recentemente disse à Xinhua que está preocupado com o que ele sente ser uma "corrida armamentista" que ocorre em torno do mundo.

"Estou muito preocupado com o impacto que a autonomia (robótica) terá nos campos de batalha. Há uma corrida de armamentos desse tipo acontecendo hoje, que você pode ver no Exército dos EUA, nas Forças Armadas do Reino Unido, no Exército russo, é basicamente uma corrida armamentista, 
Acabaremos em um mundo muito perigoso e desestabilizado se nos permitirmos lutar a guerra com esses tipos de armas," alertou Walsh.

O professor da Universidade de New South Wales e seus coordenadores estão pedindo que as Nações Unidas intercedam e proíbam armas autônomas. Ele  disse que já houve algum movimento positivo da ONU nesse sentido, esperando que esta carta estimule ainda mais ações.

Uma das maiores preocupações dos líderes tecnológicos é que um Estado desonesto, ou regime tirânico, seja capaz de usar essas armas para reprimir sua população. "É certamente uma preocupação que eu tenho, de estes robôs autônomos de guerra serem utilizados para submeter uma nação inteira, e será muito mais fácil do que costumava ser," disse Walsh.

O problema com a tecnologia autônoma é, de acordo com Walsh, o fato de que possui um duplo uso, o que significa que exatamente os mesmos processos que são realizados por criações artificiais benéficas também são usados nos armamentos inteligentes.

Walsh disse que, embora seja importante que continuemos a desenvolver essa tecnologia, já que os benefícios para toda a humanidade serão aparentemente infinitos, os controles e os equilíbrios devem ser acordados para garantir que a segurança das pessoas em todo o mundo seja considerada primordial.

Da Agência Xinhua

O grupo militante do Estado Islâmico (ISIS) confirmou a morte de seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, informou na terça-feira (11) um site de notícias local.

"A organização Daesh (grupo ISIS) fez uma breve declaração através de um canal da cidade de Tal Afar, no Oeste de Mosul, que confirmou o assassinato de seu líder al-Baghdadi sem, no entanto, dar mais detalhes", informou a agência de notícias iraquiana al-Sumaria News em seu site.

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"Daesh disse em sua declaração que o nome de um novo califa [líder islâmico] será anunciado em breve, chamando os militantes para continuar com firmeza na proteção do califado," disse a agência al-Sumaria, citando uma fonte anônima da província de Nineveh.

"O anúncio causou grande alvoroço entre os defensores da organização," disse o site.

A notícia foi divulgada um dia após o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, declarar oficialmente que Mosul estava livre do Estado Islâmico depois de quase nove meses de combates para desalojar os militantes extremistas de seu último grande reduto no Iraque.

"Eu declaro ao mundo inteiro o fim, o fracasso e o colapso do estado de Daesh, o estado do terrorismo do grupo ISIS, que eles anunciaram aqui em Mosul, há três anos," disse Abadi em um discurso em Mosul.

Em 17 de outubro de 2016, Abadi anunciou o início de uma grande ofensiva para retomar Mosul, a segunda maior cidade do Iraque.

A 400 km ao norte da capital do Iraque, Bagdá, Mosul passou a ser controlada pelo Estado Islâmico em junho de 2014, quando as forças do governo abandonaram suas armas e fugiram, permitindo que os militantes tomassem o controle de partes das regiões do norte e oeste do Iraque.

A cidade italiana de Taormina terá um mega esquema de segurança especial para receber alguns dos líderes políticos mais importantes do mundo entre os dias 26 e 27 de maio na reunião de cúpula do G7.

Com um plano que envolve a atuação por terra, por mar e pelo ar, os italianos destacaram sete mil agentes da Polícia, da Arma dos Carabinieros, da Guarda das Finanças e das Forças Armadas. Além disso, outros 2,9 mil militares estão escalados para agir na cidade em caso de necessidade.

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Apesar de não ter nenhum alerta de segurança específico para o evento, a Itália não quer ter "surpresas" desagradáveis durante o encontro. Até por conta disso, desde o dia 10 de maio, o Acordo de Schengen para a livre circulação de estrangeiros foi suspenso, com um reforço nos controles das fronteiras, e há uma operação para evitar que imigrantes resgatados no Mar Mediterrâneo sejam levados para a Sicília. A ideia é não comprometer agentes para a segurança em outras operações massivas durante a cúpula.

A partir dessa segunda-feira (22), começam a ser instituídas em Taormina as "áreas de segurança", que restringem os acessos a pé ou com veículos de pessoas não cadastradas pela organização do G7 ou pelas autoridades municipais. As zonas restritas aumentam conforme chega a data do evento e, a partir do dia 25, praticamente toda a cidade terá restrição na circulação de pessoas e veículos.

Também a partir do dia 25, apenas pedestres já cadastrados poderão chegar às ruas próximas à sede da reunião. Durante os dias 22 e 27 será proibido estacionar por diversas ruas da cidade, sendo que a Prefeitura criará "zonas idôneas" onde os moradores poderão estacionar seus carros.

Confira algumas das principais partes do plano de segurança do governo italiano:

- Plano antiterrorismo: Entre as repartições de segurança especiais destacadas para o G7, estarão presente as Equipes Operativas de Apoio (SOS, na sigla em italiano), unidades especiais antiterrorismo do Comando Geral da Arma dos Carabinieros. São agentes especialmente treinados para "situações particulares", que envolvem ações de vários tipos ligadas a grupos terroristas.

Além do treinamento especial, as SOS têm equipamentos de última geração para combater em momentos de tensão. A ideia é que esses militares altamente treinados sirvam como um "escudo" de primeira resposta contra atos terroristas e que sejam "configurados" conforme a necessidade.

Entre os principais focos de atuação estão o combate imediato a ações armadas, em disparos com armas de fogo contra um grande número de pessoas e a atuação contra atos isolados de cidadãos comuns ou expoentes de grupos extremistas.

- Limitações pelo mar: A Capitania dos Portos emitiu um ordem proibindo a circulação de qualquer tipo de embarcação em três grandes áreas próximas aos locais sensíveis dos eventos em Taormina.

A "zona de segurança máxima" tem uma área de cinco milhas náuticas de extensão longitudinal (quase 10 quilômetros) e uma profundidade de duas milhas náuticas (quase 4km). A segunda área tem 10 milhas náuticas (cerca de 19km) e uma profundidade de quatro milhas náuticas (cerca de 8km). Já a última área tem 23 milhas náuticas (cerca de 42,5km) e uma profundidade de pouco mais de 20,3km que atinge todo o centro de Taormina.

- Porto de Giardino Naxos: Além de controlar as áreas marítimas, o porto de Giardino Naxos será utilizado como base logística para dar apoio às operações navais especiais.

Desde o sábado (20), o local já não pode ser mais usado para atividades relacionadas à pesca e aos passeios turísticos de barco pela região. A partir de hoje, o porto também não autoriza mais a passagem de embarcações comerciais.

- Protestos: Como sempre ocorre em eventos do tipo, a organização trabalha com a questão dos protestos anti-G7. O maior deles está programado para o dia 27, à tarde, no Giardini-Naxus.

Pessoas de diversas partes da Itália já anunciaram que irão se juntar ao evento na cidade italiana. No entanto, organizadores afirmam que houve diversa "prisões preventivas" de militantes do movimento.

As autoridades não estão esperando uma grande presença de manifestantes de outros países, já que haverá uma mobilização em massa para a reunião do G20, que ocorre entre os dias 7 e 8 de julho em Hamburgo, na Alemanha.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, defenderam a globalização e a liberalização do comércio no mundo em contraposição à retórica protecionista que ganha força em algumas nações. Eles discursaram durante a abertura do Fórum do Cinturão e da Rota para a Cooperação Internacional (Belt and Road Forum for International Cooperation, em inglês) que começou hoje (14), em Pequim.

O evento conta com a presença de quase 30 líderes mundiais e faz parte da iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (One Belt, One Road) lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping e que visa promover uma agenda comum e acordos de cooperação para desenvolver projetos de infraestrutura, comércio e cooperação econômica ao longo dos mais de 60 países que compõem o que Pequim pretende estabelecer como uma nova Rota da Seda, revivendo as rotas milenares que conectavam comercialmente o Ocidente e o Oriente, notadamente em países da Ásia, Europa e África.

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“Abertura ameaçada”

Putin ressaltou que o mundo tem enfrentado sérios desafios com o avanço do protecionismo. Para ele, não é possível resolver os problemas globais com uma lógica ultrapassada. “A abertura para o mundo está sendo ameaçada. A crise global traz desafios para a segurança internacional, como o terrorismo e os conflitos regionais, que persistem. Temos que encontrar novas formas de aproximação [multilateral] com respeito à soberania [nacional]”, falou.

Para o presidente russo, os países precisam dar passos concretos no sentido de diminuir o déficit em infraestrutura e a burocracia para que bens e serviços possam fluir mais rapidamente pela Eurásia. “[Essa] é uma iniciativa promissora”, completou, se referindo às propostas do fórum.

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, destacou em seu discurso que o centro de gravidade do mundo em termos econômicos está se movendo para o Oriente, com o crescimento acelerado da Ásia. “Queremos trabalhar próximos da China e de outros países ao longo da nova Rota da Seda”, disse ele, que ressaltou o posicionamento estratégico de sua nação situada entre a Ásia e a Europa.

O líder turco lembrou que o planeta vive uma era de rápida globalização e que o sucesso da proposta Um Cinturão, Uma Rota vai depender da redução de barreiras alfandegárias e da implantação do livre comércio. “É fundamental que a iniciativa seja benéfica para todos e esteja baseada na estabilidade”.

Desenvolvimento Sustentável

Também presente no fórum, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ressaltou a necessidade da iniciativa chinesa estar conectada à Agenda 2030 das Nações Unidas, que estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas globais, assumidas por diversos países.

“A posição da China para o clima é crucial. O país também é fundamental para o multilateralismo e para a Agenda 2030. Construir a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota é um primeiro passo para um mundo de prosperidade e para que ninguém seja deixado para trás”, disse Guterres.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe

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Líderes dos seus grupos no Parazão 2017, Paysandu e Independente vão se enfrentar pela sétima rodada da competição (clique no ícone acima e ouça a reportagem de Octávio Augusto, da Rádio Unama FM 105.5, sobre essa partida). O time bicolor retorna a campo pelo campeonato estadual depois de empatar fora de casa pela Copa Verde.

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O Paysandu foi até a cidade de Rio Branco, no Acre, para enfrentar a equipe do Galvez, na noite de sábado (4), na Arena da Floresta. Em um jogo de poucas chances de gol das duas equipes, o placar acabou ficando no zero a zero. Os dois times voltam a se enfrentar somente no dia 17 deste mês, no jogo de volta, que será realizado no estádio da Curuzu, em Belém.

A equipe bicolor chegou a criar diversas chances de gol, principalmente nas bolas paradas. Aos 14 minutos da primeira etapa, Ayrton cobrou falta, Alfredo desviou e o goleiro Máximo conseguiu afastar o perigo. Depois, aos 22 minutos, Bergson chutou cruzado e por pouco Leandro Carvalho não aproveitou. Os donos da casa responderam aos 30 com Layo, em um chute forte onde Emerson fez a defesa.

No segundo tempo, o Papão teve duas oportunidades claras. Aos 4 minutos, Ayrton cruzou a bola na área e o goleiro Máximo conseguiu se antecipar antes da bola chegar livre para Alfredo. No minuto seguinte, Bergson chutou forte e a bola acabou desviando na zaga, saindo pela linha de fundo. Já no final do jogo, Leandro Cearense, que havia entrado em campo na segunda etapa, recebeu o cruzamento na grande área e cabeceou com perigo, obrigando o goleiro adversário a fazer uma grande defesa.

O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou, nesta terça-feira (7), que as comissões especiais que vão analisar as reformas da previdência e trabalhista serão instaladas nesta quinta-feira (9). Maia já assinou os atos da criação dos colegiados, mas é necessário que sejam lidos em Plenário e após 48 horas elas já podem ser instaladas já com as indicações dos seus integrantes.

Segundo o democrata, as matérias são urgentes, mas o debate está garantido. “O Brasil está em uma crise muito grande para perder tempo em duas matérias que são urgentes. Ninguém vai suprimir o debate nessas duas matérias. O que não podemos é deixar de fazer o debate. Atrasar e não instalar, é não fazer o debate”, disse o presidente.

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O presidente também afirmou que vai atender ao pedido da oposição para que as matérias possam ser discutidas amplamente. “A oposição me pediu que eu garantisse o debate, tanto que a reforma trabalhista não tem nem urgência. Então, o debate está garantindo, o que não pode é não debater. E não debater é achar que o Brasil não precisa de reforma”, afirmou Maia.

O alinhamento para a instalação dos colegiados foi firmado durante a reunião com os líderes das bancadas. Segundo o líder do Democratas, deputado Pauderney Avelino (AM), as reformas são prioridade e a expectativa dele é de que a reforma da previdência seja aprovada na Câmara até o final de maio.

Já o líder do PCdoB, Daniel Almeida (BA), criticou a pressa na criação das comissões especiais. Segundo ele, projetos que impactam a sociedade brasileira não podem ser votados rapidamente. “Em nenhum lugar do mundo se aprova um tema desses em poucos dias”, afirmou. Almeida disse ainda que a oposição vai protelar o máximo possível na indicação dos integrantes do colegiado.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), reúne-se na próxima terça-feira (7) com os líderes das bancadas para definir a pauta da semana de votação do Plenário. Durante a campanha à presidência, o peemedebista prometeu que se fosse eleito a Casa Alta passaria votar semanalmente uma pauta elaborada por todos os líderes e “não apenas pelo presidente”. 

Oliveira não quis adiantar as matérias que podem ser incluídas na ordem do dia, mas já é certo que três medidas provisórias precisam ser votadas em breve, porque trancam a pauta do Senado. Uma delas, a MPV 744/2016, que reforma a estrutura administrativa da EBC, precisa ser votada até próxima quinta-feira (9), para não perder a validade. 

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Outra que também tranca a pauta a MPV 746/2016, que reestrutura o ensino médio. O prazo para votação é maior, até o dia 3 de março. O texto estrutura o currículo em blocos temáticos, com menos disciplinas obrigatórias. 

Cobrança

Com as MPs em discussão, Oliveira informou ter pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agilidade na votação da proposta de emenda à Constituição que muda as regras de tramitação das medidas encaminhadas pelo Executivo. A PEC 11/2011 foi aprovada pelo Senado em agosto de 2011 e até hoje aguarda a instalação de comissão especial para exame da Câmara.

Os senadores reclamam que têm pouco tempo para aprofundar o debate sobre as MPs aprovadas na Câmara, uma vez que qualquer alteração no texto do Executivo, como a apresentação de destaques, submete a matéria a um novo exame pelos deputados, o que nem sempre é possível dado o esgotamento do prazo de vigência da medida.

Pelo texto, a Câmara passa a ter 80 dias para analisar MPs. O Senado terá 30 dias, restando 10 dias para que os deputados analisem possíveis emendas dos senadores.

Os cinco presos apontados como líderes do massacre da Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, foram transferidos na manhã desta terça-feira, 31, para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. A informação foi confirmada pelo coordenador de Administração Penitenciária, Zemilton Silva.

Desde que foram retirados do Pavilhão 5 de Alcaçuz, os homens estavam sob custódia da Polícia Civil. Nesta manhã, foram encaminhados ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), para exame de corpo de delito, e em seguida a transferência.

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De acordo com as investigações da Polícia Civil, os cinco comandaram a rebelião que vitimou 26 detentos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no dia 14 de janeiro.

Pelo menos seis homens, pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram identificados como os responsáveis pela rebelião que destruiu parcialmente a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na região metropolitana de Natal. A rebelião foi controlada no início da manhã deste domingo (15), por policiais militares e agentes penitenciários. Há ao menos 10 detentos mortos.

Em coletiva de imprensa realizada no final da manhã deste domingo, o secretário de Estado da Justiça e da Cidadania do Rio Grande do aborte, Wallber Virgolino Ferreira da Silva, afirmou que a rebelião foi a maior já registrada no complexo prisional, fundado no final da década de 1990. "É a maior rebelião em número de mortos, mas não iremos superar Roraima", afirmou o secretário.

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Desde março de 2015, o sistema prisional potiguar enfrenta uma séria crise estrutural. A população carcerária do Estado gira em torno de 7.700 pessoas. O déficit de vagas se aproxima das quatro mil.

O governo do Estado mantém o número de 10 mortos durante a rebelião que durou 14 horas. Informações extra-oficiais dão conta de um quantitativo maior de vítimas fatais. A maioria delas, decapitadas. "Inicialmente, é prematuro falar em número de mortos. Só teremos esse dado após a contenção de toda a unidade prisional", afirmou Wallber Virgolino. Ele confirmou que os homens identificados como líderes da rebelião serão transferidos entre unidades penitenciárias estaduais e até federais.

O secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Caio Bezerra, destacou que a ação de retomada de controle da unidade prisional foi positiva. "Os presos não reagiram e estamos avançando na contenção de todos os pavilhões", frisou. Ele também evitou falar no número de mortos, mas destacou que todas as informações serão repassadas no momento oportuno. Outra coletiva de imprensa será realizada no fim da tarde deste domingo para atualização dos dados.

Reconhecimento

O Rio Grande do Norte não dispõe de um Instituto Médico Legal (IML), mas sim de um Instituto Técnico de Perícia (Itep). Todos os corpos a serem recolhidos da Penitenciária de Alcaçuz serão transferidos para a sede do Itep, situada na zona portuária de Natal, cerca de 25 quilômetros distante do presídio. Uma força tarefa foi montada para a identificação das vítimas fatais.

"Teremos três legistas, cinco necropapiloscopistas, três odontologistas legais e quatro peritos criminais que irão fazer a perícia no local do crime. Já alugamos uma câmara frigorífica para a acomodação dos corpos", disse o diretor do Itep, Marcos Brandão. A sede do órgão, fundado há mais de 70 anos, não dispõe de estrutura capaz de receber elevado número de cadáveres.

Para o atendimento aos familiares dos presos mortos, uma central de informações com atendimento de psicólogos e assistentes sociais será montada nas proximidades do Itep. Até o início da tarde deste domingo, nenhum dos corpos das vítimas da guerra de facções no Estado potiguar havia sido recolhido da Penitenciária de Alcaçuz. "Tem muita decapitação. Precisamos identificar todos as cabeças e corpos para depois remontá-los", disse Marcos Brandão. O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), não participou da entrevista.

O presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS) e o vice-presidente da entidade foram soltos na noite deste sábado, após a realização de uma audiência de custódia. Alberisson Carlos e Nadelson Leite estavam presos desde a sexta (9) por terem descumprido uma decisão judicial que proibiu os Policiais militares de realizar umn assembleia com o objetivo de decidir a possível deflagração de greve.

Teófilo Rodrigues, advogado da ACS, afirma que a prisão foi ilegal. "Parabenizo o TJPE e o magistrado por que aplicou a justiça, revogando a prisão", diz o advogado, que ainda afirma que a associação entrará pedindo reparação pela prisão. "Os mandantes e executores vão ser representados pelos advogados da ACS para fins de reparação civil e criminal".

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Confira a nota divulgada pela Associação de Cabos e Soldados:

"É com satisfação que comunicamos aos amigos que ALBERISSON e NADELSON acabaram de receber o alvará de soltura.

A justiça considerou ILEGAL as suas prisões e determinou a imediata liberdade.

O Deptº Jurídico da ACS-PE reitera sua confiança na Justiça, ao tempo em que agradece todas as manifestações de apoio.

Recife, 10/12/2016 ( 20:20hs)"

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Ao receber apoio dos líderes dos partidos da base aliada na Câmara, em reunião no Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, se emocionou e chorou. Ele dava explicações aos deputados sobre as acusações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que fez tráfico de influência para tentar conseguir liberar um empreendimento em Salvador, onde comprou um apartamento na planta. Geddel, depois de ouvir desagravo público dos líderes a seu favor, agradeceu o apoio de todos e contou que "herdou de seu pai", o ex-deputado Afrísio Vieira Lima, "este jeito despachado que tem".

O ministro Geddel está sendo investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência e não quer mais falar sobre o tema alegando que "esse assunto está encerrado". "Peço que me respeitem", declarou, ao voltar de uma reunião com o presidente Michel Temer, para a qual foi convocado, interrompendo o encontro com os líderes, por causa de uma manifestação de índios que ocorria em frente ao Palácio do Planalto.

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O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), ao relatar a emoção do ministro lembrou "que este é o jeito dele". "Ele é assim mesmo. Ele chora e chorou ao falar do pai (que morreu no início do ano)", comentou o deputado.

O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), ao sair da reunião, avisou que um documento a favor de Geddel está pronto e será entregue a ele por todos, em ato solene, no Planalto hoje à tarde. Ele explicou que a carta somente não foi entregue ainda porque aguarda as últimas assinaturas de parlamentares que não tinham chegado à capital federal. "Vamos entregar o manifesto pessoalmente esta tarde, em bloco", avisou.

O deputado Jovair Arantes (GO), que é líder do PTB, abriu a reunião defendendo o ministro e os demais presentes endossaram o teor do discurso. Pauderney reconheceu que o ministro errou ao levar ao governo federal um tema "pequeno", "paroquial", mas justificou que "todos somos falíveis". Para Pauderney, Geddel cometeu uma "falha humana" ao "tratar de um assunto que não caberia", mas destacou que "é preciso passar por cima disso e pensar nos grandes problemas nacionais, ainda mais que o pedido (para interceder na manutenção da obra) não foi aceito".

Pauderney reconheceu que o comportamento de Geddel "não foi adequado", mas minimizou dizendo que "temos problemas enormes no País para resolver". O parlamentar amazonense disse ainda que Geddel deu explicações e todos entenderam. Para ele, houve uma "interpretação de forma equivocada" por Calero. Pauderney afirmou ainda que conversou com o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Neto, sobre o assunto e este lhe assegurou que "não há nenhum problema com o empreendimento".

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) ofereceu uma denúncia contra 18 dos 20 empresários indiciados pela Polícia Federal (PF) por fazer parte da organização criminosa investigada pela Operação Turbulência, pelo pagamento de supostas propinas, através de laranjas, para políticos, entre eles, o ex-governador Eduardo Campos. O grupo é acusado de envolvimento em crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas, além de pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos. 

A Operação Turbulência, deflagrada no dia 22 junho, partiu de investigações sobre a propriedade da aeronave Cessna Citation PR-AFA, cuja queda provocou a morte Eduardo Campos, em agosto de 2014, quando fazia campanha à Presidência da República.

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Os 18 acusados de integrar a organização criminosa foram divididos em quatro grupos pelo MPF. Os líderes, que são: João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira, todos presos pela Turbulência; os gerentes Arthur Roberto Rosal, Severnia Divanci de Moura, Paulo Gustavo Cruz Sampaio e Paulo César Morato, o primeiro também preso no dia 22 e o último falecido no dia seguinte à deflagração da operação

Além dos colaboradores: João Victor Sobral, Carlos Roberto de Macedo, Gilberto Pereira da Silva, Pedro Neves Vasconcelos, Carolina Vasconcelos e Sérgio André Mariz; e dos subordinados: Bruno Alexandre Moutinho, Carolina Gomes da Silva, Cledeilson Nogueira, Neusa Maria de Sousa, Silvânia Cristina Dantas e Vlamir Nogueira de Souza.

“Os líderes direcionavam as transações bancárias ilícitas com auxílio dos gerentes, utilizando as contas bancárias dos colaboradores e operacionalizando a gestão e a circulação dos recursos ilícitos por meio dos subordinados. A ligação entre os líderes ficou evidente desde o início das investigações, pois os três tiveram participação no arrendamento da aeronave Cessna Citation PR-AFA”, detalha o MPF.

De acordo com a Justiça Federal, a organização atuava desde 2010 a partir do controle de movimentações financeiras fraudulentas entre pessoas físicas e jurídicas, envolvendo empresas de fachada e caixa paralelo de empresas em atividade, de maneira eventual – por meio de empresas coligadas à organização - e continuada – no caso de empresas gerenciadas pelos membros da organização.

“Embora nem todos os denunciados soubessem do funcionamento total do esquema criminoso, todos tinham consciência e manifestaram vontade de participar da empreitada ilícita, assumindo os riscos pelo envolvimento na fraude”, apontou o órgão. 

O MPF também requereu a instauração de novo inquérito policial para aprofundar as investigações a respeito dos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro nacional praticados pela organização criminosa. A pena para o crime de formação de organização criminosa pode chegar a oito anos de reclusão.

Durante a reunião de líderes desta segunda-feira, 1º, diversos parlamentares pressionaram o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ler o processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no plenário da Casa ainda esta semana. Somente após a leitura durante sessão ordinária o processo poderá ser votado pelos deputados. Maia afirmou que pretende ler o documento nesta quarta, 3, ou na próxima terça, 9. Devido ao período de eleição municipal, alguns líderes consideram que adiar a leitura para a próxima semana poderia representar que o presidente está tentando protelar o processo.

Após a leitura, começa a contar um prazo de até duas sessões para que a votação da cassação seja incluída na ordem do dia, porém o processo não tranca a pauta. Caso Maia só leia o caso na próxima terça, a votação poderia acabar sendo adiada para depois da eleição municipal, que ocorre durante o mês de outubro. Segundo o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), a próxima semana é a única "janela" antes do período eleitoral, porque não é nem período de campanha, nem de convenções, e o quórum da Casa será maior. Os deputados estão fazendo um esforço concentrado para votações apenas na segunda e terça desta e da próxima semana.

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Cunha já esgotou a sua possibilidade de recursos na Casa, e agora seus recursos cabem ao Supremo Tribunal Federal (STF), portanto na prática não haveria mais empecilhos regimentais para Maia realizar a leitura e marcar a data da votação. O presidente da Câmara alega que ainda não marcou a data porque está analisando o caso e também estudando o quórum, porque não quer ter que remarcar a data. Para Molon, não há nenhum motivo para Maia não fazer a leitura. Ele disse que o presidente deve marcar a votação com antecedência e os deputados que não comparecerem deverão se explicar aos seus eleitores.

Para o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), o Planalto vai tentar "enrolar". "Se marcar para semana que vem será com o intuito de prorrogar. Se Maia deixar para semana que vem vai ser acusado de compactuar com Cunha por medo dele denunciar membros da base do governo", disse. Alguns membros do governo afirmam, como justificativa, que a votação da cassação não deveria ocorrer antes da decisão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Molon discorda e afirma que "uma coisa não tem nada a ver com a outra". "O impeachment está no Senado, o assunto da Câmara agora é a cassação de Cunha", comentou. "O Brasil precisa virar essa página", continuou.

Durante a reunião de líderes, ao ser pressionado pelos parlamentares, Maia chegou a dizer que vai pegar um histórico de votações de cassações anteriores para fazer uma "média". Ele foi lembrado do caso do ex-deputado Carlos Alberto Lereia, que teve seu mandato suspenso há dois anos. O caso de Lereia foi recebido pelo Conselho de Ética em 2012, porém só foi para o plenário da Casa em 2014. "As pessoas não estão entendendo a gravidade que é empurrar com a barriga o processo de Cunha", afirmou Valente. Na reunião, Rede, PSOL, PPS, PT, DEM e PSDB defenderam celeridade na votação.

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