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No primeiro dia no Brasil, depois de mais de 30 dias de espera pela saída de uma Faixa de Gaza sob bombardeios constantes de Israel, o grupo de 32 repatriados passou por consultas médicas, tomou vacinas, recebeu atendimento com psicólogos e regularizou documentos. Os atendimentos ocorreram no alojamento da Base Aérea de Brasília, onde estão hospedados.

De acordo com o diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (Dahu) do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, ninguém precisou de internação e, após as consultas, todos receberam alta, inclusive as crianças. Nessa segunda-feira (13), foi divulgada a informação de que duas crianças estavam com quadro de desnutrição. Nilton Júnior informou que elas foram avaliadas por pediatras e não foi constatado desnutrição ou desidratação.

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Traumas e euforia

O diretor contou que algumas crianças e adultos estão apresentando sinais de estresse, como dor de cabeça, dores no corpo, insônia e ansiedade, quadro esperado após os momentos vivenciados no conflito entre Israel e Hamas. Segundo ele, a maioria das crianças não dormiu na noite de ontem depois do desembarque.

“Crianças estão incomodadas com barulho de avião pelo trauma que passaram”, disse. “Algumas crianças não dormiram, brincaram a noite toda, pois estão em um misto de alívio, euforia, preocupação e estresse por perda e afastamento de alguns familiares”.

Para minimizar esses sinais, a equipe do Ministério da Saúde montou uma brinquedoteca no alojamento, com jogos educativos, e tem promovido atividades lúdicas.

Os repatriados receberão acompanhamento psicológico pelos próximos 30 dias.

As equipes também estão fazendo trabalho para que as crianças bebam água, principalmente com a onda de calor que atinge o país. “Estamos estimulando o consumo de água por causa do calor e do processo [de repatriação]. Várias crianças estão se recusando a beber água, porque tomaram água contaminada, suja e tiveram diarreia. É um processo de convencimento”, afirmou Nilton Júnior.

Vacinação e assistência social

Adultos e crianças foram vacinados conforme cronograma de imunização brasileiro, como tríplice viral, influenza e sarampo. Os dez repatriados palestinos, sendo sete naturalizados brasileiros e três familiares de brasileiros, fizeram cadastro para tirar o CPF.

O Ministério do Desenvolvimento Social fez um diagnóstico sobre quais famílias poderão ingressar em programas sociais, como Bolsa Família.

Na noite desta segunda-feira, os 32 repatriados (22 brasileiros e dez palestinos) chegaram ao Brasil. O grupo é formado por 17 crianças, nove mulheres e seis homens, que esperava há mais de um mês pela saída da zona de conflito entre Israel e Hamas.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o fim da limitação ao número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Agora, os planos de saúde terão que oferecer cobertura ilimitada para pacientes com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo informações da ANS.

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A decisão, tomada nessa segunda-feira (11) em reunião extraordinária da diretoria colegiada da agência, foi divulgada pela assessoria de imprensa da ANS. A nova resolução deve começar a valer a partir de 1º de agosto deste ano.

Médico do paciente

Com isso, serão excluídas as diretrizes de utilização para consultas e sessões com esses tipos de profissionais. O atendimento passará a considerar a prescrição do médico do paciente.

A ideia foi “promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados, relativos a essas categorias profissionais”.

No dia 1º de julho, a ANS já havia tornado obrigatória, para pacientes com transtornos globais do desenvolvimento, a cobertura de qualquer método ou técnica indicada pelo médico.

Na última quarta (19), o Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL) ajuizou uma ação penal contra um médico que cobrava por consultas oferecidas em uma unidade de saúde do município de Joaquim Gomes. O profissional de saúde já responde a uma ação civil contra o ato de improbidade administrativa por conduta semelhante desde 2020.

A denúncia, realizada pelo promotor de Justiça Leonardo Novaes Bastos, ocorreu depois que um paciente identificado como José Ronaldo Máximo da Silva relatou ao MP que o médico lhe pediu o valor de R$ 150,00 para atendê-lo. A quantia também incluiria a consulta de de sua esposa, Roseane Maria da Conceição.

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De acordo com José Ronaldo, o médico confessou que estava utilizando o espaço da unidade de saúde para oferecer atendimentos particulares, com a autorização do secretário de Saúde. O paciente informou ainda que, após efetuar o pagamento dos R$ 150, o profissional de saúde ainda o orientou a retornar para uma consulta “gratuita”.

As vítimas também realizaram uma representação junto ao Conselho Municipal de Saúde de Joaquim Gomes. Um dos conselheiros, aliás, confirmou que o referido médico confessou que cobrava pelos atendimentos. Ele declarou ainda que o secretário de Saúde autorizava a realização das cobranças em troca da possibilidade de indicar pacientes que seriam beneficiados com atendimentos gratuitos.

Até 9 de junho, correntistas e clientes de todo o país poderão apresentar sugestões para que o Banco Central (BC) aperfeiçoe dois novos serviços que farão parte do Pix, sistema instantâneo de pagamentos em vigor desde novembro do ano passado. O BC abru consulta pública sobre o Pix Saque e o Pix Troco.

Os dois serviços deverão entrar em funcionamento no segundo semestre, mas o BC aguarda o resultado da consulta pública <https://www3.bcb.gov.br/audpub/DetalharAudienciaPage?5> para implementar melhorias ou mudanças. No Pix Saque, o consumidor poderá transferir o valor que deseja sacar para a conta de uma loja e retirar o valor por dinheiro. No Pix Troco, o consumidor poderá pagar uma compra via Pix com valor superior ao da mercadoria ou do serviço e receber a diferença em espécie.

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Por enquanto, o BC propõe um limite de saque de R$ 500 por dia, com quatro retiradas por mês sem tarifas, seja no Pix Saque ou no Pix Troco. A partir daí, as instituições financeiras poderão tarifar os saques subsequentes. A regra, no entanto, poderá mudar conforme as sugestões recebidas na consulta pública.

Em relação ao Pix Saque, a proposta do Banco Central consiste em que o cliente transfira a quantia que deseja retirar para a conta da loja por meio de um código QR (versão avançada do código de barras). Basta o usuário abrir o aplicativo do banco no celular, apontar a câmera do celular para o código QR em um equipamento da loja para a transação ser autenticada no Pix e o valor ser transferido.

Segundo o BC, os novos serviços trarão mais praticidade para os clientes e aumentarão a competição no sistema financeiro. Bancos digitais (sem agência física e sem caixas eletrônicos) poderão fechar parcerias com lojas para oferecer saques com custos mais atraentes.

Em cidades menores, sem agências bancárias ou caixas eletrônicos, o próprio comércio se encarregaria de cumprir o papel de fornecer dinheiro em espécie e movimentar a economia. Para as lojas, as duas funcionalidades podem ser atraentes, ao reduzir a quantidade de dinheiro em caixa no fim do dia e diminuir a possibilidade de assaltos.

Caberá aos estabelecimentos comerciais e às instituições financeiras definir regras como horários de funcionamento do Pix Saque e do Pix Troco, exigência de valores mínimos ou imposição de condições como retiradas em valores múltiplos de R$ 10 e oferta simultânea dos dois serviços ou de apenas um deles.

 

O candidato a prefeito Mendonça Filho (DEM) conferiu a situação da unidade de Saúde da Família Prof. João Rodrigues, posto que fica na Comunidade do Bode, no Pina, Zona Sul da cidade. Após a visita, ele denunciou o que chamou de "descaso" da gestão do PSB com a atenção básica na capital.

“É uma falta de respeito com o povo. Faltam médicos, remédios. Está tudo errado, e isso mudará”, afirmou o democrata, lançando o programa “Saúde 24h”, que pretende acabar com as filas de espera de pequenas cirurgias e consultas com especialistas na rede municipal, estabelecendo como regra três turnos de atendimentos nos equipamentos públicos existentes e em hospitais e clínicas particulares conveniadas.

“Hoje, no Recife, há mais de 200 mil exames e consultas em fila de espera”, disse Mendonça Filho, lembrando ainda que há registros de casos em que pacientes esperam por até um ano e meio para serem atendidos por um ortopedista, por exemplo. “Isso vai acabar em nossa gestão. Não se pode tratar os recifenses da forma como o PSB, de Geraldo Júlio e João Campos, faz”, disparou.

Para o ex-ministro da Educação e ex-governador de Pernambuco, o maior exemplo do descaso da saúde na atual gestão foi o que aconteceu durante o auge da pandemia provocada pelo novo Coronavírus. “A Prefeitura gastou muito e mal. Ela se preocupou em construir hospitais de campanha, comprar materiais em excesso, mas se esqueceu do básico, do atendimento na ponta. O resultado está nos jornais: o Recife tem a maior taxa de mortalidade por Covid-19 entre as capitais do Nordeste”, apontou.

Segundo análise que envolve os dados de todas as secretarias Municipais de Saúde, até o último domingo (18), o Recife teve 146,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Mais que o dobro da média nacional, no mesmo critério (72,6/100.000). “Isso sem falar nas compras suspeitas, investigadas pelos órgãos de controle e pela Polícia Federal, que já bateu à porta da Prefeitura por seis vezes. Chegaram a comprar respiradores testados apenas em porcos para usar no povo recifense”, denunciou.

A saúde está entre os principais eixos do programa de governo da coligação Recife Acima de Tudo (DEM, PTB, PSDB e PL). Além do “Saúde 24h”, outro projeto importante será o “Saúde Express”, que usará uma rede de motoboys e outros entregadores para levar remédios nas casas de idosos e pacientes com doenças crônicas. Já o “Aniversário da Saúde” possibilitará a realização de checkup anual planejado, sempre no mês de aniversário do paciente.

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*Com informações da assessoria de imprensa

O Hospital da Mulher do Recife (HMR) retoma, nesta terça-feira (8), as consultas ambulatoriais. Essas atividades estavam suspensas desde 18 de março, em razão dos atendimentos das vítimas de Covid-19, uma vez que no espaço do ambulatório foram montadas enfermarias provisórias para o enfrentamento à pandemia.

O espaço ambulatorial deverá funcionar com 50% da capacidade de atendimento. A Prefeitura do Recife (PCR) garante que o HMR adotará os protocolos necessários de segurança para contensão do novo coronavírus.

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“Para cumprir as exigências do Plano de Convivência com a Covid-19, a unidade adotará o distanciamento recomendado entre as pessoas, com agendamento limitado a, no máximo, quatro pacientes por hora, além de exigir o uso obrigatório de máscaras por parte de pacientes e colaboradores. Já estão sendo remarcadas pela central de regulação as consultas com cardiologista, infectologista, nutricionista, ginecologista, endocrinologista, mastologista, dermatologista, reumatologista e psicólogo. O ambulatório do HMR funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h”, informou o Hospital da Mulher conforme informações da sua assessoria de imprensa.

A diretora geral do Hospital, Isabela Coutinho, fez um pedido aos pacientes para que eles sigam as recomendações sanitárias, como a utilização de máscaras e o distanciamento social. "O Hospital está se empenhando para prestar assistência da forma mais segura possível. Acreditamos que nossas usuárias serão parceiras nesses cuidados, respeitando os critérios de segurança, como por exemplo, não comparecer à unidade se estiver com sintomas gripais”, comentou a médica, conforme informações da assessoria.

A Prefeitura do Recife diz que o HMR é referência na assistência humanizada às mulheres a recebe encaminhamentos de pacientes de outras unidades de saúde. O Hospital hospitalar fica na BR-101, no bairro do Curado, no Recife.

Diante da pandemia do novo coronavírus, pais estão deixando de levar os filhos ao pediatra e a postos de vacinação. Gestantes estão iniciando o pré-natal com atraso, mas, mesmo com medo, estão realizando as demais consultas nas datas corretas. As constatações são de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) sobre os impactos da Covid-19, realizada com 1.525 profissionais e apresentada nesta quarta-feira, dia 19.

Segundo o levantamento, 61% dos pediatras relataram queda acentuada no número de consultas e 73% disseram que as crianças deixaram de ser vacinadas no período, algo considerado preocupante pelos especialistas. "Com medo de levar as crianças para vacinar, os pais estão tirando delas uma grande proteção. É indispensável fazer essa vacinação mesmo em tempos de pandemia", afirma Luciana Rodrigues Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatra.

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Segundo Luciana, o levantamento mostrou ainda o impacto do isolamento para as crianças. "Seguramente, essas crianças confinadas em casa ficaram com mais tempo de tela e tiveram alterações comportamentais. Durante a infância é importante a socialização e contato com outras crianças. O pediatra é um profissional fundamental para acompanhar as crianças e para a orientação. É importante que o pediatra oriente que brincadeiras devem ser feitas durante este período para estimular o desenvolvimento da criança."

De acordo com a pesquisa, 88% dos pediatras relataram que as crianças em idade escolar apresentaram alterações no comportamento, das quais 75% foram oscilações de humor.

Apesar da queda das consultas, o contato com os profissionais não foi totalmente perdido e 82% dos pediatras afirmaram que houve aumento das consultas por meios como telefone e WhatsApp.

Gestantes

Ginecologistas e obstetras observaram um grande temor das gestantes de que os filhos sejam infectados pelo novo coronavírus. "A grávida tem medo de, durante o curso da gravidez e de assistência ao parto, de se contaminar, mas é muito mais por ela do que pelo bebê. A pesquisa mostrou que 57% das mulheres relataram aos médicos que têm medo da transmissão vertical. Há uma memória muito recente do zika vírus, embora não tenha, até hoje, nenhuma comprovação científica desse tipo de transmissão com o novo coronavírus", explica César Fernandes, diretor científico da Febrasgo.

Apesar de os profissionais terem notado um atraso no início do pré-natal (52%), eles relataram que as mulheres seguiram com as demais consultas nas datas corretas (80%). "Quando vão à consulta, por pressão da família ou preocupação do bebê, elas percebem que as consultas são marcadas com intervalos maiores para evitar que as grávidas fiquem juntas, veem que todos os profissionais usam máscara e o ginecologista tem muita relação de proximidade muito forte e de muita interatividade com a grávida."

Ele destaca que a gestação precisa ser acompanhada para que problemas que podem aparecer no período, como a hipertensão e a diabete gestacional, sejam detectados precocemente, evitando complicações para a mãe e o bebê.

Os ginecologistas informaram que 82% das pacientes têm medo da internação hospitalar por causa do parto, principalmente pela preocupação de se infectar (75%) e que apenas 31% das pacientes querem optar pela cesárea mesmo sabendo que o parto normal não oferece riscos para o bebê.

"As grávidas avaliaram bem a questão. O parto é muito preocupante para a grávida, já traz questões que estão no imaginário das mulheres, mas elas entendem o que é melhor para elas e para o bebê e quase 70% responderam que preferem, mesmo em tempos de covid, o parto normal."

Para evitar a proliferação e o contágio pelo coronavírus (Covid-19), o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) passou a realizar algumas consultas médicas de retorno pelo telefone, já pessoas acometidas com tumores são consideradas pertencentes ao grupo que corre maior risco de ser infectado pelo vírus.

No momento de marcar o atendimento a distância, o Icesp encaminhará uma mensagem via SMS no celular do paciente ou do familiar que o acompanha no tratamento. O médico entrará em contato pelo telefone durante o dia combinado. O horário exato, no entanto, não será definido de forma prévia. A recomendação é que o enfermo esteja disponível para a consulta nos períodos da manhã ou tarde.

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Para os casos em que os exames e o retorno do especialista precisarem ser adiados, não haverá aviso antecipado. Desta forma, o paciente deverá aguardar um novo comunicado para a análise clínica, que será realizada de forma presencial.

Golpes

O Icesp ainda alerta os pacientes para atentarem ao risco de alguns golpes praticados tanto nos contatos via SMS como pelo telefone.

Na conversa com os atendentes do órgão de saúde, os únicos dados solicitados para confirmação do prontuário são nome completo e data de nascimento. A orientação é desconsiderar qualquer pedido de informações como CPF ou dados bancários.

A partir desta quinta-feira (23), os estudantes já poderão consultar as vagas disponíveis nas instituições e cursos oferecidos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre, na pagina do Sisu na internet.

Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018 e obtiveram nota na redação acima de zero. As inscrições para o Sistema poderão ser feitas de 4 a 7 de junho. Durante esse período, uma vez por dia, o Sisu calcula a nota de corte, que é a menor nota para o candidato ficar entre os potencialmente selecionados.

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O resultado será divulgado no dia 10 de junho. Os participantes poderão ainda integrar a lista de espera entre 11 e 17 de junho.

Simulador

Para evitar sobrecarga do sistema, segundo o Ministério da Educação, o simulador do Sisu, que mostra informações dos últimos processos seletivos, vai ficar temporariamente fora do ar a partir desta quinta-feira. A previsão é que volte ao ar no dia 10 de junho. "A medida, preventiva, foi necessária para evitar que o sistema fique sobrecarregado", disse a pasta.

O Sisu oferece vagas em instituições públicas de ensino superior a estudantes que fizeram o Enem. A quantidade de vagas ainda não foi revelada.

Pelo menos 5,6 milhões de brasileiras não costumam ir ao ginecologista-obstetra, 4 milhões nunca procuraram atendimento com esse profissional e outras 16,2 milhões não passam por consulta há mais e um ano, indicou uma pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em parceria com o Datafolha, divulgada hoje (12).

Segundo a pesquisa Expectativa da Mulher Brasileira Sobre Sua Vida Sexual e Reprodutiva: As Relações dos Ginecologistas e Obstetras Com Suas Pacientes, o resultado mostra que 20% das mulheres com mais de 16 anos correm o risco de ter um problema sem ao menos imaginar. Foram entrevistadas 1.089 mulheres de 16 anos ou mais de todas as classes sociais, em todo o país.

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Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, seis a cada dez (58%) são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 20% passam pelo médico particular e outras 20% têm plano de saúde. Quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para saúde da mulher, 68% citam a ginecologia, principalmente por mulheres que usam atendimento particular ou convênio. Em seguida, mencionam clínica geral e cardiologia.

"Sete em cada dez mulheres têm o ginecologista como seu médico de atenção para cuidar da especialidade e para cuidar da saúde de um modo geral. Não é diferente em outros países. É como se a ginecologia fosse a porta de entrada da mulher para a assistência básica de saúde. É muito comum a mulher que tem problemas que não são propriamente ginecológicos marcar consulta com o ginecologista e ele encaminhar para outro especialista", explicou o presidente da Febrasgo, César Eduardo Fernandes.

O levantamento mostra ainda que nove de cada dez brasileiras costumam ir ao ginecologista - principalmente as que utilizam atendimento particular e convênio. Metade delas vai ao médico, sendo metade uma vez ao ano. Já 2% não têm frequência definida, 5% nunca foram e 8% não costumam ir.

Quando se trata do acesso ao ginecologista entre aquelas que já passaram por consulta, a média da idade para a primeira vez é de 20 anos e os motivos foram a necessidade de esclarecer algum problema ginecológico (20%), a gravidez ou a suspeita dela (19%) e a prevenção (54%). Normalmente quem as motivou a procurar o médico foram mulheres próximas (57%), a mãe (44%) ou mesmo a iniciativa própria (24%).

"Nós entendemos que a razão da primeira consulta não deveria ser por problemas ginecológicos ou gravidez. Acredito que falta da parte dos educadores e dos médicos esclarecer que a mulher deve ir na primeira consulta assim que iniciar seu período de vida menstrual ou até antes disso para entender quais são os eventos de amadurecimento puberal que ela tem para que possa ter noção de como deverá ser a sua habitualidade menstrual, para receber orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis, iniciação sexual, métodos contraceptivos", ressaltou Fernandes.

De acordo com as informações da pesquisa, entre aquelas que não costumam ir ao ginecologista, as razões mais alegadas são ‘não preciso ir, pois estou saudável (31%)’ e ‘não considero importante ou necessário ir ao ginecologista (22%)’. Há ainda aquelas que dizem não ter acesso ao médico ginecologista ou não haver esse especialista na localidade onde residem (12%), ter vergonha (11%), ou não ter tempo (8%).

Relação médico-paciente

Todas as brasileiras entrevistadas (98%) consideram importante que o ginecologista dê acolhimento, realize exames clínicos, dê atenção, aconselhe, passe confiança e forneça informações claras. Nove em cada dez dizem estar satisfeitas com esses atributos em seus médicos.

"Esse é o dado que mais nos envaidece. Os números são extremamente favoráveis à atenção dos ginecologistas. Essa é uma especialidade que precisa ser resgatada, porque ela é fundamental para a boa assistência à mulher. Claro que há especialistas que merecem condenação, mas essa não é a realidade da maioria dos ginecologistas e obstetras", disse o presidente das Febrasgo.

Em uma situação de parto, 89% declararam que se sentiriam seguras com a assistência de um ginecologista/obstetra, percentual que cai para 54% se o atendimento fosse feito por um plantonista, 49% se fosse uma doula, 43% se fosse uma enfermeira e 42% caso o parto fosse acompanhado por uma parteira.

"Existe uma confusão conceitual por parte das pessoas, especialmente da mulher, com relação ao que é uma boa assistência ao parto. Então, ela pede à doula, que não é profissional de saúde, apesar de ser importante para oferecer suporte emocional e físico. Mas a doula não pode fazer o parto. Quem pode fazer o parto é uma enfermeira com formação obstétrica, desde que acompanhada por um médico", disse Fernandes.

Interrupção da gravidez

A pesquisa mostrou ainda que sete a cada dez brasileiras acreditam que a decisão sobre a interrupção da gravidez cabe somente à mulher. Outras 25% disseram que a questão deve ser decidida pelas leis da sociedade. A Febrasgo destacou que não é nem contra nem a favor do aborto, mas luta pela descriminalização.

"Nós entendemos que essa é uma decisão da mulher. E isso está alinhado ao que 70% das mulheres pensam. Nossa legislação é da década de 40 e manda prender a mulher que faz o aborto e qualquer pessoa envolvida em ajudar essa mulher", lembrou o presidente da Febrasgo.

Segundo Fernandes, a orientação da entidade é a de que os médicos não soneguem a informação e orientação sobre os prós e contras no momento em que forem indagados pela paciente que manifestar desejo bem discutido. "Mas a decisão não nos cabe e nem devemos induzi-la a tomar uma ou outra decisão. O problema começa quando ela nos pergunta para onde a encaminhamos porque não temos para onde encaminhar".

Cerca de 90% dos brasileiros consideram o sistema de saúde – público ou privado – péssimo, ruim ou regular. A avaliação foi apresentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e os dados são da pesquisa, realizada pelo Instituto Datafolha, entre os dias 9 a 16 de maio, com abrangência nacional e participação de 2.087 entrevistados (59% residentes no interior do país).

A valorização ao Sistema Único de Saúde (SUS) aparece com ênfase no estudo. Os números indicam que, para 88% dos entrevistados, o sistema deve ser modelo de assistência de acesso universal, integral e gratuito, conforme previsto em suas diretrizes legais.

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Segundo a pesquisa, 83% das pessoas ouvidas acreditam que os recursos públicos não são administrados da maneira adequada; 73% que o atendimento não é igual para todos; e 62% que o sistema não possui gestores eficientes. Entre os 14 serviços disponíveis em postos e hospitais analisados pelo estudo, 11 foram criticados pelos entrevistados.

Os dados apontam que os itens com maior dificuldade de acesso na rede pública são: consultas com médicos especialistas (74%); cirurgias (68%); internação em leitos de UTI (64%); exames de imagem (63%); atendimento com psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas (59%); e procedimentos como diálises, quimioterapia e radioterapia (58%). Além disso, o tempo de espera é o fator com a pior avaliação do SUS, visto como o maior problema para 82% dos entrevistados que buscam consulta, 80% dos que precisam de um exame de imagem e para 79% dos que aguardam cirurgia.

Para as pessoas ouvidas na pesquisa, os políticos que vencerem o pleito deste ano deverão adotar medidas que combatam a corrupção na área da saúde (26%); reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias (18%); aprimorar a fiscalização dos serviços (13%); construir mais postos e hospitais (11%); e garantir melhores condições de trabalho e de remuneração para médicos e outros profissionais da área (9%).

O presidente do CFM, Carlos Vital, afirma que os resultados do estudo demonstram uma posição de insatisfação por parte da sociedade brasileira e não devem ser ignorados pelos candidatos às eleições de outubro. “Esses números falam por si só. Precisamos ter mais sensibilidade política, financiamento mais adequado e gestão mais eficiente”, conclui.

Com o objetivo de acelerar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes, além de diminuir a espera por atendimento nos hospitais do Estado, os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) são unidades que oferecem consultas com especialistas, exames e pequenas cirurgias.

O atendimento nos AMEs é regionalizado e a marcação de consultas é feita pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) municipais por meio de um sistema online.

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Confira abaixo a relação de endereços e telefones dos AMEs no Estado de São Paulo:

Ambulatório Médico de Especialidades Américo Braziliense

Endereço: alameda Deputado Aldo Lupo, 1260, Jardim Vista Alegre

Américo Braziliense

Telefone: (16) 3393-7800

AME Andradina – “Dr. Edmon Alexandre Salomão”

Endereço: rua Guararapes, 282, Vila Sanches

Andradina

Telefone: (18) 3702-3160

AME Araçatuba - “Doutor Oscar Gurjão Cotrim"

Endereço: rua José Bonifácio, 1331, Vila Mendonça

Araçatuba

Telefone: (18) 3519-4100

AME Assis

Endereço: rua Elías Machado de Pádua, 540, Vila Orestes

Assis

Telefone: (18) 3302-3700

AME Atibaia - “Durval Mantovaninni”

Endereço: rua Dr. Zeferino Alves do Amaral, 755, Parque Jerônimo de Carvalho

Atibaia

Telefone: (11) 4414-1650

AME Geral/Clínico de Barretos – “Dr. Luiz Roberto Barradas Barata”

Endereço: avenida Loja Maçonica Renovadora,105, Aeroporto

Barretos

Telefone: (17) 3321-1500

AME Bauru – “Dr. Jair Marcelino da Silva Filho”

Endereço: rua Rubens de Arruda, s/n, Centro

Bauru

Telefone: (14) 3223-1335

AME - “Dr. Geraldo Paulo Bourroul”

Endereço: rua Martins Fontes, 208, Centro

São Paulo

Telefone: (11) 3150-0700

AME Caraguatatuba

Endereço: avenida Acre, 1.081, Indaiá

Caraguatatuba

Telefone: (12) 3897-1000

AME Carapicuíba

Endereço: avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1.304, Cohab V

Carapicuíba

Telefone: (11) 4083-8600

AME Casa Branca

Endereço: rua Pedro de Toledo, 48, Centro

Casa Branca

Telefone: (19) 3671-8000

AME Catanduva

Endereço: rua Cascata, 825, Parque Iracema

Catanduva

Telefone: (17) 3311-1100

AME Dracena – “Doutor Francisco de Assis Martucci”

Endereço: rua Ipiranga, 1.198, Centro

Dracena

Telefone: (18) 3821-8490

AME Fernandópolis

Endereço: rua Milton Terra Verde, 419, Jardim América

Fernandópolis

Telefone: (17) 3465-3030

AME Franca – “Dr. Cirilo Barcelos”

Endereço: avenida Dr. Alcindo Ribeiro Conrado, 1.395, Centro

Franca

Telefone: (16) 3707-4400

AME Heliópolis – “Dr. Luiz Roberto Barradas Barata”

Endereço: avenida Almirante Delamare, 1.534, Nova Heliópolis

São Paulo

Telefone: (11) 2065-1550

AME Idoso Vila Mariana

Endereço: rua Monsenhor Manuel Vicente, nº 1, Vila Mariana

São Paulo

Telefone: (11) 4280-2861

AME Idoso Lapa

Endereço: rua Roma, 466, Lapa

São Paulo

Telefone: (11) 4280-1950

AME Interlagos

Endereço: rua Arthur Nascimento Junior, 120, Jardim Satélite

São Paulo

Telefone: (11) 5668-2500

AME Itapetininga

Endereço: rua Pedro Marquês, 723, Centro

Itapetininga

Telefone: (15) 3275-9050

AME Itapeva – “Dr. Edison Oliveira Martho”

Endereço: praça Dr. Espiridião Lúcio Martins, 220, Centro

Itapeva

Telefone: (15) 3524-9800

AME Itapevi

Endereço: avenida Presidente Getúlio Vargas, 215, Jardim Nova Itapevi

Itapevi

Telefone: (11) 4084-3300

AME da Zona Leste

Endereço: rua Santa Marcelina, 400, Vila Carmosina

São Paulo

Telefone: (11) 2070-6211

AME Itu – “Olavo Silva Souza”

Endereço: rodovia Valdomiro Corrêa de Camargo, Km 63, s/n, Cidade Nova

Itu

Telefone: (11) 4886-9030

AME Ituverava – “Comendador Takayuki Maeda”

Endereço: rua Euclides Barbosa Lima, 741, Vila Prado, Centro

Ituverava

Telefone: (16) 3830-8600

AME Jales – “Avelino Fernandes”

Endereço: rua Sete, nº 2720, Centro

Jales

Telefone: (17) 3622-5470

AME Jardim dos Prados

Endereço: rua Sant´Ana, 275, Vila São Pedro

São Paulo

Telefone: (11) 5633-2466

AME Jundiaí – “Dona Maria Lopes”

Endereço: rua Rangel Pestana, 531, Centro

Jundiaí

Telefone: (11) 4523-4060

AME Limeira

Endereço: rua Jandira Antunes da Silva Rosa, 54, Vila Claudia

Limeira

Telefone: (19) 3404-2830

AME Lorena

Endereço: rua Dom Bôsco, 604, Centro

Lorena

Telefone: (12) 3185-5010

AME Maria Zélia

Endereço: rua Jequitinhonha, 368, Belenzinho

São Paulo

Telefone: (11) 3583-1800

AME Mauá

Endereço: rua Pref. Américo Perrela, 171, Cento

Mauá

Telefone: (11) 4542-7440

AME Mogi das Cruzes

Endereço: avenida Fausta Duarte de Araújo, 140, Jardim Santista

Mogi das Cruzes

Telefone: (11) 4722-7749

AME Mogi-Guaçu – “Dr. Benedito Darcádia”

Endereço: rua Conselheiro José Franco de Godoy, 50, Vila Paraíso

Mogi-Guaçu

Telefone: (19) 3851-3300

AME Ourinhos

Endereço: avenida Vitalina Marcusso, 1550, Jardim das Paineiras

Ourinhos

Telefone: (14) 3325-1161

AME Pariquera-Açu

Endereço: rua dos Expedicionários, 512, Centro

Pariquera-Açu

Telefone: (13) 3856-9999

AME Piracicaba – “Dr. Oswaldo Cambiaghi”

Endereço: rua Riachuelo, 1850, Jardim Elite

Piracicaba

Telefone: (19) 3437-4950

AME Praia Grande

Endereço: rua Valter José Alves, 485, Vila Mirim

Praia Grande

Telefone: (13) 3496-1700

AME Presidente Prudente – “Dr. Antonio Carlos Fontoura da Silva”

Endereço: rua José Bongiovani, 1297, Cidade Universitária

Presidente Prudente

Telefone: (18) 3918-9850

AME Promissão

Endereço: avenida Arthur Franco, 215, Jardim América

Promissão

Telefone: (14) 3543-9700

AME Rio Claro

Endereço: avenida da Saudade, 165, Consolação

Rio Claro

Telefone: (19) 3523-2300

AME Santa Bárbara D´Oeste

Endereço: rua da Seda, 250, Jardim Pérola

Santa Bárbara D´Oeste

Telefone: (19) 3458-7749/ 3457/ 1252

AME Santa Fé do Sul

Endereço: avenida Navarro de Andrade, 40, Centro

Santa Fé do Sul

Telefone: (17) 3641-9160

AME Santo André – “Dr. Newton da Costa Brandão”

Endereço: avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, 3330, Vila Luiza

Santo André

Telefone: (11) 4454-6100

AME Santos

Endereço: rua Alexandre Martins, 70, Aparecida

Santos

Telefone: (13) 3278-7700

AME São João da Boa Vista

Endereço: praça Monsenhor Ramalho, 25, Centro

São João da Boa Vista

Telefone: (19) 3634-1120

AME São José do Rio Preto

Endereço: avenida Lino José de Siexas, s/n, Jardim dos Seixas

São José do Rio Preto

Telefone: (17) 3202-1717

AME São José dos Campos

Endereço: avenida Engenheiro Francisco José Longo, 925, Jardim São Dimas

São José dos Campos

Telefone: (12) 3209-2102

AME Sorocaba

Endereço: rua Guaicurus, 411, Mangal

Sorocaba

Telefone: (15) 3333-3900

AME Taboão da Serra

Endereço: estrada de São Francisco, s/n, Vila Sonia

Taboão da Serra

Telefone: (11) 2139-0333

AME Tupã – “Celina Maria Vendramini França”

Endereço: rua Mandaguaris, 970, Centro

Tupã

Telefone: (14) 3441-6100

AME de Psiquiatria Vila Maria – “Dra. Jandira Masur”

Endereço: avenida Guilherme Cotching, 1600, Vila Maria

São Paulo

Telefone: (11) 3478-1365

AME Votuporanga

Endereço: rua Maria de Freitas Leite, 2944, Cidade Vila Nova

Votuporanga

Telefone: (11) 3426-6000

AME Salto – “Dr. José Francisco Archimedes”

Endereço: rua Europa, 1571, Jardim Celani

Salto

Telefone: (11) 4602-8919

O Núcleo de Atenção à Saúde do Estudante (Nase) está oferecendo acompanhamento na área de educação sexual e reprodutiva para alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Também há serviços de psicologia, psiquiatria e serviço social.

Os estudantes interessados em ser atendidos devem agendar as consultas de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 17h, na sede do Núcleo, localizada no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da instituição de ensino. O procedimento pode ser feito de segunda a sexta-feira e também há marcação pelo telefone (81) 2126-8439.

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De acordo com a UFPE, os atendimentos aos estudantes ocorrem todas as quartas-feiras, das 13h às 17h. Durante a consulta, também está prevista a entrega de 12 preservativos para o universitário atendido, sempre de 15 em 15 dias. No momento da consulta, os alunos precisam apresentar documento de identificação com foto.

O Nase possui vínculo com a Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis da Universidade (Proaes). O CAC fica no Campus Recife da Federal, localizado na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste da cidade.

Em 2015, o Programa Mais Médicos conseguiu atrair um número maior de clínicos com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) brasileiros. Enquanto 79% dos médicos que entraram no programa, de julho de 2013 a dezembro de 2014, são cooperados cubanos, todos os que entraram em 2015 são brasileiros.

No começo deste ano, além da opção existente desde o início do programa, na qual o médico atende por três anos na atenção básica do local para onde for designado, o Ministério da Saúde adicionou uma segunda alternativa para profissionais registrados no Brasil, em que eles passam apenas um ano clinicando e recebem, ao final, um bônus de 10% nas notas de concursos para ingresso em residências médicas.

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Foi esse bônus que atraiu Bruna da Silva a entrar no programa. Formada há cinco anos, a médica quer fazer residência em anestesiologia e acredita que o percentual de 10% a mais na nota a ajudará a atingir esse objetivo.

Bruna foi designada para trabalhar na cidade pernambucana de João Alfredo, que tem 32 mil habitantes e fica a cerca de 100 quilômetros da cidade onde ela morava, Recife. “Conseguimos resolver a vida de muitos pacientes e evitar que eles procurem o hospital.”

Como na maioria dos postos de atenção básica, hipertensão e diabetes são as maiores demandas do posto onde Bruna trabalha. “A equipe é muito boa, e agora os pacientes estão deixando de ir ao hospital por problemas que podem ser resolvidos nos postos, como controle de diabetes, de hipertensão, entre outros.”

Divergências

Desde o início do programa, em 2013, os editais sempre abrem chamadas primeiramente para médicos com registro no Brasil, em seguida, para os brasileiros formados no exterior. As vagas restantes, que até 2014 acabavam sendo a maioria, são ocupadas por profissionais da cooperação entre Brasil e Cuba, intermediada pela Organização Mundial da Saúde.

A grande divergência entre entidades médicas e governo com relação à iniciativa é que, enquanto a legislação brasileira exige registro nos CRMs para que os médicos possam atuar no País, a Lei 12.871, que institui o Mais Médicos, dispensa esse documento de pessoas formadas fora para atuação exclusiva no programa. Dessa forma, a maioria dos profissionais do Mais Médicos clinicam sem registro.

Aumento nas consultas

Com a mudança feita em janeiro de 2015, foram abertas 4.146 vagas, das quais 92% foram preenchidas por profissionais com registro no Brasil e 8% por médicos brasileiros formados fora do País e sem registro. A cada três meses, o governo abre editais para repor vagas, caso haja desistências.

Criado em 2013, o Mais Médicos paga uma bolsa-formação a médicos para que eles atendam na atenção básica de regiões carentes. Médicos que se inscrevem individualmente ganham pouco mais de R$ 10 mil, já os cubanos recebem menos, pois parte do dinheiro fica com o governo cubano. Hoje, 18.240 profissionais clinicam pelo programa. A porcentagem de cubanos ainda é a maior, são 69% dos bolsistas.

Do Portal Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta quinta-feira, 18, uma nova rodada de consultas e audiências públicas. Serão debatidos temas como valor da indenização de usinas geradoras e aprimoramento da fiscalização do equilíbrio econômico e financeiro das distribuidoras de energia elétrica. A formalização do início do processo de debate foi realizada com a publicação de avisos no Diário Oficial da União desta quinta-feira (18). Detalhes sobre esses novos temas agora sob discussão podem ser consultados na página da Aneel na internet.

A audiência pública nº 71 será realizada com o objetivo de obter subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da metodologia de cálculo da depreciação acumulada para subsidiar os estudos de definição do valor da indenização de usinas geradoras de energia elétrica. Haverá apenas intercâmbio de documentos. Sugestões serão recebidas até 9 de fevereiro de 2015.

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A audiência pública nº 72 tratará do aprimoramento da proposta de alteração da Resolução Normativa nº 334, de 21 de outubro de 2008, com relação à regulamentação para o compartilhamento de recursos humanos e infraestrutura. Haverá intercâmbio de documentos, com recebimento de sugestões até 23 de fevereiro, e reunião presencial em 21 de janeiro na sede da Aneel, em Brasília.

A audiência pública nº 73 foi estabelecida para obter subsídios e informações adicionais para alteração da Norma de Organização nº 15, que dispõe sobre o acesso à informação de natureza pública apresentada à Aneel em qualquer suporte, observados os critérios de restrição das matérias de caráter sigiloso. O debate ocorrerá somente por meio de intercâmbio de documentos. Sugestões poderão ser encaminhadas até 26 de janeiro.

A audiência pública nº 74 busca obter subsídios para o aprimoramento do texto do Termo Aditivo aos Contratos de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, com vistas a permitir que as melhorias implementadas pelas transmissoras sejam incluídas no processo de reajuste de suas receitas. Também ocorrerá somente intercâmbio de documentos, com envio de sugestões até 16 de janeiro.

A consulta pública nº 15 tem como meta obter subsídios à formalização e ao aprimoramento da fiscalização do equilíbrio econômico e financeiro das distribuidoras de energia elétrica, compreendendo a instituição de indicadores públicos de sustentabilidade. Haverá intercâmbio de documentos, até 23 de fevereiro, com reunião presencial em 21 de janeiro, na sede da Aneel, em Brasília.

A Aneel também divulgou hoje que discutirá o estabelecimento das metodologias e critérios gerais para as revisões tarifárias periódicas das concessionárias de distribuição de energia elétrica, com a inclusão do tema "Perdas Não Técnicas de Energia". Haverá intercâmbio de documentos. As sugestões poderão ser enviadas até o dia 9 de fevereiro. Está programa reunião presencial, mas horário e data serão divulgados posteriormente. Esse debate faz parte da audiência pública nº 23.

Será discutido, ainda, regras sobre a obtenção de subsídios para a proposta de aprimoramento do método de cálculo de perdas na distribuição regulamentado no Módulo 7 do Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (Prodist), aplicáveis às distribuidoras de serviço público de energia elétrica no processo de Revisão Tarifária Periódica (RTP). Esse debate ocorrerá dentro da consulta pública nº 26, que envolve apenas intercâmbio de documentos. Propostas serão recebidas até 9 de fevereiro.

Os serviços públicos e privados de saúde no Brasil são considerados regulares, ruins ou péssimos por 93% da população. É o que indica pesquisa do Instituto Datafolha feita a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Paulista de Medicina (APM). O levantamento mostra que os principais problemas enfrentados pelo setor incluem filas de espera, acesso aos serviços públicos e gestão de recursos. De acordo com o estudo, a saúde é apontada como a área de maior importância para 87% dos brasileiros. Para 57%, o tema que deve ser tratado como prioridade pelo governo federal.

A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 10 de junho de 2014 e ouviu 2.418 homens e mulheres com idade mínima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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Os dados revelam que, em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), os pontos mais críticos são os relacionados ao acesso e ao tempo de espera. Mais da metade dos entrevistados que buscaram atendimento na rede pública relataram ser difícil ou muito difícil conseguir o serviço pretendido - sobretudo cirurgias, atendimento domiciliar e procedimentos específicos como hemodiálise e quimioterapia.

Em relação à qualidade dos serviços, 70% dos que buscaram o SUS disseram estar insatisfeitos e atribuíram avaliações que variam de regular a péssimo. A percepção mais negativa está relacionada ao atendimento nas urgências, emergências e em pronto-socorros.

Entre os entrevistados, pelo menos 30% declararam estar aguardando ou ter alguém na família aguardando a marcação ou a realização de algum procedimento na rede pública. Mesmo entre os que possuem plano de saúde, 22% aguardam algum tipo de atendimento no SUS.

Os dados mostram que duas em cada dez pessoas ouvidas conseguiram ser atendidas no prazo de um mês, enquanto 29% aguarda há mais de seis meses para ter a demanda atendida. O grupo que passa mais tempo aguardando atendimento do SUS são as mulheres com idade entre 25 e 55 anos, que concluíram o ensino fundamental e residem na Região Sudeste.

O presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila, avaliou que o resultado apontado pela pesquisa é de insatisfação com a saúde como um todo. "As respostas estão aí para serem analisadas", disse. "Não somos nós, médicos, que continuamos a dizer que a insatisfação é muito grande. No nosso meio, temos certeza absoluta de que esse atendimento é insatisfatório. E eu diria mais: é prejudicial", completou.

Já o vice-presidente do conselho, Carlos Vital, classificou as dificuldades enfrentadas pelo setor como crônicos. "Vivemos uma fase de agonização desse problema nos últimos 12 anos", disse. "Orçamento e administração são os principais problemas. Não podemos continuar nessa espera. Vidas humanas se perdem nesse processo", concluiu.

O Ministério da Saúde informou que os recursos destinados à rede pública mais que triplicaram nos últimos 11 anos, passando de R$ 27,2 bilhões em 2003 para R$ 91,6 bilhões em 2014. Esses recursos, segundo a pasta, garantiram resultados como a cobertura de cerca de 60% da população pelas equipes de Saúde da Família, com ampliação do acesso a 50 milhões de brasileiros, atendidos pelos 14,4 mil médicos do Programa Mais Médicos; 75% da população com acesso ao SAMU; mais de 90% da cobertura vacinal, incorporando todas as vacinas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde; manutenção do maior sistema de transplante público do mundo, com 95% do total de transplantes realizados no SUS; e ampliação, desde 2011, de mais de 16 mil leitos do SUS em unidades mais próximas da casa do cidadão.

“Importante esclarecer que a gestão e o financiamento do SUS são compartilhados entre União, estados e municípios”, finalizou o ministério.

O Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco, informou na tarde desta segunda-feira (7) que modificou o cronograma para agendamento de retorno, ou seja, aquela consulta na mesma especialidade em que foi feito o primeiro atendimento. A mudança foi causada pelo intenso número de pacientes que foram a unidade médica na manhã de hoje para fazer a marcação.

A partir de agora, o retorno poderá ser feito de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, independente da especialidade. O paciente deve se dirigir ao respectivo ambulatório para marcação até o próximo dia 31.

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O cronograma de agendamento anteriormente divulgado, com as datas divididas  por especialidades, continua em vigor, mas apenas para marcação de interconsultas  (aquelas solicitadas internamente de uma especialidade para outra) e para o caso dos pacientes que tiveram seu atendimento cancelado devido à greve. Nessas duas situações, o agendamento será feito, das 7h às 12h, na Central de Marcação de Consultas, localizada no térreo do HC.

Já quem iria pela primeira vez no Hospital para marcar uma consulta, o serviço está indisponibilizado. O Hospital informou que não vai poder oferecer o serviço durante esse período, uma vez que não serão abertos novos cadastros de pacientes. A partir do dia 1º de agosto, a Central de Marcação de Consultas do Hospital retornará as suas atividades normalmente.

Programação de marcação de interconsultas e de consultas para os pacientes que tiveram seu atendimento cancelado devido à greve:

7 e 14 de julho - Ginecologia e Obstetrícia 

8 e 15 de julho - Hematologia e Clínica Médica 

9 e 23 de julho - Cirurgia Geral, Proctologia e Ortopedia (quadril, mão, ombro, joelho e coluna) 

10 e 17 de julho de 2014 - Endocrinologia, Pneumologia e Gastroenterologia 

11 e 18 de julho -Nutrição, Urologia e Cirurgia Vascular

21 e 28 de julho -Otorrinolaringologia e Neurologia 

22 e 29 de julho - Cardiologia e Nefrologia 

30 de julho - Dermatologia 

7 de julho a 31 de julho, enquanto houver vaga -  Oncologia e Oftalmologia - O agendamento será feito no respectivo ambulatório no horário das 7h às 16h 

 

 

 

Após o fim da greve dos servidores, o Hospital das Clínicas da UFPE começa nesta segunda-feira (7) a remarcar as consultas que não foram realizadas durante quase três meses. As datas são válidas para os pacientes já agendados e que não foram atendidos no período da paralisação, além daqueles que não conseguiram marcar um retorno ou uma interconsulta.

Segundo a unidade de saúde, os agendamentos irão ocorrer desta segunda-feira até o dia 31 de julho, distribuídas as datas por especialidade. A marcação dos retornos deve ser realizada das 7h às 16h, no respectivo ambulatório. Já nas interconsultas e cancelamentos o agendamento será feito, das 7h às 12h, na Central de Marcação de Consultas, localizada no térreo do HC.

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Por conta dos reflexos da paralisação, encerrada na última sexta-feira (30), não haverá marcação de novas consultas durante esse período. A partir do dia 1º de agosto, a Central de Marcação de Consultas do Hospital retornará as suas atividades normalmente.

 

Confira a programação de Marcação de Consultas:

7 e 14 de julho

Ginecologia e Obstetrícia

8 e 15 de julho

Hematologia e Clínica Médica

9 e 23 de julho 

Cirurgia Geral, Proctologia e Ortopedia (quadril, mão, ombro, joelho e coluna)

10 e 17 de julho

Endocrinologia, Pneumologia e Gastroenterologia

11 e 18 de julho 

Nutrição, Urologia e Cirurgia Vascular

21 e 28 de julho 

Otorrinolaringologia e Neurologia

22 e 29 de julho

Cardiologia e Nefrologia

30 de julho

Dermatologia

7 de julho a 31 de julho, enquanto houver vaga

Oncologia e Oftalmologia - O agendamento será feito no respectivo ambulatório no horário das 7h às 16h

Com informações da assessoria

O Hospital das Clínicas da UFPE divulgou, nesta quinta-feira (3), um novo cronograma de marcação de consultas. As datas são válidas para os pacientes já agendados e que não foram atendidos durante a paralisação dos servidores da instituição, alem daqueles que não conseguiram marcar um retorno ou uma interconsulta.

Segundo a unidade de saúde, os agendamentos irão ocorrer da próxima segunda-feira (7) até o dia 31 deste mês, distribuídas as datas por especialidade. A marcação dos retornos deve ser realizada das 7h às 16h, no respectivo ambulatório. Já nas interconsultas e cancelamentos o agendamento será feito, das 7h às 12h, na Central de Marcação de Consultas, localizada no térreo do HC.

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Por conta dos reflexos da paralisação, encerrada na última sexta-feira (30), não haverá marcação de novas consultas durante esse período. A partir do dia 1º de agosto, a Central de Marcação de Consultas do Hospital retornará as suas atividades normalmente.

Confira a programação de Marcação de Consultas:

7 e 14 de julho 

Ginecologia e Obstetrícia

8 e 15 de julho

Hematologia e Clínica Médica

9 e 23 de julho 

Cirurgia Geral, Proctologia e Ortopedia (quadril, mão, ombro, joelho e coluna)

10 e 17 de julho de 2014

Endocrinologia, Pneumologia e Gastroenterologia

11 e 18 de julho 

Nutrição, Urologia e Cirurgia Vascular

21 e 28 de julho 

Otorrinolaringologia e Neurologia

22 e 29 de julho

Cardiologia e Nefrologia

30 de julho

Dermatologia

7 de julho a 31 de julho, enquanto houver vaga

Oncologia e Oftalmologia - O agendamento será feito no respectivo ambulatório no horário das 7h às 16h

Com informações da assessoria

A queda nos investimentos no primeiro trimestre lançou dúvidas sobre a redução do peso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na economia a partir deste ano. Segundo estudo do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), feito com exclusividade a pedido do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, as consultas por empréstimos do banco de fomento somaram R$ 47,2 bilhões no primeiro trimestre, caindo para patamar semelhante ao de 2007 e 2008, antes da crise internacional. Por outro lado, os desembolsos de recursos para financiamentos já aprovados cresceram como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) e dos investimentos.

Com o recuo nas consultas, a tendência é os desembolsos, como proporção da economia, cederem mais a frente. Por enquanto, porém, com a queda dos investimentos no primeiro trimestre, o valor dos desembolsos do BNDES subiram para 20,5% da formação bruta de capital fixo (FBCF, a conta dos investimento no PIB), ante 18,3% no primeiro trimestre de 2013. Como proporção do PIB, os desembolsos chegaram a 3,6%, ante 3,3% em 2013.

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A redução do peso do BNDES entrou no discurso da equipe econômica em setembro passado, na esteira das críticas à política fiscal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que o BNDES poderia desembolsar na casa de R$ 150 bilhões este ano - contra R$ 190,4 bilhões, ano passado.

"Os desembolsos vão cair, estou convencido, mas a queda será mais rápida ou mais devagar em função do dinamismo da economia", diz Gabriel Leal de Barros, pesquisador do Ibre/FGV especializado em contas públicas, autor do estudo.

Para o economista, tanto a decisão do governo de reduzir os aportes quanto a demanda mais fraca por empréstimos, por causa da economia devagar, pesam na tendência de redução dos desembolsos.

"Com uma menor demanda, a redução dos aportes no banco tornam-se cada vez mais consensuais, não obstante a relevância de conter o endividamento público bruto", diz Barros, que defende a suspensão dos aportes no BNDES, para melhorar as contas públicas. "O governo deveria reduzir os aportes de forma mais rápida. É possível fazer isso de forma equilibrada, sem parada nos investimentos", completa.

A demanda menor está nos números. As consultas de projetos no BNDES - o primeiro passo para pedir um empréstimo - caíram 13,9% no primeiro trimestre perante igual período de 2013, já descontada a inflação. Os enquadramentos (quando o projeto foi aceito para ser analisado) e as aprovações também caíram nos três primeiros meses do ano.

O próprio BNDES já vem apontando essa tendência nos últimos meses, embora seus executivos prefiram, em geral, destacar efeitos estatísticos (como uma ou outra consulta elevada em determinado período passado) como responsáveis pelo recuo.

Com a retração nos investimentos no início do ano, porém, a perspectiva de redução na liberação de recursos pode ser suspensa ou, pelo menos, passar a um ritmo lento. Em maio, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, deu a entender que o decréscimo nos desembolsos este ano poderia não ser tão grande assim e demonstrou preocupação com o ritmo de expansão do crédito privado a empresas e com o ciclo de elevação da taxa básica de juros - a Selic, que passou de 7,25% para 11%, em um ano.

Após o péssimo resultado dos investimentos no PIB do primeiro trimestre, Coutinho chegou a mudar de tom. À pergunta sobre se os desembolsos serão menores este ano, ele respondeu: "Ainda temos dúvida". O executivo preferiu creditar a queda nos investimentos a fatores conjunturais a reforçou a ideia na última segunda-feira, em entrevista em Londres.

"Tivemos fatores específicos no trimestre, como a produção de equipamentos muito concentrada no fim do ano passado, mas não quero focar no curto prazo. Nosso panorama de médio prazo ainda mostra um pequeno crescimento do investimento do setor privado."

Para o economista Ernani Teixeira Torres Filho, professor do Instituto de Economia da UFRJ, a questão crucial é o ciclo de alta nos juros. "O BNDES é vítima, responde à política macroeconômica", diz Torres, ex-superintendente da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) do banco de fomento.

Na visão do economista, a atividade econômica já esfriou e esfriará mais, permanecendo fraca tanto este ano quanto em 2015. Assim, os desembolsos do BNDES poderão cair um pouco ou subir um pouco este ano, em função da maior ou menor demanda por parte das empresas. "Diminuir o BNDES não é complicado. O ideal é o banco perder participação relativa, com o mercado privado ampliando sua participação no crédito de longo prazo", diz Torres.

O problema, segundo o economista, é que o ciclo de alta da Selic afasta o financiamento privado. Torres estima que a diferença entre a Selic e a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, que baliza os empréstimos do BNDES, hoje em 5%) deve ser entre 2% e 3% para o setor privado ser atraído para o financiamento. Hoje, essa diferença está em 6 pontos porcentuais, mas o governo estuda elevar a TJLP.

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