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O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, afirmou na tarde desta quarta-feira (6), que o estado vai realizar fiscalizações "mais duras e objetivas" para combater os desrespeitos aos protocolos de combate à Covid-19, podendo até o infrator responder criminalmente.

Para combater as festas clandestinas e aglomerações, por exemplo, Eurico pede que a população ajude fazendo fotos, vídeos e encaminhem para o Procon-PE. "Nós vamos aplicar a multa e a partir de agora notificar diretamente, através de notícia crime ao Ministério Público, para instaurar um processo criminal", detalha o secretário.

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"O que não pode são pessoas que acham que são donos do mundo e tudo pode, sem responsabilidade com os outros, especialmente com os idosos. O governo vai tomar cada vez medidas mais duras", assegura.

O secretário aponta que, nos últimos trinta dias, o Procon-PE já multou mais de 150 instituições como bares, restaurantes e locais de festas. Nesse período, Pedro aponta que o Procon-PE já aplicou multas no valor de quase R$ 350 mil e que esses valores serão aumentados. 

"Restaurantes, hotéis e casas de espetáculos que promoverem festas abusivas serão, a partir de agora, não somente interditados, mas em caso de reincidência a interdição será definitiva - só cabendo a reabertura através de decisão judicial", finaliza.

Os dirigentes do Partido Comunista Chinês (PCC) celebraram neste sábado o que chamaram de êxito "extraordinário" no combate à Covid-19, a poucos dias da chegada ao país de uma missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tentará determinar as origens do coronavírus.

O governo chinês foi muito criticado dentro e fora de suas fronteiras pela maneira como administrou o surto do vírus em Wuhan, no centro do país, no fim de 2019.

Mas neste sábado, a direção do PCC comemorou o "papel decisivo" do partido diante dos "riscos e desafios estranhos deste ano" e por ter adotado uma "perspectiva a longo prazo que permitiu uma vitória gloriosa e extremamente extraordinária neste ano totalmente insólito", de acordo com um comunicado divulgado pela agência estatal Xinhua.

A China afirma que em apenas alguns meses conseguiu erradicar o coronavírus graças a uma severa política de confinamento nas cidades afetadas. Além disso, o país será o único que registrará um resultado econômico positivo este ano.

Mas a China é criticada por ter ocultado o surgimento do vírus, o que permitiu a propagação pelo mundo inteiro do novo coronavírus. Ao menos oito pessoas que criticaram as políticas governamentais no início da crise foram punidas de alguma maneira no país.

Por exemplo, o jornalista Zhang Zhan, cujas reportagens em Wuhan no início do ano mostravam o caos das primeiras semanas, foi detido e será julgado a partir de segunda-feira.

As declarações de autocomplacência chinesa acontecem poucos dias antes da chegada de uma missão da OMS ao país, que visitará, entre outras cidades, Wuhan, para investigar as origens do vírus, concretamente para tentar entender como a doença passou do animal para o homem.

A investigação não está destinada a "jogar a culpa em um país ou algumas autoridades, e sim a tentar entender o que aconteceu para evitar que volte a acontecer", afirmou esta semana uma fonte da OMS à AFP.

A China tentou recentemente gerar dúvidas sobre a origem do vírus. "Todas as evidências disponíveis mostram que o coronavírus não começou em Wuhan, no centro da China", publicou recentemente o site do jornal Diário do Povo, sem entrar em detalhes.

O governo de Pequim também prometeu compartilhar sua vacina com os países em desenvolvimento e fornecer máscaras e outros materiais de proteção aos países que precisam de ajuda.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez nesta quinta-feira (24) um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV em que desejou um feliz Natal e um próspero ano-novo para as famílias brasileiras. Na ocasião, o presidente fez um balanço das ações adotadas pelo governo, ao longo do ano, para combater a pandemia de Covid-19 e mitigar seus efeitos sociais e econômicos.

“Instituímos o auxílio emergencial, que ajudou milhões de famílias, facilitamos e ampliamos o crédito para as pequenas e microempresas, custeamos parte dos salários dos trabalhadores, salvando milhões de empregos", disse. "Nossos esforços sempre tiveram como foco principal a preservação da vida e de empregos, pois saúde e economia caminham juntas, lado a lado", destacou.

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Segundo ele, na área de saúde, "não faltaram recursos e equipamentos para todos os estados e municípios no combate ao coronavírus, dentre outras ações". O pronunciamento também teve a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O presidente disse que 2020 foi um ano de grandes desafios tanto para o Brasil quanto para o mundo: “As famílias, as empresas, os trabalhadores, formais e informais, tiveram que mudar suas rotinas e modo de viver. Essa pandemia que impactou o planeta exigiu responsabilidade, coragem e esforço de todos os líderes mundiais.”

Bolsonaro também agradeceu o empenho dos profissionais de saúde que atuaram durante a pandemia e se solidarizou com as famílias que perderam parentes. "No dia 25 de dezembro, celebraremos uma das maiores e mais importantes festas do cristianismo: o Natal. Nessa ocasião, solidarizo-me, particularmente, com as famílias que perderam seus entes queridos neste ano. Externo meus sentimentos, pedindo a Deus que conforte os corações de todos."

A primeira-dama Michelle Bolsonaro agradeceu o trabalho de voluntários que atuaram em várias áreas. "[O ano de] 2021 renasce com o desejo de fazer o bem, de valorizar pequenos gestos, de agir e dar mais valor ao próximo. Agradecemos a união e os esforços dos nossos voluntários em diversas áreas, principalmente aqueles que estavam na linha de frente", disse.

A Fundação Bill e Melinda Gates anunciou, nesta quinta-feira (10), US$ 250 milhões em fundos adicionais para a campanha mundial de combate à pandemia do coronavírus.

Parte dos fundos será destinada à distribuição de doses vitais de vacinas anticovid-19 para países da África Subsaariana e da Ásia meridional.

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"Temos novos medicamentos e mais vacinas em potencial do que poderíamos esperar no início do ano", disse Bill Gates, em um comunicado. O financiamento é um dos maiores obstáculos para a África, um continente que abriga alguns dos países mais pobres do mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou a meta de vacinar 3% dos africanos até março de 2021 e 20% até o final do ano que vem. A OMS afirmou, no entanto, que apenas cerca de 25% dos 47 países do continente têm planos suficientes para recursos e financiamento.

O coordenador da resposta Covid-19 da Fundação Gates na África, Solomon Zewdu, disse que parte do financiamento anunciado nesta quinta ajudará a garantir que as vacinas cheguem a cerca de 780 milhões de pessoas no continente.

A África registrou mais de 2,3 milhões de casos, dos quais 54.800 foram fatais.

O Ministério da Justiça informou que foi deflagrada nesta sexta-feira (4) a Operação Vetus. A meta é combater crimes de violência contra idosos em todo o país.

A ação conta com a parceria do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, após constatação de que o total de denúncias de crimes registrados por meio do Disque 100 aumentou durante a pandemia.

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A operação terá o apoio de policiais civis de todas as 27 unidades federativas. Mais detalhes sobre esta operação serão apresentados ainda nesta manhã durante coletiva de imprensa no Ministério da Justiça.

O relatório técnico preliminar “Direitos da População Negra e Combate ao Racismo”, elaborado pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, aponta que o governo federal não tem executado grande parte dos programas de combate do racismo e à violência contra a população negra e outros grupos em situação de vulnerabilidade.

O estudo foi solicitado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Helder Salomão (PT-ES), para dar subsídio ao Observatório Parlamentar da Revisão Periódica Universal, uma parceria entre a Câmara e o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

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“Os achados do estudo técnico são gravíssimos. Estamos vivendo no Brasil um momento de muitos retrocessos, o governo destrói conquistas já feitas. É um conjunto de violências simbólicas que viabilizam a legitimação, a tolerância e o estímulo ao racismo”, disse o deputado.

Assassinato de jovens

O documento alerta, por exemplo, que o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens, previsto na Lei 13.675/18, nunca foi implementado. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, esta iniciativa, que faz parte do Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, está em processo de revisão na Coordenação-Geral de Políticas para a Sociedade.

O relatório informa também que o “Juventude Viva”, principal programa de prevenção e combate ao homicídio de jovens do governo federal, foi descontinuado em 2019. O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos diz que o programa está em em fase de reformulação.

Segundo o Atlas da Violência 2020, quase 31 mil jovens entre 15 e 29 anos foram mortos em 2018. Esse número equivale a cerca de 54% do total de registros. O levantamento mostra ainda que os casos de homicídio de pessoas negras (pretas e pardas) aumentaram 11,5% em uma década, já o percentual entre não negros teve queda de 12,9%.

Além disso, o relatório revela que o Ministério da Justiça e Segurança ainda não instituiu mecanismos de registro, acompanhamento e avaliação, em âmbito nacional, dos órgãos de correição, medida exigida pelo Decreto 9.489/18.

Pró-Equidade

Já o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, lançado em 2005, está suspenso desde o final de 2018. Esse programa previa novas formas na gestão de pessoas, que incluiriam o combate a discriminações e desigualdades de gênero e raça no ambiente de trabalho.

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, deve haver uma nova edição do programa, mas não há cronograma.

Saúde integral

O relatório da Consultoria Legislativa indica que a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra não está sendo implementada na prática, pelo menos desde 2019. Pelas respostas enviadas pelo Ministério da Saúde, não foi citada qualquer iniciativa relevante no âmbito da política nos anos de 2019 e 2020.

Segundo o relatório, ficou depreendido das respostas que hoje não há coordenação, monitoramento e avaliação dessa política.

Financiamento estudantil

O relatório aponta que os recursos executados no âmbito do programa de Bolsas Permanência nas Universidades caíram de R$ 172,3 milhões em 2017 para R$ 162,9 milhões em 2019. Também diminuíramos os financiamentos através do Programa de Financiamento Estudantil (Fies): em 2017, foram concedidos 176 mil financiamentos. Em 2019, apenas 85 mil.

O total de bolsas de estudos poderá ter uma redução ainda maior se for aprovada a extinção das isenções de PIS e Cofins às instituições particulares que participam do Prouni. A medida está prevista em projeto do governo que compõe a reforma tributária (PL 3887/20).

Quilombolas

Para as políticas públicas voltadas aos quilombolas, os recursos executados caíram de cerca de R$ 26 milhões em 2014 para pouco mais de R$ 5 milhões em 2019. Em 2020, o Executivo extinguiu a ação de Fomento ao Desenvolvimento Local para Comunidades Remanescentes de Quilombos e Outras Comunidades Tradicionais.

Já o orçamento executado para titulação de terras quilombolas caiu de aproximadamente R$ 23 milhões em 2014 para R$ 3 milhões em 2019.

Promoção da igualdade

Segundo o relatório, a Fundação Cultural Palmares teve o orçamento drasticamente reduzido. Em 2012, foram executados cerca de R$ 6,5 milhões nas políticas da fundação. Em 2019, o valor caiu para R$ 837,7 mil. Até o final de setembro de 2020, a fundação executou menos da metade do dinheiro empenhado para este ano.

Foram reduzidos ainda os recursos para a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Em 2012, foram executados cerca de R$ 5 milhões. No ano passado, pouco mais de R$ 800 mil.

Na estrutura da secretaria, foi extinto, por decreto do governo federal, o Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Já o Ministério da Economia extinguiu o Fórum Interconselhos, criado pelo antigo Ministério do Planejamento e pela Secretaria-Geral da Presidência da República, que monitorava, junto com a sociedade civil, agendas transversais como o combate ao racismo, nos planos plurianuais. O ministério informou que a política foi encerrada em 2018.

Em 2014, o fórum foi premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como exemplo de iniciativa no serviço público (United Nations Public Service Awards).

*Da Agência Câmara de Notícias

Neste Dia Mundial de Combate ao Diabetes, lembrado hoje, o Brasil registra a marca de 43 amputações de membros inferiores por dia, decorrentes de complicações da doença. Os dados, do Ministério da Saúde, se referem à soma de 10.546 amputações feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro e agosto deste ano, ao custo de R$ 12,3 milhões.

No mesmo período do ano passado, foram realizadas pelo SUS 10.019 amputações de membros inferiores em decorrência do diabetes, que custaram R$ 11,6 milhões. O crescimento no número de procedimentos em 2020 foi de 5,26%.

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A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta que o principal motivo que leva a essas amputações é a falta de cuidados com a doença, a causa mais comum para amputações de pés e pernas, com cerca de 60%. Em 85% dos casos, o problema aparece como uma ulceração nos pés, ou seja, uma lesão nos tecidos, que pode ser tratada. O diabetes causa perda da sensibilidade, e os ferimentos podem evoluir para o chamado pé diabético, chegando aos casos graves de gangrena que necessitam de amputação.

O paciente diabético precisa ficar atento a qualquer sinal nos pés, como frieiras, bolhas, ferimentos e calos. Os cuidados envolvem secar os pés com cuidado após o banho, manter a pele hidratada, utilizar meias de algodão e sapatos fechados.

Diabetes e Covid-19

O diabetes também é um dos principais fatores de risco para o agravamento da covid-19. Por isso, o projeto internacional CoviDiab Registry, uma iniciativa da King’s College London, da Inglaterra, e da Monash University, da Austrália, está reunindo dados globais sobre diabetes e covid-19. Segundo os pesquisadores, há indícios de que o novo coronavírus também possa causar diabetes em quem não tinha.

“É plausível que o Sars-Cov-2 possa causar várias alterações coexistentes do metabolismo da glicose, que podem complicar a fisiopatologia do diabetes pré-existente ou levar a novos mecanismos da doença. Existem, de fato, precedentes para uma etiologia viral para diabetes com tendência à cetose”, informa o projeto.

O que os cientistas ainda não sabem é se o diabetes causado pelo Sars-Cov-2 persiste após a cura da infecção, ou se pode se tornar mais um fator de risco para pacientes com tendência à doença.

Estudo feito no início da pandemia no Brasil mostrou que os pacientes de diabetes negligenciaram os cuidados por causa do isolamento e das medidas restritivas. A pesquisa ouviu 1.701 pacientes entre os dias 22 de abril e 4 de maio e os resultados foram publicados em agosto no periódico científico Diabetes Research and Clinical Practice.

Participaram do levantamento pesquisadores e médicos de diversas instituições, entre elas a International Diabetes Federation, ADJ Diabetes Brasil, Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Universidade de São Paulo (USP), Pan African Women in Health (PAWH), Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Hospital do Rim e Hipertensão de São Paulo.

Do total, 95,1% dos entrevistados reduziram a frequência de saídas da residência e 91,5% passaram a monitorar a glicose no sangue em casa. Foi relatado aumento, diminuição ou maior variabilidade nos níveis de glicose por 59,4% dos participantes, 38,4% deles adiaram consultas médicas e exames de rotina e 59,5% diminuíram a atividade física.

Outra pesquisa foi iniciada em setembro pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), com o objetivo de analisar o autocuidado em diabetes e resiliência na pandemia pelos brasileiros. Podem participar as pessoas com diagnóstico de diabetes, de ambos os sexos, maiores de 18 anos e que residam no Brasil. O formulário está disponível em https://bit.ly/DIABETESvid.

Sintomas, prevenção e tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Com isso, podem ocorrer altas taxas de glicose no sangue que levam a complicações cardíacas, nas artérias, olhos, rins e nervos, podendo inclusive ser fatal.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil soma atualmente mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença. Os dados da Federação Internacional de Diabetes mostram que no ano passado 463 milhões de adultos viviam com diabetes no mundo, sendo que metade não foi diagnosticada. A estimativa é que o número chegue a 700 milhões em 2045. Em 2019, a doença causou 4,2 milhões de mortes no mundo e pelo menos US$ 760 bilhões em gastos com saúde, o que equivale a 10% dos gastos totais com adultos.

Os principais sintomas são fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No diabetes tipo 1, pode ocorrer também perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito. No tipo 2, são sintomas também formigamento nos pés e mãos, infecções na bexiga, rins, pele e infecções de pele, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.

A prevenção é feita com a prática de hábitos saudáveis, como comer diariamente verduras, legumes e frutas; reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras; parar de fumar; praticar exercícios físicos regularmente; e manter o peso controlado. Os fatores de risco para a doença envolvem questões genéticas e também pressão alta, colesterol alto, alterações na taxa de triglicérides, sobrepeso, doenças renais crônicas, mulher que deu à luz criança com mais de 4kg, diabetes gestacional, síndrome de ovários policísticos, distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar, apneia do sono e uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.

O tratamento para o diabetes do tipo 1 é feito com injeções diárias de insulina e pode ser recomendada medicação oral. Para o tipo 2, o tratamento dependerá do grau da doença e pode envolver remédios para impedir a digestão e absorção de carboidratos ou que estimulam a produção de insulina. O tratamento e acompanhamento do diabetes é oferecido gratuitamente pela atenção básica do SUS.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a escolha de ministros "não por apadrinhamento, mas por competência" é uma das colaborações de seu governo ao combate à corrupção. Sem citar o nome do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, Bolsonaro afirmou que o atual ocupante do cargo, André Mendonça, é "muito, mas muito melhor que outro que nos deixou há pouco tempo".

Na quarta-feira (7), Moro criticou pelo Twitter as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que teria acabado com a Operação Lava Jato em função do fim da corrupção no governo. "As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido", escreveu Moro.

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Bolsonaro participou nesta quinta-feira, 8, de solenidade de encerramento dos cursos de formação de policiais federais. Segundo o presidente, sua eleição em 2018 ao cargo que ocupa é fruto, entre outros fatores, do trabalho da Polícia Federal. Ele destacou que, além da atuação do órgão durante o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), "o outro efeito do trabalho de vocês (na minha vida) foi - e ainda é hoje em dia - no combate à corrupção. Isso fez com que muita gente olhasse para um candidato diferente e eu acabei sendo eleito".

Em seu mais recente estudo sobre o uso da cloroquina na prevenção e tratamento da Covid-19, a Universidade da Pensilvânia concluiu que o medicamento mostra-se ineficaz na prevenção da doença causada pelo novo coronavírus. O resultado foi divulgado na última quarta-feira (30), no reservatório de pesquisas da Escola Perelman de Medicina (Penn) da instituição, através do jornal de pesquisas, o Jama.

Na apresentação do estudo, os pesquisadores dizem que “a hidroxicloroquina não é mais eficaz do que o placebo na prevenção de Covid-19”. O ensaio clínico da Penn mostra que profissionais de saúde em contato com pacientes com Covid-19 que tomaram hidroxicloroquina diariamente não reduziram sua taxa de infecção.

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Os profissionais foram capazes de analisar um total de 125 médicos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem certificados, técnicos de emergência e terapeutas respiratórios que recrutaram para o estudo. Essa população trabalhava em diversas áreas dos dois hospitais universitários, incluindo pronto-socorros e unidades do Covid-19.

Aproximadamente metade dos participantes do estudo tomou hidroxicloroquina, enquanto a outra metade tomou um placebo correspondente (uma pílula de celulose). O estudo foi duplo-cego, o que significa que nem os pesquisadores, nem os participantes sabiam a qual medicamento foram atribuídos.

“Este trabalho representa o primeiro estudo randomizado do efeito profilático da hidroxicloroquina para aqueles que ainda não foram expostos ao Covid-19”, disse o autor principal do estudo, Benjamin Abella, professor de Medicina de Emergência e diretor do Penn Medicine's Center for Resuscitation Science. “E embora a hidroxicloroquina seja um medicamento eficaz para o tratamento de doenças como lúpus e malária, não vimos diferenças que nos levassem a recomendar sua prescrição como medicamento preventivo para Covid-19 em trabalhadores de linha de frente”, completou.

Testes extensivos foram usados ​​para provar rigorosamente quem contraiu ou não o vírus. Cada pessoa recebeu swab e teste de anticorpos para Covid-19 no início de sua participação no estudo, na metade e no final - um período de oito semanas durante o período de estudo que começou em 9 de abril e terminou em 14 de julho de 2020. Participantes também fez testes de eletrocardiograma (ECG) por causa de preocupações sobre a hidroxicloroquina causando problemas de ritmo cardíaco em casos graves de Covid-19.

Ao fim do estudo, 6,3% daqueles que tomaram a hidroxicloroquina tiveram resultado positivo para Covid-19, enquanto 6,6% daqueles que tomaram os placebos foram positivos. Nenhum necessitou de hospitalização. Além disso, não houve diferença detectada nos ritmos cardíacos entre aqueles em qualquer um dos braços do estudo, o que mostrou que, embora a droga não tivesse efeito preventivo, também não era prejudicial, exceto por alguns efeitos colaterais temporários, como diarréia para alguns.

“As diferenças que vimos eram insignificantes”, disse Ravi Amaravadi, professor associado à universidade e um dos autores do estudo. “E aqueles que pegaram o vírus, quer estivessem tomando hidroxicloroquina ou não, eram todos assintomáticos ou tinham formas muito leves de Covid-19.”

A Penn avalia se a droga hidroxicloroquina (HCQ) pode beneficiar pessoas infectadas com Covid-19, bem como se tomar o medicamento preventivamente pode ajudar as pessoas a evitar a infecção, desde o dia 3 de abril deste ano. Nas outras mostras, o resultado foi parecido e o medicamento não exibiu desempenho satisfatório.

Foto: Divulgação/Penn

Os hospitais de campanha da Prefeitura do Recife alcançaram, nesta segunda-feira (31), a marca de três mil altas de pacientes que se internaram nos leitos para enfrentamento da Covid-19. A rede municipal criada para combate à pandemia já realizou mais de 16 mil atendimentos.

O Recife ergueu sete hospitais de campanha e abriu leitos para pacientes com Covid-19. Atualmente, a rede municipal tem 436 leitos em funcionamento, sendo 229 de UTI e 207 enfermaria. Foram realizadas mais de 5,9 mil internações nessa estrutura.

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De acordo com a Prefeitura do Recife, cerca de 60% dos pacientes internados com Covid-19 nas UTIs municipais são de fora da capital.

O município já desativou o maior hospital de campanha construído, o Provisório Recife 2 (HPR), nos Coelhos, desativando 590 leitos. Em julho, já haviam sido desativados leitos construídos nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife e das Policlínicas Barros Lima, Amaury Coutinho e Arnaldo Marques.

Tempos de graves crises costumam ser acompanhados de um salto na inovação científica e tecnológica. Foi assim nas duas grandes guerras mundiais e também na pandemia do novo coronavírus. Nunca, em outras épocas, tantos grupos de pesquisa, pelo mundo afora, se dedicaram ao mesmo tempo a um só tema como agora, na busca de cura para a Covid-19.

Esse empenho científico está rendendo frutos. Além das vacinas, vale mencionar a criação de respiradores para UTI, tecido antiviral para máscaras, terapias com células-tronco, inteligência artificial para georreferenciamento e sacos de lixo capazes de neutralizar o vírus - desenvolvidos no Brasil.

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"Há em nosso País uma distorção muito forte entre o saber acadêmico e a transformação desse saber em produtos para a sociedade", observou Romildo Toledo, diretor da Coppe/UFRJ - um dos maiores centros de inovação do Brasil. "Estamos entre os 15 países do mundo que mais produzem ciência na forma de artigos, mas lá atrás em empreendedorismo e inovação", acrescentou.

O problema ficou evidente quando, no início da epidemia, houve uma escassez de respiradores de UTI no mercado internacional e ficou clara a nossa dependência total do exterior nessa área. "Mesmo assim, quando a epidemia chegou, começamos a dar respostas rapidamente", lembra Toledo. "Para aumentar a escala disso, vamos precisar de políticas claras e planejamento na pós-pandemia."

Respiradores para UTI

O ventilador de exceção para Covid-19 UFRJ (VExCO), de baixo custo, foi desenvolvido pelo Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe. Até então, todo ventilador tinha de ser importado. "Este ventilador não substitui o outro, mas na ausência do ventilador clássico permite que os pacientes sejam atendidos", diz Toledo. "Conseguimos desenvolver em alguns meses."

Tecido antiviral

Pesquisadores desenvolvem um tecido para máscaras capaz de neutralizar a ação do vírus. Fruto de parceria entre Inmetro, Coppe/UFRJ e CTC-PUC-Rio, o tecido é composto por nanopartículas e atua como poderoso filtro que inativa os elementos virais respiratórios, como a Covid-19. A proposta é disponibilizar a tecnologia, sem custo, para produção em escala industrial. "As máscaras serão impregnadas com nanopartículas de óxido de zinco e grafeno, obtido a partir do grafite. Esses componentes evitarão a penetração de micropartículas de água contaminada", afirma Volodymyr Zaitsev, do Centro Técnico Científico da PUC.

‘Pulmão’ filtra o ar

A empresa Biotecam, startup residente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, desenvolveu um aerador capaz de desinfetar o ar de ambientes confinados, como UTIs e hospitais de campanha, e devolvê-lo limpo e seguro ao ambiente. O equipamento, já patenteado pela empresa, foi concebido inicialmente para a recuperação de sistemas hídricos. A tecnologia foi reconvertida, em parceria com pesquisadores do Instituto Federal Fluminense e da Embrapii, para combater a pandemia.

Estudos celulares

Uma terapia inédita com células-tronco mesenquimais adultas retiradas do cordão umbilical está sendo desenvolvida no Hospital São Rafael, da Rede D’Or, em Salvador, na Bahia. Em teste com dez pacientes, as células se mostraram eficientes em controlar a inflamação pulmonar e regenerar a lesão. "As células induzem a liberação de moléculas benéficas para o organismo", diz o médico Bruno Solano.

‘Lupa’ no vírus

O neurocientista Stevens Rehen, da UFRJ e do IDOR, está pesquisando sobre como o novo coronavírus afeta diferentes órgãos do corpo - como cérebro, coração e a pele. Os testes em laboratório já revelaram, por exemplo, que o vírus se espalha rapidamente nas células cardíacas. "Com esses modelos vamos entender como o vírus se comporta e testar medicamentos para saber se eles agravam o problema", conclui o especialista.

Georreferenciamento

O Instituto D’Or de Pesquisa e a empresa Zoox criaram um aplicativo chamado Dados do Bem, que usa a inteligência artificial para acompanhar a movimentação de pessoas que estão contaminadas pelo coronavírus. A ideia é fornecer informações gratuitamente para os gestores públicos para o combate da epidemia. "Pelo aplicativo, sabemos que a maior concentração de casos hoje está nas áreas mais pobres e densamente povoadas, as comunidades", explicou Rafael de Albuquerque, CEO e fundador da Zoox. "Sabemos também que os lugares por onde as pessoas mais circulam são supermercados e farmácias."

Saco de lixo antivírus

Com a chancela da Unicamp, a empresa Embalixo desenvolveu o primeiro saco de lixo antiviral e antibacteriano, capaz de neutralizar a Covid-19. "Ele trabalha como uma armadilha, atrai o vírus e o elimina em 99,9% das vezes, evitando que o saco de lixo atue como agente transmissor", informa o diretor comercial da Embalixo, Rafael Costa.

O Poder Judiciário não tem instrumentos para barras as fake news, mas as empresas que exploram as redes sociais mudaram de posição recentemente e passaram a colaborar no combate ao fenômeno, segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. "Não se deve cultivar a ilusão de que pela via do Judiciário você consiga paralisar fake news", disse Barroso em entrevista ao programa Canal Livre, da Band TV, exibida no início da madrugada desta segunda-feira (17).

O ministro afirmou que já se reuniu com representantes das empresas que mantêm as mídias sociais mais utilizadas no País - Facebook (que também controla o WhatsApp e o Instagram), Twitter e Google - e percebeu uma "disposição muito grande" de colaboração no combate à disseminação de notícias falsas e campanhas de desinformação. "Isso é uma mudança de comportamento importante, porque até há pouco tempo elas rejeitavam qualquer colaboração nessa matéria sob o fundamento de que não queriam atuar como uma censura privada. Mas a verdade é que passaram a ter um comprometimento de imagem, porque associadas à degeneração da democracia. E a verdade é que elas mudaram de conduta", disse Barroso.

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Para o ministro, "a questão das notícias fraudulentas, das campanhas de desinformação, das campanhas de ódio são o novo perigo da democracia", e é preciso enfrentá-la "sem que isso importe em censura prévia". Em algumas situações, de acordo com Barroso, o Poder Judiciário e a polícia podem contribuir no combate ao fenômeno, mas há três motivos, segundo o ministro, que tornam o processo ineficaz: a dificuldade em caracterizar o que é fake news, a falta de agilidade do sistema e o fato de que muitas vezes o material fraudulento é gerado ou publicado fora do Brasil. "Portanto, a nossa principal opção de combate às fake news se dá pela via das próprias plataformas eletrônicas, das próprias mídias sociais."

O combate às fake news, segundo Barroso, deve se concentrar no monitoramento de perfis falsos, contas fraudulentas, robôs e impulsionamentos artificiais de conteúdo. "O que nós precisamos enfrentar são essas estruturas hierarquizadas que dão comandos para disseminação de notícias fraudulentas, com comportamentos concertados e financiados para destruir reputações e instituições", disse o ministro. "A verdade não tem dono, mas a mentira deliberada tem, e essa precisa ser combatida."

Segundo levantamento da Secretaria de Saúde de Pernambuco, até a semana passada, cerca de 55 profissionais de saúde morreram devido ao novo coronavírus. Desses óbitos, foram 11 técnicos de enfermagem, 10 médicos, 7 enfermeiros, 2 condutores de ambulância e 2 odontólogos, entre outros.

Os números foram destacados na tarde desta terça-feira (21), em coletiva online realizada pela Sesau no Palácio do Campo das Princesas. André Longo, líder da pasta, se solidarizou com os familiares das vítimas fatais e aproveitou para parabenizar aqueles que se mantém na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

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"A gente se solidariza com todas as famílias, todos profissionais e mesmo que nós não possamos associar todos esses falecimentos a presença na linha de frente da pandemia, queremos destacar que são verdadeiros heróis os profissionais de saúde que atuam no combate a pandemia no nosso Estado", pontua.

A apresentadora Oprah Winfrey realizou uma nova doação para o combate ao novo coronavírus. Desta vez, a doação no valor de US$ 3 milhões, aproximadamente R$16 milhões na cotação atual, será destinada às vítimas da crise causada pela pandemia na cidade de Los Angeles.

Segundo o ‘The Oprah Magazine’, o valor será utilizado para fornecer 200 toneladas de alimentos frescos para mais de 80 mil cidadãos no local, além de fornecer bolsas de estudos para quem perdeu o emprego por causa do vírus. Com o dinheiro também será feita a expansão dos testes de Covid-19 e dos cuidados primários para os moradores do sul de Los Angeles.

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A apresentadora confirmou que estas serão doações contínuas e de longo prazo, que evoluíram junto com a pandemia. "O que é necessário agora pode não ser o que é necessário daqui a dois meses. Estou tentando ser útil no serviço onde é mais necessário, conforme necessário. Isso mudará à medida que o impacto do coronavírus mudar e evoluir", disse ela.

Oprah ainda lembrou de sua infância, na região rural do Mississipi. "Se essa fosse a pandemia quando eu era criança, o que teria acontecido comigo? Eu teria ficado com fome. Minha mãe não teria sido capaz de entrar naquele ônibus, ir aos subúrbios, limpar para os brancos. Estou tentando fazer pelas crianças que seriam eu o que eu gostaria que alguém intensificasse".

Ela ainda relatou que ajudou amigos e familiares que poderiam estar em dificuldades devido à crise causada pelo vírus. Oprah também já havia realizado outra doação no valor de US$ 12 milhões (R$65,9 milhões) destinadas a cinco cidades americanas, na qual tem imóveis ou já manteve residência.

Em entrevista ao LeiaJá, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) mostrou-se otimista em relação a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia e acredita que as atividades produtivas devam retornar até setembro. Segundo boletim do Ministério da Saúde, mais 20.286 casos do coronavírus foram confirmados nessa segunda-feira (13), no entanto, o pernambucano acredita que o país esteja entrando em um "período de declínio do contágio".

"Acredito que estamos caminhando para um período de declínio do contágio do coronavírus, sobretudo nas regiões metropolitanas, muito embora os dados apontam para a disseminação do vírus pelo interior do País. Ainda assim, podemos vislumbrar, até setembro, a normalidade das atividades produtivas", afirmou o senador por meio de nota.

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Mesmo confiante, o líder do Governo no Senado prega cautela para a flexibilização do comércio. Ele ainda pontuou sobre a autonomia e responsabilidade de cada gestor, pois "a disseminação não se dá de forma igual". "Deve ser planejado pelos governadores em diálogo com os prefeitos de acordo com a realidade de cada município", explica.

A aposta de FBC é que o Brasil se recupere da recessão econômica com a geração de empregos. Na sua visão, os postos de trabalho seriam disponibilizados através do avanço da agenda de reformas e privatizações.

Ele também ressaltou o comprometimento do Governo Federal para atravessar a pandemia e informou que já foram repassados cerca de R$ 40 bilhões aos estados. Desse recurso, Pernambuco teria recebido R$ 447 milhões para abastecer a saúde com equipamentos e instalar UTIs. Contudo, o senador afirmou que uma "boa aplicação dos recursos pelos gestores públicos" é necessária para garantir o atendimento adequado à população.

Preocupado com o risco de a nuvem de gafanhotos, localizada na Argentina, entrar em território brasileiro e prejudicar produtores no sul do país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou, no Diário Oficial da União desta terça-feira (30), portaria que estabelece diretrizes para "Plano de Supressão e medidas emergenciais" a serem aplicadas caso a praga (Schistocerca cancellata) chegue no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo a Portaria nº 208/2020, caberá ao órgão estadual de defesa agropecuária de cada estado estabelecer o plano de supressão "a partir dos procedimentos gerais de controle estabelecidos pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura".

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Entre as medidas previstas, figuram recomendações gerais para o uso de agrotóxicos, bem como mecanismos de controle das quantidades de agrotóxicos a serem distribuídos, comercializados e utilizados, caso a praga chegue ao país.

Uso de inseticidades

Em anexo, a portaria apresenta tabelas com recomendações de uso e dosagem de inseticidas biológicos à base de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, bem como dosagens, intervalos de aplicação, limites de resíduos e dosagens máximas dos princípios ativos a serem usados no combate à praga.

A portaria prevê, ainda, a criação de canais para envio de informações relacionadas à identificação da praga em território brasileiro, com vistas à emissão de alertas fitossanitários. 

Ainda entre as medidas previstas pela portaria estão a adoção de procedimentos operacionais para monitoramento "das características e níveis populacionais da praga", e o estabelecimento de mecanismos de controle a serem aplicados em função de suas diferentes fases de desenvolvimento.

Durante o período de emergência, os órgãos estaduais de defesa agropecuária deverão apresentar relatórios trimestrais ao Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, informando as ações que foram executadas.

Fenômeno

Nos últimos dias, milhões de gafanhotos invadiram cidades e fazendas de parte da Argentina, formando verdadeiras nuvens de insetos. Embora não representem um risco direto para os seres humanos, estes ortópteros saltadores podem, em grupo, causar grandes prejuízos econômicos, devorando plantações em questões de horas.

Embora o fenômeno tenha ganhado destaque internacional quando a nuvem de gafanhotos já ameaçava cruzar as fronteiras da Argentina com o Brasil e com o Uruguai, ele não surgiu de uma hora para outra, do nada. 

Desde 2015, especialistas argentinos estudam o crescimento acelerado desta população, principalmente da espécie Schistocerca cancellata, também chamada de gafanhoto migratório sul-americano.

Foto: Governo da província de Córdoba

O Brasil é um dos países com dificuldades para enfrentar o Covid-19 e, por isso, receberá ajuda do Papa Francisco. Dos 35 respiradores pulmonares que estão sendo doados pelo líder da Igreja Católica, quatro serão enviados para o Brasil.

O país, inclusive, é um dos que o Papa Francisco tem se mostrado preocupado, chegando a ligar para os líderes nacionais para saber como anda o combate ao novo coronavírus. 

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Segundo o UOL, os outros respiradores serão distribuídos para o Haiti (4), República Dominicana (2), Bolívia (2), Colômbia (3), Equador (2), Honduras (3), México (3), Venezuela (4), Camarões (2), Zimbábue (2), Bangladesh (2) e Ucrânia (2).

A Prefeitura do Recife teve parte dos recursos pagos à empresa Saúde Brasil Comércio de Medicamentos Médicos Eireli, investigada pela Operação Antídoto da Polícia Federal, devolvido. R$ 1,3 milhão, referentes à compra de 101 mil equipos, material de consumo hospitalar utilizado para a nutrição enteral ou administração de medicamentos por via venosa foi o montante devolvido.

A suspeita é que a compra dos equipos pode ter sido uma operação fantasma, ou seja, a Prefeitura do Recife teria liquidado e pago a compra sem comprovar o efetivo recebimento do material. A dispensa de licitação para a compra desses equipamentos é uma das quatorze investigadas pelos órgãos de fiscalização, que totalizam contratos de R$ 81,1 milhão no âmbito da Secretaria de Saúde do Recife

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Especificamente sobre a dispensa que motivou a devolução dos recursos, as irregularidades apontadas na decisão da Justiça Federal são: “instauração da dispensa sem assinatura dos solicitantes; termo de dispensa não teria assinatura; ratificação sem data; Nota Fiscal Eletrônica teria sido paga sem o ateste”.

A compra questionada envolve a aquisição de 29 mil equipos fotossensíveis para bomba de infusão, por R$ 15,00 cada unidade, e 72 mil equipos de nutrição enteral para bomba de infusão (R$ 12,00/unidade). O quantitativo milionário de itens adquiridos pela Prefeitura do Recife, via dispensa de licitação, para o combate ao coronavírus ainda nos meses de março e abril, chama atenção da parlamentar, que tem questionado a gestão pela disparidade entre as compras do município em comparação com entes federativos onde residem populações muito maiores como o próprio Estado de Pernambuco e os municípios de Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.

A deputada Priscila Krause é uma das que questionaram as compras e os valores empenhados para tal. Em uma das representações feitas pela deputada envolvendo a empresa Saúde Brasil, a deputada questiona a regularidade da compra de 27 milhões de luvas de procedimento não cirúrgicas. A maior parte delas – 22,5 milhões – foi adquirida em tempo recorde: 48 horas separam a assinatura do termo de dispensa de licitação da liquidação das compras.

"É uma prática que aponta para o delito e nos alarma bastante sobre como a gestão municipal está tratando o dinheiro público. Ao contrário de isentar os envolvidos, a devolução chama mais atenção para a relação nebulosa entre a empresa e a Prefeitura”, afirma a Priscila.

*Com informações da assessoria

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O Brasil precisa de “uma liderança nacional” para conduzir o enfrentamento à pandemia de coronavírus. A opinião é do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), que participou nesta quinta-feira (25) de uma reunião remota da comissão mista criada para acompanhar as ações de combate à Covid-19.

Mendes reconhece que o governo federal tem enviado recursos para os governos locais. Mas destacou que “dinheiro não é tudo”. O representante de Mato Grosso criticou, por exemplo, o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter retirado do cargo dois ministros da Saúde durante a pandemia. O general Eduardo Pazuello, que comanda a pasta desde maio, atua como interino.

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"Tenho que reconhecer que o governo federal faz um esforço sob o ponto de vista financeiro para ajudar estados e municípios. Mas o dinheiro, que é sempre importante, não é tudo. Nós precisaríamos de uma articulação mais presente e mais próxima. Uma liderança nacional para conduzir esse momento grave do nosso país. Essa característica de interinidade gera instabilidade. Trocar três ministros da Saúde em um período tão crítico não é algo razoável. Espero que o governo possa pacificar isso. Se é para continuar lá o ministro Eduardo Pazuello, que o confirme definitivamente", cobrou.

Mauro Mendes preside o Consórcio Brasil Central, uma autarquia pública que representa o Distrito Federal e os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão e Rondônia. Ele disse que a falta de medicamentos dificulta o enfrentamento da pandemia de coronavírus na região Centro-Oeste. Segundo o governador, a alta procura pelos remédios que compõem o chamado “kit covid” — como a ivermectina e azitromicina — gera aumento de preços e inibe a ação dos gestores públicos.

"Está sendo uma verdadeira loucura encontrar. Os preços dispararam. Os gestores públicos estão com medo de comprar e daí a pouco ver a Polícia Federal batendo na porta. Se tem alguma compra que foi feita com 20% ou 30% mais caro, o Ministério Público já está abrindo procedimento investigativo para dizer que há superfaturamento. Temos uma realidade muito dura. Faltam medicamentos, os preços explodiram e os gestores estão com medo de comprar e depois ter que responder pelo resto da vida por ações improbidade. Grande parte da população já acha que ali tem rolo, confusão. E isso cria um ambiente muito hostil que depõe contra o interesse maior, que é tomar providencias para atender nossa população", disse.

Além da falta de medicamentos, o governador aponta a carência de profissionais de saúde como um obstáculo ao enfrentamento da pandemia.

"Não temos médicos para todas as UTI que tentamos ou conseguimos abrir. Não temos os profissionais qualificados. Alguns abandonam seus postos de trabalho: quando se contaminam, eles precisam se afastar. É uma realidade muito difícil", admitiu.

Mauro Mendes disse que a pandemia chegou “um pouco atrasada ao Brasil Central”. Mas afirmou que os estados da região já sofrem com os desdobramentos da crise.

"A pandemia traz consequências graves na saúde pública. Cria uma demanda que não estávamos preparados para atender. Todo mundo correu para abrir novos leitos de UTI e hospitais. Mas, mesmo assim, na grande maioria dos estados esses esforços não são suficientes para atender o grande número de pessoas contaminadas e que precisam de um leito público", reconheceu.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 1,1 milhão de casos confirmados de covid-19, com 53,8 mil mortes. A região Centro-Oeste responde por 73.520 casos e 1.357 óbitos. Mato Grosso tem 11.443 casos da doença e 443 mortes.

*Da Agência Senado

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), fez um apelo nesta quinta-feira (25) por uma coordenação mais integrada e centralizada do governo federal junto aos Estados e municípios no combate à pandemia do novo coronavírus. Representando o Consórcio de Integração Sul e Sudeste, Casagrande foi ouvido em reunião da comissão mista que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento da Covid-19.

"Essa falta de coordenação nacional, a troca de ministros, a politização de medicamentos e do isolamento, e o enfrentamento provocado pelo presidente da República acabaram dificultando um pouco nosso trabalho", explicou.

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Pelo tamanho e dimensão da pandemia, Casagrande argumentou que os efeitos da doença terão impacto em longo prazo na sociedade, em especial, na economia. Isso exigiria, segundo ele, um alinhamento maior do governo federal com os entes. Na sua opinião, a visão divergente do presidente Jair Bolsonaro da maioria dos governadores em relação ao isolamento social causou um "estresse na relação".

Casagrande afirmou ainda que o Fórum de Governadores deve apresentar um pedido para o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, para orientar a compra de medicamentos de uso em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). "Estamos com dificuldades. A coordenação do governo federal é fundamental na compra desse medicamentos".

Para o governador, o maior desafio na relação com a pasta da Saúde é a instabilidade devido às trocas no cargo de ministro e suas equipes. "Não tem má vontade do Ministério da Saúde, mas tem uma dificuldade por conta das mudanças", declarou.

Recursos

Casagrande também considerou importante o socorro fiscal concedido pela União aos Estados e municípios para compensar quedas na arrecadação. Mas destacou as grandes perdas de receita do Estado e as mudanças que foram necessárias fazer, como reprogramar planos de investimento e infraestrutura, além de cortes de despesa.

De acordo com ele, o Espírito Santo tem a previsão de queda de cerca de 20% na arrecadação do mês de junho, em relação ao mesmo período do ano passado. Em maio, a queda foi de 26%.

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