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O Na Social desta semana está com gostinho de réveillon e traz uma matéria especial com looks feitos para arrasar na virada do ano. Você também vai acompanhar os detalhes do lançamento da edição 2012 do livro Sociedade Pernambucana, do colunista João Alberto, que nos deu uma entrevista e contou as novidades da publicação deste ano e uma reportagem, feita no Barrozo, com a confraternização do PSDB Pernambucano.

O Na Social possui apresentação de Juliana Liv, produção de Stella Soares, Fausto Muniz e Natali Assunção. Todas as semanas, aqui no portal LeiaJá.

O congresso nacional da Juventude do PSDB, que começa hoje em Goiânia, promete se tornar um microcosmos do racha tucano entre apoiadores do senador Aécio Neves (MG) e do ex-governador de São Paulo José Serra. Ambos são esperados no evento e devem usar suas falas para tentar mobilizar os militantes em seu favor. Os líderes jovens do PSDB estimam que atualmente a maioria dos diretórios estaduais é comandada por aecistas. O afastamento de Serra desta ala do partido teria se intensificado com o bate-boca, em novembro, entre o ex-governador e o presidente da juventude do tucanato paulista, Paulo Mathias. Serra deve aproveitar o discurso de amanhã para elogiar Mathias e diminuir sua rejeição.

Os militantes mais alinhados ao ex-governador de São Paulo, contudo, tentam minimizar a briga entre ele e Mathias. "Não houve briga! Isso já foi resolvido", diz enfaticamente Wesley Goggi, secretário nacional de juventude do PSDB. Ele pertence ao diretório do Espírito Santo, hoje visto como um dos mais serristas. Foi dele o convite para que Serra e Aécio participassem do evento. "Não tem desconforto nenhum", garante, reiterando que o debate sobre o candidato à Presidência só deve ser feito em 2013.

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O presidente da Juventude do PSDB, Marcelo Richa - que os outros tucanos veem como um articulador de seu pai, o governador do Paraná, Beto Richa, e alheio à disputa entre Serra e Aécio -, também nega qualquer conflito entre os dois líderes partidários: "A juventude tem batalhado muito pela unidade".

O congresso - que acontece hoje e sábado em Goiânia - deve concentrar-se no lançamento de candidatos jovens para as prefeituras e câmaras municipais no ano que vem. A ala do partido deve lançar 400 candidaturas às eleições municipais. "São Paulo vai levar cerca de 70 delegados, a maior parte candidatos a vereador", diz Mathias, evitando a polêmica com Serra. "Nós, mineiros, estaremos lá, em peso", acrescenta Gabriel Azevedo, presidente da juventude tucana de Minas Gerais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasília - O PP e o PSDB elegeram hoje seus líderes para comandar as bancadas partidárias no ano que vem na Câmara. O PP reelegeu, por unanimidade, o atual líder, deputado Agnaldo Ribeiro (PB), para mais um ano no comando da bancada. Após a escolha, os deputados do partido assinaram uma nota de apoio e solidariedade ao ministro das Cidades, deputado Mário Negromonte, acusado de fraudes no ministério.

O PSDB elegeu, por aclamação, o deputado Bruno Araújo (PE) para a liderança do partido no ano de 2012. Durante a reunião, os tucanos indicaram o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) para a liderança da minoria na Câmara. Os novos líderes assumirão suas funções em 1º de fevereiro do ano que vem .

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Bruno Araújo substituirá o atual líder, deputado Duarte Nogueira (SP) e Mendes Thame substituirá o deputado Paulo Abi-Ackel (MG). “O PSDB não é só um partido de oposição. É, sobretudo, um partido de posição. Vamos assumir com mais força o papel de demonstrar as alternativas à sociedade”, disse Araújo.

O presidente do PMDB de São Paulo, deputado estadual Baleia Rossi, refutou ontem avaliação feita terça-feira pelo ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) de que haverá uma polarização entre tucanos e petistas na campanha à sucessão à Prefeitura de São Paulo, no ano que vem. O dirigente peemedebista garantiu que a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) é "irreversível" e negou a hipótese de uma dobradinha entre PMDB e PT já no primeiro turno da disputa municipal, em um eventual acordo que tem como principal articulador o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A candidatura do Chalita em São Paulo é irreversível, porque não foi uma construção de última hora", afirmou. "Eu respeito muito o ex-governador José Serra, mas acho que o Gabriel Chalita tem todas as condições de disputar com ele ou com qualquer outro", completou. Chalita e Lula devem se reunir em janeiro de 2012, a pedido do ex-presidente, para discutir o cenário eleitoral em São Paulo.

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Em entrevista exclusiva à Agência Estado, o dirigente do PMDB mostrou confiança na ida de Gabriel Chalita ao segundo turno da disputa municipal e considerou José Serra como um dos adversários do deputado federal, apesar de o ex-governador negar a pessoas próximas a intenção de participar na corrida eleitoral. "Apesar de ele dizer que não é candidato à Prefeitura de São Paulo, eu acho que ele deve estar pensando no assunto", afirmou.

"A campanha de 2012 em São Paulo terá três candidatos fortes: do PSDB, do PT e do PMDB, e eu acredito que o PMDB vá para o segundo turno", acrescentou. Rossi admitiu que Chalita é pouco conhecido da população paulistana, o que, segundo ele, foi apontado em uma pesquisa qualitativa feita pelo próprio partido. "A pesquisa mostrou que 90% da população de São Paulo não conhece o Chalita. Na faixa dos 10% em que ele é conhecido, tem um bom desempenho", afirmou o presidente do PMDB.

Para o dirigente peemedebista, quando Chalita for conhecido por meio de sua participação nos palanques eletrônicos, uma vez que o PMDB detém o segundo maior tempo no horário eleitoral gratuito em São Paulo, esse desconhecimento deverá ser revertido. "Hoje, você não consegue falar com milhões e milhões de eleitores em São Paulo sem que tenha tempo de televisão e o Chalita fará uma campanha propositiva, passará a imagem do bom gestor, de uma pessoa respeitada e voltada à educação", explicou.

Rossi afirmou que o PMDB pretende lançar, pelo menos, 400 candidatos a prefeito no Estado de São Paulo em 2012, eleger 150 deles e assim ter força para bancar a candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo paulista em 2014. "O partido, para pleitear a sucessão ao Palácio dos Bandeirantes, terá de sair fortalecido em 2012 nas principais cidades de São Paulo". Rossi avalia que o PMDB de São Paulo conseguiu manter a unidade no Estado, quase um ano após a morte do ex-governador Orestes Quércia, ocorrida no dia 24 de dezembro do ano passado.

Segundo ele, foram feitas 25 mil filiações este ano e o partido está representado nos 645 municípios paulistas com diretórios municipais ou comissões provisórias. Prova dessa união, segundo ele, é a unificação das várias correntes na chapa única do Diretório Estadual do PMDB em São Paulo, a qual será referendada no próximo sábado para mais um mandato à frente do partido.

O presidente do PMDB paulista citou ainda Orestes Quércia para revelar que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) descumpriu o acordo, firmado em 2010, para dar duas secretarias aos peemedebistas caso fosse eleito, o que não ocorreu. "Quando o ex-governador Quércia definiu o apoio à candidatura de Geraldo Alckmin, ele conversou com o governador que, em caso de vitória, o PMDB teria duas secretarias", disse. "Não houve o cumprimento do acordo, logicamente", completou Rossi.

Rossi disse ainda que mesmo assim o PMDB manteve o apoio a Alckmin (na Assembleia Legislativa) em 2011 e que não pleiteará cargos no governo de São Paulo, principalmente em 2012, quando ambos serão adversários na campanha à Prefeitura paulistana. "Não é a nossa prioridade hoje ocupar qualquer cargo no governo estadual", concluiu.

Os parlamentares do PSDB na Câmara elegeram hoje o deputado Bruno Araújo (PE) como líder da bancada para o próximo ano, em substituição ao deputado Duarte Nogueira (SP). Nos últimos dias de trabalho na Câmara, antes do recesso, as bancadas partidárias estão elegendo seus líderes para o ano legislativo que começa em 1º de fevereiro. Quatro bancadas mantiveram seus lideres atuais. No PMDB, permanece o líder Henrique Eduardo Alves (RN); no PTB, Jovair Arantes (GO); no PR, Lincoln Portela (MG); no PP, Aguinaldo Ribeiro (PB).

"Nosso partido vive um clima de plena harmonia", comemorou o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ). Segundo ele, Ribeiro foi reeleito com 35 do total de 38 votos do partido. O PP também aprovou uma moção de aplauso ao ministro das Cidades, Mário Negromonte, envolvido em denúncias de irregularidades em sua Pasta. Negromonte é um dos ministros que podem deixar o cargo na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff prevista para fevereiro.

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A bancada do DEM, liderada pelo deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), só decidirá sobre o comando da liderança em fevereiro. O PT também definirá a substituição do líder, Paulo Teixeira (SP), somente no próximo ano. Os deputados petistas Jilmar Tatto (SP) e José Guimarães (CE) disputam o lugar.

O ex-governador de São Paulo José Serra disse hoje, por meio de nota, que é um "fato gravíssimo" a informação, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a Polícia Federal (PF) grampeou o comitê eleitoral do PSDB no Acre durante a campanha eleitoral de 2010.

As escutas telefônicas a que o jornal teve acesso revelam detalhes da campanha do então candidato do PSDB ao governo estadual, Tião Bocalon, e conversas com a coordenação de campanha do então candidato José Serra, nome do PSDB à sucessão presidencial no ano passado. "Um fato gravíssimo que precisa ser investigado a fundo", cobrou o ex-governador. "Acrescenta-se a outros episódios da mesma natureza, como as quebras ilegais de sigilo fiscal na tentativa de usá-los como armas eleitorais", emendou.

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A PF confirmou ontem que um telefone do comitê do PSDB no Acre foi grampeado porque, segundo o órgão, estava em nome da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), alvo de inquérito por fraude eleitoral. Em um dos diálogos, a que o jornal teve acesso, o secretário-geral do PSDB no Acre, Frank Lima, reclama a uma das coordenadoras nacionais da falta de material de campanha do então candidato à sucessão presidencial. Em 2009, um ano antes da campanha eleitoral, o sigilo fiscal da filha de José Serra, Verônica Serra, foi quebrado, bem como de lideranças do PSDB.

O presidente do diretório municipal do PT em São Paulo, vereador Antonio Donato, rebateu hoje as críticas dos pré-candidatos do PSDB ao ministro Fernando Haddad, pré-candidato petista à Prefeitura de São Paulo. Em debate promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, os tucanos pouparam o prefeito Gilberto Kassab (PSD) de ataques e elegeram Fernando Haddad como alvo preferencial. "Quem não tem proposta tem que atacar, né?", rebateu Donato.

Durante o debate, o pré-candidato do PSDB e secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, afirmou que a população paulistana não quer mais votar em "poste". "Chamaram a Dilma de poste também e a Dilma é hoje presidente da República", respondeu o vereador. Para o dirigente, os tucanos querem ter candidato próprio mas são "incapazes" de criticar a gestão Kassab, que é mal avaliada pelos paulistanos segundo pesquisas. "Se a gestão Kassab é tão boa que não possam criticá-la, por que eles querem ter um candidato?", questionou o dirigente petista, ironizando a recomendação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de evitar os ataques ao prefeito, com o qual o PSDB negocia uma aliança em 2012. "Os tucanos não conseguem explicar por que estão no governo Kassab, por que querem ter um candidato e na falta de proposta, eles escolheram a linha do ataque. Nesta linha, o eleitor não vai aceitar", afirmou.

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O vereador Chico Macena, um dos coordenadores da pré-campanha de Haddad, também saiu em defesa do escolhido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao listar os feitos de Haddad no Ministério da Educação, Macena destacou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o qual chamou de "maior empreendimento de democratização do ensino" no País. Hoje, o deputado federal e pré-candidato do PSDB Ricardo Trípoli ironizou as falhas no Enem e colocou em dúvida a capacidade administrativa de Haddad. "Sem contar, o que eu imagino que vai acontecer, em um concurso público feito pelo candidato do PT se os dados forem iguais aos do Enem. Vocês imaginem que tipo de concurso público vai haver aqui em São Paulo", alfinetou Trípoli.

Macena disse que os tucanos estão preocupados com a escolha de Haddad pelo PT. "Acho que isso é um pouco de desespero", avaliou. De acordo com o vereador, os paulistanos estão mais propensos a escolher um nome com experiência em administração pública e novo em disputas eleitorais. "Ao contrário do que falam, o Haddad é o que mais tem experiência", afirmou. O vereador também rebateu o comentário de Bruno Covas, neto do ex-governador Mário Covas. "As pessoas não vão votar em uma pessoa que tem só sobrenome e não tem história em São Paulo", provocou Macena, que se referia à recente mudança de domicílio eleitoral de Santos para a capital paulista feita por Bruno Covas.

"É mais fácil falar o futuro do euro do que o do PSDB!". Com estas palavras, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso referiu-se - durante uma breve visita à capital argentina nesta terça-feira - ao cenário que desponta sobre o partido dos tucanos. "A política é imprevisível", frisou o ex-presidente, levantando ironicamente a sobrancelha direita. No entanto, destacou a importância das prévias que o partido - que em 2013 completará um quarto de século de existência - fará para definir qual será o candidato à prefeitura de São Paulo.

"Começa a existir um interesse em função da prévia. Isso é importante", sustentou. Mas, depois ressaltou que "é muito cedo, ainda falta muito tempo para as eleições".

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Cardoso preferiu não emitir preferências sobre os atuais pré-candidatos do PSDB: "se eu tivesse um preferido, não poderia dizê-lo". O ex-presidente afirmou que "quem deve definir isso são os delegados (do partido). E eu não sou delegado...".

Cardoso indicou que as acusações existentes sobre irregularidades na gestão do prefeito Gilberto Kassab devem ser analisadas pela Justiça: "ora, como disse o presidente Lula e a presidente Dilma, temos que ver. Deixa a Justiça julgar".

Sobre a "faxina" exigida por setores da população à presidente Dilma, Cardoso afirmou que será "inevitável": "a pressão da opinião pública é tão grande que ela terá que tomar medidas, porque não há alternativas".

O ex-presidente afirmou que a Comissão da Verdade "é importante": "temos que virar essa página. Eu fui o primeiro a criar uma comissão para reconhecer o que havia sido feito. E pedi desculpas pelos excessos do Estado brasileiro". No entanto, Cardoso considera que a comissão não deve ter "espírito de revanchismo". Mas, ressaltou que "as pessoas tem o direito de saber o que aconteceu".

PALESTRA - Cardoso realizou a palestra sobre conjunta latino-americana no contexto da crise internacional no elegante Palácio Errázuriz, sede do Museu de Arte Decorativo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou na manhã de hoje que haja uma divisão interna no PSDB em torno da sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). O tucano defendeu a realização de uma disputa por prévias para a escolha do candidato da sigla para a corrida municipal e afirmou que o ex-governador de São Paulo José Serra é favorável a uma eleição interna. "O Serra não está contra, ele é também defensor das prévias", afirmou. O governador de São Paulo considerou natural que a sigla queira ter uma candidatura própria na capital paulista e discordou da avaliação de que o partido pode lançar para a disputa municipal um nome que não seja viável eleitoralmente.

"O nome do PSDB será forte, para isso existe campanha", afirmou. "É natural que o PSDB queira ter um candidato para prefeito de São Paulo, pelo tamanho do partido, pela força do partido", destacou. O tucano ponderou, contudo, que o partido não deve "excluir nada". "Agora, é hora de amadurecer internamente o debate", ressaltou. O governador de São Paulo avaliou que a escolha de um nome tucano não exclui a formação de um leque de alianças para a disputa municipal, inclusive com a participação do PSD. "Isso não exclui a formação de alianças, pelo contrário", afirmou. "Então, defendo, sim, as prévias e que, ao mesmo tempo, se vá conversando", acrescentou. O tucano participou hoje de entrega do Prêmio Disque Denúncia 2011 a delegacias da Polícia Civil e batalhões da Polícia Militar de São Paulo.

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O ex-governador José Serra teria considerado nos últimos dias, em conversa com uma liderança tucana, que o PSDB não tem atualmente um nome viável eleitoralmente para a disputa à Prefeitura de São Paulo e teria defendido que a sigla apoie uma eventual candidatura do atual vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, pelo PSD. A avaliação é compartilhada por aliados do ex-governador, os quais defendem que apenas uma aliança entre PSDB e PSD poderá evitar uma vitória do PT na sucessão da Prefeitura de São Paulo. As lideranças tucanas já trabalham com a possibilidade da sigla não ir para o segundo turno na disputa municipal.

O governador de São Paulo, que havia se mostrado favorável a uma aliança entre PSDB e PSD, tem defendido que a disputa por prévias seja postergada de janeiro para março de 2012, mudança que daria uma maior margem de manobra aos tucanos. Os atuais pré-candidatos do PSDB são os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia), além do deputado federal Ricardo Tripoli.

O senador Aécio Neves (PSDB) visitará Pernambuco no próximo dia 9. A visita do ex-governador de Minas Gerais faz parte do início de sua campanha para presidente da República.

O tucano participará de uma reunião, em Camaragibe, com todos os candidatos do PSDB da área metropolitana. Pernambuco será o segundo Estado visitado por Aécio, que esteve na semana passada, no Rio Grande do Sul. Lá ele visitou uma feira de livros, circulou pelas ruas, acompanhado correligionários.

Devem participar da reunião o prefeito de Jaboatão Elias Gomes, Diego Moraes (Recife), Jorge Alexandre (Camaragibe), Terezinha Nunes (Olinda), Carlos Santana (Ipojuca), Jairo Pereira (São Lourenço), Cal Volia (Itapissuma), Betinho Gomes (Cabo) e Jogli Uchoa (Araçoiaba).

Senado - Nesta terça-feira (22), Aécio Neves, conseguiu a inclusão de municípios do Vale do Mucuri e Norte de Minas que integram a Área Mineira da Sudene na Medida Provisória (MP) 540, do governo federal, que assegura incentivos fiscais a empresas e indústrias na região. Esses municípios estavam de fora dos benefícios fiscais concedidos pela MP.

Diante do impasse da "não candidatura" tucana para prefeito de São Paulo, os principais líderes do PSDB já trabalham com o cenário em que o partido, como em 2008, nem sequer passa para o segundo turno da disputa. Nos bastidores, já é tratado com naturalidade o apoio do PSDB a outras siglas numa segunda etapa da eleição, em troca de aliança para reeleger o governador Geraldo Alckmin em 2014.

Na última semana, a reportagem conversou com os principais líderes do partido. A maioria deles admite, reservadamente, que o quadro eleitoral é dramático. A situação se deteriorou após o PT ter formado, há cerca de dez dias, uma unidade, ainda que polêmica internamente, em torno do nome do ministro Fernando Haddad (Educação) como o candidato do partido.

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Com o quadro pouco favorável, os principais aliados de Alckmin, nas reuniões políticas no Palácio dos Bandeirantes, começaram a desenhar a estratégia eleitoral de 2012 de olho na disputa para o governo do Estado em 2014. Apesar das declarações oficiais de que a eleição está distante, a principal preocupação do PSDB paulista hoje é reeleger Alckmin daqui a três anos.

A avaliação dos caciques tucanos é de que os pré-candidatos do PSDB - os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli - não unem o partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB reagiu hoje às ironias contidas na resolução da Executiva do PT ao lema proposto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para o comando tucano, o PT está "desesperado" e a autoridade da presidente Dilma Rousseff está "em xeque" diante dos casos de corrupção.

Na quinta-feira, a direção petista ironizou a sugestão do ex-presidente para que o PSDB adote como bandeira o lema "Yes, we care" ("Sim, nós nos preocupamos"), numa adaptação de "Yes, we can" ("Sim, nós podemos"), usado na campanha de Barack Obama à Presidência dos EUA, em 2008.

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"Enquanto a oposição conservadora macaqueia em seminários um slogan americano, imaginando assim aproximar-se do povo, o governo vem mantendo a iniciativa das ações dando prioridade à garantia de continuidade das conquistas econômicas e sociais do povo brasileiro", disse a resolução da Executiva petista.

O texto afirma, ainda, que foi "igualmente frustrada" a tentativa dos adversários de "gerar crises" no âmbito dos ministérios e na base de sustentação do governo no Congresso.

Em nota divulgada ontem, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, disse que "apesar dos ataques despropositados do PT, o PSDB vai cumprir o seu papel de fazer uma Oposição que o Brasil espera. Não vamos abrir mão de desenvolver abordagens e estudos sobre o quadro atual do País e do mundo."

Segundo a direção tucana, "o desequilíbrio e destempero do PT, aprisionado em um ambiente negativo, que já provocou a saída de seis ministros de Estado" demonstraria que não são apenas as denúncias da Oposição e da imprensa, mas "sim os fatos que estão deixando o governo vulnerável à corrupção e aos desmandos." Na nota, Guerra diz que o PSDB vai continuar fazendo oposição e que espera que o PT e o governo sejam capazes de responder às denúncias que atingem o Governo de Brasília, com uma perturbadora onda de corrupção.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido em clima de campanha política e fez discurso de candidato à Presidência da República em encontro com tucanos e lideranças do PP, PPS e DEM hoje, em Porto Alegre. Além da palestra em almoço no Clube do Comércio, a agenda na capital gaúcha incluiu visitas a três empresas de comunicação e uma caminhada entre as barracas da Feira do Livro, no centro da cidade, durante a qual simpatizantes gritavam "Brasil prá (sic) frente, Aécio presidente".

A viagem ao Rio Grande do Sul foi a primeira de uma série que o parlamentar está programando com o objetivo formal de "ouvir e falar" sobre o futuro do País. A próxima está prevista para o Nordeste, em dezembro. Em seu discurso e nas entrevistas que deu, Aécio tratou de pontuar diferenças com o PT criticando as gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2006 e 2007-2010) e de Dilma Rousseff, iniciada este ano, e defendendo ações de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002).

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"A grande agenda que está em curso no Brasil é aquela proposta pelo PSDB há 20 anos. Ela começa com o Plano Real e a estabilidade econômica, passa pelas privatizações, pelo Proer, pelo início dos programas de transferência de renda e pela Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou. "No governo do PT não houve nenhuma inovação. Eles tiveram a responsabilidade de esquecer o discurso que levou o Lula à primeira vitória e incorporar e manter a política macroeconômica do governo Fernando Henrique Cardoso, com câmbio flutuante, meta de inflação, superávit primário e atenção aos programas sociais", comparou.

Adotando uma postura mais agressiva do que as mais recentes campanhas à Presidência do PSDB, Aécio defendeu a venda de empresas estatais. "Temos que assumir de forma muito clara os benefícios que as privatizações trouxeram ao Brasil", afirmou, sem, no entanto, propor a retomada. "O que foi feito foi importante; o que temos que fazer agora é parcerias com o setor privado para investimentos, como nos aeroportos".

Referindo-se às gestões petistas, Aécio reiterou que elas não aproveitaram o crescimento econômico, a ampla base de apoio e a alta popularidade que tiveram para enfrentar os gargalos e fazer as reformas necessárias ao País. "No primeiro ano do novo governo (de Dilma Rousseff), mais uma vez houve omissão absoluta em relação às grandes questões nacionais", disparou, citando, como problemas que não são enfrentados, a desindustrialização e a concentração da receita tributária na União. "Qual foi a principal iniciativa, qual a questão estruturante que esse governo propôs, até para que nós da oposição pudéssemos participar desse esforço?", questionou. "Nenhuma, absolutamente nada".

Aécio previu ainda que reformas como a política, previdenciária, tributária e do próprio Estado não entrarão em pauta tão cedo porque 2012 é ano de eleições e em 2013 metade do mandato do atual governo já terá passado. "Infelizmente vai ser mais um período perdido", previu.

Na mesma linha das críticas, o senador considerou o projeto do trem-bala de São Paulo para o Rio de Janeiro "uma insensatez" que pretende gastar recursos que resolveriam a falta de metrôs em pelo menos dez capitais brasileiras, todas com perspectiva de atrasos. E também atacou o PT por se dedicar, segunda sua avaliação, apenas à manutenção do poder. "Hoje a prioridade do PT é o projeto de poder, com quaisquer aliados, a qualquer custo, sabe-se lá para que, porque não há nenhuma iniciativa estruturante desse governo".

Aécio afirmou que "é necessário ter coragem para enfrentar a 'armadilha perversa' que o governo teria criado ao chegar "à mais alta carga tributária do País, juros altos e baixíssimo investimento público" e insistiu na tese de que "o Brasil precisa de um novo salto" e que "o PSDB iniciou a discussão desse novo salto", em uma referência às teses apresentadas em seminário promovido pelo Instituto Teotônio Vilela na segunda-feira, no Rio de Janeiro. O senador defendeu a discussão de ao menos uma delas, do corte dos juros subsidiados do BNDES, como "ideia importante", mas não comentou o corte do número de Ministérios pela metade.

Ao falar de mobilização política, Aécio defendeu que o partido se ocupe de renovar o discurso, volte a falar para a sociedade brasileira com coragem e dispute as eleições de 2012 de forma vigorosa para depois, "ao alvorecer de 2013", pensar em quem será o candidato à presidência em 2014. Questionado sobre o ato do dia, idêntico ao de uma campanha, saiu pela tangente. "Esse é o carinho dos gaúchos com esse mineiro que vem lá das Alterosas", desconversou.

Raras vezes se viu uma demonstração tão clara do poder da caneta presidencial. Hoje, quatro dos principais governadores de oposição estiveram no Palácio do Planalto para agradecer a autorização dada pelo governo federal para que eles possam contratar novos empréstimos. Numa atitude incomum de exposição, a imprensa foi convidada a assistir ao encontro.

"Grande presidente que trabalha muito pelos paulistas, por todos os Estados e pelo Brasil", louvou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que poderá se endividar em mais R$ 7 bilhões. Não satisfeito, ele ainda apoiou a prorrogação Desvinculação de Receitas da União (DRU) pelo prazo de quatro anos.

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"Alagoas está com saudades da senhora", derramou-se o governador do Estado, Teotônio Vilela (PSDB), brindado com um limite extra de R$ 666 milhões. Ele agradeceu pela "relação parceira, republicana e extremamente respeitosa para com o nosso povo tão sofrido." O tucano Beto Richa, governador do Paraná, agradeceu pela parceria. "Tenho visto que isto se reproduz em todos os Estados, a boa relação com o governo federal. Relação republicana, relação harmoniosa e eu agradeço todos os ministros e em particular à presidenta da República pela cordialidade com que tem nos tratado." Ele poderá investir mais R$ 1,192 bilhão.

"Não chegaríamos a este momento, se não houvesse a boa vontade, trabalho coletivo e parceiro", disse o mineiro Antonio Anastasia (PSDB), que foi autorizado hoje a contratar R$ 3 bilhões. Ele fez um agradecimento específico ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e à equipe da Secretaria do Tesouro Nacional.

No mesmo diapasão, Dilma ressaltou o trabalho conjunto entre União e Estados em favor dos investimentos e do crescimento econômico. Ela comentou que a capacidade dos Estados em manter as contas em dia "demonstra que o País consegue investir e manter os princípios da estabilidade". Para ela, isso é sinal de "grande maturidade institucional".

Mantega comentou que os Estados ajudarão a fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer, com isso arrecadarão mais e assim será estabelecido um ciclo virtuoso. No total, sete Estados foram autorizados ontem a contratar novos empréstimos no total de R$ 21,3 bilhões. Há duas semanas, outros dez Estados obtiveram o mesmo tratamento, de forma que o total autorizado até agora é de R$ 37 bilhões.

Enquanto os oposicionistas elogiaram e agradeceram, um dos principais aliados de Dilma, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi a única ausência da festa, mas mesmo assim teve seu limite ampliado em R$ 6 bilhões. Retido no Estado devido a manifestações contra a nova divisão de royalties do petróleo, que está em discussão no Congresso, ele não compareceu, o que foi lamentado por Dilma. Cabral quer que a presidente vete o texto, se for aprovado como está. Ela resiste.

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, foi autorizada a contratar mais R$ 2 bilhões. Ela saiu antes do final da reunião.

Outro aliado, o petista Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, disse que a reunião, numa sala pequena e apinhada de jornalistas, era modesta para a importância do ato. Ele poderá contratar mais R$ 1,467 bilhão em dívidas. "É modesta, mas R$ 37 bilhões são R$ 37 bilhões", rebateu Dilma.

O PT ironizou hoje a sugestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que o PSDB adote como bandeira o lema "Yes, we care" ("Sim, nós nos preocupamos"), numa adaptação de "Yes, we can" ("Sim, nós podemos"), usado na campanha de Barack Obama à Presidência dos EUA, em 2008. "Enquanto a oposição conservadora macaqueia em seminários um slogan americano, imaginando assim aproximar-se do povo, o governo vem mantendo a iniciativa das ações dando prioridade à garantia de continuidade das conquistas econômicas e sociais do povo brasileiro", diz a resolução da Executiva petista. O texto afirma, ainda, que foi "igualmente frustrada" a tentativa dos adversários de "gerar crises" no âmbito dos ministérios e na base de sustentação do governo no Congresso.

O DEM e o PSDB, partidos de oposição ao governo do PT no Distrito Federal, protocolaram na tarde de hoje na presidência da Câmara Legislativa dois pedidos de impeachment contra o governador do DF, Agnelo Queiroz. Segundo informações da Câmara Distrital, além desses pedidos, há outros três individuais que foram apresentados pelo presidente regional do DEM, Alberto Fraga; o presidente regional em exercício do PSDB, Raimundo Ribeiro; e pelo advogado Rogério Pereira.

A oposição defende o impeachment de Agnelo em razão das denúncias de desvio de recursos públicos envolvendo o governador quando este era ministro do Esporte e diretor da Anvisa.

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Todos os pedidos de impeachment serão encaminhados à Procuradoria da Câmara Legislativa para análise dos requisitos jurídicos para que os documentos sigam para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode solicitar a criação de uma comissão especial para tratar do assunto.

"Sim, nós nos preocupamos". Este é o lema proposto por FHC em encontro do PSDB na última segunda-feira. Para o ex-presidente, o PSDB deve mostrar para os eleitores que se preocupa com as pessoas. A proposta de FHC é óbvia. Mas nem todos do PSDB propuseram isto. Portanto, a proposta óbvia de FHC é inovadora.

Costumo afirmar que o governo de FHC foi inovador. Sem FHC, Lula não teria conquistado sucesso junto aos eleitores, pois o PT, e certamente parte da sua base aliada, não lhe daria apoio para criar a Lei de Responsabilidade Fiscal, para realizar as privatizações e para salvar o sistema financeiro através do PROER. E, claro, variados membros do PT não teriam dado apoio caso algum economista propusesse a Lula o Plano Real.

É claro que Lula tem méritos. Lula é sábio. Lula fez a opção em sua carreira política pela intuição. E não se preocupa em dar a ela sustentação teórica. Em vários momentos, a intuição de Lula foi sábia. A Carta aos Brasileiros, publicizada às vésperas da eleição de 2002, mostra, por exemplo, a sabedoria de Lula. Através dela, Lula garantiu para todos os brasileiros e para o mercado a continuidade das coisas boas do governo FHC.

Gostaria de presenciar um encontro de FHC, o PSDB e Lula. Neste encontro, eu diria o seguinte a Lula: presidente: diga ao PSDB como se conquista eleitores.  Lula, diante da sua empáfia, ficaria feliz com a minha sugestão. E, certamente, iria mostrar ao PSDB os meios necessários para mexer com os sentimentos e os desejos dos eleitores.

Não falta ao PSDB uma agenda para o Brasil. Não faltam ideias em FHC. Ao contrário, muitos do que fazem o PSDB e FHC pensam o Brasil a longo prazo. Privatizações, Reforma do estado, desburocratização, reforma radical na educação, redução dos juros, capitalismo competitivo, etc. Estes são temas que fazem parte da agenda do PSDB. Porém, falta ao PSDB o básico: criatividade para conquistar eleitores.

A conquista de eleitores é um desafio que faz parte do cotidiano dos estrategistas e dos competidores. Identificar e compreender os desejos do eleitor e com isto criar estratégias para conquistá-los são as funções básicas dos estrategistas e dos candidatos.

Em 2014, o PSDB tem condições reais de retomar à presidência da República, pois Dilma tem vários desafios até lá, muitos dos quais, não serão satisfatoriamente superados. Mas, para o PSDB derrotar o PT ou outro competidor, ele precisa aprender a conquistar eleitores.

Reunidos para discutir "a agenda dos próximos vinte anos" e a "renovação" do partido, políticos e teóricos do PSDB fizeram hoje um coro de duríssimas críticas aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Grande homenageado do encontro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rejeitou a tese de que Lula deu continuidade às políticas de seu governo. "O governo do presidente Lula deformou o que foi feito antes. O programa que eles tinham era uma corrida para o abismo. Pegaram o nosso e executaram mal", discursou Fernando Henrique, aplaudido de pé.

O ex-presidente foi encarregado de encerrar o seminário, que teve clima de reencontro, com as presenças de antigos colaboradores do governo FHC, como o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga e Gustavo Franco e os "pais" do Plano Real Edmar Bacha e Pérsio Arida. Os políticos, por sua vez, se esforçaram para minimizar as brigas internas e insistir que "divergir não é negativo", como disse o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE).

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O ex-governador José Serra e o senador e ex-governador Aécio Neves (MG) chamaram atenção para as denúncias de corrupção que envolvem integrantes do primeiro escalão do governo Dilma e atacaram o loteamento dos cargos federais entre os partidos aliados. Serra disse que os adversários são "viciados na mesquinharia política". "Este é um governo de factoides e salamaleques", atacou Serra. Aécio recorreu a uma expressão usada pela presidente: "O malfeito para este governo só é malfeito quando vira escândalo. Até lá, é bem feito. O governo age reativamente", criticou.

Depois das últimas campanhas presidenciais, em que o PSDB evitou destacar as marcas do governo Fernando Henrique, como privatizações e reformas, o convite a alguns dos mais destacados auxiliares do ex-presidente soou como uma tentativa de reorganizar o discurso tucano. "O papel do PSDB foi estruturar tudo o que se desenvolveu depois, menos os desvio de conduta", disse Sérgio Guerra. Fernando Henrique respondeu às críticas de que os tucanos cobram medidas que poderiam ter adotado quando estiveram no poder, como mudanças mais profundas no sistema previdenciário e queda dos juros. "Não se fez antes porque as condições eram outras. Hoje temos como baixar os juros sem gerar inflação", disse o ex-presidente.

Responsável pelas maiores críticas ao comando do PSDB nas últimas semanas, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) não foi ao encontro, que levou ao Rio os governadores Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia e muitos parlamentares. Ao contrário de Aécio, que acompanhou de perto a organização do seminário, a cargo da economista Elena Landau, Serra chegou de surpresa, quando poucos tucanos acreditavam na presença do ex-governador paulista, que estava em Londres e chegou ao Rio na madrugada de ontem.

Para não criar ainda mais atritos entre os aliados de Aécio e de Serra, possíveis candidatos à Presidência da República em 2014, foram abertos espaços para que os dois discursassem, o que não estava previsto no programa do seminário. Foi Aécio quem chamou o "companheiro José Serra" ao palco. Fernando Henrique fez questão de prestigiar o ex-governador de São Paulo. "O Serra fez o meu discurso. Eu é que deveria ter ido para Londres", brincou.

Na tentativa de fazer do encontro um ponto de partida para uma fase com mais debate e menos intriga, Fernando Henrique estimulou os companheiros a deixarem claras as posições do partido. "O PSDB ou fala ou morre", disse o ex-presidente. "Começamos a falar com uma nova voz, a voz dos que querem vencer, o Brasil precisa da nossa vitória. Não somos partido do clientelismo, da corrupção", disse. O ex-presidente propôs um lema para o PSDB, "o partido do carinho e da equidade", e sugeriu a adaptação ao slogan da campanha do presidente americano Barack Obama. No lugar do "Yes, we can", Fernando Henrique lançou o "Yes, we care" ("sim, nós cuidamos").

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que o ex-governador José Serra terá o apoio do partido em qualquer disputa que deseje enfrentar. Ao chegar ao seminário do PSDB "A nova agenda - desafios e oportunidades para o Brasil", realizado no Rio de Janeiro, Alckmin evitou, no entanto, falar da disputa para a prefeitura paulistana em 2012 e para a sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

"Serra é um dos melhores quadros do PSDB, uma liderança nacional. Ao que ele for (candidato), terá nosso apoio", disse o governador tucano. Ao comentar a candidatura do ministro Fernando Haddad a prefeito, depois da desistência da senadora Marta Suplicy, Alckmin disse ser "indiferente" o nome do candidato petista.

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Embora reconheça as dificuldades da oposição no plano nacional, Alckmin disse que "o PSDB tem história, é o partido das grandes mudanças, dos grandes avanços". "O País não é vocacionado para um partido único. O PSDB ficará firme na oposição", disse o governador.

Deputados estaduais do PSDB foram os campeões de liberação de emendas no ano eleitoral de 2010. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que os quatro deputados que mais conseguiram verbas do governo de São Paulo, todos tucanos, foram o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (R$ 5,6 milhões), o ex-líder do governo e hoje deputado federal Vaz de Lima (R$ 5,2 milhões), o atual relator do Orçamento, Roberto Engler (R$ 4,6 milhões), e o deputado licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Alexandre Barbosa (R$ 4,4 milhões).

Apesar de os tucanos liderarem o ranking de distribuição das verbas, há um equilíbrio quando se analisa a cota média de parlamentares do PSDB e do PT. Os correligionários de José Serra, que deixou o governo em 2010 para concorrer à Presidência, foram beneficiados com liberações de R$ 2,9 milhões, em média, enquanto os petistas ficaram com R$ 2,89 milhões.

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Na lista dos 15 deputados campeões de liberação de emendas aparecem cinco petistas: Adriano Diogo (7º, com R$ 3,9 milhões), Simão Pedro (9º, com R$ 3,7 milhões), Beth Sahão (11º, R$ 3,6 milhões), Ana do Carmo (13º, R$ 3,5 milhões) e Ana Perugini (15º, 3,5 milhões).

As listas das emendas de 2007 a 2010, divulgadas na noite de sexta-feira pelo governo de São Paulo, mostram que o acordo informal que destinava uma cota de R$ 2 milhões em emendas para cada parlamentar não foi respeitado. Dos 97 deputados contemplados, 78 conseguiram liberar valores acima deste limite. A cota nunca foi publicada, mas sempre esteve acordada extraoficialmente entre os líderes partidários da Casa, segundo confirmação de vários deles.

Segundo os dados divulgados, o deputado Roque Barbiere (PTB), pivô das acusações de vendas de emenda na Casa, intermediou o repasse de R$ 3 milhões em 2010, sendo o 22º do ranking.

Questionado pelo Grupo Estado sobre a cota, o governo divulgou ontem a seguinte informação: "Não existe uma cota específica. O critério para liberação das indicações parlamentares é técnico, independentemente da filiação partidária. Se a indicação for aprovada por razões técnicas e houver recurso disponível, o governo tem todo interesse em aplicar esse dinheiro para beneficiar a população". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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