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Centrais Sindicais e Movimentos Sociais se reúnem nesta terça-feira (7) em vários locais do Brasil para se posicionarem contra a aprovação do Projeto de lei nº: 4.330 que autoriza a terceirização em todas as atividades empresariais. Além desta pauta, a mobilização que terá o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) em oito Estados, também defende a Petrobras e o fim da corrupção. Em Pernambuco, o ato começará às 15h, na Praça 13 de Maio, no Recife, e ainda as cidades de Caruaru e Petrolina, no Agreste e Sertão do Estado, respectivamente, também aderiram à manifestação. 

Apesar de não declarar defesa a Dilma na pauta principal, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), através de sua assessoria de imprensa, garantiu que os pontos principais é levantar a bandeira contra a PL 4.330 e a Medidas Provisórias 664 e 665 que determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença. No entanto, o apoio do PT é bem vindo. 

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“Tem as ideias deles e a nossa e se somam. Claro que temos a defesa do Governo, e se o PT levar bandeiras vão somar. Não tem problema nenhum”, confirmou a equipe de comunicação da CUT-PE, reforçando em seguida que a defesa do Governo Federal não é a pauta do ato público.

Já no site do PT, o partido chama o encontro de “defesa da democracia” e de um novo “Dia Nacional de Luta” e relembra à manifestação do último dia 13 de março, em defesa a gestão de Rousseff. “Estão previstas concentrações populares tanto no gramado frontal do Congresso Nacional, em Brasília, a partir das 14h, quanto em várias regiões metropolitanas. Os atos reeditam as manifestações realizadas no dia 13 de março em quase todos os estados do Brasil”, frisa um texto publicado pela legenda. 

O ato também traz opiniões divergentes das Centrais Sindicais, pois enquanto alguns veem o PT como bem vindo, como é o caso da CUT em Pernambuco, outras instituições criticam a gestão de Dilma como é o caso da Força Sindical encabeçada pelo deputado Paulinho da Força, do Solidariedade. E há também, organizações e movimentos neutros. 

Segundo informações do site do PT, em pelo menos oito Estados a mobilização já está confirmada. Confira:

AL

9h: Maceió – concentração em frente à DRT, com panfletagem e atividade cultural.

AM

4h: Manaus – panfletagem de porta de 5 fábricas; 6h: Manaus – panfletagem no terminal de ônibus

BA

7h - Salvador – Aeroporto: entrega de manifesto contrário à votação; 

9h: Salvador – Porta da FIEB: Grande ato das centrais sindicais, movimento sindical, social, popular e da juventude contra a votação do pl 4330/04.

DF

14h: Brasília – Ocupação do Congresso Nacional. Concentração no gramado em frente à Câmara Federal

MG

16h: Belo Horizonte- Concentração na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

PE

15h: Recife – Praça 13 de maio. Atos em Petrolina e Caruaru em locais e horários não divulgados. 

PR

16h: Curitiba – Ato na Praça Rui Barbosa, com atividades culturais, artistas regionais e com falas políticas, em conjunto com os movimentos sociais

SC

6h: Florianópolis – Entrega de carta da CUT-SC aos deputados que irão à Brasília no aeroporto Hercílio Luz

12h às 14h: Florianópolis – Esquina Democrática: Panfletagem do material produzido pela CUT SC e movimentos sindicais e sociais

17h às 19h: Florianópolis – Manifestação e panfletagem do material no Terminal Central de Florianópolis

SP

9h: São Paulo – Concentração em frente à Secretaria de Saúde e segue em caminhada até a Praça da República

Enquanto a Central Única dos Trabalhadores (CUT) se organiza com alguns movimentos sociais para fazer atos "em defesa da Petrobras e da democracia", outras centrais sindicais começam a encampar movimentos contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff e devem engrossar os atos marcados para o próximo dia 12. "Chegamos à conclusão de que com a Dilma não dá mais. A gente vai para rua até derrubar", afirmou Ubiraci de Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), nesta segunda-feira, 06.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que institucionalmente a central não apoiará os atos do dia 12, mas que seus dirigentes "estão liberados para participar". O presidente licenciado da Força, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), tem trabalhado contra o governo Dilma e defendido publicamente o impeachment. O Solidariedade diz já ter mais de 200 mil assinaturas para pedir o impedimento da presidente.

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A União Geral dos Trabalhadores (UGT) ainda não fechou sua posição em relação aos protestos, mas, segundo um dirigente, haverá uma reunião na próxima quinta-feira, 09, para decidir se a central vai declarar apoio aos protestos. A UGT participará amanhã, 07, em Brasília, ao lado da CUT, de um ato contra o PL 4330, que trata da terceirização.

O protesto da CUT de amanhã deve focar no tema terceirização, mas também tratar da "defesa da democracia" pode trazer um contraponto às manifestações do dia 12.

Ao lado de movimentos sociais, a CUT já foi às ruas no dia 13 de março com essa pauta que mistura protestos contra o ajuste fiscal e medidas antitrabalhistas e a defesa do legado do governo petista.

Um dia após se reunir com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e com presidentes estaduais de todo o Brasil, o ex-presidente Lula (PT) conversará nesta terça-feira (31) com representantes de Centrais Sindicais. Na pauta do encontro que será realizado em São Paulo, a partir das 18h, estão as estratégias que serão usadas nas manifestações marcadas para o dia 1º e 7 abril em favor do governo. 

A Plenária Nacional em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora também discutirá os temas das mobilizações em defesa da Petrobras e da democracia. Outros assuntos na pauta da reunião são o combate à corrupção e a luta pela não aprovação do Projeto de Lei 4330/04, que retira direitos dos trabalhadores e compromete as condições de trabalho, saúde e renda.

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O evento é promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos populares do campo e da cidade, da juventude, feministas e combate ao racismo.

Manifestação em Brasília - No próximo dia 7 de abril, os movimentos populares de São Paulo, Distrito Federal e Goiás irão se reunir em Brasília, às 10h, e pretendem ocupar o Congresso Nacional. O grupo promete protestar também contra o projeto de reforma política do PMDB, que não prevê o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais.

Enfraquecida por falta de acordo entre governo e centrais sindicais, começou na tarde desta quinta-feira, 19, mais uma reunião entre ministros da presidente Dilma Rousseff e sindicalistas para debater as medidas provisórias que criaram barreiras para a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários.

Neste que é o quinto encontro para tratar do tema, estão presentes os ministros do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e da Previdência Social, Carlos Gabas. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, informou que vai participar, mas está atrasado. O ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, cancelou sua presença. A assessoria de imprensa do ministro não soube informar o motivo da ausência.

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As últimas reuniões terminaram sem avanços nas negociações. O governo não quer flexibilizar os textos e centrais sindicais só aceitam a revogação total das medidas. As duas partes esperam a instalação das comissões mistas que vão discutir as MPs no Congresso Nacional para iniciar a negociação.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse nesta noite de quarta-feira, 11, que o governo espera a instalação das duas comissões especiais que vão discutir as medidas provisórias que mudam regras trabalhistas e previdenciárias para posteriormente abrir negociações com as centrais sindicais. O ministro sinalizou que pode haver recuo nos textos.

Rossetto participou na tarde desta quarta-feira de uma reunião com sindicalistas para discutir as medidas provisórias que alteram regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Estiveram no encontro também os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Previdência Social, Carlos Gabas; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

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O ministro citou como um bom exemplo o acordo que vai possibilitar um reajuste da tabela do Imposto de Renda em taxas que variam de 4,5% a 6,5%. A proposta é uma flexibilização do reajuste único de 4,5% que era defendido pela presidente Dilma Rousseff.

"A experiência do Imposto de Renda foi muito positiva", explicando que o governo vai conseguir preservar a recuperação das receitas, ao mesmo tempo que beneficia os trabalhadores de menor renda. "É um exemplo que será seguido na apreciação das MPs a partir da semana que vem", disse.

"O acordo com as centrais é que o ambiente de negociações será tripartite", disse, se referindo ao governo, sindicalistas e parlamento. Segundo ele, essa é a melhor forma de manter um "ambiente positivo".

Questionado sobre as manifestações contra o ajuste fiscal e a favor da Petrobras programadas para esta semana, Rossetto disse que o Brasil vive uma plenitude democrática. "Vamos tratar com respeito democrático e respeito da lei", disse.

Começou na tarde desta quarta-feira (11) a reunião entre ministros do governo Dilma Rousseff e centrais sindicais para discutir as medidas provisórias que alteram regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciárias. O encontro, no prédio do ministério da Previdência Social, é o quarto desde que o governo apresentou os projetos ao Congresso em dezembro.

Participam da reunião os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Previdência Social, Carlos Gabas; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Pelas centrais, estão presentes a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

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Na pauta das discussões, estão as alterações na área da Previdência, como auxílio doença e pensão por morte. O governo também se comprometeu a dar um retorno sobre um estudo apresentado pelos sindicalistas que traz um retrato da rotatividade no Brasil. Os últimos encontros terminaram sem acordo, já que governo e centrais continuam sem ceder nas negociações.

A principais centrais sindicais divulgaram na tarde desta quarta-feira (4) um manifesto convocando trabalhadores para o protesto que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) organiza em defesa da Petrobras para sexta-feira (13) em São Paulo. No início da semana, surgiram rumores de que o Planalto estava preocupado com a força do ato e com as comparações com os protestos marcados contra o governo no dia 15 de março, que tem como bandeira o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O manifesto destaca a importância da Petrobras na geração de empregos e diz que defender a estatal é "defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional".

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Além da CUT, assinam o manifesto a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). O texto tem o apoio também de outras entidades como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a União Nacional dos Estudantes, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central dos Movimentos Populares (CMP), entre outras. A Força Sindical, segunda maior central sindical do País, não aderiu ao ato. A Força, que possui correntes de oposição ao governo, também afirmou que "institucionalmente" não estará nos atos do dia 15, mas que diretores ou figuras políticas ligadas à central podem participar.

Sem citar a Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na empresa, a CUT diz ainda que defende a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. "Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos", destaca. "A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade."

Além da defesa da Petrobras, a CUT informa que o ato do dia 13 terá como bandeira a defesa dos direitos da classe trabalhadora; da democracia e da reforma política. Os sindicalistas reforçam o descontentamento com as MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, e dizem que elas "são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora". "Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora", diz o texto.

"A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda. Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes", diz o texto.

Temor

No caso da defesa da democracia, sem destacar a mobilização de protestos contra a presidente Dilma, a entidade diz que é preciso respeitar os resultados das urnas. "Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada", diz o manifesto.

A articulação política do governo teme que a manifestação da central sindical infle os protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, que acontecerão no dia 15. "A CUT está mantendo dia 13, a princípio não há mudança. Não houve conversa porque a CUT tem autonomia. Não será o governo que vai dizer que dia a CUT vai fazer manifestação", disse o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos. O ato está marcado para a Avenida Paulista às 16h na próxima uma sexta-feira.

Fontes ligadas ao PT confirmaram que o governo está "muito preocupado" com a manifestação da CUT e que os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, defenderam a articulação com a central sindical. "O governo está com medo deste protesto, porque, se ele for pequeno, pode demonstrar falta de apoio ao governo até da CUT e, se for grande, a CUT pode perder o controle e a manifestação virar uma pancadaria contra o governo e contra os ajustes na economia", disse uma fonte próxima à cúpula petista.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse nesta segunda-feira, 2, durante manifestação contra as medidas que alteram regras trabalhistas e previdenciárias, que as centrais estão preparando uma equipe de mais de cem pessoas para ir a Brasília fazer "corpo a corpo" com parlamentares e pressionar contra a aprovação das MPs 664 e 665 editadas pelo governo no fim do ano passado.

Um dos alvos será o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se elegeu com apoio da Força Sindical e do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). "Ele (Cunha) já mudou, fala em negociar com o governo. Por isso vamos pressionar, não só a ele. Sabemos que o parlamento é sensível a outras forças", disse Torres, ressaltando que a pressão dos parlamentares será feita também nas bases.

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Sobre a posição de Cunha e seu poder de influência sobre a bancada do PMDB, Torres disse que o presidente da Câmara não sofrerá pressão especial. "Ele vai sentir essa pressão também. Não acredito que ele vá nadar contra a maré", comentou. "Queremos mostrar que os trabalhadores estão perdendo direito e não aceitam isso", disse Torres.

Impeachment

Apesar de a saída da presidente Dilma Rousseff ter sido pedida várias vezes no carro de som, Miguel Torres, que apoiou Aécio Neves (PSDB) na última eleição, negou que a manifestação pedisse também o impeachment da presidente. Torres disse ainda que a Força Sindical não participará das manifestações pró-impeachment marcadas para 15 de março.

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Diversas centrais sindicais de Pernambuco fazem uma manifestação no centro do Recife na manhã desta segunda-feira (2). Os manifestantes protestam contra as Medidas Provisaórias 664 e 665, que atingem benefícios trabalhistas como o seguro desemprego, o abono salarial, auxílio doença e pensão por morte. 

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Os sindicalistas saíram da Praça do Derby por volta das 9h15 com destino à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no bairro do Espinheiro, na zona norte da cidade. O grupo seguiu pela Avenida Agamenon Magalhães, fechando duas faixas da via. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, a principal exigência é a revogação das medidas provisórias. “Solicitamos o cancelamento imediato. Essas medidas retiram o direito dos trabalhadores”. Para Veras, não foi dada a chance de uma negociação. “São todas ações negativas. Não trazem nenhum benefício. A questão da jornada de trabalho não está lá, fim do fator previdenciário também não está”, cita o sindicalista.

Segundo o integrante da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Edivan Mariano da Cruz, o protesto também é uma oportunidade de levantar outras reivindicações. “Precisamos de melhores condições para os trabalhadores”, explica. Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) também levantaram o coro de reforma agrária, enquanto representantes dos ambulantes prometeram uma nova semana de manifestações, contra o ordenamento urbano do Recife.

Confira algumas alterações presentes nas medidas 664 e 665, cuja maior parte passou a vigorar no dia 1° de março:

Abono Salarial:

Antes: Quem trabalhava um mês durante o ano, recebendo até dois salários mínimos, tinha direito a um salário mínimo como abono;

Agora: Seis meses ininterruptos de trabalho e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado;

 

Seguro Desemprego:

Antes: Carência de seis meses de trabalho;

Agora: 18 meses na primeira solicitação; 12 meses na segunda e seis meses a partir da terceira;

 

Auxílio Doença: 

Antes: O benefício era de 91% do salário do segurando, limitado ao teto do INSS. Além disso, as empresas arcavam com o custo de 15 dias de salário antes do INSS;

Agora: O teto é a média das últimas 12 contribuições e as empresas arcam com o custo de 30 dias de salário antes do INSS.

Após cerca de duas horas e meia de reunião com ministros do governo Dilma Rousseff sobre as Medidas Provisórias que alteram regras de concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários, sindicalistas voltaram a afirmar que só aceitam a revogação dos projetos.

Apesar de o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, dizer que há consenso em pontos, principalmente os que tratam de regras previdenciárias, os sindicalistas frisaram que não aceitam ajustes nos textos. "O governo abre a possibilidade de recuar no teor das medidas. As centrais não aceitam", disse Joílson Cardoso, em nome da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). A revogação também foi defendida pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

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No encontro da tarde desta quarta-feira, 25, os sindicalistas apresentaram um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre rotatividade no trabalho e pediram uma posição do governo sobre o tema. Entre as propostas das centrais está a cobrança de multa para empresas que apresentarem taxa de rotatividade maior que a média do setor.

De acordo com Gabas, o próprio Dieese afirmou que pode haver um equivoco no estudo, "feito com mecanismos que não são 100% confiáveis". O ministro informou que técnicos do órgão e dos ministérios continuarão avaliando as projeções para confirmar se estão corretas.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocaram uma manifestação para amanhã, 24, na região central do Rio de Janeiro, em "defesa da Petrobras". O ato não vai abordar o esquema de corrupção na estatal investigado pela Operação Lava Jato e deve se limitar a apontar a importância da estatal na economia brasileira e a denunciar uma suposta tentativa de desmoralização da empresa.

"Embora eu ache que tem coisas esquisitas nessa investigação, tem gente muito mais preparada para falar sobre isso. Defendemos a investigação e punição rigorosa dos culpados, mas o ato terá o objetivo específico de chamar a atenção sobre a importância econômica da Petrobras", disse José Maria Rangel, coordenador da FUP.

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"Não se pode generalizar as denúncias por causa de apenas dois funcionários que confessaram ilícitos", disse Rangel, em referência ao ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, "oportunistas querem usar a conduta criminosa de alguns funcionários de alto escalão para preparar a empresa para a privatização".

De acordo com os organizadores, o escritor Fernando Morais, o cineasta Luiz Carlos Barreto, a filósofa Marilena Chauí, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e líderes de movimentos sociais, entre os quais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Via Campesina e Movimento dos Sem Terra (MST), confirmaram presença no ato.

Esses movimentos fazem parte de uma frente de esquerda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta articular desde o final do ano passado com os objetivos de defender contra a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff; fazer um contraponto ao avanço da agenda conservadora no Congresso Nacional, e disputar dentro do governo federal a execução de políticas "de esquerda" contra grupos conservadores representados por partidos que fazem parte da coalizão governista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As Centrais Sindicais CUT, CTB, UGT, Força Sindical e Nova Central estão realizando um protesto na manhã desta quarta-feira (28), em frente à Superintendência Regional do Trabalho (SRT), na Avenida Agamenon Magalhães, na zona norte do Recife. Os trabalhadores estão pedindo a revogação e retirada das Medidas Provisórias 664 e 665 do Governo Federal, referentes a mudanças dos direitos ao seguro-desemprego, abono salarial, pensões, seguro-defeso, auxílio-reclusão e auxílio doença.

Segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, um documento será entregue na Superintêndencia. “É um documento que apresenta nossas reivindicações. Além das revogações, também vamos colocar a questão da reforma política, da corrupção e dos trabalhadores das empresas contratadas pela Petrobras”, comenta. 

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Para hoje, a categoria promete apenas uma panfletagem na Avenida Agamenon Magalhães. Os sindicalistas também vão convocar as pessoas para a 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, prevista para o dia 26 de fevereiro.

Apesar da disposição de diálogo apresentada nesta segunda-feira (19) pelo governo federal no debate sobre as decisões que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, centrais sindicais já trabalham para tentar derrubar o novo modelo no Congresso e estudam entrar com ações judiciais.

Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; da Previdência Social, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias se reuniram em São Paulo com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores.

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No encontro, apesar de não haver avanço formal, os ministros se comprometeram a manter o diálogo. Os sindicalistas, apesar de visões distintas, decidiram trabalhar por adaptações nas medidas, e não pela total revogação dos textos. Uma nova reunião está pré-agendada para 3 de fevereiro.

Contra as medidas, as centrais sindicais vão organizar uma mobilização nacional do dia 28 de janeiro. O passo seguinte será o enfrentamento no Congresso. No retorno do recesso, os deputados vão analisar os textos das MPs 664 e 665, que definiram as mudanças do seguro desemprego, abono salarial, auxílio doença e pensão por morte.

O deputado Paulinho da Força (SD-SP), prepara uma série de emendas que serão apresentadas ao plenário. Na visão dele, qualquer negociação ou "meio-termo" significaria um retrocesso para o trabalhador. "Todas as emendas serão para revogar as medidas provisórias inteiras. Se fosse para negociar, o governo deveria ter nos consultado antes do anúncio", afirmou.

Na opinião do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, é limitada a capacidade de mobilização da bancada sindical da Câmara, que terá 50 deputados a partir de fevereiro, contra 83 na atual legislatura. "Claro que será possível reduzir a perversidade das medidas com alterações no texto, mas não rejeitar os projetos por completo", avaliou.

Para Queiroz, o caminho com maior chance de resultado para os sindicalistas é o judicial. "A Constituição diz que matérias que foram objeto de emenda entre 1995 e 2001 não podem ser alteradas por medida provisória", disse. O argumento, segundo ele, se enquadraria nos casos de pensão por morte e auxílio doença, presentes em emenda constitucional de 1998, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Segundo ele, também cabe discussão judicial na mudança do abono salarial, que passará a ser pago proporcionalmente ao tempo trabalhado, e não de forma integral. "A Constituição é clara. O pagamento não pode ser proporcional", disse.

O texto, entretanto, é regulamentado por uma lei de 1990 que teve sua grafia alterada com o pacote no fim do ano passado. O texto original citava que "é assegurado o recebimento de abono salarial no valor de um salário mínimo". Com a mudança, passou a vigorar a redação de que "é assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de um salário mínimo".

A opção de ir aos tribunais está no horizonte dos sindicalistas. "Vamos analisar e atacar com todas as nossas possibilidades, inclusive as jurídicas", afirmou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

A ideia é compartilhada pelo presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Fernandes Neto. "Nossos advogados estão estudando a constitucionalidade das medidas. Estaremos juntos no que for possível para impedir o corte de direitos dos trabalhadores", disse.

Preocupado com as queixas das centrais sindicais em relação ao pacote de medidas anunciado pelo governo federal em 29 de dezembro, que mudou regras de pagamento de cinco benefícios trabalhistas e previdenciários - abono salarial, seguro desemprego, seguro defeso, pensão por morte e auxílio-doença, o governo procurou os sindicalistas, nesta quinta-feira, 8. A ideia é marcar uma reunião com eles ainda este mês.

O novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, telefonou para os representantes das centrais sindicais para tentar acertar uma data para o encontro, na segunda quinzena de janeiro.

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Nesse encontro, Rossetto pretende explicar que "não haverá redução de direitos dos trabalhadores" e que "as medidas têm como objetivo corrigir distorções e assegurar a continuidade das políticas de proteção social".

Em nota, a Secretaria-Geral informa que na reunião com os sindicalistas, Rossetto "vai esclarecer e discutir com os dirigentes as medidas sobre Previdência Social, seguro desemprego e seguro defeso". Segundo a nota, o ministro disse ainda que "o compromisso do governo é com a manutenção dos direitos, valorização do salário mínimo e com o diálogo permanente".

O anúncio das medidas do final de dezembro foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, depois de uma conversa com as centrais sindicais. Mesmo assim, houve muitas reclamações.

No dia da posse, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Fernandes dos Santos Neto, questionou por que o governo estava começando os cortes com medidas que atingiam os trabalhadores, considerando que a presidente tinha dito que não ia mexer com os benefícios dos trabalhadores, "nem que a vaca tussa". E emendou: "a vaca não tossiu, mas pigarreou".

As medidas de aperto nas concessões de benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial, anunciadas nesta segunda-feira, 29, pelo governo Dilma Rousseff inflamaram importantes lideranças sindicais. Um cabo de força pode ter se formado hoje entre o governo e os sindicalistas. O secretário-geral da segunda maior central do País, a Força Sindical, João Carlos Gonçalves, afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que, diferente do que foi anunciado pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, as medidas não foram discutidas com as centrais.

"As centrais não participaram de nenhuma negociação. Teve uma reunião com o Mantega (ministro da Fazenda, Guido Mantega), no início do ano, sobre o assunto e depois nada mais. Mantega ainda marcou uma reunião em Brasília e outra em São Paulo, há 20 dias, mas as duas foram desmarcadas. Agora essas medidas são anunciadas. Nós somos contrários a elas", disse Gonçalves. Segundo ele, o presidente da Força, Miguel Torres, foi convidado para o anúncio das medidas de hoje, mas não conseguiu chegar em Brasília.

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De acordo com o líder da Força Sindical, as cinco maiores centrais do País (CUT, Força, UGT, NCST e CTB) vão se reunir, em janeiro, para determinar uma agenda de lutas para 2015. "Essas medidas de hoje serão tema central da reunião", afirmou Gonçalves.

Pouco depois da entrevista, Gonçalves escreveu em sua conta de rede social uma mensagem de oposição às medidas. "Não! As centrais sindicais não foram ouvidas sobre as mudanças anunciadas pelo governo. Iniciou-se negociação com Mantega. Nada foi acertado. Iniciar o governo com medidas que prejudicam os trabalhadores não é um bom sinal. Vai taxar as grandes fortunas quando?", escreveu.

Governo

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, negou que as mudanças apresentadas hoje pelo governo federal nas regras do abono salarial, seguro-desemprego, seguro defeso, pensão por morte e auxílio-doença sejam impopulares. "Não acho que necessariamente são medidas impopulares", disse.

A afirmação foi dada após o ministro ser questionado, durante entrevista coletiva, se o governo não estaria mexendo em direitos trabalhistas defendidos pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha de reeleição. "Os direitos trabalhistas, sociais e previdenciários estão garantidos", disse. "Todos os direitos estão garantidos", ressaltou, defendendo que o governo estaria apenas "mudando regras".

As mudanças apresentadas faltando apenas dois dias para o fim do primeiro mandato da presidente Dilma, como mais uma das ações do ajuste fiscal prometido pelo Palácio do Planalto, foram defendidas pelo ministro como ações de longo prazo para garantir a "sustentabilidade" da Previdência Social. "Se não tivermos sustentabilidade (nos gastos da Previdência), as futuras gerações pagarão preço caro", defendeu.

O futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, estimou em R$ 18 bilhões a economia que o governo fará em 2015 com as novas regras de concessão do abono salarial, seguro desemprego, seguro defeso, pensão por morte e auxílio-doença.

As mudanças serão enviadas ao Congresso Nacional para serem aprovadas. Mercadante afirmou que o governo está confiante na aprovação delas, mesmo diante da base de apoio do governo mais fragmentada e a oposição fortalecida. "Acho que teremos apoio para essas medidas", pontuou.

Em evento realizado nesta segunda-feira, 08, em São Paulo, representantes das dez centrais sindicais de trabalhadores do País pediram a responsabilização de empresas que estimularam e apoiaram a perseguição de funcionários, especialmente os que eram ligados ao movimento sindical, nos anos da ditadura militar.

As intervenções das lideranças dos trabalhadores ocorreram durante ato público no qual foram divulgadas as principais conclusões do grupo de trabalho da Comissão Nacional da Verdade que investigou as violações dos direitos dos trabalhadores no período autoritário.

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"Queremos justiça e reparação. Não nos contentamos apenas com a apuração da verdade", disse durante o evento a advogada Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional e coordenadora do grupo de trabalho.

Ela também disse que a responsabilização não seria necessariamente criminal, ou em termos de indenização individual dos trabalhadores perseguidos. As empresas identificadas nas investigações do grupo poderiam ser obrigadas a constituir um fundo comum destinado a ações de fortalecimento da democracia e do respeito aos direitos dos trabalhadores.

O grupo identificou um conjunto de 24 empresas que teriam colaborado com as forças de repressão política, perseguindo funcionários por suas atividades sindicais ou porque manifestavam discordância com o regime. Elas estão localizadas sobretudo em São Paulo, na região do ABC Paulista e no Vale do Paraíba. A lista inclui empresas privadas brasileiras e estrangeiras e também estatais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse, após encontro com a presidente Dilma Rousseff, que as centrais sindicais pediram a revisão do fator previdenciário. Segundo ele, a presidente teria se comprometido em abrir uma mesa de discussão sobre o tema. Dilma afirmou ainda sua preocupação com os desembolsos do governo com o seguro-desemprego que, salientou, não corresponde ao nível de ocupação no País. Dilma lembrou que o desembolso com o seguro-desemprego hoje é maior do que com bolsa família. A presidente está estudando formas de reduzir este tipo de pagamento.

Adilson Araújo defendeu ainda na reunião, conforme declarou, que o Ministério do Trabalho seja fortalecido e que passe por modificações. "Do jeito que está não pode ficar", disse ele, repetindo o que teria afirmado na reunião da qual participou também o atual titular da pasta, Manoel Dias. Araújo defende que o ministério passe a apresentar políticas públicas de geração de emprego e ampliação da fiscalização sobre as empresas.

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Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho (MT) nessa quinta-feira, 31, apontam que a central sindical que mais cresceu durante o mandado de Dilma Rousseff foi a União Geral de Trabalhadores (UGT), entidade ligada ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab. Ela saiu de 7,9% para 11,9% nesse período.

Ontem, a presidente Dilma recebeu ontem o apoio formal a sua reeleição da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, mas com um dado negativo: a entidade encolheu durante o seu mandato.

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Segundo dados do MT, no fim da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, a CUT tinha registrado um índice de representatividade (taxa que representa o número de sindicatos e trabalhadores filiados) de 38,3%, que caiu desde então para 34,4%. A Força Sindical caiu de 14,1% para 12,6%.

Emulando a prática "nem de direita, nem de esquerda" do partido que Kassab criou em 2011, a UGT ultrapassou a marca de mil sindicatos. O crescimento da UGT no governo acompanhou o do partido ao qual é vinculado. Ambos têm o mesmo perfil. O PSD abrigou dissidentes de todas as esferas políticas, assim como a UGT.

"Somos plurais e pragmáticos. Estou, como cidadão, com Dilma para presidente de novo, mas lideranças de nossa central, ligadas ao PPS e ao PSB, vão com Eduardo Campos para presidente. Estamos com Paulo Skaf, em São Paulo, mas conversamos com todos", afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT e integrante da executiva nacional do PSD, partido no qual se filiou em 2011.

O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos, critica essa posição. "Há um rearranjo no movimento sindical, com muitos sindicatos buscando facilidades. Na CUT não é assim. Aqui há concepção política e de luta. Não estamos preocupados com essa queda no número de sindicatos, porque nosso foco é com os trabalhadores, que precisam de sindicatos sérios, e de um governo com projeto social e trabalhista. Por isso estamos com a presidente Dilma Rousseff", disse.

A Força, por outro lado, caminhou para os braços do senador Aécio Neves (PSDB). O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e o atual presidente da Força, Miguel Torres, cerram fileiras no Solidariedade, que foi o primeiro partido a declarar apoio formal à chapa presidencial tucana. Além deles, a Força também tem duas lideranças importantes com Aécio - o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo, Antônio Ramalho, e o líder da Federação de Alimentação de Minas Gerais, Melquíades Araújo.

"Se o movimento sindical não souber ser pluripartidário, vamos cair numa guerra interna. Temos que saber conviver com as diversas opções ideológicas de seus dirigentes. Tentar direcionar todos para um mesmo projeto é um erro. É preciso separar", afirmou João Carlos Gonçalves, o Juruna (PDT), secretário-geral da Força. Fundador da Força, Juruna faz parte do grupo de lideranças na entidade que apoia a presidente Dilma.

A UGT tem crescido em cima de sindicatos da CUT e da Força. No ano passado, o Sindicato dos Comerciários de Sergipe, que representa mais de 220 mil trabalhadores, deixou a CUT e passou a ser filiado à UGT. Além disso, a poderosa Federação dos Comerciários de São Paulo, há 22 anos uma das principais entidades da Força Sindical, migrou para a UGT.

Além do posicionamento político "aberto", como chamam os sindicalistas, a UGT tem se aproveitado de uma circunstância histórica do governo Dilma: a queda do emprego industrial e o aumento na formalização de trabalhadores de comércio e serviços. Tradicionais entre metalúrgicos, químicos e têxteis, CUT e Força perdem representados e associados neste cenário, processo inverso da UGT.

Segundo um líder sindical petista, a consolidação da UGT como central de comerciários aumenta a "salada mista do PSD". Isso porque o partido de Kassab tem na direção nacional tanto Patah, que além da UGT comanda o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, quanto o ministro Guilherme Afif Domingos, histórica liderança empresarial da Associação Comercial de São Paulo.

Com mais de 6 milhões de trabalhadores filiados, as cinco maiores centrais sindicais do País estão divididas em relação à eleição presidencial - diferentemente do que ocorreu em 2010, quando todas apoiaram a petista Dilma Rousseff. Há discordâncias até no interior de cada entidade.

Até agora, as três maiores delas - Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - já contam com suas cúpulas envolvidas no apoio declarado a, respectivamente, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O respaldo desse apoio nas bases, porém, não é pleno.

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O melhor exemplo disso é a CUT, braço sindical do PT, partido da presidente. Com seus 2,2 mil sindicatos e 2,7 milhões de sócios, é a maior delas e majoritariamente pró-Dilma.

"Os servidores estão muito magoados com Dilma, que não cumpriu as promessas políticas que a elegeram. Defendemos a neutralidade da CUT nessas eleições", disse Sergio Ronaldo da Silva, secretário-geral da confederação dos servidores federais, a Condsef, filiada à CUT.

"Não é possível sustentar esse distanciamento da presidente com o movimento sindical em um segundo mandato, mas, para nós, é indiscutível que Dilma encarna o melhor projeto para os trabalhadores brasileiros", disse Adi dos Santos, presidente da CUT em São Paulo. Segundo ele, os servidores precisam compreender o quadro geral: "Eles ganharam muito com Lula, é verdade, mas o que perderam com Dilma? Nada. O País é muito maior que a Condsef, a CUT e todo o movimento sindical, e isso precisa ser pensado na hora do voto".

Indicação

A Força Sindical também tem discordâncias internas sobre a sucessão. Segunda maior central do País, com 1,6 mil sindicatos e pouco mais de 1 milhão de filiados, seu principal líder, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP), concedeu apoio formal de seu partido, o Solidariedade, para a campanha de Aécio Neves (PSDB). E sugeriu Miguel Torres, seu sucessor tanto na presidência da Força Sindical quanto no poderoso Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para a vice de Aécio.

"Em 2010, a Força esteve fortemente com Dilma, porque acreditávamos que haveria uma continuidade", disse Torres. "Lula conversava com as centrais, e chamava para falar e ouvir, mesmo quando fosse para negar uma proposta nossa. Dilma não recebe, e não fez política econômica boa. Os trabalhadores perderam poder de compra por causa da inflação."

Tanto Paulinho como Torres enfrentam resistências. O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, tenta convencer os associados à central a votar em Dilma. Um dos seus aliados nessa opção é Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, filiado à Força.

Para Nazareno, o projeto petista ainda é superior ao dos demais candidatos. "A dificuldade de diálogo com a presidente é real, e isso não é bom para os trabalhadores", disse o dirigente, que é filiado ao PT. "Mas o projeto do PT ainda é superior a todos os outros quando olhamos a pauta sindical. Ela só terá chances de avanço com Dilma."

Bases

As dissidências atingem ainda a terceira maior central, a UGT. Em 2010, parte da cúpula da central declarou apoio a Serra, mas a grande maioria dos filiados embarcou na campanha de Dilma. Agora, enquanto o presidente da entidade, Ricardo Patah (PSD), defende a reeleição da presidente, outros dirigentes, ligados ao PPS, defendem Eduardo Campos (PSB).

"Fizemos uma pesquisa, em nosso último congresso sindical, ano passado, e vimos que a maior parte da base vota no PT. É claro que parte da base é muito influenciada pelo que diz a central, mas todos têm suas ligações partidárias já definidas", defende Patah, que também preside o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. "Eu não tenho como direcionar o voto de todos os 480 mil comerciários da cidade, mas há influência, claro", disse.

A entrada da chapa Eduardo Campos e Marina Silva é forte na UGT, e crescente na CTB, braço sindical do PC do B. Em 2010, a CTB estava de "corpo e alma" com Dilma, disse Joilson Cardoso, vice-presidente da entidade, "mas o quadro agora é totalmente diferente".

Segundo Cardoso, que também é secretário sindical nacional do PSB, "houve uma estagnação do projeto trabalhista no governo Dilma". Para ele, o apoio a Eduardo Campos tem sido crescente no movimento sindical, que renega "os anos de desemprego do PSDB de Aécio, e o atraso que é Dilma". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Representando mais de 100 sindicatos pernambucanos, três Centrais Sindicais oficializaram na manhã deste sábado (26), o apoio aos três pré-candidatos da Frente Popular: Paulo Câmara como postulante ao governo, Raul Henry como vice e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB) como senador. O anúncio da parceria foi realizado na sede do Sindicato dos Transportes de Cargas, no bairro da Boa Vista, no Recife, e contou com a presença de vários socialistas.

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Com auditório lotado, o encontro reuniu membros da Nova Central (NCST), da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) que representam mais de 100 sindicatos e integram cerca de 300 mil pessoas. Além das três centrais, alguns sindicatos ligados a Força Sindical – que apoia a chapa do PT com o PTB – como os sindicatos dos Armadores, Estivadores, Conferentes e Hoteleiros, também decidiram caminhar com a Frente Popular.

Acompanhando a comitiva da Frente Popular, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), frisou a importância de relembrar o passado e agradeceu aos presentes pelo apoio dado durante sua eleição, em 2012. “O que vai ficar em jogo neste ano, nesta eleição, é a gente poder olhar para história e poder olhar para o nosso futuro. Eu tenho uma gratidão muito grande a vocês por poder disputar em 2012 e poder governar o Recife”, pontuou, alfinetando em seguida o pré-candidato ao governo e senador Armando Monteiro e enaltecendo o trabalho do vereador Marco Aurélio (Solidariedade). “Marco é da base do meu governo, mas é um dos líderes na Câmara de Vereadores. Ele lidera meu governo. Quem lidera meu governo não é líder de patrão é líder que representa os trabalhadores”, destacou. 

O pré-candidato a vice-governador, Raul Henry (PMDB), demonstrou entusiasmo com a quantidade de pessoas participantes no evento, afirmou ter sido bem recebido nos municípios que já visitou e enalteceu Paulo Câmara e Eduardo Campos. “Aonde a gente chega estamos tendo uma, duas, três reuniões (...). Tem uma coisa muito importante que está acontecendo aqui: reconhecimento da grande obra feita em Pernambuco pelo governador Eduardo Campos. É inegável para todos que o Estado avançou”, avaliou o peemedebista. 

Já o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, agradeceu a presença dos sindicalistas e ressaltou a importância de caminhar junto com os trabalhadores. “Essa reunião é muita simbólica pelo que vamos percorrer na nossa caminhada ate 5 de outubro, e muito representativa de centenas de sindicatos que aqui se reúnem. Nesta caminhada ninguém pode representar bem os interesses de Pernambuco se não representar bem os seus trabalhadores”, pontuou.

Encerrando as falas, o pré-candidato ao governo do Estado, Paulo Câmara, também destacou a participação de todos os sindicalistas em pleno sábado, pediu a colaboração de todos com propostas que contribuam para a elaboração do programa de governo e garantiu estar preparado para administrar o Estado. “Eu venho aqui com muita humildade dizer que eu estou preparado para governar Pernambuco, mas governar Pernambuco com vocês. Não vou deixar de ter a humildade de olhar para trás, de melhorar. Pernambuco tem que continuar neste caminho em todas as áreas, então, tenho que trabalhar muito, mas eu tenho um time que é o mesmo time que ajudou Eduardo e este time está comigo, vai fazer a diferença e que Pernambuco continue no caminho certo”, desejou. 

Críticas ao PT e a Armando – O anúncio do apoio das três Centrais Sindicais também foi marcado por discursos de vários líderes sindicalistas que aproveitaram o momento para criticar as gestões do PT e a atuação do senador Armando Monteiro. “Não podemos votar em quem sempre esteve contra os trabalhadores, em quem nos deu as costas à vida toda. Temos um lado na política, que é o mesmo de Miguel Arraes e Eduardo Campos. Por isto vamos seguir com Paulo Câmara e Fernando Bezerra”, disse Josias Santiago, presidente do Sindicato dos Estivadores. O presidente estadual da NCST, Israel Torres, também defendeu a mobilização dos trabalhadores em favor da Frente Popular. “Temos que eleger representantes que estejam do nosso lado, votar em pessoas com quem possamos conversar. E a chapa que abre o diálogo com os trabalhadores é esta que está aqui”, declarou.

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