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O aplicativo da Justiça Eleitoral, campeão de downloads nas eleições de 2014, já tem sua versão para 2018 e a expectativa é que novamente seja um recorde de acessos. Este ano, o aplicativo foi rebatizado para “Resultados 2018”.

A ferramenta é gratuita e a expectativa é que esteja disponível até o final de setembro para tablets e smartphones que operam com os sistemas Android e IOS.

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Há quatro anos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a plataforma foi disponibilizada apenas para aparelhos com sistema Android e foi chamada de “Apuração 2014”. O aplicativo foi baixado em 2,7 milhões de dispositivos.

Pelo aplicativo, os eleitores poderão acompanhar a contagem dos votos em tempo real. É possível pesquisar desde o desempenho de um determinado candidato por meio de consulta nominal até um dado mais nacional.

Na tela da pesquisa, aparecerá, por exemplo, o quantitativo de votos para cada candidato com a indicação dos eleitos ou, no caso da disputa para governador e presidente da República, dos que irão para o segundo turno. Também é possível selecionar os candidatos favoritos e visualizá-los com destaque.

A ferramenta permite que o usuário selecione a abrangência que deseja acompanhar a apuração. Pode ser “Brasil” para a votação de presidente da República e “Estados” para acompanhar a votação para governador, senador, deputado federal, deputado estadual ou deputado distrital.

O eleitor também poderá conferir o desempenho nas urnas do candidato a presidente em cada estado. Além de visualizar o número de votos, é possível acompanhar o percentual de apuração das seções e ainda compartilhar essas informações nas redes sociais.

Os resultados são atualizados automaticamente e, ao final da apuração, serão exibidos os eleitos com o quantitativo de votos obtidos e o percentual de votação por candidato. O candidato que aparecer com zero voto pode não ter tido votação, estar indeferido com recurso ou, após a preparação das urnas, ter sido indeferido, ter renunciado ou falecido.

Os votos para candidatos indeferidos com recurso ou cassados com recurso não serão exibidos, conforme a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97, artigo 16-A). O aplicativo não apresenta resultados da votação em trânsito nem da votação no exterior para o cargo de presidente da República.

Em decorrência da diferença de fuso horário, o TSE irá começar a divulgar os resultados da totalização dos votos para presidente da República às 19h (horário de Brasília) no dia 7 de outubro, quando a votação do primeiro turno estiver encerrada em todo o território nacional.

Para os demais cargos, a totalização dos votos pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e a remessa das informações ao TSE terá início logo após o encerramento da votação, às 17h, respeitando o horário local.

A candidata à Presidência pela Rede nas eleições 2018, Marina Silva, pediu investigação e "punição rigorosa" em ação contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acerca de "vantagens eleitorais" obtidas por ele com a invasão da página "Mulheres Unidas contra Bolsonaro". Em visita a Porto Alegre neste sábado, 22, Marina afirmou que "numa democracia não se pode tolerar qualquer forma de autoritarismo invadindo e coibindo a liberdade de expressão das mulheres".

Marina e a coligação Rede-PV entraram neste sábado com ação de investigação judicial eleitoral contra Bolsonaro, seu vice, Hamilton Mourão (PRTB), e a coligação PSL-PRTB para apurar vantagens e "denúncia de abuso dos meios de comunicação e do poder político no ataque cibernético contra as participantes do grupo 'Mulheres Unidas contra Bolsonaro'", segundo nota da sigla. "Entramos com uma ação para que seja feita uma investigação e aqueles que participaram desse ato criminoso e autoritário possam ser rigorosamente punidos", disse Marina Silva. Nessa semana, o PSOL já havia entrado com ação para que se investigasse a ligação do candidato do PSL com a invasão da página.

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Na nota, a Rede informa que também pediu investigação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) em razão de manifestações nas redes sociais que ele fez e que, na interpretação da sigla, "deixaram claro a intenção de obter vantagem eleitoral em favor de seu pai". Na ação, a coligação de Marina afirma que "Bolsonaro se beneficiou da invasão cibernética, uma vez que foram excluídas as mensagens que lhe teciam críticas, alterando-as para outras que eram elogiosas".

A candidata também comentou a decisão da Rede de expulsar do partido o candidato da sigla ao governo de Pernambuco, Julio Lossio, por seu apoio a Bolsonaro. Ela chamou a decisão da Rede de "coerente" e disse que ela e o partido não fazem escolhas "puramente eleitorais". "Não é porque estamos numa eleição que nós vamos fugir dos nossos princípios. Somos um partido coerente e programático", afirmou Marina.

Na capital gaúcha, Marina Silva visitou o comércio do bairro Jardim Leopoldina, na Zona Norte da cidade. Ela tirou fotos com apoiadores, conversou com alguns comerciantes e caminhou pela região. Depois, a candidata foi à região central da cidade e andou pela Orla Moacyr Scliar, ponto turístico de Porto Alegre. Lá, ela cumprimentou eleitores, tirou fotos e, seu vice, Eduardo Jorge (PV), andou de bicicleta. Marina estava acompanhada de Eduardo Jorge e de candidatos a deputado federal e estadual da Rede e do PV no Rio Grande do Sul.

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, alfinetou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao ser questionada sobre sua opinião acerca da carta escrita pelo tucano. "É legítimo que o ex-presidente se coloque, ainda mais quando seu próprio partido vive a mesma dificuldade do partido que hoje já tem um dos seus líderes presos", afirmou, nesta sexta-feira, 21, após encontro com ambientalistas, no bairro Consolação (SP).

A candidata afirmou também que "fazer um discurso para que haja uma união e dizer que o figurino cabe no candidato do seu partido talvez não seja a melhor forma de falar em nome do Brasil", em referência ao texto de FHC, e emendou: "Não podemos, em nome das pesquisas, impor à sociedade brasileira que este é apenas um plebiscito entre o azul e o vermelho", disse.

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Na quinta, o ex-presidente FHC publicou uma carta aberta na qual afirma que a situação do País é "dramática", mas que ainda "há tempo para deter a marcha de insensatez".

Ele defendeu apoio único a quem tem "melhores condições de êxito eleitoral" entre candidatos de centro para não levar o País ao aprofundamento da crise institucional. Contudo, não citou nominalmente o candidato de seu partido, Geraldo Alckmin, na missiva.

No evento com ambientalistas, Marina relembrou o período em que esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente e defendeu que a preservação dos biomas não deve ser vista como um empecilho para o desenvolvimento econômico do Brasil.

A candidata da Rede atacou ainda fortemente os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), cujas gestões teriam comprometido as áreas de preservação nacional.

A intenção de voto no candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, cresceu nas simulações de segundo turno testadas pelo Datafolha e o militar passou a aparecer tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB), cenário que se manteve inalterado com Fernando Haddad (PT). O deputado fluminense, no entanto, subiu no teste contra Ciro Gomes (PDT), mas o pedetista segue vencendo-o na disputa.

Em disputa com Haddad, a intenção de voto em Bolsonaro subiu de 38% na pesquisa de segunda-feira, 10, para 41% na divulgada hoje, enquanto a do petista oscilou de 39% para 40%. Votos brancos e nulos caíram de 20% para 17% e os não souberam ou não opinaram oscilaram de 3% para 2%.

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Contra Alckmin, Bolsonaro subiu de 34% para 37%, enquanto o tucano oscilou de 43% para 41%. O ex-governador de São Paulo supera o deputado federal numericamente, mas os dois empatam no limite da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais. Nesta simulação, votos brancos e nulos oscilaram de 20% para 19%, enquanto que os que não souberam ou não opinaram foram de 3% para 2%.

Marina manteve os 43% da pesquisa anterior, mas viu Bolsonaro oscilar de 37% para 39%, o que os deixa tecnicamente empatados. Votos brancos e nulos oscilaram de 18% para 16% e não souberam ou não opinaram permaneceram em 2%.

Bolsonaro também cresceu na simulação contra Ciro, de 35% para 38%, mas ainda assim o pedetista o vence. O ex-governador do Ceará manteve os 45% nos dois levantamentos. Neste cenário, votos brancos e nulos oscilaram de 17% para 15%, enquanto os que não souberam ou não opinaram foram de 3% para 2%.

Ciro Gomes vence em todos os cenários testados. Contra Haddad, o pedetista tem 45% e o petista, 27%. Votos brancos e nulos somam 25% e não souberam ou não opinaram, 2%. Na pesquisa anterior, não houve esta simulação.

O candidato do PDT subiu de 41% para 44% no cenário em que enfrentaria Marina, que caiu de 35% para 32%. Votos brancos e nulos se mantiveram em 22% e não souberam ou não opinaram permaneceram em 2%.

Ciro oscilou de 39% para 40% quando a outra opção era Alckmin, que passou de 35% para 34%. Brancos e nulos continuaram somando 23% e não souberam ou não opinaram, 3%.

A vantagem de Alckmin contra Haddad diminuiu entre as duas pesquisas - ela passou de 14 para oito pontos porcentuais. O tucano segue liderando, mas caiu de 43% para 40%, enquanto o petista subiu de 29% para 32%. Brancos e nulos permaneceram em 25%, enquanto os que não souberam ou não opinaram ficaram em 3%.

O tucano também passou a aparecer numericamente à frente de Marina, mas a situação de empate técnico se manteve. O ex-governador de São Paulo oscilou de 37% para 39%, enquanto Marina foi de 38% para 36%. Brancos e nulos permaneceram em 23%, enquanto os que não souberam ou não opinaram ficaram em 2%.

Marina viu também a vantagem contra Haddad cair - de 9% para 5%. A intenção de voto na ex-senadora recuou de 42% para 39%, enquanto a do ex-prefeito subiu de 31% para 34%. Brancos e nulos permaneceram em 25%, enquanto os que não souberam ou não opinaram oscilaram de 3% para 2%.

Atentado

Após o atentado contra Bolsonaro, apenas 2% dos eleitores afirmam ter mudado a intenção de voto por causa da agressão sofrida pelo candidato, de acordo com Datafolha. Por outro lado, 98% dos entrevistados pelo instituto dizem que não mudaram o voto por influência do atentado.

Respondendo a uma outra pergunta, 39% dos eleitores afirmaram que se sentiram "muito comovidos" pelo ocorrido, 33% declarou ter ficado "um pouco comovido"; 26% se disse "nada comovido"; e 2% não respondeu a esse questionamento.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo. Foram ouvidos 2.820 eleitores em 197 municípios de todo o País entre 13 e 14 de setembro. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi protocolado no TSE sob o registro BR 05596/2018.

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, negou uma mudança de tom com o PT após recuo nas pesquisas eleitorais. "Eu estou no mesmo tom", disse, durante sabatina à CBN, nesta quinta-feira, 13.

Marina tem recuado nas últimas pesquisas de intenção de voto e perdeu espaço para concorrentes do mesmo espectro político, como Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). A estratégia inevitável, segundo especialistas, seria tentar abocanhar parte desse eleitorado de esquerda e buscar o voto dos "petistas desiludidos" com os escândalos de corrupção.

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A ex-ministra voltou a associar Haddad à ex-presidente Dilma Rousseff. "Dilma foi indicada pelo presidente Lula. Chancelada pelo presidente Lula e agora está sendo apagada, como se não houvesse governo Dilma/Temer", disse, reforçando que, por causa da impopularidade de Temer, o partido quer apagá-la.

O recuo nos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto foi amenizado por Marina, que reconheceu dificuldades diante da falta de recursos e pouco tempo de TV. Mas contrapôs: "Fiquei estável em segundo lugar durante muito tempo. E as pessoas não me consideravam. Diziam que eu não era viável".

A candidata voltou a negar a pecha de que não se posiciona sobre temas polêmicos. "Quem não está debaixo do guarda-chuva vermelho ou azul, não existe. Eu não me posiciono como o PT se posiciona, como o PSDB se posiciona. A sociedade está percebendo que existe algo além desses guarda-chuvas", disse.

Sobre a cláusula de barreiras e o possível dois pesos e duas medidas da candidata ao defender a redução de partidos, mas, ao mesmo tempo, demandar mais tempo de TV para a Rede, uma sigla pequena e recém criada, Marina esclareceu: "defendo cláusula de barreira, mas não pena de morte para os partidos". A candidata afirmou que o sistema é desenhado para favorecer grandes siglas e que o objetivo é "só pode ganhar um partido que vai ser contra a Lava Jato".

Anteriormente empatada tecnicamente com Jair Bolsonaro (PSL) entre o eleitorado feminino, a candidata à Presidência Marina Silva (Rede) caiu de 14% para 10% na preferência das mulheres para o primeiro turno da eleição presidencial, mostra pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira. O candidato do PSL consolidou sua liderança nessa fatia do eleitorado, oscilando de 16% para 18%. O último levantamento do Ibope havia sido publicado no dia 5 de setembro.

Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu um índice de 11% no eleitorado feminino, empatado tecnicamente com Marina Silva, considerando a margem de erro de dois pontos porcentuais. Na semana anterior, o tucano tinha 9%. O candidato Ciro Gomes (PDT) é citado como preferido por 10% das mulheres, o mesmo índice de Marina Silva. Há uma semana, ele registrava 12% entre as eleitoras. Fernando Haddad (PT), por sua vez, avançou de 5% para 8% no eleitorado feminino.

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Na parcela do eleitorado que se declara evangélico, Marina Silva também perdeu votos: caiu de 15% para 10%. Já Bolsonaro cresceu de 29% para 33%. O tucano Geraldo Alckmin é preferido por 10% dos evangélicos - tinha 9%. Ciro Gomes consegue a intenção de voto de 7% dos entrevistados que se declaram evangélicos, contra 9% na pesquisa anterior. Fernando Haddad cresceu de 3% para 6% nessa fatia.

O Ibope foi às ruas entre os dias 8 e 10 de setembro e ouviu 2.002 eleitores aptos a votar nesta eleição. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05221/2018.

Ex-petista e ex-ministra do Meio Ambiente do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por cinco anos, a candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta terça-feira, 11, acreditar que ele é corrupto. Lula está preso pela Lava Jato, condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro.

A candidata afirmou, no entanto, que não é preciso "tripudiar" de presos e que a Justiça deve chegar a outros políticos, como o presidente Michel Temer (MDB) e deputados que cometeram malfeitos.

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Marina, que está fazendo campanha no Rio, disse que não pensou em votos quando fez defesa do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014. "Apoiei o impeachment por convicção. Houve crime de responsabilidade. Defendi a (saída da) chapa Dilma-Temer, porque são farinha do mesmo saco, caroço do mesmo angu. Se tivesse havido nova eleição, o Brasil chegaria melhor a 2018".

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta terça-feira, 11, que não considera a queda de cinco pontos na pesquisa do Datafolha de intenção de voto um "balde de água fria" em sua campanha. "Pesquisa é o retrato de um momento. As candidaturas têm que fazer o debate, apresentar suas propostas, e continuo fazendo meu trabalho. Ontem (segunda-feira) estive na Bahia, e fui muito bem recebida. Na Bahia estou em primeiro lugar. Quando as pesquisas se colocavam favoráveis, eu dizia a mesma coisa. Não dá para saber se é (balde de água) fria ou quente", afirmou Marina, ao participar de uma sabatina no jornal "O Globo", no Rio.

A pesquisa do Datafolha divulgada na segunda-feira, 10, mostrou que Marina passou dos 16% do levantamento anterior, de 21 de agosto, para 11%. Foi o primeiro levantamento do instituto desde que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso pela Lava Jato, foi rejeitada pela Justiça Eleitoral, e também desde que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, foi esfaqueado. Na sondagem do Datafolha, Bolsonaro passou de 22% para 24%. Ciro Gomes (PDT) subiu de 10% para 13%. Geraldo Alckmin (PSDB) apareceu com 10%; Fernando Haddad (PT), com 9%.

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A pesquisa Datafolha tem margem de erro de dois pontos porcentuais e nível de confiança de 95%. Foram ouvidos 2.804 eleitores nesta segunda-feira, 30, em 197 municípios de todas as regiões do País. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo BR-02376/2018. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo".

Ao responder a uma pergunta sobre a falta de alianças em torno de seu nome, e o prejuízo disso para a campanha, Marina disse: "A questão do tempo de TV tem um peso. Algumas candidaturas têm um tempo enorme. Agora, não fazer as alianças é uma escolha que tem a ver com a coerência. Quero ganhar ganhando, não perdendo. Não dá pra dizer 'vou ser intolerante com a corrupção' e ter 500 anos de Lava Jato no palanque. Os que criaram o problema não vão resolver o problema. Essa é minha jornada desde 2010. Precisamos quebrar a polarização. Vou continuar apostando na postura do brasileiro, que quer mudança. Não acho que não seja competitiva. É a única esperança de mudar o Brasil de fato."

Ao falar da dificuldade de conquistar o eleitorado feminino, afirmou que seu discurso ainda não chegou a todas as mulheres. "Quando eu dialogo com elas, sinto um acolhimento enorme. É importante que cada vez mais as mulheres saibam que estou comprometida com a educação de qualidade, que devemos ter educação de tempo integral, para a mãe trabalhar e estudar, que tenhamos cobertura de creche de zero a quatro anos, e que 50% das nossas crianças possam ser alcançadas", disse.

Uma nova pesquisa presidencial divulgada nesta segunda-feira (10) mostra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) liderando a disputa com 30% das intenções de votos. O levantamento do BTG Pactual também aponta um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT). 

Os dados, além de Bolsonaro na liderança, trazem Ciro com 12% da preferência e empates entre Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), com 8% cada um; e Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB), com 3% também cada. O candidato Guilherme Boulos (PSOL) teria 1% das intenções.

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A pesquisa foi a campo nos dias 8 e 9 de setembro, logo depois que Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora.  A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, exaltou aliados da sua candidatura que tiveram influente participação em iniciativas populares no País, como o André Lara Resende, no Plano Real, Ricardo Paes de Barros, principal responsável pela formulação dos programas sociais dos governos petistas, além de Eduardo Jorge, seu vice na chapa e que articulou recursos mínimos ao Sistema Único de Saúde (SUS). "Eu tenho a felicidade de ter pessoas muito eficientes para governar comigo", disse, e emendou: "Nós vamos dar um basta na ineficiência do Brasil".

A fala veio em resposta a pergunta sobre como melhorar o sistema dos Correios no Brasil e questionava, entre outras coisas, a possibilidade de se privatizar a estatal ou abrir mais o mercado a outras empresas. Segundo Marina, a "roubalheira e politicagem" foram responsáveis pela falta de eficiência dos Correios. "O que é publico não é necessariamente ineficiente. No meu governo vamos escolher as pessoas com ética e capacidade técnica para blindar as instituições públicas", afirmou.

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Apoiador declarado de Marina Silva desde 2010, Fernando Meirelles faz parte da equipe de cineastas voluntários, que vai fazer os 'filmes' para a candidata neste ano. Em entrevista por e-mail, ele lamenta não poder atingir públicos maiores nas redes sociais, como a TV consegue, e conta que seu vídeo deve dialogar mais com a classe média.

O diretor indicado ao Oscar pelo filme "Cidade de Deus" chegou de Los Angeles no Brasil durante o final de semana para gravar, durante a semana, o seu filme. Ele disse a candidata neste ano está com ideias "mais afinadas" e que representa um "antídoto" contra a ameaça ao meio ambiente.

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Sobre a disputa, criticou candidatos que defendem mudança no Estatuto do Desarmamento, principalmente, Jair Bolsonaro (PSL). Aliás, disse que "não é contra" o presidenciável, mas "em quem vota nele", que, na sua avaliação, simboliza um forte retrocesso. Confira abaixo principais trechos da entrevista:

Por que o sr. resolveu apoiar a Marina de novo neste ano e qual seu papel na campanha?

Se sairmos da batalha sangrenta do dia a dia, é muito fácil ver que o futuro do nosso planeta está mais do que ameaçado, já está comprometido. Enquanto os outros candidatos falam em fortalecer a exploração de petróleo ou explorar minério na Amazônia, a Marina é um antídoto contra essa ameaça.

Também gosto da ideia de governança em rede, um governo que ouça a sociedade e inclua academia, ONGs, empresários e conecte todas essas pessoas. Governo centralizado é coisa do século XX. Já foi.

Qual a diferença da Marina neste ano para os anos anteriores?

 

As ideias vão sendo afinadas. As ideias para formação de professores usando a internet, ou para o uso de blockchain para garantir transparência e governança não estavam previstas quatro anos atrás. As propostas para mudança climática e florestas estão mais avançadas: desmatamento zero até 2030 e emissão líquida zero até 2050, algo com que nenhuma grande economia se comprometeu ainda. Mas as bases, os princípios e postura ética são os mesmos.

Qual mensagem você pretende passar nos seus filmes?

 

O programa de governo da Marina tem propostas que mudam paradigmas. A ideia é falar sobre algumas dessas ideias, como a mudança para matriz energética limpa, apoio forte à agricultura familiar e o foco na primeira infância começando a preparar uma geração que pode transformar o país daqui a 20 anos.

O principal eleitorado da Marina é mulher, pobre, preta/parda, nordestina e de baixa renda e escolaridade. Isso vai se refletir nos vídeos? Elas serão o público principal? Por quê?

Seria ótimo conseguir falar com todo mundo, mas sem TV é difícil chegar em muitos lugares. O Fred (Mauro, outro cineasta que está no projeto) está fazendo um filme para dialogar com este público e eu estou falando mais com classe média.

Quem é a Marina que você pretende apresentar?

 

Gosto do lado estadista da Marina, que pensa um projeto de país a longo prazo. Sustentabilidade tem total relação com construir o futuro. A ideia de energia limpa, de educar crianças desde a formação neural, ou a agricultura agroecológica, têm relação com isso. Já quem propõe armar a população, que futuro está imaginando?

O sr. está falando de Bolsonaro?

Ele é um, mas o (João) Amoêdo (candidato do Novo) também é a favor de afrouxar o controle da venda de armas e a vice do Ciro (Gomes, do PDT) também acha que no campo todo mundo deveria manter uma garrucha embaixo do travesseiro. Me apavora pensar que pode haver uma arma dentro da bolsa da Dona Eliana, uma senhora histérica que conheço.

Ela dá piti em supermercado, briga com garçom, fica furiosa no trânsito. Se sem arma ela já é uma ameaça a sociedade, imagina a Dona Eliana armada. Vai dar ruim com certeza.

Por que vai dar ruim? Como vê a candidatura dele?

 

Eu não sou contra o Bolsonaro, eu sou contra quem vota nele. O cara tem direito de ser maluco. Juro que tenho tentado escutá-lo para entender o que atrai tanto seus eleitores, mas 90% do que ouço é a repetição exaustiva das mesmas coisas: "Vou armar a população, vou prender, vou matar, vou castrar, vou desapropriar índio, desapropriar quilombola, vou derrubar floresta para explorar minério.

Não ouvi muito mais que isso. Como discordo de todas estas "ideias", vejo-o como um retrocesso forte para o País. Fiz uma piada sobre seus eleitores, mas compreendo a vontade desesperada de colocar ordem nesta bagunça. Nisso estão certos, mas já tentaram colocar ordem no Brasil na marra e não funcionou.

Com a rejeição da candidatura o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marina como sua principal herdeira, como o seu filme/vídeo poderia atrair esse eleitorado?

 

Sinceramente não estou fazendo os filmetes pensando em atrair eleitores, estou apenas tentando informar falando sobre alguns pontos do programa que merecem mais visibilidade. O esforço é falar de maneira clara, rápida e com algum molho para que possa se espalhar ao máximo.

Com 21 segundos dos 12 minutos de cada bloco do horário eleitoral na TV destinado aos presidenciáveis, a campanha de Marina Silva (Rede) vai apostar em vídeos autorais, "filmes" de cerca de 3 minutos, feitos por cineastas voluntários, para apresentar a candidata nas redes sociais e no WhatsApp. Entre os apoiadores estão Fernando Meirelles, diretor de Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira.

A estratégia dos "filmes" segue o tom da própria campanha, mais descentralizada e dando liberdade para que cada um dos realizadores possa apresentar sua visão da candidata, segundo o coordenador da campanha, Lourenço Bustani. "Optamos por sistemas mais horizontais, descentralizados e distribuídos, pautados em grande parte pelo voluntariado, para garantir uma riqueza de olhares, tão diversos quanto nosso próprio País", diz Bustani.

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Como a campanha neste ano será mais curta, os "filmes" devem focar especialmente no principal eleitorado de Marina - mulheres, negras, de baixa escolaridade e baixa renda, segundo a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Também fazem parte do projeto dos filmes autorais André D'Elia e Jorge Brivilati.

'Você, mulher'

 

No sábado, a Rede veiculou o primeiro vídeo da candidata no horário eleitoral, em que ela diz que quer falar com "você, mulher". Todas as inserções e vídeos para a propaganda eleitoral já foram gravados no domingo retrasado, em um estúdio. Eles vão tratar de pontos do programa da candidata, como a sustentabilidade e agricultura familiar, que passam mais ao largo do programa de TV da candidata, pela falta de tempo.

Em 18 de agosto, uma equipe de voluntários que acompanhavam a candidata no Acre fizeram um vídeo sobre a viagem. Todo em preto e branco, com uma narração no fundo, o vídeo tem uma estética diferente dos tradicionais vídeos de campanha e, apesar de não fazer parte dos projeto dos cineastas, revela uma nova abordagem para a produção audiovisual da campanha da Rede. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na semana passada, no Recife, a candidata a presidente Marina Silva (Rede) chamou a atenção por não citar o nome do ex-presidente Lula durante uma coletiva de imprensa. Ao contrário, a ex-ministra de Lula, ao ser questionada sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU com objetivo de que o líder petista pudesse participar da disputa eleitoral, falou que essa era apenas uma “recomendação”.

Marina chegou a afirmar, em contraposição ao que afirmam a defesa e aliados a do ex-presidente, que a Justiça brasileira tem cumprido com tudo o que é necessário em uma democracia. A presidenciável ainda foi firme ao falar que “a Lei da Ficha Limpa diz que se alguém é condenado a segunda instância não pode participar do processo eleitoral”, mas sem tocar em nenhum momento no nome de Lula. 

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Nessa quarta-feira (29), em entrevista à Rádio Jornal, Marina também não citou o nome de Lula ao ser questionada sobre como via a parcela do eleitorado que vê o ex-presidente como vítima de uma “perseguição”. A candidata voltou a dizer que a Justiça está fazendo um bom trabalho e falou sobre roubo. 

“O Ministério Público, a Polícia Federal. (...) Não existe essa história de rouba, mas faz. Rouba, mas é de direita. Rouba, mas é de esquerda. Rouba, mas faz reformas. Tem que fazer e não roubar. Porque quando não rouba, a gente faz muito mais”, respondeu de forma firme a candidata que é a considerada a que mais herda os votos dos eleitores segundo pesquisas. 

Apesar da declaração de Marina, uma pesquisa qualitativa elaborada pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela o que para muitos pode significar o fundo do poço em relação ao atual cenário político brasileiro: a maioria dos recifenses preferem o político que “rouba, mas faz”. 

A pauta feminina passou a ser predominante na agenda imediata e nas redes sociais de Marina Silva, candidata da Rede à Presidência. Única representante das mulheres entre os principais candidatos ao Palácio do Planalto, Marina intensificou a abordagem desses temas após o último debate entre os presidenciáveis na TV, quando confrontou Jair Bolsonaro (PSL).

Durante a primeira semana da campanha eleitoral, a candidata participou de eventos em que mulheres estão presentes ou tornam-se o foco de sua fala. Segundo um interlocutor da campanha, agendas com o público feminino serão prioritárias nas viagens da ex-ministra.

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Na segunda-feira, Marina esteve no Instituto Maria da Penha, em Fortaleza, onde disse que "compromisso de vida" é o combate às diferentes violências contra a mulher. Neste sábado, ela faz agenda de rua em Mauá com a militância feminina da Rede.

O posicionamento de Marina, mais assertivo quanto a pautas femininas, já vinha sendo desenhado - na revisão final das diretrizes do seu programa, ela fez questão de que políticas para mulheres, como crédito e creches, fossem destacadas em um capítulo próprio.

Com poucos recursos e 21 segundos de tempo no rádio e na TV, Marina encontrou um nicho de eleitores. A estratégia está alinhada com a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, que mostra que cerca dois terços do eleitorado da candidata da Rede é feminino, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além disso, é uma forma de a candidata mirar no eleitorado indeciso, que também é predominantemente feminino - 64% - e de baixa renda - metade ganha menos de dois salários mínimos.

A ex-ministra, contudo, nega o rótulo de feminista e se diz "defensora dos direitos das mulheres e contra qualquer forma de discriminação".

"A gente tem focado cada vez mais no público feminino também nas redes sociais. Além de elas representarem a maior parte dos indecisos, são as que mais têm a perder com retrocessos e Marina é a única candidata na eleição", disse o coordenador da campanha Lucas Brandão.

A mobilização tem focado em treinar voluntárias para engajar grupos nas cidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de se aproximar de setores sustentáveis do agronegócio, Marina Silva, candidata da Rede à Presidência da República, afirmou nesta sexta-feira, 24, que, em seu eventual governo, defenderá a expansão da agricultura sustentável, a ampliação da oferta de crédito para produção, a diversificação de projetos para facilitar o acesso aos recursos, e a criação de oportunidades para melhorar a assistência técnica para pequenos, médios e grandes produtores.

"Temos no nosso plano de governo o objetivo de fazer do Brasil o país mais sustentável e com maior produtividade agrícola do mundo", disse. Marina visitou a Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, no interior de Goiás. A propriedade é considerada pela Embrapa como modelo de produção sustentável.

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Marina também defendeu a abertura de espaço comercial internacional para o escoamento de produtos brasileiros. "Vamos buscar abrir espaço comercial, desconstruindo barreiras não tarifárias para os nosso produtos. Quem conhece do braqueado, sabe como abrir os caminhos", disse.

Dentre as propostas para o setor, a candidata citou também a expansão da agricultura de baixo carbono no âmbito do Plano Safra e a ampliação das tecnologias desenvolvidas pela empresa. "Vamos fazer isso para que os nossos agricultores continuem gerando emprego e renda e o Brasil possa reduzir a sua meta de emissão de CO2 no âmbito da Convenção do Clima", disse.

Marina destacou a necessidade de se investir em plantações e cultivos com baixo impacto de carbono, com a integração do sistema lavoura-pecuária-floresta, e com a recuperação de pastagens degradadas e a implementação da técnica de fixação biológica de nitrogênio no solo para aumentar a produção. "A gente vai dobrar, triplicar a nossa produção por ganho de produtividade. ... O agronegócio tem medo de mim, mas comigo deveria ficar sorrindo como vocês ficaram", afirmou Marina.

A candidata lembrou que existem cerca de 50 milhões de hectares, 30 milhões deles só no Cerrado, desmatados no País para produção agrícola mas a produtividade da maior parte desta área ainda não é satisfatória. Ela defendeu o emprego de novas tecnologias aliadas à práticas sustentáveis para que seja possível produzir mais em uma menor área.

Durante a visita à fazenda, a candidata conheceu as práticas adotadas na propriedade e escutou dos agricultores alguns pedidos para o setor, principalmente em relação à mudanças na forma de se obter crédito agrícola. "Sem crédito não tem solução. E ele precisa estar disponível de uma forma mais rotativa, menos engessada. Hoje se libera o recurso por produto mas precisamos que ele seja liberado por sistema", afirmou a proprietária da fazenda, Marise Porto. Ela cobrou ainda que Marina tenha uma "equipe afinada que jogue o jogo junto com você".

"Eu decidi vir aqui nesta fazenda justamente para mostrar que é possível ter esse tipo de experiência em grandes propriedades, com grande escala. Porque, às vezes a gente mostra uma iniciativa do pequeno produtor e as pessoas não acreditam que isso pode ser feito em outros lugares também. Não precisamos inventar a roda, a roda está feita. A gente só precisa implementar o que já existe", disse.

Marina criticou também a chama "PEC do Veneno", uma proposta de emenda à Constituição, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. O texto libera o uso de agrotóxicos que já são proibidos no país. Questionada se vetaria a proposta, Marina afirmou que ela prejudica a competitividade do mercado agropecuário do país.

"O projeto não é adequado para o Brasil. Para o Brasil se tornar competitivo na agricultura, quanto melhor forem as nossas práticas, maior chance de colocar os nossos produtos lá fora. Não é necessário que a nossa agricultura lance mão de agrotóxicos condenados nos Estados Unidos e Europa. Se fizer isso, teremos mais dificuldade de vender nossos produtos lá fora", disse.

Pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira, 22, aponta que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) perderia em um eventual segundo turno para Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). O candidato do PSL venceria, contudo, em uma disputa com Fernando Haddad (PT).

Os números apontam, ainda, que Bolsonaro tem a maior rejeição entre os presidenciáveis: 39% dos eleitores afirmam que não votariam no candidato "de jeito nenhum". Em seguida aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, com 34%. Geraldo Alckmin é rejeitado por 26% dos eleitores, seguido por Marina Silva (25%) e Ciro Gomes (23%). Haddad é o menos rejeitado entre os principais candidatos, com 21%.

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Na projeção de segundo turno entre Marina Silva e Bolsonaro, a candidata da Rede tem 45% das intenções de voto, contra 34% do candidato do PSL. Já o tucano Geraldo Alckmin aparece com 38%, contra 33% de Bolsonaro.

Em relação a Ciro Gomes, a disputa é mais apertada: 38% para o pedetista contra 35% para o candidato do PSL. O cenário em que Bolsonaro leva vantagem é contra Fernando Haddad - a pesquisa indica 38% das intenções de voto para Bolsonaro, contra 29% para o ex-prefeito de São Paulo.

O mesmo levantamento mostra que Bolsonaro tem 22% das intenções de voto e lidera a disputa no cenário sem o ex-presidente Lula. A seguir vem Marina Silva (Rede), com 16%. Ciro Gomes aparece em terceiro, com 10%, seguido por Geraldo Alckmin, com 9%. Alvaro Dias (Podemos) e Fernando Haddad aparecem com 4%. João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) têm 2% das intenções de voto. Vera, Daciolo, Boulos e João Goulart Filho (PPL) têm 1%. Eymael (DC) não pontuou.

As intenções de voto do Datafolha são semelhantes às da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira.

O Datafolha ouviu 8.433 eleitores entre os dias 20 e 21 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR 04023/2018

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A ex-ministra do governo Lula, a candidata a presidente da República pela Rede Marina Silva (Rede), nesta terça-feira (21), também comentou a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU acolher o pedido da defesa do ex-presidente Lula para que ele possa disputar a eleição. A candidata participou, no Recife, de um evento no Porto Social, localizada na Ilha do Leite e, depois do evento, concedeu uma coletiva de imprensa. Marina falou que essa foi apenas uma "recomendação". 

A presidenciável elogiou a Justiça brasileira. “Nosso país vive um processo difícil, traumático, em que uma boa parte do mundo não sabe exatamente o que está acontecendo aqui com os graves problemas de corrupção que a Lava Jato revelou e está punindo em parte, mas é apenas uma recomendação e a Justiça brasileira tem cumprido com tudo aquilo que é necessário em uma democracia. Observando todos esses aspectos, o Brasil está agindo de acordo com o seu ordenamento jurídico em respeito à sua Constituição”, disse.  

A presidenciável foi categórica ao falar que condenado em segunda instância não pode participar do pleito. “A Justiça tem que agir de acordo com as regras, que devem ser iguais para todos. A Lei da Ficha Limpa diz que se alguém é condenado em segunda instância, não pode participar do processo eleitoral e a Justiça precisa observar esse requerimento que vem sendo aplicado em outros casos”. 

“Eu tenho dito que a lei deve ser observada por todos e ninguém está acima da lei. Não se pode em uma democracia ter dois pesos e duas medidas. Nós estamos em um processo eleitoral faltando poucos dias da finalização desse processo eleitoral, ainda temos uma situação que fragiliza muito o processo de decisão dos eleitores. Eu só tenho cuidado de que a Justiça não faça nenhum tipo de julgamento de decisão em função de quem está sendo julgado”, complementou Marina. 

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Durante a entrevista, a ex-senadora também contou que está cumprindo uma “agenda intensa” nesses poucos mais de 40 dias de campanha e que trata as pessoas com respeito. “Eu sou sempre muito bem recebida aqui em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil inteiro. Até mesmo as pessoas que não votam em mim me tratam com muito respeito e muito carinho graças a Deus”. 

Também salientou que o momento é dar uma chance para uma mudança. “De que a postura do cidadão derrote as velhas estruturas do poder econômico, do abuso do poder político e eu estou sentindo esse movimento na sociedade brasileira, apesar de tudo que eles fizeram para impedir que a sociedade cumpra com o seu objetivo de mudar porque ficaram [os partidos] com o dinheiro do fundo eleitoral todo para eles praticamente, o tempo de televisão praticamente todo para eles, mas eu sinto que as pessoas estão dispostas a mostrar que a sua postura e a sua consciência é maior que as velhas estruturas”. 

Marina ainda ressaltou que vai continuar defendendo suas propostas insistindo na ideia de que os que criaram os problemas que o país enfrenta hoje não irão resolvê-los, mas sim agravá-los. Um dos compromissos que ela destacou foi com a educação, do meio ambiente e a luta da valorização das mulheres. “É uma agenda de compromissos porque são necessárias políticas públicas, mas também são necessárias políticas públicas para as comunidades fragilizadas, voltadas para as comunidades indígenas”. 

 

 

 

A presidenciável Marina Silva (Rede) desembarcou nesta terça-feira (21), no Recife, para participar de um encontro no Porto Social, na Ilha do Leite. Após o evento, a candidata concedeu uma coletiva de imprensa onde foi questionada, entre outros temas, o que achava do também presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Os dois protagonizaram os momentos mais tensos durante o debate promovido pela RedeTV, na última sexta-feira (17). Na ocasião, cara a cara com Bolsonaro, a ex-senadora chegou a dizer que ele achava que pode resolver tudo no grito e na violência. 

 Na resposta de hoje à jornalista, sem citar o nome de Bolsonaro, Marina falou sobre retrocessos. “Existem muitos retrocessos que estão acontecendo no Brasil. Um deles é o retrocesso político, um retrocesso político daqueles que tem saudosismo do autoritarismo, da ditadura, obviamente que não queremos que o Brasil volte para o período da falta de democracia”, declarou. 

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Ela também falou que o problema da violência não tem como ser resolvido com cada pessoa tendo uma arma para se defender. “O enfrentamento que a sociedade precisa dar aos problemas graves que nós estamos vivendo não tem como serem resolvidos em um passe de mágica e uma eleição não é o momento de você apresentar saídas muitas vezes enganosas para a população. O problema da violência será resolvido com a implementação do sistema único de segurança pública, será resolvido com apoio ao trabalho dos estados e dos municípios, que o Governo Federal em sucessivos governos ficou de costas para os estados”. 

Marina ainda disse que é preciso a formação continuada e salários justos para os policiais. “Mas também compreendendo que o problema da violência não é só polícia, é também justiça econômica, social, cuidar da vida das pessoas com educação de qualidade, com moradia digna, com transporte digno, nós temos que pensar nas políticas públicas de forma integrada e é por isso que o debate tem que ser um debate de ideias e de propostas, mas não pode ser apenas um rol de propostas sem propósitos. Temos que discutir propósitos, aonde queremos chegar e que país nós queremos ser. A partir disso estou participando da campanha”.

A candidata da Rede, Marina Silva, lançou nesta quinta-feira, 16, sua campanha rodeada de médicos e amparada no histórico de seu vice na chapa, Eduardo Jorge (PV). A largada oficial foi no ambulatório Médico Voluntário do Cangaíba, zona leste de São Paulo. Segundo Marina, em discurso, seu objetivo é "cuidar da saúde das pessoas e cuidar da saúde do Brasil". A região escolhida, Cangaíba, é um forte reduto petista.

Além de Eduardo Jorge, outros dois médicos discursaram em favor da candidata: Gilberto Natalini, vereador e candidato a deputado federal, e Henrique Francé. Os dois ajudaram a criar o ambulatório, em 1975, que conta com o trabalho voluntário de diversos profissionais da saúde. De acordo com Francé, ele conheceu Eduardo na época em que o vice de Marina trabalhava como médico na Zona Leste. Eles participavam juntos de encontros da área na região. "Conheci Marina pessoalmente agora", disse Francé, que elogiou o aceno da candidata ao seu setor. "Acho que, ao vir para cá, ela sinaliza que a saúde vai ser uma prioridade", disse.

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Sem citar nomes, Marina não poupou ataques aos seus adversários. "Temos de ser pioneiros. Para ganhar uma eleição, não precisamos ser aqueles que têm milhões e milhões. Temos de ser pioneiros e dizer que para ganhar uma campanha, que não seja com vários partidos", disse, em referência à necessidade de coligações para abocanhar maior tempo na propaganda eleitoral obrigatória.

LGBT

Marina negou que as diretrizes da sua proposta de governo, lançadas no último dia 15, tenham representado uma mudança de posicionamento sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo. Em 2014, ao divulgar seu programa de governo, Marina foi fortemente atacadas por líderes religiosos ao defender o casamento igualitário. O termo foi substituído, logo depois, por "união civil". "Não há uma mudança de posicionamento. Existe uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que já estabelece a união homoafetiva e o que está sendo dito (nas diretrizes) é que se isso se transformar em uma iniciativa de lei, será acolhido", ponderou a candidata.

Questionada, respondeu: "Vivemos em uma sociedade laica e os direitos civis das pessoas devem ser respeitados, independentemente das posições que possamos ter. Numa democracia é assim que funciona. No estado laico é assim que funciona".

Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede) expuseram na noite desta quinta-feira (9), durante debate na Band, as posições que ambos têm a respeito do aborto.

Marina Silva defendeu mais uma vez a realização de um plebiscito sobre o tema. Já Boulos disse que, caso eleito, a questão não será tratada no âmbito do Código Penal. "Vai ser um tema do SUS. É muito cômodo negar o direito ao aborto às mulheres, e homens não assumirem filhos", criticou.

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