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Os principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado pressionam por uma nova rodada do auxílio emergencial e ao mesmo tempo defendem que a despesa fique dentro do teto de gastos. Os concorrentes, porém, evitam apresentar uma proposta concreta para reduzir outras despesas, condição exigida pela regra que limita o aumento das despesas à inflação. Para eles, essa atribuição é do presidente Jair Bolsonaro.

Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) defenderam o auxílio publicamente nos últimos dias. No Senado, o mesmo ocorreu com Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS). Os quatro candidatos, porém, atribuem a responsabilidade de encontrar uma fórmula para viabilizar o novo pagamento ao governo federal. No ano passado, a situação foi diferente: o projeto iniciou no Congresso e depois foi sancionado pelo e operacionalizado pelo Executivo.

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Um caminho alternativo para não romper com o teto de gastos é abrir um crédito extraordinário no Orçamento por medida provisória, com impacto no endividamento da União. Essa possibilidade foi citada pelos dois principais candidatos no Senado, mas enfrenta resistência na equipe econômica.

A retomada do auxílio emergencial passou a ser um dos temas centrais da sucessão no Congresso. O benefício foi pago a trabalhadores informais e desempregados em 2020 em função da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social. Para este ano, porém, o Ministério da Economia avalia que uma nova rodada pode comprometer as contas públicas.

Nesta terça-feira, 26 o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pode retomar os programas de socorro se o número de mortes por covid-19 ficar em um patamar acima de mil por dia e a vacinação fracassar. Além disso, ele condicionou a assistência ao congelamento de gastos com saúde e educação e de salários dos servidores. Questionados pela reportagem sobre os critérios de Guedes, os candidatos não se manifestaram.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), relator do projeto que criou o auxílio no Senado, rebateu os critérios do ministro. O parlamentar defendeu a abertura de um novo crédito extraordinário, assim como ocorreu em 2020. "O auxílio emergencial é para atender a sobrevivência das pessoas e fazer o impulso na recuperação econômica. Isso foi provado matematicamente. O ministro insiste em um plano de voo num mundo que não existe mais e quem paga a conta é o brasileiro", afirmou Vieira.

Na segunda-feira, 25, Lira afirmou que não apontaria especificamente para medidas como revisão do abono ou desindexação de aposentadorias, como foi defendido anteriormente pela equipe econômica e rejeitado pelo presidente Jair Bolsonaro. "Não cabe na minha cabeça que parlamentares vão usurpar direitos para arranjar espaço fiscal", afirmou. Na sequência, porém, admitiu discutir o abono salarial para compensar uma nova rodada do benefício social.

Baleia Rossi (MDB-SP), que enfrenta Lira na disputa pela presidência da Câmara, cobrou do governo Bolsonaro o envio de um projeto para o Legislativo. "Eu defendo que o governo federal envie um projeto para a Câmara para que ou haja o reforço do Bolsa Família ou o auxílio emergencial em outros moldes, claro, mas para acolher os vulneráveis. No meu caso específico, defendo dentro do teto", disse o deputado do MDB na segunda, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

No Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) causou apreensão no mercado financeiro ao falar, em entrevista ao Estadão/Brodcast, que o teto não pode ficar "intocado" diante da necessidade social. Além disso, ele afirmou que a fórmula para a retomada do benefício, incluindo a possibilidade de crédito extraordinário, deve ser discutida em conjunto com o Ministério da Economia. "A forma de fazer, se é com crédito extra, com cumprimento do teto, rompimento do teto, isso tudo nós precisamos dialogar com o Ministério da Economia para encontrar esse caminho. Tem que ser rápido porque a fome não espera", disse.

Nesta terça, após a fala de Guedes, Simone Tebet afirmou que o auxílio emergencial é prioridade do Congresso. "O valor e o tempo de prorrogação devem ser debatidos entre Legislativo e Executivo, dentro dos limites fiscais", escreveu a senadora, em mensagem no Twitter. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Presidente Jair Bolsonaro utilizou o Twitter na manhã desta sexta-feira (26) para dizer que o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, estuda descentralizar investimentos para instituições de ensino superior voltadas para Ciências Humanas. De acordo com o presidente, alunos já matriculados em cursos como sociologia e filosofia não serão afetados. Mas o que isso significa na prática?

Para o professor de filosofia e sociologia Salviano Feitoza, as disciplinas de humanas são ligadas diretamente ao raciocínio e à percepção de mundo. Ele acredita que a fala do presidente é a demonstração de ignorância e um direcionamento ideológico em relação à natureza do que é produzido por essas disciplinas. “Mostra uma visão que ele tem desde antes ser presidente. Acusando os cursos de não terem resultados práticos. Entretanto, vale a pena considerar que não se vive só de conhecimentos práticos”, afirma o docente.

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Uma das justificativas para a aversão aos cursos de humanas é justamente por Bolsonaro e apoiadores dizerem que existe um ‘doutrinação’ nas aulas dessas matérias, prejudicando o país e a educação. “Quais são os dados matemáticos que confirmam que essa doutrinação acontece? Se ele não apresenta esses dados que são origem a essa suposta pesquisa que ele busca usar para legitimar o corte de verbas, então a conclusão possível é que o desejo dele também é ideológico. É uma demonstração de uma prática não explícita de deixar à míngua aquilo que ele considera ser o ponto de grandes males da sociedade. Ele não vai declarar o fim, o encerramento desses cursos. Ele vai deixá-los à míngua”, analisa o professor Salviano.

O Ministro da Educação Abraham Weintraub fez o anúncio sobre o tema em uma transmissão no Facebook, na noite desta quinta-feira (25). Ele trouxe como exemplo casos do Japão, país no qual o dinheiro público não financia cursos como o de filosofia. Para o professor Salviano, se isso se cumprir no Brasil, todo mundo sai perdendo. “Só vai reafirmar esse atraso  e essa barbárie que aparentemente e praticamente tomou conta da gestão do estado brasileiro. É para se preocupar. Perde todo mundo em um país em que você não investe em humanidades, e o pouco que investe se pensa em cortar e redistribuir. Nenhum ser humano é so contar, so escrever ou só ler. Existem todos os elementos que compõem essa existência e não é uma questão técnica” conclui o professor.

Já para a professora de história, Cristiane Pantoja, este é um posicionamento incoerente com o que é Educação. “Dentro do quadro "educação", existem vários métodos de ensino, porque é entendível que cada pessoa pode necessitar de processos diferentes de aprendizados. É responsabilidade estrutural do Ministério da Educação saber disso, desenvolver estratégias para isso, contando sempre com a parte que cabe ao investimento. Impostos esses, pagos por uma população que tem diversas particularidades de aprendizados. Logo, são no minimo incoerentes as colocações que excluem diversidade de métodos de ensino", afirma.

A reitoria da Universidade de Brasília (UnB) foi ocupada na quinta-feira (12) por centenas de estudantes em um ato em defesa da liberação de verbas para a instituição pelo Ministério da Educação, para atender às necessidades de custeio das atividades acadêmicas. Eles querem uma audiência pública reunindo a direção da UnB e o MEC, com a mediação do Ministério Público, para discutir as contas da universidade.

A ocupação ocorre em meio a uma crise financeira que atinge não somente a UnB mas também outras universidades públicas. Como resultado, a reitoria anunciou que diante da restrição orçamentária teria de adotar medidas de redução de recursos, como a demissão de funcionários terceirizados, o cancelamento de contratos de estágio e aumento nos preços no restaurante universitário.

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Em nota divulgada no Facebook, os estudantes que ocupam a reitoria se colocam contrários a essas providências. Além disso, querem a manutenção das bolsas de permanência, pagas a estudantes de baixa renda, e o restabelecimento de porteiros no turno da noite. “Mesmo com árdua mobilização dos trabalhadores e estudantes desde o início do ano de 2017, com a formação de comissões e ações a fim de impedir a aplicação dessas medidas de austeridade, faz-se necessário essa ocupação da reitoria”, diz a nota.

Sobre a polêmica acerca da situação financeira, reivindicam que o MEC libere as verbas arrecadadas pela UnB, mas também cobram da reitoria transparência nas contas e auditoria nos contratos com prestadores de serviço, chamados de serviços terceirizados. A audiência teria o objetivo de esclarecer a posição do ministério e da universidade e buscar saídas.

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Crise financeira

A direção da UnB já havia dado declarações de que os recursos disponibilizados eram insuficientes para o custeio da estrutura. Em março, uma audiência aberta à comunidade foi realizada para apresentar o quadro financeiro. Na ocasião, a reitoria informou a projeção de um deficit de R$ 92 milhões para o ano de 2018.

Na terça-feira (10), estudantes, professores e servidores promoveram um ato em frente ao Ministério da Educação para cobrar do órgão uma ampliação dos recursos previstos para o ano. No mesmo dia, estudantes ocuparam a sede do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação em protesto contra a crise na universidade e cobrando soluções.

Divergências

O Ministério da Educação disse que os dados apresentados pela direção da UnB são divergentes daqueles que o governo federal tem. Segundo os registros do Executivo, o orçamento da instituição aumentou de R$ 1,66 bilhão para R$ 1,73 bilhão de 2017 para 2018. As verbas para custeio foram ampliadas em 12%. E neste ano já teriam sido liberados 60% dos recurso para custeio.

De acordo com a direção da pasta, a UnB tem em 2018 o segundo orçamento em um grupo “do mesmo porte”, mas que teria gastado mais dentro deste grupo em “apoio administrativo, técnico e operacional”. “Os fatos relatados mostram que os problemas enfrentados pela UNB são no âmbito da gestão interna da instituição”, diz o MEC.

Em nota divulgada na quinta (12), a reitoria da UnB respondeu aos argumentos do MEC dizendo que embora o orçamento global tenha subido, os recursos para manutenção caíram de R$ 379 milhões, em 2016, para R$ 229 milhões em 2018, destacando que o ministério reduziu as verbas para essa finalidade em R$ 80 milhões.

O problema, segundo a direção da universidade, não é se houve ou não a liberação de 100% da verba, mas no fato do previsto para o ano ser insuficiente. Um primeiro obstáculo, segundo a UnB, está na Emenda Constitucional 95, que instituiu o teto para os gastos públicos, e o uso de receitas próprias. A reitoria alega que dentre os recursos levantados pela própria instituição, como por meio do aluguel de imóveis, só foi aprovada a inclusão no orçamento de R$ 110 milhões, frente a um total de R$ 168 milhões arrecadados.

A direção da UnB acrescenta no comunicado que vem adotando medidas de economia, como cortes em contratos terceirizados e economia em consumo de água. Diz também que apresentou ao MEC um plano de obras para colocar as demandas de investimento para o ano.

Impasse

No meio das divergências entre Ministério e reitoria, os estudantes querem uma audiência ainda na próxima semana e anunciaram que manterão o movimento até segunda-feira (16). A direção da UNB disse que está disposta a participar da reunião.

Já o MEC, em nota, disse que “qualquer discussão mais ampla em audiência pública precisa ser realizada após o resultado de uma possível auditoria”. Disse ainda que encerrou a negociação na terça-feira (11) em razão dos protestos na sede do ministério, mas que está disposto ao diálogo.

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O prefeito de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Mário Ricardo (PTB), anunciou nesta quarta-feira (25), que vai reduzir o número de secretarias, cortar carros oficiais e cargos comissionados. A mudança faz parte de uma reforma administrativa adotada, segundo ele, para dinamizar a estrutura da gestão e conter gastos. 

As pastas municipais vão passar de 17 para 11 e a listagem dos secretários vai ser divulgada nesta quinta (26), às 9h, durante uma coletiva de imprensa convocada pelo prefeito. 

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Eleito para o segundo mandato, o petebista também vai aproveitar a ocasião para apresentar o novo layout da marca da gestão.

O Congresso não aprovará medidas como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), se o governo não fizer sua parte e mostrar o corte de gastos, disse nesta quinta-feira (11) o senador Romero Jucá (PMDB-PR). Ele não comentou a decisão do governo de adiar o contingenciamento (bloqueio) de verbas do Orçamento deste ano, mas cobrou engajamento do governo, após sair de reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

“O Congresso não vai votar, na minha avaliação, aumento de receita sem discussão da despesa e do que vai ocorrer no futuro. Apenas aumentar impostos não resolve o problema das contas públicas, senão vai ter que aumentar de novo daqui a um ano. Temos que aproveitar a crise atual e realmente construir uma solução duradoura, definitiva”, declarou Jucá, ao ser perguntado sobre o comprometimento da base aliada com a CPMF.

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Embora o Orçamento deste ano estabeleça este ano meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 30,5 bilhões para a União, os estados e os municípios, Jucá disse defender a meta fiscal zero para 2016. Segundo ele, esse cenário é mais realista que a meta de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), mas exigirá bastante esforço por parte do governo.

“Sempre defendi uma meta zero [de superávit primário]. O governo deve fazer um grande esforço para ter déficit zero, o que já é um grande avanço tendo em vista o déficit do ano passado. Um superávit seria feito somente a partir do próximo ano. Discordei da meta de 0,5% [do PIB] desde o início porque o número não é factível”, destacou o senador.

Apesar de defender os cortes de gastos públicos, Jucá declarou que será bastante difícil para o governo contingenciar recursos porque o Congresso aprovou um Orçamento enxuto, sem margem para cortes. Segundo ele, a equipe econômica terá de tomar decisões difíceis e discutir o tamanho do Estado brasileiro.

“Acho que o Orçamento está bastante realista. Qualquer contingenciamento hoje será difícil porque, com um Orçamento engessado, sobra pouca coisa para cortar. Acho que não tem mais gordura. Agora, vai se cortar membro, é amputação. Não é lipoaspiração. Vamos ter que discutir efetivamente tamanho do Estado, que programas o governo deve fazer”, comentou.

O parlamentar disse ainda que o governo não deve mexer nas reservas cambiais, atualmente em torno de US$ 380 bilhões.

Em informe a promotores do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP), a Secretaria Estadual da Educação (SEE) admitiu que o projeto de reorganização da rede de ensino trará "redução de despesas".

No ofício, o governo afirma que a "gestão financeira" é um dos "objetivos" do plano. "A racionalização dos recursos usados, que se prevê na implementação do processo de reorganização das escolas, seja com a redução de despesas com custeio, equipamentos, materiais permanentes, obras, dentre outras, alinha-se com as limitações intrínsecas à possibilidade do acompanhamento proporcional dos recursos arrecadados pelo Estado", diz o documento enviado em novembro, ao qual a reportagem teve acesso com exclusividade.

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A gestão Alckmin tem negado que a motivação do projeto seja financeira e afirma que seu objetivo é elevar a qualidade do ensino. "Não há qualquer preocupação orçamentária ou financeira. Minha única preocupação é que esses jovens tenham uma melhor educação", disse o secretário Herman Voorwald à Rádio CBN no dia 25 do mês passado, quando afirmou ter "vergonha dos resultados do Estado".

Ao MPE, o governo informa que a reorganização - com fechamento de 93 escolas, transformação de 754 unidades em ciclo único e transferência de 311 mil alunos - "aproxima a SEE dos objetivos propostos por seu Plano Plurianual (PPA), em sua lógica de Orçamento por Resultados (OpR), metodologia adotada desde 2012, que permite a racionalização e o direcionamento de recursos".

O documento destaca ainda que "não haverá prejuízo relacionado ao montante de recursos direcionados à pasta, já que há invariavelmente uma aplicação de 30% dos impostos arrecados pelo Estado para a Secretaria da Educação" - porcentual, no entanto, que inclui as receitas das três universidades estaduais paulistas.

Por lei, o Estado tem de destinar 25% do orçamento para a área.

A secretaria informa, em nota, que "buscar processos mais eficientes no atendimento à população não significa cortar gastos, mas usá-los de forma mais eficiente, no caso específico, na melhoria da qualidade da educação. É um dever permanente do Estado, e nada tem a ver com os propósitos da reorganização da rede de escolas".

 

Diálogo

O Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo ingressaram ontem na Justiça com uma ação civil pública para tentar suspender a implementação da reorganização da rede escolar anunciada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB). A ação foi distribuída para a 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

Em relação à reorganização, a ação do MPE e da Defensoria argumenta que não houve respeito ao processo democrático. "A imposição constitucional é de que mudanças educacionais sejam não só debatidas, mas construídas com participação", disse a defensora pública Daniela Skromov. Na ação, os autores escrevem que "pais e alunos foram simplesmente comunicados" das decisões da Secretaria Estadual da Educação.

A presidenta Dilma Rousseff convocou hoje (12) ministros para mais uma reunião no Palácio da Alvorada em um fim de semana. Participam do encontro os titulares da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Aloizio Mercadante – que formam a Junta Orçamentária –, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive; e da Receita Federal, Jorge Rachid, também estão na residência oficial da presidenta. A reunião não estava prevista na agenda oficial de Dilma. 

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O governo discute o anúncio de medidas para mostrar compromisso com o corte de gastos desde o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard&Poor’s (S&P),  na última quinta-feira (9).

Após o rebaixamento, os ministros Levy e Barbosa deram entrevistas reafirmando a estratégia do governo de reduzir despesas e estudar a criação de receitas e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, disse que anúncio de novas medidas seria feito na sexta-feira, o que não aconteceu.

O primeiro anúncio, segundo Delcídio, será a redução de custeio dos ministérios, que serão reestruturados e terão contratos de prestação de serviço revistos para cortar gastos. A medida faz parte da reforma administrativa que vai cortar dez dos 39 ministérios do governo Dilma e deve ser anunciada até o fim de setembro.

Depois do corte de gastos anunciado pelo Governo de Pernambuco e consequentemente a ameaça de não realização de concursos públicos este ano no Estado, o governador Paulo Câmara, nesta terça-feira (25), garantiu que os processos seletivos ocorrerão, porém, as nomeações não sairão em 2015. Em entrevista à Rádio Jornal, Câmara declarou que as nomeações estão suspensas por contenção de gastos.

“Vou manter os concursos, porque tão logo a situação melhore, eu tenho necessidade de contratar. A área de segurança é uma das quais os concursos estão mantidos. As nomeações é que vão aguardar a oportunidade necessária”, afirmou Câmara.

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Com a confirmação por parte do governador de que as nomeações não acontecerão este ano, Paulo Câmara também revelou que setores como a cultura perderão eventos. O gestor também disse que existe a possibilidade de cortes de secretarias.

“É aperto, não podemos negar isso! Nós temos que nos adaptar a nossa realidade. Numa situação dessa, vais nos ensejar tomar medidas duras. No caso, shows, festas e apoio, vamos restringir totalmente a partir de agora. Não temos mais condições de bancar isso”, declarou o governador de Pernambuco.

O Yahoo está fechando seu escritório na China, localizado na cidade de Pequim. A empresa divulgou a informação nesta quarta-feira (18), uma estratégia que deve eliminar até 300 postos de trabalho.

"Estamos constantemente realizando mudanças para realinhar recursos e promover uma melhor colaboração e inovação em todo o nosso negócio", disse o Yahoo, em comunicado.

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A empresa não oferecia produtos locais em Pequim, mas o escritório funcionava como um centro de desenvolvimento e pesquisa.

O Yahoo não revelou quantos funcionários foram afetados pelo fechamento do escritório. Estima-se que a companhia empregava entre 200 a 300 funcionários na China.

A presidente-executiva do Yahoo, Marissa Mayer, afirmou em janeiro que a empresa iria sofrer uma reestruturação, mantendo seu número de funcionários quase inalterado mesmo após investir no lançamento de novos produtos e comprar outras empresas.

A companhia, no entanto, cortou cerca de 600 postos de trabalho nos últimos seis meses, principalmente em operações no Canadá e Índia.

Com a decisão judicial de manter afastados os dez vereadores acusados de tentativa de extorsão e nomeação dos suplentes, a Câmara de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que tem 23 vagas, pagará o salário de 33 vereadores.

Para dar conta do inchaço da folha, os assessores dos recém-empossados serão demitidos. Ao todo 90 cargos ficarão desocupados na Casa Jornalista José Carlos Florêncio, para que o presidente, Leonardo Chaves (PSD), não seja responsabilizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Os salários dos assessores variam de R$ 700 a R$ 1.500. Dez vereadores custam aos cofres da Casa de Leis o montante de R$ 90 mil.

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Os parlamentares afastados entrarão com ação na Justiça para reaver os mandatos. Atualmente eles estão afastados, por determinação judicial, durante o prazo de 180 dias, para que os trabalhos na Câmara de Vereadores não sejam comprometidos.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), subiu nesta quinta-feira, 7, à tribuna do Senado para defender a nomeação de funcionários apadrinhados em relação aos contratados por concurso público. Renan passou ao largo de comentar o fato de ter abrigado no gabinete um funcionário ficha-suja, preferindo exaltar o que considera ser o maior corte de despesas da Casa. De acordo com Renan, a gestão economizou de fevereiro até agora R$ 169,4 milhões dos cofres públicos.

Sob a gestão do presidente do Congresso, o Senado tem mais funcionários admitidos por apadrinhamento do que por mérito. O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília abriu inquérito civil em outubro para investigar o loteamento partidário nas nomeações de comissionados na Casa. A investigação parte da suspeita de possível abuso na contratação de um "número exacerbado" de indicados, em "prejuízo aos cofres públicos".

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"Felizmente e de maneira insólita, estamos sendo criticados por uma iniciativa positiva que foi promover o enxugamento de gastos sem precedentes no Senado Federal", disse. Segundo Renan, as ações que têm tomado não são "propaganda e marketing político-administrativo" e sim "medidas reais" verificáveis por quem quer que seja.

O presidente do Senado se valeu de dados para justificar a contratação dos apadrinhados. No pronunciamento, Renan disse que, de todo o orçamento do Senado, 82% são consumidos com despesa de pessoal, 14% com custeio, e apenas 2% com investimentos. Conforme o presidente da Casa, o gasto com os 2.991 efetivos entre janeiro e setembro foi de R$ 1,8 bilhão, o que representa 88% das despesas. Com os comissionados, a despesa foi de R$ 258 milhões. "A despeito do que pretendem fazer crer, (os comissionados) trabalham tanto quanto os demais servidores", destacou.

Renan não mencionou o fato de ter no gabinete 12 funcionários que são ou já foram filiados ao PMDB, um dos alvos da investigação do MPF. Tampouco falou do assistente parlamentar júnior Nerigleikson Paiva de Melo, que foi nomeado para o escritório político dele em junho, mesmo tendo perdido a vaga para a Câmara de Maceió sob acusação de trocar dinheiro e combustível por votos nas eleições de 2008. A demissão de Melo foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU).

O presidente do Legislativo preferiu repetir todas as medidas administrativas que tem tomado para cortar R$ 300 milhões até o fim de 2014. Entre outros anúncios, Renan reafirmou ter ordenado o corte dos salários acima do teto do funcionalismo público, atualmente em cerca de R$ 28 mil, após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).

Mas destacou que, embora respeite "o direito sagrado à crítica", não se pode separar situações desiguais ou recorrer a "análises seletivas". No discurso, que durou 45 minutos para um plenário que não teve mais do que cinco senadores, Renan foi aparteado por parlamentares da base e da oposição. Somente recebeu elogios e defesa das ações. A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que todos os lotados no gabinete dela são comissionados e estão lá por "competência". O chefe de Gabinete, afirmou, tem filiação partidária. "É um detalhe, ele está ali por ser extremamente competente." O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que Renan tem "inteira razão" ao dizer que não se pode comparar "situações desiguais".

Ao fim do discurso, quando se dirigia para o gabinete, Renan foi questionado pela reportagem do Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se cortaria cargos comissionados. Ele respondeu que já havia feito isso quando reduziu de 75 para 55 o número máximo de cargos de apadrinhados que podem ter em um gabinete. Contudo, quando a decisão foi tomada, no início do ano, nenhum gabinete de senador ultrapassava tal marca.

A Casa Branca abriu caminho para alcançar um compromisso orçamentário com os republicanos no Congresso ao sinalizar que não insistirá no aumento de impostos como parte do acordo para compensar alguns cortes de gastos, disseram pessoas próximas ao assunto.

Essa linha de discussão poderá ajudar a encerrar um impasse entre a Casa Branca e os republicanos que tem persistido por três anos. Um comitê bipartidário iniciará hoje as negociações de um plano para financiar o governo para o restante do ano fiscal.

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Republicanos e democratas negociam um modo de equilibrar as contas públicas. Até o momento, o foco dos democratas tem sido no aumento das receitas por meio de impostos sobre os ricos, enquanto os republicanos exigem cortes em benefícios sociais. O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, disse anteriormente que as receitas tributárias teriam que fazer parte de algum acordo para reverter os cortes automáticos de gastos.

Mas, segundo alguns republicanos, em uma reunião recente Obama indicou um posicionamento mais flexível. Autoridades disseram que em um encontro no início do mês o senador republicano Bob Corker questionou o presidente sobre um potencial acordo, mais restrito, para substituir parte dos cortes automáticos de gastos.

Políticos presentes no encontro afirmaram que Obama aceitou a ideia de negociar cortes em alguns programas do governo, em vez de financiar o acordo com novas receitas, embora tenha alertado que os democratas podem não aceitar a proposta no Congresso. A Casa Branca está propensa a considerar cortes em áreas que não envolvam as reformas na saúde, como os subsídios agrícolas.

No entanto, alguns grupos liberais têm internamente demonstrado preocupação de que Obama estaria recuando de sua intenção de cobrar novos impostos antes de as negociações com os parlamentares republicanos começarem.

Os cortes automáticos de gastos envolvem reduzir em um período de 10 anos os gastos públicos em US$ 1 trilhão por meio da redução de financiamento em programas no exército, na educação, em pesquisa, em transporte, entre outros. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Mesa Diretora do Senado se reunirá na terça-feira (19) para dar andamento à implementação das medidas de contenção de despesas da reforma administrativa da Casa. O texto foi aprovado na semana passada, ainda pela Mesa anterior, presidida pelo senador José Sarney (PMDB-AP).

“Nós temos compromissos óbvios com relação à austeridade, à transparência, e nós não vamos perder tempo no sentido de materializá-las”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre as medidas aprovadas.

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Calheiros destacou que a prioridade é colocar em prática os compromissos assumidos durante a eleição. Seu objetivo, explicou, é “implementar rapidamente” o que for consenso e necessário para reduzir gastos do Senado.

O relator da matéria, Ciro Nogueira (PP-PI), disse que o Senado vai economizar R$ 83 milhões com as mudanças, que incluem extinção de órgãos, implantação de planejamento estratégico e racionalidade administrativa. A reforma ainda depende de aprovação do plenário.

Em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, não haverá festa de carnaval bancada pelo poder público. A prefeitura do município anunciou que a verba que seria destinada para a realização de eventos de carnaval foi remanejada para a reforma do Teatro Samuel Campelo, localizado em Jaboatão Centro. A decisão foi tomada por conta da diminuição da arrecadação ocorrida no ano passado e reforça uma série de ações de contenção que o governo municipal vem tomando.

O orçamento oara o carnaval 2013 de Jaboatão seria da ordem de R$ 500 mil. Toda a quantia será investida na compra de equipamentos de luz e som, cadeiras e ar condicionado para o teatro, que está fechado desde 2000 e cuja reforma se arrasta há anos. O Teatro Samuelo Campelo terá capacidade para mais de 500 espectadores, lugares preferencias para pessoas com deficiência e obesas e servirá também como cinema, além de abrigar oficinas culturais. Ainda não há previsão da entrega do equipamento cultural à população.

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Não é a primeira vez que a Prefeitura de Jaboatão deixa de realizar eventos em um ciclo festivo. O mesmo aconteceu no São João de 2012. "A decisão de não investir recursos próprios no carnaval foi tomada porque temos uma série de obras em curso no município. O carnaval é importante, mas temos Recife e Olinda, o folião tem outros espaços", afirma a Secretária de Desenvolvimento Social de Jaboatão, Karla Menezes. Para ela, "O importante é concluirmos as obras estruturadoras para o munícipio".

Jaboatão dos Guararapes é um dos municípios que recebem apoio do governo estadual para a manutenção de polos de eventos carnavalescos e ainda não há uma posição sobre se eles acontecerão em 2013. A secretária explica que apenas se houver aporte de recursos privados se realizará eventos. A prefeitura garantirá apenas a infraestrutura necessária para o desfile de blocos e troças carnavalescas, como serviços de segurança e trânsito.

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