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Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) se encontraram na caminhada da festa da Independência do Brasil na Bahia neste sábado, 2. Ambos marcaram presença na tradicional Caminhada do Largo da Lapinha, no Bairro da Liberdade, em Salvador, e exaltaram a democracia. Tiraram fotos juntos e compartilharam em redes sociais.

Ciro e Simone marcam o terceiro e quarto lugar nas pesquisas. Segundo o Agregador de Pesquisas do Estadão, o ex-ministro tem 8% das intenções, enquanto a senadora registra 2%.

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Em entrevista à CNN, durante a caminhada, Ciro afirma que anunciará sua entrada oficial na corrida eleitoral no dia 23 deste mês, durante convenção do PDT. O pré-candidato ainda não indicou um nome para ocupar a vaga de vice-presidente em sua chapa. "Meu vice ou minha vice só será escolhido ou escolhida em julho. Nós vamos delegar à Executiva Nacional do PDT até o último dia possível, que é o dia 6 de agosto, para as tratativas em relação ao meu vice ou à minha vice."

Ciro também destacou a importância do evento. "Aqui se matou e se morreu. Sangue de brasileiros baianos foi derramado para construir a nação brasileira e sua independência. E isso a gente tem de rememorar hoje porque o Brasil está sendo de novo vendido ao estrangeiro", disse, durante a caminhada.

Simone Tebet chegou na sexta-feira, 1º, a Salvador, onde cumpriu agenda na Obras Sociais Irmã Dulce e com marisqueiros e pescadores. Pela manhã de hoje, esteve com a vice-governadora de PE, Luciana Santos (PCdoB), com o presidente do Cidadania, Roberto Freire, e com outras lideranças políticas.

A senadora também publicou uma foto do encontro com Ciro nas redes sociais. "Bahia é terra de todos. Democracia e civilidade. Adversário não é inimigo. O Brasil precisa de toda tolerância e respeito".

Tebet também falou à CNN. Disse que está muito otimista e que a recepção positiva dos baianos "mostra o que as pesquisas me indicam. Eu sou a pré-candidata menos conhecida, mas também a menos rejeitada". Ela reforça que o ato é o início de sua pré-candidatura.

Outros pré-candidatos ao Palácio do Planalto também estiveram na celebração da Independência do Brasil na Bahia. O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou motociata pelas ruas da Orla Atlântica de Salvador, indo do Farol da Barra ao Centro de Convenções da cidade. O pré-candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, circulou pelas ruas de Salvador, junto de apoiadores, depois seguiu para evento na Arena Fonte Nova.

Governo da Bahia

O pré-candidato do PDT sinalizou nesta sexta-feira, 1º, que ACM Neto (União Brasil) seria a melhor opção para o governo da Bahia. O partido de Ciro está negociando acordo para apoiar o ex-prefeito de Salvador.

ACM Neto aparece com destaque para vencer o pleito pelo governo do Estado, segundo pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada na quinta-feira, 9 de junho. Ele teve 56% das intenções de voto. Jerônimo Rodrigues (PT), apoiado por Lula, apareceu com 18%, no segundo lugar. O ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, deputado federal João Roma (PL), registrou 10%.

Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT, classificou a aprovação da PEC dos Benefícios no Senado como um estelionato eleitoral gravíssimo e cobrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) torne a medida inconstitucional. O ex-ministro e ex-governador do Ceará está em Salvador (BA), assim como outros três presidenciáveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

A jornalistas, Ciro disse que a medida - que concede benefícios, como o 'auxílio-caminhoneiro', e amplia programas sociais, como o Auxílio Brasil - é uma violação à Constituição. A PEC tem um custo estimado de R$ 41,25 bilhões, computados fora do teto de gastos.

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"É uma emenda que permite a população acreditar que vai ser salva por um socorro, mas que só vale até dezembro. O que significa um estelionato eleitoral gravíssimo e uma violação da própria Constituição que não pode ser emendada com tal vileza. Espero que o STF ponha um reparo a este absurdo", afirmou.

Durante a agenda pela capital baiana, Ciro se encontrou com Tebet. Ambos tentam se viabilizar como alternativa para a chamada terceira via, em opção aos atuais favoritos na disputa, Lula e Bolsonaro.

Logo após, o pedetista publicou nas redes sociais: "Eu e Simone Tebet nos encontramos há pouco, nas ruas, envolvidos pelo calor do povo baiano. Democracia é isso: convivência harmônica e respeitosa."

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, anunciou nesta sexta-feira, 1º, que fará, em 23 de julho, a convenção do partido que deve oficializar a entrada dele na disputa eleitoral. O pedetista não confirmou, no entanto, se anunciará o vice na chapa no mesmo dia.

"Meu vice ou minha vice só será escolhido ou escolhida em julho. Vamos delegar à Executiva Nacional do PDT a faculdade, até o último dia possível, que é dia 6 agosto, para as tratativas em relação ao meu vice ou à minha vice", disse Ciro em entrevista coletiva em Salvador.

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O presidenciável está na capital baiana para participar, neste sábado, das comemorações pela Independência da Bahia.

O pedetista não detalhou como estão as negociações para escolha do vice. Ele vive um processo de isolamento político e, até o momento, não anunciou apoio de outros partidos à sua candidatura. Isso abre a possibilidade de ter uma chapa puro-sangue, ou seja, composta apenas por nomes do PDT.

O prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as convenções partidárias, que confirmam o lançamento das candidaturas presidenciais, vai de 20 de julho a 5 de agosto.

Os pré-candidatos à presidência do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) celebraram, em suas contas do Twitter, a vitória do esquerdista Gustavo Petro nas eleições presidenciais da Colômbia. Petro derrotou o populista de direita Rodolfo Hernández com 50,51% dos votos.

O ex-presidente Lula felicitou Petro, a vice-presidente eleita Francia Márquez e "todo o povo colombiano". "A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina", escreveu o petista.

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Ciro, por sua vez, parabenizou o presidente eleito e os colombianos, aproveitando para criticar o candidato derrotado, Hernández. "É sempre motivo de alegria quando um dinossauro de direita some do mapa". No entanto, o pedetista sinalizou que a vitória nas eleições não é o suficiente. "Para a esquerda, não basta vencer. É preciso governar bem. Só assim os monstros não voltam", acrescentou.

Por décadas, a Colômbia tem sido governada pela direita. Gustavo Petro, ex-guerrilheiro do M-19 - uma guerrilha nacionalista que assinou um acordo de paz em 1990 -, se tornou o primeiro presidente de esquerda eleito na história do país, aprofundando um ciclo eleitoral que tem eleito esquerdistas na América Latina.

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira, 6, que o País amanhecerá "em guerra" se Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for eleito em outubro. O ex-ministro questionou a capacidade do petista de pacificar o Brasil, dada a polarização que o ex-presidente protagoniza contra Jair Bolsonaro.

"Você acha que se o Lula for eleito, o País vai amanhecer mais ou menos pacificado? Vai amanhecer em guerra, é evidente", afirmou Ciro em entrevista ao Flow Podcast. "Você acha que o Lula tem condição de oferecer uma agenda de enfrentamento à corrupção, que é um problema gravíssimo no Brasil? Ele não tem condição nem de tocar no assunto", disse.

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O presidenciável admitiu novamente que pretende ser a segunda opção de voto daqueles que têm ressalvas contra Lula, mas que pretendem votar no petista para derrotar Bolsonaro. Recentemente, a campanha do pedetista lançou um jingle afirmando que "Muitos (eleitores) de Lula pensam nele escondido".

Na entrevista, Ciro também manifestou a intenção de chegar ao segundo turno contra o petista. "Eu quero mostrar para essa pessoa que eu derroto Bolsonaro, e posso derrotá-lo ainda tirando ele do primeiro turno. Em vez de votar com 'casca e tudo', engolindo essas contradições todas, vota em mim, que eu tiro o Bolsonaro do segundo turno", disse.

Aliados da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) tentam promover uma aproximação dos dois pré-candidatos à Presidência. A iniciativa visa estabelecer uma convivência pacífica - espécie de pacto de não agressão -, em meio à polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles podem construir uma agenda mínima.

Entre as pautas convergentes estão os desafios da economia - a inflação, o desemprego e a pobreza -, a defesa da democracia e a crítica à radicalização imposta no atual ciclo pré-eleitoral. Simone e Ciro se colocam como pré-candidaturas do centro democrático, mas, enquanto ela se situa na chamada terceira via, ele se posiciona mais à esquerda no espectro político.

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Em outra frente, o MDB abriu um canal de diálogo com o Podemos para tentar ampliar a coligação da senadora. O partido chegou até a lançar a pré-candidatura do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Sérgio Moro, mas a iniciativa foi frustrada com a migração do ex-juiz da Lava Jato para o União Brasil. Atualmente, após a chancela da cúpula emedebista para representar a terceira via, Simone conta apenas com o apoio do Cidadania e espera pela palavra final do PSDB.

'GRANDEZA'

O primeiro sinal do movimento entre Ciro e Simone se deu na participação, na quarta-feira passada, do ex-senador gaúcho Pedro Simon, decano do MDB, em um programa apresentado pelo pedetista nas redes sociais. Na ocasião, Simon classificou como um desastre a "dobradinha" Lula e Bolsonaro e disse que os pré-candidatos do MDB e do PDT precisam "caminhar, discutir e debater com grandeza".

Ciro concordou, elogiou Simone e o pai dela, o ex-senador Ramez Tebet, e se colocou à disposição para o diálogo. "Em qualquer mesa em que o senhor estiver, eu estarei na cabeceira. Me convoque que eu estarei", afirmou ele.

Os presidentes do PDT, Carlos Lupi, e do MDB, Baleia Rossi, reforçaram a ideia. "Estamos abertos para o diálogo com a Simone. Esse é o caminho natural", disse Lupi. "Temos de conversar com todos aqueles que são alternativas à polarização. O diálogo está no DNA do MDB. Não se faz política com veto. Temos de buscar os pontos de convergência", afirmou Baleia Rossi.

A articulação no centro político esbarra, porém, em questões regionais, especialmente no Ceará. No Estado, o MDB e o PDT são rivais históricos. Uma reunião entre Ciro e Simone neste momento, dizem aliados, acirraria os ânimos com o grupo do ex-senador Eunício Oliveira, que é próximo de Lula e se opõe à pré-candidatura da emedebista.

PALANQUE

Do lado da senadora, enquanto os tucanos caminham para um acordo na disputa presidencial, o MDB abriu um canal de diálogo com o Podemos, que ficou sem candidato próprio. As conversas ainda são preliminares, mas integrantes do MDB avaliam que a chapa de Simone com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) na vice, que já indicou que pode aceitar o posto, tem o que chamam de afinidades históricas com o Podemos.

Há resistências. Segundo o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), a sigla estaria dividida entre lançar candidatura própria ou liberar os filiados.

FATOR LEITE

A solução do impasse entre o PSDB e o MDB teve de ser adiada porque a senadora cancelou uma viagem ao Rio Grande Sul, que estava prevista para começar nesta quinta-feira, 2, em razão da morte de seu sogro, Agostinho Rocha Segura, de 80 anos, em Três Lagoas (MS). Ele morreu em consequência de um AVC que sofreu na quinta-feira passada.

Simone deve ir próxima semana a Porto Alegre para uma rodada de conversas com líderes locais do MDB e com o ex-governador Eduardo Leite (PSDB). O acordo local passa pela desistência do deputado estadual Gabriel Souza (MDB) de disputar o Palácio Piratini para apoiar o candidato tucano, que deve ser Leite.

Após a desistência de João Doria de disputar o Palácio do Planalto, o PSDB estabeleceu como contrapartida ao apoio a Simone que o MDB abrisse mão de lançar candidatos próprios em três Estados para apoiar tucanos: Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Nos dois últimos, já está certo que a pré-candidata terá dois palanques.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com foco no eleitorado indeciso ou descontente com a polarização Lula-Bolsonaro, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) se apresenta como "segunda opção" de voto em jingle divulgado nesta quinta-feira, 2. No clipe, o presidenciável evidencia o plano de atrair eleitores dos primeiros colocados nas pesquisas. "Muitos de Lula pensam nele escondido, muitos de Bozo (Bolsonaro) também se sentem atraídos", diz a peça.

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A campanha se vale do resultado da última rodada da pesquisa Datafolha, que mostrou que 31% dos eleitores do ex-presidente petista consideram Ciro Gomes como segunda opção de voto; entre aqueles que votam no atual chefe do Executivo, 21% veem o pedetista como alternativa, segundo o levantamento. "Por isso digo, com total convicção, que Ciro Gomes vai virar esta eleição", diz o jingle.

No clipe, o pedetista reitera ainda que não desistirá de sua pré-candidatura. Trata-se possivelmente de uma provocação ao PT, já que lideranças do partido têm tentado atrair o PDT para o projeto de Luiz Inácio Lula da Silva, em um movimento para minar a candidatura do ex-ministro e ex-governador do Ceará. "E quanto mais tem candidato que desiste, Cirão da Massa é aquele que resiste", diz o jingle.

Recentemente, o ex-governador João Doria (PSDB-SP) se retirou da corrida presidencial após não conseguir emplacar seu nome na cúpula tucana. O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que também já se apresentou como presidenciável, abandonou sua pré-candidatura quando decidiu se desfiliar do Podemos.

O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta terça-feira, 31, que, se for eleito, pretende retomar o controle da Eletrobras para a União caso a privatização em curso da empresa se consolide ainda neste ano. Para o ex-ministro, a capitalização da estatal seria um "crime". Ele também defendeu recuperar ações da Petrobras até o Estado possuir 60% da empresa.

"Essa expansão (da Eletrobras) entrega para o acionista privado o controle da companhia. Vamos ter que negociar problemas de água e de tarifa lá em Xangai, provavelmente com uma estatal chinesa", afirmou em sabatina realizada pelo jornal Correio Braziliense. "Se privatizar eu tomo de volta, com as devidas indenizações naturalmente", completou.

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Como mostrou o Estadão, a Eletrobras oficializou sua oferta de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última sexta-feira, 27, com um pedido de oferta pública de ações ordinárias (com direito a voto). Para Ciro, o movimento acarreta na transferência do regime de águas do País ao capital internacional. Questionado, ele não esclareceu sobre como faria a retomada da empresa.

Petrobrás

Durante a sabatina, o pré-candidato também alegou que sua primeira ação como presidente eleito seria a mudança na estrutura de preços da Petrobras e que compraria os ativos dos acionistas que não quiserem mais investir na empresa após as alterações que propõe na política.

Ciro sustentou que quer publicar dois editais no primeiro dia de um possível governo do PDT. O primeiro, convocando o Conselho de Administração da Petrobras para alterar a política de Paridade de Preço Internacional (PPI), que calcula o custo do combustível a partir das variações do mercado internacional, lastreado, por exemplo, no dólar. Para Ciro, o cálculo deveria ser feito a partir do "custo Petrobras" somado a um lucro em linha, sem a paridade cm a importação.

Como a mudança nos preços poderia levar a uma queda no preço das ações da empresa, o pré-candidato alegou, ainda, que publicaria um segundo edital, em que se compromete a comprar fatias da Petrobras até retomar o controle de 60% dos ativos e transformar a estatal em uma companhia líder na produção de energia limpa.

"Eu vou publicar um edital ao lado do governo dizendo que o governo entrará comprando tantas ações quantas se queiram vender até o limite de integralizar novamente 60% do capital", completou.

Na entrevista, Ciro voltou a atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse ter histórico de conversas com PSD, União Brasil e PSB, que faz base com o PT nesta disputa eleitoral, para consolidar alianças em um possível governo.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, admitiu haver pré-candidatos do partido nos Estados que vão apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Palácio do Planalto. "Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local", disse ele. Lupi afirmou, porém, que não haverá punição aos infiéis.

O nome do PDT para a eleição presidencial é o do ex-ministro Ciro Gomes, que costuma fazer duras críticas ao petista. "O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje", afirmou Lupi ao Estadão.

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Alguns exemplos de simpatizantes de Lula no PDT são o senador Weverton Rocha, pré-candidato ao governo do Maranhão, e o ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves, que quer concorrer ao governo do Rio. Na outra ponta, Ciro tem a esperança de contar com dissidências regionais do PSB, partido que apoia Lula, mas tem conflitos com o PT em alguns Estados.

Candidato à reeleição, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que é do PSB, faz acenos a Ciro. "Ele (Renato) tem um compromisso com a gente de abrir o palanque para o Ciro. Não exclusivo, mas vai abrir", contou Lupi.

O governador participou na terça-feira, 24, de uma live promovida por Ciro e disse que o PSB "tem que avaliar até onde pode ir nessa conversa com o PT". Casagrande foi um dos principais obstáculos para que houvesse uma federação entre PT e PSB, que forçaria as duas legendas a tomarem as mesmas posições em âmbito nacional, estadual e municipal por, no mínimo, quatro anos.

"Temos decisão a ser tomada no Rio de Janeiro, aqui no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em São Paulo. Tem uma aliança nacional formada, consolidada, bem organizada, mas ainda temos até julho para poder discutir alguns Estados", afirmou o governador durante a live com Ciro.

Apesar da liderança das intenções de voto permanecer com o ex-presidente Lula (PT), nesta sexta-feira (13), a pesquisa Ipespe apontou que Jair Bolsonaro (PL) conseguiu encurtar a distância. O atual presidente oscilou dentro da margem de erro e alcançou o melhor resultado de 2022.

Conforme o estudo, o petista estabilizou a posição com 44% dos votos, enquanto Bolsonaro subiu 1% e atingiu 32% das intenções. Essa é a menor distância entre os concorrentes desde julho do ano passado.

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O desempenho do núcleo da terceira via sequer incomoda o cenário polarizado. Ciro Gomes (PDT) pontuou com 8%, seguido por João Doria (PSDB), com 3%, André Janones (AVANTE), com 2%, e Simone Tebet (MDB), que marcou 1%.

Segundo Turno

Aparentemente sem surpresas em um eventual segundo turno, a disputa se consolidaria entre os dois principais pré-candidatos. O resultado cravou a eleição de Lula com 54% dos votos e Bolsonaro derrotado com 35% do eleitorado.

Com margem de erro de 3,2 pontos percentuais, o Ipespe telefonou para 1.000 pessoas entre os dias 9 e 11 de maio.

O pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, acenou com a possibilidade de ter a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, como vice em sua chapa na disputa de 2022. Para o ex-ministro, Tebet é uma pessoa "diferente" e está sendo "traída pelo próprio partido".

"Eu tenho uma pessoa dessas aí (da terceira via) que eu respeito muito. Ela é diferente. Ela não é uma viúva do bolsonarismo igual o (João) Doria. Ela é uma pessoa que acho que vai ter um papel importante, que é a Simone Tebet", disse Ciro em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao ser questionado sobre qual pré-candidato da terceira via ele aceitaria ter na chapa.

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"Simone Tebet está sendo traída pelo próprio partido porque o Lula está corrompendo. Já está acertado com Eunício Oliveira e o Renan Calheiros, os mesmos do esquema do escândalo do Petrolão", emendou o pedetista, numa referência às articulações do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira, do MDB, em torno da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta quarta-feira, 11, os presidentes dos partidos da terceira via - PSDB, MDB e Cidadania - deram demonstração de sobrevida ao projeto de candidato único, ao definirem que o nome de consenso será definido a partir da análise conjunta de pesquisas quantitativas e qualitativas encomendadas pelas legendas. Hoje são considerados pré-candidatos do grupo ao Planalto: Simone Tebet e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

Ciro voltou a afirmar que se manterá na disputa até o fim. "O sistema me quer ver expelido. Ele não quer nem que eu tenha direito de falar. Exigem todo dia que eu tire a minha candidatura", disse. Ontem, em rede social, o ex-ministro argumentou que, sem sua candidatura, a polarização aumentaria no momento em que Lula "estagnou" e Bolsonaro se sustenta nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência.

Para o pré-candidato do PDT, tanto Lula quanto Bolsonaro vivem em uma "estrutura de mutualismo", já que os dois políticos se "protegem" e se beneficiam da polarização. "O sistemão ganhou o Lula, então Lula e Bolsonaro estão protegendo o outro porque os dois garantem o mesmo tipo de modelo econômico e a mesma governança política", afirmou.

Propostas para a economia

Para Ciro, a inflação, que vem batendo recordes no País, é "produzida pelo governo". "Ele determina o preço dos combustíveis, do gás de cozinha, o diesel do frete que está na carne", disse. O ex-ministro destacou que o mesmo mecanismo acontece com o aumento de energia elétrica, que também impacta no valor dos alimentos.

Nesse cenário, Ciro defendeu uma política de abastecimento e preço para lidar com o aumento de produtos essenciais que são produzidos no País, como café e açúcar. "Nós fazíamos isso exemplarmente o passado. Fernando Henrique Cardoso, Lula e Bolsonaro destruíram a estrutura de abastecimento e preço do Brasil por prostração ideológica", afirmou.

A ideia do pré-candidato é que o governo seja capaz de oferecer produtos a um preço acessível para a população em momentos instáveis politicamente, como em episódios de guerras internacionais, por exemplo.

Religião

Durante a entrevista, o pré-candidato evocou expressões religiosas para explicar suas ideias. Em uma delas, usou uma frase bíblica presente no livro de Mateus que diz que "ninguém serve a dois senhores" para exemplificar a política de preços da Petrobras. Em outro momento, afirmou que tem rezado pela disputa. "Estou pedindo a Deus todo dia que ilumine as minhas palavras que não seja pra mim, que seja pra outro. mas vamos desarmar essa bomba."

O discurso religioso tem sido bastante utilizado entre os pré-candidatos como uma medida de atrair eleitores antes aliados de Bolsonaro. Em abril, Ciro participou de um ato, em Brasília, no qual o PDT lançou o Movimento Cristãos Trabalhistas, com o objetivo de aproximar o partido das igrejas evangélicas e católicas.

A mesma movimentação tem sido vista na pré-campanha de Lula, cujo responsável por essa aproximação com líderes religiosos é o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice.

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, divulgou nesta quarta-feira (11) um vídeo nas redes sociais para reafirmar que manterá sua candidatura "até o fim". "E vencerei no 2º turno", diz.

O pedetista argumentou que, sem sua candidatura, a polarização aumentaria no momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estagnou e Jair Bolsonaro (PL) se sustenta nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência.

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"Se não fosse assim, por que um presidente que não governa, que não consegue controlar a inflação, o desemprego, a corrupção, a fome e a miséria se mantém competitivo? Unicamente porque a sombra de Lula e do petismo obscurecem o cenário".

A manifestação ocorre um dia depois de o Estadão revelar que Lula entrou pessoalmente nas articulações com o objetivo de atrair o PDT para a aliança em torno de sua candidatura, aumentando a pressão para que Ciro desista da disputa.

A cúpula do PT tem oferecido apoio a mais candidatos do PDT nos Estados, dispondo-se até mesmo a desfazer acertos firmados anteriormente. Na lista das ofertas estão o Rio de Janeiro - onde a Executiva petista já aprovou a aliança com o deputado Marcelo Freixo (PSB) ao governo -, o Ceará e o Maranhão.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou na terça-feira, 3, que considera difícil, mas não impossível, uma aliança da legenda com o pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes. Para Kassab, Ciro é "a única terceira via" e seria "extraordinária" opção de candidatura para enfrentar a polarização Lula-Bolsonaro.

"Continuo torcendo para termos uma terceira via. E o Ciro seria uma extraordinária terceira via", disse Kassab em entrevista à Rádio Bandeirantes. De acordo com o dirigente do PSD, é necessário acompanhar o desempenho de Ciro nas pesquisas para entender a viabilidade de sua candidatura. "A pergunta é: será que essa terceira via, que eu acho que é o Ciro, consegue até início de junho ter pelo menos 10% na (pesquisa) espontânea? Se tiver 10% na espontânea, vai ter uns 15% na pesquisa (estimulada)", afirmou Kassab.

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DIRETÓRIOS

Kassab, no entanto, reforçou que a tendência é de liberar os diretórios estaduais do PSD para apoiar quem quiserem na disputa presidencial. A possibilidade de o partido se aliar à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno da disputa presidencial é considerada remota.

No Twitter, Ciro agradeceu à manifestação de Kassab. "Estamos crescendo e vamos surpreender. O Brasil precisa de nós para rompermos esta polarização odienta", escreveu.

Nas últimas semanas, Ciro tem concentrado esforços em atrair o PSD e o União Brasil em torno da sua candidatura. O União Brasil, presidido por Luciano Bivar, deve oficializar o desembarque da chamada terceira via com a possibilidade de construir uma chapa pura à Presidência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), líderes nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto. Apesar de dizer que "não acho que eles são maus, e eu sou o bom", o presidenciável disse que os dois adotam um modelo de governança "da mão para a boca".

"Não acho que Bolsonaro seja mau, que o Lula seja mau, e eu sou bom. O problema é que o erro estratégico é administrar um país desses da mão pra boca. E aí deixa coisas paradas pelo caminho", disse Ciro. Ele participou nesta quarta-feira, 27, da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

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Ciro também criticou a "falta de modelos" para administração do País. "O Brasil não tem modelo para nada. ninguém sabe o que fazer em tecnologia, em infraestrutura, é um caos completo", afirmou. Ele citou como exemplo o programa Mais Médicos do governo Dilma, que trouxe profissionais de saúde cubanos para atender regiões do País que tinham déficit de profissionais da saúde.

"O Brasil, em vez de investir na formação do capital humano e mexer nas residências, resolveu atalhar o caminho e importar médico de Cuba. O Brasil precisa importar um quadro profissional de um país menor que o Rio Grande do Sul e mais pobre que o nosso?", questionou. A crítica ao programa é recorrente também por parte de Bolsonaro, que diz que o dinheiro pago aos médicos ia para o ex-presidente cubano Fidel Castro (1926-2016).

O presidenciável ainda criticou o baixo nível de investimento do governo brasileiro. Ele lembrou que o País tem um dos maiores orçamentos do mundo, de R$ 4 trilhões previstos para esse ano, mas só R$ 44 bilhões devem ficar livres para aplicação em áreas como infraestrutura, saúde e educação. Para resolver parte do problema, Ciro propõe cortar 20% das renúncias fiscais feitas atualmente.

"O Brasil dispensa R$ 350 bilhões em arrecadação por ano. Só nisso (corte em renúncias), sobra R$ 70 bilhões para investimentos por ano." Ele também prometeu fazer com que o País tenha o mesmo nível de desenvolvimento da Espanha nos próximos 30 anos e que abriria o caminho para isso com um pacote de investimentos feitos em quatro anos de seu evento governo.

Dívidas

Ciro afirmou que vai rever a dívida de estados e municípios com a União caso seja eleito. De acordo com o pedetista, juntos, os entes federados possuem débitos com o governo que somam R$ 600 bilhões, apenas 10% do total da dívida pública brasileira. A revisão do montante poderia aumentar a margem dos municípios e estados para investimentos, acredita Ciro.

"Eu proponho um pacto federativo reconstituído. Primeiro passo: a dívida consolidada dos municípios e dos estados é de R$ 600 bilhões, isso é menos de 10% da dívida brasileira. Não há nenhuma razão para o Estado não fazer uma grande consolidação desse passivo e restaurar a capacidade de investimento dos estados e, avassaladoramente, tirar a burocracia dos municípios naqueles acessos a recursos multilaterais", disse.

Mesmo com seus 57%, contra 45% de Lula (PT), seu principal adversário, o atual presidente não é o mais rejeitado pelos eleitores. Doria (PSDB) é o pré-candidato que apresenta a maior rejeição, segundo a pesquisa FSB/BTG. Para 63% dos entrevistados, o ex-governador de São Paulo não é uma opção de voto "de jeito nenhum".

Em seguida vêm Bolsonaro (PL), com 57% de rejeição, e Ciro Gomes (PDT), com 49%. Lula (PT) aparece em quarto lugar, com 45% de rejeição. Eduardo Leite (PSDB) tem 38% e Felipe D'Ávila (Novo), 35%. Simone Tebet (MDB) e Janones (Avante) empatam com 31%.

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A pesquisa FSB/BTG consultou dois mil eleitores por telefone entre os dias 22 e 24 de abril. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. O registro na Justiça Eleitoral é BR-04676/2022.

Com informações da Agência Estado

O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, lançou nesta segunda-feira (18) um novo jingle de campanha, o "Pagode do Cirão", que critica a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) e coloca o pedetista como alternativa na disputa ao Planalto. "Tá cansado dos mesmos de sempre, de seguir no mesmo giro, tá na hora de você olhar para o Ciro", diz trecho da música.

"Saber, que um rouba mas faz. E o outro, esse rouba sem fazer. Isso você não vai querer. No pé… dar um tremendo tiro". "Tá na hora de olhar pro Ciro", afirma o jingle.

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O pré-candidato do PDT, que vem negociando com União Brasil em busca de aliança para as eleições deste ano, se coloca como a "nova via" na disputa. A frase "Ciro - a rebeldia da esperança" é o slogan da campanha presidencial do pedetista.

Na última pesquisa Genial/Quaest, no cenário sem a presença do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), Ciro aparece em terceiro lugar com 6% das intenções de voto. O pedetista está à frente dos candidatos da chamada terceira via, que negociam o lançamento de um candidato único na corrida presidencial.

Pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes admitiu, na segunda-feira (11), que precisa demonstrar que é um nome viável até maio ou junho para conseguir apoio de outros partidos. O ex-ministro tem conversado e busca alianças com o União Brasil e o PSD. "Eu preciso demonstrar para eles que eu sou viável", afirmou Ciro.

"Se eu conseguir, como estou conseguindo, chegar ali por maio, junho, demonstradamente o cara mais viável contra o que representa o Lula e o Bolsonaro em polarização, ódio e desagregação do País, eu tenho chance de capturar alguns pedaços da organização partidária brasileira", disse.

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A declaração foi dada durante palestra no think tank Atlantic Council, em Washington, após pergunta feita pela reportagem do Estadão. Ciro aparece em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto, na mais recente pesquisa Ipespe, a primeira divulgada após a saída de Sérgio Moro do Podemos e a filiação ao União Brasil, onde o ex-juiz enfrenta resistências e deixou de ser considerado pré-candidato à Presidência.

O pedetista está bem atrás de Lula (34%) e Bolsonaro (30%), mas à frente de outros nomes que tentam se garantir na chamada terceira via, como o tucano João Doria (6%), e a emedebista Simone Tebet (2%). "Eu tenho conversado, sim, com a direção do União Brasil", disse Ciro. MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania pretendem anunciar um candidato único ao Planalto em maio.

MÃO DUPLA

Ciro disse que PDT deu apoio a políticos do antigo DEM (que se fundiu com o PSL para formar o União Brasil), como Ronaldo Caiado (Goiás) e Mauro Mendes (Mato Grosso). "Portanto é uma conversa que já vem de longa data", destacou.

"E o PSD é de um velho amigo meu, (Gilberto) Kassab, e eu já fui adiante e apoiei o prefeito (Alexandre) Kalil, de Belo Horizonte, eu tenho uma amizade antiga e uma afinidade imensa com o Eduardo Paes no Rio de Janeiro", disse o pré-candidato, a uma plateia presencial e virtual de analistas brasileiros e americanos.

Em entrevista recente ao Broadcast Político, o presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou que para fortalecer a candidatura de Ciro ao Planalto, seu partido tem conversado "corriqueiramente" com União Brasil e PSD, que poderiam indicar um vice na chapa com o pedetista.

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) reagiu ao movimento de presidenciáveis da terceira via que, nesta quinta-feira (31), ensaiam desistir da corrida presidencial. Enquanto João Doria (PSDB) deve anunciar sua saída da disputa em pronunciamento às 16 horas, Sergio Moro deve migrar para o União Brasil e tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ciro escreveu: "Muitos vão ceder, mas não serei eu".

O ex-ministro é um dos únicos presidenciáveis que se colocam como alternativa à polarização mas, ao mesmo tempo, não está envolvido nas conversas em torno da aglutinação do centro para uma candidatura viável ao Planalto. Ao contrário de Moro e Doria, que já haviam apontado a possibilidade de abrir mão de "projetos pessoais" para fortalecer a terceira via, Ciro "corre sozinho" na disputa.

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A possível desistência do ex-juiz representa uma oportunidade para Ciro. Ele e Moro apareciam empatados na maioria das pesquisas de intenção de voto divulgadas recentemente.

A movimentação do campo da terceira via nesta quinta-feira começou com a desistência do governador paulista, que, ao contrário do que vinha anunciando desde o ano passado, deve permanecer no cargo atual e retirar sua pré-candidatura à Presidência. No mesmo dia, Moro dá sinais de que também deve deixar de estar à disposição para tentar o Executivo federal. Essas ações reconfiguram o xadrez eleitoral e podem mexer nos arranjos das candidaturas.

O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 30, que "o Brasil não precisa de mito, nem de salvador da pátria". Foi uma referência aos adversários Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, que lideram as pesquisas. Segundo ele, o povo precisa dominar a política, para que "não seja um jogo de ódios e paixões, explorando suas angústias e suas esperanças despolitizadas". Ciro também acusou o presidente Bolsonaro de preparar a "morte final" da Petrobras, com sua privatização.

"A política que é boa é aquela em que o povo incorpora as ideias e obriga todos os políticos a aplicar as ideias corretas ao longo de todo o tempo", afirmou o pedetista no seminário "Petrobras não é problema, Petrobras é a solução", realizado na sede do partido no Rio.

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No evento, Ciro disse que o presidente Bolsonaro está "nomeando um novo e desqualificado quadro" para o comando da petroleira. "Este seminário, que já estava convocado há algum tempo, acontece num momento em que mais uma vez o presidente da República, mentindo despudoradamente ao povo brasileiro, simula que está incomodado com a política de preços - que ele é o responsável - da Petrobras, e o desatino que está fazendo, nomeando um novo e desqualificado quadro, cuja única tarefa, lobista que é, é preparar a Petrobras para a morte final, que é a privatização", afirmou.

No início da semana, o governo anunciou que mudará o comando da Petrobras. O general da reserva Joaquim Silva e Luna será substituído pelo economista Adriano Pires.

O seminário sobre a Petrobras faz parte de uma estratégia da equipe econômica que assessora Ciro Gomes para debater os rumos da petroleira. O grupo defende que a empresa opere de modo similar a uma parceria público-privada, mas com maior participação do Estado nas decisões.

"A política de preços da Petrobras é uma decisão política, ela não obedece a nenhuma lei, nenhuma interdição. Portanto, sendo uma decisão política, a política pode mudá-la. Depende de o povo brasileiro escolher qual política deseja para firmar o futuro dessa estratégia", defendeu Ciro.

O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), ironizou a aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Animação compartilhada no Telegram do pedetista critica o fato de os dois, antes adversários, discutirem a possibilidade de dividir uma chapa presidencial este ano. Também questiona políticos de esquerda pelo apoio ao acordo.

A postagem, que traz referências ao festival de música Loolapalooza, apresenta Lula e Alckmin como líderes de uma banda que "desafina na política". A peça mostra as cabeças dos dois flutuando, enquanto nomes da esquerda cantam em frente ao Congresso Nacional em chamas.

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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, aparece vestida com uma camisa de tucano, símbolo do PSDB, antigo partido de Alckmin. A imagem é intitulada "Lulapalozo apresenta os Novos Tucanos". Entre os políticos representados na animação, estão Guilherme Boulos (PSOL), Jean Wyllys (PT) e Manuela DÁvila (PCdoB).

"É surpreendente a riqueza da música brasileira. A cada dia surge uma nova banda no cenário. Só concorre com a profusão de bandos que desafinam na política. Ouçam estes inigualáveis Novos Tucanos! #LulaPalozo", ironizou Ciro na publicação.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, reagiu à publicação do presidenciável. "Candidato a presidente que beijou a mão de ACM, teve ruralista de vice e correu atrás do Centrão até o último minuto em 2018, agora quer pagar de rebelde. Tenta ridicularizar lideranças de esquerda pra apagar uma vida inteira de contradições. Mas só demonstra desespero mesmo", criticou.

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