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A Caixa Econômica Federal, por meio do programa Desafio de Negócios de Impacto Social, vai investir até R$ 2 milhões do Fundo Socioambiental (FSA) Caixa em cinco projetos de novas empresas de tecnologia, ou ‘startups’. As empresas irão desenvolver novas soluções para a população de baixa renda, público que responde por 55% da carteira de pessoa física do banco.

A Caixa e a organização sem fins lucrativos Artemísia, que participa do projeto, mapearam 460 empresas e selecionaram cinco delas: SmartMEI, QueroQuitar, Jeitto, DimDim e MGOV. Agora, elas vão receber até R$ 200 mil para desenvolver projetos piloto, com duração de seis meses, com foco em beneficiários dos programas Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família.

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De acordo com o gerente nacional de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental da Caixa, Jean Benevides, o banco fez esse chamamento público para poder dar uma resposta rápida ao cliente. “Temos o desafio de promover um atendimento adequado para esse público. Precisamos pensar em soluções simples, que permitam a eles se sentirem como um cidadão financeiro”, explica.

Soluções

A SmartMEI, uma das selecionadas, oferece orientação gratuita para microempreendedores individuais (MEI) na criação e operação de suas empresas. Pelo aplicativo, será possível tirar dúvidas sobre questões burocráticas e organizar obrigações legais e fiscais.

Já o aplicativo da Jeitto oferece crédito de pequenos valores e curta duração. Pelo app, será possível recarregar o celular ou fazer compras em estabelecimentos credenciados e pagar apenas no próximo mês. “Nosso objetivo é dar assistência para uma necessidade inesperada dentro de um orçamento mensal muito apertado”, explicou o sócio da empresa, Fernando Silva.

O governo dos EUA considera a possibilidade de fazer cortes orçamentários no valor de US$ 18 bilhões em programas sociais, que afetariam recursos para pesquisas na área médica, infraestrutura e desenvolvimento de comunidades.

Como o Orçamento para 2018 do presidente Donald Trup, que foi recentemente criticado tanto por democratas quanto por republicanos, os cortes têm pouca chance de serem aprovados.

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No entanto, ao contrário do Orçamento, as reduções pretendidas não são uma proposta formal da Casa Branca. Os cortes, porém, foram enviados ao Congresso como um conjunto de "opções" para assessores do Partido Republicano e advogados que elaboram um projeto de gastos para o atual ano orçamentário, que se encerra em 30 de setembro.

Os documentos chegaram num momento em que continuam negociações sobre um pacote de gastos com o intuito de evitar o fechamento parcial do governo no fim do próximo mês.

O pacote deverá incluir US$ 1,1 trilhão em projetos não concluídos e atender o pedido do governo de gastos adicionais imediatos de US$ 30 bilhões para o Pentágono. Fonte: Associated Press.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) , Silvio Costa Filho (PRB), denunciou a queda nos investimentos do Governo de Pernambuco em programas sociais. Citando dados do Portal da Transparência, o parlamentar disse que ações como o Chapéu de Palha, Mãe Coruja, Atitude, Ganhe o Mundo e Pedala PE “vem perdendo recursos gradativamente, sobretudo nos três últimos anos”.

Segundo ele, o Chapéu de Palha, por exemplo, apresentou um corte de 35% nos valores desembolsados no ano passado em relação a 2014. Foram R$ 51,8 milhões efetivamente liquidados no ano passado, ante R$ 81,3 milhões em 2014. 

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“Infelizmente o que observamos é que a queda de investimentos nos últimos anos é uma constante nas principais ações do Estado, apesar de o governo e seus representantes na Assembleia Legislativa tentarem passar a imagem de que vivemos num estado equilibrado financeiramente”, destacou durante a sessão plenária da Alepe nessa terça-feira (14). 

“São programas importantes, com foco na assistência à população. Quando se corta recursos do Chapéu de Palha, está se cortando assistência aos trabalhadores da cana-de-açúcar, fruticultura e pesca artesanal durante o período da entressafra”, acrescentou o parlamentar, pontuando a queda de R$ 5,8 milhões no programa Atitude, entre 2015 e 2016, e de R$ 18 milhões no Ganhe o Mundo entre 2014 e 2016.

Costa Filho também disse que nos últimos dois anos, o governador Paulo Câmara reduziu 9,8% os gastos com educação e 3,8% os gastos com a saúde. “O que está acontecendo com os programas sociais é o mesmo vem acontecendo com a educação, que no ano passado teve R$ 200 milhões a menos, e na saúde, que também teve o orçamento reduzido em R$ 200 milhões. É o mesmo que aconteceu também com o FEM, que teve apenas 3,5% do FEM de 2015 executados e sequer teve lançadas as edições de 2016 e 2017”, alfinetou.

Outro lado

Em resposta ao líder da oposição, o deputado Waldemar Borges (PSB) observou que o encolhimento dos investimentos decorre da necessidade de readequação dos gastos do Estado à recente realidade econômica. “Neste momento sem precedentes pelo qual passa o país, é possível que tivéssemos de diminuir muito mais drasticamente a prestação de serviços se não fosse a nossa competência em dar respostas que outros Estados não têm encontrado”, rebateu.

Corroborando Borges, o vice-líder do governo, Rodrigo Novaes (PSD), disse que “Pernambuco, assim como todo o Brasil, é vítima de um processo iniciado pela administração de Dilma Rousseff, tantas vezes defendida pelo deputado Sílvio Costa Filho”. “Reclamar agora que o Estado reduziu recursos em programas sociais é fazer um discurso fácil, que acha que vivemos o mesmo momento de anos atrás”, alfinetou.

A longa estiagem deixa os tradicionais traços de terra arrasada, plantação cinza, como se tivesse sido queimada, e animais magros, mas a situação da população é diferente de anos atrás, quando a seca expulsava os habitantes do sertão. Hoje as pessoas permanecem no Nordeste porque são atendidas por programas sociais, como Bolsa Família, Bolsa Estiagem, aposentadoria rural, instalação de cisternas e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

"Nos últimos 15 anos não se vê mais um grande número de pessoas indo para as capitais ou outros Estados, nem mercados e caminhões com alimentos sendo saqueados ou crianças morrendo de fome", diz o engenheiro agrônomo Giovanne Xenofonte, da ONG Caatinga, que mantém projetos de agroecologia em Araripe, área formada por dez cidades do interior de Pernambuco.

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Na seca de 1979 a 1983, por exemplo, 3,5 milhões de pessoas morreram por subnutrição. Em 1915 e 1932, os governos chegaram a criar "campos de concentração" para evitar que populações famintas chegassem às capitais.

Com os R$ 600 que recebe do Bolsa Família, o casal Manoel Granja de Souza, de 49 anos, e Maria Elisie, de 39 anos, cuida de oito filhos com idades entre 2 e 21 anos na área rural de Ouricuri (PE). Só o mais velho faz bicos ajudando um vizinho no corte de mandacaru.

Após perder seis vacas, "cinco por fome e uma porque comeu plástico", conforme explica Souza, ele vendeu as quatro que restaram, "antes que também morressem". Agora cria cinco galinhas. "Sem o Bolsa Família estaríamos perdidos; teria de pedir ajuda nas ruas da cidade", diz Elisie.

O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, a Funceme, Eduardo Martins, diz que programas sociais evitam a migração e cita a instalação de mais de 1 milhão de cisternas no semiárido para captar água da chuva. Elas são abastecidas por caminhões-pipa pagos pelo governo. Mas algumas famílias reclamam que ficam até três meses sem água. "A política do carro pipa é necessária, mas reforça a indústria da seca", diz Xenofonte. Há um comércio da água - retirada do rio São Francisco e de outras fontes -, e os donos de caminhões cobram de R$ 65 a R$ 130 por um carregamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornal norte-americano The New York Times dedicou um editorial nesta quinta-feira, 1º, para comentar o impeachment de Dilma Rousseff. O jornal recomenda que o presidente Michel Temer permita que as investigações sobre corrupção continuem e, mesmo com a necessidade de "cortes dolorosos" no País, seja cuidadoso ao repensar os programas sociais criados pelo PT e que levaram Dilma ao poder.

"Há passos concretos que o governo pode dar para começar a restaurar a fé dos brasileiros em sua elite política assolada por escândalos", ressalta o editorial, citando que Temer não deve atrapalhar as investigações sobre corrupção e deve rejeitar projetos que enfraqueçam os procuradores.

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O NYT destaca que desde que Temer assumiu o cargo, em maio, a economia do Brasil "melhorou modestamente" em meio às expectativas do mercado por reformas, incluindo privatizações, e uma agenda de ajuste fiscal.

"Enquanto o equilíbrio do orçamento vai exigir cortes dolorosos, Temer deve ser judicioso ao reescalonar os programas sociais que deram popularidade ao Partido dos Trabalhadores", afirma o editorial. "Até que os brasileiros possam eleger um novo presidente em 2018, ele poderia honrar o processo democrático do País ao permanecer razoavelmente fiel em direção à plataforma que eles endossaram."

Dilma Rousseff, destaca o editorial, classificou sua saída de golpe de seus opositores e o texto cita uma declaração da dirigente em que diz que uma "poderosa força conservadora e reacionária" está interrompendo o processo democrático no País. "Será uma vergonha se a história provar que ela está certa", afirma o texto.

O NYT ressalta, porém, que os eventos que provocaram a queda de Dilma "são mais complexos do que ela admite". O jornal destaca que a popularidade da presidente despencou com a recessão na economia e a dirigente não conseguiu criar uma coalização para governar.

O NYT menciona ainda que quando as investigações sobre corrupção chegaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma "abusou de sua autoridade" nomeando ele como ministro com o objetivo de proteger o ex-dirigente de um processo.

O editorial destaca também que Dilma prometeu seguir lutando contra seus opositores e que a saída da presidente de cena marca o fim de 13 anos de uma "política transformadora" do PT, que reduziu a pobreza do País, colocando milhões na classe média, mas perdeu o apoio com a crise econômica.

Passado o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e confirmado o seu afastamento definitivo, o presidente em exercício Michel Temer prepara uma revisão na área social, com mudanças em programas petistas, a retomada da reforma agrária e a implementação de iniciativas de impacto eleitoral. O objetivo do novo governo é desconstruir o discurso de que a gestão peemedebista representaria um retrocesso, além de se aproximar das camadas mais pobres, que formaram a principal base de apoio às gestões Dilma e Luiz Inácio Lula da Silva.

A proposta é "repaginar" pelo menos cinco programas considerados bandeiras do PT - Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Ciência sem Fronteiras, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Transposição do São Francisco - e lançar outros dois - um destinado a atender crianças da primeira infância e outro de reforma de casas populares, com recursos federais.

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Após as eleições municipais, Temer deve lançar um plano de inclusão produtiva, que pretende dar uma nova cara ao Bolsa Família. Depois de anunciar um reajuste de 12,5% no valor do benefício, o Planalto quer combater a informalidade no mercado de trabalho verificada entre os atendidos pelo programa - cerca de 14 milhões de famílias. A ideia é estimular que tenham carteira de trabalho assinada, garantindo o recebimento do benefício por um a dois anos mesmo depois de empregados.

"Não tem nenhum retrocesso na agenda social, só temos uma visão diferente: o governo anterior tinha uma visão mais assistencialista, enquanto nós achamos que as pessoas não precisam se conformar com o benefício", disse ao Estado o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra. "Da maneira como está, ninguém sai do Bolsa Família, só entra."

O governo estuda ainda organizar pequenas incubadoras de startups para jovens beneficiados e parcerias com gigantes do setor de informática a fim de estimular o empreendedorismo. Prefeitos cujos municípios registrem a maior proporção de famílias emancipadas receberão diploma das mãos de Temer, fortalecendo o discurso de combate à pobreza, e serão premiados - o valor deve ficar entre R$ 100 mil e R$ 3 milhões, segundo Terra.

O roteiro para os primeiros meses do governo efetivo de Temer inclui o lançamento do Criança Feliz, projeto que prevê o acompanhamento de crianças de até 3 anos que são filhas de beneficiários do Bolsa Família. "Os programas de desenvolvimento (social) serão mantidos e majorados. O governo busca normalizar e pacificar o País", disse o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha.

O Estado apurou que Temer deverá anunciar no próximo mês uma nova política de reforma agrária, conferindo aos beneficiados o título de domínio da propriedade e retirando de movimentos sociais, como o MST, o papel de selecionar as famílias. O Planalto também pretende corrigir distorções apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou até casos de servidores públicos beneficiados com a distribuição de terras.

No dia 9 deste mês, Temer lançou um programa de revitalização de R$ 1,2 bilhão da Bacia do Rio São Francisco intitulado "Novo Chico", que inclui recuperação de áreas, controle de processos erosivos e a implementação de técnicas de irrigação mais modernas. A transposição e a recuperação do rio foram uma das principais bandeiras da campanha à reeleição de Dilma, impulsionando seu desempenho no Nordeste - depois de muitos atrasos, a obra só deverá ficar pronta em 2017.

Educação

Outra marca de Dilma que será alterada é o Pronatec, que deverá oferecer cursos mais voltados para a realidade de cada município. Até aqui uma das mudanças mais drásticas implementadas pelo governo Temer se deu no Ciência sem Fronteiras, considerado um dos "xodós" da petista.

O programa será reformulado, com o fim das bolsas para graduação, e dará prioridade a jovens pobres do ensino médio matriculados em escolas públicas. "Eles estão destruindo esses programas e reduzindo recursos para a educação", criticou o ex-ministro Miguel Rossetto, um dos auxiliares mais próximos de Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente interino Michel Temer escreveu uma carta ao Congresso Nacional na qual diz que possui compromisso com os programas sociais e critica a gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff.

No documento, enviado nessa sexta-feira (8) aos parlamentares, Temer diz que melhorias em programas como o Bolsa Família e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) são prioridade do seu governo.

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Ao citar o reajuste de 12,5% que será concedido ao benefício médio do Bolsa Família neste mês, o presidente interino mencionou os valores e disse que o aumento “é superior aos 9% anunciados em maio e não concretizados pela gestão anterior e está acima da inflação dos últimos 12 meses”.

De acordo com Temer, foram repassados mais de R$ 200 milhões para 2.650 prefeituras que atendem crianças beneficiadas com o programa em creches. “Estamos honrando os compromissos que não foram cumpridos no governo anterior e liberando a segunda parcela do que deveria ter sido pago em 2015”, disse.

Segundo o presidente interino, o governo trabalha “incessantemente” para que as famílias melhorem sua renda e deixem de depender do Bolsa Família. Ele afirmou também que tem atuado para “aperfeiçoar os mecanismos de transferência de renda para a população mais pobre”.

“Não podemos permitir que estes importantes benefícios tenham sua trajetória desviada e, para isso, determinei uma atualização do cadastro de beneficiários, fazendo com que os recursos cheguem efetivamente para aqueles que realmente precisam”, escreveu.

Segundo a mensagem, o governo tem priorizado também a educação ao autorizar a criação de 75 mil vagas no Fies e a destinação dos recursos faz parte do entendimento de que a diminuição da desigualdade no país passa pela educação.

“Para esse governo, a educação é fundamental para o País. Por isso, ampliando as ações nessa área, liberamos R$ 700 milhões para programas destinados à educação”, diz.

Em 2014, havia 67 milhões de domicílios particulares no País. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) daquele ano mostrou alto conhecimento sobre a existência do Cadastro Único ou de programas sociais federais. Em apenas 6,3% (4,2 milhões) dos domicílios brasileiros nenhum morador tinha ouvido falar do Cadastro Único ou de algum dos quatro programas sociais citados pelos entrevistadores (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec e Tarifa Social de Energia Elétrica).

O desconhecimento total do cadastro ou dos programas foi maior nas regiões Sul (em 7,2% dos domicílios ninguém conhecia) e Norte (7,1%). No Nordeste, apenas 4,7% dos domicílios tinham moradores que não conheciam o cadastro ou os programas sociais do governo. Na região Sudeste, o desconhecimento total foi detectado em 6,8% dos domicílios e, no Centro-Oeste, em 6,6%.

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Entre os mais pobres (domicílios com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa) que conhecem o Cadastro Único ou algum programa social, 78,8% tentaram acesso aos programas. Ou seja: de cada cinco domicílios muito pobres, em quatro houve tentativa de obter benefícios federais. Os que não procuraram ajuda representam 21,2% do total daqueles que têm conhecimento da existência dos programas ou do Cadastro Único.

O Cadastro Único era conhecido em 59,4% dos domicílios pesquisados. Em 34,3%, os moradores não conheciam o cadastro, mas sabiam da existência de pelo menos um programa social. E em 6,3% não conheciam nem o cadastro nem os programas sociais. A pesquisa não permite comparações, pois foi feita somente no ano de 2014.

“É preciso resgatar a credibilidade do Brasil”. O presidente interino da República, Michel Temer, fez o primeiro pronunciamento oficial após o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. Em rede nacional, o peemedebista garantiu que o atual governo manterá os programas sociais, lutará pelo ressurgimento da economia nacional e buscará uma gestão baseada no diálogo. 

No intuito de fazer um “governo de salvação”, Temer defendeu a reconstrução de um terreno favorável aos investimentos, parcerias público-privadas e medidas cujo enfoque seja a empregabilidade. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer. O Brasil ainda é, infelizmente, um país pobre. Portanto é uma agenda difícil, complicada, mas será possível, baseada pelo diálogo e pela conjugação de esforços”. 

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O novo chefe de Estado foi enfático: manterá todos os programas sociais que “deram certo” nas anteriores gestões comandadas pelo Partido dos Trabalhadores. “Bolsa Família, Pronatec, Prouni. Você tem que prestigiar aquilo que deu certo. Precisamos acabar com a mania do novo destruir tudo aquilo que o antecedeu”, argumentou Temer em sua primeira fala como presidente do Brasil. 

Uma “democracia da eficiência”

Preocupado com as prováveis dissidências que enfrentará por aqueles contrários ao afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer ressaltou, em repetidos momentos, uma necessidade de apoio, união, entendimento entre as diferentes classes políticas e a sociedade em si. O presidente em exercício promete que a “moral pública será permanentemente buscada, por meios dos instrumentos de controle de desvios”. 

Segundo Temer, a Operação Lava Jato se tornou referência e terá todos os aparatos necessários para o seu prosseguimento. “Buscaremos o que chamo de ‘democracia da eficiência’. Conto com o trabalho dos ministros, do parlamento e do povo. Quanto mais cedo formos capazes de reequilibrar as contas públicas, mais rápido conseguiremos retomar o crescimento”. 

Mais cortes e a importância das Olimpíadas

Ao citar a eliminação de ministérios como a primeira medida do seu governo, Temer garante que não irá “parar por aí” e novamente prometeu a extinção de cargos comissionados e funções gratificadas. Para a reinserção internacional da economia, o peemedebista enxerga nas Olimpíadas um momento único para o País. 

“Em agosto, o Brasil estará no centro do mundo. Jornalistas de vários países estarão presentes para reportar o evento e, muito além do esporte, as pautas se voltarão para as condições políticas e econômicas do país. Não podemos olhar para frente com os olhos de ontem”, pontificou. 

No final, Temer declarou seu “absoluto respeito institucional” a Dilma Rousseff e disse que não estava em busca de unanimidade, mas sim de harmonia entre os poderes. E finalizou: “peço a Deus que abençoe a todos nós. A mim, minha equipe, congressistas, poder judiciário e ao povo brasileiro. Um bom Brasil para todos nós”. 

Às vésperas da votação que pode abrir oficialmente a investigação para o impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, neste sábado (7), ser uma pessoa honesta ao contrário, segundo ela, da maioria dos que a acusam. Cumprindo agenda em Palmas, no Tocantins, a petista endossou o discurso de que impeachment é golpe e pontuou a tentativa dos que o defendem de extrair os programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida da gestão federal.

“Não tenho contas no exterior, eu não recebi dinheiro de propina e não recebo dinheiro de corrupção. Falam que eu sou uma pessoa dura. Eu não sou uma pessoa dura, sou uma pessoa honesta, é diferente”, cravou, sem mencionar o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB), em discurso veiculado pela TV estatal NBR. “Não pratiquei crime e o que estão tentando fazer é um golpe”, acrescentou.

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A presidente aproveitou o discurso para reforçar ainda o discurso de que ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram escolhas diferentes para o país do que os seus antecessores. “Optamos pelo crescimento do Brasil, por gerar emprego e reduzir desigualdades. O país tem um imenso mercado interno e esses inúmeros consumidores que saíram da pobreza extrema passam a ter direito a consumir”, frisou.

Para Dilma, a pior tese pregada pela oposição, entre eles o vice-presidente Michel Temer, é a extinção de programas como o Bolsa Família. “Querem fazer economia com o dinheiro dos mais pobres, por isso eles jamais se elegeram”, disparou. “O Brasil só vai ser um grande pais se agente preservar a democracia. Foi ela que permitiu a gente tirar o país do mapa da fome. Se querem fazer um julgamento do meu governo recorram ao povo brasileiro e não ao impeachment”, completou.

Com chances reais de ser afastada do mandato com a instauração do impeachment na próxima semana, a presidente disse ainda que vai continuar “lutando contra o pedido de impeachment em análise no Senado porque ele não tem base legal”.

O grupo do vice-presidente Michel Temer defende a continuidade de programas sociais, mas vê espaço para revisar as políticas em busca de melhor "eficácia". A recessão e a frustração de receitas devem motivar uma "agenda de avaliação" para uma gestão Temer, segundo especialistas da área que atuam com o vice.

Os principais programas na área social, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Pronatec, vão consumir mais de R$ 40 bilhões do orçamento em 2016. Outra fonte de recursos que tem sido usada para abastecer os programas é o FGTS. O valor seria maior, mas o governo tirou R$ 25 bilhões dessas vitrines da gestão petista ao se ver obrigado a mostrar que "cortava na carne" para garantir o esforço fiscal.

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Essa reavaliação sobre a eficiência dos programas sociais permitiria revalorizar aqueles com maior "taxa de sucesso". Visto como exemplo pela equipe de Temer, o Bolsa Família deve ter os benefícios reajustados, medida que traria apoio da população de baixa renda.

Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica no governo Lula e cotado para assumir um ministério, defende que um órgão externo independente faça a avaliação dos programas. O objetivo é encontrar falhas a partir de quatro pontos: o grau de eficácia das ações, os objetivos que foram colocados quando foram lançados, o público que é beneficiado e alternativas para melhorar a eficiência.

"Em comparação com os demais países, o que nós conseguimos é pouco perto dos recursos que gastamos", diz Lisboa. "Esse diagnóstico existe pontualmente em alguns programas, mas ainda tem um longo caminho a percorrer", afirma o ex-secretário.

Eufemismo

Para a equipe da presidente Dilma Rousseff, a "remodelagem" defendida por Temer é eufemismo para cortes. Argumentam que eventual gestão Temer tem cerne no aperto fiscal, o que seria incoerente com a proposta de valorização da área social.

"Dizer que vai ampliar programa social e ao mesmo tempo cortar subsídio em um choque de ajuste fiscal é como falar de círculo quadrado, completamente contraditório", diz Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) acusa o governo PT de "ação terrorista". "Não vai haver fim de programas sociais. O PT está voltando à época da eleição de 2014. Essa conversa repetida não cola mais."

Iniciativa do governo

Sem dinheiro no caixa, a área econômica da presidente Dilma Rousseff começou a reavaliar os programas sociais para reduzir o volume de subsídios, além de impor mais critérios para ter acesso aos benefícios. O movimento, no entanto, sofreu forte resistência por parte do PT e não avançou como se esperava para garantir uma melhoria do resultado fiscal.

Somente quase um ano e meio depois do início do segundo mandato é que o governo criou, no início deste mês, o Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais (CMAP). Com caráter interministerial, o comitê terá de fazer a avaliação da eficácia do impacto das políticas e de programas selecionados e propor alternativas de ajustes.

A velocidade do ajuste nos programas foi fonte de discórdia entre o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy e o atual, Nelson Barbosa, que comandava o Planejamento. Levy queria cortes maiores. O governo cortou recursos para o programa educacional Ciência Sem Fronteiras, mexeu nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que banca empréstimos para estudantes do ensino superior em instituições de ensino privadas, e reduziu verbas para o Pronatec, de qualificação profissional dos trabalhadores.

Eficiência

No início de 2015, quando a nova equipe econômica prometeu um ajuste fiscal forte para reequilibrar as contas públicas, o governo chegou a criar um grupo de trabalho para analisar quais programas sociais poderiam ser cortados para ajudar no cumprimento da meta fiscal. O discurso na época era o de melhoria de gasto, o mesmo que vem sendo usado pela equipe que prepara o plano de governo do vice-presidente Michel Temer. O prazo para a conclusão do grupo de trabalho terminou sem o governo apresentar um plano de avaliação dos programas.

Segundo a área técnica do governo, um dos obstáculos para avançar nesse trabalho é a dificuldade política de apresentar mudanças nos programas sem perder apoio da população.

Oito dos nove principais programas sociais que entraram em vigor ou tiveram seu auge nos governos Lula e Dilma perderam recursos no ano passado, segundo levantamento do Estado com base em dados do Orçamento da União.

Dos oito programas sociais afetados, quatro tiveram corte nominal e outros quatro perderam verba por causa da inflação, que em 2015 registrou a maior alta desde 2002. Ou seja, até programas que tiveram mais orçamento em termos nominais viram seu valor ser corroído e registraram perda real em relação a 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acusou a presidente Dilma Rousseff de mentir no vídeo em que ela faz sua defesa contra o processo de impeachment. Sem citar o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o tucano diz que Dilma mentiu ao dizer que seus adversários vão acabar com os programas sociais.

"A presidente da República mais uma vez mente, como mentiu na campanha eleitoral, dizendo que seus adversários vão acabar com os programas sociais. Quem está acabando com os programas sociais é ela, pela incompetência desse governo que quebrou o Brasil", afirmou Aécio em vídeo postado em suas redes sociais neste sábado (16).

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No vídeo postado na sexta-feira nas redes sociais, Dilma afirmou que os "golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder será necessário impor sacrifícios à população brasileira". "Querem revogar direitos e cortar programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Ameaçam até a educação", acusou a petista.

Mais cedo, o próprio vice-presidente também reagiu ao vídeo de Dilma. Em suas redes socais, Temer negou que irá acabar com programas sociais, como o Bolsa Família, caso assuma ao governo federal. "Leio hoje nos jornais as acusações de que acabarei com o bolsa família. Falso. Mentira rasteira. Manterei todos programas sociais", escreveu o peemdebista no Twitter.

Aécio afirmou que esperaria que Dilma reconhecesse no vídeo os "inúmeros equívocos de seu governo" e fizesse um "mea culpa pelo caos em que se transformou a vida de milhares de brasileiros. "Mas, de novo, a arrogância e a mentira prevaleceram", criticou o presidente nacional do PSDB.

O tucano afirmou ainda que a votação do impeachment neste domingo, 17, será um "momento histórico" e defendeu que é preciso serenidade e respeito à constituição. "Mas o Brasil agradeceria se a presidente nos surpreendesse no final, nos brindasse com algo que foi extremamente raro neste governo, mas que é extremamente simples de fazer: dizer a verdade", disse.

A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta sexta-feira, 8, que o governo federal está fazendo um grande esforço para não parar programas sociais importantes como o "Minha Casa, Minha Vida" (MCMV). "Nada, nenhuma dificuldade pela qual o País passa vai fazer com que paremos esse programa. Temos recursos reservados e o compromisso com o povo de jamais interromper o Minha Casa, Minha Vida", afirmou a presidente, durante a entrega de unidades do programa habitacional em Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Ao exaltar as qualidades do MCMV, Dilma afirmou se tratar do maior programa habitacional do mundo em proporção ao tamanho da população brasileira. "Ainda falta entregar um milhão e meio de moradias, que estão em construção ou já foram contratadas", detalhou, afirmado que o País chegará ao fim de 2018 com mais de 6 milhões de unidades habitacionais subsidiadas pelo governo.

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Voltando a argumentar que o déficit habitacional brasileiro não poderia ser solucionado operando pela lógica do mercado, Dilma defendeu a escolha dos governos petistas de usar recursos de impostos para completar a renda das famílias para garantir a casa própria.

De acordo com a presidente, além de resolver o problema da falta de moradia dos brasileiros mais pobres, o programa beneficia o País de outra forma, pois também gera empregos para o setor da construção. "Todo o Brasil se beneficia quando sua população tem melhores condições de vida", afirmou.

Dilma citou ainda que a casa própria dá mais segurança às famílias e permite que pais criem seus filhos em melhores condições. "Nos programas educacionais do governo, 35% dos formandos eram os primeiros a cursar uma universidade na família. Nós queremos que 100% das famílias possam ter um formando na universidade".

A entrega de moradias foi a segunda agenda de Dilma no Rio. Ele ocorreu na cerimônia de entrega de mil unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Simultaneamente, ocorreram entregas em Balsas (MA), Canaã dos Carajás (PA), Tailândia (PA), Jaciara (MT) e Belo Horizonte (MG), totalizando 4.452 moradias.

Na manhã desta sexta-feira, a presidente participou da cerimônia de inauguração do Centro Olímpico de Esportes Aquáticos, localizado no Parque Olímpico da Barra, também no Estado. Ainda na ocasião, a presidente fez uma entrega simbólica de 146 ambulâncias ao governo do Rio para reforçar atendimento a torcedores que acompanharão os Jogos.

Mesmo com dificuldades para fechar as contas em 2016, o governo decidiu preservar do contingenciamento a ser anunciado depois do carnaval os orçamentos do programa Bolsa Família, do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do programa Minha Casa Minha Vida.

Segundo fontes da equipe econômica ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os três programas não serão atingidos pelo corte, que será anunciado juntamente com a reavaliação de receitas e despesas, até 12 de fevereiro.

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A previsão do governo é gastar com os três programas R$ 53,8 bilhões em 2016, segundo dados do Ministério do Planejamento. A decisão de poupar essas despesas reduz ainda mais o espaço para cortes no orçamento federal, já restrito por causa do peso dos gastos obrigatórios com salários, despesas da Previdência Social e mínimos constitucionais. As informações são de que o montante a ser contingenciado no orçamento ainda está sendo discutido.

Apesar do plano de manter os recursos para esses programas, o Minha Casa Minha Vida e o Fies já haviam sofrido ajustes no ano passado. No caso do programa habitacional, o orçamento original de 2016 previa gastos de R$ 15,5 bilhões, mas, por causa do ajuste fiscal, o governo anunciou um corte de cerca de R$ 8,6 bilhões, o que reduziu a previsão de recursos para R$ 6,9 bilhões. Para compensar, o governo aumentou os financiamento do programa com recursos do FGTS.

Já o Fies foi um dos primeiros programas a ser reformulado pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, quando ele assumiu a Fazenda, no início do ano passado. O governo aumentou taxas de juros para reduzir subsídios, endureceu regras para a concessão dos benefícios e priorizou estudantes de universidades mais bem avaliadas.

Em 2016, o orçamento do programa ficou em R$ 18,8 bilhões, em comparação a R$ 17,8 bilhões gastos em 2015. O número de novos contratos do programa, porém, deve ficar abaixo do registrado no ano passado.

No caso do Bolsa Família, o orçamento passou de R$ 27 bilhões em 2015 para R$ 28,116 bilhões neste ano, e há uma discussão no governo para aumentar o valor pago aos beneficiários do programa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeitos de Pernambuco vão realizar um ato, na próxima segunda-feira (26), em defesa dos municípios. Na mobilização, que vai acontecer na sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) às 10h, os gestores pretendem divulgar para população o que eles denominam de “números da crise econômica”. A ideia, de acordo com Associação Municipalista (Amupe), é divulgar as dificuldades das prefeituras em fechar as contas mensais. 

“Muitos deles não aguentam mais e já falam que vão parar. Esse ato é mais um grito de socorro diante da falta de recursos e as constantes quedas do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] que vem afetando as obrigações dos municípios para dar uma qualidade de vida digna aos seus moradores”, frisou o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB).

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Segundo Patriota, o foco principal é cobrar do Governo Federal mais atenção aos municípios. “Os prefeitos reclamam também dos programas sociais do Governo Federal que chegam para os municípios sem os recursos suficientes para dar andamento, ficando a carga onerosa para os municípios. Como ente federativo, os municípios querem igualdade na divisão tributária da União e que o país encontre logo caminhos para sair dessa crise esmagadora que afeta a todos”, enfatizou lembrando da importância do novo pacto federativo.  

Além do corte de despesas no Orçamento da União deste ano, que deve ser da ordem de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, o governo vai reduzir a previsão de receitas e de gastos obrigatórios. Também vai alterar a projeção oficial para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação. As mudanças serão anunciadas até sexta-feira.

A maior parte do corte será feita pela retenção de despesas discricionárias (que não são obrigatórias), como investimentos e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que envolve diversos ministérios. Também serão cortados investimentos financeiros, como os gastos com o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, do Ministério das Cidades, comandado pelo PSD do ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. O corte desse tipo de despesa deve somar cerca de R$ 65 bilhões.

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na segunda-feira, 18, que o contingenciamento planejado pela equipe econômica é uma "disciplina nas despesas discricionárias" e que o número em estudo vai provar que o governo "está respeitando todas as suas responsabilidades e cortando na carne".

Segundo Levy, o objetivo é retomar o nível de gastos discricionários de 2013, de R$ 227 bilhões. "Na medida em que 2014 foi um ano de certo excesso, o que levou a um déficit primário, e não queremos repetir isso, estamos voltando para (os níveis de) 2013, que foi relativamente de expansão", disse Levy.

Outros R$ 10 bilhões, aproximadamente, serão obtidos por meio de uma redução na estimativa de gastos obrigatórios. Essa despesa, que envolve pagamentos de salários e encargos a servidores e benefícios públicos, não pode ser simplesmente cortada. O que o governo vai fazer é reduzir a estimativa de gastos.

A redução na previsão de gastos obrigatórios será principalmente obtida por meio das Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem a concessão de benefícios como seguro-desemprego e pensões por morte, em votação no Senado. Essas MPs originalmente renderiam uma economia de R$ 18 bilhões, mas, depois de atenuações feitas na Câmara, o governo estima ter perdido de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões.

A equipe econômica também vai fazer um ajuste no lado das receitas previstas no Orçamento. Isso porque será reduzida a projeção oficial para o crescimento do PIB.

O Orçamento enviado ao Congresso no ano passado previa um avanço do PIB de 1,8%. No fim de 2014, o governo reduziu essa previsão para 0,8%, mas a estimativa de receitas continuou inflada. O mercado estima que 2015 terminará com a maior recessão em 25 anos, com uma queda de até 1,5% no PIB. Quanto menor o crescimento, menor é a arrecadação.

Por outro lado, a inflação mais alta aumenta a entrada de recursos nos cofres da Receita Federal. Técnicos da equipe econômica avaliam que a redução na previsão de arrecadação poderá ser menor do que especialistas estimam.

A Câmara deve analisar na quarta-feira (20) o projeto de lei que revisa as desonerações da folha de pagamentos. Porém, os deputados, ecoando pedidos dos empresários, devem atuar para que o aumento de impostos seja gradual e comece em 2016. Já o Senado começará a votar as medidas provisórias que restringem benefícios trabalhistas e previdenciários.

Com isso, na quinta-feira (21), o governo terá um quadro claro de quanto poderá perder com as medidas no Congresso e, assim, definir um corte de gastos para "complementar" eventuais derrotas.

Impostos

A Fazenda prepara novos aumentos de impostos. Segundo Levy, a lei obriga o governo a tomar medidas quando as receitas se mostram insuficientes. "Se verificarmos que a receita não comporta o cumprimento da meta (fiscal), a gente toma medidas. Temos de avaliar se é questão de ampliar ainda mais os cortes ou que outra medida temos que fazer. Isso é tranquilo e é o que a lei manda."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começa nesta segunda-feira (18) o pagamento do Bolsa Família em todos os estados, que seguirá até o dia 31 deste mês. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), uma quantia de $ 2,3 bilhões irá complementar a renda de cerca de 13,7 milhões de famílias em maio. O valor médio do beneficio é de R$ 167,95.  

O auxílio é pago nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. Para saber em que dia sacar o dinheiro, a família deve observar o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) impresso no cartão. Para cada final do NIS, há uma data correspondente por mês que indica o primeiro dia em que a família pode fazer o saque. Os recursos ficam disponíveis para saque durante 90 dias. 

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O programa Bolsa Família funciona de duas formas: transferindo a cada mês uma quantia em dinheiro diretamente às famílias; e acompanhando, nas áreas de saúde e educação, as crianças, os adolescentes e as mulheres grávidas que fazem parte do programa. O valor repassado depende do número de membros da família, da idade de cada um e da renda declarada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 

As famílias que fazem parte do programa recebem o valor todo mês do Governo Federal. O saque é feito com cartão emitido em nome do responsável familiar, que é preferencialmente mulher. O depósito também é calculado por um sistema e depende do tamanho da família, da idade das pessoas e da renda que todas as pessoas da família recebem, por isso, as famílias podem receber valores diferentes. 

Quem pode receber 

Para fazer parte do programa, a família precisa ter seus dados registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O cadastramento é feito somente pelas prefeituras, que também devem orientar as famílias. 

Podem ser selecionadas para participar do Bolsa Família:

- Famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 77, mesmo que não tenham gestantes, crianças ou adolescentes na família; e

- Famílias com renda familiar mensal por pessoa entre R$ 77,01 e R$ 154 e que tenham gestantes, crianças ou adolescentes em sua composição.

A prioridade na seleção é dada a partir das informações de renda mensal por pessoa e pela quantidade de crianças e jovens com idade de 0 a 17 anos na família. 

A inscrição da família no Cadastro Único não garante a entrada automática no Bolsa Família. Mas ao se inscreverem no Cadastro Único, elas podem ter acesso a outros programas sociais, como o Pronatec (cursos para qualificação profissional); a Tarifa Social de Energia Elétrica; o Minha Casa Minha Vida; a Carteira do Idoso; as Cisternas; entre outros. E, se a família estiver dentro das regras, ela pode fazer parte de mais de um programa — por exemplo, ser do Bolsa Família e ter uma pessoa matriculada em cursos do Pronatec.

Com informações da assessoria

A Prefeitura de Taquaritinga do Norte, município localizado no Agreste de Pernambuco, está com inscrições abertas para concurso público. Ao total, são 28 vagas para os níveis fundamental, médio e superior. O certame é voltado para atender programas sociais. 

Para quem tem ensino fundamental, há vagas para instrutor de beleza nas especialidades de cabeleireiro e manicure e pedicure, professor de capoeira, dança ballet e regional contemporânea. Para nível médio, os cargos são de entrevistador do Bolsa Família, educador social/entrevistador de campo, orientador social, professore de informática, futebol e artesanato. Já o nível superior oferece vagas para assistente social, psicólogos e coordenador do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). 

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As remuneração podem chegar a R$ 1 mil, além de R$ 35 a hora/aula. A jornada de trabalho varia entre 40h e 80 horas. As inscrições podem ser realizadas até o dia 8 de maio na sede da Secretaria de Ação Social, localizada na Rua Raul de Souza Amaral, sem número, centro da cidade.

O certame é composto por análise curricular e checagem da documentação. Mais informações podem ser obtidas pelo edital do concurso.

 

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, nesta sexta-feira (6), a aplicação do ajuste econômico do governo e disse que o Brasil entra – a partir de agora - em uma nova fase de enfrentamento da crise. Segundo Dilma, diferentes medidas serão necessárias para ultrapassar a etapa atual e os ajustes têm o objetivo de manter programas sociais, emprego e renda.

“Estamos entrando agora em nova fase de enfrentamento da crise. Várias medidas diferentes serão necessárias. Uma nova trajetória (é necessária) para que possamos crescer. Não é que nós iremos querer voltar atrás para algum outro momento. Não. Queremos melhorar ainda mais o que nós já conquistamos. Por isso é que estamos fazendo essas correções e esses ajustes”, disse a presidenta após referir-se a crise financeira internacional de 2008.

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“Estamos fazendo um imenso esforço para que o Brasil continue fazendo programas sociais, mas também amplie os investimentos, tenha uma economia próspera e continue gerando emprego e renda para toda a população. Esse esforço passa por correções. Mas as correções não são um fim em si mesmas, é para garantir programas como esses que fazemos”, acrescentou Dilma.

As declarações foram feitas durante discurso na cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Araguari (MG). A presidenta reafirmou que a terceira etapa do programa terá a meta de contratar mais três milhões de moradias até o final de 2018. “Com isso vamos chegar bem próximos de uma perspectiva de solucionar integralmente a questão de habitação em faixas de renda mais baixas”, disse.

Em Araguari (MG), a presidenta entregou as chaves de unidades habitacionais do Residencial Bela Suíça II. Serão entregues também moradias no Residencial Bela Suíça III. No total, serão 1.472 unidades. As casas têm área privativa de 44,77 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

O público que se concentrou na Praça dos Três Poderes para assistir ao discurso da presidente Dilma Rousseff no parlatório do Planalto reagiu positivamente quando a petista mencionou os programas sociais criados nos últimos 12 anos.A presidente foi amplamente aplaudida pelas cerca de 15 mil pessoas quando prometeu dar continuidade a programas sociais e mencionou nominalmente o Minha Casa Minha Vida, o Prouni, o Fies e o Ciências Sem Fronteiras. "Nenhum direito a menos", disse Dilma sob aplausos.

Após Dilma falar em um ajuste econômico sem a revogação de direitos, o público entoou coros de apoio à presidente: "Dilma de novo com a força do povo".

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Parte do público era formada por militantes ligados a centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

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