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A proibição a celebrações religiosas em São Paulo durante a fase mais restritiva do plano de combate ao coronavírus foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). O Partido Social Democrático (PSD) entrou com uma ação contra o decreto do governador João Doria (PSDB) que, no pacote de medidas para enfrentamento da pandemia, proibiu os templos de abrirem as portas para atividades coletivas. O processo foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes.

Na ação, a legenda argumenta que, ao estabelecer restrições totais às celebrações, a gestão Doria atribuiu valores distintos a direitos equivalentes: o direito coletivo à saúde e o direito à liberdade religiosa e de culto. Para o PSD, além de inconstitucional, a medida é 'desproporcional' e 'desnecessária'.

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"Ainda que se considere uma mera restrição à liberdade religiosa em face do direito coletivo à saúde, proibir totalmente as atividades religiosas coletivas é medida manifestamente desproporcional, pois, à toda evidência, embora pareça ser uma medida adequada, é flagrantemente desnecessária e desproporcional, em sentido estrito", argumenta o partido.

O pedido levado ao Supremo é para a derrubada do trecho do decreto que dispõe sobre as atividades religiosas ou, em um 'plano B', que o governo estabeleça limitações alternativas e menos restritivas às celebrações em ambientes fechados. Por enquanto, os templos só podem receber fieis individualmente.

Além do PSD, o Conselho Nacional de Pastores do Brasil também entrou com uma ação semelhante. O decreto em questão foi anunciado no último dia 11, quando Doria determinou a 'fase emergencial' no Estado até o final do mês. A nova classificação prevê restrições a 14 atividades, incluindo o funcionamento presencial de lojas de construção e de eletrônicos, atividades esportivas e o oferecimento de serviços de retirada de compras (os chamados 'take away').

A medida obedeceu orientação do Centro de Contingência e foi tomada depois que o Ministério Público de São Paulo emitiu recomendação para excluir as igrejas do rol de atividades essenciais.

Após ser afastada do cargo de deputada federal, Flordelis (PSD) foi socorrida para o Hospital Niterói Dor, em Icaraí, Rio de Janeiro, na noite desta última terça-feira (23). A assessoria da parlamentar confirma que o uso excessivo de medicamentos motivou o internamento de Flordelis.

A assessoria aponta ainda que a overdose aconteceu após a "injusta decisão do pedido de seu afastamento do mandato de deputada federal, com a justificativa de que atrapalharia as investigações que, pasmem, encerraram na primeira fase", disse.

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"A expectativa de familiares e amigos é que a Deputada possa estar restabelecida e fora do CTI em breve e que tenha o seu amplo e irrestrito direito de defesa garantido, como prevê a lei", pontua a assessoria de Flordelis.

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A deputada foi afastada nesta última terça-feira (23), por determinação dos desembargadores da 2ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Os magistrados acompanharam, por unanimidade, o voto do relator, desembargador Celso Ferreira Filho, que determinou, no prazo de 24 horas, o encaminhamento da decisão à Câmara dos Deputados para apreciação e deliberação.

A parlamentar é acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo. Além do afastamento do cargo, Flordelis e mais 10 acusados, entre filhos naturais e adotivos, aguardam a decisão da 3ª Vara Criminal de Niterói para saber se irão a júri popular.

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiram pela suspensão do exercício das funções públicas da deputada federal Flordelis na Câmara dos Deputados. Os magistrados acompanharam, por unanimidade, o voto do relator, desembargador Celso Ferreira Filho, que determinou, no prazo de 24 horas, o encaminhamento da decisão à Câmara dos Deputados para apreciação e deliberação.  Também votaram pela suspensão da deputada o desembargador Antonio José Ferreira de Carvalho e a desembargadora Kátia Maria Amaral Jangutta.

A parlamentar é acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo. Além do afastamento do cargo, Flordelis e mais 10 acusados, entre filhos naturais e adotivos, aguardam a decisão da 3ª Vara Criminal de Niterói para saber se irão a júri popular.

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“Estou votando, portanto, para conhecer do recurso no sentido de dar a ela provimento para determinar a suspensão do exercício de qualquer função pública da recorrida, inclusive, a parlamentar até o exaurimento completo do julgamento final, pelo prazo máximo de um ano, remetendo-se a presente decisão, em 24 horas, à colenda Câmara dos Deputados, para que delibere na forma prevista do artigo 53, parágrafo 2º, da Constituição Federal”, declarou.

Em seu voto, o desembargador Celso Ferreira Filho destacou o fato de a condição de parlamentar possibilitar à deputada uma situação privilegiada em relação ao demais réus em relação à construção de sua defesa no processo.

“Inicialmente é de se assinalar ser irrefutável que a condição de parlamentar federal que ostenta, no momento, a ora recorrida, lhe proporciona uma situação vantajosa em relação aos demais corréus da ação penal originária. Tanto assim, que não foi ela levada ao cárcere. Inquestionável, também, que o poder político, administrativo e econômico da ora recorrida lhe assegura a utilização dos mais diversos meios, a fim de fazer prevalecer a sua tese defensiva.”

O desembargador afirmou que as ações da deputada citadas nos autos do processo podem significar interferência na apuração da verdade dos fatos.

“Veja-se que nas redes sociais há evidências de diálogos indicativos do poder de intimidação e de persuasão que a ora recorrida exerce sobre testemunhas e corréus. Igualmente, não há dúvidas de que, pela função que exerce, possui ela meios e modos de acessar informações e sistemas, diante dos relacionamentos que mantém em virtude da função parlamentar”, completou.

Da assessoria do TJ-RJ

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados tem três representantes titulares da bancada de Pernambuco. A eleição para a composição dos cargos aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (3). 

Integram a direção o deputado André de Paula (PSD), como segundo vice-presidente da Casa, Luciano Bivar (PSL), primeiro secretário, e Marília Arraes (PT) segunda secretária. 

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Marília Arraes, inclusive, concorreu ao posto com uma candidatura avulsa por não ter sido oficialmente a indicada pelo PT. João Daniel (PT-SE) foi o indicado pelo partido para o cargo. Os dois disputaram no segundo turno e ela venceu com 192 votos.

O Ministério Público pediu a condenação do prefeito de Candiba, na Bahia, por improbidade administrativa após ele ser acusado de furar a fila da vacinação contra a COVID-19.

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediram que Reginaldo Martins Prado (PSD) pague uma multa de R$ 145 mil.

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O prefeito, de 60 anos, publicou fotos em suas redes sociais sendo vacinado, mesmo sem pertencer a nenhum grupo prioritário para receber a dose. Neste momento, serão vacinados trabalhadores da saúde, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em abrigos, pessoas com deficiência institucionalizadas, população indígena vivendo em terras indígenas.

O MP justifica a ação afirmando que Prado só deveria ser imunizado na segunda fase da campanha. Segundo a ação, ele se valeu de seu cargo político para furar a fila da vacinação.

Município recebeu 100 doses

Com 14 mil habitantes, Candiba recebeu 100 doses da CoronaVac para aplicar na população. Como a vacina é aplicada em duas doses, apenas 50 pessoas serão imunizadas nesse primeiro momento.

O MPF e o MP-BA também entraram com ação civil pública pedindo para que o prefeito seja impedido de receber a segunda dose da vacina até que chegue o momento da imunização do grupo ao qual ele pertence.

Além disso, a ação determina que o prefeito faça uma retratação pública, reconhecendo a ilegalidade do que fez e ressaltando a importância da população respeitar o cronograma de vacinação.

A prefeitura de Candiba justificou o fato afirmando que Prado é "hipertenso e diabético", e que sua "itenção foi apenas encorajar àqueles que ainda estão resistente e questionam a efetividade da vacina.

Irregularidades em outros estados

O Ministério Público também apura denúncias de indivíduos que teriam furado a fila da vacina em outros estados, como Amazonas, Pernambuco e no Distrito Federal.

Em Manaus, por exemplo, foi aberta uma investigação denúncias de que duas irmãs, da família que comanda uma das maiores universidades privadas da capital, teriam sido vacinadas fora do cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde. As duas são médicas, mas foram nomeadas em cargos comissionados na prefeitura na véspera e no dia do início da vacinação na cidade.

Da Sputnik Brasil

A bancada do PSD no Senado decidiu, por unanimidade, apoiar o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pela presidência da Casa. Pacheco é o candidato escolhido pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para sucedê-lo. A decisão foi tomada em reunião realizada por videoconferência na noite dessa terça-feira (5), e fortalece a candidatura de Pacheco, já que o PSD tem a segunda maior bancada do Senado, com 11 integrantes. A legenda foi a primeira a anunciar formalmente uma aliança com o candidato.

"O PSD entende que o senador Rodrigo Pacheco reúne todas as condições para presidir, contribuir e garantir as tradições políticas, administrativas e legais que regem o funcionamento do Senado Federal", informou a bancada do partido no Senado, por meio de nota.

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O apoio foi negociado na tarde desta terça na residência do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) - a capital mineira é a maior cidade sob comando do partido. Na reunião, Pacheco acenou com a possibilidade de apoiar um nome do PSD para o governo de Minas Gerais em 2022.

Kalil e o senador Carlos Viana (PSD-MG) são apontados como candidatos, mas Pacheco era visto como uma "sombra" para Kalil. Participaram do encontro o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Carlos Viana (PSD-MG) e Otto Alencar (PSD-BA).

O Estadão/Broadcast apurou que o PSD teria pedido a Pacheco, em troca do apoio à sua candidatura, a presidência das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - as mais cobiçadas - e a primeira secretaria da Mesa Diretora.

Líder do partido na Casa, o senador Otto Alencar (BA) disse, no entanto, que qualquer negociação sobre cargos em comissões e na Mesa Diretora será realizada apenas depois da eleição. "Não tem como tratar de um assunto como esse antes da conclusão da eleição", disse. "Não vou constranger nenhum candidato que vá à eleição. Não é do meu feitio", concluiu.

O presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, afirmou que a prioridade de sua legenda é estabelecer candidatura própria para as eleições presidenciais de 2022. "O PSD se consolidou como partido de centro e hoje é um grande partido com importantes quadros. Então, não pode (o partido) ter outra prioridade a não ser candidatura própria à presidência", disse Kassab, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, transmitido na noite do domingo (6).

Entre os eventuais nomes para disputar a eleição pelo seu partido, Kassab citou o senador Antonio Anastasia (MG), o governador do Paraná, Ratinho Júnior, o deputado federal Fábio Trad (MS) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

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Ele também disse acreditar que tende a não surgir um novo nome entre os eventuais pré-candidatos considerados pelas pesquisas eleitorais. São eles: Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Luciano Huck, Guilherme Boulos, João Doria e João Amoedo. "O quadro está mais ou menos definido. Dificilmente surgirá algum nome diferente", apontou.

Quando questionado, sobre um eventual apoio do PSD ao ex-ministro Sérgio Moro ou ao apresentador Luciano Huck, Kassab voltou a defender a ideia de lançar candidatura própria "entre esses nomes".

Na sua análise, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua como favorito à reeleição. "Ele tem eleitor ideologicamente afinado com ele, realizações do governo e o eleitor que rejeita a esquerda, mas tem dois anos pela frente que não pode escorregar", analisou.

Sobre a possibilidade de o presidente migrar para o PSD, Kassab argumentou que Bolsonaro é um político de direita e o PSD de centro. "Não podemos mudar isso. Podemos até apoiar um candidato de direita, de centro-direita, de centro-esquerda, mas jamais podemos ter a cara de um partido de direita. A vinda dele (Bolsonaro) desbalançaria esse equilíbrio interno que há no partido", alegou.

Ainda sobre Bolsonaro, Kassab disse que a derrota eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serve como um recado para avaliação do presidente brasileiro. "A derrota do Trump está totalmente vinculada ao desastre da conduta dele na gestão da pandemia (da Covid-19). Isso serve para Bolsonaro avaliar bem, porque até então estava alinhado em um política de comunicação incoerente com a realidade", afirmou mencionando o fato de o presidente ter comparado a doença a uma "gripezinha".

Kassab também criticou a "politização" da vacina contra a Covid-19. "Não nos leva a lugar algum. Não é possível que se faça política com algo tão grave. Espero que o Brasil possa começar a vacinação nas próximas semanas, assim como outros países", sinalizou.

Ao comentar as eleições presidenciais de 2022, Kassab também citou Ciro Gomes (PDT) como um "candidato fortíssimo" e disse que a união entre PDT e PSB já está consolidada. "Ciro Gomes já se considera candidato de dois partidos. Não é pouca coisa e tenho certeza que será um grande nome", pontuou.

Quanto à esquerda, Kassab considera que a frente deve ter pelo menos dois candidatos, elencando como eventuais concorrentes do pleito Guilherme Boulos (PSOL), algum nome indicado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e Ciro Gomes (PDT).

Ele também disse ver o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fortalecido para o pleito.

Para Kassab, as eleições municipais de 2020 sinalizaram que o "eleitor continua preferindo propostas moderadas". "O eleitor brasileiro sempre se posicionou a favor de candidatos moderados, equilibrados, de candidaturas de centro", avaliou.

Neste domingo de eleição (29), um homem indicado como fiscal do atual prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), agrediu o fotografo do PT, identificado como Jeivison Santos, dentro de uma zona eleitoral em São Paulo. O profissional teria sido atacado ao defender uma fiscal do partido do agressor. 

A confusão ocorreu dentro da escola estadual Maria Leoni. No local, a fiscal do PT, identificada apenas como Miriam, teria sido chamada de "porca" e "imunda" pelo funcionário do prefeito, quando Jeivison tentou defendê-la, informou o coletivo Jornalistas Livres. 

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Em um vídeo, o fotógrafo do PT tem o rosto empurrado contra as grades da escola e tem o celular roubado pelo fiscal de Guti (PSD). Testemunhas preencheram uma ata de registro do fato e seguiram para a delegacia do município, onde um boletim de ocorrência foi protocolado, aponta o Jornalistas Livre.

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Avassalador em todas as projeções, o atual prefeito Miguel Coelho (MDB) cravou sua reeleição já no primeiro turno, em Petrolina, município do Sertão de Pernambuco. Com 76,19% dos votos válidos deste domingo (15), o representante do MDB deve manter o plano de governo, caracterizado pelo apoio à iniciativa privada.

Sem concorrentes à altura para o páreo, Miguel despontava nas pesquisasse reforçavam a expectativa para sua permanência no cargo. Segundo o levantamento divulgado na sexta-feira (6), pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) em parceria com a Folha de Pernambuco, o representante do MDB já alcançava 80% dos votos válidos.

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Para descrever seu favoritismo entre o eleitorado, ele ainda era o menos rejeitado, com apenas 13% dos votantes contrários. A continuidade da gestão na Prefeitura de Petrolina foi consumada pela vitória diante de Julio Lossio Filho (PSD), 9,78%; Odacyr Amorim (PT), 9,64%; Gabriel Menezes, 3,42%; Dr. Marcos, 0,83% e Delmiro Santos, 0,15%.

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O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (11), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "está usando verba pública para comprar deputados do Centrão e pagar pelo apoio de Silvio Santos". A observação feita pelo psolista acontece um dia depois de Bolsonaro anunciar a recriação do Ministério das Comunicações e convidar o deputado federal Fábio Faria (PSD) para comandar a pasta. Fábio é genro do dono do SBT e membro de um dos partidos do chamado Centrão. 

"QUEM QUER DINHEIRO??? Bolsonaro mais uma vez está usando verba pública para comprar deputados do centrão e pagar pelo apoio do Silvio Santos. O presidente recriou o Ministério das Comunicações e entregou a um deputado cuja grande qualificação é ser genro do apresentador", escreveu Freixo no Twitter.

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Na avaliação do deputado do PSOL, "a nomeação do genro de Silvio Santos para o Ministério das Comunicações não é só mais um lance no leilão de cargos para o Centrão", mas também uma ação ditatorial. 

"O novo ministro será responsável pelas concessões de rádio e TV. Depois de intervir na cultura e universidades, Bolsonaro mira a comunicação, como fazem ditadores", projetou Marcelo Freixo.

Indicação pessoal

Apesar da crítica, o presidente Jair Bolsonaro vem justificando que indicou Fábio Faria pela "vida que tem junto à família de Silvio Santos" e classificou o convite para o novo ministro como pessoal. Ainda assim, o presidente não deixa de contemplar o Centrão e o PSD com a nomeação. O curioso é que isso acontece após Bolsonaro iniciar uma série de conversas com legenda do bloco para se aproximar dos partidos e conseguir apoio no Congresso Nacional.

O novo membro do primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vai assumir o comando do recriado Ministério das Comunicações, é o deputado federal Fábio Faria (RN). Ele é filiado ao PSD, um dos partidos do chamado 'Centrão' - comandado nacionalmente pelo ex-ministro Gilberto Kassab -, parlamentar desde 2007 e marido da apresentadora Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT Silvio Santos, com quem tem três filhos.

Faria é apontado como um dos nomes do PSD mais próximos ao presidente e teria atuado para aproximar Silvio Santos de Jair Bolsonaro. O que contribuiu para a participação constante do chefe do Executivo nacional e de seus filhos nos programas do dono da emissora. 

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Apesar da proximidade e de se tratar de uma indicação pessoal de Bolsonaro para o cargo, a nomeação de Faria não deixa de contemplar o PSD e, consequentemente, o Centrão; bloco que Bolsonaro vem travando uma série de diálogos desde abril para conseguir mais apoio no Congresso. O que gerou críticas ao presidente, que defendeu como bandeira de campanha o fim do chamado “toma lá, dá cá” da política nacional e a redução do número de ministérios.

O novo futuro ministro também é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. E atualmente ele é o terceiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - cargo que deve ser entregue com a oficialização da nomeação. 

Na mídia, Faria também ficou conhecido por ter namorado, antes de casar com Patrícia, com a atriz Priscila Fantin, a apresentadora Adriane Galisteu e com a modelo, ex-BBB e também apresentadora Sabrina Sato.

O histórico de namoradas levou Faria a ganhar o apelido de "garanhão" nas planilhas da Odebrecht, revelada pela investigação da Lava Jato em 2017, contendo repasses de propina para campanha através de doações. O deputado também apareceu na lista como "bonitão".

De acordo com o inquérito, Faria seria destinatário de R$ 100 mil como doação da empreiteira na campanha de 2010. Na época, ele chegou a dizer que prestaria todos os esclarecimentos à Justiça para provar sua inocência.

Líderes de seis partidos do Senado divulgaram nota pública desencorajando os brasileiros a irem às ruas neste domingo (7) protestarem contra o governo. A nota foi lida durante a sessão remota do Senado dessa quinta-feira (4) pelo líder da Minoria na Casa, Randolfe Rodriges (Rede-AP). Além de Randolfe, assinam o documento os líderes do Cidadania, Eliziane Gama (MA); do PDT, Weverton (MA); do PSB, Veneziano Vital do Rêgo (PB); do PSD, Otto Alencar (BA); e o vice-líder do PT, Jaques Wagner.

Na nota, os senadores explicam que, não tendo o país superado a pandemia, é preciso redobrar os cuidados sanitários e fortalecer o distanciamento social. Para Randolfe, é necessário pensar em alternativas que respeitem o isolamento, uma vez que o país já registrou mais de 30 mil mortes pela Covid-19.

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“Entendemos que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do coronavírus e também daqueles que até hoje têm respeitado, e com razões, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite”, diz o documento.

Veja abaixo o texto na íntegra:

Nota dos Líderes Partidários do Senado Federal em defesa da VIDA e da DEMOCRACIA”

Os líderes dos diferentes partidos do Senado Federal, a saber a Rede Sustentabilidade, o PSB, o PDT, o Cidadania, o PSD e o PT, vem através desta nota desencorajar os brasileiros que, acertadamente, fazem oposição ao Sr. Jair Bolsonaro a irem às ruas nesse próximo domingo.

Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social.

Bem certo que a organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da presidência da república tem sido devastadora ao país e aliada do Coronavírus. Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população.

Ademais, observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias.

Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite.

Assinam,

Randolfe Rodrigues, líder da Oposição e da Rede Sustentabilidade do Senado Federal.

Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado Federal.

Weverton Rocha, líder do PDT no Senado Federal

Jaques Wagner, vice-líder do PT no Senado Federal.

Veneziano Vital do Rego, líder do PSB no Senado Federal.

Otto Alencar, líder do PSD no Senado Federal.

*Da Agência Senado

O PSD de Pernambuco oficializa, nesta segunda-feira (2), o apoio à reeleição do prefeito de Jaboatão do Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Anderson Ferreira (PL). 

O ato em que o deputado federal e presidente estadual do PSD, André de Paula, vai fazer a confirmação do alinhamento eleitoral da legenda será às 15h, na sede do diretório estadual, localizada no bairro de Boa Viagem, no Recife.

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O PSD é o segundo partido a, em menos de um mês, endossar o palanque de Anderson Ferreira, que é presidente estadual do PL. O primeiro foi o Solidariedade, presidido no Estado pelo deputado federal Augusto Coutinho. Em troca, o PL também anunciou apoio à reeleição de Lupércio Nascimento, em Olinda

Com as trocas de apoios, o quadro eleitoral em Jaboatão começa a ser desenhado. A eleição municipal deste ano está marcada para 4 de outubro.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) anunciou, nesta terça-feira (18), em Plenário, que o senador Antonio Anastasia, representante de Minas Gerais, passou a compor a bancada do PSD no Senado.

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Otto destacou a experiência e a capacidade profissional, administrativa e política de Anastasia, lembrando que ele colaborou com a constituinte mineira, em 1989; foi secretário-executivo do antigo Ministério do Trabalho e Ministério da Justiça; além de ter sido governador de Minas Gerais, chegando ao Senado em 2015, depois de conquistar mais de cinco milhões de votos nas eleições de 2014.

“Quero parabenizar vossa excelência por essa carreira promissora. Ao longo dela, traçou um caminho de respeito, de competência, de honra e de dignidade. Eu tenho uma grande admiração por vossa excelência, senador Anastasia, pelo o que o senhor representa e representou para Minas e para o Brasil. Eu digo sempre que é um político de nível nacional que poderia ocupar qualquer cargo e traria grandes contribuições para o nosso país”, ressaltou Otto Alencar.

Antes de compor a bancada do PSD no Senado, Antonio Anastasia era filiado ao PSDB.

 

*Da Agência Senado

 

 

O Partido Social Democrático (PSD) entrou na briga pela vaga de Selma Arruda (Podemos), senadora cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legenda acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que determine que o terceiro colocado nas eleições em Mato Grosso assuma a vaga interinamente. Neste caso, Carlos Fávaro, que ficou em terceiro em 2018, com 15% dos votos e é filiado ao partido, ficaria com a cadeira.

A cassação, por 6 a 1, se deu por suposto caixa dois de R$ 1,2 milhão. Segundo a quebra de sigilo, os valores, que foram gastos pela ex-juíza em sua campanha, haviam sido transferidos por seu primeiro suplente, Gilberto Possamai.

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As transferências ocorreram antes do período eleitoral, o que teria possibilitado gastos com a campanha antecipadamente, com a contratação de empresas de pesquisa e de marketing (para a produção de vídeos, jingles e fotos) em período de pré-campanha, o que é proibido pela legislação.

Com o julgamento, a Corte determinou que novas eleições sejam realizadas no Estado. A senadora ainda está no cargo e aguarda decisão da Mesa da Casa, que deve decretar a vacância. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, até lá, ficam mantidos o direito a imóvel funcional, a cota parlamentar e um salário mensal de R$ 33,7 mil.

No mérito, o partido requer que o Supremo reconheça que "em todos os casos em que seja decretada a perda de mandato de Senador da República, não havendo suplentes, e desde que as eleições em questão permaneçam válidas, seja nomeado interinamente o candidato mais bem colocado nas eleições para exercer o cargo até que o novo senador eleito nos termos do art. 224, parágrafo 3º, do Código Eleitoral, seja empossado, evitando, assim, lesão ao preceito fundamental da Forma Federativa de Estado e normas dele decorrentes".

A legenda ainda alerta para votações importantes na Casa que estão próximas. "Diante disso, o risco da demora na decisão é patente. Note-se que a próxima Sessão Legislativa deve se iniciar com votações de marcantes questões de viés federativo: a PEC do Pacto Federativo e a Reforma Tributária. Desse modo, os prejuízos advindos de eventual sub-representação de um Estado no Senado Federal são incalculáveis e, possivelmente, irreparáveis", diz o PSD.

Selma ficou famosa em Mato Grosso como "Sérgio Moro de saias", por sua pena pesada em ações criminais contra políticos e servidores públicos. Ela mandou prender o ex-governador Silval Barbosa (MT) e empresários influentes no Estado, em 2017. Selma também condenou a 26 anos e sete meses de prisão o ex-deputado José Riva por "escabroso esquema" na presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sergipe manteve, por 4 votos a favor e 3 contrários, a cassação do mandato do governador do Estado, Belivaldo Chagas (PSD), e da sua vice, Eliane Aquino (PT).

O Ministério Público Eleitoral (MPE) aponta uso da máquina do governo para promover a imagem da chapa, que só perderá o mandato caso a decisão seja mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Onze meses após se licenciar da Casa Civil do governo de São Paulo para se defender das denúncias de corrupção e falsidade ideológica em um inquérito baseado na delação da JBS, o ex-prefeito e ex-ministro Gilberto Kassab tornou-se um dos principais articuladores de um movimento para deixar o fundo eleitoral até 37% maior.

Longe dos holofotes, Kassab reassumiu o comando do PSD, partido que criou em 2011 e hoje tem a 4ª maior bancada da Câmara. Para as eleições de 2020, ele tem se equilibrado entre apoios que vão da direita a esquerda para que seu partido tenha candidaturas competitivas nas cidades mais importantes. No plano federal, evita embates com o presidente Jair Bolsonaro e atua como um dos mais importantes operadores políticos do projeto do governador João Doria (PSDB).

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Embora já tenha sido contra o financiamento público das campanhas, Kassab é agora um dos defensores mais ferrenhos do uso do dinheiro da União nas eleições. Tanto que passou a atuar com dirigentes partidários, nos bastidores, para elevar para R$ 4 bilhões o montante a ser distribuído entre as legendas pelo fundo eleitoral. Ao enviar para ao Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias, no início de setembro, o governo federal reservou R$ 2,5 bilhões para o fundo. Dias depois, o Ministério da Economia informou que o valor seria revisto para R$ 1,86 bilhão.

"Nas conversas com líderes, defendo que se conceda um valor razoável para que eleições aconteçam com mínimo de sustentabilidade. Estou entre aqueles que defendem que parte das emendas impositivas das bancadas sejam convertidas para o fundo, que chegaria a R$ 4 bilhões. Não é exagero", disse o dirigente ao jornal O Estado de S. Paulo.

Kassab afirmou, ainda, que não sente "constrangimento" em defender o aumento do fundo e explicou porque mudou de posição. "O financiamento das empresas não deu certo. Sempre combati o financiamento público, mas passei a ser um ardoroso defensor. Não tenho constrangimento em defender o aumento do valor do fundo."

Bolsonaro

Depois de ser ministro de Dilma Rousseff e Michel Temer, Kassab optou por manter uma neutralidade em relação ao governo Bolsonaro. No último dia 18, fez uma "visita de cortesia" no Palácio da Alvorada. "Nossa posição é de total independência em relação a Bolsonaro. O governo está no início. Cometeu grandes equívocos, mas tem uma agenda econômica compatível com aquela que o PSD apoia. Essa é a razão de votos da bancada", afirmou.

Nem a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou a prisão na última sexta-feira, faz Kassab tomar uma posição dura. Questionado sobre qual a proposta de emenda constitucional (PEC) para instaurar o cumprimento da pena após a condenação em segunda instância, o ex-ministro disse que vai ouvir a bandaca antes. Já sobre a mudança do cenário político com o petista solto, Kassab prevê que um acirramento dos ânimos. "A polarização se fortalece, mas as outras forças não vão desaparecer."

Kassab não chegou a tomar posse como secretário da Casa Civil de João Doria, em janeiro, porque foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em dezembro. Ainda assim, permanece vinculado ao governo do tucano como "secretário licenciado" e indicou para a função o aliado Antonio Carlos Rizeque Malufe, também do PSD.

Kassab tornou-se também um interlocutor frequente de Doria. Ele integra o Conselho Político do Palácio dos Bandeirantes e atua em Brasília em defesa dos interesses do governo paulista. "Kassab é um exímio articulador. Tem faro político, capacidade de interpretação e visão de futuro", disse Doria.

Responsável pelo escritório de representação de São Paulo em Brasília, o ex-deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) contou que o ex-ministro teve papel decisivo no Congresso na articulação para São Paulo recebesse um empréstimo de U$ 296 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) com o banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para a finalização do primeiro trecho da Linha 17-Ouro do Metrô.

Para as eleições de 2020, Kassab elaborou um plano ousado para o PSD. Quer ter candidatos a prefeito em todas as cidades e promete extinguir o diretório municipal onde a determinação não for seguida. "Que razão tem o partido de existir se não tem um candidato a prefeito?", questionou.

Enquanto viaja o Brasil, o ex-ministro acompanha à distância os processos contra ele. A investigação contra Kassab teve início com o acordo de colaboração da J&F com a Justiça. Segundo a PF, Kassab teria recebido da empresa uma mesada de R$ 350 mil de 2010 a 2016, totalizando R$ 30 milhões. O objetivo seria garantir que ele defendesse os interesses do grupo e apoiasse Dilma nas eleições de 2014. Ainda de acordo com os investigadores, os repasses para Kassab teriam sido efetuados por meio da assinatura de contratos falsos com simulação de serviços entre as empresas do Grupo J&F e firmas indicadas pelo político, como a Yape Consultoria, ligada à família do ex-ministro. Kassab sempre negou as acusações.

Quando ele deixou de ser ministro, no fim de 2018, o caso foi encaminhado para o Tribunal Regional Federal em São Paulo. Em maio deste ano, o caso mudou de novo de local e passou para o Tribunal Regional Eleitorale. O inquérito foi enviado para a 1ª Zona Eleitoral de São Paulo e, desde o fim de agosto, está com a PF. "Confio no Judiciário e tenho consciência dos meus atos. A Justiça é lenta e tem seus prazos", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aliado de Jair Bolsonaro na eleição do ano passado, o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), afirmou que as declarações polêmicas dos filhos do presidente da República podem ser uma estratégia de seu grupo político. "Eles (filhos) têm pautado a imprensa. Mal ou bem, goste ou não, é isso que tem acontecido. Acho que muito é da personalidade, mas não sei se até certo ponto isso não é uma estratégia."

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o governador criticou, sem citar o presidente, políticos que priorizam redes sociais. Além disso, avaliou ainda que uma mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão em segunda instância seria um "retrocesso para a sociedade" e disse que, se o objetivo é soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Corte deveria julgar apenas o caso do petista. A seguir os principais trechos da entrevista.

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Na contramão do Brasil, que passa por um forte processo de desindustrialização, o Paraná teve crescimento de 6,5% na produção industrial este ano. A que o senhor atribui este número?

O que está chamando muita atenção é a nossa infraestrutura. Queremos fazer do Paraná a central logística da América do Sul. O maior pacote de concessão de rodovias vai ser do Paraná com 4,1 mil quilômetros, quatro novos aeroportos no Estado, a modernização do porto de Paranaguá, ampliação da pista do aeroporto de Foz do Iguaçu e temos mais três portos privados que já estão com licença da Antaq. Aí a gente passa a ser um gigante dos portos do Brasil. Tudo com investimento privado.

Como o senhor vê o pacote econômico apresentado pelo governo e a repactuação da federação?

A intenção é boa. É um pacote robusto e audacioso. Não sei se consegue ser aprovado na integralidade. É um debate profundo, mas o pacto federativo é algo que tem que ser debatido no Brasil. A centralização de recursos no governo federal tem feito mal para os municípios e Estados. Isso atinge diretamente o cidadão lá na ponta. Precisamos criar mecanismos de descentralização não só na parte financeira mas também na administrativa. É uma discussão macro que mexe na reestruturação da lógica administrativa no País.

O senhor vê algum ponto negativo no pacote?

Não vi detalhes. Talvez um ponto mais discutível é a diminuição do número de municípios mas não é nem pelo ponto racional e sim pela polêmica na Câmara.

Com o é sua relação com o governo federal?

É boa. O governo tem ajudado muito o Paraná e eu seria ingrato se não externar isso. É uma ajuda financeira? Não. Mas é uma relação de apresentar propostas e alternativas que podem agilizar o trabalho. Os ministros têm nos dado atenção até porque sabem que o Paraná vem fazendo a lição de casa. E acho que o governo tem que trabalhar a distribuição de qualquer tipo de investimento em cima da meritocracia. Não é justo que quem não faz a lição de casa tenha o tratamento melhor do que quem fez.

As declarações dos filhos do presidente em redes sociais ou entrevistas, como a fala de Eduardo sobre o AI-5, prejudicam o andamento das pautas que realmente interessam ao País?

Mais do que uma opinião, isso merece uma reflexão. Temos que ver se algumas declarações não são estratégicas no dia a dia deles. Isso não é uma estratégia?

Estratégia de mobilização?

Quem é a oposição ao Bolsonaro hoje? Fale um nome. O Lula preso sem poder ser candidato? Não tem oposição. Por que? Eles têm pautado a imprensa. Mal ou bem, goste ou não, é isso que tem acontecido. Acho que muito é da personalidade, mas não sei se até certo ponto isso não é uma estratégia. Tem exageros de ambos os lados. Tem alguns momentos em que há exagero na base, mas às vezes também há exagero da imprensa de querer dar uma importância para uma declaração que não é tão importante.

O senhor é governador do Estado onde a Lava Jato é mais importante. Como o senhor avalia a operação? E a possibilidade de pessoas como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol serem candidatos?

A Lava Jato foi importante para o Brasil porque expôs as vísceras da corrupção. Não é que a corrupção não existisse, ela existia, talvez não no volume dos governos do PT, mas nunca poderosos tinham ido para a cadeia. Pode ter exageros? Pode sim. Mas ela trouxe muito mais benefício do que malefício para a sociedade. Moro é um dos principais nomes para a Presidência da República se tivesse uma eleição hoje, pela história dele na Lava Jato. Não sei se é da vontade deles ser políticos de mandato. Deltan também, mas em outra escala. São grandes nomes.

O senhor já viu em algum outro momento um debate eleitoral tão precoce como agora?

Penso que primeiro nós somos eleitos para fazer o dever de casa, com o qual nos comprometemos um ano atrás. Qualquer coisa que é colocada para se discutir três anos e meio antes é falta de compromisso com a população que nos elegeu.

No mundo das redes sociais essa disputa não é feita todo dia?

É uma bobagem pensar assim. A construção de um líder é feita ao longo de sua trajetória, não com vídeo no Facebook.

O senhor é um político jovem mas que está em um partido tradicional, o PSD. Como o senhor vê os movimentos de renovação da política?

Sempre é muito bom. Chegou o momento em que era necessário uma nova geração de políticos. Não falo de idade, tem políticos com uma idade já avançada, mas cabeça moderna. Mas só faz política quem está em partido. Você entra em um partido e vira político. O problema não está na política. Você pode fazer política em partido tradicional com uma nova roupagem, novo pensamento, novo fazer. É o que estamos fazendo. Falando com os deputados, falando com o presidente da Assembleia, falando com políticos. Qual o problema nisso? O que não pode é malandragem.

O STF volta nesta quinta-feira volta a julgar o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância e ainda tem na pauta outros julgamentos que devem interferir na execução do ex-presidente Lula. Como o senhor vê isso e qual o impacto para o Paraná?

Acho um retrocesso para a sociedade tirar a prisão em segunda instância. Se estão criando algum ambiente para que o Lula possa ir para casa, possa sair, possa ter a sua liberdade constitucional, faça isso com o Lula. Vai soltar milhares de pessoas, nem sei quantas, algumas condenadas por crimes perigosos? Não dá para criar um grande problema para a sociedade se o objetivo é resolver uma situação. Acho que juridicamente o Lula já podia estar em casa. (Colaborou Eduardo Kattah)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (29), aponta que o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) lidera as intenções de votos para o comando da Prefeitura do Recife. De acordo com os dados da sondagem, o parlamentar aparece com 20% da preferência dos entrevistados. Daniel já concorreu duas vezes ao comando da capital pernambucana e vem sendo cotado como prefeiturável em 2020.

Em segundo lugar, vem a deputada federal Marília Arraes (PT) com 15,9% das intenções e logo depois o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) apontado como a opção de voto de 12,4% dos entrevistados.

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Cotado como o indicado do atual prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), para a disputa, o deputado federal João Campos (PSB) aparece apenas em quarto lugar com 12,2%. João é filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e é considerado a aposta pessebista para se manter no poder na capital pernambucana.

A delegada Patrícia Domingos (sem partido) também teve o nome aferido. Caso seja candidata, hoje ela receberia 9,3% da preferência dos eleitores. Patrícia era a titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, extinta pelo Governo de Pernambuco. 

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT), que também é ventilado por aliados como opção do partido para a disputa municipal, tem, de acordo com o levantamento, 6,5%. O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), tem 2,1% e o deputado federal André de Paula (PSD) 1,7%.

O levantamento foi às ruas entre os dias 25 a 29 de outubro, ouvindo 828 eleitores. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. 

O estudo, segundo o Paraná Pesquisas, foi registrado no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/19.

Até chegar ao PSL, o presidente Jair Bolsonaro passou por sete partidos em 31 anos de vida pública. Ele escolheu a sigla como uma espécie de novo guarda chuva para concorrer ao pleito de 2018 e, além de se eleger, conseguiu angariar votos para uma gama de políticos transformando a legenda na dona da segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. Mas, até quando Bolsonaro e seu clã permanecerão no PSL? 

As indagações vêm percorrendo as principais reuniões políticas de Brasília porque o crescimento do PSL e seu direito a uma fatia grande do fundo partidário e do eleitoral tem sido o plano de fundo das brigas internas capitaneadas, de um lado pelo presidente, seus filhos e aliados, os bolsonaristas, e do outro por bivaristas, como estão sendo chamados os que estão alinhados ao presidente nacional da legenda Luciano Bivar (PE). 

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Jair Bolsonaro, inclusive, já chegou a ameaçar o desembarque do partido e disse que com ele sairiam inúmeros deputados, mas como as regras eleitorais não deixam muitas brechas para a mudança de partido e os parlamentares poderiam perder seus mandatos, ele adotou uma postura de cautela. Contudo, vez ou outra, solta frases de ruptura com o PSL como nesta segunda (28). 

“O ideal agora é [tratar] como se fossem gêmeos xifópagos [ligados entre si por uma parte do corpo]. Precisa separar. Cada um segue seu destino", cravou sobre a crise interna. 

O questionamento agora é: qual partido quer a família Bolsonaro em suas hostes? Desde que iniciou o imbróglio, o Patriotas - partido com o qual o presidente havia firmado um compromisso de filiação antes de ingressar no PSL - colocou-se à disposição para abrigar Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. 

Em meio às brigas internas, o chefe do Executivo Federal também chegou a conversar com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mas negou que tenham tratado sobre uma eventual filiação. 

Além disso, a União Democrática Nacional (UND) que está em fase final de criação já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.  

Pelo visto, apesar das opções já postas, Jair Bolsonaro não pretende escolher entre as legendas. Ele admitiu, nesta segunda, que já estuda a criação de um novo partido. Desta forma, com as suas próprias regras e sob sua batuta, as dificuldades internas seriam mais facilmente resolvidas por ele e seus filhos, como vem fazendo quando surgem fissuras entre seus herdeiros e os ministros do seu governo.  

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