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A partir de 2 de janeiro, o Pix não terá mais limite por transação, anunciou nesta quinta-feira (1º) o Banco Central (BC). Os limites de valor serão mantidos apenas por período: diurno (6h às 20h) ou noturno (20h às 6h).

Com a mudança, o cliente poderá transferir todo o limite de um período (diurno ou noturno) em apenas uma transação Pix ou fazê-lo em diversas vezes, ficando a critério do correntista.

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O BC também elevou o limite para as retiradas de dinheiro por meio das modalidades Pix Saque e Pix Troco. O valor máximo passou de R$ 500 para R$ 3 mil durante o dia e de R$ 100 para R$ 1 mil no período noturno.

As regras para o cliente personalizar os limites do Pix não mudaram. As instituições financeiras terão de 24 a 48 horas para acatar a ampliação dos limites e deverão aceitar imediatamente os pedidos de redução.

Em nota, o BC informou que a atualização das regras simplificará o Pix, além de aprimorar a experiência dos usuários, “ao efetuar a gestão de limites por meio de aplicativos, mantendo o atual nível de segurança”.

Quanto ao Pix Saque e ao Pix Troco, o órgão informou que as mudanças pretendem igualar o Pix ao saque tradicional nos caixas eletrônicos. A sugestão para abolir o limite por operação foi feita no Fórum Pix de setembro, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que reúne as instituições participantes do Pix. Segundo o grupo, o valor máximo por transação era pouco efetivo porque o usuário pode fazer diversas operações pelo valor do limite desde que respeite a quantia fixada para o período diurno ou noturno.

Aposentadorias e pensões O BC também alterou a regulamentação para o pagamento de salários e benefícios previdenciários pelo governo. O Tesouro Nacional poderá pagar salários ao funcionalismo, aposentadorias e pensões por meio do Pix. O BC também facilitará o recebimento de recursos por correspondentes bancários pela modalidade.

Outras regulamentações foram atualizadas. Ficará a critério de cada instituição financeira definir os limites para transações em que os usuários finais sejam empresas. A personalização do horário noturno diferenciado passará a ser facultativa.

Além disso, as instituições financeiras passarão a considerar os limites da transferência eletrônica disponível (TED) para definir os limites das operações Pix com finalidade de compra. Até agora, os valores máximos eram definidos com base no cartão de débito.

A maioria das regras valerá a partir de 2 de janeiro. No entanto, os ajustes relacionados à gestão dos limites para os clientes por meio do aplicativo ou do canal digital da instituição valem a partir de 3 de julho de 2023.

Desde o lançamento, em novembro de 2020, o Pix tornou-se o meio de pagamento mais usado no Brasil. Com o pagamento da primeira parcela do 13º salário ontem (30), o sistema bateu um novo recorde diário de transações. Segundo o BC, foram realizadas 99,4 milhões operações Pix em apenas um dia.

O rodízio municipal de veículos na cidade de São Paulo está mantido nesta quinta-feira (24) dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar, assim como nas demais partidas da seleção brasileira. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) decidiu apenas antecipar no sentido do bairro a operação das faixas reversíveis para automóveis, assim como as faixas reversíveis exclusivas para ônibus. A operação de ônibus no horário de pico também está programada para começar mais cedo nesta quinta-feira.

Agentes da companhia também irão monitorar as imediações do Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, para a realização do Arena Brahma - Fifa Fan Festival São Paulo. Os 25 mil ingressos disponibilizados gratuitamente pela organização já se esgotaram. A pessoa deverá apresentá-lo via QR Code. Não será permitida a entrada sem o comprovante.

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Jogos do Brasil na primeira fase

- Dia 24 de novembro, quinta-feira, jogo às 16h (Brasil X Sérvia).

- Dia 28 de novembro, segunda-feira, jogo às 13h (Brasil X Suíça).

- Dia 2 de dezembro, sexta-feira, jogo às 16h (Brasil X Camarões).

Rodízio

Não haverá suspensão do rodízio municipal de veículos, em razão dos jogos do Brasil na Copa do Mundo. Fica valendo normalmente em dias de partidas da seleção brasileira a circulação de automóveis no período da manhã (7h às 10h) e no período da tarde/noite (17h às 20h).

- 24 de novembro: placas finais 7 e 8.

- 28 de novembro: placas finais 1 e 2.

- 2 de dezembro: placas finais 9 e 0.

Faixas reversíveis de automóveis

A operação das faixas reversíveis será antecipada no sentido bairro nesta quinta-feira, de acordo com a CET. A montagem ocorrerá a partir das 14h. "As equipes de campo vão acompanhar o fluxo de veículos durante o período e poderão encerrar a operação em caso de ociosidade", disse em comunicado.

Localização

- Avenida Santos Dumont, sentido bairro, entre Rua dos Bandeirantes e Rua Rodolfo Miranda.

- Avenida Radial Leste, sentido bairro, entre Rua do Glicério e Rua Vilela.

- Avenida Jaguaré, sentido bairro, entre Ponte Jaguaré e Rua Miguel Frias de Vasconcelos.

Faixas reversíveis exclusivas para ônibus

- Ponte da Casa Verde, sentido bairro, entre Rua Baronesa de Porto Carreiro e Avenida Braz Leme.

- Avenida Guarapiranga, sentido bairro, entre Avenida Vitor Manzini com a Rua Bruges até Avenida Guarapiranga.

- Ponte João Dias, sentido bairro, entre Rua Bento Branco De Andrade Filho e o Terminal João Dias.

- Ponte do Piqueri, sentido bairro, entre Rua da Balsa e Rua Hugo D'Antola.

Fifa Fan Festival

A CET irá monitorar o trânsito nas imediações do Vale do Anhangabaú em todas as partidas da seleção brasileira para a realização do Arena Brahma - Fifa Fan Festival São Paulo.

- 24 de novembro: 12h às 20h.

- 28 de novembro: 9h às 20h.

- 2 de dezembro: 12 às 20h.

Bloqueios operacionais temporários

- Rua da Consolação x Avenida São Luís.

- Rua Boa Vista x Largo Pátio do Colégio.

- Rua Florêncio de Abreu x Ladeira Porto Geral.

- Rua Líbero Badaró x Viaduto do Chá.

- Rua Coronel Xavier de Toledo x Viaduto do Chá.

- Rua Formosa x Avenida Prestes Maia.

- Rua Quirino de Andrade x Avenida Nove de Julho.

Transporte público antecipa horário de pico

Conforme a São Paulo Transporte (SPTrans), a operação dos ônibus municipais nos horários de pico será antecipada nos dias em que houver partidas da seleção brasileira para transportar trabalhadores e torcedores.

Nesta quinta-feira e na sexta-feira da semana que vem, 2, dias em que o Brasil irá a campo às 16h, 100% da frota deve operar já a partir das 13h, três horas antes do jogo.

Na próxima segunda-feira, 28, quando a seleção joga às 13h, a SPTrans manterá a operação normal com toda a frota para atender o comércio e o serviço privado que podem ser retomados após o término do jogo.

A Câmara dos Deputados aprovou nessa terça-feira (18) projeto de lei que amplia a assistência às gestantes e mães antes, durante e após o parto (puerpério). O projeto segue para o Senado.

A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para garantir assistência psicológica à gestante, à parturiente e à puérpera após avaliação do profissional de saúde no pré-natal e puerpério, com encaminhamento de acordo com prognóstico. O texto prevê que poderá ser fornecido às mulheres inscritas no CadÚnico um kit curativo do coto umbilical e um kit enxoval.

“O estado emocional da mãe não apenas é determinante para o bom andamento do trabalho de parto, como impacta definitivamente o bebê e reflete em seu desenvolvimento. Igualmente, o puerpério é um período em que a mulher, devido ao grande estresse fisiológico e à súbita alteração nos níveis hormonais, encontra-se extremamente vulnerável e mais suscetível a desencadear transtornos psíquicos”, justificou o relator, deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO).

O texto também estabelece que os hospitais públicos e particulares que atendem gestantes deverão desenvolver atividades de educação, conscientização e esclarecimentos a respeito da saúde mental da mulher no período de gravidez e puerpério.

Um dia após a definição do primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nas redes sociais que a "mudança mais profunda" do País já começou. O chefe do Executivo foi para a segunda etapa da disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mais votos do que o previsto pelas principais pesquisas. Além disso, o partido do candidato à reeleição terá as maiores bancadas da Câmara e do Senado a partir de 2023.

"Mantenham o foco! Um dos principais e mais difíceis objetivos foi alcançado ontem. Nós já temos o que é necessário para libertar o Brasil do autoritarismo, da chantagem e da injustiça que tanto nos indigna. A mudança mais profunda do país já começou! Não é o povo que deve temer", escreveu Bolsonaro, no Twitter.

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Mais cedo, também nas redes sociais, o presidente comemorou a eleição de aliados para a Câmara e o Senado. Bolsonaro também voltou a criticar os institutos de pesquisas e disse que ontem ocorreu a "maior vitória dos patriotas" na história do País.

"Contra tudo e contra todos, tivemos no 1º turno de 2022 uma votação mais expressiva do que aquela que tivemos em 2018. Foram quase 2 milhões de votos a mais! Também elegemos as maiores bancadas da Câmara e do Senado, o que era a nossa maior prioridade neste primeiro momento", escreveu o presidente, no Twitter.

No Senado, Bolsonaro conseguiu eleger aliados como Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos; o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS); Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura; Cleitinho (PSC-MG); Jorge Seif (PL-SC); Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional; Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia; e Magno Malta (PL-ES).

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O candidato do Novo a presidente da República, Luiz Felipe D'Avila, defendeu a revisão da Lei de Licitações porque, segundo ele, "engessa brutalmente o investimento", além de impulsionar a "judicialização dos contratos". O candidato propôs que Estados e municípios participem mais dos processos de concessões públicas, reduzindo o maior protagonismo do governo federal.

O principal problema no setor da infraestrutura hoje, segundo ele, é a falta de coordenação entre os setores público e privado e a sociedade civil. "O mais importante é acertar a governança e a coordenação dos projeto s para viabilizar os investimentos."

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D'Avila participou nesta segunda-feira, 29, do evento "Abdib Fórum 2022 - agenda da infraestrutura com presidenciáveis" em um hotel na capital paulista.

A nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) começa a ser emitida nesta terça-feira (26). O documento não terá mais o número de Registro Geral (RG), que deixará de existir. A nova identidade trará apenas o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como registro geral, válido para todo o País.

O primeiro Estado a começar a emitir a nova identidade é o Rio Grande do Sul. Em agosto, o documento será emitido também em Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas e Paraná, de acordo com cronograma do Ministério da Justiça. Ainda de acordo com órgão, os demais Estados têm até março de 2023 para iniciar a emissão do novo modelo. Pessoas com mais de 60 anos não precisarão trocar o documento. Os gaúchos iniciam a mudança, pois precisaram fazer poucos ajustes, como a integração com a Polícia Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral.

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Por outro lado, a mudança não exige que o cidadão corra para fazer a substituição: os documentos do modelo atual valem até 28 de fevereiro de 2032. A substituição poderá ser feita de forma gradual e gratuita. Os objetivos da medida são desburocratizar o acesso e unificar o número do documento dos cidadãos nos Estados, evitando fraudes. O novo modelo prevê a integração de diferentes órgãos, viabilizando a realização de consultas em bases de dados com unicidade.

"Com a unificação da base de informações no Ministério da Justiça e Segurança Pública, os cidadãos terão os dados protegidos, podendo saber se alguém consultou as informações e por qual motivo. Isso também vale para quem precisar fazer a consulta, pois terá a segurança de uma base de dados confiável, validada por órgão federal", explicou o Ministério da Justiça e Segurança Pública em nota ao Estadão.

QR CODE

Nos formatos físico e digital, o novo documento será mais seguro, de acordo com o governo federal. A versão física será produzida em papel-moeda. Além das marcas d’água na imagem do território nacional e no brasão da República, o Ministério da Justiça e Segurança Pública manterá outros detalhes de segurança em sigilo.

A Caixa Econômica Federal está fazendo uma série de mudanças em sua estrutura corporativa após a troca na presidência, no final de junho. As principais mudanças são a migração da corregedoria do banco para o guarda-chuva do conselho de administração. Antes, a área era submetida à presidência da Caixa.

No mês passado, o então presidente, Pedro Guimarães, deixou o banco após ser alvo de denúncias de assédio sexual por funcionárias da instituição, negadas por ele. À época, relatos davam conta de que investigações internas a partir de denúncias anteriores não haviam prosseguido, e que parte delas havia chegado ao conhecimento da presidência.

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A nova presidente da Caixa, Daniella Marques, tem prometido investigação séria sobre as denúncias, bem como punições, caso necessário, a quem precisar ser punido.

Em comunicado, o banco informou que a mudança visa reforçar a autonomia e a isonomia de atuação da corregedoria da Caixa. Além desse mudança, o banco está alterando a estrutura e os ocupantes de algumas de suas vice-presidências.

Serão fundidas as áreas de Estratégia e Pessoas e de Logística e Operações, hoje ocupadas por Maria Letícia de Paula Macedo e por Antonio Carlos Ferreira, respectivamente. Elas darão origem a uma nova vice-presidência, de Gestão Corporativa, que será ocupada por Danielle Calazans.

Danielle é funcionária da Caixa desde 2007, e foi ainda secretária de Gestão Corporativa do Ministério da Economia. Na transição para o governo de Jair Bolsonaro, atuou na fusão de cinco ministérios que deu origem à pasta, comandada por Paulo Guedes.

Como mostrou o Estadão, Danielle será o braço direito da presidente da Caixa e trabalhou com ela desde antes da posse em um plano para reverter a crise no banco.

Adicionalmente, a Caixa criou uma vice-presidência de Sustentabilidade e Empreendedorismo, para fortalecer sua atuação nas duas áreas. O comunicado não informa quem ocupará a cadeira.

Também houve mudanças na vice-presidência de Rede de Varejo, que passará a ser ocupada por Júlio Cesar Volpp Sierra. Funcionário da Caixa desde 2000, ele foi CEO da Caixa Cartões e diretor de rede de clientes e varejo do banco.

A atual VP de rede, Camila Aichinger, ex-presidente da Caixa Seguridade, foi destituída do cargo, assim como o VP de logística, Antonio Carlos Ferreira, também citado em denúncias de funcionários. Os dois voltarão a compor o quadro de empregados do banco, de acordo com o comunicado.

O governador Paulo Câmara fez novas modificações na equipe do primeiro escalão nessa terça-feira (12). O ex-secretário de Políticas de Prevenção à Violência às Drogas, Cloves Benevides, assume a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Já Marcelo Canuto, que estava à frente dessa pasta, será o novo chefe de gabinete do governador, em substituição ao atual ocupante do cargo, Alexandre Campelo.

Na primeira gestão de Paulo Câmara, Cloves Benevides comandou a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. No início do seu segundo mandato, o governador criou a Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência às Drogas, o comando da pasta foi entregue a Benevides, que permaneceu no cargo até o início de julho deste ano.

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Já Marcelo Canuto, que exerceu diversas funções durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos, assumiu o comando da Secretaria Executiva de Coordenação da Casa Civil no primeiro governo de Paulo Câmara. No início do segundo mandato do governador, ele foi nomeado presidente da Fundarpe, cargo que ocupou até abril deste ano, quando foi deslocado para a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

*Da assessoria de imprensa

O magnata Elon Musk teve uma reunião virtual com funcionários do Twitter na quinta-feira (16) e revelou seus planos caso a aquisição de US$ 44 bilhões venha a ser concretizada.

Segundo o New York Times, Musk havia afirmado anteriormente a investidores que planeja cortar cerca de 900 dos 7 mil funcionários da companhia. O assunto surgiu na reunião de quinta, e Musk não desmentiu o plano.

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Ele disse: "No momento, os custos são maiores do que a receita. Essa não é uma situação boa. A empresa precisa ser saudável". A mídia americana reportou que, nas redes internas do Twitter, o clima era de pessimismo sobre o futuro.

Em relação ao plano de receitas, o empresário reforçou a ideia de ter um modelo baseado em anúncios publicitários e assinaturas.

No último mês também surgiram questionamentos sobre o desejo de Musk de manter o modelo da companhia.

Ele, porém, reforçou a necessidade de que os anunciantes sejam de "boa qualidade". Musk revelou o desejo de atingir 1 bilhão de usuários ativos no serviço, quase cinco vezes a marca atual (229 milhões, segundo o balanço mais recente).

Exemplo

Um dos caminhos seria tornar a rede social mais parecida com o TikTok. Segundo o New York Times, Musk elogiou a rede social chinesa por não ser "chata" e manter os usuários "entretidos". "Podemos colocar o Twitter no caminho para ser interessante", disse.

Além do TikTok, Musk citou o WeChat, superapp de comunicação da China. "Não há nada equivalente ao WeChat fora da China. Na China, você basicamente mora no WeChat. Se pudermos recriar isso no Twitter, será um sucesso."

Sobre moderação, o bilionário deu mais pistas. "As pessoas deveriam poder dizer coisas absurdas dentro da lei, mas esses discursos não deveriam necessariamente ser amplificados", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante de dificuldades iniciais de comunicação, as instituições financeiras estão propondo mudanças técnicas nas conexões do Open Finance para facilitar a troca de informações e impulsionar essa iniciativa da agenda do Banco Central, que pretende aumentar a competitividade no mercado.

Desde o início da fase 2 do Open Finance, que permitiu o compartilhamento de dados de clientes sob consentimento, os participantes da iniciativa vêm comunicando dificuldades de comunicação entre as instituições.

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Originalmente, foi definido um conjunto de especificações para as conexões, mas, apesar disso, houve divergências na construção de cada API (interface de comunicação), e, muitas vezes, alguma instituição envia um dado que não é recebido por outra.

"Para dar um exemplo, se a especificação dizia que a tomada tinha que ter três pinos, umas colocavam na vertical e outras na horizontal", exemplificou Karen Machado, gerente de Open Banking no Banco do Brasil, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O banco coordena o Grupo de Trabalho de Especificação do Open Finance, na cadeira da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) da Estrutura de Governança da iniciativa, camada administrativa do processo de implementação do "sistema financeiro aberto" formado pelas instituições de classe dos participantes.

Segundo dados compilados pela convenção, em maio, 4,30% do total de chamadas às APIs falharam, ou 14,3 milhões, mas a disponibilidade média das APIs era de 78,49%, abaixo do exigido (5,0% do tempo a cada 24 horas e 99,5% do tempo a cada 3 meses).

O compartilhamento de informações é a base do Open Finance, o que permite que bancos possam "conhecer" mais a fundo clientes, atuais e potenciais, e oferecer produtos mais personalizados e com melhores benefícios que a concorrência. Nesse sentido, os problemas de comunicação atrasam a efetividade da agenda e a criação de novos produtos e serviços pelos bancos, cooperativas e instituições de pagamento.

Agora, reunidas na Estrutura de Governança, as instituições financeiras buscam ajustes para facilitar essas conexões e tornar a troca de informações mais fluida. As mudanças começaram pela fase 2 e uma primeira versão das novas especificações já foi enviada pelo Grupo de Trabalho responsável pelo tema para avaliação dos demais participantes.

Segundo Karen Machado, as instituições financeiras têm até dia 10 para devolver o documento com eventuais sugestões, e está prevista para o dia 20 deste mês a publicação das novas regras, para adequação de todos em até 120 dias. Depois, os dois conjuntos de especificação, o atual e o novo, vão conviver por 90 dias para corrigir possíveis ruídos.

Para Machado, essa primeira versão reflete toda a discussão do mercado e dá mais um passo em termos de conectividade e integração do Open Banking. "Coloca mais graxa na engrenagem do Open Banking. São questões bem técnicas, mas que, azeitadas, vão fazer com que instituições consigam receber dados com mais facilidade", disse. "A gente vai ter uma taxa de sucesso maior no consumo das informações compartilhadas pelos clientes. Com mais informação, me torno mais competitivo, personalizo melhor produtos e atendo melhor o cliente", completou.

Além disso, a gerente de Open Finance no BB também avalia que a comunicação mais fluida vai incentivar a entrada de outras instituições financeiras no sistema. "A impressão que eu tenho é que, principalmente os voluntários, estavam esperando o negócio acontecer, antes de fazer um investimento alto de tecnologia, de tempo, de custo de oportunidade. Agora, caminhando para a segunda versão, é natural que já vamos ter outros participantes nesse desenvolvimento."

O grupo de Trabalho de Especificação da Estrutura de Governança do Open Banking já começou também a rever as regras de conexão da fase 3 do Open Finance, que trata do iniciador de pagamentos e do 'marketplace' de crédito, e até o fim do ano deve começar também a revisar as especificações da fase 4, de compartilhamento de dados de investimento, seguro, previdência e câmbio.

Em nota, a Febraban destacou que "os times técnicos estão trabalhando com todo o foco possível e melhorando as condições de conectividade, qualidade dos dados compartilhados e processo de consentimento".

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) preferiram não comentar o assunto neste momento.

A XP Investimentos alterou a periodicidade das pesquisas de intenções de voto divulgadas semanalmente pelo Ipespe. O registro do levantamento que seria divulgado nesta sexta-feira (10) foi cancelado, apurou o Estadão. Na última semana, grupos bolsonaristas pressionaram a corretora nas redes sociais contra o resultado da última amostra, que mostrava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um índice maior de eleitores que atribuíram a ele a característica de "honestidade".

Segundo apurou o Estadão, a pesquisa que teve o registro cancelado já estava em vias de ser divulgada. A informação foi adiantada nesta quarta-feira (8), pela colunista Mônica Bergamo, e confirmada pelo Estadão.

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Em nota, a XP negou que vá interromper a divulgação de pesquisas de intenção de voto e que contrata "diversos tipos de pesquisas de diferentes institutos com o intuito de auxiliar seus clientes a tomarem as melhores decisões sobre investimento". A empresa alegou que os resultados serão agora divulgados mensalmente, com maior número de pessoas entrevistadas. "(...) Oferecendo dessa maneira uma ferramenta ainda mais ampla para que os investidores compreendam o cenário eleitoral e seus impactos no mercado", escreveu.

Na levantamento mais recente, Lula apareceu com 45% das intenções de voto e Bolsonaro, 34%, em um cenário de estabilidade. O resultado é similar a amostras de outras pesquisas.

Um dos pontos criticados por bolsonaristas na última amostra foi uma das perguntas feitas pela pesquisa, em que os entrevistados atribuíram características para os pré-candidatos. 35% dos entrevistados atrelaram a "honestidade" ao petista, ante 30% que atribuíram o termo a Bolsonaro.

O resultado foi criticado por bolsonaristas nas redes sociais. O senador Flávio Bolsonaro (PL), por exemplo, atacou a pesquisa em um grupo no Telegram. No Twitter, deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) disse que a amostra sobre a honestidade dos pré-candidatos seria "o mesmo que dizer que o Diabo é mais honesto que Jesus".

Já o deputado estadual Márcio Gualberto, do PL do Rio de Janeiro, publicou que a pesquisa da XP/Ipespe é "uma das maiores fraudes de todos os tempos" e que teria perdido a credibilidade.

Em outras publicações, usuários disseram que a XP/Ipespe "destruiu a marca em um dia". Uma das publicações acusou não ser coincidência que a pesquisa tenha saído pouco mais de um mês depois do fundador da XP, Guilherme Benchimol, se encontrar com Lula. A tese foi respondida pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) com o comentário "dispensa mais explicações".

Questionada, a XP não respondeu se manterá contrato com o Ipespe para as próximas pesquisas no novo formato.

As pesquisas do Ipespe costumam realizar amostra nacional com mil entrevistados, de 16 anos e mais, de todas as regiões do País; com cotas de sexo, idade e localidade; e controle de instrução, renda e recall do voto presidencial 2018. As entrevistas são telefônicas e a margem de erro estimada é de 3.2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.

Não avisar sobre eventos escolares, não incentivar a criança a ir à casa do pai ou da mãe ou mudar de endereço com o objetivo de dificultar a convivência são considerados atos de alienação parental, de acordo com o novo texto da Lei 12.138 de 2010, alterado no último dia 18 de maio. A mudança também aproxima o Ministério Público da atuação em prol da criança e do adolescente. 

De acordo com o projeto sancionado, se houver indícios de violação de direitos de crianças e adolescentes, o juiz deve comunicar o fato ao MP. A proposta começou a tramitar no Senado apresentado pelo então senador Ronaldo Caiado (GO). Ao tramitar na Câmara, o texto foi apensado a outras 13 proposições e voltou ao Senado com uma série de mudanças propostas na Lei da Alienação Parental e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 1990).  

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O texto aprovado, porém, levantou questionamentos sobre a participação e o interesse equilibrado de ambas as partes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mães representam a maioria dos lares de referência em casos de guarda compartilhada ou unilateral após o divórcio. Assim, debates sobre o peso exercido pela nova alteração à rotina da maternidade voltaram à tona recentemente. 

Para repercutir melhor o assunto, o LeiaJá convidou uma especialista jurídica, que esclarece ao leitor os impactos jurídicos e práticos da mudança. Confira a entrevista abaixo. 

— Convidada: Lorrana Gomes, advogada e consultora jurídica pela OAB-MG 

LJ: Qual o entendimento jurídico desta alteração? Dentro do âmbito da alienação, em que implicam essas atitudes? 

LG: Na realidade, o direito não é só com base na lei, mas também com base em doutrinas e jurisprudências. Então, apesar da lei ter sido sancionada agora, a gente já tinha algumas decisões que eram consideradas alienação, como não comunicar as atividades escolares ou qualquer coisa que afaste a convivência da pessoa com a criança. Assim, o que aconteceu foi uma formalização de algo que, na realidade, já era conhecido. Do ponto de vista jurídico, a alteração veio para trazer mais segurança jurídica, e maior cautela para os pais e cuidadores na tratativa em relação aos filhos, principalmente quando há uma guarda compartilhada ou unilateral.  

LJ: Chama atenção a não realização de algumas atualizações sobre o cotidiano da criança e/ou adolescente. Se sabe que as mães são maioria na responsabilidade legal com os filhos após o divórcio. As novas medidas podem acabar sendo um peso a mais para a maternidade? 

Na prática, o que tem é uma formalização da necessidade de uma comunicação a respeito da vida da criança por aquele pai detentor da guarda. Em uma guarda compartilhada, normalmente, o lar de referência é materno. Nada impede que seja o pai ou outra pessoa da família, mas comumente, a criança fica com a mãe. O pai tem o direito de saber do cotidiano da criança. Logicamente, os eventos escolares, por exemplo, ficam disponíveis no calendário letivo da escola. O próprio pai pode estabelecer uma comunicação com a escola e procurar saber. O que não pode haver é uma ocultação, de forma a tentar afastar a figura paterna ou materna da criança. Não necessariamente a mãe tem que comunicar tudo o que acontece na vida da criança. 

Por exemplo, se a criança vai para a escola, não tem necessidade de isso ser comunicado. Seriam coisas mais excepcionais. Mandar o calendário já seria comunicar a pessoa. Se houver algum questionamento, porém, ele tem que ser respondido, a respeito da criança, pois é direito da pessoa. Se o pai ou genitor é um pai ausente e não procura saber, não visita a criança, não há necessidade alguma da mãe ficar comunicando algo. No caso de acontecer algo muito grave, como a criança ser hospitalizada, eu aconselho comunicar, ainda que o pai seja ausente, para evitar situações posteriores. 

LJ: As novas definições podem livrar um dos responsáveis de suas responsabilidades? Elas deixam brechas para que se crie mais atritos na relação entre os pais e a criança?  

LG: Eu não vejo como um ponto negativo porque, por mais que a pessoa tenha praticado a alienação parental, ela tem uma autoridade sobre aquela criança que não pode ser retirada de fato. Eventualmente, é necessário que a autoridade seja exercida, não necessariamente sem ser penalizada. Existem inúmeras penalizações. Vejo essas alterações como alterações singelas e que não trazem tanto impacto em como as coisas já são aplicadas. É necessária uma atualização das normas, conforme a modernidade. Antigamente não tinha essa necessidade de comunicar a rotina escolar, mas hoje é muito fácil fazer isso. É importante que sejam feitas essas alterações para que vejamos que o tema é importante, não foi esquecido e que o maior prejudicado é a criança. 

LJ: Como pais e responsáveis podem mediar e se proteger, além de proteger a criança, nessas situações? 

LG: Sempre que os pais estejam diante de uma situação de alienação parental, é necessário fazer um boletim de ocorrência, porque se trata de um quadro criminoso. É muito importante um registro do fato, reunir o máximo de provas possíveis e procurar um acompanhamento jurídico: advogado, defensoria pública ou até mesmo o Ministério Público, que pode intervir nesses casos, quando há interesse de menor. A melhor forma de se proteger da alienação parental é não descontar o relacionamento do casal na criança. Se o casal passou por brigas, traição ou entraves, seja qual for o motivo da separação, não se deve utilizar a criança como mecanismo de vingança. "Não vai pegar o meu filho, não vai ver o meu filho"; a criança e o adolescente não têm culpa de absolutamente nada e não podem ser penalizados. É um trabalho mais terapêutico, psicológico mesmo, dos pais, no ato da separação. 

LJ: Como a alienação parental pode afetar a vida de uma criança e/ou adolescente? 

LG: Uma criança ou adolescente vítima de alienação parental pode ter problemas em inúmeras esferas da vida. O profissional mais habilitado para avaliar é um psicólogo, mas da minha experiência, é incontestável que as consequências psicológicas na vida do ser humano, quando ele é vítima de alienação, caminham e o acompanham pelo resto da vida. Isso vai interferir na forma como ele se relaciona, educa os próprios filhos. Esse é o momento da construção do ser humano e será refletido o que a pessoa passou na infância. É muito importante a proteção do convívio harmônico.  

Mais sobre a alteração na Lei 12.138/2010 

A nova norma retira a suspensão da autoridade parental da lista de medidas possíveis a serem usadas pelo juiz em casos de prática de alienação prevista anteriormente na Lei 12.138 de 2010 (Lei da Alienação Parental). De acordo com a legislação, alienação parental caracteriza-se pela interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida por um dos pais, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou prejudique os vínculos com um dos pais.   

A lei assegura à criança e ao genitor a visitação assistida no fórum em que tramita a ação ou em entidades conveniadas com a Justiça, com exceção dos casos em que há risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou adolescente. Outro artigo prevê que a concessão de liminar deve ser preferencialmente precedida de entrevista da criança ou do adolescente perante equipe multidisciplinar. 

 

O Ministério da Economia criou grupo de trabalho para estudar e apresentar possíveis cenários e propostas alternativas ao atual modelo operacional do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de via Terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não (DPVAT). O grupo é temporário e terá prazo de 180 para a conclusão de suas atividades e emissão de relatório final, que será encaminhado ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

A portaria com a decisão está no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (23). Pelo ato, compete a essa equipe analisar pontos positivos e negativos do atual modelo DPVAT e outros que vigoraram no Brasil e principais modelos internacionais de seguro obrigatório do mesmo tipo. Além disso, o grupo deverá indicar as legislações que deveriam ser alteradas, propor mudanças legislativas para viabilizar um novo modelo, caso sejam necessárias, e apresentar solução, mesmo que temporária, para a continuidade da operacionalização do DPVAT.

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O grupo será composto por representantes da Secretaria de Política Econômica da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia, que o coordenará; Superintendência de Seguros Privados (Susep); Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia; Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Banco Central do Brasil, Ministério da Justiça e Ministério do Trabalho e Previdência poderão indicar representantes para participarem de reuniões específicas que tratem da sua área de competência, na condição de convidados, sem direito a voto.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, nessa quarta-feira (18), a lei que modifica procedimentos que tratam de alienação parental. Passam a ser consideradas alienação parental práticas como não avisar sobre eventos escolares e outras atividades da vida do filho, não incentivar a criança a ir à casa do pai ou da mãe ou mudar de endereço com o objetivo de dificultar a convivência. 

A nova norma retira a suspensão da autoridade parental da lista de medidas possíveis a serem usadas pelo juiz em casos de prática de alienação prevista anteriormente na Lei 12.138 de 2010 (Lei da Alienação Parental). De acordo com a legislação, alienação parental caracteriza-se pela interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida por um dos pais, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou prejudique os vínculos com um dos pais.  

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A lei assegura à criança e ao genitor a visitação assistida no fórum em que tramita a ação ou em entidades conveniadas com a Justiça, com exceção dos casos em que há risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou adolescente. Outro artigo prevê que a concessão de liminar deve ser preferencialmente precedida de entrevista da criança ou do adolescente perante equipe multidisciplinar. 

Ainda segundo o projeto, se houver indícios de violação de direitos de crianças e adolescentes, o juiz deve comunicar o fato ao Ministério Público. A proposta começou a tramitar no Senado apresentado pelo então senador Ronaldo Caiado (GO). Ao tramitar na Câmara, o texto foi apensado a outras 13 proposições e voltou ao Senado com uma série de mudanças propostas na Lei da Alienação Parental e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 1990). 

 

À frente do Ministério de Minas e Energia, o economista Adolfo Sachsida trabalhará para, nos leilões do pré-sal, trocar o regime de partilha pelo de concessões. Na partilha, a taxa paga aos cofres públicos pela exploração das áreas tem valor fixo, e vence a oferta de maior participação para a União no petróleo a ser descoberto ao longo dos anos. A Petrobras tem direito de preferência em todas as áreas no limite de até 30% de participação e pode ampliar sua fatia nos consórcios.

Já na concessão, vence quem paga o maior valor de outorga ao governo, normalmente à vista. A exploração das áreas ocorre no ritmo que o vencedor desejar, e a Petrobras não teria nenhum privilégio assegurado na empreitada, tampouco a obrigação de ser sócia. Toda a produção fica com o dono da área. Ao governo, cabem royalties, impostos e Participação Especial (PE).

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Sachsida avalia que é possível encontrar consenso e avançar nesse ponto, inclusive com uma melhoria no modelo de concessões. Na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes - o que inclui Sachsida até que ele tome posse no novo cargo até o fim desta semana -, havia insatisfação com a lentidão do ex-ministro Bento Albuquerque de dar encaminhamento a essa mudança - política prometida desde a época da transição.

PRIVATIZAÇÕES

Além de tentar atrair apoio para a tese de privatização da Petrobras - fazendo coro com o ministro da Economia -, Sachsida tem como missão concluir ainda neste ano o processo de privatização da Eletrobras, estatal com enfoque em geração e transmissão de energia. A operação, aprovada pelo Congresso, ainda depende de aval do Tribunal de Contas da União - que deve retomar o julgamento do tema na próxima quarta-feira.

"Será um sinal importante para atrair mais capitais para o Brasil", afirmou ele ontem, em seu primeiro pronunciamento já como ministro da pasta de Minas e Energia. Ele falou ainda em melhorar os marcos legais. "Tenho certeza de que, em parceria com Congresso, com lideranças e presidências da Câmara e do Senado, iremos aprovar importantes projetos de lei para aprimorar nossos marcos legais e melhorar a segurança jurídica, dando a previsibilidade necessária para o investimento privado", afirmou ele. Sachsida disse contar com o apoio e o aval do presidente Jair Bolsonaro para suas metas no ministério.

O novo ministro identifica ineficiências no setor de energia, criadas nos governos passados, e que na sua avaliação precisariam ser corrigidas num eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro.

"Ainda temos uma ampla agenda pró-mercado para trabalhar. Por exemplo, é fundamental melhorar a eficiência do setor elétrico. Tenho certeza de que, assim que essa discussão avançar, vamos melhorá-la", disse Sachsida ao Estadão/Broadcast, há três semanas, na última entrevista exclusiva como secretário especial. Ele também aposta no sucesso da modalidade de crédito lançada pelo Banco do Brasil para os caminhoneiros autônomos, base eleitoral do presidente.

Perfil

Novo ministro de Minas e Energia, o economista Adolfo Sachsida é um aliado fiel do ministro da Economia, Paulo Guedes. Participou da montagem do programa de governo ainda durante a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência, em 2018. E tem a confiança do presidente: "É um homem com visão de futuro", disse Bolsonaro sobre ele, em evento em março.

No governo Bolsonaro, comandou antes a Secretaria de Política Econômica e a Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia. Tem sido uma das vozes mais ativas na defesa da atual política econômica. Na terça-feira passada, por exemplo, voltou a dizer que o mercado está subestimando as previsões para o PIB no ano.

Durante a pandemia, chegou a defender a tese de "imunidade de rebanho", segundo a qual o aumento do número de casos de infectados aceleraria a imunização - ideia que tem ineficácia comprovada e contraria a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em entrevista ao Estadão no mês passado, disse que, em um eventual segundo mandato de Bolsonaro, haveria o esforço para manter uma agenda liberal. "Se nós ganharmos, é a mesma agenda: consolidação fiscal e reformas pró-mercado para o aumento da produtividade."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova Liga dos Campeões foi aprovada nesta terça-feira e será disputada em inédito formato a partir da temporada 2024/25. Serão 36 equipes ao invés das atuais 32 e não teremos mais fases prévia e de grupos. Os quatro classificados extras virão graças a seus desempenhos nos determinados países ao invés do ranking da entidade. O alto número de pontos de quem ficar atrás do campeão e do vice pode ser premiado com uma das vagas.

Em comunicado, a Uefa revelou que o "sistema suíço" introduzido nas próximas edições veio "após longas consultas às partes interessadas no jogo." Portanto, todas as entidades estavam cientes das mudanças e concordaram com as modificações, informadas no dia 21 de abril.

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As principais alterações, além do aumento de quatro vagas, estão na maneira de disputa. Antes, eram 10 partidas até a chegada à fase de grupos. Hoje serão apenas oito - quatro fora e quatro em casa - com rivais por sorteio e todas no meio de semana. Os oito melhores vão às oitavas e aguardam um playoff entre 9º e 24º que buscarão outras oito vagas. A partir daí, a fórmula continua a mesma com os mata-matas.

Os critérios de distribuição de vagas, contudo, foi a grande sacada da entidade. Antes, os melhores ranqueados ganhavam vaga caso não fossem campeões. Agora será diferente, por desempenho. Para as quatro vagas adicionais ficou decidido que uma vai para o terceiro classificado no campeonato da federação na quinta posição no ranking das federações nacionais da Uefa, atualmente o Francês; outra será concedida a um campeão nacional, aumentando de quatro para cinco o número de clubes qualificados através do chamado "Caminho dos Campeões."

Por fim, as últimas duas vagas virão como muitos países gostariam: para as federações com melhor desempenho coletivo dos seus clubes na época anterior (número total de pontos obtidos dividido pelo número de clubes participantes). Essas duas federações vão garantir um lugar para o clube melhor classificado na liga nacional atrás das posições na Liga dos Campeões. Por exemplo, no final da temporada atual, as duas federações que somam um clube à Liga dos Campeões com base no desempenho coletivo de seus clubes seriam a inglesa e holandesa.

"A Uefa mostrou hoje claramente que estamos totalmente empenhados em respeitar os valores fundamentais do desporto e em defender o princípio fundamental das competições abertas, com qualificação baseada no mérito desportivo, em plena sintonia com os valores e o modelo desportivo europeu solidário", disse Aleksander Ceferin, presidente da Uefa.

"As decisões de hoje concluem um extenso processo de consulta durante o qual ouvimos as ideias de torcedores, jogadores, treinadores, federações, clubes e ligas, para citar apenas alguns, com o objetivo de encontrar a melhor solução para o desenvolvimento e sucesso do futebol europeu, tanto a nível nacional como internacional", comentou Ceferin. "Estamos convencidos de que o formato escolhido atinge o equilíbrio certo e que melhorará o equilíbrio competitivo e gerará receitas sólidas que podem ser distribuídas aos clubes, ligas e ao futebol de base em todo o nosso continente, aumentando o apelo e a popularidade das nossas competições de clubes."

A Lei nº 12.711, mais conhecida como Lei de Cotas, completa dez anos da sua aprovação em 2022, momento que precisará passar por uma revisão, já que se trata de uma política pública temporária. Apesar de o programa ter promovido significativo avanço na democratização do acesso à universidade por grupos historicamente desfavorecidos, ainda há certa incerteza sobre sua continuação.

De forma mais detalhada, a Lei de Cotas prevê que as instituições federais de educação do país reservem 50% das vagas para estudantes que concluíram o ensino médio em escola pública, dentre as quais metade deve ser destinada para estudantes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo.

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Sendo assim, a reserva de vagas por raça é realizada conforme o quantitativo de pessoas pretas, pardas e indígenas, habitantes no estado em que a universidade está localizada, de acordo com os dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o estudante Túlio Batista, de 24 anos, que ingressou em história na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) por meio do sistema de cotas raciais, a lei foi um divisor de águas na sua vida e na da sua família. “Antes, o máximo que alguém da periferia poderia almejar era concluir o ensino médio. Meus pais, por exemplo, só chegaram até o ensino fundamental e meus irmãos ao médio. Eu fui o primeiro da família a cursar o ensino superior”, explica.

Em relação às propostas de revogação dessa política, o estudante se mostra firmemente contrário. “Precisamos ter em vista que as cotas existem devido às desigualdades sociais, econômicas e raciais que foram reproduzidas através do racismo estrutural, do capitalismo, entre outros. Essas desigualdades não foram sanadas e se as cotas raciais acabarem, a educação superior voltará a ser destinada a poucos”, afirma.

Além do aumento de pessoas não brancas nas universidades, Túlio destaca outro ponto muito importante, que é a descentralização dos estudos acadêmicos do viés europeu, já que com a presença de estudantes diversos em sala de aula, os professores e o corpo acadêmico com um todo precisaram rever quais conteúdos são transmitidos.

“A medida que negros, indígenas e pobres entram na universidade eles levam com eles debates pertinentes aos seus grupos. Dessa forma, a academia passou nesses últimos anos por questionamentos de suas bases, seus autores e suas percepções. A discussão sobre raça, etnia, gênero, sexualidade tem ganhado mais força e essa força também tem relação com o ingresso desses estudantes. Assim, as cotas mudam além da vida individual, mas também o coletivo”, conclui o estudante.

Discussão sobre igualdade

Um dos principais argumentos que divide opiniões a respeito da lei de cotas é sobre o princípio da igualdade entre todos os brasileiros, estabelecido na Constituição de 1988, que nega a promoção de qualquer diferença por meio de “raça” ou “cor”. Essa premissa é usada pela deputada, Dayane Pimentel (PSL-BA), que propôs a  PL 1.531/19, buscando extinguir o critério racial da Lei de Cotas.

Em entrevista concedida Senado Federal, na internet, ela explica sua posição: “Se os brasileiros devem ser tratados com igualdade jurídica, pretos, pardos e indígenas não deveriam ser destinatários de políticas públicas que criam, artificialmente, divisões entre brasileiros, com potencialidade de criar indevidamente conflitos sociais desnecessários.”

A deputada sugere, então, que sejam mantidas apenas as cotas para pessoas com deficiência e candidatos de baixa renda. Além dela, outros deputados, como Kim Kataguiri (DEM-SP), com o projeto de lei  PL 4125/2021, demonstram-se contrários à política, de forma que diante da revisão que ocorre neste ano, abrem-se caminhos para uma possível revogação da lei.

Na oposição desse pensamento, a professora de antropologia da UFPE, Elisa Pankararu, que pertencente à etnia indígena, abordou, em entrevista ao LeiaJá, uma releitura histórica para trazer os argumentos que baseiam a política de cotas:

“Precisamos buscar fatores históricos. Desde 1500, os povos indígenas que foram banidos de seus territórios sagrados, os irmãos negros, que foram trazidos da África para a escravização, vão constituindo uma história marcada pela desigualdade e pelo afastamento de direitos que deveriam ser para todos. Se criou um sistema que beneficia uma classe e exclui essas comunidades tradicionais.”

A professora citou que o incentivo ou a crítica a Lei de Cotas Raciais vai depender do lugar social de quem fala: “O sistema de cotas não irá promover desigualdade, do contrário, irá romper com essa estrutura que viola direitos, então é importante observar de onde vem essa fala, quem é que diz que cotas raciais promove desigualdades e avaliar quais interesses políticos, econômicos essas pessoas sustentam.”

De acordo com o Censo da Educação Superior, entre 2010 e 2017 houve um aumento de 842% de alunos indígenas em cursos de ensino superior. Já em relação a estudantes negros e pardos, o levantamento do IBGE informa que entre 2010 e 2019 o crescimento foi de 400% nas universidades.

Para Elisa Pankararu, a cota vem para corrigir a desigualdade, e se não corrigir, ao  menos dar a oportunidade para que as pessoas historicamente e estruturalmente desfavorecidas possam ter acesso a uma educação de qualidade, o que é uma etapa indispensável para a mudança do quadro de desigualdade social ao qual o Brasil se encontra.

“Se houvesse uma estrutura onde a igualdade fosse ao menos equilibrada, então não seria necessário o sistema de cotas, o que não é, não há equidade. Aplicar a política de cotas tem um resposta visível no incentivo para que pessoas não brancas e de baixa renda possam sonhar em ter carreiras, profissões e trilhar uma trajetória de conquistas", conclui a professora

Futuros debates

Esse momento de revisão da lei abre um debate entre parlamentares de diversas posições políticas, Como a Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, que desenvolveu um relatório para solicitar que a revisão seja adiada em 50 anos. Enquanto isso, críticos à ação afirmativa alegam sua contradição em relação ao princípio da isonomia, de que todos devem ser iguais diante da lei.

Para Renato Monteiro Athias, mestre em etnologia e coordenador no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade da UFPE, é preciso que as universidades e alunos se engajem no assunto:

“Acredito que a experiência da UFPE já permite a afirmação da necessidade de ter essas políticas afirmativas bem desenvolvidas no âmbito das universidades e que sobretudo as populações étnicas, possam entender a necessidade de se colocar e se pronunciar diante dessas revisões", finaliza.

O vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros pediu ao Supremo tribunal Federal que negue o pedido do senador Randolfe Rodrigues para blindar diretorias estratégicas da Polícia Federal até a conclusão dos inquéritos já iniciados contra autoridades com foro privilegiado. Medeiros disse não ver, ‘até o presente momento’, ‘qualquer indício de desvio de finalidade’ nas recentes trocas na cúpula da corporação durante o governo Jair Bolsonaro.

Datada de terça-feira, 15, a manifestação foi dada no âmbito do inquérito que apura suposta tentativa de interferência política do presidente na Polícia Federal. As considerações de Medeiros dizem respeito apenas à petição de Randolfe. O inquérito instaurado na esteira da saída do ex-juiz Sérgio Moro do governo Bolsonaro segue tramitando normalmente.

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No mesmo dia em que o documento foi juntado aos autos da investigação, nesta quinta-feira, 17, a Polícia Federal oficializou troca em uma dos setores que Randolfe buscava blindar, a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção. A pasta abriga dois dos setores mais sensíveis da corporação, inclusive o que conduz o inquérito de suposta interferência de Bolsonaro na PF.

Na manifestação apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, Medeiros sustentou que Randolfe não tem ‘legitimidade’ para fazer um pedido como o que foi apresentado, uma vez que o procedimento no qual a petição foi autuada trata-se de uma investigação. Além disso, o vice-PGR alegou que ‘não há previsão legal’ para a proibição da realização de quaisquer mudanças em determinadas funções da Policia Federal, nos termos solicitados pelo senador.

Medeiros também analisou a alegação de Randolfe de que a nomeação de Márcio Nunes de Oliveira para função de Diretor-Geral da Polícia Federal - quarto delegado a ocupar o posto no governo Bolsonaro - se deu em razão do ‘desagrado’ de Bolsonaro com a conclusão a que a PF chegou no inquérito que investigou a divulgação de inquérito sigiloso sobre um ataque hacker ao sistema interno no Tribunal Superior Eleitoral.

A corporação viu ‘atuação direta, voluntária e consciente’ do presidente Jair Bolsonaro na prática do crime de violação de sigilo funcional, mas deixou de indicar o chefe do Executivo em razão de seu foro por prerrogativa de função - o qual implica autorização da corte para a imputação dos crimes ao detentor do mesmo. A PGR opinou pelo arquivamento do caso.

Para Medeiros, o argumento do senador sobre a nomeação do novo diretor-geral da PF é ‘desprovido de qualquer suporte probatório mínimo que permita a inclusão de tal nomeação’ no contexto de apuração no inquérito em questão’. Segundo o PGR, a alegação são é ‘suficiente para fundamentar a decretação de uma medida cautelar’ e trata-se ‘apenas de uma mera suposição’.

Nessa linha, o parecer argumenta ainda que cargos de direção da Polícia Federal, os quais Randolfe tentava blindar, são funções de confiança e tem como característica ‘a livre nomeação e exoneração pelo Presidente da República, independentemente de motivação’.

"Os atos administrativos de nomeação e exoneração para tais cargos, portanto, são discricionários, e, em respeito ao princípio constitucional da separação dos poderes", admite-se a intervenção judicial apenas em situações excepcionais e justificadamente", registra trecho do documento.

O parecer chega ainda a rememorar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, próximo da família Bolsonaro, à diretoria-geral da PF. A decisão se deu no auge da repercussão sobre a denúncia de suposta interferência do chefe do Executivo da corporação.

Medeiros alegou que em tal caso, o exame da nomeação se deu de forma posterior, ‘sendo sua eficácia suspensa após a conclusão de forma casuística e concreta pelo desvio de finalidade ou violação a algum princípio constitucional’. Segundo o vice-PGR, o pedido de Randolfe tem um teor diferente, uma vez que pedia a ‘análise prévia do ato administrativo de nomeação’ - a qual acabou ocorrendo dois dias após a redação do parecer.

O Ministério da Educação lançou oficialmente, nesta quinta-feira (17), a reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previsto para 2024. Na ocasião, o secretário de Educação Básica, Mauro Rabelo, deu detalhes sobre as principais mudanças que estarão presentes na nova avaliação.

O documento apresentado mostra que o primeiro instrumento de avaliação, que contempla temas da formação geral básica, inclui produção de textos em Língua Portuguesa, ou seja, questões discursivas, além de uma redação.

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De acordo com o secretário, os itens abertos, assim como a redação, representam, no mínimo, 25% da pontuação da primeira etapa. Já a avaliação de Língua Inglesa será de forma integrada a outras áreas de conhecimento. "Por exemplo, pode ter uma questão de história com um texto escrito em Língua Inglesa para o estudante poder avaliar e, depois, vem a pergunta relativa a aquela questão de história", esclarece. 

O segundo instrumento, que é formado pelos Itinerários Formativos, é organizado em 4 blocos, divididos em duas partes ou eixos: Investigação Científica e Processos de Intervenção Social. Logo, os estudantes deverão escolher apenas um bloco de questões para responder de acordo com a graduação escolhida. Confira a divisão por blocos:

Bloco 1: Linguagens e Suas Tecnologias +Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Bloco 2: Matemática e Suas Tecnologias + Ciências da Natureza e Suas Tecnologias

Bloco 3: Matemática e Suas Tecnologias + Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Bloco 4: Ciências da Natureza e Suas Tecnologias + Ciências  Humanas e Sociais Aplicadas

"As universidades têm autonomia. Então, elas é que vão apontar para cada curso qual é o bloco que elas vão utilizar para fazer a seleção dos estudantes. O mesmo curso em uma instituição pode apontar um bloco e, em uma outra, apontar um bloco diferente", adverte o secretário. 

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