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Daqui a 10 dias, o Brasil realizará o segundo turno das maiores eleições já realizadas nestes 90 anos de existência da Justiça Eleitoral. No dia 30, último domingo de outubro, quase 156,5 milhões de eleitoras e eleitores – 697 mil no exterior – retornarão às urnas em 472.075 seções eleitorais localizadas nos 5.570 municípios do país e em 181 cidades no exterior, para eleger o presidente e o vice-presidente da República.

Em 12 estados, a votação também será para governador e vice-governador: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. 

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Todo o contingente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, e dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada unidade da Federação está mobilizado para garantir a realização de eleições seguras, tranquilas e transparentes. São 22 mil pessoas, entre servidores e colaboradores, engajados nesse trabalho, além de mais de 2,6 mil juízas e juízes eleitorais e 2,6 mil promotoras e promotores do Ministério Público. 

Junto dessa grande equipe, estão, na linha de frente, cerca de 1,8 milhão de mesárias e mesários, dos quais mais de 857 mil são voluntários. Essas pessoas são as responsáveis pela operação das mais de 577 mil urnas eletrônicas disponibilizadas para uso nas Eleições Gerais de 2022. 

Voto em trânsito 

Em todo o país, 314.803 eleitoras e eleitores solicitaram o direito de votar fora do domicílio eleitoral no segundo turno do pleito. Essas pessoas poderão votar apenas para presidente da República se a localidade onde estiverem for fora do estado de origem. 

Assim, nas seções eleitorais designadas pelos respectivos TREs para receber as eleitoras e os eleitores em trânsito, as urnas eletrônicas apontarão um número de eleitores aptos a votar para presidente diferente dos aptos a votar para governador se houver segundo turno de votação também para o governo do estado na localidade.

*Do TSE 

O levantamento realizado pelo Datafolha divulgado nesta quarta-feira (19), para a disputa presidencial no segundo turno, aponta Lula (PT) com 49% das intenções de voto, ante 45% de Bolsonaro.

Já nos votos válidos, o petista pontuou 52%, enquanto Bolsonaro aparece com 48%. O cálculo dos votos válidos é o mesmo realizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado da eleição. Ele não inclui os votos brancos, nulos e indecisos. 

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Ao total, 2.912 eleitores foram entrevistados entre os dias 17 e 19 de outubro de 2022 pelo Datafolha. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos, com um nível de confiança de 95%.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) inicia o processo de preparação das urnas para o segundo turno na próxima quarta-feira (19). A ação iniciará às 08h, na na Seção de Gestão de Eleições Informatizadas, no bairro do Bongi, no Recife. O processo de preparação será aberto ao público e será acompanhado por juízes eleitorais, promotores de justiça e representantes do TCU. 

A cerimônia de preparação das urnas acontece simultaneamente em todas as zonas eleitorais do estado, seguindo o calendário determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ser acompanhada por partidos políticos, federações, coligações e demais entidades fiscalizadoras do sistema eleitoral como Ministério Público, Polícia Federal, Conselho Nacional de Justiça e as Forças Armadas. 

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 No procedimento para o 2º turno,os técnicos inseminam nas urnas os dados contidos nas mídias de resultado, que são sincronizados com as informações já presentes nas urnas (inseridas no 1º turno), incluindo os dados dos candidatos a presidente da república e governadoras que disputarão o segundo turno em Pernambuco. 

Em seguida, cada equipamento é testado para verificar se os seus dispositivos estão em pleno funcionamento – como visor, teclado, impressora, leitor biométrico e avisos sonoros. Feito isso, todos os compartimentos da urna são lacrados e o equipamento é guardado e devidamente identificado (com município, número da Zona Eleitoral, local de votação e sessão eleitoral).

Após a lacração, as urnas não passam por mais nenhuma operação antes do dia e hora programados para a votação. Os lacres são assinados pelo juiz ou juíza eleitoral, eventuais representantes de entidades fiscalizadoras e pelo Ministério Público. 

Durante a preparação, entidades fiscalizadoras podem realizar auditoria em amostra de 3% a 6% das urnas eletrônicas, para verificar se os dados do processo eleitoral estão corretos. 

Em Pernambuco, são 557 técnicos de urnas responsáveis por testar os equipamentos e inserir informações dos candidatos e dos eleitores de cada seção eleitoral. A equipe do tribunal estará encarregada de garantir a segurança e transparência das urnas eletrônicas, assim como ajudar no procedimento geral. 

 Confira aqui os calendários da Geração de Mídias e Preparação de Urnas:  Cerimônias destinadas à Preparação das Urnas Eletrônicas 2º Turno O que: Preparação de urnas eletrônicas para as Eleições 2022 em Pernambuco Quando: Quarta-feira, dia 19 de outubro, às 8h. Onde: Av. Cônsul Villares Fragoso, 291.

*Da assessoria 

 Após passar mal durante uma entrevista à TV Tribuna, nessa segunda-feira (17), Marília Arraes (SD) confirmou que vai participar do debate com Raquel Lyra (PSDB) nesta terça-feira (18). A 12 dias do segundo turno das eleições, a candidata ao Governo de Pernambuco está no sexto mês de gestação da terceira filha.

Em nota, a coligação Pernambuco na Veia confirmou que ela sofreu um pico hipertensivo durante o programa e foi atendida por médicos na noite de ontem. A campanha ressaltou que ela apresenta quadro estável e garantiu sua participação no debate às 10h, na sede da FIEPE, no Centro do Recife. 

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Candidata com mais votos no primeiro turno, Marília viu a Raquel ultrapassá-la nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno. Sem participar de nenhum debate com os concorrentes na primeira etapa do pleito, a desvantagem apresentada nos estudos recentes obrigou a deputada federal a adotar uma postura mais atuante e marcar presença nos debates com a ex-prefeita de Caruaru. 

 A candidata da coligação ao governo do Estado, Marília Arraes (Solidariedade), voltou a afirmar sua posição de alinhamento ao projeto comandado pelo presidente Lula, durante sabatina na TV Tribuna, na tarde desta segunda-feira (17).

“Aqui em Pernambuco, o povo vai decidir pelo projeto de Estado que defendemos atrelado ao projeto de País que precisamos. E, nesse momento, ter lado é essencial. Representar o projeto de Lula em Pernambuco é uma responsabilidade grande", observou Marília.

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  Durante a entrevista, com a participação dos jornalistas Moab Augusto e João Alberto, a candidata lembrou o gigantesco ato da última sexta-feira (14), quando ela e Lula arrastaram milhares de pessoas pelo Centro do Recife. “Fiquei muito emocionada com a visita do presidente Lula. As milhares de pessoas que estavam lá, em um dia de semana, no meio da tarde, mostraram que têm esperança de um país melhor e de um Pernambuco melhor. Já a outra candidata tem reunido cada vez mais apoiadores de Bolsonaro. Ela diz que não tem candidato a presidente, mas está aliada à tropa de Bolsonaro", disparou.

  Respondendo a João Alberto sobre a reedição da parceria bem sucedida entre Lula e o ex-governador Eduardo Campos, Marília disse que vai ser ainda melhor: “Nós precisamos do governo federal e de um presidente que se preocupe com Pernambuco. E esse presidente é Lula", reforçou. 

Sobre a aliança com Lula, Marília reiterou que seu bom trânsito em Brasília, fruto da experiência que teve desde 2019, quando assumiu o mandato de deputada federal, será primordial. “Lula vai nos ajudar a concluir as quatro barragens da Mata Sul, vai nos ajudar a duplicar a BR-423, que inclusive vai para a cidade natal dele", disse. 

 Já com relação ao segundo turno, a candidata foi enfática: "Temos dois projetos. Um que está junto de Lula, que defende a democracia, o fim da miséria, que as pessoas possam comer. O outro lado não se preocupa com isso. Aproveito para repudiar a fala do presidente Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas, na última semana. E eu me pergunto: como pode alguém escutar o que essa criatura falou e não dizer nada?", concluiu.

*Da assessoria 

  Nos últimos dias, Marília recebeu o apoio de 50 parlamentares entre vereadores do Recife, deputados estaduais e deputados federais. Segundo a assessoria, ao todo, centenas de lideranças já anunciaram a chegada ao palanque de Marília Arraes.

O palanque da Democracia em Pernambuco, liderado por Marília Arraes e pelo presidente Lula, continua recebendo dezenas de apoios políticos todos os dias. A coragem das forças progressistas em se posicionar demonstra que o caminho construído por Marília é o melhor para Pernambuco. Ao longo dos últimos dias, 50 parlamentares entre vereadores do Recife (22), deputados estaduais (20) e deputados federais (8) declararam voto na neta de Miguel Arraes. 

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 O presidente e o vice da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros (PSB) e Aglailson Victor (PSB), respectivamente, são dois dos 20 deputados estaduais que estão com Marília. Também declararam apoio Clodoaldo Magalhães (PV) - eleito deputado federal; Delegada Gleide  ngelo (PSB); Diogo Moraes (PSB); Doriel Barros (PT); Fabíola Cabral (SD); Fabrízio Ferraz (SD); Francismar Pontes (PSB); Gustavo Gouveia (SD); Isaltino Nascimento (PSB); João Paulo (PT); João Paulo Costa (PCdoB); José Queiroz (PDT); Juntas (PSOL); Rogério Leão (PSB); Romero Albuquerque (União Brasil); Simone Santana (PSB); Teresa Leitão (PT), eleita a primeira mulher senadora do Estado e Wanderson Florêncio (SD). 

 Grande parte dos vereadores do Recife também estão alinhados com Marília Arraes, à exemplo do presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB). Também declararam apoio para a coligação PERNAMBUCO NA VEIA neste segundo turno: Alcides Teixeira Neto (PSB); Andreza Romero (União Brasil); Chico Kiko (PP); Cida Pedrosa (PCdoB); Dani Portela (PSOL), eleita deputada estadual; Dilson Batista (Avante); Eriberto Rafael (PP); Fabiano Ferraz (Avante); Felipe Francismar (PSB); Ivan Moraes (PSOL); Jairo Britto (PT); Joselito Ferreira (PSB); Liana Cirne (PT); Marco Aurélio Filho (PRTB); Marcos di Bria Júnior (PSB); Natália de Menudo (PSB); Osmar Ricardo (PT); Professor Mirinho (SD); Romerinho Jatobá (PSB); Samuel Salazar (PSB); Aline Mariano (PP) e Zé Neto (PROS). 

A movimentação de apoio a Marília Arraes também é intensa na Câmara dos Deputados. Além dos deputados federais, Sebastião Oliveira (Avante), vice de Marília, e André de Paula (PSD), que foi candidato ao Senado, também declararam apoio Felipe Carreras (PSB); Silvio Costa Filho (Republicanos); Wolney Queiroz (PDT); Augusto Coutinho (Republicanos); Carlos Veras (PT) e Renildo Calheiros (PCdoB).  Somando prefeitos, vice-prefeitos, vereadores de outras cidades de Pernambuco e lideranças políticas, são mais de 350 nomes apoiando Marília, que conta também com a força de partidos como o PT, PSOL, PDT, PV, PCdoB, Republicanos, PMB e entidades e movimentos como Fetape, Fetaepe e MST.*

*Da assessoria

  O deputado federal Eduardo da Fonte e presidente estadual do Partido Progressista (PP) declarou nesta sexta-feira (14), apoio, em bloco, à candidatura de Raquel Lyra (PSDB) para governadora de Pernambuco. O ato que confirmou a adesão de deputados estaduais e federais e prefeitos foi realizado na sede do PP, no bairro do Pina.

  “Mantivemos o mesmo posicionamento, onde o nosso partido está liberado pra presidente. Nossos filiados tem liberdade para votar e praticamente, por unanimidade, declaramos aqui o apoio a futura Governadora do Estado de Pernambuco. Com a certeza que ela é capaz de administrar o nosso estado, cuidar da vida das pessoas e principalmente colocar nosso povo em primeiro lugar”, disse Eduardo. 

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“Nosso trabalho de unir Pernambuco está conseguindo chegar na alma dos pernambucanos. O desafio que nós temos é construir pontes entre o presente o futuro do nossos estado. Precisamos conquistar essa eleição todos os dias, pedindo voto a voto. E para isso, a gente também conta com o engajamento do partido”, acrescentou Raquel. 

 A candidata a vice-governadora, Priscila Krause agradeceu o apoio e destacou que a chapa tem apresentado a verdadeira mudança para o estado. “Eu tenho certeza que a gente segue levando para as pessoas uma mensagem de mudança e de esperança por dias melhores”, finalizou. 

*Da assessoria 

Sem conseguir usar a imagem de Jair Bolsonaro (PL) para atrair votos suficientes em Pernambuco, Anderson Ferreira quer ser o articulador entre as congregações evangélicas para fortalecer a campanha de reeleição do Presidente. Derrotado de forma precoce na disputa ao Governo de Pernambuco, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes já percorre templos na Região Metropolitana do Recife para reverter a impopularidade do chefe do Executivo no estado. 

O "candidato de Bolsonaro" nas eleições ao executivo estadual deixou o pleito sem conseguir se credenciar ao segundo turno e viu o espaço da direita ser ocupado por Raquel Lyra (PSDB). Com apenas 18,15% dos votantes, a campanha baseada no eleitor conservador obteve 890.200 votos. 

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Como presidente do PL em Pernambuco, Anderson estruturou a candidatura ao lado do ministro Gilson Machado, que também saiu derrotado da disputa ao Senado. Apesar da negativa do grande eleitorado, os dois vêm atuando como cabos eleitorais do presidente. 

A nova missão de Anderson é aproveitar a força que tem entre os evangélicos para aparar as diferenças entre as congregações para garantir o voto religioso no estado. A seu favor, ele conta com a atuação do irmão André Ferreira, o deputado federal mais votado de Pernambuco com 273.267 votos. 

Juntos, os irmãos Ferreira já cumpriram agenda no culto da Santa Ceia no Templo Central da Assembleia de Deus, em Abreu e Lima, na semana passada e vão recepcionar Jair Bolsonaro no Recife, nesta quinta (13), quando se reúne com lideranças religiosas em um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul da capital. 

Em um contexto de ataques de aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente Jair Bolsonaro (PL) com vídeos antigos sobre maçonaria e canibalismo, o petista aproveitou para aumentar o engajamento em suas páginas com acenos ao segmento religioso. O ex-presidente ganha impulso sem se envolver diretamente nas pautas polêmicas.

Líderes do PT afirmam que os cabos eleitorais mais ativos, como o deputado federal André Janones (Avante-MG), agem por iniciativa própria. O parlamentar, no entanto, participa de reuniões estratégicas e integra a coordenação de campanha do petista.

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Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que a estratégia, apesar de não levar à migração de votos no segundo turno, pode ter impacto na quantidade de nulos, brancos e abstenções - ou seja, é uma tentativa de tirar voto de Bolsonaro. O cenário é diferente do primeiro turno, quando o método oferecia riscos, uma vez que votos podiam ser transferidos do alvo dos ataques para outro candidato.

Janones é o perfil de apoio a Lula que mais engajou na pauta da maçonaria no Facebook, por exemplo, ao fazer uma live na frente do Templo de Salomão, em São Paulo. Ele insinuou que Bolsonaro poderia ter feito um "pacto com o diabo" envolvendo seus eleitores.

Aliados do ex-presidente, como o senador Rogério Carvalho (PT), também entraram na mobilização. "Já viram esse vídeo do Bolsonaro na maçonaria? Evangélico, católico ou maçom? Acho que a palavra é oportunismo", escreveu Carvalho, com o vídeo no post. A peça foi assistida por mais de 64 mil pessoas apenas na conta do senador.

"E agora sabemos que, além de genocida, Bolsonaro é candidato a canibal! É o Hannibal Lecter, só que burro", escreveu o deputado federal Orlando Silva (PCdoB). A mensagem se refere a uma entrevista de Bolsonaro ao jornal americano The New York Times, de 2016, no qual o atual presidente afirma que cogitou comer carne humana em um suposto ritual indígena. A peça chegou a ser impulsionada pela campanha oficial de Lula, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu a exibição da propaganda.

Onda

Em meio às investidas de aliados e apoiadores, Lula conseguiu emplacar posts com repercussão acima da média em temas religiosos, por exemplo - o eleitorado evangélico dá mais votos a Bolsonaro, de acordo com pesquisas eleitorais. Segundo o Monitor de Redes do Estadão, o petista ampliou em 68% o número de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos, atribuindo pesos diferentes) no Facebook e no Instagram nos oito primeiros dias de campanha no segundo turno, em relação ao mesmo período pré-votação. Houve uma queda no Twitter, mas a quantidade é menos expressiva do que o ganho nas outras duas plataformas.

A taxa de engajamento da página oficial de Lula no Instagram passou de 4% para 7,3%. O número é calculado pela Torabit, empresa parceira do monitor, com base em todas as interações divididas pela quantidade total de seguidores da conta. No Facebook, a métrica subiu de 4,8% para 5,8%; e, no Twitter, reduziu de 4% para 3,3%.

Alguns dos conteúdos mais populares de Lula no segundo turno conversam com a pauta religiosa. "Hoje é dia de São Francisco", escreveu o petista no Twitter, com uma oração junto, em 4 de outubro - mesmo dia em que o vídeo antigo da maçonaria explodiu nas redes.

Embalo

O analista de dados Pedro Barciela disse acreditar que o movimento a respeito da maçonaria surgiu de forma espontânea em contas antibolsonaristas, não essencialmente do PT, pela ausência de uma "linha política concreta" da campanha nos primeiros dias após o primeiro turno. O movimento também foi encarado como uma resposta a ataques bolsonaristas associando Lula ao satanismo.

"Houve esse vácuo e um sentimento de agonia após o resultado do primeiro turno, o que fez com que usuários antibolsonaristas buscassem algo para promover naquele momento", afirmou Barciela. Aliados de Lula entraram na pauta e ajudaram a ampliar o alcance, segundo ele, em reação ao ganho de popularidade.

Também no dia 4, uma foto de Lula com franciscanos foi uma das mais relevantes na conta do petista no Facebook, com 4,8 mil compartilhamentos. No Instagram, um cartão defendendo que "Lula é cristão" recebeu 1,4 milhão de curtidas. Esses conteúdos concorrem com fotos e vídeos com o anúncio de novos aliados, como a senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro na eleição e cujo eleitorado é cobiçado por Lula e Bolsonaro.

A estratégia de bolsonaristas e petistas apela para fatores emocionais a fim de ganhar tração nas redes. "Eu diria que temos uma guerrilha informativa, com toda a certeza", disse a pesquisadora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Raquel Recuero. "Ambos os lados estão usando estratégias similares no sentido de buscar respostas emocionais e coletivas das pessoas."

Fator Janones

O deputado mineiro tem ocupado papel de destaque no vale-tudo. Coordenadores da campanha de Lula, como o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), e o ex-deputado Rui Falcão (PT), que dividem a tarefa de comandar a comunicação, têm pregado que não cabe a eles cercear Janones. Segundo eles, o parlamentar atua de maneira solitária, assim como outros aliados.

Na prática, a distância protocolar alegada pelos petistas não existe. Janones não apenas é uma das vozes mais ativas em reuniões de coordenação de campanha quando o assunto é redes sociais como tem se tornado uma das palavras de mais peso na tomada de decisões da cúpula petista.

O deputado foi um dos escalados para uma reunião ontem na sede da produtora do marqueteiro Sidônio Palmeira, na Vila Madalena, em São Paulo, ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e de Edinho. Não raro, temas impulsionados pelo deputado em suas redes sociais têm sido incorporados às peças de Lula no horário eleitoral, como foi o caso do suposto canibalismo.

Petistas afirmaram ao Estadão, sob condição de reserva, que as peças de campanha podem se utilizar desse tipo de estratégia, já que se trata apenas de recuperar vídeos antigos, não de cravar notícias falsas. Nas redes, e fora das peças de campanha, Janones tem ido além. O deputado incentiva a disseminação de conteúdos em grupos de WhatsApp e chegou a cravar que Fernando Collor (PROS) pode assumir ministério no governo e confiscar "dinheiro dos mais pobres", o que não é verdade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É falso que o voto impresso poderá ser adotado no segundo turno das eleições de 2022. Embora circulem informações nas redes sociais neste sentido, a medida é impossível de ser implementada antes de 2026. Isso porque qualquer mudança na legislação eleitoral só começa a valer nas próximas eleições.

Também não é verdade que a consulta pública sobre a possibilidade de voto impresso em 100% das urnas (SUG 9/2018) não está sendo divulgada.

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Qualquer cidadão pode dar sua opinião sobre o voto impresso neste link: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/132598

*Da Agência Senado

A eleitora ou o eleitor que não votou no primeiro turno das Eleições 2022 – que ocorreu em 2 de outubro – pode e deve votar no segundo turno, marcado para o próximo dia 30. Para isso, basta estar em situação regular com a Justiça Eleitoral, ou seja, o título de eleitor não pode estar cancelado nem suspenso. 

No primeiro turno, dos mais de 156 milhões de eleitores aptos a votar, cerca de 123 milhões compareceram às urnas, o que equivale a quase 80% do eleitorado apto. O índice de abstenção ficou em 20,95%, próximo da média registrada em pleitos anteriores. 

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A Justiça Eleitoral considera cada turno como uma eleição; por isso, é possível votar no segundo pleito mesmo não tendo comparecido ao primeiro. As eleitoras e os eleitores aptos a retornarão às urnas eletrônicas na segunda rodada das Eleições 2022 para escolher o presidente da República, entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL). Além disso, em 12 estados, haverá disputa para o cargo de governador. 

No último dia 4, durante sessão plenária, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ressaltou a importância do comparecimento às urnas no dia 30. “Convido todos a participarem novamente no segundo turno, a participarem da grande festa da democracia. O comparecimento de todas as eleitoras e todos os eleitores é muito importante para que possamos demonstrar, novamente, a maturidade da democracia brasileira e para que possamos completar esse ciclo eleitoral das Eleições Gerais de 2022”, declarou. 

Título regular 

A regularização do título de eleitor cancelado ou suspenso somente poderá ser feita a partir do dia 8 de novembro, quando o cadastro eleitoral for restabelecido, de acordo com a Resolução do TSE nº 23.659/2021. Para que a situação eleitoral esteja regular, a eleitora ou o eleitor não deve se enquadrar em nenhuma causa de cancelamento (faltar à revisão de eleitorado, por exemplo) ou de suspensão dos direitos políticos (condenação criminal definitiva, cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado, improbidade administrativa e conscrição, entre outras, conforme estabelecido na Constituição Federal, artigos 15 e 14, parágrafo 2º).   Para consultar a situação do título, os eleitores devem acessar o Portal do TSE e clicar em “Eleitor – Título de eleitor – Situação eleitoral”.. 

Justificativa 

 As eleitoras e os eleitores que não compareceram para votar no primeiro turno das Eleições 2022 e não justificaram a ausência no dia do pleito têm até 1º de dezembro deste ano (60 dias após) para justificar a ausência, conforme prevê a Resolução do TSE nº 23.659/2021. Quem está fora do país, tem título no Brasil e não votou tem o mesmo prazo, ou 30 dias contados da data de retorno ao território brasileiro, para justificar. 

A justificativa deverá ser apresentada preferencialmente pelo aplicativo e-Título. Também poderá ser feita pelo Sistema Justifica ou mediante Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE) – pós-eleição enviado à zona eleitoral competente. Será preciso entregar ainda a documentação comprobatória da impossibilidade de comparecimento ao pleito. O exame da justificativa ficará, sempre, a cargo da autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título.

*DO TSE 

Integrada à campanha de Lula (PT), Simone Tebet (MDB) sugeriu que os apoiadores vistam branco nos próximos atos com o ex-presidente. A equipe do petista aceitou a recomendação da senadora e já pede que os eleitores presentes no encontro desta terça-feira (11), em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, se vistam "pelo amor e pela paz". 

Simone frisou que o vermelho deve ser deixado de lado pois a cor assusta o eleitorado fora do Nordeste, principalmente no interior de São Paulo, nos estados do Centro-Oeste, do Sul e do Norte. Em seu entendimento, a substituição pelo branco vai facilitar a construção de novas alianças e deve atrair mais eleitores. 

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A própria Tebet chegou a dizer que "alguém tem que colocar juízo na campanha do Lula" e, entre suas orientações, indicou diminuir a ênfase no PT e intensificar a estratégia de campanha na rejeição contra Jair Bolsonaro (PL). 

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), foi afastado por 180 dias após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por um desvio de R$ 54 milhões em um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa. 

A investigação apura os supostos desvios de recurso público desde 2019. Os valores teriam sido usados para pagar dívidas pessoais e adquirir bens para a família do gestor. Ao todo, 31 mandados são cumpridos pela Polícia Federal na Assembleia Legislativa, na sede do governo, na casa de Dantas e de alguns familiares, e no hotel em São Paulo onde ele está hospedado após o afastamento.  

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Foram apreendidos R$ 110 mil em espécie na casa do governador, R$ 14 mil com ele no hotel e R$ 150 mil na casa de um cunhado. O STJ também determinou o sequestro de R$ 54 milhões em bens. 

A investigação indica que, além de Dantas, a principal beneficiária do esquema era a esposa, a prefeita da cidade de Batalha, Marina Thereza Dantas. A irmã do gestor também é investigada. O grupo é suspeito de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. 

 Paulo Dantas é candidato à reeleição. No primeiro turno, o candidato saiu na frente com 34,05%. Ele disputa o cargo no segundo turno com Rodrigo Cunha (União), que recebeu 27,16% dos votos. 

O deputado federal eleito Mendonça Filho (UB) afirmou que apoia à candidatura de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT). Em um anúncio nas redes sociais, nessa segunda-feira (10), o ex-ministro da Educação do governo Temer descreveu o PT como um partido intolerante e disse que o voto no atual presidente reafirma seu compromisso com a democracia. 

Assim como Miguel Coelho e seus irmãos, Mendonça Filho não seguiu o entendimento do presidente nacional do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar, e anunciou que vai apoiar a reeleição de Bolsonaro e a vitória de Raquel Lyra (PSDB) ao governo do estado.  

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“Vou trabalhar muito para ajudar Raquel a mudar Pernambuco”, indicou. Antes, Bivar já havia se posicionado de forma contrária e declarado voto em Lula (PT) e Marília Arraes (SD).  

Mendonça também relatou que já foi vítima da “intolerância petista” e reforçou que sua posição é baseada em sua trajetória política. "Voto em Bolsonaro reafirmando o meu compromisso com os valores e com as instituições democráticas e com o respeito às diferenças", escreveu. 

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Depois de declarar apoio a Marília Arraes (SD), o PSOL vai entregar uma carta programática à candidata nesta terça-feira (11). Sem conseguir levar João Arnaldo ao segundo turno, a direção do partido em Pernambuco pretende reforçar o compromisso com a campanha mais alinhada ao ex-presidente Lula (PT) no estado. 

O ato de entrega ocorre às 11h, na Casa Marielle Franco, no bairro do Derby, no Centro do Recife. O documento reúne propostas e pontos que o PSOL recomenda que Marília deva se comprometer em uma eventual gestão. 

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"Assim como fizemos com o presidente Lula, entregando pontos importantes da nossa Plataforma do Futuro; faremos com Marília o mesmo. Temos princípios inegociáveis que estão pontuados nesta carta programática. Nossa principal missão é eleger o presidente Lula e ampliar a votação aqui em Pernambuco", frisou o presidente estadual da sigla, Tiago Paraíba.

Concorrente mais votada no primeiro turno, Marília defende a vantagem para assumir o Governo de Pernambuco em um segundo turno com Raquel Lyra (PSDB). O pleito ocorre no próximo dia 30.

As campanhas do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro segue com agenda intensa rodando todas as regiões do Brasil em busca de ampliar o número de votos e apoios para vencer no segundo turno que está marcado para o próximo dia 30. 

Para levar suas propostas ao eleitores de maneira geral e conforntarem suas ideias, o ex-presidente e o presidente vão ter cinco oportunidades na TV. O esperado é que eles participem daqueles que estiveram no primeiro turno. O primeiro está marcado para o próximo domingo (16). Já o último e tradicionalmente mais assitido pelo eleitorado, o da Globo, comandado pelo jornalista William Bonner, será no dia 28, dois dias antes do segundo turno. 

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Confira as datas dos debates do segundo turno:

16 de outubro (domingo) – Band, Folha, UOL e TV Cultura

17 de outubro (segunda-feira) – Rede TV!/Metrópoles

21 de outubro (sábado) – CNN Brasil, SBT, Estadão/Eldorado, Veja, Terra e NovaBrasilFM

23 de outubro (domingo) – Record TV

28 de outubro (sexta-feira) – TV Globo  

Após o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar afirmar em um programa de rádio que o partido em Pernambuco apoiaria a candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao governo de Pernambuco no segundo turno, lideranças do partido no Estado emitiram nota em que negam esse apoio e reafirmam o apoia a postulação de Raquel Lyra (PSDB). 

Durante o programa “Passando a Limpo” ele disse que a candidata tucana se uniu a forças “retrógradas, conservadoras e oportunistas”. "Vamos apoiar a deputada federal Marília Arraes”, disse. Bivar ainda afirmou que decisão teria sido tomada após reunião da direção nacional do seu partido com diretórios estaduais, ontem (6). "O diretório de Pernambuco tomou essa decisão. Não invalida que alguns filiados não estejam. A opinião oficial da direção do Estado é que estamos com Marília Arraes", assegurou.

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Contudo, nesta sexta (7), a nota oficial assinada lideranças do UB, que é encabeçada pelo ex-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho, assevera que a decisão de Bivar “é individual, não representa a posição majoritária do União Brasil em Pernambuco”. O grupo ainda negou que essa reunião citada pelo presidente do partido tenha ocorrido. 

Confira a nota na íntegra:

Em nota, lideranças do União Brasil em Pernambuco desautorizam Luciano Bivar e reafirmam apoio a Raquel Lyra 

 1. O apoio à candidatura de Marília Arraes anunciado pelo presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, é individual, não representa a posição majoritária do União Brasil em Pernambuco e não obedeceu ao que prega o estatuto do partido que exige aprovação de maioria de 60% do diretório;

2. A reunião do diretório estadual citada por Bivar não ocorreu. Sequer houve convocação para debate partidário sobre o assunto. Portanto, a referida reunião é fantasma, não tem validade, nem representatividade; 

3. A posição majoritária do União Brasil em Pernambuco é de apoio à candidatura de Raquel Lyra, conforme já anunciado pelo ex-candidato a governador Miguel Coelho, o deputado federal, Fernando Filho, o ex-ministro e deputado federal eleito, Mendonça Filho, os deputados estaduais Antônio Coelho, Alessandra Vieira, Romero Sales, Romero Albuquerque, o deputado estadual eleito, Cléber Chaparral, e os prefeitos que subscrevem esta nota. 

4. Entendemos que compactuar com o atraso é apoiar a candidatura de Marília Arraes, que é linha auxiliar do PSB e representa o legado desastroso de Paulo Câmara;

5. O povo de Pernambuco já tirou o PSB do poder, no primeiro turno. Um momento histórico que mostra o desejo de mudança. Neste segundo turno, caminhamos juntos com o desejo de mudança da maioria dos pernambucanos. Raquel Lyra representa essa mudança. É uma mulher séria, qualificada e boa gestora; 6. Diante do exposto, repudiamos a atitude autoritária de Luciano Bivar, de tentar transformar em coletiva uma decisão individual, que atende aos seus interesses pessoais. Assim como, as ofensas descabidas à Raquel Lyra, sem respeitar sequer o momento difícil e de luto vivido pela candidata.   

Miguel Coelho Candidato a governador e ex-prefeito de Petrolina 

Deputado federal Fernando Filho

  Deputado federal eleito e ex-ministro Mendonça Filho 

Deputados estaduais Romero Albuquerque Romero Sales Filho Alessandra Vieira Antonio Coelho 

Deputado estadual eleito Cléber Chaparral  Prefeitos Simão Durando (Petrolina) Zé Maria (Cupira) Lucielle Laurentino (Bezerros) Gilvandro Estrela (Belo Jardim) Helbinha (Trindade) Juliana de Chaparral (Casinhas) Biu Abreu (Orobó).

No primeiro turno das Eleições 2022, 21,31% dos eleitores de Pernambuco baixaram e se cadastraram no e-Título para votar, o que significa 1.495.567 pessoas usando o  serviço. O Recife foi a cidade pernambucana na qual mais eleitores aderiram: 37,51% dos que foram às urnas tinham o aplicativo em seus celulares. O percentual da capital pernambucana está dentro da média das capitais nordestinas. Aracaju, em Sergipe, registrou 39,24%, sendo a cidade com maior volume de downloads e cadastramentos. No outro lado do ranking, está Fortaleza, com 32,19%. 

Em Pernambuco, depois do Recife, em segundo lugar, está o Arquipélago de Fernando de Noronha, onde 34,89% dos eleitores inscritos nas seções eleitorais baixaram o app. Os municípios de Inajá (5,53%) e Manari (5,38%), no Sertão, são as duas cidades com os menores percentuais de download e cadastramento no e-Título em Pernambuco.   

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Além de baixar, o eleitor precisa cadastrar o aplicativo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que ele fique ativo e possa ser usado na votação.

  O  e-Título é a via digital do título de eleitor e entrega na mão do usuário todas as informações que ele precisa para votar com rapidez e segurança. 

 Os eleitores que não usaram no primeiro turno podem baixar o e-Título nas lojas de aplicativos Android e iOS caso queiram se beneficiar desse recurso tecnológico no próximo dia 30 de outubro, quando os brasileiros têm novo encontro com a urna. O aplicativo informa o endereço do local de votação e fornece informações sobre a situação eleitoral.   

Quem estiver fora do domicílio eleitoral poderá utilizar o aplicativo para justificar a ausência, no dia da eleição, com utilização de geolocalização. O app ainda possibilita emitir certidões de quitação e de crimes eleitorais. Quem tem a biometria coletada pela Justiça Eleitoral pode ainda utilizar o e-Título como forma de identificação.   

RECIFE  37,51% 

FERNANDO DE NORONHA  34,89% 

OLINDA  32,47% 

PAULISTA  32,08% 

CAMARAGIBE  27,05% 

GARANHUNS  26,50% 

PETROLINA  25,91% 

CARUARU  25,58% 

JABOATÃO DOS GUARARAPES  23,38% 

SÃO LOURENÇO DA MATA  21,55%

 

*Da assessoria 

O Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco oficializou, nesta sexta-feira (7), o apoio à candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo do Estado. O comunicado aconteceu durante uma coletiva na sede da legenda no início da tarde de hoje. A reviravolta no jogo político tem o aval do ex-presidente Lula, que concorre ao Palácio do Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Marília Arraes, que era do PT até março deste ano, deixou a legenda quando viu seu nome ser rifado em troca do interesse de Lula no apoio nacional do PSB. Agora, a neta de Miguel Arraes chegou ao segundo turno pelo Solidariedade e conquistou o endosso do PT ao seu palanque.

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“Marília Arraes será a nossa futura governadora de Pernambuco”, declarou o senador Humberto Costa, coordenador da campanha de Lula no Estado. "O partido que está aqui é um partido que pretende agregar esse capital político à sua campanha e vitória. Tivemos um posicionamento de Lula e ele disse que o melhor caminho era estarmos com Marília Arraes no segundo turno", emendou.

Em uma fala onde pontuou mais as estratégias da campanha de Lula, Humberto também fez questão de frisar que o PT está “aqui olhando para a frente, para o futuro do Brasil”. O senador foi um dos quadros do PT que articulou a favor da presença da legenda na chapa da Frente Popular e não pela candidatura própria, como deseja Marília.

Por sua vez, a candidata disse que agora no segundo turno é uma nova eleição e um novo arranjo político local. A deputada federal agradeceu o apoio petista. “Aqui tendo a nossa candidatura para eleger Lula, nosso empenho é o mesmo”, disse.

Sem mágoas?

Indagada se nutria alguma mágoa por ter sido preterida algumas vezes pelo PT, ela minimizou. “Não só na política e na vida a gente tem que olhar para frente, quem olha pelo retrovisor bate com o carro. Estamos aqui para olhar para frente. Divergências estratégicas ou de táticas sempre foram muito menores do que as convergências que temos no macro. Não acho que venha ao caso levar em consideração qualquer episódio que tenha acontecido em outra eleição e em outra época. Até porque o segundo turno é uma nova eleição. A configuração que isso se dá é diferente do primeiro turno. Estamos vendo aqui a aglutinação das forças democráticas. Sem dúvida essa conjuntura vai contribuir para Pernambuco”, amenizou.

Presidente estadual do PT, o deputado estadual Doriel Barros disse que o PT nunca esteve neutro e não será desta vez. "Como todos aqui sabem, o PT acompanhou uma decisão estratégica do presidente Lula e todas as nossas decisões estariam sintonizadas nele. A eleição de Lula é fundamental para fazer com que o nosso povo viva com dignidade. Pernambuco é um Estado fundamental e importante, o PT sempre foi de posição política, nunca ficamos na neutralidade, e nesta conjuntura do segundo turno não seria diferente", declarou. 

*Com informações de Jameson Ramos

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta quinta-feira (6) de uma caminhada com apoiadores em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O ato saiu do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e seguiu até a Praça da Matriz. Em frente a igreja, Lula relembrou as greves dos metalúrgicos, em que participava durante o regime militar.

“A gente estava em greve, a diretoria do sindicato foi toda presa e os trabalhadores ficaram sendo organizados pela comissão de fábrica”, contou sobre um episódio ocorrido em 1º de Maio de 1980.   Na ocasião, segundo o candidato, os sindicalistas tiveram que se refugiar no interior da igreja para evitar a repressão. “Na época, o saudoso Dom Cláudio Hummes era o bispo da região do ABC e ele dava guarida para os trabalhadores entrarem na sacristia para que a gente não apanhasse da polícia”, relembrou. 

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Desde então, de acordo com Lula, o local se tornou um marco das lutas dos trabalhadores, categoria que ele pretende atender, caso retorne à Presidência. “A gente quer ter o direito de trabalhar, de estudar, de tomar café, almoçar todo dia. A gente quer ter o direito de ter acesso à cultura, ao lazer, de ir ao cinema, ao teatro. A gente quer ter o direito de participar de tudo aquilo que a gente constrói. A gente quer se vestir bem, comer bem. A gente não gosta só de carne de segunda ou pescoço de frango”, disse.

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