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O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou em seu Facebook nesta sexta-feira (7) que, atacando a base militar síria, os Estados Unidos chegaram "a um passo de um confronto com a Rússia". 

"Os resíduos da névoa pré-eleitoral apareceram. Ninguém exagera o valor das promessas eleitorais, mas há um limite de decência além do qual a desconfiança é absoluta. O que é absolutamente triste para as nossas relações já absolutamente desgastados. E certamente é confortante para os terroristas", acrescentou Medvedev. 

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Israel alertou a Síria a não atirar em jatos de combate israelenses enquanto eles passam pelo território com o objetivo de destruir armas destinadas ao grupo militante libanês Hezbollah.

O ministro de defesa Avigdor Lieberman fez o alerta neste domingo, dias depois de a Síria disparar mísseis em direção a aeronaves israelenses que promoviam ataques aéreos em território sírio contra um comboio de armas. Lieberman afirmou que, se os disparos sírios ocorrerem novamente, os israelenses iriam "destruir esses sistemas de defesa sem hesitação".

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O Hezbollah tem lutado ao lado das forças fiéis ao presidente da Síria, Bashar Assad, durante a guerra civil no país. O grupo jurou a destruição de Israel e disparou milhares de mísseis em direção a Israel durante uma guerra de um mês em 2006. Israel tem dito que não vai permitir que armas avançadas cheguem ao Hezbollah. Fonte: Associated Press.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda (30), na sede do Instituto Lula, aproximadamente, cem pessoas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). O grupo fez a visita com o objetivo de prestar uma homenagem à sua esposa Marisa Letícia, internada no Hospital Sírio Libanês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), na última terça-feira (24). 

Na ocasião, Lula disse que a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto no qual a sua mulher chegou (de sofrer um AVC). “Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça como mais uma razão para que a luta continue”, declarou. 

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Ele recebeu um tecido bordado artesanalmente conhecido como arpileira, feitos por mulheres chilenas no período da ditadura militar, bem como flores e uma carta escrita pelas mulheres do grupo. 

“A visita teve por intuito prestar solidariedade e trazer energia do nosso movimento com gente de todo o Brasil para que ela tenha uma recuperação rapidíssima”, contou o coordenador nacional do MAB, Luiz Dalla Costa.

Uma guerra que está longe de terminar une mulheres curdas e muçulmanas na luta contra os atos e sequestros que o denominado Estado Islâmico vem realizando nos últimos anos. Ao invadir uma cidade, o grupo aprisiona os homens - muitas vezes pais de famílias - e sequestra suas mulheres e filhas tornando elas "escravas sexuais". São divididas em grupos e levadas em ônibus. A cada hora, homens do EI chegam e escolhem algumas meninas, estupram e muitas vezes não devolvem para as famílias. De acordo com as informações divulgadas pela agência de notícias internacional BBC, localizada em Londres, o Estado Islâmico acredita que as vítimas não irão para o paraíso. 

A capitã Khatoon Khider, ex cantora, e comandante do batalhão feminino de ex-prisioneiras do EI, deu entrevista à BBC. "Vamos matar milhares de soldados do EI e impedir que eles entrem no paraíso", declarou. A militante disse gostaria de voltar no tempo. "Fico dizendo para mim mesma que se isso tivesse começado um ano antes do EI atacar Sinjar, nunca teríamos deixado que eles nos dominassem". Segundo estimativas das Nações Unidas, entre 5 mil e 7 mil yazidis morreram e outros 5 mil foram sequestrados, sobretudo mulheres.

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A religião dos yazidis - minoria de origem curda - proíbe violência, mas depois que o Estado Islâmico atacou a aldeia de Khider, três anos atrás, muita coisa mudou. Milhares de pessoas morreram, e dentre elas mulheres e crianças foram vendidas como escravas sexuais. Estima-se que 3,5 mil estejam ainda reféns.

De acordo com a BBC, a capitã Khider e a sua tropa são sobreviventes de um dos piores crimes de guerra da história mundial recente. "Nunca quisemos fazer mal a ninguém", diz Khider. "Mas agora não temos outra escolha a não ser matá-los". As garotas do batalhão são jovens, a maioria possui 20 anos. Nadiya, de 17 anos, é uma delas. "Vi as meninas deste exército e quis ser forte como elas", declarou em entrevista à BBC. De acordo com os relatos, as mães são assassinadas, bebês são mutilados e meninas são estupradas 

De acordo com elas, os homens respeitam o "exército feminino". O comandante Xate disse que o grupo luta nas trincheiras como eles. "Antes não as tínhamos. Agora, homens e mulheres lutam igualmente, como um só". A batalha para libertar as mulheres ainda é um processo árduo nas terras orientais. Muitas garotas estão na frente de combate, lutando "face a face" com o exército peshmerga.

Direitos e luta

A cantora, coreógrafa e atriz de origem curda, Helan Abdulla, é conhecida pelo nome artístico Helly Luv, e ficou conhecida pelo single "Risk It All", lançado em 2013, ao desafiar a postura do Estado Islâmico que lançou ameaças após a divulgação do vídeo. Helly nasceu em Urmia, na região do Curdistão iraniano, e seus pais fugiram da guerra no Iraque. Após nascer no Irã, ela foi levada para um campo de refugiados na Turquia. A família seguiu para a Finlândia.

Em 2014, ela gravou seu segundo clipe "Revolution" também na região, em plena guerra no Iraque, em que diz "levanta-te porque nós somos mais fortes como um só, quebrando o silêncio tão alto quanto uma arma, irmãos e irmãs, todos viemos de um". "As diferentes religiões, nós compartilhamos o mesmo sangue. É uma revolução, nós vamos continuar lutando. Pessoas de todo o mundo, em volta do mundo não podem ter medo. Vamos juntos deixe que eles saibam, deixe que eles saibam que estamos aqui é uma revolução", diz a letra da música. Confira o vídeo que gerou revolta para os integrantes do EI:

O governo argentino iniciou hoje (27) uma nova política de controles imigratórios, os quais devem dificultar principalmente o ingresso de cidadãos da Bolívia, Paraguai, Peru e Colômbia. A ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri, Patricia Bullrich, já tinha anunciado durante a semana que seriam adotadas medidas extras nas fronteiras, ressaltando que o endurecimento recairia contra cidadãos desses quatro países para combater crimes como tráfico de drogas e contrabando.

Declarações de Bullrich e de Mari sobre imigrantes latino-americanos desataram críticas na Argentina e no exterior por discriminação e xenofobia, além de provocarem um mal-estar diplomático com a Bolívia.

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O presidente boliviano, Evo Morales, convocou ontem o embaixador argentino em La Paz para exigir explicações sobre as intenções de Macri em endurecer as leis imigratórias. Funcionários do gabinete de Morales, como o ministro do Governo, Carlos Romero, e o cônsul em Buenos Aires, Jorge Tapia Sainz, chegaram a comparar Macri ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por comentários que "generalizam" os imigrantes, sem apresentar "estatísticas oficiais".

"Devemos rejeitar esse tipo de estigmatização contra nossos cidadãos que coincide com o discurso xenofóbico de Trump, de aparência conservadora e de sentimentos patriotas", disse Romero.

O novo decreto que regulamenta as medidas de imigração na Argentina será publicado na semana que vem. Ele também deve criar um mecanismo para expulsar de maneira mais rápida pessoas que cometam crimes na Argentina.

As primeiras operações desta nova política imigratória ocorreram hoje no terminal de ônibus de Liniers, no extremo oeste da capital argentina, onde desembarcam milhares de pessoas, a maioria proveniente da Bolívia, Paraguai e Peru e de baixa-renda. Agentes federais e do sistema imigratório fizeram controles de passaportes, buscaram antecedentes criminais dos passageiros na base de dados da Interpol e revistaram as bagagens. 

O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (18) em sintonia com a valorização externa da moeda norte-americana em relação a divisas principais e de países emergentes. Os fatores que contribuem para esse movimento são a agenda carregada de indicadores nos Estados Unidos nesta quarta e a tensão dos investidores às vésperas da posse de Donald Trump, que assume o comando da Casa Branca na sexta-feira, segundo um profissional do mercado.

Por volta das 10 horas, o dólar à vista subia 0,36%, negociado a R$ 3,2211, enquanto o dólar futuro para fevereiro estava cotado a R$ 3,2340, em alta de 0,28%.

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A expectativa dos mercados domésticos agora é por uma coletiva à imprensa, no fim da manhã, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, diretamente do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Multidões ao redor do mundo desafiaram os alertas de riscos de atentados terroristas para dar as boas vindas a 2017, com Sydney, a maior cidade da Austrália, dando o pontapé aos festejos que se seguiram por Ásia, Europa e América.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas lotaram a área próxima ao Harbour Bridge de Sydney para assistir à espetacular queima de fogos, que coloriu os céus da cidade sobre um dos mais famosos cartões postais da cidade.

Em Hong Kong, uma multidão também lotou a orla da cidade para ver os fogos que estouraram sobre o Victoria Harbour, enquanto no Japão, milhares de pessoas foram às ruas de Tóquio e soltaram balões no ar.

Ruidosas celebrações despediram um ano marcado pelo banho de sangue e a miséria produzidos pela guerra na Síria, pela crise dos refugiados na Europa e por numerosos ataques terroristas que dominaram as manchetes dos jornais.

Além disso, de Istambul a Paris, passando por Orlando, Bruxelas e Ouagadougou, a lista de cidades atingidas por ataques terroristas foi muito longa em 2016.

O ano que termina também foi marcado por surpresas políticas, do 'Sim' ao Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia -, à eleição de líderes dissidentes, como a do ultraconservador Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

'Esta noite é de diversão'

O banho de sangue continuou neste sábado, quando a explosão de duas bombas deixou ao menos 27 mortos em um movimentado mercado no centro de Bagdá.

Mas isto não impediu as pessoas de lotarem as ruas da capital iraquiana para celebrar e famílias em trajes de noite comemoravam a chegada do Ano Novo em festas organizadas em hotéis elegantes da cidade.

Fadhel al-Araji, um jovem de 21 anos, morador da localidade de Sadr City, na periferia de Bagdá, bebia cerveja encostado em seu carro.

"Esta noite é de diversão... Todo mundo pode fazer o que quiser e ninguém liga. Precisamos de uma noite como esta, o Iraque precisa", desabafou, entre um gole e outro.

Na combalida cidade síria de Aleppo, Abdem Wahab Qabbani, um estudante de 20 anos, também estava determinado a encarar a chegada de 2017 com otimismo.

"Os últimos dois anos eu não saí para celebrar o Ano Novo. Desta vez, vou festejar", afirmou.

Dubai marcou a chegada do Ano Novo com seu habitual show pirotécnico no maior arranha-céus do mundo, o Burj Khalifa, e queimas de fogos também enfeitaram outros cartões postais do rico emirado.

As celebrações deste ano transcorreram sem problemas ali, diferentemente do ano passado, quando um incêndio de grandes proporções foi registrado em uma torre vizinha.

'Blocos de concreto'

A segurança foi reforçada nas maiores cidade do mundo, de Sydney a Nova York, e as autoridades mostraram-se inquietas de que grandes concentrações pudessem se tornar alvo para ataques extremistas.

Em Sydney, foram mobilizados cerca de dois mil policiais a mais que o inicialmente previsto, depois que um homem foi detido por suspeitas de fazer ameaças pela internet contra os festejos. Caminhões de lixo foram posicionados para impedir qualquer tentativa de lançar veículos contra a multidão.

Depois do ataque a um mercado natalino de Berlim, em 19 de dezembro, a capital alemã intensificou a segurança, mobilizando policiais extra, alguns armados com metralhadoras.

"O que é novidade este ano é que vamos posicionar blocos de concreto e veículos blindados pesados nos acessos" à área circundante ao Portão de Brandemburgo, que concentra os festejos, informou um porta-voz da polícia.

Os visitantes, no entanto, pareciam inabalados apesar dos últimos acontecimentos e começaram a se reunir na fria capital alemã para uma série de shows antes da grande queima de fogos da meia-noite.

Depois de uma véspera de Ano Novo sombria em 2015 após os atentados de 13 de novembro, Paris voltou a ser uma festa. Uma estimativa de meio milhão de pessoas devem se reunir na Champs Élysées, onde o presidente François Hollande inspecionou a segurança.

O esquema de segurança será enorme em todo o país, com quase 100.000 policiais, gendarmes e militares mobilizados em toda a França.

Enquanto isso, Bruxelas se preparava para retomar sua queima de fogos, depois do cancelamento do espetáculo no ano passado, devido a uma ameaça terrorista.

Com a expectativa de concentração de mais de um milhão de pessoas para assistir à Queda da Bola na Times Square, Nova York mobilizou cerca de sete mil policiais e 165 caminhões para bloquear vias.

Esquemas especiais de segurança também foram adotados em Moscou, Istambul e Londres.

Os dispositivos de segurança também foram reforçados em Roma, especialmente em torno da Basílica de São Pedro, onde o papa Francisco falou na tradicional celebração 'Te Deum' (Ação de Graças) dedicada à juventude, com a qual a sociedade, segundo o pontífice, tem uma "dívida".

"Nós criamos uma cultura que idolatra a juventude.... Paradoxalmente, ao mesmo tempo, condenamos nossos jovens a não encontrar seu lugar na sociedade", afirmou.

'Segundo extra'

A América será o último continente a dar as boas-vindas a um ano novo que se anuncia cheio de incertezas, a começar pela chegada de Donald Trump à Casa Branca - uma surpresa que ninguém imaginava no início de 2016.

O presidente eleito dos Estados Unidos enviou neste sábado uma saudação de Ano Novo a seus "muitos inimigos" em um tuíte irônico, no qual lembrou de seus desafetos políticos.

"Feliz Ano Novo a todos, inclusive a meus muitos inimigos e àqueles que lutaram e perderam tão mal que não sabem o que fazer. Amor!", escreveu Trump.

No Rio de Janeiro, estima-se que mais de dois milhões de pessoas lotem a praia de Copacabana para assistir à tradicional queima de fogos - um espetáculo reduzido de 16 para 12 minutos devido à crise e à falta de financiamento em uma cidade que tenta se recuperar do custo exorbitante da Copa do Mundo futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, este ano.

Com barreiras de segurança e um efetivo de cerca de dois mil policiais militares patrulhando a praia, tudo está pronto para o 'réveillon' na Princesinha do Mar.

Mas antes de entrar no novo ano, os cidadãos de todo o mundo terão mais um segundo para aproveitar esta noite especial.

O minuto que vai das 23h59 às 00h00 durará um segundo a mais, 61, devido à inclusão de um "segundo intercalar" que permitirá sincronizar o tempo astronômico da rotação da Terra com a escala de tempo atômica, muito mais precisa.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs sanções contra dirigentes do governo e da inteligência da Rússia por conta da suposta interferência do país na eleição vencida por Donald Trump.

Segundo a Casa Branca, os indivíduos afetados estão envolvidos em "significativas atividades cibernéticas maliciosas". Além disso, o Departamento de Estado expulsou 35 diplomatas da embaixada de Moscou em Washington e do consulado em São Francisco, dando a eles 72 horas para deixar o solo norte-americano.

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Os russos também não terão mais acesso a dois complexos recreativos estatais situados em Maryland e Nova York. "Ciberativistas da Rússia tentaram influenciar a eleição, erodir a fé nas instituições democráticas dos EUA e levantar dúvidas sobre a integridade do nosso processo eleitoral", diz um comunicado da Casa Branca.

As sanções serão impostas pelo Departamento do Tesouro e atingirão o Diretório Principal de Inteligência (GRU) e o Serviço Federal de Segurança (FSB), sucessora da KGB. Além disso, a lista inclui três companhias que deram apoio a operações do GRU, quatro oficiais da agência e dois civis acusados de "usar meios cibernéticos para causar a apropriação indevida de informações pessoais".

"Essas ações se seguem a repetidos avisos públicos e privados que nós demos ao governo da Rússia e são uma resposta necessária e apropriada aos esforços para prejudicar os interesses dos EUA", disse Obama por meio de uma nota.

A notícia de que o presidente estava estudando sanções contra Moscou surgiu na última quarta-feira (28), elevando a tensão com o Kremlin na reta final de seu mandato. Recentemente, a CIA afirmou que hackers russos vazaram emails do Partido Democrata para beneficiar Trump, que promete adotar uma postura mais amigável a Putin.

Divulgadas pelo WikiLeaks, as mensagens indicavam um suposto favorecimento da cúpula da legenda à candidata Hillary Clinton, em detrimento de Bernie Sanders. Segundo os serviços de inteligência dos EUA, o ataque cibernético teve o aval do próprio presidente da Rússia, que nega as acusações.

Ao assumir a Casa Branca, Trump colocará no Departamento de Estado o CEO da petrolífera Exxon Mobil, Rex Tillerson, que mantém boas relações com Putin.

A presença de 16.000 migrantes nas ilhas gregas do Mar Egeu, as tensões com os moradores e as campanhas feitas por grupos de extrema direita contra eles compõem os ingredientes de um coquetel explosivo.

Depois de Lesbos e Samos, a tensão se transferiu há três dias para a ilha de Quios, onde nesta sexta-feira um sírio ficou gravemente ferido por uma pedrada perto do campo de refugiados de Suda. Na quarta e na quinta-feira, alguns homens não identificados atiraram pedras e artefatos incendiários de uma montanha perto do campo, onde vivem 800 migrantes, e destruíram as tendas de 100 deles.

A polícia acredita se tratarem de moradores enfurecidos após dois assaltos ocorridos na quarta-feira, aos quais se seguiram a destruição de casas e carros. Policiais prenderam três adolescentes argelinos e um iraniano de 40 anos. Quios, que acolhe cerca de 4.000 refugiados, está "em ebulição", disse à AFP uma autoridade policial que não quis se identificar.

A situação é similar em outras ilhas da área, onde há aproximadamente 16.000 migrantes e refugiados. Os habitantes dizem estar incomodados com a chegada em massa e com as consequências negativas para o turismo. Os migrantes também estão cansados de esperar - alguns já aguardam há meses - uma resposta para seus pedidos de asilo.

Seu receio é que sejam devolvidos à Turquia, como estipula um acordo entre o governo turco e a União Europeia assinado em março para frear a onda migratória. Por enquanto, a espera os obriga a viver em péssimas condições, agravadas pelo cansaço, falta de dinheiro e a chegada do inverno.

"Em todas as ilhas vemos que as pessoas estão desesperadas, decepcionadas", diz à AFP Roland Schöenbauer, porta-voz na Grécia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). "Só resta a eles um sentimento de revolta", adverte a filial belga do Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Deputados neonazistas em viagem

A cada dia, dezenas de refugiados continuam chegando, em sua maioria sírios, afegãos e iraquianos, segundo o Acnur. Desde 2015, um milhão de migrantes, em grande parte sírios, entraram no país. Nesse contexto, não se pode descartar que as organizações de extrema direita tentem aproveitar a tensão, alerta a autoridade policial.

Esta semana, um grupo de deputados do partido neonazista Aurora Dourada visitou Quios e Lesbos. Segundo o site do partido, o terceiro mais importante da Grécia, quatro deputados belgas do Vlaams Belang, um partido independentista flamenco de extrema direita, também os acompanharam.

Até agora, a extrema direita estava à margem do debate sobre os migrantes, recebidos em um primeiro momento com demonstrações de solidariedade pelos gregos. Mas agora seus deputados estão visitando as ilhas e fazendo campanha, também na Grécia continental, onde há outros 45.000 migrantes retidos após o fechamento das fronteiras europeias.

O governo está preocupado com as tensões entre a Turquia e a UE, que poderiam provocar outra onda de chegadas em massa. Por enquanto, seu objetivo de esvaziar as ilhas do Egeu de migrantes parece muito distante e apenas 350 saíram até agora para o continente, segundo o Acnur. As autoridades europeias só enviaram uma pequena parte dos reforços prometidos para ajudar os encarregados gregos a agilizar a verificação dos pedidos de asilo.

Em outubro, o ministro grego de Política Migratória, Yannis Mouzalas, não escondeu sua "fúria" com a UE. "A UE tem que apoiar" o acordo com a Turquia, "não é só uma questão de solidariedade com a Grécia, é uma obrigação", afirmou.

Mateus Solano é um grande ator e bastante apegado à família. E é exatamente por isso que ele escolheu uma mulher tão talentosa e apaixonada para ser sua esposa: a também atriz Paula Braun. Infelizmente, a estrela passou por momentos de tensão na madrugada do último domingo, dia 13. Devido as fortes chuvas espalhadas por algumas regiões do Brasil, Paula se viu presa em uma situação que ia além de seu controle: uma terrível enchente.

Estamos em casa graças a Deus depois da enchente! Não desejo para ninguém... Ter que sair com água na cintura carregando filho de madrugada. Vizinhos ajudaram abrindo as portas. Pra ver como é importante ajudar os outros. Senti isso quando precisei. Pensei muito nisso. Todo meu amor pra quem perdeu tudo! Força nesse dia. Nunca desejei tanto estar em casa. Está tudo bem amores, pior para quem perde tudo e não tem para onde voltar. Foi só um susto. Já passou, desabafou Paula em seu perfil oficial no Twitter.

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Na manhã desta segunda-feira, dia 14, Paula também apareceu na rede social mandando energias positivas para alguns lugares do Rio de Janeiro.

Bom dia, amores! Rezando para parar essa chuva em Friburgo e Muri, muita gente precisando de ajuda lá para cima.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), minimizou a troca de farpas entre a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Apesar de admitir que houve uma "situação de estresse", o ministro disse que não se deve criar ou incrementar uma falsa crise institucional. Gilmar defendeu ainda que é "fundamental" que os três poderes voltem a dialogar.

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"O fundamental é que nós assumamos nossas responsabilidades e não criemos falsas crises ou não agravemos o estado de crise já existente", afirmou Gilmar.

Questionado se a operação da Polícia Federal no Senado, na última sexta, teria gerado essa falsa crise, Gilmar se esquivou. "Não tenho conhecimento para falar, mas, verdadeira ou falsa, o que não podemos é incrementar a crise ou torná-la maior do que está", reforçou.

Na semana passada, um juiz de primeira instância autorizou a prisão de quatro policiais legislativos, além de buscas na sede da Polícia Legislativa no Congresso Nacional. Após o episódio, Renan declarou que a operação foi fascista e chamou o juiz responsável de "juizeco".

Cármen rebateu as críticas de Renan ao magistrado no início da semana, durante a abertura da sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dizendo que onde um juiz é "destratado", ela também é.

O presidente Michel Temer entrou em cena para apaziguar os ânimos e tentou convocar uma reunião entre os dois hoje, porém Cármen negou o convite alegando problemas de agenda.

Após a operação da PF, o Senado entrou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) questionando a competência de um juiz de primeira instância para autorizar esse tipo de operação no Senado. Mais cedo, Renan também anunciou que a Casa vai entrar com uma reclamação.

Retaliação

 

Gilmar negou que Cármen esteja agindo em retaliação ao comentário de Renan. "A ministra Cármen Lúcia está fazendo a pauta com todo cuidado", defendeu.

Nesta quarta, foi divulgado que Cármen marcou para o dia 3 de novembro o julgamento de uma ação que impede que réus assumam a presidência da República, o que também poderia afetar a permanência de Renan no comando do Senado. O peemedebista é investigado em pelo menos 11 inquéritos no Supremo.

Gilmar fez os comentários após participar da abertura do Congresso Internacional de Direito Constitucional, que também contou com a participação da presidente do Supremo. Carmen foi responsável pela primeira palestra do encontro. Ela não quis comentar o caso. (Julia Lindner)

A "Partida pela Paz", desejada pelo papa Francisco e organizada pelo Vaticano, teve um momento de tensão nesta quarta-feira (12) quando o astro argentino Diego Armando Maradona discutiu com Juan Sebastián Verón.

Ao fim do primeiro tempo, Verón ignorou o cumprimento de Maradona e o campeão do mundo começou a "discutir" com o ex-volante do Estudiantes. Os dois precisaram ser afastados por outros participantes da partida até chegarem aos vestiários.

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Maradona e Verón se desentenderam publicamente em julho por causa da crise que persiste no futebol argentino. Assim que se tornou dirigente, Verón foi acusado de "traidor" por Maradona - enquanto ouviu do ex-colega que sua opinião "não devia ser levada a sério".

O jogo, que arrecadou fundos para as crianças atendidas pela fundação Scholas Ocurrentes e para os sobreviventes do terremoto que atingiu o centro da Itália em agosto, especialmente Amatrice, reuniu diversos jogadores e ex-jogadores de vários países.

Católicos, protestantes, judeus e muçulmanos dividiram o mesmo campo para enviar uma mensagem de paz e de tolerância ao mundo.

Cerca de 10 mil pessoas foram ao Estádio Olímpico de Roma para ver o time comandado por Ronaldinho Gaúcho vencer por 4 a 3 o time de Maradona. Os gols do time de "branco" foram marcados por Frederic Kanouté, Bojan, Hernán Crespo e Fernando Cavenaghi enquanto os gols do time de "azul" foram feitos por Antonio di Natale, Francesco Totti e Nicolás Burdisso.

Totti e Maradona, inclusive, trocaram uma série de elogios após a partida. O ídolo da Roma afirmou que depois de jogar com o argentino "já pode se aposentar" enquanto Maradona destacou que "Il Capitano" deveria "continuar jogando" por mais tempo.

Em entrevista à CNN, o chanceler russo Sergei Lavrov falou sobre as declarações de militares norte-americanos a repeito de uma guerra iminente entre EUA e Rússia: “Deixo isso para a consciência deles”, rebateu o chefe da diplomacia russa.

Apesar do aumento das tensões entre Washington e Moscou, Lavrov não acredita que os dois países estão realmente à beira da guerra. "Bem, eu não penso assim. Absolutamente não é nossa intenção. Lemos, é claro, sobre as declarações de militares norte-americanos de que a guerra é inevitável com a Rússia. Deixo isso na consciência deles", disse ele à CNN.

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Discutindo os acordos nucleares internacionais, o chanceler russo disse ainda que foram os EUA os culpados por violar a cooperação com Moscou na área. "No que se refere ao acordo sobre plutônio, eu espero que você saiba que os Estados Unidos não cumpriram as suas obrigações porque eles não puderam, eles de fato mudaram o método de utilização do plutônio, que estava descrito no acordo, e o acordo tornou-se inválido. Nós [a Rússia] implementamos nossa obrigações e vamos continuar a fazê-lo", disse ele.

"Alguns outros acordos foram sobre a cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos em questões nucleares, energia nuclear, mas eu expliquei a John Kerry [secretário de Estado dos EUA] há muito tempo — dois anos e meio atrás, logo após a crise ucraniana. O Departamento de Energia enviou uma nota formal para a Federação Russa dizendo que, sob as circunstâncias, eles estavam suspendendo toda a cooperação no âmbito desses acordos", contou o chanceler russo.

"Eu não compartilho da opinião de que o risco de uma guerra nuclear é alto hoje, porque, mesmo com as discrepâncias atuais, penso que em ambos os países as pessoas são sensatas o suficiente para não permitir isso”, disse Kislyak durante um discurso na Universidade John Hopkins (Baltimore, Maryland).

Ao mesmo tempo, o diplomata constatou que "todos os canais normais de cooperação entre os dois estados estão congelados”. O diplomata lembrou que a Rússia e os EUA já contaram com uma comissão bilateral, composta por 21 grupos de trabalho com foco em ciência, tecnologia, militar e questões nucleares, entre outros assuntos, e que não existe mais.

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O presidente filipino, Rodrigo Duterte, pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos retirem seus assessores militares do país. Duterte advertiu que a presença desses militares em uma ilha no sul filipino torna esses norte-americanos vulneráveis, um alvo potencial do grupo militante extremista Abu Sayyaf.

As declarações de Duterte, conhecido por seu discurso direto, devem complicar mais a já delicada relação com o governo do presidente Barack Obama, que na semana passada cancelou um encontro com Duterte após este xingá-lo. O líder filipino ofendeu Obama após críticas de Washington a supostos abusos contra os direitos humanos na guerra às drogas nas Filipinas.

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"Enquanto estivermos com os EUA, nós nunca teremos paz", disse Duterte. Ele também advertiu que o pessoal norte-americano nas Filipinas pode inflamar a já volátil campanha para acompanhar os membros do Abu Sayyaf, que segundo especialistas de segurança teria cerca de 300 combatentes. Duterte disse que o Abu Sayyaf buscará sequestrar norte-americanos em busca de resgate.

As declarações foram alvo de críticas de políticos filipinos. O senador Antonio Trillanes IV, por exemplo, disse que o presidente julgou com a emoção. A embaixada norte-americana em Manila não havia comentado o assunto.

Os EUA mantém forças no sul das Filipinas desde 2002 para treinar e aconselhar as tropas Filipinas na luta contra o Abu Sayyaf, grupo afiliado à rede extremista islâmica Al-Qaeda. Mais recentemente, o grupo jurou fidelidade ao Estado Islâmico.

Em seu auge, a operação entre os EUA e as Filipinas contou com a presença de mais de mil norte-americanos no país, mas essa cooperação foi oficialmente encerrada em 2015. Agora, apenas alguns assessores e responsáveis pelo apoio técnico permanecem. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, lamentou nesta terça-feira (6) ter xingado o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um raro recuo de um político famoso por suas declarações duras contra autoridades mundiais, entre elas o papa Francisco e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas.

Em comunicado lido por seu porta-voz, Duterte disse que, embora seus "comentários fortes" em resposta a questões de um repórter tenham gerado "preocupação", ele também "lamentou" o que foi visto como "um ataque pessoal ao presidente dos EUA".

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Duterte fez os comentários sobre Obama antes de viajar ao Laos, onde participa de um encontro regional. Ele iria ter uma reunião em separado com Obama no Laos, mas a Casa Branca anunciou o cancelamento do encontro. O comunicado de Duterte disse que os dois lados "concordaram mutuamente em adiar" a reunião.

Os EUA são um dos principais parceiros comerciais das Filipinas e cruciais para a segurança do país em sua luta contra o terrorismo no sul. Manila também precisa da ajuda de Washington para lidar com uma China cada vez mais assertiva no Mar do Sul da China. Além disso, os norte-americanos ainda enviam centenas de milhões de dólares em assistência financeira anual para as Forças Armadas das Filipinas.

A divergência começou quando um repórter questionou Duterte como ele pretendia explicar os assassinatos "extrajudiciais" de narcotraficantes para Obama. Mais de 2 mil supostos traficantes e usuários foram mortos desde que Duterte lançou uma cruzada contra as drogas após assumir, em 30 de junho. Duterte respondeu que era presidente de um Estado soberano e que não devia satisfações ao outro líder, quando xingou Obama. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelou uma reunião com o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, em uma rara ruptura diplomática, que vem na esteira de uma escalada das tensões entre dois aliados sobre a nova "guerra às drogas" nas Filipinas.

A Casa Branca disse na semana passada que Obama estava planejando se encontrar com Duterte durante sua viagem ao Laos, para uma reunião com líderes asiáticos, que estava prevista para amanhã. A reunião seria a primeira entre os líderes após a posse do mandatário filipino, em junho.

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Mas em uma notável expressão de preocupação dos EUA, Obama lançou dúvidas sobre tais planos, sugerindo que estaria rejeitando a reunião em resposta aos comentários do líder filipino, demandando que o presidente dos EUA não abordasse sua postura em relação aos direitos humanos entre os assuntos que seriam discutidos no encontro. Duterte também usou palavras de baixo calão para se referir a Obama.

Após a chegada do presidente americano ao Laos, a Casa Branca disse que a reunião com o Duterte não aconteceria e que, em vez disso, Obama se reuniria com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.

Em uma coletiva de imprensa sobre a reunião, Duterte culpou os americanos - que colonizou as Filipinas até 1946 - por causar os problemas do país. "As Filipinas não são um Estado vassalo, há muito tempo não somos mais uma colônia dos EUA", disse o presidente, rejeitando as críticas sobre o seu combate ao crime.

Desde que Duterte se tornou presidente, a polícia matou mais de 2 mil pessoas nas Filipinas. Os assassinatos levaram a acusações de abuso dos direitos humanos e a críticas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os EUA e as Filipinas são aliados de longa data, e Manila depende do apoio americano em sua disputa com Pequim por áreas do Mar Meridional da China. Obama disse que os EUA reconhecem os desafios impostos pelo tráfico de drogas, mas ponderou que o obstáculo tem de ser superado em conformidade com as normas internacionais. Fonte: Dow Jones Newswires.

Istambul, 20 - O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, afirmou neste sábado que seu governo deseja que os Estados Unidos acelerem o processo para a extradição do clérigo Fethullah Gulen. O religioso vive em território norte-americano, mas é acusado pelo governo turco de orquestrar o fracassado golpe do mês passado.

Yildirim disse a representantes da imprensa internacional que a Turquia e os EUA têm um acordo de extradição e pediu rapidez. "Nós queremos que o processo seja acelerado", comentou. "Este homem era o líder de um golpe. O que estão esperando? O acordo entre os dois países é claro."

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O governo do presidente Barack Obama pediu evidências do envolvimento de Gulen e disse que o processo regular de extradição precisa seguir seu curso. O clérigo nega envolvimento no golpe de 15 de julho, que deixou mais de 270 mortos.

Yildirim disse também que a Turquia está disposta a aceitar um papel para o presidente sírio, Bashar al-Assad, durante um período de transição na Síria. Segundo ele, porém, Assad não tem lugar no futuro. Para o premiê turco, é preciso que a Síria não seja um país etnicamente dividido e que seja criado um sistema no qual todos os grupos étnicos estejam representados. A Turquia é um dos principais apoiadores dos rebeldes que lutam para derrubar Assad e abriga mais de 2,7 milhões de refugiados sírios.

O premiê turco ainda comentou as divergências internas de seu próprio país. Yildirim descartou uma nova iniciativa de paz com os rebeldes curdos. "Nós não vamos entrar em um diálogo com uma organização terrorista", afirmou.

A declaração é dada no momento em que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) intensifica seus ataques com bombas contra policiais e militares. Mais de dez pessoas foram mortas em ataques nesta semana. Um cessar-fogo entre governo e PKK fracassou no ano passado, o que levou à retomada da violência que já levou a centenas de mortes.

Yildirim também disse que o grupo rebelde falhou em levar o processo de paz adiante. A Turquia e seus aliados consideram o PKK uma organização terrorista. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro Dmitry Medvedev afirmou nesta sexta-feira que a Rússia poderia romper as relações diplomáticas com a Ucrânia por causa de supostos incidentes de segurança ocorridos na Ucrânia. Moscou não tomou esse passo nem mesmo após anexar a Crimeia ou em meio ao apoio do governo russo a rebeldes separatistas no leste ucraniano.

Medvedev disse que não gostaria que os laços fossem cortados, mas "se não houver outra maneira de mudar a situação, o presidente pode tomar esse passo", segundo a imprensa estatal.

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A Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia em março de 2014, após um criticado plebiscito, e o conflito entre os separatistas apoiados pela Rússia e as forças ucranianas piorou nas semanas seguintes. Apesar disso e do conflito no leste da Ucrânia que já matou mais de 9.500 pessoas, Kiev e Moscou não romperam a relação diplomática.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Pavlo Klimkin, disse nesta semana que Kiev não quer um rompimento porque isso significaria abandonar 4 milhões de ucranianos que vivem e trabalham na Ucrânia.

O anúncio de Medvedev é feito após a Ucrânia colocar tropas de combate em alerta ao longo da fronteira do país com a região da Crimeia, em meio a uma escalada retórica com a Rússia. Fonte: Associated Press.

O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos estariam sacrificando sua aliança com a Turquia em função de "um terrorista", caso se recusem a extraditar o clérigo muçulmano Fethullah Gulen, que vive em território norte-americano. O governo turco acusa Gulen de estar por trás do fracassado golpe ocorrido em 15 de julho no país.

Bozdag também disse, segundo a agência estatal Anadolu, que o sentimento contrário aos EUA atinge "seu pico" na Turquia por causa da questão do retorno do clérigo. A Turquia diz que o movimento de Gulen é uma organização terrorista e quer que ele seja enviado ao país para ser julgado. Washington diz que primeiro precisa ver evidências do envolvimento do clérigo na tentativa de golpe e que uma extradição precisa seguir um processo legal para ocorrer.

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Gulen vive em um exílio na Pensilvânia e negou envolvimento na violenta tentativa de golpe, que deixou mais de 270 mortos. "Se eles não devolverem ele, terão sacrificado a Turquia por um terrorista", disse Bozdag. "Os Estados Unidos são um grande Estado e eu acredito que farão o que é esperado de um grande Estado."

Bozdag disse que autoridades turcas investigam quem seria o número 2 na trama do golpe, atrás de Gulen. "Não há informação firme sobre quem seria o chefe de Estado, quem seria o primeiro-ministro, se esse golpe tivesse sido bem-sucedido", afirmou a autoridade.

Em seu discurso semanal aos parlamentares do partido governista, o primeiro-ministro Binali Yildirim comprometeu-se a atuar para levar Gulen a julgamento.

Bozdag disse que a Turquia prendeu formalmente 16 mil suspeitos que aguardam julgamento pela tentativa de golpe, com 6 mil outros ainda sendo questionados. Pelo menos 7.668 outras pessoas estão sob investigação mas não foram detidos, segundo o ministro.

Além disso, dezenas de milhares de pessoas com supostos laços com Gulen foram suspensos ou afastados de seus trabalhos no Judiciário, na imprensa, no setor educacional, de saúde, das Forças Armadas e de governos locais. Países europeus e grupos pelos direitos humanos mostraram-se alarmados com o escopo da caça aos supostos envolvidos no golpe. Autoridades turcas, por sua vez, reclamaram pela falta de apoio ao país após o episódio. Fonte: Associated Press.

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