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Se na entrevista ao Jornal Nacional o presidente Jair Bolsonaro (PL) procurou se controlar diante dos questionamentos dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos, nas redes sociais o presidente e seu entorno mais fiel publicaram mensagens irônicas e provocativas a respeito da TV Globo.

"Foi uma enorme satisfação participar do pronunciamento de William Bonner Kkkkk. Na medida do possível, com muita humildade, pudemos esclarecer e levar algumas informações que raramente são noticiadas em sua emissora. Pela paciência e audiência, o meu muito obrigado a todos!", escreveu Bolsonaro no Twitter. "O Bonner tomou todo meu tempo, ele tava com saudade da audiência. hahaha.", diz outra publicação do presidente.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, afirmou que o pai "jantou" o apresentador William Bonner durante a sabatina e depois foi comer batatas fritas em Marechal Hermes, no Rio de Janeiro. O parlamentar ainda afirmou que a entrevista foi a "vitória da humildade sobre a arrogância". "Foram péssimos atores. Caras e bocas de cinismo, perguntas irrelevantes e o Presidente. Bolsonaro gigante nas respostas!", escreveu Flávio no Twitter.

A rede social, no entanto, registrou um universo bem maior de menções críticas a Bolsonaro do que positivas. Dados do instituto de pesquisas Quaest mostram que o presidente teve 65% de menções negativas e 35% de menções positivas durante a entrevista, em média. Segundo a análise, Bolsonaro teve mais críticas quando falou das urnas eletrônicas, da pandemia e dos casos de corrupção.

O presidente foi mais elogiado quando falou sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e quando assumiu o compromisso - ainda que relutante - de aceitar o resultado das eleições.

Segundo o Monitor de Redes do Estadão, a entrevista gerou pelo menos 189 mil menções diretas na plataforma em duas horas. Dados mostram que, além do presidente, o debate é centrado nas figuras dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. Já entre os assuntos abordados na entrevista se destacam a política ambiental na Amazônia, a gestão da pandemia e as relações do governo com o Centrão.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou a entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira (22), para elogiar ex-ministros que vão concorrer às eleições deste ano. Dentre os atuais integrantes da Esplanada, citou Joaquim Leite (Meio Ambiente), mas deixou de mencionar Paulo Guedes (Economia), mesmo quando exaltou indicadores econômicos do País.

Ao dizer que só fez indicações técnicas, o candidato à reeleição mencionou o ex-titular da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vai disputar o governo de São Paulo, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP), que concorre ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, o ex-titular de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes (PL), candidato ao Senado por SP, o ex-ministro Onyx Lorenzoni, que ocupou várias pastas e agora disputa o governo do Rio Grande do Sul, e o ex-titular do Turismo Gilson Machado, que almeja uma vaga no Senado por Pernambuco.

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Na semana passada, durante a primeira live de quinta-feira na campanha eleitoral, Bolsonaro pediu votos para candidatos ao Senado e a governos estaduais, mas evitou endossar nomes específicos nos Estados onde há palanque duplo.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (22), em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que não errou "em nada" do que falou sobre a pandemia da Covid-19.

"Não errei nada no que falei. Lockdown serviu para atrapalhar nossa economia e contaminar mais em casa", disse o chefe do Executivo ao ser questionado pelos apresentadores do telejornal sobre episódios em que desestimulou a vacinação contra a doença, imitou pacientes com falta de ar e chegou a dizer "E daí?" sobre vítimas da doença.

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O presidente ainda chamou a defesa do tratamento precoce para a Covid, que nunca teve eficácia confirmada pela ciência, de "liberdade do médico". Em contraponto, destacou que pagou o auxílio emergencial "imediatamente", apesar de ter defendido inicialmente o valor de R$ 200, e não de R$ 600 aprovado posteriormente pelo Congresso Nacional.

Bolsonaro também classificou como "circo" a CPI da Covid, encabeçada por nomes como os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O relatório final da comissão propôs o indiciamento do presidente por crimes cometidos na gestão da pandemia.

As principais cidades do Brasil registraram panelaços durante a entrevista do presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira, 22.

Em São Paulo, houve atos nos bairros Barra Funda, Paraíso, Pompeia, Santa Cecília e Vila Madalena. No Rio de Janeiro, panelaços foram registrados em Copacabana, Cosme Velho, Flamengo e Laranjeiras.

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Em Brasília, houve atos na Asa Norte e no Jardim Botânico. Em Salvador, panelaços foram registrados no Bairro do Bonfim. No Recife, os panelaços foram registrados no bairro da Boa Vista, na área central da capital pernambucana. 

A campanha à reeleição virou alvo de críticas dos aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Poder Executivo tem deixado de ouvir sugestões de integrantes do seu próprio comitê para se aconselhar com auxiliares que não têm experiência ou participação direta na campanha. Exemplo disso é a preparação para a entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que acontecerá nesta segunda-feira, 22. Seu QG insistiu para que ele passasse por um media training, ensaiando as perguntas e respostas da entrevista, mas Bolsonaro recusou.

O comitê de campanha espera que Bolsonaro esqueça os ataques às urnas eletrônicas, os conflitos com os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) e foque mais nas ações de governo, como o Auxílio Brasil. Fazem parte desse comitê nomes como os do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), dos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, das Comunicações, Fábio Faria, do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten e dos publicitários Duda Lima e Sérgio Lima. A reclamação da equipe é que o presidente diz que vai seguir os conselhos, mas depois faz diferente do que foi combinado.

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Fábio Faria, que é genro de Silvio Santos, dono do SBT, principal concorrente da Globo, Wajngarten e o ministro da Economia, Paulo Guedes, acompanharão Bolsonaro na entrevista ao Jornal Nacional. Wajngarten saiu do comando da Secom por influência de Faria, com quem se desentendeu.

Em vídeo publicado no perfil do Twitter do ministro das Comunicações, o governo tenta passar imagem de que Bolsonaro não está preocupado com a sabatina no Jornal Nacional. No vídeo, Fábio Faria comenta em tom irônico: "Olha a cara do presidente preocupado hoje com o JN". Bolsonaro responde rindo e diz que vai "mandar um beijo" para o apresentador William Bonner.

No episódio da confusão envolvendo Bolsonaro e o youtuber Wilker Leão na saída do Palácio da Alvorada, na última quinta-feira, 18, quando foi chamado de "tchutchuca do Centrão" agentes do Gabinete de Segurança de Institucional (GSI) estavam com celulares na mão, fazendo gravações. Ao menos dois seguranças faziam vídeos enquanto o youtuber provocava Bolsonaro.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou, na série de sabatinas realizadas pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), que pretende criar o Bilhete Único Metropolitano para integrar sistemas diferentes de transporte, como trem e ônibus, e reduzir o preço pago pelo usuário.

Mais uma vez sem detalhar a proposta - não disse por quanto tempo seria válida uma única passagem, por exemplo -, o petista afirmou que, se eleito, vai implementar a proposta de forma gradual.

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"Não há dinheiro para, num passe de mágica, integrar todos os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo ou da Região Metropolitana de Campinas ou de São José dos Campos. Não há recursos para fazer uma integração radical de um dia para a noite, mas você pode, começando pelas cidades onde tem menos emprego e mais população de baixa renda, ir integrando e criando uma autoridade metropolitana de maneira que a pessoa vai pagar uma tarifa e se deslocar pelas cidades conveniadas ao modelo."

Segundo o petista, que criticou ainda as obras inacabadas de mobilidade pelos governos tucanos, como o Rodoanel ou a Linha 17-Ouro do Metrô, "não é justo uma pessoa que mora ao lado da capital ter de pagar duas, três passagens".

Segurança Pública

O ex-prefeito de São Paulo defendeu investimento maior do Estado em ações de inteligência da Polícia Civil e não apenas em "policiamento ostensivo", que, segundo ele, "faz parte do imaginário das pessoas que é a segurança pública".

Ao avaliar que uma presença maior de policiais nas ruas pode trazer uma sensação de segurança em determinados bairros - e criar atritos em outros, como nas periferias -, Haddad disse que um efetivo militar maior não resolve necessariamente os problemas da cidade. Como exemplo, o ex-prefeito citou a questão do roubo de celulares. "Se você não investigar as quadrilhas de receptação, você não vai acabar com o problema", disse. Em 2021, apenas na capital paulista, foram registrados 107 mil aparelhos roubados, ou um crime a cada cinco minutos.

"Tudo o que é roubado tem um destino. O destino é o receptador. Hoje, os delegados e investigadores estão batendo carimbo nas delegacias porque falta efetivo. Ou fazemos uma reforma da nossa segurança pública, ou a gente qualifica os nossos profissionais, fazendo a polícia investigativa chegar a essas quadrilhas, ou não vamos ver as nossas estatísticas melhorarem", afirmou.

PCC e PT

Questionado sobre suas propostas de combate à corrupção, o petista disse que pretende fortalecer a atuação da Controladoria-Geral do Estado. Segundo ele, durante os governos tucanos de João Doria e Rodrigo Garcia, o órgão não tem funcionado a contento. Sobre a suposta ligação de petistas com o crime organizado na capital e no Estado, Haddad não descartou essa hipótese, reconhecendo a necessidade de esclarecer quaisquer suspeitas. "O crime organizado se infiltra em todas as fileiras. Em grandes associações, você sempre vai ter de vigiar."

Ele foi provocado pelos entrevistadores a esclarecer as suspeitas sobre o vereador Senival Moura (PT). Em junho, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou operação para investigar o envolvimento do parlamentar em um crime de homicídio, além de supostas conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC) na gestão de uma empresa de ônibus da capital paulista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará da sabatina com os candidatos à Presidência da República, prevista para a próxima semana, no Jornal da Manhã, da Jovem Pan. A entrevista com o petista estava marcada para a próxima quarta-feira (24).

"A Jovem Pan lamenta a decisão do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que optou por não participar da sabatina no Jornal da Manhã. Esta seria para ele, como será para os demais candidatos que virão, uma excelente oportunidade para defender suas ideias e esclarecer temas relevantes para os eleitores. O convite permanece válido”, informou a direção de jornalismo da emissora.

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Além do ex-presidente, foram convidados para a série de sabatinas os candidatos Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB). Todos confirmaram presença. De acordo com o cronograma de entrevistas, divulgado pela Jovem Pan, o primeiro participante no Jornal da Manhã será Ciro, na quinta-feira (25), em seguida Tebet, no dia 26 de agosto, e Bolsonaro na próxima sexta-feira (29). 

 

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que seu partido "tem em seu DNA a democracia como valor universal", defendendo a legenda após ser questionado sobre episódios em que a cúpula do partido defendeu ditaduras da América Latina, como a da Nicarágua e a venezuelana. "Não acho que seja uma defesa. Na Venezuela, a oposição também não é democrática", afirmou nesta sexta-feira, 19, na sabatina do Estadão com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Haddad se esquivou ao ser perguntado se Nicolás Maduro é um ditador. Em vez de dar sua opinião sobre o político venezuelano, ele se limitou a fazer críticas à oposição daquele país. "É muito fácil ser binário em questões complexas, mas eu não sou binário como está sendo colocado", disse. "Não gosto de Maduro nem da oposição".

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Em consonância com o posicionamento de outros integrantes do PT, o candidato fez críticas aos Estados Unidos, país que, segundo ele, interfere em assuntos internos de outros países sob o pretexto de preservar a democracia, mas com intenções econômicas, opinou. "Infelizmente a gente tem que reconhecer que os americanos se metem em assuntos internos de outros países contra a democracia, não a favor".

Em 2019, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi à posse de Maduro após ele ganhar uma eleição que não foi reconhecida pela Assembleia Nacional e por dezenas de outros países. Frequentemente, integrantes do causam polêmica ao se referir a ditaduras de esquerda no mundo. No ano passado, o ex-presidente Lula comparou Daniel Ortega, ditador da Nicarágua que prendeu opositores para ser eleito, à ex-premiê da Alemanha, Angela Merkel.

Líder no índice de rejeição aos candidatos ao governo paulista, o candidato do PT, Fernando Haddad, minimizou a taxa nesta sexta-feira (19) durante sabatina promovida por Estadão e Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). "Agora, eu estou liderando as pesquisas todas", pontuou o petista, que, em relação à rejeição, afirmou que "não existe a possibilidade de um partido forte como o PT não ter algum tipo de rejeição".

Na última rodada da pesquisa Datafolha, publicada nesta quinta-feira (18), 30% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum no petista. Haddad é seguido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), rejeitado por 22% do eleitorado paulista, e Rodrigo Garcia (PSDB), com 21% de rejeição.

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Haddad justificou que é o candidato mais conhecido, e reconheceu que Tarcísio e Garcia, quando associados a seus padrinhos políticos - Jair Bolsonaro (PL) e João Doria (PSDB), respectivamente - poderão crescer nas pesquisas, "mas também vai aumentar a rejeição", afirmou.

O ex-prefeito de São Paulo também tem liderado as intenções de voto para o Palácio dos Bandeirantes nas pesquisas. Segundo o Datafolha, o petista tem 38% das intenções de voto, seguido por Tarcísio, com 16%, e Garcia, que disputa a reeleição, tem 11%.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, avaliou que a atuação do ex-governador João Doria (PSDB) no partido abriu uma "janela de oportunidade" que possibilitou a entrada do ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A chapa, afirmou, "uniu dois veteranos da política" em um grande causa, a liberdade.

Segundo o petista, ao colocar Rodrigo Garcia (PSDB), "um estranho no ninho tucano", para impedir a candidatura de Alckmin ao governo paulista, Doria abriu "uma janela que talvez não estivesse no nosso horizonte". A declaração de Haddad foi dada durante sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

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"Rodrigo Garcia sempre foi do DEM, apoiava o (Paulo) Maluf, apoiou o (Celso) Pitta, fez parte da administração do Pitta, depois do (Gilberto) Kassab", disse, lembrando da carreira política do atual governador.

Alckmin, que fez parte do PSDB durante 33 anos, deixou o partido após uma série de desgastes. Entre eles, a exigência de que, para concorrer ao governo de São Paulo, ele participasse de uma prévia para decidir o nome do PSDB a concorrer ao governo.

Para o ex-prefeito da cidade de São Paulo, também há um cansaço natural no eleitorado paulistano do PSDB. "São 28 anos com o mesmo governo, com o mesmo grupo político", avaliou.

Religião

Reagindo à associação da primeira-dama Michelle Bolsonaro das religiões de matriz africana às "trevas", Haddad criticou a "nova ameaça" do governo federal de opor uma religião à outra. "Agora vem uma nova ameaça, na questão religiosa, você opor uma religião a outra em um País que acolheu gente de todos os credos, e que sempre festejou, de certa maneira, o fato de nós convivermos pacificamente", afirmou o ex-prefeito durante a sabatina.

Na semana passada, Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para afirmar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "entregou sua alma para vencer essa eleição". A mensagem acompanhava um vídeo antigo em que o petista se encontrava com representantes de religiões afro-brasileiras.

A socióloga Rosângela "Janja" da Silva, mulher do ex-presidente Lula, rebateu a publicação no mesmo dia. ""Eu aprendi que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios", escreveu Janja no Twitter.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) bateu boca com jornalistas durante entrevista do Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (15). O pedetista perdeu a paciência com Vera Magalhães, que discursou contra a insistência que ele teve de não permitir que colegas continuassem com suas perguntas de forma objetiva. Em certo ponto, a jornalista afirmou que as respostas do ex-ministro tendiam para o discurso político e não para um debate.

A discussão aconteceu após Ciro ser questionado pelo jornalista Flávio Costa sobre o discurso de pacto nacional e plebiscito após seis meses no cargo, o que o entrevistador alegou ser comum em campanhas no geral, como na de Michel Temer (MDB), ex-presidente interino da República. 

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“Essa história de pacto nacional todo mundo, até o [Michel] Temer falava de pacto nacional e pacificação”, declara Flávio. Gomes retruca e pede que o jornalista não o “confunda”. “Não estou confundindo, só estou citando o Temer. Você fala em plebiscito após 6 meses. Isso não é tensionar ainda mais essa relação com o Congresso que é dominado por Arthur Lira hoje, Ciro Nogueira, essas raposas do centrão?”, continuou o entrevistador. 

Quando Ciro Gomes começa a responder ao questionamento, a apresentadora Vera Magalhães o interrompe, após duas tentativas sem sucesso. “Por que isso, meu Deus? Me deixe terminar”, esbravejou o candidato do PDT. 

“Candidato, eu preciso lhe interromper porque senão vira discurso e é uma entrevista”, retrucou a jornalista. O ex-ministro, então, rebateu: “Por que essa hostilidade?”. Vera Magalhães, por fim, respondeu mais uma vez: “O senhor foi hostil comigo, eu tentei lhe interromper duas vezes e o senhor não permitiu. É uma entrevista, só temos duas horas”. 

Confira o momento do mal-estar e outros trechos de destaque: 

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- - > LeiaJá também: ‘Para Ciro Gomes, Bolsonaro será preso se perder eleição’ 

A candidata a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), também participou de sabatina, nesta quarta-feira (10), na Rádio Cidade, em Caruaru. Em debate, algumas das propostas do Plano de Governo que já foram anunciadas e que contemplam diversas áreas, como saúde, educação, qualificação profissional, segurança alimentar, geração de renda, emprego e empreendedorismo.

Na área de saúde, Raquel ratificou a construção de cinco maternidades em pontos estratégicos de Pernambuco, para garantir às mulheres um atendimento digno, com segurança e qualidade.

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Raquel falou também sobre o Bora Empreender!, que visa estimular o empreendedorismo no estado. A meta inicial do programa é atender mais de três mil micros, pequenas e médias empresas pernambucanas. A ação ainda irá beneficiar os funcionários das empresas, com cursos de qualificação ofertados dentro do projeto e que permitirão a atualização profissional.

O Bora Empreender é baseado no Brasil Mais Produtivo, lançado em 2016, pelo então ministro Armando Monteiro, e que obteve reconhecimento de entidades como a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) e Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).

Combate à fome 

A candidata afirmou que vem visitando o estado há mais de 12 meses e que em todos os lugares que chega "é impressionante a quantidade de pessoas que não tem nada para comer". "Para garantir comida na mesa, criaremos o Mães de Pernambuco, onde vamos socorrer, de forma imediata, mais de 200 mil crianças e cerca de 100 mil mulheres, com uma bolsa no valor de R$ 300 às mães em situação de pobreza, que tenham filhos de até seis anos."

O Bom Prato Pernambucano também é um programa que tem como finalidade combater a fome,  oferecendo alimentação de qualidade, com alto valor nutritivo e com preços acessíveis. "O programa vai funcionar com a criação de restaurantes fixos e móveis e está alinhado a um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 2) da ONU, cuja meta é, até 2030, acabar com a fome e garantir acesso de todas as pessoas, em particular, os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficiente durante todo o ano", explicou.

Na área de qualificação profissional, Raquel apresentou o Trilhatec, um programa para inserção de jovens no mercado de trabalho, com a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes para estudantes de escolas estaduais de Ensino Médio.

Vagas de creches

Já quanto à educação, o compromisso de Raquel é de dobrar a cobertura de creche em Pernambuco, com a criação de 60 mil novas vagas. O objetivo da candidata é de colocar em prática o maior programa de investimento em educação infantil no estado, um trabalho que será feito em parceria com os municípios.

Da assessoria

Entre os cinco presidenciáveis mais bem avaliados, Jair Bolsonaro (PL) deve ser o único a não participar da entrevista do Jornal Nacional, neste mês. A TV Globo informou que o Presidente não aceitou participar do programa nos estúdios do Rio de Janeiro. 

As datas ainda não foram divulgadas, mas Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Lula (PT) foram confirmados pela emissora. O outro convidado foi André Janones (Avante), que suspendeu a campanha para apoiar o petista.

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Em nota, a TV Globo informou que Bolsonaro se dispôs à entrevista, mas um dos requisitos era que o programa fosse feito em Brasília. "No fim da noite de quinta-feira, a assessoria de Bolsonaro enviou e-mail reiterando a disposição de conceder a entrevista, desde que ela seja realizada no Alvorada, alegando para isso compromissos de campanha anteriormente assumidos. Diante das regras anunciadas reiteradas vezes, a Globo rejeitou o pedido e, por isso, a entrevista não será realizada", pontuou. 

Nessa quinta (4), o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL), havia publicado nas redes sociais que o pai participaria do Jornal Nacional no próximo dia 22 de agosto, no Palácio da Alvorada, em Brasília. A TV Globo negou a informação em seguida e confirmou a versão no comunicado. 

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Ex-delegada da Polícia Federal, Raquel Lyra (PSDB), pré-candidata ao governo de Pernambuco, tem a segurança pública e a reestruturação das forças policiais como parte da própria pauta desde que era prefeita da cidade de Caruaru, no Agreste. Na Sabatina UOL e Folha de São Paulo desta quinta-feira (9), ela admitiu que não é completamente contra a posse de armas pela população civil, mas entende que esta é uma necessidade extrema, influenciada por falhas de segurança social. Lyra também criticou projetos que pretendem conceder posse “indiscriminada” aos brasileiros. 

“Eu discordo da tese [de que o porte dá mais segurança à população]. Em qualquer lugar do mundo, ela não consegue se comprovar. A questão de armar o cidadão, para mim, não é a solução para a segurança pública. A gente precisa resolver o problema de segurança em Pernambuco com um novo olhar sobre a estruturação das polícias, investimento em inteligência e garantia de ações de prevenção social que consigam enxergar quem hoje é potencial vítima e autor de crimes, e seus familiares, para protegê-los e permitir que possamos ter estado de mais paz social”, declarou a ex-prefeita. 

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Ela continuou: “A meu ver, a liberação de armas, de forma discriminada, inclusive daquelas que eram de uso restrito, na mão do cidadão, é perigoso. Mais ainda nas mãos de bandidos, porque muitas delas irão parar lá”. 

Sucateamento da polícia 

Na sabatina, Raquel Lyra admitiu que as forças policiais do estado, sobretudo a Militar e a Civil, estão sucateadas e desmotivadas. Apesar de reconhecer a letalidade policial, também acredita que as tropas carecem de estrutura de trabalho e de uma nova visão para a abordagem pública. No “Pinga Fogo” da entrevista, quadro em que os entrevistados respondem com “sim” ou “não” sobre os tópicos mais importantes da disputa, Lyra disse que é a favor do uso de câmeras no uniforme policial. 

"A tropa está desmotivada. As delegacias estão sucateadas, não só com teto caído, mas com falta de materiais de limpeza, de expediente, e cobrando o que não tem condições de entregar. A Delegacia da Mulher precisa ser interiorizada e funcionar nos finais de semana e à noite, com unidades móveis inclusive. Vou fazer o completamento das tropas da Polícia Militar, porque muita gente saiu. Temos 90% dos municípios cobertos com dupla de policiais fazendo ronda. Eles só chegam depois de 6 a 7 horas do crime acontecido", declarou Raquel. 

A pré-candidata também disse que falta transparência sobre segurança pública no atual governo de Pernambuco. E criticou o programa Pacto Pela Vida. 

"Os indicadores do Pacto pela Vida estão errados, pois se deixa de investigar após 12 meses, porque não conta pra bater meta. Crimes de 12 meses atrás não são investigados mais, na prática, porque não contam para bater meta. O que era uma política pública efetiva acabou virando coisa para tirar retrato", concluiu. 

Propostas em segurança pública 

No estado, Raquel Lyra pretende replicar o “Juntos Pela Segurança”, projeto de segurança pública que uniu todas as forças policiais do estado, a Guarda Municipal e o Ministério Público. A proposta já é aplicada em Caruaru, onde foi prefeita até a metade deste ano. 

“A segurança pública em Pernambuco precisa ser liderada diretamente pelo governador. Se eu tiver oportunidade, farei como em Caruaru, e assumirei o problema diretamente. Quando você vê Paulo Câmara falando, pensa que Pernambuco vive num mar de rosas. Acaba parecendo que a propaganda é a vida real. O pernambucano hoje vive o toque de recolher. Teremos o Juntos pela Segurança, para reunir forças operacionais de polícia e dialogar prevenção da fase primária à prevenção terciária”, prometeu Raquel. 

Ela também sugeriu mais investimento na Polícia Científica, que tem enfrentado problemas para fazer o recolhimento de vítimas mortas em tempo, o que também aponta para um problema sanitário. Além disso, quer que as delegacias funcionem plenamente aos fins de semana e que os núcleos de apoio à mulher funcionem à noite, quando são registrados maiores episódios de violência de gênero. Em outras áreas, como a educação, infraestrutura e o desenvolvimento, a candidata prometeu a criação de 60 mil novas vagas em creches e a conclusão das obras na PE-104 e também na PE-232, além da duplicação da PE-432 até Garanhuns, no Agreste. 

A ex-prefeita Raquel Lyra (PSDB), pré-candidata ao governo de Pernambuco, revelou que percebe os seus adversários utilizando as candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) como “muleta”, em uma tentativa de levantar a bandeira partidária, em vez de agregar ao debate pelas questões mais urgentes do estado. Na Sabatina UOL e Folha de S. Paulo desta quinta-feira (9), ela abordou aspectos da política nacional, apesar de ter evitado se colocar na polarização pelo Governo Federal. 

“Hoje a gente apresenta a candidatura centro-democrática e não pode querer cair na pegadinha de escorar candidatura estadual, e é isso que os nossos adversários estão fazendo, usando como muleta a candidatura do presidente Lula ou do presidente Bolsonaro, pra tentar chegar ao segundo turno sem fazer o debate por Pernambuco”, declarou. 

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A sabatina foi iniciada com repercussões sobre a política nacional, que tem moldado as campanhas de nível inferior, com a troca de palanques e os apoios em diretórios estaduais e municipais. Assim, Raquel, que sempre buscou se manter entre a direita e a esquerda partidária, precisou comentar as gestões Lula e Bolsonaro. Evitou defender um ou outro, mas elogiou o governo petista e criticou a postura antidemocrática do atual presidente. 

“Sabemos do grande ganho que o presidente Lula fez para Pernambuco. Obras estruturadoras, no tempo em que a população vivia uma menor situação de pobreza. Óbvio que o povo de Pernambuco sente falta, pela condição de vida que ele tinha. [...] Votei no Lula três vezes e na Dilma [Rousseff] uma vez, porque representava naquele momento tudo o que acreditava ser o melhor para o Brasil. E eles deram contribuições”, declarou Lyra. 

Raquel também disse que, “independente de quem for o presidente da República”, irá buscar apoio aos projetos do estado, e que é necessário evitar fugir dos debates sobre os problemas da vida real, em vez de discutir quem é o melhor ou o pior candidato ao Planalto. 

Ela também criticou Jair Bolsonaro (PL) por ataques contra a democracia. "Ataque à democracia não cabe no Brasil de hoje. Temos democracia fortalecida e precisamos preservá-la. Acho que parte do discurso do Bolsonaro pode ser ameaça à democracia", afirmou. 

Chamou o governo de Paulo Câmara de "encastelado", criticando os baixos índices de aprovação e a falta de entregas de projetos para a população, principalmente em moradia e em água. 

"Paulo Câmara conduz o pior governo da história de Pernambuco. Qualquer pesquisa aponta. Seu governo não faz entregas. Vivemos desemprego, a região metropolitana é a mais pobre do Brasil, somos o pior estado para empreender, porque o estado se acostumou a acomodar e não entregar", afirmou. 

Apoio às principais pautas  

Legalização do aborto - CONTRA  

Legalização da maconha - CONTRA  

Concessão de parques públicos à iniciativa privada - A FAVOR 

Privatização da Petrobras - CONTRA  

Federalização do arquipélago de Fernando de Noronha - CONTRA  

Privatização do metrô do Recife - DEPENDE 

Criação do bilhete único - DEPENDE 

Privatização da Arena Pernambuco - A FAVOR 

Suspensão das festas juninas em Pernambuco - DEPENDE  

Câmeras em uniformes policiais - A FAVOR  

Porte/posse de armas por civis - CONTRA/A FAVOR 

Cotas raciais - A FAVOR  

Pedágios em rodovias - A FAVOR 

Principal bandeira da campanha  

Combater a desigualdade e devolver a autoestima à nossa gente, porque, em um governo tão medíocre, que não consegue garantir a Pernambuco o seu local de liderança do Nordeste, a gente vai trabalhar para, incansavelmente, fazer de Pernambuco um lugar melhor para se viver. 

 

Sempre mantendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso, a candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (SD), amenizou suas divergências com o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, do qual saiu recentemente, já enquanto pré-candidata ao Executivo pernambucano.

Em sabatina de uma parceria da UOL com a Folha de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (6), a postulante reiterou seu respeito pelo PT, mas esclareceu que não era coerente com o seu projeto dividir palanque com o PSB, partido que “destruiu Pernambuco”, na opinião da ex-parlamentar. 

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“Tenho todas as convergências ideológicas coincidentes com o PT, mas localmente, seria inviável apoiar um projeto ruim para Pernambuco. A gente está vendo a saúde do estado doente. Recentemente, foi notícia a questão das tragédias e desabamentos, mas a saúde está abandonada há muito tempo. A Restauração, um dos principais hospitais do estado, está com a estrutura terrível, teto caindo, a enfermaria cheia de água, porque não há investimento na infraestrutura. Não seria coerente da minha parte apoiar esse projeto”, justificou Marília. 

A pré-candidata continuou, afirmando que compreende que o ano eleitoral é atípico e a necessidade de união política fomenta movimentos nunca antes vistos: “Entendo as articulações nacionais que Lula precisa fazer. Mas muitas vezes o PSB esquece do país para tentar se perpetuar no poder aqui em Pernambuco”. 

Para ela, seu mal estar com o PT-PE não passou de uma divergência de “estratégia político-eleitoral”. Na época, a resposta pública do PT criticou Marília por sua saída, apontando para uma possível ingratidão por parte da candidata, que foi acolhida pelos petistas após passar pelo PSB. 

“Atritos existem até dentro da nossa própria casa. Na verdade, houve divergência na estratégia político-eleitoral. Eu entendo as alianças que o presidente Lula precisa fazer e digo sempre que, por mim, todos os candidatos apoiariam Lula. O que interessa a mim é que a gente volte a crescer o Brasil, combatendo a desigualdade. Essa questão acho que já foi superada. Os debates internos que o PT faz não me interessam mais. A gente tem que conversar sobre Pernambuco”, afirmou. 

Questionada sobre a resposta do PT à sua saída e a possibilidade de expulsão de dirigentes petistas que apoiassem o seu projeto, Arraes desviou da pergunta e voltou a dizer que não enfrenta o PT. “Eu não estou enfrentando o PT, tivemos uma divergência tático-eleitoral. Uma parte considerável de lideranças petistas declarou apoio ao nosso projeto. Tenho respeito ao PT”, finalizou, no assunto. 

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Oligarquia e relação com João Campos 

Durante a sabatina, Marília foi questionada sobre sua relação com o primo e adversário, João Campos, e também sobre a candidatura da sua irmã, Maria Arraes, que disputará um assento no Congresso, como deputada federal pelo Solidariedade. As duas se filiaram ao partido no mesmo dia. Arraes foi questionada sobre os rumores de décadas quanto à oligarquia Campos-Arraes e como ela avaliou a indicação da própria irmã à vida política. 

"Ela teve essa intenção de entrar na política. Eu não poderia deixar de apoiá-la. Respeito muito essa decisão. Ninguém pode ser penalizado pelo sobrenome que tem", declarou. "Eu tenho muito orgulho de não somente ser neta de Arraes, mas ter convivido, aprendido com ele”. Marília, que mencionou diversas vezes ter a paridade de gênero como um dos pilares do seu governo, disse que é preciso “mostrar firmeza” e abrir portas “para outras mulheres”. 

Em relação à família e ao primo, Marília se colocou como uma figura fora da curva e desinteressada em “perpetuar” o “império” do PSB em Pernambuco. "Não faço da política um assunto de família. Tenho minha militância própria, trajetória própria. Ele é um adversário como qualquer outro. Representa o mesmo projeto de continuidade do PSB", disse Marília sobre João Campos. 

Alianças 

Sobre estar no Solidariedade e contar com uma aliança com o PSD, que é um partido mais de centro-direita, ela disse que mostra "uma capacidade de diálogo" e que "não vivemos um momento normal do país", por isso quer montar essa frente ampla, como a de Lula. "O Brasil está precisando dessa unidade. Estamos com a democracia cotidianamente ameaçada por Bolsonaro. Estamos num momento em que é necessário unir quem é a favor da democracia." 

Marília Arraes aproveitou a sabatina para destacar que o apoio do PSD foi importante à sua campanha e que aprendeu, com a vida política, que apoio “não se rejeita”. Questionada sobre o perfil mais conservador de André de Paula, com relação a pautas que são divergentes com o projeto de Marília e de Lula, a candidata usou como exemplo o avô, Miguel Arraes, e disse que “todas as chapas vitoriosas de Arraes tinham gente do centro e da centro-direita, assim como Lula está fazendo. Seu maior adversário local em São Paulo sempre foi o PSDB, representado por Alckmin, que hoje é seu vice. Nesse momento o Brasil e PE precisam dessa unidade”, afirmou. 

Sobre apoiar ou receber apoio dos demais candidatos ao Governo de Pernambuco em um possível segundo turno, Marília disse que não pensa no assunto, mas que aceitaria apoio, só que sem flexibilizar o seu programa. 

“Estamos em um momento de ampliação dos apoios e alianças, nossa candidatura tem total condição de ir para um segundo turno. Podemos até ganhar o primeiro turno. Não fico analisando os “se”. Apoio não se rejeita, sempre aprendi isso, é importante que a gente receba, mas sem flexibilizar o nosso projeto, que é alinhado ao presidente Lula. Não só por apoio, mas porque nossas propostas e visão de sociedade são parecidas. Eu não tenho problema pessoal com ninguém, trato meus adversários com muito respeito. Quem quiser apoiar é muito bem-vindo”, concluiu. 

A candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, declarou o bilhete único como uma das suas promessas de campanha para o campo da mobilidade no estado. Crítica ao PSB, partido no qual estão seus maiores adversários locais, relembrou a promessa do governador Paulo Câmara, em sua primeira pré-campanha, da criação de uma tarifa única para o transporte rodoviário, no valor de R$ 2,15; o que posteriormente foi justificado como um “valor ilustrativo”. 

Arraes, no entanto, disse que ainda não pode prometer um valor fechado para a tarifa, que a questão segue sendo estudada por sua equipe, e que prefere evitar o mesmo erro dos socialistas, para não prometer algo que “não poderá cumprir”. 

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“A gente tá fazendo os estudos orçamentários. Eu não vou fazer como Paulo Câmara e dizer algo que, mais adiante, não poderemos cumprir”, declarou a postulante durante sabatina ao jornal Folha de São Paulo/UOL. Marília também falou sobre uma reavaliação do quadro que hoje compõe o Consórcio Grande Recife. “Não tem como a gente falar em revisão da gestão metropolitana de transportes sem rever a composição do GR. Tem que haver uma licitação decente para que haja mais concessionárias que prestem um melhor serviço. Tudo isso vai impactar no valor tarifa. A partir do momento que se revê e aumenta a concorrência, você revê também o valor da tarifa”, continuou. 

A candidata disse, ainda, que deve propor o bilhete único com planos diário, semanal, mensal, trimestral e anual. “Estamos estudando, mas é viável e factível, quando você coloca o transporte público a serviço do usuário”, concluiu no tema. Marília Arraes também falou sobre concluir o projeto do transporte rápido (BRT), mas se mostrou interessada em explorar outros meios de transporte, pois considera o BRT insuficiente para a demanda em Pernambuco, especialmente no Grande Recife. 

“O BRT, é importante frisar, nunca foi concluído. Assim como a navegabilidade do [rio] Capibaribe, que teve mais de R$ 100 milhões jogados rio adentro porque não foi concluído e o assoreamento já se foi, inclusive, por projeto do candidato a governador apoiado pelo PSB [Danilo Cabral], quando foi secretário das Cidades. O BRT deve ser concluído, inclusive estudando o transporte de outras formas, como o metrô aéreo e terrestre. O BRT está sucateado, não atende à população. A quantidade de ônibus não é a necessária, desde a pandemia houve redução e não voltou a se colocar a quantidade precisa de ônibus nas ruas”, declarou. 

Saúde 

Arraes voltou a comentar a crise na saúde pernambucana, mencionando os episódios recentes de problemas com a infraestrutura do Hospital da Restauração, um dos maiores do estado, localizado na região central do Recife. De acordo com a candidata, a manutenção e reforma do HR será uma prioridade do seu Governo, desde o primeiro dia de mandato. 

“A manutenção da Restauração a gente vê que não é feita há muito tempo. Além de ter caído teto de UTI, essa semana alagou a enfermaria, a gente viu água caindo do lustre. Sem dúvida pretendo resolver no começo do governo. É algo do qual a vida das pessoas irá depender. No primeiro dia de governo a gente vai tomar uma providência com a questão da saúde, não somente no HR, mas evitar tragédias anunciadas nos hospitais. Com foco em investimento em saúde da mulher, regulação de leitos e centrais de partos”, finalizou. 

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Apoio às principais pautas 

Legalização do aborto - CONTRA 

Legalização da maconha - CONTRA 

Concessão de parques públicos à iniciativa privada - DEPENDE 

Privatização da Petrobras - CONTRA 

Federalização do arquipélago de Fernando de Noronha - CONTRA 

Privatização do metrô do Recife- CONTRA 

Criação do bilhete único - A FAVOR 

Privatização da Arena Pernambuco - DEPENDE 

Suspensão das festas juninas em Pernambuco - DEPENDE 

Câmeras em uniformes policiais - A FAVOR 

Porte/posse de armas por civis - CONTRA 

Cotas raciais - A FAVOR 

Pedágios em rodovias - DEPENDE 

Principal bandeira da campanha 

Segundo Arraes, “erradicar a miséria em Pernambuco durante os quatro anos do nosso governo. Que nenhum pernambucano ou pernambucana esteja em situação de miséria, que todos possam comer três vezes ao dia, ter sua moradia digna e trabalho”. 

 

Pré-candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quinta-feira (5), que o argentino Pablo Nobel será o responsável pelo marketing de sua campanha. A confirmação foi dada durante sabatina realizada pelo Uol/Folha.

O publicitário havia sido contratado pelo Podemos para coordenar a campanha do ex-juiz Sergio Moro, que desistiu da sua pré-candidatura pelo Podemos para se filiar ao União Brasil.

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O pré-candidato ao governo de São Paulo Márcio França (PSB) comentou sobre o cenário para a eleição presidencial deste ano durante sabatina realizada pelo Uol/Folha nesta segunda-feira, 2. "Não é uma eleição simples, é uma eleição muito apertada. As pessoas estão subestimando a questão e a capacidade do Bolsonaro. [...] Teremos uma eleição extremamente apertada e perigosa", afirmou o pré-candidato.

França disse que para aumentar a diferença nessa eleição, seria necessário começar a pensar a voltar em termos de primeiro turno: "temos que acertar em São Paulo. Se errar em São Paulo essa distância vai encurtar e não há outro Estado que compense essa diferença".

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O pré-candidato defende o seu nome para a corrida estadual e disse que manterá a candidatura até o final se não houver acordo com PT. Por outro lado, os petistas apoiam Fernando Haddad para o governo paulista. As duas siglas formaram aliança nacional e negociam acordos estaduais.

Pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria admitiu, nesta quinta-feira (28), a possibilidade de ser candidato a vice-presidente nas eleições deste ano. "Nós temos que ter o bom entendimento que a prioridade é o Brasil, não somos nós. Então, eu não me priorizo nem excluo nenhuma alternativa. Nós não podemos agir dessa maneira", disse ele ao ser indagado sobre se comporia uma chapa sem ser candidato ao Planalto, durante sabatina promovida pela Folha de S.Paulo e o UOL.

"A prioridade, no meu entender, é o Brasil e os brasileiros, não é sequer o meu partido. entendo que prioridade não é o indivíduo", emendou o tucano. Doria negou que suas falas fossem uma crítica a senadora Simone Tebet (MDB), que faz parte da união das siglas de centro que pretendem lançar uma candidatura única às eleições deste ano. Tebet já afirmou que, se não for cabeça de chapa, não aceitaria ser vice.

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Com as dificuldades do "centro democrático" para lançar uma candidatura única ao Planalto, Doria admitiu que as tratativas podem não dar certo. "É um trabalho em progressão, pode dar certo, pode não dar", disse. "Mas isso não invalida as boas conversas, o bom entendimento que temos tido entre partidos", continuou o tucano.

Integram as conversas para o lançamento desta candidatura única o União Brasil, MDB, Cidadania e PSDB. Luciano Bivar, do União Brasil, já sinalizou que pode desistir se não houver a definição de um nome em breve.

"É natural nesse processo que haja situações convergentes, outras não convergentes, mas o importante é que o diálogo continue. O diálogo de todos é no melhor sentido, de defender e proteger o Brasil e encontrar uma alternativa que possa romper essa polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro", disse o ex-governador, ao minimizar os desentendimentos entre as siglas.

Ao comentar sobre conversas que tem tido com Bivar, Doria admitiu que o presidente da União Brasil pretende dar um parecer sobre a união entre as legendas na próxima quarta-feira (4), e que a tendência do agora aliado é caminhar sozinho no processo eleitoral. "Mas nada nos impedirá de mais adiante estarmos juntos novamente. Não há ruptura, não há briga, não há conflito entre nós", ressalvou.

Alckmin

Mesmo que tenha tido atritos com Geraldo Alckmin (PSB), seu padrinho político, João Doria negou, na sabatina, ter reservas com o ex-governador de São Paulo. "Não compreendo exatamente a razão dele estar hoje ao lado de Lula, mas o histórico, a biografia de Geraldo Alckmin merece respeito" .

Doria afirmou que os atritos teriam acontecido principalmente após uma sugestão sua de que, para Alckmin concorrer ao governo de São Paulo, fossem realizadas prévias no partido, o que Alckmin não aceitou. "Eu disse ao ex-governador Geraldo Alckmin vamos então fazer prévias em São Paulo, e Geraldo Alckmin disse de prévias eu não participo", e daí ficamos em um dilema", relatou Doria.

Alckmin deixou o PSDB após 33 anos no partido. O ex-tucano embarcou na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vice-presidente após se filiar ao PSB. Doria disse, ainda, que não fala com Alckmin desde dezembro do ano passado.

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