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A desistência da senadora Marta Suplicy de concorrer pela terceira vez à Prefeitura de São Paulo em nome de uma unidade no PT não foi suficiente para diminuir a confiança do secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, de que o PSDB caminha no sentido inverso - o das prévias.

Pré-candidato declarado, Matarazzo avalia que a saída de Marta e a consequente entrada do ministro Fernando Haddad (Educação) na disputa eleitoral do ano que vem forçará uma polarização entre petistas e tucanos e abrirá espaço para "nomes novos" também em outras siglas.

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"O PT deverá polarizar com o PSDB. A saída da senadora Marta Suplicy muda para um candidato novo também para a cidade de São Paulo, desconhecido na cidade de São Paulo. O cenário deve se repetir como nos anos anteriores. Eu me vejo obviamente como futuro candidato do PSDB em uma disputa que a qualidade de gestão do PSDB deve ganhar a eleição", disse ele, em entrevista à TV Estadão.

Antes de obter o direito de concorrer, no entanto, ele terá de enfrentar os colegas tucanos José Aníbal (secretário de Energia), Bruno Covas (secretário do Meio Ambiente) e Ricardo Trípoli (deputado federal) nas primárias. Há também a possibilidade de o ex-governador José Serra entrar na corrida.

A consulta ao partido está marcada para janeiro. "Prévias tem impacto positivo porque é um aquecimento para as eleições. Mobiliza e faz com que os filiados participem."

Dentro do PSDB, Matarazzo é historicamente identificado como sendo um dos integrantes do grupo ligado a Serra. Por conta disso, caso o ex-governador decida concorrer, é provável que ele retire sua pré-candidatura.

No entanto, segundo interlocutores tucanos ligado a Serra é cada vez menor a possibilidade de ele disputar a Prefeitura.

José Serra, apesar de não ter sido vitorioso nas disputas presidenciais, tem capital eleitoral e é um ator importante nas eleições de 2012 e 2014. O que ele fará em 2012 e em 2014 deve ser uma preocupação presente no PSDB. Se não é, o PSDB comete um equívoco.

Serra poderá ser candidato a prefeito de São Paulo com o apoio do PSD. Serra pode ser candidato ao governo do Estado em 2014 com o apoio de Alckmin. Serra pode ser candidato à presidente da República pelo PSDB. E Serra pode ser candidato à presidente da República pelo PPS ou PSD.

Se Serra for candidato a prefeito e vencer a disputa eleitoral, cresce as chances de Aécio ser o candidato à presidente da República pelo PSDB. Mas se Serra for candidato ao governo do Estado em 2014, Alckmin poderá ser o candidato do PSDB à presidente. Deste modo, Aécio terá que administrar o fator Alckmin. E se Serra for para o PPS ou o PSD para ser candidato à presidente, o PSDB perde capital eleitoral.

A posição futura dos atores deve ser sempre prognosticada, pois desta forma, é possível criar estratégias. Neste instante, José Serra dificulta o sucesso eleitoral do PSDB em 2014 em virtude de que ele tem opções e capital eleitoral para prejudicar o PSDB e, particularmente, Aécio Neves.

O PSDB tem condições de retomar a presidência da República em 2014 com Aécio Neves. Mas para tal fato ocorrer, é necessário que os cenários políticos e econômicos sejam propícios. Além disto, estratégias eficientes devem ser construídas.

Não adianta o PSDB realizar uma oposição raivosa. Erros do governo do PT precisam ser mostrados ao eleitor. Mas o PSDB precisa ficar atento aos fatos trazidos pela imprensa e ao desempenho da economia, os quais afetam de modo positivo ou negativo a avaliação de Dilma. E com isto, construir a sua retórica oposicionista.

Os desejos do eleitor precisam ser monitorados. Por consequência, propostas devem ser apresentadas em conformidade com os desejos do eleitor. Uma agenda governamental alternativa as ações do PT precisa ser apresentada. O PSD e o PSB precisam se transformar em aliados. E, enfim, é preciso manter José Serra no PSDB.

O senador Flexa Ribeiro (PA), vice-presidente do PSDB, defendeu que o partido escolha, o quanto antes, o seu pré-candidato à Presidência para evitar o que ocorreu nas últimas eleições, em que o PT lançou a pré-candidatura de Dilma Rousseff com mais de dois anos de antecedência. A polêmica foi lançada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que se declarou "pronto" para concorrer à sucessão presidencial. No entanto, o ex-governador José Serra retrucou no Twitter que "2014 está longe".

"Temos que, internamente, definir a candidatura para 2014 o mais rápido possível, para não cometermos a falha de 2010, de ficarmos postergando o nome, enquanto o adversário ganha vantagem sobre nós", advertiu o senador. Ele lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a investir na candidatura de Dilma no início de 2008, quando chamou-a de "mãe do PAC", programa que tentava emplacar como carro-chefe de seu segundo mandato.

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Mas Flexa não acha que Aécio antecipou o nome para 2014 ao se colocar à disposição do partido para enfrentar o candidato do PT nas próximas eleições presidenciais, até porque citou outros presidenciáveis do partido como os governadores Geraldo Alckmin, Marconi Perillo (GO) e Beto Rixa (PR). "Aécio tenta ocupar um espaço que temos que buscar, Serra tem que fazer da mesma forma", analisou. Ao mesmo tempo, o senador concorda com Serra sobre a importância das eleições municipais como uma etapa a ser cumprida antes da corrida presidencial.

Em tom conciliador, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que não há contradição nas declarações de Serra e Aécio. "O partido não está disposto a discutir a sucessão agora, mas o fato de ter vários nomes (de presidenciáveis) só ajuda a oposição", concluiu. Em seu Twitter, José Serra criticou a antecipação do debate, dizendo que "colocar o carro na frente dos bois só atrapalha e desorganiza a oposição".

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), também não vê dissonância entre Aécio e Serra. "Quero crer que eles pensam igual, têm a mesma visão estratégica de tempo, de não antecipar a definição de nomes antes de concluir o processo eleitoral de 2012", afirmou. O paulista acha que Aécio colocou-se como pré-candidato para assumir a linha de frente do enfrentamento político com o governo, uma lacuna que a oposição precisava preencher. "É preciso gerar uma expectativa de poder."

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje não temer qualquer investigação em sua pasta ou em órgãos ligados ao MMA. "Se o PSDB quer informações, não tenho nenhum problema em dar", disse. "Tenho informações, inclusive, do governo passado", continuou, referindo-se claramente ao mandato do então presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, e não do antecessor de Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva.

No início desta semana, o PSDB disse que vai protocolar na Procuradoria Geral da República uma representação contra a ministra e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Rômulo Barreto Mello. A razão é o aumento de 127% no desmatamento de áreas protegidas nos últimos 10 anos.

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"Não tenho informação sobre isso. Se procurada, tornarei disponível todas as informações sobre área protegidas no Brasil", disse. "Mas é bom lembrar que não somos nós que provocamos o desmatamento ilegal na Amazônia", acrescentou.

Apelo

Aproveitando a oportunidade, Izabella fez um apelo para que o Congresso aprove um projeto de lei que, entre outros pontos, cria mil novas vagas para fiscalização e proteção ambiental, das quais 500 seriam destinadas ao Instituto Chico Mendes. "Sabemos que precisamos de mais fiscais e a abertura de mil vagas está parada no Congresso". A ministra enfatizou que, apesar dos cortes promovidos por todos os ministérios, sua pasta conseguiu preservar o orçamento voltado à fiscalização.

O ex-governador de São Paulo José Serra e o senador Aécio Neves (MG) concordaram na noite de ontem (10) que o PSDB não deve fechar as portas para uma eventual aliança com o PSD, sigla recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Serra considerou que existe a hipótese de as duas legendas estarem juntas em "diferentes áreas ou regiões". Aécio defendeu a formação de uma política de alianças que tenha como meta não só a disputa presidencial de 2014, mas também a retomada do espaço da oposição no Congresso Nacional. Os dois participaram ontem de reunião do Conselho Político do PSDB, promovida no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

Após o encontro, Serra avaliou como importante o diálogo com todos os partidos, "exceto com aqueles que podem ser considerados adversários". Mais cedo, antes do início da reunião, Aécio defendeu a composição de uma aliança mais robusta do que a construída nas últimas eleições presidenciais, em 2010. "O que eu defendo é que o PSDB deixe, sim, as portas abertas para construir uma aliança mais ampla", afirmou. Ele ponderou, contudo, que, antes de qualquer diálogo, é necessário aguardar a postura que tomará o PSD em relação ao atual governo federal. "Eu acho que agora é aguardar qual será a forma de agir do partido. Vamos ver que tipo de posicionamento terá no Congresso Nacional."

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A reunião do Conselho Político, que durou em torno de três horas, teve a participação de seus seis integrantes: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), o ex-governador José Serra (SP) e o senador Aécio Neves (MG).

Na saída, Serra foi perguntado o que achou da entrevista concedida por Aécio ao jornal "O Estado de S. Paulo", publicada domingo e na qual o senador mineiro afirmou que, caso venha a disputar a sucessão presidencial, estará pronto para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou a presidente Dilma Rousseff. "Eu achei interessante, verdadeira", afirmou Serra, negando que tenha se colocado como candidato na disputa presidencial de 2014. "Mas acho positivo que o Aécio se coloque ", disse.

A articulação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para disputar a Presidência em 2014, explicitada em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo com a declaração do mineiro de que está preparado para enfrentar tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a presidente Dilma Rousseff, provocou reação imediata de dirigentes tucanos em defesa de prévias.

Expoente do grupo serrista do PSDB, o senador Aloysio Nunes (SP) defendeu ontem eleições prévias no partido para escolher o candidato tucano a presidente em 2014. Ao elogiar a forma como Aécio Neves anunciou a pretensão de disputar a corrida presidencial, Aloysio destacou a prudência do mineiro, "deixando em aberto um leque de candidaturas", entre as quais a do ex-governador José Serra.

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, endossou as ponderações do serristas. "Temos também o Serra, que já foi nosso candidato na última eleição, e os governadores Marconi Perillo e Beto Richa. A democracia começa dentro de casa. É preciso um processo interno de escolha e é esse processo interno que legitima o candidato para que depois ele vá buscar o voto na sociedade", disse Alckmin.

Aécio e o governador de São Paulo concordam que o timing da definição da candidatura a presidente é "o alvorecer de 2013", mas Aloysio diz que está mais preocupado com a forma de escolha que com a data. "Sou favorável a uma prévia para valer, que dê total legitimidade à escolha", disse o senador, convencido de que o processo facilitaria a união do partido em torno do candidato pela forma "absolutamente incontestável" de definir o nome.

Alckmin, por sua vez, não fez comentários sobre regras das prévias. "Entendo que a escolha, como o Aécio mesmo disse, não é agora. Isso deve ocorrer a partir de 2013, mas acho que é muito bom para o País ter pessoas preparadas, com experiência, com espírito público para disputas de grande responsabilidade", disse o governador paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A possibilidade de o tucano José Serra ser candidato à prefeitura de São Paulo no próximo ano é interpretada de maneiras distintas por alguns dos principais nomes do PDT. Para o atual ministro do Trabalho e presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, um eventual apoio ao político do PSDB está descartado. Por outro lado, o presidente estadual do PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, não faz veto ao nome de Serra.

Paulinho foi indicado neste sábado como pré-candidato do PDT à prefeitura de São Paulo e, na sua visão, possíveis parcerias devem ser analisadas somente em um eventual segundo turno. O líder do PDT, entretanto, já iniciou conversações com o atual prefeito paulistano Gilberto Kassab, cujo apoio a uma candidatura de Serra é declarado oficialmente. "Tenho conversado com o Kassab e há uma série de partidos que estão na base do prefeito que analisam a possibilidade de ter uma candidatura", revelou Paulinho.

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A princípio, o plano do PDT é manter o nome de Paulinho como cabeça de chapa, mas até o próximo mês de junho as conversações entre os partidos devem traçar um cenário mais claro de coligações. Em meados do ano que vem serão realizadas as convenções definitivas para a indicação dos candidatos ao principal cargo da cidade de São Paulo. "A disposição do PDT é manter o candidato. E, se tivermos que apoiar alguém, caso não estejamos no segundo turno, a decisão de apoiar um ou outro será somente em outubro do próximo ano", disse Paulinho.

Lupi, entretanto, não cogita a possibilidade de apoio a José Serra. Perguntado sobre o tema, o ministro do Trabalho foi enfático: "Não há hipótese", disse. Pouco antes, Kassab, que também discursou na Convenção Estadual do PDT, afirmou que o político do PSDB seria seu primeiro nome para a corrida municipal.

Enquanto os governadores e a cúpula do PSDB estão reunidos hoje em Goiânia para tentar acertar a sintonia fina do maior partido de oposição e discutir temas como os rumos da sigla, a conjuntura nacional e internacional e as eleições, o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira utilizou sua página no microblog twitter para fazer um desabafo e alimentar o fogo amigo entre os tucanos.

Numa crítica contundente e com alvo certeiro, Aloysio reclamou que tanto ele quanto o governador José Serra foram ignorados nas recentes inserções partidárias da legenda que estão sendo veiculadas na mídia. "Vamos bem assim... ", profetizou o senador mais votado no Brasil nas eleições gerais de 2010.

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"Há quase uma década sem representação no Senado, o PSDB paulista me ignorou na propaganda política que está no ar", diz Aloysio no twitter. E continua nos ataques: "A propaganda do PSDB ignora também o líder político com a trajetória e o prestígio popular de José Serra. Vamos bem assim..." Ainda em sua página no microblog, o senador tucano diz que resolveu "passar recibo publicamente" porque sequer foi consultado a respeito da propaganda tucana.

As reações ao chamado fogo amigo tucano no twitter não ficaram restritas apenas aos seguidores anônimos do senador Aloysio Nunes. Tucano de alta plumagem, o agrônomo e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo Xico Graziano disse em sua página no microblog: "Nossa senhora, Aloysio Nunes botou a boca no trombone. Vai voar pena entre os tucanos!"

O deputado estadual, Daniel Coelho, oficializa nesta quinta-feira (15) em um ato público a troca do PV pelo PSDB. A cerimônia de filiação do prefeiturável será realizada no Teatro da Boa Vista, localizado no Colégio Salesiano, no bairro da Boa Vista, no Recife, às 18h30. Cerca de 50 Pré-candidatos a vereador do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Moreno também terão a ficha de filiação avalizada pela legenda.

No seu site o Daniel Coelho faz um convite à população para participar da cerimônia. “Convido a todos e a todas para ato de prestação de contas de nosso mandato e de nossa posição política quanto ao cenário estadual e nacional, considerando as divergências existentes no Partido Verde, sobretudo após a saída da Senadora Marina Silva da legenda”.

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Estará presente no evento o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, bem como prefeitos, vereadores, lideranças da legenda do Recife, Região Metropolitana e interior.

O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), líder tucano na Câmara, afirmou nesta quarta-feira (14) que a demissão do ministro do Turismo, Pedro Novais, 35 dias após primeiras denúncias na Pasta, mostram "que a faxina (anunciada pela presidente Dilma Rousseff) é só de fachada e que se não houvesse uma nova denúncia hoje ele se manteria no cargo", afirmou. Nogueira considerou "inevitável" a queda de Novais, após as novas denúncias que apontam o uso de um servidor público como motorista de sua mulher. "Antes disso, foram 38 presos no ministério, inclusive o então vice-ministro", relembrou.

Para o parlamentar, a queda de Novais "mostra a fragilidade da presidente na escolha de seus ministros e a entrega dos Ministérios de porteira fechada, sem a cobrança de metas". Nogueira afirmou ainda que a oposição retomará, após a saída do ministro do Turismo, a coleta de assinaturas entre deputados e senadores para tentar instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção.

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Hoje, antes da queda de Novais, o PSDB entrou com representações no Ministério Público Federal e na Procuradoria Geral da República para apuração de crimes de peculato e improbidade do agora ex-ministro.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), acusou o governo de "blindar" os principais protagonistas dos escândalos de corrupção na gestão da presidente Dilma Rousseff, bem como de "encenar uma faxina" que recua diante das "forças partidárias" que apoiam o Planalto no Congresso. Segundo o tucano, essa prática foi condenada pela população, que demonstrou sua insatisfação com o governo na pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje.

"O governo Dilma até admite irregularidades, mas procura esconder os protagonistas essenciais. Isso se reflete na opinião pública, na queda de popularidade da presidente e do índice de aprovação do governo", afirmou o líder tucano. Segundo ele, esgotou o modelo de governo baseado no "promíscuo loteamento de cargos entre os partidos políticos" aliados. "Este modelo puxa pra baixo a qualidade da gestão administrativa e estimula a corrupção", arrematou.

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Os principais líderes tucanos reuniram-se nesta quarta para anunciar futuras ações diante das novas denúncias de corrupção. O PSDB vai encaminhar duas novas representações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedindo investigação das denúncias de corrupção no Ministério da Agricultura e no Ministério do Turismo. "Em que pese a Polícia Federal agir, a representação é uma convocação para a investigação do Judiciário", justificou Dias.

Os tucanos também protocolaram convites para que os principais personagens envolvidos nos escândalos prestem depoimentos no Senado. A oposição quer ouvir o ex-secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, o ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto e o lobista Júlio Fróes. Também quer convidar o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, e o ex-presidente da Embratur Mário Moysés, ambos presos na Operação Voucher da Polícia Federal.

Além disso, o PSDB anunciou que apresentará, no final do mês, um projeto de lei propondo uma ampla reestruturação da administração pública, com o enxugamento de pastas e a fusão de órgãos públicos, a fim de reduzir os gastos com a máquina pública.

Por fim, os tucanos defendem a votação de quatro projetos de lei que estão prontos para serem incluídos na pauta do plenário da Câmara: proposta que dá prioridade para o julgamento de processos contra gestores públicos acusados de corrupção, outra que proíbe o sigilo de processos que tratam de crimes contra a administração pública e, por fim, projeto determinando ao Tribunal de Contas da União (TCU) que divulgue todas as compras públicas na internet.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que a oposição está disposta a aprovar eventuais medidas do Governo Federal que forem tomadas para combater a crise econômica internacional. Dias afirmou que mesmo com um ambiente de turbulência política, não se pode esquecer dos problemas econômicos internacionais.

"A crise de corrupção do governo faz com que se esqueça da crise econômica, mas a oposição está disposta a aprovar as medidas que o governo desejar para proteger o País na área econômica. Se não tiver roubalheira, podem contar com a oposição", disse o tucano.

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O ex-governador José Serra (PSDB) abriu uma empresa de consultoria, somando-se ao grupo de políticos que, sem cargo eletivo, ingressaram na prestação de serviço para a iniciativa privada. Candidato derrotado à Presidência da República em 2010, o tucano registrou na Junta Comercial de São Paulo a Apecs Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial há quase quatro meses, para dar palestras e coordenar a publicação de artigos. Serra escreve quinzenalmente para o jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa, uma sociedade limitada, ocupa um conjunto em um prédio comercial na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.

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De acordo com dados da Junta Comercial, o objeto social da Apecs são atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica, edição de livros, serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas. Também aparecem como área de atuação da empresa atividades de apoio à educação.

Serra tem como sócio na Apecs, sigla de Análise Perspectiva Econômica e Social, o economista Gesner Oliveira, que foi presidente da Sabesp durante a gestão do tucano no governo de São Paulo (2007-2010). Gesner também foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

 

PRODUÇÃO

A empresa foi fundada no dia 12 de abril deste ano, com um capital social de R$ 10 mil. Serra aparece como sócio, administrador da Apecs e responsável por assinar pela empresa, com participação de R$ 9,9 mil. Gesner é sócio minoritário, com uma participação simbólica de R$ 100. Ele é dono da G.O. Associados, que presta consultoria principalmente na área de regulação econômica e de gestão ambiental.

Procurado para comentar as atividades da Apecs, Serra disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que precisa de uma empresa privada para receber por sua produção intelectual.

Costuras

No escritório, Serra também tem feito costuras políticas. Recebe no local lideranças de partidos aliados ao PSDB e sindicalistas. O tucano é apontado por integrantes do seu partido como o candidato para concorrer à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Serra, no entanto, tem dito que não pretende se candidatar a prefeito. Aliados dizem que o tucano pretende disputar a Presidência novamente em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE), considerou hoje que a escolha do ex-chanceler Celso Amorim para substituir Nelson Jobim no comando do Ministério da Defesa foi "completamente inadequada". Na avaliação do tucano, o ex-ministro das Relações Exteriores não aparenta ter perfil ou vocação para atuar à frente da pasta.

"Para mim, não me parece uma pessoa voltada para isso ou vocacionada para essa tarefa", afirmou. "Além disso, ele tem uma posição sobre a política externa que não me parece ser a do atual Governo Federal". A presidente Dilma Rousseff aceitou ontem a demissão do ex-titular do Ministério da Defesa, que causou constrangimento no Palácio dos Planalto após criticar colegas da Esplanada dos Ministérios e revelar que votou no ex-governador José Serra, do PSDB, nas eleições presidenciais do ano passado.

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O presidente do PSDB elogiou o ex-ministro Nelson Jobim e considerou que ele "não cabia" no atual governo federal. "Ele tem um grau de competência, de firmeza e uma qualidade que não é típica na equipe ministerial da presidente Dilma Rousseff", criticou. O deputado federal negou que tenha convidado o ex-ministro para ingressar no PSDB, mas ressaltou que as portas da sigla estão abertas ao ex-titular do Ministério da Defesa.

"É evidente que ele seria muito bem vindo ao PSDB", afirmou. "O partido tem respeito e admiração por ele", acrescentou. Em entrevista ao Programa Roda Viva, na última segunda-feira, 1º, Nelson Jobim afirmou que, caso deixasse o governo federal, iria se dedicar a escrever um livro e negou que tivesse novas pretensões políticas.

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