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O Mistério Público do Trabalho em parceria com o Plaza Shopping realizam a exposição “Não cale!”. Com a abertura nesta quinta-feira (16), a exposição segue até o dia 2 de março, no horário de funcionamento do mall, localizado na Rua Doutor João Santos Filho, 255, em Casa Forte. 

Fazendo parte da campanha nacional, intitulada “Trabalho infantil: Se você se cala, ele não para”, que o Mistério Público do Trabalho inaugura em Recife e segue com divulgação por outras cidades do Brasil. Além das fotos, a exposição também contará com objetos que refletem as realidades de choque, vivenciadas por crianças e jovens que têm sua escola, a diversão e sua infância negadas por causa do trabalho infantil.

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Segundo os dados do IBGE, entre 2013 e 2015, o trabalho infantil aumentou 4,5% no Brasil. Há 3,3 milhões de crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos que trabalham de alguma forma. Desse total, meio milhão tem menos de 13 anos e a maioria (62%) trabalha no campo, com a agricultura. No Brasil, o Ministério Público do Trabalho tem como objetivo promover, monitorar e coordenar a ação contra as diversas formas de exploração do trabalho infantil e adolescente, dando um tratamento uniforme e coordenado para este problema.

"Em vez de lápis e caderno, um pedaço de madeira. No lugar da mochila, um saco de mandioca. A mão de obra infantil afeta milhões de crianças e adolescentes no Brasil, triste realidade que prejudica o futuro e destrói os sonhos", disse a assessoria sobre o projeto. 

De acordo com o procurador do trabalho, Eduardo Varandas, a ação tem o objetivo de conscientizar e convocar as pessoas para assumir o papel de proteger esses jovens através da denúncia. “Uma das metas prioritárias do Ministério Público do Trabalho é prover a proteção integral à criança e ao adolescente. Precisamos mudar essa mentalidade de que é melhor estar trabalhando do que roubando. A exploração da mão de obra infantil é grave, lesivo e pode levar ao uso de drogas e a criminalidade. Toda criança precisa ter acesso a infância”, destacou o procurador em entrevista à assessoria.

Exposição "Não Cale!"

16 de fevereiro até 02 de março

Plaza Shopping

Rua Doutor João Santos Filho, 255 - Casa Forte

Piso L4 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou na última sexta-feira (10), em Campinas (SP), uma campanha nacional de combate ao trabalho infantil. Com a hastag #Chegadetrabalhoinfantil, a ação conta com o apoio de personalidades da música e dos esportes: os cantores sertanejos Daniel, Chitãozinho e Xororó, o ex-jogador de vôlei Maurício Lima e a ex-jogadora de basquete Hortência Marcari.

A meta é o engajamento dos internautas nas redes sociais, incentivando-os a postar o gesto da hashtag em seus perfis como forma de apoio à causa contra o trabalho irregular de crianças e adolescentes. Para marcar o lançamento, o psicoterapeuta Ivan Capelato falou sobre as causas psicossociais do trabalho infantil.

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Os internautas já podem acessar o site da campanha, que contém um blog com notícias, atualidades, orientações e prestação de serviços, além de um local dedicado a artigos e opiniões de especialistas.

Há ainda a fanpage no Facebook e um canal próprio no YouTube. Os artistas gravaram vídeos com duração de 30 segundos com o mote da campanha, “Hashtag neles”. A campanha, apoiada pela Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância), é realizada com o uso de verbas de acordos firmados com empresas do interior e da Grande São Paulo. Os artistas e esportistas que participam da iniciativa não cobraram cachê.

Acidentes de trabalho

Segundo dados do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (Sinai), do Ministério da Saúde, morreram no país 187 crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos durante o trabalho entre 2007 e 2015; 518 tiveram a mão amputada em acidentes laborais, num total de 20.770 casos graves de acidentes de trabalho envolvendo menores de 18 anos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que 14,4% dos trabalhadores que atuam em atividades de alto risco no Brasil têm entre 15 e 17 anos.

“O trabalho infantil pode ser fatal e ainda causar mutilações, danos à saúde e outros que só serão observados na vida adulta. Precisamos fazer um esforço maior para solucionar a questão”, diz a procuradora Marcela Monteiro Dória, representante da Coordinfância no interior de São Paulo.

Segundo Marcela, o objetivo da campanha é quebrar as barreiras culturais que ainda existem em relação ao trabalho infantil. “Queremos levar a discussão sobre os malefícios do trabalho infantil para o maior número de pessoas e fazer com que elas participem dessa causa, postando e publicando a hastag da campanha, fazendo também a sua parte, já que a Constituição Federal prevê que a proteção à infância não é apenas do estado. É também da família e de toda a sociedade.”

A procuradora reforça que o objetivo do MPT é a erradicação da prática do trabalho infantil para que as crianças possam unicamente brincar e estudar. “O objetivo, a longo prazo, é de fato tentar erradicar o trabalho infantil. Vamos reforçar os meios de denúncia para que possamos ir lá e resgatar as crianças que estão sendo exploradas.”

Protocolo de cooperação

No último dia 27, o MPT Campinas assinou com outras instituições um protocolo de cooperação técnica que visa combater o trabalho infantil, além de fortalecer os planos municipais, estaduais e nacionais com estes mesmos objetivos.

O documento prevê obrigações comuns entre as entidades, como a criação de comitês interinstitucionais para acompanhamento dos programas e ações pactuados e a promoção de estudos e pesquisas sobre os temas.

O ministro do trabalho Ronaldo Nogueira assinou, nessa quarta (19), documento que reconhece o trabalho forçado como uma violação dos direitos humanos que perpetua a pobreza e desigualdade social ao redor do mundo. Com isso, o Brasil será um dos países que devem realizar um trabalho de orientação com empresários para identificar e prestar contas sobre a forma como tratam os riscos da prática.

A assinatura ratifica o Protocolo à Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para combate ao trabalho forçado. O texto, que já foi enviado ao Congresso Nacional, também traz pontos relativos à erradicação do trabalho infantil. 

O Protocolo 29 da OIT foi aprovado em 2014 durante a 103ª Conferência Internacional do Trabalho, onde o Brasil foi porta-voz e coordenador do Grupo da América Latina e Caribe. Ratificado pela Argentina, Estônia, França, Mali, Níger, Noruega, Panamá, Reino Unido e República Tcheca, o documento entrou em vigor no dia 9 de novembro de 2016. 

Trabalho forçado no mundo 

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais da metade dos casos de trabalho forçado envolvem mulheres e meninas, principalmente em atividades domésticas ou exploração sexual. Cerca de 20 milhões de pessoas são submetidas a condições análogas à escravidão em todo o mundo. Esse tipo de situação movimenta US$ 150 bilhões anualmente. 

Com informações do Portal Brasil

Quatro municípios de Pernambuco são alvos de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Caetés, Iati, Lajedo , no Agreste; e Serra Talhada, no Sertão, são acusados de não prevenirem e erradicarem o trabalho infantil.

O MPT pede que a Justiça obrigue os municípios a tomarem providências definitivas sob pena de multa. Segundo o autor das ações, o procurador Ulisses Dias de Carvalho, o MPT recebeu relatórios do Ministério do Trabalho e Emprego que comprovam a situação irregular nas cidades. As crianças e adolescentes são encontrados, geralmente, trabalhando em feiras, que deveriam ter as permissões públicas gerenciadas pelas prefeituras.

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De acordo com o MPT, as ações foram movidas após anos de tratativas com os municípios. Em muitas vezes, as prefeituras sequer responderam os ofícios encaminhados. Também foram expedidas recomendações não acatadas pelos prefeitos.

Em nota, o ministério destaca que fez 25 pedidos para cada um dos municípios, entre eles, o de que garantam verba suficiente para a implementação adequada dos programas e ações para erradicação do trabalho infantil e formularem, no prazo de 120 dias, um diagnóstico de todas as crianças em situação de trabalho.

Também foi requerido que o judiciário determinasse a elaboração e implementação de plano de ação para enfretamento e erradicação do trabalho infantil a partir do diagnóstico feito e que, em 30 dias, inserisse as crianças e adolescentes em programas sociais adequados.

Caso as 25 obrigações sejam descumpridas, é requerida uma multa de R$ 50 mil por item mais R$ 5 mil por criança ou adolescente prejudicado. O mandado de intimação também deverá ser direcionado aos prefeitos  e a punição por eles suportada sob o argumento de que são responsáveis pela gestão da coisa pública e ordenadores de despesas.

 

O procurador destacou que os mitos de que trabalho ajuda na formação de caráter da criança e que é importante para a manutenção da família devem ser derrubados. “As experiências que o trabalho precoce possibilita às crianças e adolescentes são, praticamente em sua totalidade, de pouco valor enquanto formadoras para a atuação profissional. Em geral são atividades repetitivas, operativas, que não exigem raciocínio e que não preparam nem para uma profissão específica e nem para se destacar no mundo do trabalho. Muitas vezes colocam em contato com riscos físicos e psíquicos. Essas experiências afastam a criança da escola e, sem formação no futuro, apenas alimentando de ciclos de pobreza e exclusão”, concluiu. 

Foi solicitado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ao prefeito de Paulista, Júnior Matuto, e ao secretário de Serviços Públicos do município, Jaime Domingos, a adoção de medidas para impedir que crianças e adolescentes realizem trabalho interno e externo nos cemitérios. O pedido se deu após o recebimento de denúncias de trabalho infantil dentro e nos arredores do cemitério do município.

As ações visam prevenir que crianças e adolescentes realizem tarefas como limpeza de jazigo, pintura de túmulos e exerçam papel de flanelinhas no estacionamento. Diante da proximidade do Dia de Finados, no próximo dia 2 de novembro, o MPPE fez recomendação ao Conselho Tutelar de Paulista que intensifique as fiscalizações, afinal, o movimento no cemitério é ainda maior, consequentemente, há aumento na oferta de serviços. 

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O órgão aponta que em uma das medidas recomendadas pela 5ª promotora de Justiça de Defesa da Cidadania de Paulista, Maria Izamar Pontes, o prefeito e o secretário deverão providenciar o cadastramento e a fiscalização das pessoas que irão trabalhar nesse feriado, incluindo as funções que exercerão e o local onde estarão – se na área interna ou externa. Dessa forma, o controle pode ser melhorado. Em caso de constatação da presença de trabalho infantil, mesmo que ao lado dos pais ou responsável, este deve ser comunicado ao Conselho Tutelar. 

O MPPE esclarece que o artigo 6º da Constituição Federal, combinado com o artigo 403 da Consolidação das Leis Trabalhistas, proíbe qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Outro aspecto é que o trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social. 

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A Universidade da Amazônia (Unama) promoveu no sábado (15) uma ação especial durante a Romaria da Juventude, com o objetivo de divulgar o enfrentamento ao trabalho infantil. O evento foi realizado no campus Alcindo Cacela, em Belém, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8).

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A programação contou com a participação de professores e acadêmicos do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Unama (CCHS). Por conta da ação, centenas de jovens puderam conhecer o problema do trabalho infantil, que precisa também ser combatido não só pelas instituições, mas pela sociedade.

Em entrevista ao LeiaJá, a professora Fábia Miranda, coordenadora da ação, destacou a participação dos estudantes durante o evento: "O objetivo da ação é envolver os alunos na questão da divulgação da luta contra o trabalho infantil. Esperamos estar contribuindo com essa luta que envolve toda a comunidade acadêmica".

A Romaria da Junventude passou em frente à Unama e centenas de jovens foram recepcionados por acadêmicos da instituição. Segundo Rosana Barreto, estudante do curso de Serviço Social, ao participar da ação, ela teve a oportunidade de contribuir com uma causa importante e que ainda é pouco divulgada.

"Eu me sinto lisonjeada por estar participando de uma ação tão importante onde não tem tanta visibilidade que é a luta contra o trabalho infantil. Por meio da ação a Unama nos deu a oportunidade de termos um pouco de entendimento sobre um assunto que aborda uma área que futuramente trabalharemos", disse Rosana.

Parceria - Para Vanilza Malcher, juíza do trabalho, a parceria entre a Unama e o TRT8 só tem fortalecido a campanha pela luta contra o trabalho infantil. "A nossa campanha foi e está sendo um sucesso. Todo o movimento que estamos desenvolvendo em prol das crianças e dos adolescentes do nosso estado só está acontecendo em razão dos acadêmicos universitários. Então a importância da parceria com a Unama é extrema”.

Representantes da sociedade civil, governo e do Santuário Nacional de Aparecida assinaram uma carta de compromisso com a erradicação do trabalho infantil no país. A celebração realizada no domingo (9), abriu as comemorações da Semana da Criança com uma missa celebrada que teve a participação do reitor do santuário, padre João Batista de Almeida, da vice-coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, ministra Maria Assis Calsing, e da presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra.

No último levantamento realizado pelo IBGE em 2014, através da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), haviam 3,3 milhões de crianças e adolescentes em situação irregular de trabalho no Brasil. A lei determina que entre 14 e 16 anos, só é permitido trabalho na condição de aprendiz, respeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente, e, abaixo dessa faixa etária fica proibido o trabalho.

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A Organização Internacional do Trabalho divulgou um relatório essa semana mostrando que, no mundo todo, 168 milhões de crianças são vítimas da exploração do trabalho infantil. Nesse relatório também consta um dado relativo ao exercício das atividades: meninas entre 5 e 14 anos trabalham, em média, 40% mais que os meninos nessa mesma faixa etária, a maioria delas, desempenhando tarefas domésticas. “Como consequência, meninas sacrificam oportunidades importantes de aprendizado, de crescimento e de simplesmente aproveitar sua infância. Essa distribuição desigual de trabalho entre as crianças também perpetua os estereótipos de gênero e a sobrecarga nas mulheres e meninas durante as gerações”, disse a principal conselheira de gênero do UNICEF, Anju Malhotra.

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O projeto para o Círio deste ano da Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região é voltado para a educação dos adolescentes.Os objetivos são muitos. Todos com a finalidade de, a curto prazo, reduzir os índices de trabalho infantil no Estado do Pará.

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Estão entre as metas da campanha: conscientizar sobre a importância da contratação de adolescentes como jovens aprendizes; reduzir os índices de trabalho infantil; minimizar, através da educação, os problemas que afetam a vida desses jovens; incentivá-los a permanecer na escola e completar os estudos; diminuir a violência através da educação; promover o desenvolvimento pessoal desses jovens, colaborando para a formação profissional deles.

Também são metas: ajudar no desenvolvimento sustentável do país; ajudar na descoberta de novos talentos profissionais; colaborar com o crescimento econômico e social do país; ajudar os jovens que precisam de um emprego com trabalho digno, regular e protegido e firmar a consciência de que é melhor investir na juventude, no presente, do que enfrentar as consequência no futuro.

Durante oito romarias do Círio de Nazaré serão apresentados, ao todo, 500 faixas, 15 mil camisas, 200 mil panfletos, 300 mil ventarolas, 50 banners e 30 outdoors, contendo a seguinte oração: "Misericórdia é mão estendida! Virgem de Nazaré, intercede pelos adolescentes para que encontrem mãos estendidas à aprendizagem!"

A comissão elegeu o ano de 2016 como o “Ano da Aprendizagem”, e vem realizando ações para diminuir os números de violência e de trabalho infantil na região. Além disso, busca adequar a profissionalização do adolescente no Pará, para que ele possa alcançar trabalho e vida dignos.

Um dos projetos em andamento é o Projeto Acadêmico Padrinho-Cidadão, que visa incentivar a entrada de adolescentes no mercado de trabalho, como aprendizes ou estagiários, além de ajudar a incentivá-los a se desenvolver no aspecto cultural. Mas, para que a ação seja efetiva, é preciso que haja conscientização da família, do adolescente, da sociedade e, principalmente, das empresas contratantes, para que, contratando esse estagiário de maneira regular, ajude-o a sair de uma situação de vulnerabilidade e violência, além de ser uma forma de reduzir os índices de trabalho infantil no Estado do Pará.

Segundo levantamento do Ministério do Trabalho relativo ao ano de 2015, apenas 29% das empresas do Estado do Pará estão cumprindo a lei de cota de aprendizagem. A expectativa é que esse percentual aumente, com as fiscalizações oficiais e a orientação para as empresas saberem que, com o contrato formal desses jovens, estão contribuindo para o crescimento econômico e social do País.

Veja abaixo as datas das romarias:

1 - Romaria Rodoviária (07/10/2016): por todo o percurso (48,5km), estarão expostas faixas e banners, em especial à frente de órgãos parceiros e instituições de ensino. Assim como em frente a cada escola haverá de 100 a 200 alunos-adolescentes usando a camisa da campanha, unidos em oração por seu direito à aprendizagem.

2 – Romaria Fluvial (08/10/2016 – 18 km): embarcações estarão decoradas com artigos da campanha; terão participantes do evento vestidos com a camisa da campanha e distribuirão material de conscientização acerca do tema.

3 – Motorromaria (08/10/2016 – 2,6 km): Pelo menos 1 mil motoqueiros estarão vestidos com a camisa da campanha.

4 – Trasladação (08/10/2016 – 3,6 km): serão distribuídas 110 mil ventarolas aos devotos de Nossa Senhora de Nazaré presentes na procissão e nas arquibancadas oficiais. Corais de louvor à Virgem, instalados no decorrer do percurso, estarão usando a camisa da campanha, e um pelotão de voluntários e afilhados do Projeto Acadêmico Padrinho-Cidadão seguirá em procissão, do Colégio Gentil até a Sé, devidamente identificados.

5 – Círio (09/10/2016 – 3,6 km): serão distribuídas 150 mil ventarolas aos devotos presentes na procissão e nas arquibancadas oficiais. Corais de louvor à Virgem, instalados no decorrer do percurso estarão usando a camisa da campanha.

6 – Ciclorromaria (15/10/2016 - 9km): Pelo menos 1 mil ciclistas estarão vestindo a camisa da campanha.

7 – Romaria da Juventude (15/10/2016): Pelo menos três mil jovens estarão vestindo a camisa da campanha, e serão distribuídas 15 mil ventarolas. Haverá uma homenagem à Virgem de Nazaré na Unama-Campus Alcindo Cacela, em parceria com a Comissão do TRT8.

8 – Círio das Crianças: (16/10/2016): Pelo menos duas mil crianças estarão vestindo a camisa da campanha, e serão distribuídas 10 mil ventarolas, além de dois mil cata-ventos (símbolo da luta contra o trabalho infantil).

 

O Sistema de Monitoramento do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Simpeti) é a nova ferramenta do governo federal para erradicar o trabalho infantil no país. Por meio desse novo trabalho, estados, municípios e o Distrito Federal irão descrever o trabalho desenvolvido na área. O objetivo é acompanhar as ações estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e intensificar as ações para combater esse tipo de crime no país. 

De acordo com a coordenadora-geral de Medidas Socioeducativas e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Anna Rita Scott Kilson, o monitoramento será executado em três níveis. "Os estados registram suas ações e monitoram o que está sendo realizado nos seus municípios, e estes registram a acompanham suas próprias atividades", explica. 

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Todos os estados da federação, o Distrito Federal e os 957 municípios com alta incidência de trabalho infantil, conforme o Censo de 2010, que recebem verbas do governo federal para combater o crime, serão obrigados a preencher o sistema. 

No ano passado, o governo federal repassou cerca de R$ 74 milhões para prefeituras e governos estaduais realizarem os trabalhos. O Simpeti também estará disponível para outros municípios que queiram registrar as ações de enfrentamento ao trabalho infantil. 

Segundo o MDSA, Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, os gestores devem registrar as atividades realizadas conforme os cinco eixos que compõem o redesenho do programa: informação e mobilização, identificação, proteção social, apoio e acompanhamento à defesa e responsabilização e monitoramento. A partir das informações, poderão ser aprimorados diagnósticos, planos de ação e análises da proteção social. 

A capital cearense, Fortaleza, é um dos municípios que registraram o maior número de casos (12,7 mil), no Censo de 2010. 

Por Antonio Henrique 

Agora você também pode conferir no portal LeiaJá o Diálogo Contemporâneo, novo programa de entrevistas produzido pela TV Unama. A cada semana um convidado especial vai falar sobre temas relevantes do mundo do conhecimento.

O Diálogo Contemporâneo é apresentado pelo professor Mário Tito Almeida, diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), da Universidade da Amazônia.

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Na edição de estreia, Mário Tito Almeida recebe a professora e pesquisadora Danila Cal, integrante do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Unama.

Danila Cal lançou neste ano o livro “Comunicação e Trabalho Infantil Doméstico: política, poder, resistências”, fruto de tese de doutorado que recebeu o prêmio Compós de Teses e Dissertações Eduardo Peñuela, da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.   

Confira abaixo a entrevista completa:

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Nas casas de classe média e alta, o trabalho doméstico é realizado quase que exclusivamente por mulheres. Essa é a ocupação de 5,9 milhões de brasileiras, o equivalente a 14% do total das ocupadas no Brasil. Mas a discussão sobre a realidade vivida por elas no âmbito privado ainda é restrita, ainda mais quando envolve o trabalho infantil doméstico.

A questão foi discutida na quarta-feira (17), no auditório David Mufarrej, da Universidade da Amazônia (Unama), no lançamento do livro “Comunicação e Trabalho Infantil Doméstico: política, poder, resistências”, fruto da tese de doutorado da professora Danila Cal na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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O trabalho, adaptado para publicação pela Editora da UFBA, recebeu o prêmio Compós de Teses e Dissertações Eduardo Peñuela, da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. A pesquisa foi baseada na análise da repercussão do trabalho infantil doméstico na mídia paraense e em estudo de grupos focais com atoras envolvidas na questão.

Estudantes e professores se reuniram para prestigiar o lançamento do livro e participar de mesa-redonda que debateu o trabalho doméstico infantil. “É muito emocionante. Eu nunca esperei que fosse escrever um livro e ainda mais esse livro ser premiado, e que eu ia ter a oportunidade de não só divulgar o conhecimento que eu adquiri estudando, fazendo o mestrado, doutorado, mas também dar voz para um grupo tão especial de meninas e mulheres que são as envolvidas com o trabalho doméstico”, disse Danila Cal.

“Tenho muito orgulho disso. De, no meio do meu trabalho, da pesquisa que eu realizei, dar voz a esses sujeitos sem voz. Sem voz não porque não têm o que dizer, mas por conta do pouco espaço que é destinado a eles na cena pública”, disse a professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Unama.

Aprendizado - Muitos alunos compareceram ao evento. Para a professora, é importante que eles participem de momentos como esse. “Eu acho que os alunos têm muito a ganhar com esse momento porque eles podem ver como a pesquisa científica é algo prazeroso, algo que pode dar retorno não somente na academia, não só para pensar teorias como também para pensar realidades e formas de combater injustiças”, explicou.

Além dos alunos da graduação, orientandos da professora participaram do evento, como a mestranda Amanda Luna. “A Danila é uma professora muito dedicada, o trabalho dela é muito comprometido. Ela não está escrevendo para a academia, está escrevendo para as pessoas, para que o trabalho tenha um alcance maior, saia daqui e que seja um legado, que fique como uma história a ser pensada, para a gente começar a ver de forma diferente”, disse. 

Com informações de Mirelly Pires e Julyanne Forte.

Durante as festividades do São João, a Prefeitura de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, irá promover uma campanha contra o trabalho infantil. Através da Secretaria de Assistência Social, foi instalado pelo terceiro ano o Projeto Atenção Redobrada junto Espaço Novo Tempo que visa realizar o combate ao trabalho infantil durante o período de festas na cidade. 

Para isso, as crianças precisarão passar por um cadastro junto aos pais com a finalidade de que, em vez de acompanharem os seus responsáveis no comércio da cidade voltado aos festejos, elas estejam em um ambiente de proteção. Esses menores ficarão em um espaço na própria secretaria, localizado na Praça da Bandeira, um dos principais polos de festa.

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O intuito é que as crianças realizem atividades enquanto os pais estão trabalhando. 

 

 

Cerca de 77 mil crianças e adolescentes trabalham no Pará, informou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) no lançamento da campanha nacional “Não ao trabalho infantil na cadeia produtiva”, no dia 7, no auditório do Fórum Cível de Belém. O evento, com a presença de vários especialistas, abriu caminho para as discussões sobre o tema, que culminarão no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, neste domingo (12).

O Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho do Adolescente (FPETIPA) decidiu, neste ano, tratar do tema enfatizando a cadeia produtiva do açaí, informou a auditora fiscal do Trabalho Aline Calandrini.

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Segundo Calandrini, para auxiliar na renda doméstica, crianças começam a trabalhar na extração do açaí e falam às aulas, prejudicadas pela rotina estafante. “Em 2015, foram realizadas 367 ações fiscais no Pará, nas quais foram afastados 152 crianças e adolescentes”, informou a auditora.

Calandrini diz que a campanha quer mostrar as cadeias produtivas que utilizam mão de obra infantil, ainda que seja em empreendimentos familiares e informais. “O objetivo é sensibilizar e convocar a sociedade, trabalhadores, empresariado e poder público para que se mobilizem contra essa prática. Ademais, a intenção é chamar atenção para um consumo mais consciente, ou seja, precisamos nos preocupar com a origem dos produtos que consumimos, a fim de dizermos não aos produtos oriundos do trabalho infantil”, afirmou. 

Doméstico - Um dos maiores problemas enfrentados no Estado é a visão sobre o trabalho infantil doméstico. Pensa-se, muitas vezes, que é um caminho natural para a criança pobre, de periferia. Para a doutora em Comunicação Social e professora da Universidade da Amazônia (Unama) Danila Cal, a mídia contribui para que essa modalidade de trabalho ilegal seja considerada “normal”.

O trabalho infantil doméstico precisa de combate, defende a professora, para que as desigualdades estruturais sejam atenuadas.  O processo de conscientização social também é necessário para o enfrentamento do sexismo, incentivando a discussão da distribuição do trabalho dentro das casas, onde muitas vezes as meninas são quase empregadas domésticas. 

Com informações de Mirelly Pires.

O clássico entre Remo e Paysandu que decidiu o finalista da Copa Verde, neste sábado (23), no Mangueirão, teve um destaque especial. Adolescentes alunos da Escola Pública Estadual Marilda Nunes, do bairro do Bengui, participaram do lançamento da Campanha pela Aprendizagem da Justiça do Trabalho da 8ª Região. Antes do jogo e no intervalo, os jovens entraram em campo com os jogadores do Paysandu, também vestidos com a camisa da campanha, as quais foram posteriormente arremessadas aos torcedores. 

Uma grande faixa ficou sendo exibida aos milhares de torcedores presentes: “NÃO ao Trabalho Infantil e SIM à Aprendizagem!” A campanha faz parte do projeto do TRT de combate ao trabalho infantil na região Norte. A coordenação do projeto é da desembargadora do Trabalho Maria Zuíla Dutra, membro da Comissão Nacional e Gestora Regional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, e da juíza Vanilza de Souza Malcher, da 2ª Vara do Trabalho de Belém e gestora Regional Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. A campanha foi criada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A partir disso, cada tribunal regional resolveu fazer a sua. Em Belém, a “Cartão Vermelho para o Trabalho Infantil” começou a ser realizada em agosto de 2014 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª região (TRT), em parceria com o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).

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O trabalho infantil doméstico no Brasil é exercido, em maioria, por meninas negras. Crianças e adolescentes do sexo feminino são 94% das ocupadas no serviço doméstico, enquanto 73% delas são negras. O levantamento foi apresentado nesta quarta-feira (16) pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

Com base em microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a pesquisa concluiu que houve uma redução de 17%, entre 2012 e 2013, do número de trabalhadores domésticos infantojuvenis - algo proibido por lei no País. Apesar disso, em alguns Estados, principalmente das regiões norte e nordeste, houve aumento - no Acre, por exemplo, o número de crianças ocupadas em casas de terceiros mais que dobrou.

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"Apesar de ser realizado no interior dos lares, entendidos pela população como espaços de proteção, o trabalho infantil doméstico se caracteriza por jornadas extensas, intenso esforço físico, isolamento e, muitas vezes, abusos psicológicos e sexuais", alerta a secretária-executiva da FNPETI, Isa Maria Oliveira.

O relatório aponta que essa ocupação "viola direitos de crianças e adolescentes à vida, à saúde, à educação, ao brincar, ao lazer e à profissionalização".

Em 2008, foi publicado um decreto que considera o trabalho infantil doméstico, em função dos motivos elencados por Isa Maria, uma das "piores formas" de trabalho infantil. "O perfil do trabalhador doméstico infantil expressa duas iniquidades: de gênero e de raça", diz a pesquisadora, sobre o fato de ser exercido, em geral, por meninas negras de 16 a 17 anos, que recebem um salário médio de R$ 238 mensais. "As mais jovens sequer são remuneradas".

No trabalho infantil geral - não só o doméstico -, os meninos são maioria (67%), o que revelaria um "padrão cultural" da sociedade brasileira. "Homens sustentam a casa, enquanto mulheres cuidam do lar", critica a secretária.

Segundo o estudo, 80% das crianças e adolescentes que estavam no serviço doméstico em 2013 estavam estudando. O dado pode parecer animador, mas Isa Maria destaca que a taxa de escolarização "não mede a permanência na escola" e que, em geral, quem trabalha tem dificuldades para concluir os ensinos fundamental e médio na idade adequada. "Em função da longa jornada, a criança já chega à escola cansada, o que compromete sua cognição e atrasa seu desenvolvimento", afirma.

Também é comum que crianças e adolescentes no serviço doméstico desenvolvam doenças que vão acompanhá-las até a fase adulta, como tendinites, bursites e problemas de coluna, além de fobias, ansiedade e baixa autoestima.

A meta é eliminar trabalho infantil doméstico até 2020. Em 2013, havia mais de 3,2 milhões de adolescentes de 5 a 17 anos de idade trabalhando no Brasil, número que representa 3,3% de toda a ocupação do País e 7,5% da população nesta faixa etária. No ano seguinte, foram registrados 143 mil novos casos.

No recorte do trabalho infantil doméstico, porém, houve diminuição: eram 213 mil em 2013 (6,7% do total), número 17,6% menor em relação a 2012. A expectativa do FNPETI, "se mantida a tendência de redução ano a ano", é a de eliminar essa forma de trabalho infantil até 2020.

Um dos passos para isso é conscientizar não só as autoridades - e pressionar por mais fiscalização - mas também a população. "Se eu compro produto de alguma criança que está vendendo no farol, eu estou contribuindo com o trabalho infantil. Como cidadã e consumidora, também tenho responsabilidade de reconhecer aquela situação como ilegal", salienta Isa Maria.

Para a pedagoga Viviana Santiago, especialista da Plan International (ONG que apoiou a elaboração do documento), a maioria das pessoas ainda é condescendente com o trabalho infantil doméstico: "Tanto as famílias das crianças quanto as famílias que as empregam percebem o serviço como uma oportunidade: ela 'pelo menos' está trabalhando, 'pelo menos' veio para a cidade, 'pelo menos' vai ter uma vida melhor", critica.

Ela aponta que, no entanto, raramente as crianças que trabalham como empregadas domésticas terão um futuro diferente. "É uma ilusão que se desmente quando vemos que a maioria das domésticas adultas no Brasil está nessa posição desde a infância", diz.

A exploração da mão de obra infantil no país cresceu 4,5% no ano passado em relação a 2013. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a Pnad, em 2013, havia 3,188 milhões de crianças e adolescentes na faixa de 5 a 17 anos de idade trabalhando, e o contingente subiu para 3,331 milhões em 2014. Os meninos representam dois terços desse total.

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Na faixa dos 5 a 13 anos de idade, em que não pode, por lei, haver trabalho, foi registrada a maior expansão: 15,5% para a faixa etária dos 5 aos 9 anos e 8,5%, dos 10 aos 13 anos. O aumento do trabalho entre adolescentes de 14 e 15 anos de idade aumentou 5,6%.

O crescimento foi menor, 2,7%, entre o contingente na faixa de 16  e 17 anos, em que o trabalho é permitido por lei. O IBGE destacou, porém, que embora o aumento tenha sido maior na faixa de 5 a 9 anos, a base é menor. Em números absolutos, o contingente de crianças trabalhando nessa faixa de idade cresceu de 61 mil pessoas para 70 mil.

De acordo com a Pnad, dos 3,3 milhões de pessoas ocupadas no grupo de 5 a 17 anos, 16,6% significavam pessoas na situação de trabalho infantil em todo o país, sendo que nas regiões Norte e Nordeste, essa taxa subiu para 27,5% e 22,4%, respectivamente.

Também o nível de ocupação das pessoas nessa faixa de idade subiu em comparação a 2013, passando de 7,5% para 8,1%. O maior aumento foi observado no Norte (um ponto percentual), enquanto o menor (0,4 ponto percentual) ocorreu no Sudeste.

A III Marcha Pernambuco contra o Trabalho Infantil tomou conta das principais ruas do centro do Recife na tarde desta quinta-feira (8). O objetivo é chamar a atenção para a grave violação de direitos da criança e do adolescente, que atinge mais de 3,5 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados recentemente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE).

O grupo, liderado pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Pernambuco (Fepetipe), se concentrou na Praça Oswaldo Cruz. Eles seguiram pela Avenida Conde da Boa Vista, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel, e planejam encerrar a mobilização na Praça da República.

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Ao término da marcha, uma carta será entregue ao Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, com dados sobre o trabalho infantil no Estado, os quais indicam um aumento significativo de casos de trabalho infantil. Por conta do ato, o trânsito no centro ficou complicado.

Com informações da assessoria

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE), divulgada em 2015, mostraram que a quantidade de trabalho infantil em Pernambuco aumentou em 10,4%. O Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Pernambuco (Fepetipe), no intuito de chamar atenção para a violação dos direitos da criança e do adolescente, realiza a terceira Marcha Pernambuco Contra o Trabalho Infantil. 

O evento será realizado na próxima quinta-feira (8), a partir das 14h, com saída na Praça Oswaldo Cruz, no centro do Recife. A passeata seguirá pela avenida Conde da Boa Vista, rua da Aurora, ponte Princesa Isabel, até o Palácio do Campo das Princesas. Os integrantes da Marcha entregarão ao governador de Pernambuco uma carta com demandas sobre o aumento significativo de atividade ilegal. Segundo o Fepetipe, desde 2005, Pernambuco reduzia o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho. 

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No país como um todo, mais de 146 mil crianças e adolescentes se encontram em situação de trabalho. Cerca de 70 mil estão na faixa etária de 5 a 15 anos, idade proibida pela legislação brasileira. “Ao contextualizar esses números no cenário regional e nacional, percebemos que Pernambuco, de 2012 para 2013, caminhou no sentindo inverso do Nordeste e do Brasil e, ao lado de Rio Grande do Norte e do Maranhão, teve um acréscimo expressivo no número de crianças e adolescentes em situação de trabalho", disse Eudes Fonseca, membro da Comissão Executiva do Fepetipe.

Peru e Brasil começarão em agosto uma campanha na Amazônia para sensibilizar as populações e erradicar o trabalho infantil, anunciou nesta quarta-feira o ministro peruano do Trabalho e Promoção do Emprego, Daniel Maurate.

"O início da campanha será durante o festival Binacional Peru-Brasil, que tem a finalidade de sensibilizar a população da cidade de Iquitos, região Loreto (região norte-peruana), sobre a problemática do trabalho infantil e de promover sua erradicação", informou o ministro Maurate em coletiva de imprensa.

As autoridades peruanas e brasileiras assinaram um Memorando de Entendimento contra o trabalho infantil nas regiões amazônicas de Loreto e Madre de Dios, enquanto o Brasil agirá em suas zonas de fronteira com o Peru.

A imprensa frequentemente denuncia a presença de menores de idade, sobretudo indígenas, em atividades de mineração ilegal de ouro na Amazônia. O anúncio foi feito conjuntamente com o embaixador do Brasil no Peru, Carlos Lazary Teixeira, e a diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para os Países Andinos, Carmen Moreno.

De acordo com dados do governo peruano, no país, uma em cada quatro crianças trabalha, em um total de 1,6 milhão. No Brasil, de acordo com dados oficiais de 2013, o número chega a 3,1 milhões de crianças.

O conflito e a crise humanitária na Síria empurram um número cada vez maior de crianças a trabalhar em condições difíceis, alerta um relatório do Unicef e da ONG Save The Children.

"A crise na Síria reduziu consideravelmente os meios de subsistência das famílias e empobreceu milhões de residências na região, o que levou o trabalho infantil a alcançar níveis críticos", lamenta Roger Hearn, diretor regional da Save The Children.

"As crianças trabalham principalmente para sua subsistência, seja na Síria ou nos países vizinhos, onde se transformaram nos principais atores econômicos", completou.

De acordo com o relatório divulgado em Amã, as crianças na Síria contribuem para a economia familiar em três de cada quatro residências pesquisadas pelo censo. Na Jordânia, "quase metade das crianças refugiadas sírias são o principal sustento de suas famílias".

As crianças mais vulneráveis que trabalham são especialmente aquelas envolvidas na "exploração sexual e atividades ilícitas, incluindo a mendicância organizada e o tráfico de crianças", afirma o documento.

"O trabalho infantil dificulta seu crescimento e seu desenvolvimento", destacou Peter Salama, diretor do Unicef para o Oriente Médio e o Norte da África.

"As crianças trabalham durante longas jornadas por um salário pequeno, geralmente em ambientes extremamente perigosos e insalubres", disse.

No campo de refugiados de Zaatari, norte da Jordânia, 75% das crianças apresentam problemas de saúde relacionados ao trabalho.

Além disso, estas crianças são mais suscetíveis de abandonar a escola, o que significaria uma 'geração perdida'".

O conflito na Síria, que começou há quatro anos, provocou a morte de mais de 230.000 pessoas e o deslocamento de metade da população.

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