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A Prefeitura Municipal de Paulínia, no estado de São Paulo, abre processo seletivo emergencial para contratação de 407 profissionais da área da saúde. As inscrições devem ser realizadas por meio de preenchimento de formulário. Essa ficha deve ser encaminhada para o e-mail inscricao.emergencial@paulinia.sp.gov.br até o dia 23 de abril.

Os salários oferecidos variam entre R$ 3.530 e R$ 5.431, além de benefícios e adicionais. De acordo com o edital, os selecionados atuarão na ampliação dos leitos do hospital municipal, no hospital de campanha e no posto avançado de atendimento a Covid-19, anexo à Unidade Básica de Saúde (UBS).

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Os profissionais serão solicitados de acordo com a demanda da Secretaria Municipal de Saúde e os contratos serão mantidos enquanto durar a pandemia. Para mais informações, confira o edital de abertura do certame.

Chegou ao fim a trajetória de Luiz Henrique Mandetta (DEM) no Ministério da Saúde. Nesta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou forças e demitiu o ministro, algo que já era esperado, tendo em vista as desavenças públicas do líder do país contra os posicionamentos de Mandetta, diante do enfrentamento ao novo coronavírus.

Eram duas perspectivas: Bolsonaro defende o fim do isolamento, mantendo apenas as pessoas mais velhas e aquelas portadoras de algumas doenças crônicas em casa; Mandetta determinou o isolamento completo das pessoas, mantendo apenas a circulação daquelas que trabalham em empresas tidas como essenciais.

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Bolsonaro é a favor do uso da cloroquina para combater os casos de coronavírus no Brasil, tendo, inclusive, mencionado a substância durante pronunciamento em cadeia nacional; Mandetta, que é médico, se coloca contra o uso dessa medicação, tendo em vista que não existem estudos aprofundados sobre como é o funcionamento desse remédio no combate ao Covid-19.

A cloroquina, que é usada contra a malária e outras doenças autoimunes, vem sendo testada em todo o mundo para que a comprovação dos efeitos seja confirmada. Jair Bolsonaro chegou a pedir um decreto ao ministro que liberasse o uso da medicação em pacientes com coronavírus no Brasil. O ministro, porém, recusou-se a assinar o documento por falta de embasamento científico e propôs um debate com a sociedades brasileiras de imunologia e anestesia.

Talvez, a gota que fez o balde transbordar foi a entrevista do ministro ao Fantástico, no último domingo (12). Como um recado ao presidente, Mandetta cobrou uma "fala única" sobre o problema para não confundir a população. Essa gota d'água chegou, mas antes Bolsonaro ensaiou a demissão do seu ministro, o que só não aconteceu porque parte de seus defensores e aliados não concordavam com a exoneração de Mandetta, tendo em vista o seu bom desempenho no combate a pandemia no país - o que não foi suficiente dessa vez.

Luiz Henrique Mandetta chegou a admitir ter cometido erro estratégico ao elevar o tom do embate com o presidente Jair Bolsonaro sobre a conduta do governo no enfrentamento ao coronavírus. Toda essa movimentação, ‘disse e não disse’, Bolsonaro chegou a se reunir na última terça-feira (14), com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Essas conversas do presidente com dirigentes e siglas do Centrão estavam mais intensas - o que caracterizava uma movimentação para a saída de Mandetta.

A última coletiva à frente do Ministério Saúde, nesta última quarta-feira (15), já foi feita com um tom de despedida. Foram três meses de enfrentamento ao novo coronavírus com Mandetta no comando. Esta semana, de uma vez só, o alto escalão foi se desfazendo com os dois principais auxiliares - o secretário-executivo João Gabbardo e o secretário de Vigilância e Saúde, Wanderson de Oliveira, abandonando o barco.

Nesta quinta (16), foi o adeus proporcionado pelo presidente. Mesmo os 76% de aprovação de sua gestão, Luiz Henrique Mandetta foi demitido e tem como substituto o oncologista Nelson Teich. "Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar", escreveu Luiz Henrique por meio de sua conta no Twitter.

 

A Liga do Nordeste, organizadora da maior competição da região, se uniu à luta contra o coronavírus e, em parceria com a Ação da Cidadania, pretende arrecadar um milhão de reais revertido no combate à fome. 

Todos os estados pertencentes a região serão agraciados com cestas básicas graças, enquanto durar o isolamento social. A primeira meta é arrecadar 75 mil reais. “Temos certeza de que a união do Futebol do Nordeste – que sempre fez a diferença inclusive na criação e realização de um campeonato único no Brasil – vai ser fundamental também nesse momento delicado que o mundo todo está vivendo”, acredita Eduardo Rocha, presidente da Liga do Nordeste.

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Os clubes integrantes da Copa, os patrocinadores e emissoras parceiras, também farão parte da ação ajudando na divulgação do portal criado para que as pessoas possam doar. Para acessar o site e realizar doações basta clicar aqui

A Ação da Cidadania existe desde 1993, foi criada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e construiu uma imensa rede nacional de mobilização solidária para ajudar 32 milhões de brasileiros que, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sobreviviam abaixo da linha da pobreza.

Pressionado por parlamentares, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), questionou a necessidade de destinar os recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral no enfrentamento da covid-19. Os recursos para os partidos em 2020, ano de eleições municipais, somam R$ 3 bilhões no Orçamento.

As cúpulas da Câmara e do Senado rejeitaram destinar o "fundão" para ações contra o novo coronavírus na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do "orçamento de guerra", argumentando que o tema precisa ser tratado de forma separada e em outro momento.

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Em sessão do Senado, Alcolumbre citou um levantamento apontando que as medidas anunciadas pelo governo para reduzir os impactos da pandemia atingiram R$ 568,6 bilhões até o momento, ou seja, 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo é da Fundação Getulio Vargas (FGV) e foi publicado pelo jornal Valor Econômico.

No argumento do parlamentar, o valor do fundo eleitoral não seria tão necessário nesse cenário. "Será que esses R$ 2 bilhões do financiamento da democracia são eles que são fundamentais para o combate ao coronavírus, onde todos nós temos nos dedicados na defesa dos brasileiros?."

No Orçamento, estão reservados R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral - usado no financiamento da campanha municipal - e R$ 1 bilhão para o fundo partidário - aplicado nas despesas de partidos políticos. As grandes siglas concordam em destinar o fundo eleitoral para a covid-19, porém, desde que as eleições de outubro sejam adiadas.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, se manifestou contra a destinação dos R$ 959 milhões do fundo partidário para o combate ao coronavírus. Uma consulta sobre o tema foi deita pelo Partido Novo ao Tribunal Superior Eleitoral. No entanto, para Góes, a legislação somente prevê que a verba não utilizada pelas legendas deve retornar ao próprio fundo.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Luis Felipe Salomão negou na segunda, 6, um pedido liminar do Novo para que seus R$ 34 milhões do fundo partidário fossem redirecionados à Saúde. O magistrado não adentrou o mérito, e rejeitou o pleito de urgência para aguardar o resultado da consulta, que tramita paralelamente.

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A manifestação do vice-procurador-geral foi no âmbito da consulta, que também é relatada por Salomão. A consulta do Partido Novo deve ser decidida pelo TSE em sessão de julgamento prevista para a próxima semana. Segundo Góes, a "devolução dos recursos oriundos do Fundo Partidário diretamente ao Tesouro Nacional demanda previsão legal, que inexiste para o caso".

"Não há disposição normativa que obrigue o recebimento de recursos dessa natureza pelas agremiações partidárias - o que a lei objetiva não é impor, mas assegurar a distribuição do Fundo Partidário às legendas de acordo com a sua representatividade", escreve.

De acordo com o vice-PGE, decisões do TSE seguem a mesma orientação. "Ao prescrever que os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha que não forem utilizados nas campanhas eleitorais deverão ser devolvidos ao Tesouro Nacional (artigo 16-C, §111), entende-se, diversamente do que aduz o consulente, que o contexto normativo evidencia a necessidade de disposição expressa para o recolhimento direto ao Tesouro Nacional, o que não ocorre com o Fundo Partidário".

Segundo o PGR, a "eventual autorização para a devolução perseguida acabaria por violar o princípio da legalidade estrita, na medida em que alteraria a lei orçamentária já aprovada e vigente". Com efeito, ao Poder Judiciário não é dado fazer o papel do legislador, sendo-lhe vedado criar uma fonte ou rubrica orçamentária não prevista em lei ou alterar uma existente".

E, nesse sentido, rememora-se que o próprio Partido Novo uma emenda rejeitada pela Câmara dos Deputados por 299 a 144 votos, sendo que, após tramitação no Senado Federal e retorno à Casa Iniciadora, o referido PL foi sancionado (Lei 13.831/2019), sem que tenha sido contemplada a possibilidade de devolução de recursos oriundos do Fundo Partidário diretamente ao Orçamento-Geral da União.

Possibilidade semelhante também foi afastada quando da votação na Câmara dos Deputados da chamada "PEC do Orçamento de Guerra", estando ainda a proposta de emenda constitucional a ser concluída no Senado Federal.

Nesse contexto, Goes afirma que 'eventual autorização para a devolução perseguida acabaria por violar o princípio da legalidade estrita, na medida em que alteraria a lei orçamentária já aprovada e vigente', o que seria vedado ao Estado-Juiz, ante o princípio da separação dos Poderes, concluindo que "ao Poder Judiciário não é dado fazer o papel do legislador, sendo-lhe vedado criar uma fonte ou rubrica orçamentária não prevista em lei ou alterar uma existente".

O Facebook informou nesta segunda-feira (6) que está utilizando dados anônimos sobre os movimentos e as relações de seus usuários para ajudar os investigadores a antecipar os movimentos da pandemia de coronavírus.

A rede social criará mapas de "movimento da população" com suas ferramentas, mas protegendo a privacidade dos usuários, informou o chefe de saúde do Facebook, KX Jin, e Laura McGorman, do programa Data for Good.

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"Os hospitais estão trabalhando para obter os recursos corretos, e os sistemas de saúde pública estão buscando estabelecer as pautas corretas. Para fazer isto, precisam de melhor informação sobre se as medidas preventivas estão funcionando e como o vírus se propaga", destacaram Jin e McGorman.

Entre as ferramentas que o Facebook está disponibilizando há "mapas de localização conjunta" para mostrar as probabilidades de que pessoas em um local específico entrem em contato com outras, talvez indicando o surgimento de novos casos da COVID-19.

Os dados sobre as tendências do "movimento" revelarão se as pessoas ficaram perto de casa, como foi orientado, ou se chegaram a outras partes da cidade, promovendo o contágio.

O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, formado em Medicina, trabalhará para o serviço público de saúde uma vez por semana durante a epidemia do novo coronavírus, anunciou neste domingo (5) um porta-voz do governo.

Varadkar "ofereceu seus serviços ao serviço de saúde uma vez por semana, dentro de seu campo de atividade". Segundo o jornal Irish Time, Varadkar, que se formou em Medicina no Trinity College de Dublin, em 2003, avaliará os sintomas dos pacientes por telefone"Muitos familiares e amigos seus trabalham no setor sanitário", explicou o porta-voz. "Ele queria ajudar, ainda que de forma modesta".

Em março, pouco depois de a epidemia de COVID-19 chegar à Irlanda, o serviço público de saúde pediu a profissionais de saúde que tivessem deixado de exercer a profissão que se reincorporassem ao sistema.

Mais de 60.000 pessoas responderam à convocação. Segundo as cifras mais recentes do Mistério da Saúde, publicadas neste domingo, a Irlanda registrou 158 mortes relacionadas com a COVID-19 e 4.994 casos de contágio desde que a epidemia emergiu.

A atual hexacampeã mundial de Construtores na Fórmula 1, Mercedes, e a Universidade College de Londres desenvolveram em apenas cinco dias um respirador que poderá ser utilizado por pacientes com o novo coronavírus. O aparelho, que foi aprovado pela NHS, responsável pela saúde do Reino Unido, é resultado de uma convocação extraordinária do Governo local, que solicitou a equipes de F1 que disponibilizassem seus engenheiros no combate da CODIV-19

Este é o primeiro dispositivo desenvolvido por uma equipe de corrida. Outras seis equipes com sede no país estão trabalhando em outros projetos de enfrentamento da doença em áreas como prototipagem rápida, design e testes para o desenvolvimento de aparelhos. A ação é chamada de "Project Pitlane".

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Chamado de Continuous Positive Airway Pressure (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas, em tradução livre) , o protótipo criado pela Mercedes deverá ajudar pacientes com problemas graves de respiração. Uma vez que o sistema foi aprovado pela NHS, a estimativa é de que mil aparelhos sejam fabricados por dia.

Uma versão do equipamento, que aumenta o fluxo de ar e oxigênio para os pulmões, já foi usada em hospitais na Itália e na China para ajudar pacientes graves com COVID-19. Atualmente, o Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha possui cerca de 8 mil ventiladores e o governo encomendou o mesmo número de novos dispositivos preocupados que à medida que o vírus atingir o pico eles não sejam suficientes.

Diversas universidades públicas brasileiras vêm se engajando em pesquisas para ajudar na prevenção e no combate ao novo coronavírus. Para além de testes e fabricação de equipamentos de saúde, uma das áreas de desenvolvimento tem sido a criação de aplicativos e sistemas de informática que auxiliam cidadãos nesse esforço.

Um pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da Universidade de São Paulo em São Carlos criou o projeto CheckCorona. Por meio do WhatsApp, o programa disponibiliza um atendente automático inteligente que fornece informações e orienta pacientes sobre os sintomas da covid-19, realizando uma espécie de pré-triagem.

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O assistente pergunta ao usuário sobre o tipo de contato, os sintomas e traz informações sobre os procedimentos necessários, como isolamento, testagem e busca por auxílio médico em unidades de saúde.

A intenção é ajudar os pacientes a saber quais medidas tomar, especialmente se devem ou não procurar uma unidade de saúde ou um hospital. Isso porque muitas vezes as pessoas podem confundir sintomas da covid-19 com outras síndromes gripais.

As recomendações foram baseadas nas formuladas pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças. O WhatsApp foi escolhido por ser uma das redes sociais mais populares do país, contando com mais de 130 milhões de usuários. Ele não substitui, contudo, a orientação médica ou outros canais, como os do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Saúde.

Monitoramento

Um outro grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina desenvolveu um aplicativo para que a pessoa saiba se teve contato com um paciente infectado. O CovidApp auxilia notificando para que um indivíduo saiba se possa ter estado junto ou passado perto de alguém, como forma de identificar se a pessoa deve adotar medidas, como isolamento.

Para fazer isso, o app permite que profissionais de saúde marquem os smartphones de pessoas apontando-as como infectadas ou suspeitas. Assim, se uma pessoa tiver o aplicativo, este sinalizará quando tiver contato com o paciente infectado utilizando uma conexão por bluetooth para “ler” a marcação feita pelo profissional de saúde.

Segundo os autores do app, a diferença da solução é o fato de adotar identificadores anônimos. Assim, ela não precisa rastrear os smartphones e o trajeto que eles realizam, como é feito por outros apps desenvolvidos para ajudar durante a pandemia.

Imagem: Reprodução/site UFSC

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, abriu um procedimento para investigação criminal de um prefeito de uma cidade pernambucana, que não teve sua identidade revelada pela instituição. De acordo com o MPPE, será apurado se o gestor descumpriu a determinação do poder público destinada a impedir a propagação do Covid-19.

De acordo com o procurador-geral, o prefeito é acusado de ter comunicado à população de sua cidade que o comércio estaria liberado para funcionar neste sábado (27), das 8 às 14 horas. “O ato do prefeito, se confirmado, viola o Decreto-Lei Estadual nº48.834/2020, que determina em seu artigo 2º a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos de comércio localizados em Pernambuco. As exceções são elencadas no próprio decreto”, explica Dirceu Barros.

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Se a veracidade dos fatos for confirmada, o prefeito cometeu os crimes de infração de medida sanitária preventiva (artigo 268 do Código Penal) e incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal). Segundo Dirceu Barros, uma eventual condenação com trânsito em julgado nos citados crimes pode acarretar na suspensão dos direitos políticos do prefeito, que não poderá votar ou ser votado enquanto durarem os efeitos da condenação. “No meio de uma crise, é necessário que todas as autoridades observem irrestritamente o princípio da legalidade. O caos será generalizado se cada Prefeitura começar a infringir as normas legais. O MPPE não se envolve em questões ideológicas ou econômicas; nosso papel, neste caso, é defender a ordem jurídica, como preconiza o artigo 127 da Constituição Federal”, afirma o procurador geral.

Por meio de nota, o MPPE informou que o “Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do Novo Coronavírus expediu recomendação para que todos os membros do Ministério Público de Pernambuco observem se o Decreto-Lei Estadual nº48.834/2020 está sendo rigorosamente cumprido”. Caso contrário, os promotores de Justiça estão orientados a comunicar o desobedecimento das normas ao procurador-geral de Justiça e à Polícia Civil.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) anunciou na sexta-feira, 27, que investirá R$ 100 milhões em pesquisas na área de saúde. O recurso foi liberado como crédito suplementar pelo Governo Federal e terá como origem o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), conforme nota publicada no site do órgão (www.mctic.gov.br).

Conforme o Ministério, foi anunciado uma chamada pública na área da saúde no valor de R$ 50 milhões, sendo que o MCTIC investirá R$ 30 milhões e o Ministério da Saúde 20 milhões.

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O edital será lançado por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTIC. A chamada contemplará projetos nas áreas de diagnósticos, vacinas, testes clínicos com pacientes, patogênese do vírus e outros temas relacionados ao combate à covid-19.

O MCTIC também lançou o IdearuMCTIC (www.mctic.gov.br), ferramenta para a conexão de ideias e avaliação de maturidade de soluções tecnológicas, com foco inicial nos desafios apresentados pela pandemia.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quarta-feira, 25, que não querer "descaso" com a pandemia do novo coronavírus, e sim "a dose adequada para combater esse mal sem causar um ainda maior". "Se todos colaborarem, poderemos cuidar e proteger os idosos e demais grupos de risco, manter os cuidados diários de prevenção e o país funcionando", escreveu no Twitter.

Bolsonaro inicia a série de publicações na rede social na ofensiva, dizendo ser "mais fácil fazer demagogia diante de uma população assustada, do que falar a verdade". Ele repete o discurso, já manifestado em entrevista à Record TV no domingo passado, de que não está preocupado que sua postura em relação à pandemia afete sua popularidade. "Aproveitar-se do medo das pessoas para fazer politicagem num momento como esse é coisa de COVARDE! A demagogia acelera o caos", afirma.

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Além disso, o presidente alega que, se estivesse pensando nele mesmo, "lavaria as mãos e jogaria para a plateia, como fazem uns", e que está pensando no povo, "que logo enfrentará um mal ainda maior do que o vírus se tudo seguir parado", para em seguida exclamar: "Não condenarei o povo à miséria para receber elogio da mídia ou de quem até ontem assaltava o país!".

Ele comenta também que quase 40 milhões de trabalhadores autônomos já sentem as consequências "de um Brasil parado". "Sem produzir, as empresas NÃO TERÃO COMO PAGAR SALÁRIOS. SERVIDORES DEIXARÃO DE RECEBER", prevê o presidente. "Não tem como desassociar emprego de saúde. Chega de demagogia! NÃO HÁ SAÚDE NA MISÉRIA!".

Após esses alertas, Bolsonaro encerra as publicações dizendo que, "com muita serenidade, juntos, podemos vencer essa batalha".

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O deputado federal Danilo Cabral (PSB) defendeu, nesta quinta-feira (19), que  recursos do Fundo Eleitoral, de R$ 2 bilhões, e de outras fontes sejam encaminhado para o Ministério da Saúde - diante do combate ao novo coronavírus. Por isso, ele apresentou emenda à medida provisória 924/2020, que abre crédito de R$ 5 bilhões para os ministérios da Saúde e Educação, nesse sentido. 

“Nesta crise sanitária que estamos vivendo, é preciso um esforço conjunto de todos para que possamos atravessá-la com responsabilidade e garantindo o atendimento a toda população, especialmente aos mais vulneráveis”, disse. 

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Danilo Cabral explica que a MP prevê a utilização de recursos, em sua grande maioria, oriundos de ações da área de saúde. “Assim, o texto em análise, retira dinheiro da já tão precária área de saúde realocando em uma ação específica resultante de uma situação emergencial”, afirmou. Ele entende que os recursos da saúde devem ser intocados e, neste caso, uma situação excepcional, devem ser utilizados recursos oriundos de outras partes do Orçamento Geral da União. 

Além do Fundo Eleitoral, seriam utilizados recursos da Reserva de Contingência, da Reserva para Compensação de Proposições Legislativas que Criem Despesa Obrigatória ou Renúncia de Receita. Essas fontes em conjunto somam R$ 4,8 bilhões. 

O prazo para apresentação de emendas à MP 924 se encerra na tarde desta quinta-feira (19). A matéria, em seguida, será analisada pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

*Da assessoria de imprensa

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (13) que o governo vai lançar um programa "anticoronavírus" para combater os efeitos da pandemia na economia brasileira. Ele não descartou a possibilidade de novas liberações de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). "Vamos passar os próximos dias anunciando medidas de combate aos impactos do coronavírus", afirmou.

Guedes também fez cobranças ao Congresso Nacional. "Eu gostaria que as principais lideranças políticas do Brasil reagissem também com muita velocidade, com as nossas reformas, para reforçar a saúde econômica do Brasil", declarou. "Soltamos ontem medidas, hoje vamos soltar mais, segunda vamos soltar mais. A resposta à crise está vindo. Eu quero atender ao pedido do presidente [da Câmara dos Deputados] Rodrigo Maia, dizendo que estamos atentos. Da mesma forma que ele pediu, que disse que gostaria que houvesse alguma coisa, alguma reação ao coronavírus, estamos reagindo em 48 horas."

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O ministro afirmou que gostaria de saber se o Legislativo vai aprovar o marco regulatório do saneamento básico, assim como a privatização da Eletrobras. "Tudo isso são recursos públicos que precisamos para retomar os investimentos. Temos uma série de 16 projetos que podem acelerar o crescimento do Brasil", declarou.

Questionado sobre a possibilidade de novas liberações do FGTS, Guedes afirmou: "Estamos examinando isso tudo."

Em outro momento da entrevista, ao ser questionado novamente sobre o tema, afirmou que o governo está "pensando em tudo". Entretanto, não deu mais detalhes sobre o assunto. Em 13 horas, o Ministério da Economia deu versões desencontradas sobre a medida.

Mais crédito via bancos públicos

As declarações de Paulo Guedes aconteceram antes de reunião com os presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

O ministro da Economia lembrou que entraram em vigor, em março, a liberação de R$ 135 bilhões em liberação de depósitos compulsórios (recursos que são mantidos no Banco Central e os bancos não podem utilizá-los para fazer empréstimos) ao mercado financeiro. A medida foi tomada pelo BC em 20 de fevereiro.

Apesar da liberação de recursos pelo Banco Central, isso não significa um aumento imediato nas operações de crédito, que dependem da demanda dos tomadores e das estratégias dos bancos. Mas os recursos passam a ficar disponíveis para novas concessões de empréstimos.

Caixa

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que a instituição pode aumentar a oferta de crédito em R$ 75 bilhões, por meio de três linhas: compra de carteira de pequenos e médios bancos (R$ 30 bilhões), capital de giro ao setor imobiliário, e a pequenas e médias empresas (mais R$ 40 bilhões) e outros R$ 5 bilhões para o crédito agrícola.

"A Caixa tem amplo espaço para emprestar. Os R$ 75 bilhões são apenas 10% da nossa carteira de crédito e nós faremos isso matematicamente. Estamos tranquilos e preparados", declarou Guimarães.

Banco do Brasil

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, garantiu que a instituição vai apoiar a sua clientela durante o período de dificuldades até que a crise do coronavírus seja superada.

"Vamos suprir principalmente os problemas de capital de giro. Temos inclusive adotado uma atitude pró-ativa de procurar os nossos clientes, quando verificamos que determinado setor está com uma crise mais acentuada", afirmou. "Reconhecemos que há uma crise muito séria, mas temporária. Tudo deve voltar à normalidade em algum ponto do segundo semestre", avaliou Novaes.

Desonerações

Nesta sexta-feira, Guedes voltou a afirmar que não há espaço para reduzir tributos, ou para o aumento de gastos públicos para estimular a economia - a não ser aqueles direcionados exclusivamente para a área de saúde aumentar a oferta de serviços hospitalares.

"O Brasil está sem espaço fiscal [para gastos ou reduções de tributos]. Daí a nossa ênfase nas reformas", declarou Guedes.

Apesar disso, o ministro afirmou que o governo está examinando questões relacionadas com tributos. "Vamos isentar do imposto de importação produtos médico hospitalares. Uma hora dessa tem de deixar entrar respiradouro, tudo o que estiver disponível", declarou Guedes.

Questionado sobre a possibilidade de programa mais amplo de desonerações, ele afirmou que isso não está nos planos.

"Não podemos aprofundar o desequilíbrio fiscal. Então essas desonerações tem de ser muito pensadas. Podemos retardar um pouco recolhimentos [de tributos], por dois, três meses, mas não pode abrir mão dessas receitas pois incorre em crime de responsabilidade fiscal. Não pode dar isenções ou gastar mais sem apontar a fonte de recursos", declarou.

Saúde

Especificamente para a área de saúde, o ministro Guedes repetiu que R$ 5 bilhões já foram liberados e que outros R$ 5 bilhões podem sair nos próximos dias.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (10) que o governo americano continua a trabalhar na resposta ao coronavírus, com medidas como a destinação de recursos federais para esse combate. Segundo ele, a administração do presidente Donald Trump revisa essas propostas, neste momento.

Em Washington, Pence comentou que o risco de que o americano médio possa contrair a doença continua a ser baixo, além de informar que 4 milhões de testes de coronavírus estarão disponíveis até o fim desta semana, sendo que 1 milhão deles já estão disponíveis.

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Além disso, ele lembrou que houve um acordo mais cedo com seguradoras para que os pacientes não se preocupem em ter de arcar com os custos provocados, por exemplo, pelos testes para a doença. As companhias se comprometeram, na reunião, a arcar com esses custos.

O assédio sexual é um comportamento abusivo que constrange e amedronta mulheres. Muitos casos ocorrem no ambiente de trabalho.

Uma estudante entrevistada para esta reportagem, que preferiu não se identificar, foi vítima de um caso. “Eu já sofri várias vezes assédio tanto no local de trabalho quanto fora dele. Teve um que eu nunca vou esquecer”, contou.

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O primeiro caso, em  2016, relatou, ocorreu em uma entrevista de emprego. “Ele (o empregador) falou que queria marcar uma reunião comigo, um jantar. No decorrer do caminho eu percebi que não era isso, e ele me levou para outro lugar”, disse a estudante. “Ele tentou me agarrar dentro do carro dizendo que eu só ia conseguir o emprego se ficasse com ele, ou seja, ele queria que eu dormisse com ele. Então quer dizer que só pelo fato de ser mulher e aparecer uma proposta eu vou ter que me deitar com uma pessoa para poder subir na vida? Não. É errado”, afirmou.

Para o advogado João Paulo Bentes Martins, existem várias legislações que protegem as mulheres. A primeira é a lei Maria da Penha, especifica para que elas não sofram com agressões tanto psicológicas quanto físicas. As mulheres podem denunciar casos de assédio na Delegacia da Mulher. “Em relação a outras leis, temos a Consolidação das Leis Trabalhistas, que visa à proteção jurídica tanto pro empregador quanto para o empregado. Se for mulher, existem dois tipos de assédio na relação de trabalho: o assédio moral, que se encaixa na legislação trabalhista, e o assédio sexual, que vai para o Código Penal”, explica.

Muitas mulheres optam por não fazer a denúncia por medo de serem expostas ou sofrerem retaliações. Segundo a psicóloga Amanda Almeida, as medidas psicológicas que podem ser  tomadas são as preventivas e reativas. “Os treinamentos de ética e treinamentos jurídicos para assédio moral podem ser preventivos e como medidas reativas, o afastamento de vítima e agressor e acompanhamento psicológico”,  explica.

Para a especialista, o acompanhamento psicoterápico é de extrema importância. ”Outra forma é ter suporte no ambiente de trabalho, saber mais e ler sobre, porque muitas mulheres nem sabem que estão passando por assédio. Esclarecer isso é ter a segurança de como agir caso passe por uma situação dessa novamente”, conclui.

 Por Ana Luisa Damasceno e Carla Alves.

 

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O primeiro dia de março de 2020 entra para a história do combate ao trabalho infantil no Estado do Pará e no Brasil. O domingo chuvoso, em Belém, não esfriou o ânimo de diversos segmentos da sociedade e de instituições públicas e particulares que uniram forças para escrever mais um capítulo contra esse mal que ainda assombra as crianças no mundo todo.

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Com um público de aproximadamente 30 mil participantes, segundo fonte da Polícia Militar do Estado (organizadores estimaram um número superior a 50 mil), a II Marcha Contra o Trabalho Infantil tomou conta do Centro de Belém, com saída às 8 horas da Escadinha da Estação das Docas e seguindo para o Largo do Redondo, na avenida Nazaré. A iniciativa é do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), por meio da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

Muitas vozes foram reunidas em favor das crianças. Entre elas está o grupo Arraial do Pavulagem, que puxou a caminhada pela avenida Presidente Vargas ao som de sua batida musical tradiconal. “O Arraial se faz presente porque acredita que as crianças devem crescer em contato com a arte, a cultura e receber educação para, quando adultas, realizarem seu papel no mercado de trabalho", disse o cantor Júnior Soares,  vocalista do Pavulagem.

A participação de autoridades também confirma a importância dessa rede de proteção social que cada vez mais ganha força, como declarou a secretária de Cultura do Estado, jornalista Úrsula Vidal: “A criança é um sujeito pleno de direitos e devemos combater o discurso que diz ‘É melhor a criança trabalhar do que estar na rua'".

Para Úrsula, a criança deve usufruir de seus direitos. “Nem trabalhando, nem na rua. A criança deve estar na escola e com a família, e consciente de seu papel na sociedade”, destacou.

Além das autoridades e artistas paraenses, inúmeras famílias, representantes de instituições religiosas e diversos profissionais da educação, cultura e da área jurídica marcharam em sincronia pelo fim do trabalho infantil, acompanhados dos trios elétricos que animaram a caminhada. Professores, estudantes e a reitora da UNAMA - Universidade da Amazônia, professora Betânia Fidalgo, participaram do evento.

Todo um esquema de segurança foi articulado para preservar a integridade física das pessoas que participaram da II Marcha Contra o trabalho Infantil e assegurar a organização até a chegada ao local de destino, afirmou o major Sullivan, da Polícia Militar do Estado do Pará.

No encerramento, a atriz paraense Dira Paes realizou a leitura da Carta de Belém pela Erradicação do Trabalho Infantil, documento que será divulgado internacionalmente.

Reportagem de Rosângela Machado.

Um pequeno peixe da fauna aquática brasileira está sendo usado para combater o mosquito da dengue em Dracena, cidade do interior de São Paulo. Exemplares de guaru (Poecilia vivipara) foram soltos na fonte de água da Praça Arthur Pagnozzi, a principal da cidade, para eliminar o risco de que o local se transforme em criadouro do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Os guarus são conhecidos por se alimentarem da larva de mosquitos. Os peixinhos foram soltos também em uma piscina desativada que recebeu água da chuva e em um bebedouro de animais.

Com 46,5 mil habitantes, Dracena contabiliza 812 casos confirmados da doença e está em situação de epidemia não declarada oficialmente. Segundo a Vigilância Epidemiológica, os peixinhos se reproduzem rapidamente e são considerados eficazes no controle de larvas. Conforme a prefeitura, a soltura dos guaruzinhos, adquiridos de criadores autorizados, está sendo feita de forma aliada a outras medidas de controle do mosquito. No fim de semana foram realizados mutirões para eliminação de lixo em locais públicos e coleta de material que poderia se transformar em criadouros do Aedes.

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Peixe típico da América do Sul, o guaru mede em média 4 cm e ocorre nos estados ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Também conhecido como "barrigudinho", o guaru resiste a águas moderadamente poluídas e também é utilizado como peixe de aquário. Antes da Dracena, a prefeitura de Lucélia, também no interior paulista, utilizou os peixinhos para controlar o mosquito da dengue em reservatórios de água do canil municipal, fontes luminosas e bebedouros de animais.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou ontem números sobre o combate ao crime organizado e sugeriu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro na área. A manifestação, feita em seu perfil nas redes sociais, veio depois de uma crise envolvendo declarações de Bolsonaro sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, atualmente sob o guarda-chuva da pasta de Moro.

O ex-juiz da Lava Jato indicou que vai manter a agenda de visibilidade, acentuada na semana passada. O ministro deverá conceder hoje entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Na segunda-feira passada, Moro participou do Roda Vida, da TV Cultura, que bateu recorde de audiência em 12 meses. A entrevista foi vista por mais de 1,5 milhão de pessoas no canal do programa no YouTube.

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O ex-juiz da Lava Jato indicou que vai manter a agenda de visibilidade, acentuada na semana passada. O ministro deverá conceder hoje entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Na segunda-feira passada, Moro participou do Roda Vida, da TV Cultura, que bateu recorde de audiência em 12 meses. A entrevista foi vista por mais de 1,5 milhão de pessoas no canal do programa no YouTube.

Nos posts, ele também defendeu a transferência de chefes de facções a presídios federais - medida tomada em sua gestão que desagradou a governadores e respectivos secretários de Segurança Pública. "342 criminosos perigosos foram transferidos aos presídios federais em 2019. Ao final do ano, eram 624, recorde histórico. Pela lei anticrime, todas as conversas com visitantes são gravadas, o que reduz a possibilidade do envio de ordens para a prática de crimes lá fora", disse Moro, citando a lei que entrou em vigor na quinta-feira.

A crise entre Moro e Bolsonaro chegou ao fim anteontem, quando o presidente recuou da ideia de desmembrar o Ministério da Justiça, após forte reação contrária de quem interpretou a medida como uma forma de esvaziar a atuação do ministro no governo. Para aliados de Moro, Bolsonaro quis dar uma "alfinetada" nele por sua participação no Roda Viva. Para assessores do presidente, o ex-juiz não defendeu Bolsonaro com a "ênfase esperada" no programa. O nome de Alberto Fraga - ex-deputado federal, amigo e interlocutor do presidente - apareceu em primeiro lugar na bolsa de apostas para assumir a nova pasta.

A possibilidade de desmembrar a pasta de Moro foi levantada na quarta-feira, quando secretários estaduais de Segurança, em reunião com Bolsonaro, apresentaram suas demandas, entre elas a recriação da pasta de Segurança. Após o encontro, o presidente anunciou publicamente apenas essa sugestão, o que foi interpretado pelos secretários como um endosso de Bolsonaro à ideia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na Turquia, um projeto de lei que deve ser apresentado ao parlamento ainda neste mês de janeiro está causando indignação nos defensores dos direitos das mulheres. Tudo porque querem autorizar que homens, acusados de estuprar meninas menores de 18 anos, não sejam presos se casarem com as suas vítimas. A população está chamando o projeto de "case com seu estuprador".

Os críticos argumentam que o Partido Democrata dos Povos (HDP) quer que o governo legitime o casamento infantil e legalize a prática do estupro. Para a população turca, esse projeto de lei abre espaço para o abuso infantil e a exploração sexual. 

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Essa não é a primeira vez que a possibilidade da legalização do estupro é apresentada ao parlamento turco. Segundo O Globo, em 2016 um projeto de lei para perdoar os homens que fizessem sexo "sem força ou ameaça" entrou em discussão pelos políticos. A possibilidade de um cenário de impunidade para o abuso de crianças e a vulnerabilidade desses menores fez com que a população conseguisse derrubar essa proposta.

Com 38% das mulheres turcas sofrendo violência física ou sexual, a Organização das Nações Unidas aponta o país como um dos locais onde a violência contra a mulher é predominante. Além disso, um relatório de 2018 feito pelo governo estima que 483 mil meninas com menos de 18 anos se casaram na última década.

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