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Fiuk finalmente acertou as contas com Toth e Gaia, seus dois cachorros da raça Border Collie. Os animais haviam sido deixados no Projeto Anjinhos da Rua há quase sete meses, antes de o cantor entrar no confinamento do BBB 21, e foram resgatados outra vez no local, que fica em Peruíbe, litoral de São Paulo. O artista compartilhou em sua conta do Instagram um vídeo no último sábado (17), relatando o resgate.

"Agora sim eu estou completo. Gratidão, Projeto Anjinhos da Rua, por terem cuidado tão bem dos meus filhotes junto com a Mayla Tauany! Eles estão ótimos, lindos, saudáveis. Vocês são especiais. Eu sabia que podia contar com vocês", escreveu o rapaz na legenda da publicação.

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Na época em que os cães foram entregues à instituição, o Fiuk foi acusado de abandono, uma vez que a ONG não oferece o serviço de hospedagem. Até Luísa Mell o criticou dizendo que, com isso, ele ocuparia um espaço que deveria ser destinado a um animal de rua.

Foi então que o ex-BBB se defendeu, explicando que o abrigo pertencia a uma amiga e que ele estava com muitos compromissos, mas que, em breve, pegaria de volta os cachorros.

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O médico Drauzio Varella e a TV Globo foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar R$ 150 mil para o pai da criança de 9 anos que foi estuprada e morta pela transexual Suzy de Oliveira, uma das personagens de matéria de Drauzio para o Fantástico no mês de março de 2020.

O autor da ação diz que por conta da reportagem, Suzy recebeu "piedade social", enquanto ele sofreu novo abalo psicológico, tendo que reviver os crimes que aconteceram contra seu filho em 2010 e que levaram à condenação da trans. 

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Segundo o site Metrópoles, na condenação, a juíza Regina de Oliveira Marques entendeu que a reportagem foi negligente ao não ter tido o "discernimento de procurar conhecer os crimes cometidos por seus entrevistados". Para ela, a matéria causou desassossego do pai do garoto e "situação aflitiva com implicação psiquica".

A juíza aponta ainda que o expectador foi "induzido a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais; devendo ser ressaltado que mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados". Por ter sido em primeira instância, a condenação por danos morais ainda cabe recurso.

A Polícia Civil de Goiás prendeu na segunda-feira (3) uma mulher de 28 anos, que não teve a identidade revelada, pelo crime de abandono de incapaz resultado em morte. A autuação aconteceu na Cidade Ocidental, nos limites do Distrito Federal, após a responsável abandonar seus dois filhos, gêmeos de 9 meses, em casa durante a noite e voltar somente na manhã do dia anterior.

Uma das crianças morreu, apesar da tentativa de socorro. As autoridades investigam se o menino foi vítima de maus-tratos, pois o corpo do bebê apresentou lesões.

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A priori, a progenitora tentou convencer os policiais de que o estado de saúde da criança falecida havia sido uma fatalidade. Ela pediu socorro aos policiais após notar que o filho não respirava mais e o gêmeo foi levado até uma unidade hospitalar local, à qual já chegou sem vida. Os agentes notaram contradições no depoimento da mulher e enviaram uma equipe até o local da residência para apurar os fatos e colher depoimentos.

Segundo testemunhas, a mãe saiu de casa por volta das 22h30 do dia anterior e só retornou às 10h30 do dia seguinte, quando já encontrou um dos filhos bastante roxo e sem respirar. No hospital, a médica responsável pelo atendimento solicitou que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), pelas lesões encontradas, que foram consideradas superficiais. A suspeita é de que a morte tenha sido por engasgamento.

A investigação continua para apurar a dinâmica dos fatos. A autora do crime encontra-se à disposição do Poder Judiciário local, após a prisão ter sido efetuada. Ainda de acordo com a Polícia Civil, a mãe já tinha sido denunciada duas vezes ao Conselho Tutelar do município. A primeira, em outubro de 2020, por não registrar os nomes dos filhos. A segunda, em abril deste ano, por condição insalubre na residência e por não alimentar as crianças.

Foi encontrada na manhã dessa quinta-feira (22), uma criança que se encontrava abandonada e em estado precário dentro de uma casa alugada na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Com apenas 4 anos de idade, ele estava sozinho, trancado, sem comida, água e luz. O Conselho Tutelar foi acionado pelos vizinhos por volta das 9h da manhã por terem escutado o choro da criança e as batidas desesperadas na porta.

A criança estava magra e foi encontrada com muita sede, fome, estando morando na casa há pelo menos um mês em um imóvel alugado com o pai e madrasta, que não foram encontrados. A mãe do garoto já faleceu.

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Uma testemunha ouvida pelo Diário do Vale, que não quis se identificar, revelou como estava o imóvel.

”Dentro da casa havia muita sujeira. Não havia nem fogão, alimentos, nada. O Conselho Tutelar teve inclusive, que acionar a Polícia Militar porque a porta estava trancada. Como o imóvel é alugado e os responsáveis pela criança não estavam em casa, não tinha como ninguém entrar. A dona do imóvel esteve presente e, junto à PM, abriu a casa durante a diligência para o resgate da criança, que estava chorando muito”, disse.

Por relatos da vizinhança, os responsáveis são usuários de drogas e essa foi não foi a primeira vez que isso aconteceu. O garoto passa bem, passou por exames de corpo e delito, onde não foi identificado nenhum tipo de violência ou agressão física.

 

Moradores do Córrego do Deodato, no bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, lutam há 13 anos pela construção de uma creche para atender a primeira infância na comunidade. Uma casa, desapropriada pela Prefeitura do Recife em 2010, está abandonada, servindo como ponto de lixo, garagem e propiciando o consumo de drogas. 

A luta pela creche começou em 2008, no último mandato de João Paulo (PT) na Prefeitura do Recife, quando os moradores votaram para que fossem construídas uma escola e uma creche por meio do Orçamento Participativo. Depois de aprovadas as construções, a Escola Alda Romeu recebeu prioridade e foi inaugurada em 2010, no primeiro mandato de João da Costa (PT).

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No entanto, mesmo com a casa - onde a creche deveria ser construída - desapropriada, o projeto não saiu do papel e atualmente o espaço, que fica ao lado da escola, segue sendo degradado pelo tempo e pelas pessoas. Fiação, janelas e tudo o que poderia ter sido levado e vendido não existem mais no local.

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Em 2019, quando o Prefeito Geraldo Júlio (PSB) visitou a comunidade do Alto Santa Terezinha, que fica próxima ao Córrego do Deodato, para inaugurar a Upinha do Alto do Pascoal, integrantes do Coletivo Fala Alto - que estão na luta pela construção da creche - entregaram uma carta ao chefe do Executivo municipal, que se comprometeu em analisar a situação. Nada foi feito.

Na época, o LeiaJá perguntou ao prefeito sobre essa dificuldade enfrentada pelos moradores, mas Geraldo se limitou em responder que a creche Zacarias do Rego Maciel, no Alto Santa Terezinha, estava suprindo as necessidades de vagas para as crianças de até 3 anos. O então prefeito do Recife ainda reforçou: "é natural o pedido por creches, já que no Brasil inteiro existe uma carência muito grande de creches".

Segundo informado pela estudante de Direito e integrante do Coletivo Fala Alto, Carolina Barros, 24 anos, ao menos 600 crianças da comunidade estão sem creche. A falta da creche no Córrego do Deodato ocorre em contraposição à Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional, que no artigo 29 estabelece a necessidade da educação infantil, na primeira etapa da educação básica, que tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, até os cinco anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

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Prefeitura se posicionou

Em resposta ao LeiaJá, a Secretaria de Educação do Recife informou que a prefeitura tem como prioridade a ampliação das vagas nas creches e atualmente 12 unidades de ensino estão em processo de construção e ampliação. 

Destas, cinco são creches, sendo duas em construção e três em ampliação, nos bairros Santo Amaro, Coelhos, Coque e Jordão Alto.

Com relação ao Córrego do Deodato, a Secretaria de Educação informa que está "realizando uma avaliação estrutural do prédio para verificar a possibilidade de recuperação e com previsão de conclusão no final do mês de março. A pasta pontua também que está no seu planejamento a implantação de uma nova creche, que irá contemplar a comunidade do bairro de Água Fria e região".

Entre março e outubro deste ano, o Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI) registrou o aumento de 180,95% em denúncias de abandono de idosos em Pernambuco. Ao todo, foram notificadas 59 queixas, 38 a mais em comparação ao mesmo período de 2019.

O programa vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) percebeu o aumento exponencial e fica responsável por encaminhar os idosos abandonados para Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). As denúncias têm sigilo garantido e podem ser feitas através do telefone (81) 3182-7649, das 9h às 16h, ou pelo e-mail ciappi2016@gmail.com.

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"Não é possível que fechemos os olhos para situações como estas. Todos podem e devem denunciar qualquer tipo de violação contra esse público para que as providências sejam tomadas e os culpados punidos", reforça o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

A SJDH elencou as principais violações aumentaram de março a outubro de 2020. Confira:

1. Abandono

2.  Violência Verbal

3. Violência Patrimonial

4. Ameaça

5. Perturbação do Sossego

6. Cárcere Privado

7. Autonegligência

A Corvia, organização não-governamental (ONG) de Bruxelas, capital da Bélgica, ganhou o direito de instalar caixas de correio para recolher crianças abandonadas. A decisão judicial veio após três anos, tempo que a instituição recorreu aos tribunais para oferecer abrigo aos bebês deixados ao relento após nascidos.

Segundo reportagem da revista colombiana Semana, as caixas são em formato de berço e são equipadas com sistema de aquecimento. De acordo com a publicação, assim que o bebê é deixado no local, um alerta é enviado para que funcionários da ONG o recolham sem ter contato com as mães ou responsáveis biológicos das crianças. Embora o sistema permita que os pais se identifiquem, a iniciativa de deixá-los no anonimato requer que não haja punição judicial aos familiares.

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Para a ONG Corvia, além da vitória na justiça belga representar a possibilidade de amparar as crianças, a instalação das caixas vai contribuir para que índices de abandono nas ruas do país europeu diminuam. Países como Áustria e Estados Unidos têm localidades em que os compartimentos são distribuídos no mesmo formato do recém-aplicado na Bélgica. 

Ter, em casa, a companhia de um animal doméstico pode representar, para muitos, uma forma de espantar a solidão que afeta boa parte da população em meio à pandemia e ao isolamento social dela decorrente. Essa tendência tem sido percebida nos últimos meses, segundo especialistas consultados pela Agência Brasil.

A adoção de um pet, no entanto, requer alguns cuidados. Principalmente para evitar uma outra tendência também percebida desde a chegada da covid-19: o aumento do número de animais abandonados – algo que poderia ser evitado caso a pessoa tivesse consciência das responsabilidades que existem por trás da adoção de um animal doméstico.

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A influência da pandemia na relação das pessoas com seus pets foi percebida pelo Centro de Zoonoses do Distrito Federal, segundo o gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Rodrigo Menna Barreto. De acordo com o médico veterinário, entre janeiro e setembro de 2020 o número de adoções de animais registrados pela Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) foi maior do que o dobro do registrado em todo o ano anterior, quando a pandemia não havia ainda chegado ao país.

“Observamos que aumentou o número de pessoas que adotaram cães e gatos,  341 no período de janeiro a setembro de 2020 em relação a 168 animais doados em todo o ano de 2019”, disse referindo-se ao trabalho de doação que é feito em parceria com ONGs, Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e voluntárias da zoonoses do DF.

Menna Barreto acrescenta que, em 2019, 669 cães e gatos passaram por observação no canil da Gvaz. “Só no período de janeiro a setembro de 2020, já observamos 660 animais, número que aumentará pois ainda faltam três meses para o fim do ano”, disse ao ressaltar que a Gvaz não recolhe animais com proprietários, a não ser que haja alguma suspeita de que ele seja portador de alguma doença como raiva ou leishmaniose, de forma a oferecer risco à saúde pública. A Gvaz pode atuar também em casos onde, comprovadamente, os animais tenham agredido alguém.

O gerente do Centro de Zoonoses explica que muitas das aquisições, recolhimento e adoções de cães e gatos ocorrem por impulso, comoção ou até mesmo modismo. “Alguns dos que adotaram para companhia no período de isolamento acabaram chegando à conclusão que não querem pets, após perceberem que esses animais precisam de atenção, carinho e cuidados veterinários, o que gera um custo às vezes inviável para quem tem orçamento apertado. Diante dessa situação, muitos acabam optando por abandonar o animal”, disse.

Lado bom e lado ruim

Médica veterinária especializada em felinos e cirurgia, Natássia Miranda identificou mudanças “tanto para o lado bom como ruim” na relação das pessoas com seus pets após a pandemia ter chegado ao país. “Animais que viviam muito sozinhos, principalmente os cães, se mostraram muito mais felizes com a presença dos donos em situação de teletrabalho. Afinal, cães vivem em matilhas e se sentem melhores com companhia”, explica.

“Porém, alguns gatos se mostraram nitidamente incomodados devido à mudança na sua rotina. E, se tem uma coisa que o gato não gosta, é de mudança na rotina. Isso acaba influenciando na alimentação, ingestão hídrica e até mesmo na eliminação de urina e fezes, trazendo problemas importantes de saúde”, acrescentou.

Na avaliação de Natássia, o aumento no número de animais abandonados é explicado, em parte, pelos problemas econômicos pelos quais o país vem passando, acentuados com a chegada da covid-19. “Com a pandemia, aumentou o problema de desemprego e muitas pessoas tiveram dificuldade financeira para manter seus animais e, infelizmente, optaram pelo abandono. Tivemos vários casos de animais largados no meio da rua ainda com coleira no pescoço; gatas recém paridas com os filhotes abandonados em parada de ônibus; cão amarrado em poste com casinha e potes de água e comida ao lado”.

Cães de rua

Atuando há 3 anos com resgate, acolhimento, tratamento, castração e encaminhamento de cães de rua a famílias em condições de adotar um animal doméstico, a ONG Toca Segura acompanha de perto esses animais em suas novas vidas, com novas famílias, de forma a evitar que corram riscos de serem maltratados ou abandonados.

De acordo com a relações públicas da ONG, a advogada Danielle Mansur, muitas pessoas têm usado a pandemia como desculpa para abandonar seus pets quando, na verdade, a motivação para essa “atitude criminosa” é apenas a constatação posterior de que ter um animal doméstico é algo que dá trabalho e requer muita atenção.

“O que temos visto é que a solidão ficou mais aflorada. E nesse cenário de pandemia, a companhia de um pet ameniza a dor e a solidão do isolamento social. Vimos que quem já tinha um pet buscou o segundo. Ou seja, quem já tinha uma boa relação com os animais passou a valorizar ainda mais esse tipo de companhia, evidenciando ainda mais o amor que sente por animais”, disse.

“Mas houve também aumento no número de abandonos, uma vez que é grande o número de filhotes encontrados sem mãe. Particularmente, acho que a pessoa que abandona já tinha essa intenção, e usou a pandemia ou o desemprego dela decorrente apenas como desculpa”, acrescentou.

Adoção

Para garantir que o trabalho da Toca Segura seja, de fato, positivo, e resulte em uma “adoção bacana para os animais”, a ONG só conclui o processo de adoção após entrevistas e visitas – inclusive surpresas – aos candidatos a papais e mamães de pets.

“Nosso projeto de vida é fazer com que as pessoas entendam as consequências de suas ações com relação aos pets, para que tenham responsabilidade com os animais e para que reflitam sobre a presença deles em suas vidas”, explica Danielle Mansur.

“Queremos que [os pretendentes à adoção de um animal doméstico] entendam que cachorro não é remédio para depressão nem para pé na bunda ou coração partido. Cachorro também não é remédio para criança malcriada. Quando você traz um cão para a sua vida, não é para curar as suas próprias feridas, mas para oferecer a ele mais do que ele oferece a você. Se você está com problemas psicológicos, busque ajuda profissional. Não um animal de estimação”, argumenta a relações públicas da ONG.

Recomendações

Entre as recomendações de Menna Barreto àqueles que pretendem adotar um animal de estimação está a de, antes, amadurecer bem a ideia e levar em consideração o fato de que terá uma companhia pelos próximos 10 anos. “É um planejamento a longo prazo e uma responsabilidade muito grande com um animal que, assim como as pessoas, necessita de cuidados especiais nos primeiros meses de vida; de visitas regulares ao médico veterinário; de vacinas e vermífugos, entre outras coisas”.

A médica veterinária Natássia Miranda ressalta que “criar um animal não se baseia apenas em ter amor”, referindo-se aos riscos que enxergar o animal apenas como uma fonte de afeto podem implicar. “Há que se levar em consideração o fato de que essa decisão abrange questões que vão muito além de tudo isso”.

“Eles precisam de cuidados tanto quanto precisam de amor. Uma alimentação adequada é muito importante, uma vez que restos de comida podem prejudicar os animais com o tempo, pela falta de nutrientes necessários e desbalanceamento nutricional. Além disso, filhotes tendem a estragar coisas em casa; a fazer xixi e cocô em local inapropriado. É preciso ter paciência e ensinar a forma correta as coisas a eles. E, para isso, não há a menor necessidade de bater ou praticar maus tratos”, disse.

Solidão

Ator e professor de literatura, André Aires, 36, procurou, na adoção de um novo cachorro, ajuda para lidar com o vazio causado pela morte de Ralph, um cão da raça cocker que morreu em julho deste ano, aos 15 anos.

“O motivo da adoção não era, a princípio, a solidão que eu sentia [por conta da perda de um animal querido]. Mas a coisa toda acabou se configurando nesse sentido porque havíamos perdido um cão muito amado, que deixou um buraco enorme na nossa casa e na nossa rotina. Acabou sim deixando uma solidão enorme que, em tempos de pandemia, ficou ainda mais forte”, disse.

No caso de Aires e de Romeu – nome dado ao vira-lata recém-adquirido – as duas partes têm sido beneficiadas, e o amor recíproco está cada vez mais evidente. “Romeu deu outra luz para a casa. Trouxe humor e energia, em meio às bagunças e aos tênis, meias e plantas mastigadas”, disse o ator que tinha até mudado os móveis de lugar em sua casa, na tentativa de diminuir a tristeza decorrente do luto pela morte do cãozinho Ralph.

A adoção de Romeu contou com a ajuda da equipe do Toca Segura. Mas, para conseguir o “novo amigo”, Aires teve de responder um questionário e de enviar um vídeo de sua casa, para que a ONG o autorizasse a adotar Romeu. “Tive inclusive, a pedido deles, de adaptar a sacada da minha varanda, de forma a evitar riscos de queda para o animal”.

Dois meses após a morte do Ralph, chegou Romeu, “um vira-lata de quatro meses que havia sido resgatado depois de ser atropelado e abandonado para sangrar até a morte”, lembra Aires. Devido ao acidente, Romeu perdeu parte de uma pata.

“Mas nós o salvamos e temos o privilégio de acompanhar seu desenvolvimento após a adoção. Ele é agora um cachorro feliz e alegre. Basta vê-lo nas fotos. Nossa rotina agora é a de cuidar dele e de esperar a pandemia passar”, disse o ator e professor que, após acompanhar o trabalho desenvolvido pela ONG, se diz uma pessoa mais sensibilizada sobre a situação dos cachorros de rua.

Lei para maus-tratos

A fim de combater o mau trato a cães e gatos, o governo federal sancionou, no final de setembro, a lei que prevê, inclusive, prisão de dois a cinco anos, além de multa e proibição da guarda, àqueles que cometerem tal prática. Até então, a pena era apenas a detenção de três meses a um ano, além de multa.

Na avaliação da advogada Danielle Mansur, “essa lei encheu os protetores de muita ilusão, de que haverá prisão para maus-tratos, quando, na execução, a gente sabe que a coisa não é bem assim”, disse.

“Não sei se essa lei corrigirá comportamentos que na verdade são psicopáticos. Mas acho que ela servirá para fazer muitas pessoas pensarem duas vezes antes de maltratar, abandonar ou torturar um animal de estimação. Será um apoio a mais para nós protetores que tão pouco apoio temos de órgãos públicos ou da sociedade. Assim sendo, qualquer migalha que nos é dada pode ser celebrada”, acrescentou.

Segundo Natássia Miranda, a sanção da lei “foi um dos melhores acontecimentos do ano”. “Antes, a pessoa que maltratava um animal ia apenas na delegacia assinar um papel e era liberada. Hoje, estamos vendo a justiça sendo feita, com os infratores sendo, realmente, presos. Infelizmente, essa lei só abrange cães e gatos. Mas já é um grande avanço para minimizar a quantidade exagerada de casos que vemos diariamente. É uma vitória no âmbito da proteção animal”, comemora a médica veterinária.

Menna Barreto acrescenta que é muito importante a divulgação dessa nova lei, para que as pessoas tomem conhecimento, de forma a dar melhores condições ao poder público para fazer com que os transgressores sejam devidamente penalizados.

“Com certeza ela deve diminuir essa prática criminosa. Sabemos que é um tema complexo que deve envolver, além de animais domésticos, animais silvestres e animais de tração, bem como os animais utilizados na alimentação humana. Entendemos que esses animais estão ligados direta ou indiretamente ao cotidiano das pessoas e, como seres vivos, merecem respeito em vida nas suas mais variadas funções que prestam ao ser humano. Seja como companhia, seja para o trabalho, ou mesmo para a alimentação”, complementa o gerente de Vigilância Ambiental.

O Brasil tem 30.967 crianças acolhidas em unidades como abrigos e 5.154 aptas para serem adotadas. Os dados são do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça.

Amanhã (12) é comemorado o Dia da Criança, data em que são destacados temas relacionados a essa faixa etária. Meninos e meninas em acolhimento se encontram em condição delicada. Essa medida é aplicada pela Justiça quando há situações de abandono, maus-tratos, negligência ou risco.

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Contudo, esse apoio é temporário e tem o prazo máximo de 18 meses. A criança pode ter a solução da situação com reintegração familiar ou a adoção. Há 4.533 unidades de acolhimento no Brasil.

Números

Do total de meninos e meninas acolhidos, 7.997 possuem 0 a 6 anos. A maioria dos abrigados é de adolescentes: são 5.886 com 12 a 15 anos e 8.634 com mais de 15 anos. A distribuição por gênero é similar, com 50,7% de meninos e 49,3% de meninas.

Conforme o painel de informações do SNA, a lista dos estados com mais crianças aptas para adoção começa por São Paulo (1.075), seguida de Minas Gerais (677), Rio Grande do Sul (648), Paraná (519) e Rio de Janeiro (493).  Ainda de acordo com o sistema do CNJ, há 3.702 crianças em processo de adoção e 36.155 pretendentes disponíveis. 

Processo de adoção

Em fevereiro, a Agência Brasil publicou uma matéria explicativa mostrando como são os procedimentos para adoção no Brasil. Há uma série de requisitos estabelecidos pela legislação para que pessoas e ou casais se candidatem ao processo.

O primeiro passo para quem quer adotar é procurar a Vara de Infância e Juventude (VIJ) da sua região. Lá, a pessoa obterá informações específicas sobre o processo e receberá uma lista de documentos pessoais a serem apresentados – como cópia do CPF, identidade, certidão de casamento ou união estável (se for o caso) – comprovante de residência, comprovante de bons antecedentes criminais e atestado de saúde física e mental.

Após protocolar a inscrição, a pessoa – ou casal – deve participar de um curso de preparação psicossocial e jurídica voltada para adoção. Nesse curso, os candidatos a adotantes adquirem uma noção mais ampla da importância da preparação emocional de toda a família e de todas as mudanças que virão com a chegada de um novo integrante.

Susana Somali e sua equipe cortaram as cordas e libertaram dezenas de cães que foram vendidos ou abandonados durante a pandemia em Jacarta, capital da Indonésia, e que acabariam em um açougue.

Esta médica indonésia criou um grande abrigo em Jacarta, onde vivem cerca de 1.400 cães. Os cães são vítimas dos problemas econômicos de seus donos, muitos dos quais foram forçados a abandoná-los ou vendê-los por sua carne, apreciada pela população deste país do Sudeste Asiático.

Susana Somali e sua equipe andam pelas ruas em busca de cães de rua e, assim que são informados de que uma entrega ocorrerá em algum açougue, correm em socorro dos animais.

A médica, que trabalha durante o dia em um laboratório hospitalar onde são analisados os testes de Covid-19, abriu seu refúgio em um bairro rico da capital indonésia há uma década.

Naquela época, salvava um ou dois cães toda semana de cair em um açougue. Mas, nos últimos tempos, essa proporção aumentou para mais de 20 cães por semana.

Susana Somali, de 55 anos, mãe de dois filhos, muitas vezes tem que negociar com os açougueiros e oferecer-lhes dinheiro ou carne de outros animais para libertar os cães.

"A verdadeira batalha não é salvá-los do açougue, mesmo que isso seja arriscado. O desafio é cuidar desses cães durante a pandemia", enfatiza.

Susana Somali e sua equipe de trinta pessoas do Abrigo de Animais Pejaten têm dificuldades em arcar com os custos de cuidar de tantos animais, enquanto as doações são escassas.

O abrigo precisa de cerca de US $ 29.000 por mês, contando os salários dos funcionários e meia tonelada de carne por dia para alimentar os cães.

No complexo de 54.000 metros quadrados, coexistem cães de várias raças, de huskies a pit bulls a pastores alemães.

Somali abriu o abrigo em 2009. Ela decidiu salvar os cães depois de ver o vídeo de uma cadela grávida que seria sacrificada.

"Alguém postou as imagens da cachorrinha chorando nas redes sociais e meus olhos ficaram embaçados", lembra.

"Naquele momento, percebi o que os açougueiros estavam fazendo".

Neste mês, a médica e sua equipe salvaram várias dezenas de filhotes destinados a um restaurante coreano, mas nem sempre chegam a tempo.

As associações de proteção animal estimam que cerca de um milhão de cães são mortos a cada ano na Indonésia. Somente na capital Jacarta, existem pelo menos uma centena de restaurantes que servem essa carne, segundo dados oficiais.

Cão é uma especialidade culinária valorizada principalmente por minorias não muçulmanas.

Os muçulmanos, que representam 90% da população, quase nunca têm cães como animais de estimação, porque esse animal é considerado impuro pelo Islã.

Para Ria Rosalina, uma muçulmana que trabalha no abrigo, nem sempre é fácil explicar por que ela se dedica ao resgate de cães.

"Muitas pessoas me perguntam por que eu cuido de cães se eu uso hijab", diz. "Mas eu digo que os cães foram criados por Deus, como os seres humanos".

Os traficantes de carne também representam um problema crescente em outras regiões do arquipélago.

"Os animais agora estão mais ameaçados. Pessoas de baixa renda podem ser tentadas a vender seus animais de estimação", diz Katherine Polak, veterinária da Four Paws Association.

Há vários anos, ativistas pedem ao governo que proíba a venda de carne de cachorro.

"Acabar com a comercialização de carne de cachorro seria um sonho, mas tudo começa com um sonho", diz Susana Somali, que se declara determinada a "continuar lutando".

Izzy estava tão fraca que mal conseguia ficar em pé quando foi encontrada junto a outros cachorros em um terreno no Catar, um país rico do Golfo onde muitos animais domésticos foram abandonados em meio à crise do coronavírus.

Nascida de um cruzamento entre várias raças, estava quase morrendo antes de ser adotada por uma família que vive na Alemanha.

No entanto, muitos outros animais de estimação tiveram menos sorte. Com a desaceleração econômica causada pela pandemia, muitas famílias expatriadas deixaram o país, abandonando seus animais.

"Tivemos uma onda de pedidos de ajuda. Já recebemos alguns", confirma à AFP Alison Caldwell, co-fundadora do abrigo para animais Paws (patas em inglês), que salvou Izzy.

Os animais de rua estão expostos a muitos perigos, os quais no Catar se somam às altas temperaturas de verão que chegam aos 50 graus.

Nos primeiros dias da epidemia, a Paws testemunhou um aumento do número de abandonos, porque algumas famílias temiam que seus animais fossem um foco de infecção. Outros ficaram sozinhos quando seus donos adoeceram.

Desde março, o vírus deixou 113 mortes no Catar dos 95.000 casos registrados. O país possui 2,75 milhões de habitantes.

"Já tivemos um pequeno fluxo, mas não há nada que possamos realmente fazer", lamenta Alison Caldwell. A Paws estima que existem dezenas de milhares de animais de rua no Catar.

- "Amigos de voo" -

Izzy foi adotada em abril por uma família alemã que leu sua história na página da Paws no Facebook. Mas com a súbita suspensão do tráfego aéreo, imposta para conter a propagação do coronavírus, os cachorros adotados no exterior permanecem bloqueados no Catar.

De sua casa próximo a Bremen, norte da Alemanha, Christina Fuehrer diz que aguarda a retomada dos voos para que Izzy possa chegar.

Enquanto isso, a cadela vive temporariamente com uma família de acolhida.

Paws usa "amigos de voo", passageiros voluntários que transportam um animal como complemento de bagagem, para levá-lo até a família adotiva.

A Paws foi fundada em 2014 por dois expatriados britânicos diante da grande quantidade de animais abandonados e de rua no Catar, um país rico em petróleo onde vivem muitos estrangeiros.

É financiada com doações e conta com um serviço de acomodação temporária para animais de estimação.

A crueldade animal é um grande problema no Catar, segundo Hester Drewry, co-diretora da Paws, devido à falta de educação e ao fluxo incessante de expatriados que geralmente moram no país por curtos períodos de tempo.

Após 30 dias de uma processo de investigação com 452 fases e 21 pessoas ouvidas, foi concluído o inquérito de investigação do caso do garoto Miguel Otávio, de cinco anos, morto após cair do nono andar do edifício Píer Maurício de Nassau, no centro do Recife, e ser deixado sozinho no elevador por Sari Côrte Real, patroa de sua mãe, a doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, que passeava com o cachorro da empregadora. O delegado Ramon Teixeira, que acompanha o caso, anunciou que Sari será indiciada por abandono de incapaz.

“Entendemos, de forma fundamentada nos autos, ser perfeitamente capaz o cometimento de um crime de abandono por uma conduta omissiva. O fechamento da porta do elevador [Sari retira braço e permite que o equipamento se feche] foi acachapante para a produção do resultado”, explica Teixeira. O delegado também frisou a previsibilidade do resultado morte. “60% das unidades condensadoras apresentavam tela de proteção, outras 40% não. Uma pequena maioria dos moradores enxergou os riscos da área. Não é difícil prever que, dentre incontáveis áreas sem redes, com escadarias, lajes técnicas desprotegidas, piscina, diversas seriam as formas de se alcançar o resultado morte indesejado, mas previsível”, completa.

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Através de uma animação, a perícia explica o caminho feito por Miguel. O garoto desce do elevador no nono andar, abre a porta corta-fogo, caminha pelo corredor, até encontrar uma janela à sua esquerda, que pula. Com isso, se vê em uma pequena área destrita de condensadores de ar diante de um gradil com função estética, no qual sobe e pula. “Dois funcionários confirmaram que ouviram por duas vezes gritos de criança pela mãe, de chamamento. Difícil estabelecer com precisão o que aconteceu, mas é perfeitamente possível que a criança tivesse visto a mãe com o cachorro da moradora na pista do edifício e inferir que o motivo pelo qual a criança chamou a mãe é diretamente decorrente do fato de ter sido abandonada”, coloca o delegado.

Embora a porta corta-fogo estivesse com as trancas quebradas e não houvesse tela de proteção no recinto adentrado por Miguel, o edifício e sua administração não serão responsabilizados. “Teriam levado ao mesmo resultado. O laudo deixou claro que não havia sido o sistema de travamento que teria impedido a criança de escalar [o gradil] e isso também reforça a previsibilidade”, completa Teixeira.

Segundo o perito do Instituto de Criminalística André Amaral, a morte de Miguel tratou-se de um evento de natureza acidental. “Era inviável a presença de outra pessoa no local. Houve desequilíbrio e precipitação da criança”, comentou.

O crime de abandono de incapaz está previsto no artigo 133 do código penal, “abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono”. Caso a conduta resulte em morte, a pena é de detenção, entre quatro e 12 anos.

Após receber um relato de choro vindo de dentro de um bueiro, policiais militares resgataram neste sábado, 29, uma bebê no esgoto de São Paulo.

A criança teve os sinais vitais checados pelos oficiais da 2ª Companhia do 9º Batalhão da Polícia Militar e depois foi levada para o Hospital Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulistana. Os profissionais do pronto-socorro infantil avaliaram que a bebê tem cerca de 20 dias de vida.

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Segundo publicação da PM de São Paulo no Facebook, os policiais Izidoro, Rafael, Vernini e Alessandro tiveram a "certeza de estar tudo bem com a criança" e ficaram "felizes por tê-la salvado".

"Sua denúncia salva: ao ouvirem o choro, policiais militares abriram a tampa do bueiro e encontraram um bebê de 20 dias abandonado em meio à sujeira", escreveu o órgão de segurança em seu perfil na rede social.

Depois de invadir o campo durante uma partida do Campeonato Mexicano 2020, a cachorra Tunita acabou sendo adotada pelo Atlético San Luís. Antes de transformar a cadela em mascote, o San Luís afirma que procurou nas redes sociais pelo tutor da vira-lata. 

Sem sucesso e depois de vencer por 2 a 1 o Cruz Azul, o Atlético optou ficar com a Tunita, que hoje é símbolo do clube e até participa de campanhas do time na internet.  Com a adoção feita pelo time, a cachorra tem sido usada para incentivar os torcedores a também adotarem animais abandonados. 

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O advogado Paulo Klein, que representava Fabrício Queiroz, deixou o caso na quinta-feira (19), um dia depois do ex-assessor parlamentar ser alvo de buscas e apreensões no inquérito que apura suposto esquema de "rachadinhas" no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ele alegou "questões de foro íntimo" para abandonar a causa.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Klein repetiu o motivo da saída, mas não quis dar detalhes.

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O advogado assumiu a defesa da família Queiroz no dia 18 de dezembro do ano passado, 12 dias após a revelação da investigação pela reportagem.

Mais cedo, Klein afirmou que o Ministério Público "distorce" os repasses de R$ 2 milhões registrados na conta de Queiroz.

Segundo a Promotoria, o ex-assessor teria recebido R$ 2.062.360,52 por meio de 483 depósitos feitos por assessores subordinados ou indicados por Flávio Bolsonaro.

"Se contextualizarmos os fatos, os referidos valores foram recebidos ao longo de 10 anos, repita-se, 10 anos, sendo que na sua quase totalidade fruto dos rendimentos da própria família que, como dito, centralizava seus pagamentos na conta do sr. Fabrício", diz a nota enviada pela manhã pelo advogado.

Queiroz foi um dos alvos de operação de busca e apreensão decretada pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau no inquérito. Segundo a Promotoria, Queiroz recebia parcelas do salário de servidores indicados pelo deputado por meio de depósitos bancários. Em seguida, realizava saques para repassar os valores.

A família Queiroz integra o grupo de 12 servidores que teria recebido cerca de R$ 6,1 milhões da Assembleia Legislativa do Rio e repassado ao menos R$ 1,8 milhões para a conta do ex-assessor de Flávio e sacado cerca de R$ 2,9 milhões em espécie para entrega em mãos, apontou o Ministério Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Donald Trump abandonou nessa quarta-feira (4) a cúpula da Otan, em Londres. A decisão foi tomada abruptamente, após a divulgação de um vídeo, na noite anterior, que mostra alguns líderes da aliança atlântica rindo do presidente americano. O desfecho melancólico da reunião, que marca os 70 anos da Otan e deveria discutir o avanço da China e o terrorismo global, mostra o desarranjo da aliança atlântica e como Trump é encarado com desdém nos bastidores.

"Quando as reuniões terminarem, voltarei para Washington. Não realizaremos uma conferência de imprensa no encerramento da (cúpula da) Otan, porque fizemos muitas nos últimos dois dias. Boa viagem a todos", tuitou ontem o presidente americano, que antes de embarcar publicou um vídeo com imagens de sua passagem por Londres e uma mensagem de despedida: "Obrigado, Otan".

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O clima de hostilidade na cúpula era palpável já na abertura, na terça-feira, quando Trump trocou farpas com o presidente francês, Emmanuel Macron. Na ocasião, Trump disse que a declaração de Macron sobre a "morte cerebral" da Otan, feita em entrevista à revista The Economist, em novembro, era "insultante". Diante de jornalistas, e frente a frente com o americano, Macron manteve o que disse.

Vídeo

Na mesma noite, o ambiente ficou ainda mais pesado com o vídeo dos líderes da Otan aparentemente ridicularizando o presidente americano. As imagens foram feitas durante um jantar oferecido pela rainha Elizabeth, no Palácio de Buckingham, e foram divulgadas pela TV estatal canadense CBC.

No vídeo, o premiê canadense, Justin Trudeau, reclama do comportamento de Trump, que no primeiro dia da cúpula falou com a imprensa por cerca de duas horas, dando longas entrevistas ao lado de Trudeau, de Macron e do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

O premiê britânico, Boris Johnson, pergunta a Trudeau: "É por isso que ele se atrasou?" E o canadense responde: "Ele estava atrasado porque dá entrevistas coletivas de 40 minutos", disse Trudeau para o grupo que incluía, além de Macron e Johnson, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, e a princesa Anne.

No vídeo, Johnson e Macron riem e participam animadamente da conversa, apesar de não ser possível entender o que falam. Os líderes pareciam não perceber que estavam sendo filmados e o nome de Trump não é citado em nenhum momento.

Em resposta, além de cancelar a entrevista coletiva final e voltar para casa, Trump chamou Trudeau de "duas caras" e sugeriu ainda que o canadense estava irritado por ter recebido um puxão de orelha dos Estados Unidos para que aumentasse seus gastos com defesa, que hoje estão abaixo de 2% do PIB, meta acertada pelos países da Otan.

"Ele (Trudeau) é um cara legal, mas a verdade é que eu o cobrei pelo fato de que o Canadá não está contribuindo com os 2% (do PIB para a Otan) e ele não está muito feliz com isso", disse Trump.

Após a repercussão das imagens, Trudeau tentou amenizar a situação, afirmando que ele e Trump seguem mantendo uma "ótima relação".

"Tivemos uma boa reunião de trabalho ontem (terça-feira). Eu apenas fiz referência (no vídeo) ao fato de ter havido uma entrevista coletiva que não estava programada antes de meu encontro com ele", afirmou o premiê canadense. Questionado, Johnson fingiu que não sabia o que era o vídeo. "Não sei do que se trata", afirmou o britânico.

As divergências entre Trump e os líderes da Otan se refletiram na declaração final emitida ontem, quando os chefes de Estado e de governo optaram por um texto comedido e muitas vezes ambíguo. Sobre a ascensão da China, que pela primeira vez constou de uma declaração da aliança atlântica, os 29 países disseram que ela representa desafios, mas também oportunidades.

Alvo

Não foi a primeira vez que Trump foi alvo de piadas em público. No ano passado, em seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, os diplomatas deram risada do discurso hiperbólico do presidente americano. "Em menos de dois anos, meu governo conquistou mais do que qualquer governo na história deste país", disse Trump. Diante das gargalhadas, ele respondeu surpreso: "Não esperava esta reação, mas tudo bem."

Também não é a primeira vez que Trump se desentende com Trudeau. No ano passado, o presidente americano retirou o apoio dos EUA a uma declaração do G-7 preparada para a cúpula em Charlevoix, em Quebec, Canadá.

"Com base nas falsas declarações de Justin, em sua entrevista coletiva, e no fato de que o Canadá cobra tarifas enormes de nossos agricultores, trabalhadores e empresas, ordenei a nossos representantes não apoiarem o comunicado", tuitou Trump, que já estava dentro do avião presidencial.

A falta de sintonia entre Trump e os principais líderes da Europa tem um novo capítulo marcado para agosto do ano que vem. Os Estados Unidos serão anfitriões da próxima cúpula do G-7, que está marcada para Camp David, casa de campo da presidência americana.

Inicialmente, Trump havia ordenado que o evento ocorresse em um de seus resorts na Flórida, o clube de golfe Doral, mas concordou em mudar o local depois das críticas de que ele estaria usando o cargo de presidente para obter lucro pessoal. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No próximo sábado (23) completa 8 meses que o Edifício Holiday, localizado no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi totalmente desocupado. A determinação para a saída dos moradores do prédio tornou o espaço propício para o consumo e repasse de drogas. Além disso, os criminosos estão levando fios de cobre e tudo o que encontram que pode ser revendido com facilidade. A sensação de quem vive ao redor é de pouca esperança do retorno da 'onipresença' do Holiday. Rufino Neto, síndico do local, é quem está colocando o peito à prova na tentativa de não permitir a proliferação do crime no local. "Esse lugar tem donos", afirma.

Foram quase sete meses que Rufino acampou dentro do seu carro em frente ao edifício que proporcionou para ele acomodação durante 13 anos. O síndico revela que até mordidas já levou de criminosos que tentaram derrubar os tapumes que cercam o prédio para "fazer baderna".  

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“Eu estou presente aqui todos os dias, sempre fazendo rondas com moradores que me apoiam. Os vizinhos que veem alguma coisa errada me chamam. O problema são esses ‘noiados’ daqui da área que arrombam os tapumes para fumar ou roubar alumínio do edifício”, lamenta Neto. Ele revela que há, sim, uma ronda diária feita pela polícia, mas diz que essas rondas deveriam ser mais intensas, com mais horários. 

Como o Holiday está fincado num dos bairros que tem o metro quadrado mais caro de Pernambuco, o síndico acredita que as dificuldades encontradas para solucionar os problemas do edifício podem estar sendo causadas por conta da especulação imobiliária. “Apesar de não poder comprovar, eu acredito que esse espaço esteja sofrendo com a especulação imobiliária porque tudo é muito difícil para esse prédio”, salienta. 

No que depender do auxílio das pessoas que estão trabalhando para a recuperação do Holiday, a esperança para os moradores vai ser renovada. Isso porque os projetos de recuperação estrutural e instalação elétrica foram concluídos por professores e alunos de uma instituição de ensino particular do Recife.  

Stênio Cuentro, engenheiro civil responsável pela requalificação do Holiday, afirma que estão em fase de revisão final dos projetos para que consigam saber qual vai ser o impacto financeiro das obras no local. Ele explica que o projeto tem algumas etapas. 

A primeira é a inspeção visual de todos os elementos que constituem a estrutura do prédio como pilares, vigas, lajes e fundações. “Já que os projetos originais do edifício não foram encontrados, a gente partiu para uma etapa de ‘Review’. É como se fosse a recuperação da memória do projeto original”, diz Stênio. 

Rufino Neto e Stênio agora esperam que a população, que se disponibilizou para ajudar financeiramente no início da desocupação do Holiday, possa agora ajudar. Os moradores do Holiday são pobres e, segundo o engenheiro civil, será preciso um grande esforço para angariar os recursos necessários.  

Em dezembro deve acontecer uma assembleia com os condôminos do Holiday, onde tudo deve ser apresentado para eles - inclusive o impacto financeiro das obras. O Edifício Holiday foi erguido em 1957, possui 17 andares e 476 apartamentos.  

Interdição

A Prefeitura do Recife, que solicitou a interdição, diz ter baseado o pedido em laudo do Corpo de Bombeiros, que constatou risco quatro de incêndio em uma escala de um a quatro. Segundo a prefeitura, a condição estrutural do edifício é alvo de preocupação do Poder Público desde 1996. Desde então, o edifício foi alvo de vistorias, intervenções e recomendações de diversos órgãos públicos a exemplo do Corpo de Bombeiros, CREA, Procuradoria Regional do Trabalho, Ministério Público de Pernambuco, Dircon, Vigilância Sanitária e Defesa Civil do Recife.

Na manhã desta sexta-feira (21), uma recém-nascida foi encontrada dentro de uma sacola plástica na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Foi uma mulher, que passava pelo local, quem ouviu o choro da bebê e acionou o Corpo de Bombeiros.

A recém-nascida foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caratinga. Ao Correio Braziliense, os bombeiros informaram que a bebê não tinha ferimentos. O Conselho Tutelar e a Defesa Social de Caratinga foram acionados para apoiar a criança. Os responsáveis pelo abandono ainda não foram identificados.

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A jornalista Leda Nagle disponibilizou no seu canal do YouTube, nesta quinta-feira (20), uma entrevista com Gretchen. Sem rodeios, a cantora revelou que foi obrigada a abandonar um dos filhos. Fruto do relacionamento com Décio Nascimento, o rapaz ficou longe de Gretchen por 30 anos.

A mãe de Thammy Miranda contou que era agredida pelo ex-marido. "Ele [Décio] me espancava, me batia... Até que eu consegui fugir de casa com o meu filho. Só que ele era uma pessoa financeiramente poderosa, que me fez abrir mão da guarda do filho. Ele disse que se eu não assinasse o documento, era a vida do meu filho ou a minha", disse.

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"Eu preferi abrir mão do que ter a vida do meu filho em risco", completou. Ainda no bate-papo, Gretchen relembrou que tentava se reaproximar do rapaz, mas sempre era impedida pelo pai dele. "Ele nunca deixou eu chegar perto dele. Eu tentava, ligava, mandava carta, eu fazia de tudo e ele nunca deixou. Agora, há pouco tempo, que eu revi meu filho. Ele está casado e vai ser pai em outubro. Os poucos dias que a gente se viu, é como se a gente sempre estivesse juntos", contou a rainha do rebolado.

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Para ir a uma 'balada', uma mulher, de 22 anos, abandonou a filha, de apenas três anos, e foi presa em flagrante. O caso ocorreu na madrugada dessa segunda-feira (3), na Rua Bauru, bairro Quarentenário, São Paulo. Vizinhos ouviram o choro vindo do imóvel e acionaram a Polícia Militar (PM) de São Vicente, que resgatou a menina por volta das 2h. O Conselho Tutelar determinou que a criança fique sob os cuidados da avó.

Na residência, os policiais encontraram a criança sozinha, vestida só com uma calça. Ela foi apanhada por uma vizinha que ajudou a equipe policial. Já com a menina na viatura, a mãe apareceu e ficou descontrolada com a cena.

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A mãe foi presa por abandono de incapaz, já que não foi a primeira vez que deixou a filha sozinha. "A prisão em flagrante se fez necessária pois não é a primeira vez que ela comete o crime de abandonar a criança e ir para uma festa. Geralmente, o delegado elabora boletim de ocorrência e a mãe responde em liberdade. Neste caso, por ser reincidente, ela foi presa em flagrante", explicou o conselheiro tutelar Claudemir Galdino ao G1.

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