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A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (31), prorrogar até o dia 16 de abril as medidas de restrição à presença de parlamentares e servidores nas sessões plenárias, reuniões de comissões e unidades administrativas da Casa. As regras foram adotadas por causa da pandemia da Covid-19.

A decisão, assinada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), determina que as sessões do Plenário e as reuniões de comissões continuem sendo realizadas online, com a presença apenas dos presidentes dos colegiados, líderes e servidores em serviço.

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A prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) por apologia ao Ato Institucional nº. 5 (AI-5), o mais violento ato da ditadura militar, e discurso de ódio contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, não inibiu parlamentares investigados no mesmo inquérito de manter ataques à Corte. Dos outros nove alvos, pelo menos cinco saíram em defesa do colega com críticas aos magistrados. Todos são fiéis aliados ao governo de Jair Bolsonaro.

Um dos mais exaltados tem sido o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), que, desde a prisão de Silveira, na terça-feira, tem feito ataques ao ministro Alexandre de Moraes, autor da ordem de prisão, a quem chama de "déspota". O parlamentar chegou a convocar "movimentos populares de direita" para irem às ruas contra o que considera a "ditadura da toga". A mobilização, no entanto, não empolgou seus 133 mil seguidores. Apenas dez haviam reproduzido a hashtag lançada pelo parlamentar até a tarde de ontem.

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Conhecida por seu estilo beligerante na Câmara, a deputada Alê Silva (PSL-MG) foi irônica ao criticar o presidente do Supremo, Luiz Fux, por não saber o sobrenome de Silveira ao proferir a decisão do plenário que confirmou a prisão. "Com todo o respeito aos excelentíssimos, senhores, doutores, salve, salve ministros do Supremo, mas nem saber o nome de quem está sendo julgado é o fim da picada!", postou a parlamentar.

O deputado Cabo Junio de Amaral (PSL-MG) foi mais direto no ataque ao criticar a decisão e incluir #STFVergonhaMundial. "Ser leniente e fazer o que o STF exige é o melhor habeas corpus preventivo para político. Corruptos soltos e Daniel preso. Por isso a gente não consegue tirar nenhum criminoso da Corte, nem sequer criar uma CPMI sobre seus feitos."

Atos

Alê, Otoni, Amaral e Silveira são investigados no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. A apuração teve início depois que manifestações em defesa da volta da ditadura, intervenção militar e ataques às instituições democráticas marcaram as comemorações pelo Dia do Exército, em abril do ano passado. Bolsonaro participou de um dos atos, em Brasília.

Alguns dos parlamentares investigados, no entanto, adotaram um tom mais moderado ao tratar do caso. Foi o caso de Carla Zambelli (PSL-SP), que optou por reproduzir comentários com críticas à decisão de Moraes. Já a deputada Bia Kicis (PSL-DF), indicada para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Câmara, manteve o silêncio sobre a prisão do aliado.

No clã Bolsonaro, o único a sair em defesa de Silveira foi o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). "Dentre outros fatores, amanhã (hoje) votarei pela libertação", escreveu o filho do presidente no Twitter. Ele justificou a decisão "em nome das garantias da imunidade parlamentar, liberdade de expressão, devido processo legal, ampla defesa e contraditório". Eduardo não é alvo do inquérito dos atos antidemocráticos. 

Pouco tempo após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) quebrou o acordo com o bloco da oposição e convocou uma nova eleição para redefinir os integrantes da mesa diretora, às 16h desta terça-feira (2). O novo gestor argumenta que o PT formalizou apoio ao concorrente Baleia Rossi (MDB-SP) fora do prazo e, por isso, eleger o bloco causaria um "vício insanável" à eleição interna.

Apesar dos seis minutos de atraso, a inscrição foi aceita pelo então presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nem chegou a levar o caso ao plenário. Líderes do partido afirmam que encontraram problemas na plataforma da Casa e já haviam informado sobre as dificuldades do sistema de registro.

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Deputados da base de apoio à Lira ameaçaram ir ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, ele determinou que a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) refaça o cálculo da proporcionalidade partidária e desconsidere o bloco da oposição. Para o parlamentar, a decisão marca o "respeito ao Regimento".

Dessa forma, o PT perdeu a 1ª secretaria da Casa e não terá representantes na próxima gestão da mesa diretora –  até 2023 -, bem como o MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. “O então presidente da Câmara reconheceu, de forma monocrática, a formação do bloco apesar da evidente intempestividade, e contaminou de forma insanável atos do pleito como o cálculo da proporcionalidade e a escolha dos cargos da Mesa”, justificou Lira.

Já na madrugada desta terça (2), integrantes do bloco lesado pela modificação do novo presidente garantiram que o STF será acionado contra seu primeiro ato.

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A bancada do PSL na Câmara teve o melhor desempenho nas redes sociais em 2020, com quatro bolsonaristas - Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF) e Filipe Barros (PR) - entre os cinco primeiros parlamentares brasileiros mais influentes no Facebook, Instagram e Twitter, de acordo com o levantamento FSBinfluênciaCongresso, do Instituto FSB Pesquisa.

Eduardo desbancou a colega de partido Joice Hasselmann (SP), que hoje é um desafeto. Primeira colocada no ranking de 2019, ela perdeu influência após romper com o clã Bolsonaro e agora está na 9ª posição.

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Em 2020, a bancada do PSL se manteve como a mais influente nas redes, seguida pela do PT.

Apesar do bom desempenho dos aliados do presidente, o outro filho do mandatário no Congresso caiu de posição: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que havia sido o 6º mais influente em 2019, está agora em 16º lugar. Ele e o petista Humberto Costa (PE) são os únicos senadores que aparecem entre os 20 primeiros colocados. Em 2020, Flávio foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Todas as postagens dos deputados e senadores nas redes sociais avaliadas registraram 2,2 bilhões de interações - 6 milhões por dia, em média. Entre 2019 e 2020, o volume de interações (entre curtidas, comentários e compartilhamentos) cresceu 75%. Em 2019, esse total foi de 1,26 bilhão. A maior parte do crescimento foi registrado no Facebook.

Ao todo, os parlamentares reuniram, em 2020, 158,36 milhões de seguidores, um aumento de 19% na comparação com o ano anterior. O Facebook concentra a maioria desses seguidores (51,4%), à frente do Instagram (29,7%) e Twitter (18,8%). Proporcionalmente, porém, a maior alta de seguidores se deu neste último, com crescimento de 40,1%.

O aumento de interações reflete também a alta no volume de publicações: de fevereiro a dezembro de 2020, os congressistas publicaram 1,01 milhão de conteúdos nas redes pesquisadas (116 por hora), 13% mais do que em 2019.

Separados por Estados, os parlamentares de São Paulo são os mais influentes, seguidos pelos do Rio de Janeiro.

Metodologia

O instituto analisou o grau de engajamento em todas as publicações dos parlamentares de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2020 e comparou com os resultados do mesmo período de 2019. Foram analisadas publicações feitas no Facebook (apenas páginas públicas), no Instagram (apenas contas business) e no Twitter. As notas são atribuídas considerando número de seguidores, quantidade, alcance e engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) das publicações nas diferentes redes.

CONFIRA O RANKING DOS PARLAMENTARES MAIS INFLUENTES:

1º - Deputado Eduardo Bolsonaro - PSL-SP

2º - Deputada Carla Zambelli - PSL-SP

3º - Deputado Andre Janones - Avante-MG

4º - Deputada Bia Kicis - PSL-DF

5º - Deputado Filipe Barros - PSL-PR

6º - Deputado Marcelo Freixo - PSOL-RJ

7º - Senador Humberto Costa - PT-PE

8º - Deputada Jandira Feghali - PCdoB-RJ

9º - Deputada Joice Hasselmann - PSL-SP

10º - Deputada Gleisi Hoffmann - PT-PR

11º - Deputado Kim Kataguiri - DEM-SP

12º - Deputado Carlos Jordy - PSL-RJ

13º - Deputado Pr. Marco Feliciano - Republicanos-SP

14º - Deputado Helio Lopes - PSL-SP

15º - Deputado José Medeiros - Podemos-MT

16º - Senador Flávio Bolsonaro - Republicanos-RJ

17º - Deputado Carlos Eduardo Martins - PSC-PR

18º - Deputado Daniel Silveira - PSL-RJ

19º - Deputado Otoni de Paula - PSC-RJ

20º - Deputado Sargento Fahur - PSD-PR

O Senado abriu caminho para turbinar o orçamento da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), presidida por um aliado do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Os senadores aprovaram, nessa quarta-feira (2), um projeto para incluir as bacias hidrográficas do Amazonas, de Minas Gerais e de Roraima na área de atuação da companhia.

A iniciativa ocorreu três meses após o Senado dar sinal verde para uma proposta que ampliou o trabalho da empresa em outros oito Estados. No novo projeto, a área de trabalho da companhia ficou ainda maior. A proposta dependerá de votação na Câmara e de sanção do presidente Jair Bolsonaro.

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A Codevasf é uma autarquia de forte interesse dos parlamentares por ser responsável pela realização de obras de infraestrutura em regiões carentes e já foi foco de corrupção. Neste ano, deputados e senadores indicaram R$ 565,7 milhões em emendas para projetos tocados pela companhia.

Na prática, a ampliação da área de atuação abre caminho para os parlamentares aumentarem o orçamento da Codevasf e destinar mais recursos para suas bases eleitorais a partir do próximo ano. O orçamento da companhia para 2021 é de R$ 845 milhões, montante considerado baixo pelos congressistas.

O presidente da Codevasf, Marcelo Moreira Pinto, é indicado do DEM, partido de Alcolumbre. Em conversas com Bolsonaro, Alcolumbre atuou para manter Moreira Pinto no cargo. O governo costurou uma aliança com o Centrão para entrega de cargos em troca de apoio no Congresso. Sem emplacar o presidente da companhia, líderes do bloco indicaram nomes para diretorias.

Alcolumbre tem aparecido como "líder informal" do Planalto no Senado. Na sessão de ontem, senadores admitiram a articulação para aumentar o orçamento da estatal. "A demanda e o sonho de vários Estados e municípios de terem a atuação da Codevasf são justamente pela eficiência e pela condição real de a política pública acontecer. Nós aprovamos e esperamos que, no Orçamento do próximo ano, já possa (haver) a simplificação da execução das nossas emendas", disse o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA).

Senadores tentaram encaixar também Pará e Espírito Santo no projeto, mas só a inclusão do Amazonas, sugerida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi aceita, além de Minas Gerais e Roraima, previstos no texto original. O argumento do relator, Mecias de Jesus (Republicanos-RR), para rejeitar as emendas foi a incapacidade de o órgão ter um orçamento tão grande para atender as demandas.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) assinou, junto com outros parlamentares de oposição, o requerimento para convocar o advogado-geral da União José Levi Mello, para prestar esclarecimentos no Plenário da Câmara. A ação dos deputados pede explicações acerca da atitude da Advocacia Geral da União (AGU) de solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir, via embargo de declaração, a liberdade de expressão na lei que criminaliza a homofobia.

Os deputados temem que essa solicitação possa legitimar “discursos de ódio”. Para o Supremo, a repressão a atos homofóbicos não devem limitar “o direito de pregar e de divulgar livremente” conceitos relacionados à homossexualidade, entretanto, essas manifestações não devem configurar “discurso de ódio”.

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Tal consideração, descrita no acórdão, para alguns juristas, impede a livre exposição de ideias sobre o assunto. O Supremo, em junho do ano passado, deu um importante passo para combater a homofobia, transformando em crime práticas discriminatórias contra essa população. No entanto, para os deputados de oposição, o embargo de declaração proposto pela AGU é autoritário e representa um retrocesso, inclusive, possibilitando que os LGBTQ+ voltem ao estado de vulnerabilidade.

“Com essa ressalva na lei, a AGU quer legitimar manifestações que possam ferir os direitos dos homossexuais e, também, incitar à violência”, argumentou, em nota, Gadêlha. O deputado acrescenta: “Não podemos aceitar retrocessos, sobretudo quando eles dificultam o combate à LGBTQfobia”.

Desde junho de 2019, condutas homofóbicas passaram a ser punidas na Lei do Racismo. O requerimento assinado pelos parlamentares foi proposto pela deputada federal Natália Bonavides (PT).

Em almoço com senadores anteontem, no Planalto, o presidente Jair Bolsonaro gravou vídeos em tom de campanha, nos quais promete liberar emendas para redutos eleitorais dos parlamentares. Nas redes sociais, senadores vincularam o encontro à negociação da agenda do governo no Congresso.

Bolsonaro gravou um vídeo ao lado de cada senador e anunciou a liberação de recursos para obras, além de prometer novos repasses. Os vídeos foram publicados nas redes sociais. Segundo o líder do DEM no Senado, Rodrigo Pacheco (MG), a reunião serviu "para tratar das pautas prioritárias que deverão ser analisadas pela Câmara e pelo Senado até o final do ano."

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O almoço reuniu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e senadores de MDB, DEM, Progressistas e PSDB, incluindo os líderes desses partidos na Casa. Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) estavam presentes.

Os projetos anunciados nos vídeos, conforme consulta do Estadão/Broadcast no sistema Siga Brasil, mantido pelo Senado, são objeto de emendas indicadas pelos congressistas no Orçamento. Essas transferências, com a "digital" dos parlamentares, são usadas como moeda de troca para o Planalto conseguir apoio no Congresso. O pagamento é obrigatório, mas o momento da liberação é negociado.

O governo Bolsonaro é recordista na previsão de recursos para emendas - são R$ 40 bilhões programados no Orçamento de 2020. Os parlamentares usam a liberação desses recursos para "turbinar" redutos eleitorais. A lei eleitoral estabelece, porém, que os repasses não podem ocorrer nos três meses antes do pleito. Diante dessa restrição, aquilo que não foi pago até agosto deste ano só sairá do papel depois de novembro. Considerando esse cenário, o governo já garantiu, por meio de empenho, a liberação de R$ 21,9 bilhões em emendas - mais da metade do total previsto para este ano.

Ao lado do líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), Bolsonaro anunciou a construção de trecho rodoviário da BR-319, na divisa do Amazonas com Rondônia. A obra corresponde aos R$ 12 milhões indicados pela bancada do Estado e pela Comissão de Infraestrutura do Senado no Orçamento - R$ 10 milhões já foram liberados. Procurados, Planalto e a Secretaria de Governo não se manifestaram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (1º), os reitores Marcelo Carneiro Leão, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e José Carlos de Sá, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), participaram de uma reunião virtual com parlamentares pernambucanos pedindo apoio à retomada das obras da rodovia PE-33, de responsabilidade da Secretaria Estadual de Transportes e do Departamento de Estradas e Rodagens (DER). O objetivo é viabilizar o início das atividades dos campi de ambas as instituições de ensino no município do Cabo de Santo Agostinho, uma vez que o acesso de mais de 22 mil estudantes ao local depende da conclusão da estrada. 

Os campi de ambas as instituições estão localizados no bairro de Mercês e se inserem no Complexo de Suape, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A estrutura do campus do IFPE está pronta, sendo necessário apenas o acesso pela PE-33 para que os estudantes possam usufruir das novas instalações. No caso da UFRPE, 65% da obra está concluída e, quando pronta, terá capacidade para mais de 20 mil estudantes em um prédio sustentável com residência estudantil. 

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Os investimentos já realizados nos dois campi giram em torno de R$ 35 milhões para o IFPE e R$ 108 milhões para a parte já concluída do prédio da UFRPE, e enquanto a estrada não for concluída, o acesso a ambos permanecerá bloqueado. A PE-33, cuja obra teve início em outubro de 2017, tem 8,7 Km e custo total estimado em R$ 32,7 milhões. O investimento necessário para o primeiro trecho, de 2 Km, da BR-101 até as estruturas educacionais, é de R$ 10 milhões. 

“Assim que houver acesso, vamos começar a funcionar, podendo mais do que dobrar a capacidade de estudantes e abrir novos cursos”, disse o reitor do IFPE, José Carlos de Sá. Já Marcelo Carneiro Leão, reitor da UFRPE, destacou que sem a obra da PE-33 não será possível nem mesmo a conclusão da construção do Campus das Engenharias. “Esses equipamentos educacionais são patrimônio do Estado e vão oferecer educação pública, de qualidade e inclusiva para milhares de pessoas”, afirmou ele. 

Para os líderes da bancada pernambucana, deputados Augusto Coutinho e Wolney Queiroz, haverá mobilização parlamentar em torno da questão independentemente de posicionamentos políticos de cada um, no que diz respeito à questão da viabilização da obra para permitir o acesso aos campi. “Quando se trata de Pernambuco, a gente se une, principalmente em torno de uma obra tão importante, cuja dimensão passamos a conhecer ainda melhor hoje”, afirmou Coutinho. 

IFPE

O campus do Cabo de Santo Agostinho do IFPE tem 12 mil metros quadrados de área construída, divididos entre dois blocos de salas de aula com 30 ambientes, dois blocos de laboratórios com 24 ambientes, biblioteca central com salão amplo, três salas de estudo, uma sala de vídeo para 40 pessoas, creche projetada para atender, em parceria com o município, até 56 crianças de zerp a seis anos, auditório central para 439 pessoas, além de bloco administrativo, bloco acadêmico, miniauditório, ampla área de convivência e ginásio poliesportivo.

Cerca de 1500 estudantes serão atendidos por uma estrutura moderna, bem equipada e pronta para promover educação pública de alta qualidade.

UFRPE

A Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA-UFRPE) iniciou as atividades em 2014, com a oferta de cinco cursos de engenharia: civil, eletrônica, eletrotécnica, mecânica e de produção. A Unidade – que funciona atualmente em um prédio alugado, com 3 mil estudantes – tem um conceito inovador em sua proposta pedagógica, na qual os estudantes têm contato com empresas parceiras desde o início de sua formação e podem escolher entre os diplomas de tecnólogo ou bacharel.

Quando estiver em pleno funcionamento, a sede definitiva da UACSA poderá abrigar mais de 20 mil estudantes, em uma estrutura equipada com biblioteca, auditório, residências estudantis, restaurante universitário, entre outros espaços, com moderno sistema de reaproveitamento hidráulico e sustentabilidade nas estruturas e serviços.  

Rodovia PE-33

Ligação viária estratégica para mobilidade no vetor sul da Região Metropolitana do Recife, interligando a BR 101 Sul ao Porto de Suape, PE 28, praias de Jaboatão dos Guararapes (Paiva, Enseada dos Corais, Gaibú, entre outras), acesso às praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e demais ao sul. Desafogando a BR 101 antiga, Curcurana e o Gargalo da BR 101 sul próximo à Vitarella, na sequência, da Estrada da Batalha.

*Com informações do IFPE

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Os parlamentares com pior desempenho na execução de emendas atribuíram ao ano atípico, marcado pela pandemia, as dificuldades em fazer com o que o dinheiro do Orçamento chegue ao destino indicado. E ressaltaram que os recursos podem ser pagos até o fim do ano. "Não é um campeonato de quem executa primeiro, mais importante é a qualidade das emendas", disse o senador Reguffe (Podemos-DF).

A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que registra o mais baixo índice de execução de emendas, afirmou que havia destinado recursos para Ciência e Tecnologia que ficaram em "compasso de espera" para avaliação do governo sobre a necessidade de redirecioná-los a ações de combate ao coronavírus.

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Para a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), a execução das emendas abaixo do esperado não se deu por ineficiência do mandato, mas por ineficiência do governo federal. Joenia Wapichana (Rede-RR) e Erika Kokay (PT-DF) também culparam a gestão de Jair Bolsonaro pela demora nos pagamentos.

O Ministério da Economia não respondeu sobre o baixo índice de execução de emendas nem às críticas ao governo.

Prazo. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse que boa parte das suas emendas foi destinada a investimentos, o que exige prazo maior para sair do papel, mesma justificativa dos deputados Natália Bonavides (PT-RN) e Vitor Lippi (PSDB-SP).

O deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), candidato a prefeito de São Paulo, lembrou que 2020 é ano eleitoral, com prazos mais curtos para apresentação e análise dos projetos, e que todas as emendas indicadas por ele ainda têm condições de serem empenhadas.

Sobre a emenda recusada para associação de capoeiristas, a senadora Leila Barros (PSB-DF) disse que o valor foi remanejado para outra instituição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As decisões anunciadas nesta segunda-feira (29) pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), presidido pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, passaram a ser alvos de uma série de questionamentos judiciais assim que foram oficializadas, no início da tarde.

A Rede Sustentabilidade entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido para que seja declarada a inconstitucionalidade da nova resolução do Conama, de número 500. Essa nova resolução aprovou a extinção de duas resoluções que delimitam as áreas de proteção permanente (APPs) de manguezais e de restingas do litoral brasileiro, o que abre espaço para especulação imobiliária nas faixas de vegetação das praias e ocupação de áreas de mangues para produção de camarão.

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O Conama revogou ainda uma resolução que exigia o licenciamento ambiental para projetos de irrigação, além de aprovar uma nova regra, para permitir que materiais de embalagens e restos de agrotóxicos possam ser queimados em fornos industriais para serem transformados em cimento, substituindo as regras que determinavam o devido descarte ambiental desse material.

Na ação, a Rede argumenta que houve violação aos parâmetros normativos previstos sobre o licenciamento de empreendimentos de irrigação, sobre os limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e de localidades em geral e sobre a queima de agrotóxicos e outros materiais orgânicos em fornos de cimento.

O documento alerta sobre a "violação ao direito ao meio ambiente equilibrado, caracterizada por queimada de agrotóxicos, diminuição de APPs à revelia de recomendações técnicas e modificação nociva ao meio ambiente no que diz respeito à irrigação na agricultura". A peça trata ainda de "ofensa ao princípio da vedação ao retrocesso institucional e socioambiental".

Na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) apresentou um projeto de lei legislativo, no qual também pede que a nova resolução seja sustada, para que os temas sejam analisados. "Há um dever estatal de assegurar a progressiva melhoria da qualidade ambiental, não se admitindo flexibilizar direitos ambientais já consolidados. A extinção de espaços protegidos, por exemplo, é um flagrante retrocesso na preservação ambiental", afirma Molon. "Como as revogações das referidas resoluções visam atender setores econômicos e beneficiar empreendimentos imobiliários, se faz necessário observar que na CF existe um entrelace da ordem econômica com o meio ambiente."

Mais cedo, uma ação popular assinada por Nilto Tatto (PT-SP), Enio José Verri (PT-PR) e Gleisi Hoffmann (PR-PR) pedia a suspensão da reunião e de suas decisões.

A Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) também emitiu uma manifestação de repúdio contra a proposta de extinguir as resoluções ambientais. Instituição civil que reúne promotores de justiça e procuradores da República com atuação na defesa jurídica do meio ambiente, a Abrampa afirmou que a revogação das resoluções afronta os ditames legais e "ofende o princípio do não retrocesso, o qual permite aos Poderes da República apenas avanços na proteção ambiental, ao passo que atos normativos contrários à evolução na proteção ambiental propiciam mais insegurança jurídica e instabilidade institucional".

Organizações ambientais e políticos criticaram nessa terça-feira (22) o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Sem citar diretamente o presidente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse que o combate ao desmatamento não é escolha política - e sim dever constitucional, assumido pelo País em acordos internacionais.

Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, afirmou que Bolsonaro agrava a situação enfrentada pelo Brasil ao minimizar o drama ambiental, piorando ainda mais a imagem do País no exterior. "Ao invés de negar a realidade, em meio à destruição recorde dos biomas brasileiros, o governo deveria cumprir seus deveres constitucionais em prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente para enfrentar os incêndios que consomem o Brasil", disse.

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Bolsonaro disse nesta terça que é vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal". Dados mostram que o Pantanal registra o maior índice de queimadas desde 1998, quando os incêndios passaram a ser medidos, e a Amazônia volta a se aproximar dos recordes de destruição ocorridos no ano passado. O argumento é o mesmo que tem sido ecoado pela base militar que ocupa o Palácio do Planalto e que é alardeado pelo Ministério da Agricultura e pelo próprio Meio Ambiente: países incomodados com a competitividade do agronegócio brasileiro querem prejudicar a imagem do Brasil.

Bolsonaro disse que "os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação", mas programas que existiam para combater os incêndios foram eliminados pelo governo.

Gabriela Yamaguchi, diretora de Sociedade Engajada do WWF-Brasil, disse que o discurso de Bolsonaro foi cheio de "acusações infundadas e ilações sem base científica", afirmando ainda que postura não é condizente com o papel de chefe de Estado. "Como um roteiro de ficção, o discurso uniu palavras-chave das Nações Unidas com descrições de um Brasil que não existiu em 2020, em completo negacionismo da realidade do país e desconsiderando a urgência e seriedade dos desafios globais que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez, descreveu em sua fala."

O uso de dados distorcidos sobre o meio ambiente também foi lembrado pela diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia. "O governo atual se especializou em disseminar a 'pós-verdade' para eximir-se da responsabilidade pelos graves problemas que o país enfrenta. E isso em nada contribui para que tenhamos as soluções necessárias."

Políticos questionaram a veracidade de pontos levantados pelo presidente, como o valor do auxílio emergencial. "Alguém sabe me dizer qual o brasileiro que recebeu esse auxílio emergencial de US$ 1.000,00 que Bolsonaro falou na ONU?", questionou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), líder da oposição na Câmara, chamou o presidente de mentiroso. "Bolsonaro foi à Assembleia-Geral da ONU para mentir. Será demolido pela imprensa internacional e brasileira."

Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), assistiu ao discurso junto ao presidente e o parabenizou. "Discurso impecável do presidente, esclarecendo posições de governo com ênfase no meio ambiente", escreveu Barros.

Supremo

Ao encerrar uma audiência pública no STF para tratar da política ambiental brasileira, Barroso afirmou que o Brasil está entre os sete maiores emissores de gases do efeito estufa, mas diferentemente de outras nações em que a emissão está associada ao "progresso, industrialização e consumo", por aqui as emissões decorrem de "atividades criminosas, que incluem desmatamento, extração ilegal de madeira e grilagem de terras".

"Esses são fatos objetivos consensuais. Não são opiniões nem manifestações ideológicas, são fatos, como disse, documentados e consensualmente admitidos. Para resolvermos os nossos problemas, nós precisamos fazer diagnósticos corretos e não criar uma realidade imaginária paralela", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados vai renovar o mobiliário dos apartamentos funcionais dos parlamentares. Está aberto um edital para a compra de novas camas e sofás para os imóveis, sem previsão de gastos.

Segundo o colunista Guilherme Amado, da Revista Época, o edital prevê a compra de 60 camas box de solteiro, 96 sofás com apoia-braço, 24 sofás sem apoia-braço e 24 camas box queen size. 

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Ainda de acordo com o jornalista, o edital não estipula valores para os móveis. Tais valores só serão fixados depois que as empresas apresentarem suas propostas, no dia 16 de setembro.

A lista dos parlamentares mais influentes nas redes sociais no primeiro semestre de 2020 apresenta o domínio dos deputados do PSL na internet. Dos 20 políticos que formam o ranking, nove são da sigla que ajudou a eleger o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o único pernambucano é o senador Humberto Costa (PT), que perdeu posição para Flávio Bolsonaro (Republicanos).

O índice FBSInfluênciaCongresso é liderado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL) e segue com os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL), Bia Kicis (PSL) e Andre Janones (Avante). A sequência da ala favorável ao governo é rompida pela ex-aliada Joice Hasselmann (PSL), que ocupa a 5ª posição. O outro filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Republicanos) é o primeiro senador da lista e ficou à frente do pernambucano Humberto Costa (PT), que é o primeiro parlamentar da oposição a figurar o ranking.

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Segundo o levantamento do Instituto FSB Pesquisa, parlamentares do PT são mais ativos no Facebook, no Instagram e no Twitter. No entanto, a bancada do PSL possui engajamento superior. Ao todo, a quantidade de seguidores dos políticos cresceu 24,4% em comparação ao primeiro semestre do ano passado.

O estudo analisou o quantitativo de seguidores, a quantidade de publicações, o alcance das postagens e o engajamento através de curtidas, comentários e compartilhamentos em cada rede social.

A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) foi a primeira vereadora eleita pelo seu partido, em 2016. Dois anos depois, abandonou o mandato ao ser eleita para uma cadeira na Câmara dos Deputados. Agora, em 2020, ela pretende novamente deixar o cargo pela metade para comandar a Prefeitura de São Paulo. Mas não é a única. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que cerca de um quarto dos deputados - 123 de 513 - tem a intenção de entrar em uma nova campanha menos de dois anos após assumir o cargo em Brasília.

Caso confirmado, o número de "parlamentares-candidatos" pode ser recorde desde a redemocratização. A maior quantidade de deputados disputando uma cadeira de prefeito ou vice até então ocorreu em 1996, quando 117 concorreram, além de quatro senadores. Diferentemente de um prefeito que concorre a um cargo no Legislativo, parlamentares não precisam deixar o mandato para fazer campanha, apenas se for eleito.

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Na lista do Diap estão muitos representantes da chamada "nova política", como a própria Sâmia, Túlio Gadelha (PDT-PE), pré-candidato no Recife, Carlos Jordy (PSL-RJ), em Niterói, e Marcelo Calero (Cidadania-RJ), no Rio de Janeiro.

As candidaturas, porém, ainda precisam ser chanceladas pelos partidos nas convenções - que de acordo com o novo calendário eleitoral por causa da pandemia da Covid-19, ocorrerão apenas em setembro. No PSOL, por exemplo, Sâmia deve disputar prévias com o ex-presidenciável Guilherme Boulos.

A pandemia, inclusive, é uma das justificativas dadas pelos parlamentares para o interesse em disputar uma eleição em tão pouco tempo. "Vão ser eleições difíceis e facilita para candidatos que já sejam conhecidos de alguma forma", disse Sâmia ao Estadão/Broadcast, em referência às restrições que candidatos devem ter para fazer campanha nas ruas e realizar eventos. A deputada diz não ver traição aos eleitores que votaram nela em 2018.

"Temos muito voto de legenda, o voto no projeto, na ideologia, no programa. Então, os suplentes cumpririam à altura o que se espera de mim. Não teria nenhuma surpresa", afirmou.

Dinheiro público

Além da vantagem que deputados levam por serem conhecidos, outro fator que pesa para o maior interesse nas disputas deste ano é o dinheiro público. Esta será a primeira vez que as campanhas de candidatos a prefeito e a vereador serão pagas com recursos do fundo eleitoral, criado em 2017.

Ao todo, serão R$ 2,035 bilhões divididos entre as 32 siglas do País. Com as maiores bancadas no Congresso, PT e PSL são os que mais receberão recursos - R$ 201,3 milhões e R$ 199,4 milhões, respectivamente. São também as duas legendas com mais pré-candidatos, 13 do PT e 12 do PSL.

"O fundo eleitoral é um grande motivador. Candidatos vão dispor de recursos para disputar, principalmente, nas capitais e nos municípios acima de 100 mil habitantes", afirmou o analista político do Diap Neuriberg Dias, um dos autores do levantamento.

O analista também lembra que uma mudança na lei feita pelos deputados no ano passado facilitou a transferência de recursos para prefeituras. Agora, deputados e senadores podem destinar emendas parlamentares diretamente aos municípios, sem a necessidade de aval do governo federal, que muitas vezes usa a liberação do dinheiro como moeda de troca em votações de seu interesse no Congresso.

"O segundo ponto (que motiva as candidaturas) é ter acesso a recurso orçamentário. Tem as emendas impositivas, pagas obrigatoriamente, e tem agora a transferência especial (feitas diretamente a prefeituras e governos estaduais)", disse Dias.

Para a cientista política Lara Mesquita, do Centro de Política e Economia do Setor Público (Cepesp-FGV), a candidatura de deputados tem, em alguns casos, a função de manter o parlamentar em evidência com o seu eleitorado. "São, por enquanto, pré-candidatos, não sabemos quais vão se efetivar, muitas vezes são sinalizações de força dentro dos partidos", disse. "A candidatura, mesmo de novatos, pode ser uma estratégia, em cima de sobrevivência, de se fazer conhecido dentro do seu eleitorado."

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), por exemplo, afirmou ter a intenção de entrar na disputa em São Paulo para se firmar como a candidata da direita.

"A política é algo que se move e se modifica muito rápido. Agora, nesse cenário eleitoral que nós temos na principal cidade do País, não temos nenhum candidato de fato de uma direita racional, que tenha o mínimo de maturidade para disputar essa eleição", disse.

"Óbvio que quando eu pensei em entrar pra política, eu não tinha esse plano de disputar a Prefeitura de São Paulo, mas é um plano que se impõe nesse momento", completou Hasselmann. 

O ministro Alexandre de Moraes decidiu que publicações de políticos bolsonaristas, que instigaram atos antidemocráticos, sejam preservadas e retidas. O magistrado seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou uma "real possibilidade de uma associação criminosa".  Embora os parlamentares neguem irregularidades, o sigilo do inquérito foi quebrado e o conteúdo tornou-se público nessa segunda-feira (22).

A maioria das publicações exalta o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ataca o Supremo Tribunal Federal (STF). Para a deputada Alê Silva (PSL), o "AI-5 e intervenção militar é o grito de desespero de um povo que quer ver o seu presidente, eleito democraticamente, governar sem as amarras de dois congressistas"

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A deputada Carla Zambelli (PSL) divulgou um vídeo no qual Bolsonaro participa de um dos atos e escreveu, "Bora subir, robozada", ironizando o uso de robôs pelo Gabinete do Ódio. Ela ainda comentou que a lei será "cumprida a qualquer preço".

Em uma foto que mostra uma faixa escrita, "contra o vírus do STF e do Congresso", o deputado Otoni de Paula (PSC) escreveu, "Disso, político vagabundo tem medo. Ninguém mexe com o PR Jair Bolsonaro". E continuou, "[...] Jair Bolsonaro está abalando a República. Talvez seja por que agora ele não fará mais nenhum esforço para que haja harmonia entre os poderes. Se o poder Judiciário não respeitar a separação entre os poderes, o poder Executivo não respeitará as decisões do @STF_oficiaI".

O deputado Júnio Amaral (PSL) apontou que nunca ouviu tanto "vagabundo falando de Constituição" e que "para eles só não vale a parte em que todo o poder emana do povo". Já o senador Arolde de Oliveira (PSD) também insuflou uma suposta necessidade da atuação das Forças Armadas. "Os governadores do RJ e de SP se elegeram nas costas de Jair Bolsonaro e agora são seus maiores detratores e inimigos do Brasil. Querem o caos, mas antes que isso ocorra as FFAA entrarão em cena para Garantia da Lei e da Ordem, segundo a Constituição Federal", postou.

Após a divulgação do conteúdo, Zambelli publicou, “Não sabia que tuitar e pedir para subir hastag era crime. Vivendo (sob uma pseudoditadura) e aprendendo”. A repercussão na imprensa fez o deputado Otoni de Paula brincar com a investigação, ”Mamãe, tô no @jornalnacional. Falaram que sou contra a democracia”.

Parlamentares, ex-aliados de Jair Bolsonaro e filhos do presidente reagiram à prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz. Entre as manifestações, surgiram pedidos para que Queiroz aceite virar delator, questionamentos sobre a participação do presidente na "estadia" dele na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e até mesmo pedido de cassação do mandato de Flávio.

Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em um imóvel de propriedade de Wassef, advogado da família Bolsonaro, em Atibaia, no interior de São Paulo. A operação, conduzida pelos Ministérios Públicos do Rio e de São Paulo, foi batizada como "operação Anjo", uma referência ao apelido do advogado entre os membros do clã Bolsonaro. Além de Queiroz, um mandado de prisão preventiva foi expedido em nome de Márcia Oliveira Aguiar, esposa do ex-assessor, e buscas foram realizadas em um imóvel na zona norte do Rio, onde morou uma assessora de Flávio.

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Entre os mais incisivos ao comentar a prisão de Queiroz está o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Em uma série de publicações, o parlamentar questionou se a ideia de "esconder o Queiroz na casa do advogado do 01" foi de Bolsonaro e afirma que o ex-assessor tem relações com a milícia do Rio de Janeiro, tendo inclusive apresentado o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como "Capitão Adriano" - morto na Bahia e apontado como chefe da milícia Escritório do Crime - a Flávio Bolsonaro. Freixo foi relator da CPI das Milícias quando era deputado estadual no Rio.

"Homem de confiança de Jair Bolsonaro, Queiroz jogava em todas as posições no time da família: ponta de lança na área da milícia, articulador das rachadinhas no gabinete do Flávio, trouxe o matador Adriano da Nóbrega para o elenco e ainda depositou $$$ na conta da primeira-dama", escreveu Freixo em um dos tuítes.

O senador Fabiano Contarato (Sustentabilidade-ES) foi outro que questionou o fato de Queiroz estar na casa do advogado da família. Contarato classificou como "lorota" as recorrentes declarações de Flávio afirmando não saber o paradeiro do ex-assessor. "Estava escondido na casa do advogado da família Bolsonaro há mais de um ano e o senador investigado diz que não sabia do seu paradeiro. Com certeza não dá para acreditar nessa lorota: o cinismo dessa gente não tem limites!", escreveu.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade-AP), foi mais radical em sua manifestação. O senador defendeu a cassação do mandato de Flávio e que o filho do presidente fosse levado até a Justiça. "Queiroz foi preso! E foi encontrado na casa do advogado de FLÁVIO BOLSONARO. Quem poderia imaginar essa relação? Aliás, está na hora da nossa denúncia contra Flávio andar. Tem que ser cassado URGENTE! O senador e filho do presidente deve respostas à justiça. Ah! Grande dia."

Ex-aliados do presidente também aproveitaram o momento para criticar a relação da família com o ex-assessor, apontado pelo MP do Rio como o operador de um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando era deputado estadual. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), publicou uma série de mensagens com a hashtag #DelataQueiroz em seu Twitter. Em uma delas, a deputada destacou que a fachada do imóvel onde houve a prisão tinha uma placa do escritório de advocacia de Wassef.

Utilizando a mesma hashtag, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) fez referência a uma declaração em que Queiroz pede que nada aconteça com sua filha, que também foi assessora da família Bolsonaro, e com sua mulher - alvo de um mandado de prisão. "Queiroz dizia que ficaria calado se fosse preso, mas abriria o bico caso a Justiça chegasse na sua mulher ou na sua filha. Sua mulher teve mandado de prisão expedido hoje. #DelataQueiroz GRANDE DIA."

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, não fez nenhuma crítica direta. No entanto, aproveitou para voltar ao tema de que a independência entre as instituições. Ao deixar o governo, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal, o que resultou no inquérito que vem sendo relatado pelo ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal. "O importante é que polícias, Ministério Público e Cortes de Justiça possam trabalhar de maneira independente e que todos os fatos sejam esclarecidos", disse.

Alvo da mesma investigação em que Queiroz é alvo, o senador Flávio Bolsonaro foi o primeiro representante da família a se manifestar publicamente após a prisão de seu ex-assessor. Flávio se disse tranquilo e afirmou que a operação era apenas "mais uma peça" movimentada para atacar Bolsonaro.

"Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim.Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!"

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por sua vez, usou as redes sociais para esclarecer que o imóvel em que houve buscas na zona norte do Rio não pertence ao seu pai. No começo da manhã, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em um endereço no bairro de Bento Ribeiro, próximo a um imóvel declarado como bem do presidente. A casa alvo do mandado, onde morava uma assessora de Flávio, contudo, não é o mesmo.

Antes de quebrar o sigilo bancário de um senador e dez deputados bolsonaristas, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia adotado a mesma medida contra parlamentares em exercício de mandato e contra o ex-presidente Michel Temer. Ao falar com apoiadores, nesta quarta-feira (17), na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro disse que a quebra de sigilo de parlamentares "não tem história nenhuma vista em uma democracia, por mais frágil que ela seja."

Entre as autoridades que já tiveram os dados bancários vasculhados por decisão da Corte estão os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Fernando Collor (Pros-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA), além dos deputados Aécio Neves (PSDB-MG) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

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A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes pela quebra do sigilo bancário dos parlamentares bolsonaristas, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República, é a "diligência mais natural possível" para pessoas públicas, diz o procurador regional da República Blal Dalloul. "Diligências desse porte não constituem, de forma alguma, novidades numa democracia fortalecida", afirmou.

Em fevereiro de 2018, o ministro Luís Roberto Barroso autorizou a quebra do sigilo bancário do então presidente Michel Temer no inquérito que investigava irregularidades na edição do decreto dos portos. A medida havia sido pedida pelo delegado da Polícia Federal Cleyber Malta. Na época, Temer divulgou uma nota informando que solicitaria ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias e que não tinha "nenhuma preocupação com as informações".

Em 2016, o ministro Teori Zavascki determinou a quebra do sigilo bancário do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, na Lava Jato. Teori também adotou a medida contra Collor na apuração sobre supostos desvios da Petrobrás.

Já o então senador Aécio Neves teve o sigilo quebrado por determinação do ministro Marco Aurélio Mello em dezembro de 2017. Na época, o ministro considerou indispensável o acesso às informações, para rastrear a origem e o destino de recursos supostamente ilícitos nas investigações em torno da delação da JBS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parlamentares democratas no Congresso dos Estados Unidos se ajoelharam nesta segunda-feira (08) para prestar 8:46 minutos de silêncio em homenagem a George Floyd e outros negros americanos "que perderam a vida injustamente" pela violência de policiais brancos, antes de apresentar uma proposta de reforma orgânica da Polícia.

A presidente democrata do Congresso, Nancy Pelosi, o líder da minoria de seu partido no Senado, Chuck Schumer, assim como cerca de 20 parlamentares opositores, incluindo vários representantes negros, se reuniram no "Salão da Emancipação", assim nomeado em homenagem aos escravos que trabalharam na construção da sede legislativa em Washington, o Capitólio, no século XVIII.

A duração da homenagem não foi casual. Este foi o tempo que um policial branco passou com seus joelhos apoiados no pescoço de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, até que o matou por asfixia em 25 de maio durante sua prisão por uma denúncia de suposto uso de uma nota falsa.

Esse incidente registrado na cidade de Minneapolis (Minnesota) provocou indignação nos EUA e no mundo, gerando múltiplos protestos contra o racismo e a violência policial em todo o país, em geral de tom pacífico e algumas violentamente reprimidas pelas forças de ordem. Também foi levada uma onda de críticas contra o governo do republicano Donald Trump, por sua estratégia de mão dura para encarar a crise.

Neste domingo, foi anunciado que o Conselho Municipal de Minneapolis se comprometeu a desmantelar seu Departamento de Polícia para reconstruí-lo totalmente. Os quatro policiais envolvidos no caso Floyd foram acusados com cargos e o que lhe asfixiou é acusado, entre outros, de homicídio culposo e assassinato sem premeditação.

Tradicional moeda de troca, as emendas parlamentares continuam tendo importância no jogo político, especialmente em anos eleitorais. Ainda que parlamentares tenham saído fortalecidos em recentes mudanças de regras, as emendas ainda são utilizadas como instrumento de barganha por presidentes.

Na cadeia das emendas parlamentares estão, além dos deputados e senadores, o governo federal que executa a alocação dos recursos e os municípios e Estados, destinatários do dinheiro que se transforma em investimentos locais e, eventualmente, palanque eleitoral.

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Mesmo o presidente Jair Bolsonaro, que se elegeu com um discurso contra a "velha política", se utilizou das emendas parlamentares em negociações. Só na semana da votação da reforma da Previdência, por exemplo, Bolsonaro liberou R$ 1,13 bilhão em emendas publicadas em edições extraordinárias do Diário Oficial da União.

Ao longo de 2019, primeiro ano de mandato, Bolsonaro desembolsou R$ 5,7 bilhões em emendas parlamentares, valor recorde em comparação aos presidentes anteriores.

Para o Orçamento de 2020, cada um dos 513 deputados e 81 senadores pôde propor até R$ 15,9 milhões em emendas individuais.

O que é e como funciona uma emenda parlamentar?

Emendas parlamentares são recursos do Orçamento público cuja alocação é indicada por deputados estaduais, deputados federais e senadores. Recebem esse nome porque são realizadas por meio de emendas ao projeto de Orçamento estadual ou federal, que é votado anualmente pelos parlamentares para o ano seguinte.

Como prevê a Constituição Federal, é função dos congressistas legislar sobre diretrizes orçamentárias e o Orçamento anual. Em outras palavras, no âmbito federal, são os deputados e senadores que deve indicar, analisando a proposta do poder Executivo, como a União deve gastar os recursos públicos.

No âmbito estadual, a mesma tarefa cabe aos deputados estaduais. A alocação dos recursos é definida por meio de uma lei aprovada pelo Legislativo, que ao longo de sua tramitação é "emendada" pelos parlamentares. Cada político costuma direcionar dinheiro às cidades ou regiões de interesse, onde são suas bases eleitorais.

Em tese, as emendas parlamentares visam a uma melhor distribuição dos recursos públicos, já que os legisladores estão mais próximos que o Executivo de seus redutos e conhecem melhor as necessidades específicas de cada região.

Quais são os tipos de emendas parlamentares?

No caso dos recursos federais, existem quatro tipos de emendas feitas ao Orçamento:

Emenda individual: de autoria de cada deputado ou senador

Emenda de bancada: coletiva, de autoria de bancadas estaduais ou regionais

Emenda de comissão: coletiva, apresentada por comissões técnicas da Câmara e do Senado

Emenda da relatoria: indicada diretamente pelo relator do projeto

O que é a emenda impositiva?

Dos quatro tipos de emenda, dois são de execução obrigatória pelo poder Executivo: as individuais e as de bancada. Dessa forma, são chamadas de "emendas impositivas".

As emendas individuais se tornaram de execução obrigatória em 2015, depois da aprovação de uma PEC no Congresso. Até então, o governo não era obrigado a executar as emendas, e seu pagamento era utilizado como moeda de negociação com os parlamentares. Em junho de 2019, o Congresso voltou a aprovar uma nova PEC, desta vez tornando obrigatória a execução das emendas de bancada.

Na prática, os parlamentares se fortaleceram, já que garantiram maior controle do Orçamento e têm uma cota mínima de emendas a ser executada anualmente. Por outro lado, ficou menor o poder de barganha do governo federal, embora ainda possa determinar o ritmo de liberação dos recursos das emendas ao longo do ano.

A lei impõe limites ao valor total das emendas impositivas na mão dos congressistas. De acordo com o artigo 165 da Constituição, as emendas individuais "serão aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo". O texto determina que metade desse valor seja destinado a ações e serviços na área da saúde. Já as emendas de bancada podem alcançar até 1% da receita corrente líquida.

A discussão do Orçamento impositivo gerou uma crise entre o Congresso e o presidente Bolsonaro no início do ano, quando os parlamentares aprovaram um texto que, na prática, tornava obrigatória a execução das emendas de comissão e da relatoria.

Em meio ao impasse, uma fala do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, vazou em uma transmissão, gerando fortes reações. O general acusou deputados e senadores de "chantagem": "Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Fodam-se".

Depois de semanas de negociação, o Congresso recuou e ficou com o controle de cerca de metade do valor previsto inicialmente.

As emendas podem influenciar as eleições municipais 2020?

O envio de emendas a suas bases é um importante instrumento político para deputados e senadores que, em ano de eleições municipais, podem beneficiar prefeitos aliados com recursos importantes em um contexto de crise. O dinheiro, que pode ser convertido em obras ou aquisições, se transforma em visibilidade para ambas as partes e pode gerar vantagens eleitorais.

Os vereadores da Câmara de Bom Jesus do Norte, no Espírito Santo, tomaram uma atitude que vai de encontro ao que está sendo adotado por outros parlamentares. Eles aprovaram, na última quinta-feira (2), um projeto de lei que aumentará seus salários em quase 50% para a próxima legislatura. 

O texto foi encaminhado para a prefeitura do município, porém ainda não foi sancionado. Caso o prefeito sancione, os vereadores passarão a receber um salário de R$ 5.960, no próximo mandato. O valor atual é de R$ 3.960. 

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O presidente da Câmara de Bom Jesus do Norte, Alexandre Souza Prepeta (PSD), justifica o reajuste como medida necessária a defasagem do valor, uma vez que os parlamentares da cidade não recebem aumento há oito anos. O projeto teve seis votos a favor e dois contra, com a abstenção de Prepeta. 

 Porém, o momento não poderia ser menos oportuno. Em plena pandemia do novo coronavírus, diversos Estados e municípios estão voltando seus recursos para investimentos na área da saúde e podem sofrer danos em seus cofres dependendo da situação nos próximos dias. Alguns parlamentares, como os da prefeitura de Olinda - na Região Metropolitana do Recife, votaram na diminuição de seus salários em prol do aumento aos cuidados com a população. 

De acordo com Prepeta o aumento estaria dentro do orçamento da Câmara, que estaria realizando sessões normalmente, apenas com o uso de álcool em gel e máscaras pelos parlamentares.

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