Tópicos | Dória

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi no mínimo ríspido ao falar sobre a greve geral que ocorre no país nesta sexta-feira (28). Em vídeo publicado no seu Facebook, o tucano disse que os que não querem trabalhar fazem greve. 

“Enquanto aqueles que não querem trabalhar fazem greve, nós aqui na prefeitura trabalhamos”, disparou o prefeito ao contar que hoje já se reuniu com o cônsul e empresários da Espanha. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Doria disse que a reunião foi muito “produtiva” e que São Paulo irá ganhar mais investimentos nas áreas social e urbanística. “O Cônsul e empresários anunciarão em breve doações representativas para a cidade envolvendo o projeto de revitalização de parte do Centro e também para um dos CTAs, espaços que farão o primeiro acolhimento das pessoas em situação de rua”, explicou.

O prefeito não se contentou com a declaração direta aos grevistas e ainda fez uma provocação. “Hoje pela manhã, tentaram bloquear meu trajeto até a prefeitura sem sucesso. Cheguei no gabinete ainda mais cedo para trabalhar por nossa São Paulo”, concluiu.

A gestão Doria anunciou nesta quarta-feira (26) que vai oferecer transporte gratuito para que todos os funcionários públicos municipais de São Paulo compareçam ao trabalho nesta sexta-feira (28), dia de mobilização nacional contras as reformas trabalhista e da Previdência. No dia anterior, o prefeito João Doria já havia anunciado que vai cortar o ponto de quem não cumprir o expediente por causa da greve.

Em e-mail, a Prefeitura orientou as secretarias e os órgãos da administração direta e indireta municipais a organizarem caronas entre servidores que possuem automóvel próprio e, também, a criarem escalas de transporte compartilhado com veículos da gestão municipal. Para tanto, os funcionários devem preencher um formulário virtual, no qual precisam informar dados pessoais, como endereços profissional e residencial.

##RECOMENDA##

Além das escalas, eles terão acesso a senhas para o uso gratuito de aplicativos de transporte entre 7h e 9h e entre 17h30 e 19h30, destinados preferencialmente para quem mora em bairros mais distantes da região central.

De acordo com a Prefeitura, as parcerias com as empresas ainda estavam em negociação até a noite desta quarta, mas já está definido que elas serão doações, para não causar ônus ao município. São Paulo tem cerca de 129 mil funcionários públicos municipais.

"Sexta-feira, dia 28, é dia de trabalho, só quem não quer trabalhar é que vai fazer greve, porque mesmo quem deseja manifestar-se faz isso em horário fora de expediente, faz isso no sábado, faz isso no domingo, de noite, na hora do almoço, não faz durante o trabalho. Não é justa nem a greve, nem a manifestação, mas, ainda que fosse, deveria ocorrer sem prejuízo à população", afirmou Doria em sua página no Facebook.

Em vídeo, o prefeito afirmou ainda que todos os servidores públicos receberão até esta quinta-feira. 27, uma mensagem informando sobre qual aplicativo de transporte deverão utilizar. "Nós somos servidores públicos, atendemos a população, principalmente a população mais pobre e mais humilde da nossa cidade, que não pode ficar sem saúde, que não pode ficar sem educação, que não pode ficar sem transporte público, sem segurança", completou ele, que ainda disse: "o Brasil não é do mundo sindical, o Brasil é dos brasileiros".

Em nota, a Uber informou que disponibilizará dois cupons com desconto de R$ 20 para todos os usuários que utilizarem a modalidade compartilhada (Uberpool) amanhã, entre as 7h e às 11h e das 16h às 20h - independentemente de serem funcionários públicos. Nos casos em que a corrida ultrapassar esse valor, o custo deverá ser pago pelo usuário.

"Como todos sabem, os motoristas parceiros da Uber são autônomos e todos os dias têm o poder de escolher se desejam ou não dirigir pela plataforma. Dado o altíssimo trânsito esperado em São Paulo nesta sexta-feira, 28, a forma como a Uber pode ajudar a cidade é incentivando quem for se movimentar a compartilhar um carro", afirmou a empresa.

Críticas

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, Sergio Ricardo Antiqueira, afirmou que a decisão é uma tentativa "desesperada" de desmobilizar a paralisação. "Não me surpreende essa estratégia, mas a sensação que tenho é que atitudes como essa motivam mais os servidores (a participar da greve", afirma. Ele defende que a decisão da Prefeitura é um sinal da falta de diálogo com o funcionalismo público, que também reivindica reajuste salarial conforme a inflação e aumento real de 10%.

"O prefeito fala em manter a educação, a saúde, a segurança, mas esses serviços são justamente os mais afetados por essas reformas que ele defende", argumenta.

Antiqueira critica ainda o fato de que a proposta de utilizar aplicativos de transporte não leva em consideração fato de que alguns servidores não sabem utilizar esse tipo de tecnologia ou tampouco detêm smartphones. "Vai ser um caos. São milhares de servidores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi ignorado no jantar de encerramento do Fórum Espanha-Brasil, na noite desta segunda-feira (24), em São Paulo.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), também participaram do evento.

##RECOMENDA##

Por um equívoco do cerimonial, Alckmin não foi chamado para discursar, como o fizeram, entre outros, FHC e Doria. Na saída do jantar, Alckmin reagiu com bom humor ao episódio. "Poupei o discurso", brincou.

Enquanto tenta se viabilizar como candidato à Presidência da República, Alckmin passou a ter, nos últimos meses, a sombra de seu pupilo Doria, que também passou a ser cotado para uma eventual candidatura.

Doria, que em todas as oportunidades tem ressaltado a fidelidade política a Alckmin, evitou polemizar sobre o erro do cerimonial. "Não me ponham nessa fria. Não tenho nada com isso. Pelo amor de Deus", disse.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), depois de ter sido recebido pelo Papa Francisco, na Itália, onde o político tentou convencê-lo a visitar o Brasil, agora recebeu a visita de outra figura ilustre: o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger foi até o gabinete do tucano, nesta segunda (54). Schwarzenegger está em São Paulo, desde sexta-feira (21), quando veio divulgar a feira fitness Arnold Classic. 

Doria disse que o objetivo do encontro foi para tratar sobre projetos voltados para o meio ambiente, esportes, além dos desafios da megalópole. “Fico feliz em saber que nossa forma de governar está sendo reconhecida fora do país, despertando o interesse em líderes e no mercado internacional para parcerias como estas. Aos poucos, estamos colocando nossa São Paulo no patamar que ela merece estar”, escreveu em seu Facebook. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O prefeito salientou que o ator e empresário “é um grande do meio ambiente” e aproveito a oportunidade para dizer a Schwarzenegger sobre sua popularidade. “Temos quatro meses de governo e o motivo pela popularidade em tão pouco tempo é porque nós dizemos a verdade. Nós temos energia e coragem para mudar e propor um novo caminho”, disse em vídeo. 

O ex-governador do estado da Califórnia também elogiou Doria. “Como eu te disse, eu adorei quando nos conhecemos pela primeira vez na conferência que você organizou. Eu adorei a sua paixão. Você é tão apaixonado pelo meio ambiente, pela sustentabilidade, pelas pessoas e em ajudar as pessoas. É ótimo vê-lo como prefeito de São Paulo”, enfatizou Arnold. 


O empresário Pedro Passos, um dos sócios da Natura, uma das principais empresas que apoiaram o projeto da ex-senadora Marina Silva para a presidência da República em 2014, neste domingo (23), em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, declarou que a ex-ministra do Meio Ambiente perdeu espaço. 

“Infelizmente, Marina perdeu espaço. Ela é um recurso ético e moral do país, mas depois da eleição se acomodou e perdeu visibilidade e liderança. Sem necessariamente concordar com suas ideias, acho que ela poderia estar ajudando nessa discussão que vivemos hoje”, disse. O empresário também disse que não sabe se “é possível ela volta a ter voz ativa”. 

##RECOMENDA##

Pedro Passos, sobre o governo Temer, ressaltou ao veículo de comunicação, que é necessário cumprir a lei. “Se for legalmente possível preservar a agenda, o país sairá ganhando. Mexer isso agora seria muito doloroso”, falou em referência às reformas previstas no país. 

Ele falou sobre as delações da Odebrecht pontuando que “estamos no meio do furacão. “Mas o sentimento geral é de uma revisão de cabo a rabo, que não vem poupando a classe política ou os empresários. Foram expostos erros de gerações. É complicado porque pode dar a sensação de que todos os políticos têm o mesmo padrão de comportamento”, avaliou. 

Em outra pergunta, ele foi questionado sua opinião sobre o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Não vamos fazer política com os antipolíticos, mas com os bons políticos. Tenho impressão de que essa mensagem de não sou político, mas gestor, é mais comunicação do que essência. Precisamos de gente que entenda o que é a democracia, um partido político, o funcionamento dos três Poderes. E isso é a vivência que dá. Temos que tomar cuidado com gestores ou xerifes".    

Hoje, também em entrevista concedida ao LeiaJá, o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB), afirmou que Doria era “o maior traidor da história política de São Paulo”. “Foi Alckmin que elegeu Doria, então na hora que ele fica dando entrevista se lançando candidato, isso é de uma deslealdade sem precedentes, sobretudo agora na hora que Alckmin está precisando de aliados, que está em um momento ruim, que está na lista de Fachin”, lastimou o parlamentar. 

A cada dia que passa o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem atraído mais seguidores ao ponto de ser cogitada uma possível candidatura dele na eleição presidencial em 2018, bem como também um número considerável de opositores que afirmam que ele tem se utilizado do “marketing” para se promover. Neste domingo (23), em entrevista concedida do LeiaJá, o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB) afirmou que o tucano é o maior traidor da história política de São Paulo. 

“Até então, na história política de São Paulo, o maior traidor era Celso Pitta [ex-prefeito]. O Doria já ganhou de Celso longe porque Doria só foi eleito prefeito de São Paulo exatamente por conta de Alckmin [governador de SP]. Foi Alckmin que elegeu Doria, então na hora que ele fica dando entrevista se lançando candidato, isso é de uma deslealdade sem precedentes, sobretudo agora na hora que Alckmin está precisando de aliados, que está em um momento ruim, que está na lista de Fachin”, contou. 

##RECOMENDA##

O parlamentar também disse que todo esse contexto comprova que Doria não tem caráter e salientou que ele vem encantando uma parte da burguesia. “A primeira condição para você ser político é ter caráter e esse cara provou que não tem. Já é um traidor. É um legítimo representante da burguesia paulista, que está se transformando em um xodó de parte da elite brasileira. É um lobista que deu certo. Na verdade, ele é um mauricinho que por enquanto vem dando certo”, disparou. 

Sobre uma possível disputa eleitoral entre o prefeito e Lula, Sílvio Costa garantiu que Doria não consegue um voto no Norte e no Nordeste do Brasil. “Eu estou louco que ele seja porque ele é um candidato muito fácil de derrotar. É um representante da parte da elite. Ele está querendo tomar um banho de cheiro de povo, que não vai conseguir. Ele dizer que trabalha para os pobres é a mesma coisa que Michel Temer que chegou no Nordeste e disse que vai ser o maior presidente da história do Nordeste. Vamos ver quem vai ganhar”, desafiou. 

Claro que Lula vai vencer, pois tem cheiro de povo. O presidente Lula é um líder que chegou ao coração das pessoas. Lula é admirado e quanto mais bate no presidente Lula, mas as pessoas acreditam nele. Eu tenho certeza que ele vai ganhar. Para mim esse Doria é uma coisa irrelevante do ponto de vista presidencial. Como o PSDB não tem quadro, parte da mídia está tentando fabricar. Essa entrevista que estou dando só é bom para ele. Bolsonaro só chegou onde chegou porque muita gente deu importância. Na hora que você for indiferente, o cara não tem onde crescer”, concluiu o deputado. 

Praticamente toda semana o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem anunciado uma novidade. Desta vez, nesta quinta-feira (20), o tucano falou sobre a doação de 220 toneladas de alimentos em parceria com a ABIA - Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação - para as pessoas em situação de rua.  A ação faz parte do programa Alimento Solidário. 

Doria declarou que a Prefeitura de São Paulo está fazendo, principalmente, para essas pessoas que são mais “humildes”. “São três empresas nacionais e multinacionais dentro desse projeto. Um milhão e meio de reais é o valor deste primeiro lote”, explicou. O prefeito também salientou que os produtos serão destinados aos antigos albergues da cidade, que agora se chamam Espaços Vidas. 

##RECOMENDA##

Segundo ele, a capital paulistana possui 83 unidades , além dos chamados Centros Transitórios de Atendimento. “Esses alimentos complementam as refeições que já oferecemos de três a cinco vezes por dia. Como essas pessoas passarão a ter uma programação extensa para sua qualificação profissional, o consumo de alimentos será superior. Muito feliz em ver que as empresas cada vez mais se solidarizam com essa causa”, comemorou. 

O prefeito de São Paulo, João Doria, reuniu-se nesta quarta-feira (19) com o papa Francisco, no Vaticano, e pediu para o líder católico rever sua decisão e viajar ao Brasil para participar das celebrações dos 300 anos da padroeira Nossa Senhora Aparecida, em outubro. Doria cumprimentou Jorge Mario Bergoglio durante a semanal audiência geral na Praça São Pedro e um dia após ter sido revelada uma carta do Vaticano ao presidente Michel Temer na qual o Papa recusava o convite de visitar o país, alegando "agenda lotada".

"Ofereci a camisa da seleção brasileira assinada por todos os jogadores ao Santo Padre e disse que gostaria de pedir, em nome do povo brasileiro, que ele revisasse sua decisão de não ir ao Brasil em outubro", contou Doria à imprensa após o encontro.

##RECOMENDA##

"Ele respondeu que sabia da importância do evento, mas que era 'difícil'. Eu rebati que 'difícil não é impossível', pois são 130 milhões de católicos no Brasil que vão saudá-lo", disse o prefeito de São Paulo. "O Papa respondeu sorrindo: 'vamos ver, mas o Brasil terá sempre minhas bênçãos'".

Apesar do clima cordial do breve encontro entre Doria e Francisco, o prefeito confessou discordar da decisão do líder católico de não participar das celebrações em outubro. "Não quero fazer juízo, nem me cabe, porém acho que não houve uma orientação adequada ao Santo Padre de não estar presente em uma data tão importante como essa. Mas quem sou eu para julgar o Papa?", confessou o tucano.

"Humildade é algo que não falta a um Papa, especialmente ao papa Francisco. Voltar atrás é prova de grandeza e eu espero que ele possa revisar essa decisão, independentemente de seguir por Argentina, Uruguai, Colômbia", completou.

Na carta do Papa a Temer, que é uma resposta a um convite enviado no fim de 2016 pelo governo brasileiro, Francisco disse que não poderia visitar o país neste ano devido à sua intensa agenda de compromissos. Para 2017, ele já tem viagens marcadas para o Egito, Portugal, Colômbia, Índia, Bangladesh e ao continente africano. Ele estará na Colômbia em setembro, acolhendo um pedido do presidente Juan Manuel Santos e para celebrar o acordo de paz com o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o que facilitaria expandir seu giro pela América Latina e incluir o Brasil, país com maior número de católicos no mundo. No entanto,

Francisco já esteve no Rio de Janeiro em 2013. Foi sua primeira viagem internacional como Papa e ele participou da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O prefeito de São Paulo se reuniu com Bergoglio ao lado de sua esposa, a primeira-dama Bia Doria, e sua filha Carolina antes de seguir viagem para Lisboa, em Portugal. Em entrevista à ANSA, Doria contou que a Prefeitura fechou uma série de parcerias com empresas italianas e instituições de Roma para recuperar monumentos na cidade de São Paulo.

"Essas parcerias serão reveladas publicamente muito em breve, após a formalização delas com as empresas italianas, sempre com orientação da embaixada da Itália em Brasília, e do consulado italiano em São Paulo", disse. "Tenho como objetivo valorizar São Paulo como a cidade do mundo, é a maior capital internacional da América Latina e não seria diferente em relação à comunidade italiana", acrescentou Doria.

"São Paulo é a maior cidade de concentração italiana fora da Itália. O sentimento de São Paulo é também o sentimento italiano", ressaltou o prefeito, que tem origem genovesa. Em Roma, Doria também comparou a Operação Mãos Limpas, a maior investigação contra a corrupção na Itália e ocorrida nos anos 1990, com a Lava Jato, admitindo que o Brasil vive um momento parecido com o que o país europeu atravessou no passado.

"Eu diria que Lava Jato é muito maior, mais ampla, do que foi a Mãos Limpas. Embora o juiz Sergio Moro já indicou que a leitura dos processos, dos livros, do histórico da Operação Mãos Limpas o inspirou bastante, as circunstâncias são distintas, os tempos são outros, e acredito firmemente que a Operação Lava Jato ajuda a passar o Brasil a limpo e ajudará o país a ser melhor".

LeiaJá também

--> Doria vai até Roma para convencer o papa visitar o Brasil

"Embora investigação não signifique punição, é sempre um desgaste para a classe política de forma geral", disse o tucano aos jornalistas que o acompanham em uma viagem oficial a Seul, na Coreia do Sul.

O prefeito defendeu a possibilidade de afastamento temporário de ministros investigados, mas só "em casos pontuais". "Dependendo da gravidade, o ideal seria, em circunstâncias pontuais, um afastamento temporário. Cada caso é um caso. Não é linear."

##RECOMENDA##

Ainda segundo o tucano, a Lava Jato está fazendo bem ao Brasil de maneira geral. "Ela mancha aqueles que não procederam bem, mas não afeta a democracia".

Sobre seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin citado por delatores da Lava Jato, o prefeito minimizou: "O governador Alckmin é um homem decente, correto e honesto. Um dos melhores políticos do País. Ele vai saber fazer sua defesa", disse. O pedido para investigar Alckmin foi enviado por Fachin para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) avalie se autoriza a abertura de inquérito.

* O repórter viajou a convite da Prefeitura de Seul

Embora negue a intenção de disputar as eleições presidenciais de 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), fez, na tarde desta segunda-feira, 10, um discurso exaltado em Porto Alegre (RS) com duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A uma plateia de empresários e estudantes, na palestra inaugural do 30° Fórum da Liberdade, o tucano afirmou que fará o possível para evitar que o petista volte à Presidência.

"Vou usar toda a minha força como cidadão, como prefeito da cidade de São Paulo, sendo correto e honesto, para dizer: Lula, você não é o salvador de nada, você quase destruiu o Brasil. Você não vai destruir outra vez o sonho do Brasil", afirmou.

##RECOMENDA##

Em clima de comício e ovacionado pela plateia, composta também por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), o tucano afirmou que os "descalabros" dos últimos 13 anos de PT foram a motivação para que ele se candidatasse à Prefeitura e continuam sendo seu principal incentivo. "Temos que colocar a nossa força, nossa capacidade, nosso esforço coletivo para diminuir as distâncias sociais, porque daqui a dois anos este mesmo cidadão que quase destruiu o Brasil vai querer voltar. Não!", gritou o prefeito.

Doria também criticou os filhos do ex-presidente Lula, insinuando que eles ficaram "milionários da noite para o dia" graças à corrupção. "Os meus filhos, ao contrário dos filhos daquele cidadão, vão aprender que é com trabalho que se conquista, não é com roubo, não é com usurpação, não é com presente de empreiteira".

Ao fim da palestra, em entrevista a jornalistas, o prefeito ainda que fez uma provocação ao petista, indicando que irá visitá-lo na cadeia: "Eu ainda desejo levar um dia chocolates para o ex-presidente Lula em Curitiba".

Questionado, porém, se seria candidato a presidente em 2018, o tucano voltou a negar a possibilidade, dizendo que está focado na gestão da capital paulista e que sua única intenção é ser "candidato a um bom prefeito".

Candidatura

Na manhã desta segunda-feira, após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), falar que o prefeito João Doria "seria um ótimo candidato" ao governo estadual nas eleições de 2018, Doria apresentou na sede da Prefeitura um balanço dos seus 100 dias à frente da administração. Lá, questionado se ouviria o apelo de Alckmin ou a população sobre uma possível candidatura ao governo do Estado, o tucano se esquivou e disse que vai ouvir os dois.

Próximo dos cem dias de governo, que se completam nesta segunda-feira, o prefeito de São Paulo admitiu pela primeira vez, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que pode deixar o cargo para se candidatar ao governo estadual. Isso caso haja um pedido do governador, ao qual reforça a fidelidade sempre que confrontado com a possibilidade de uma candidatura a presidente.

Na avaliação da maioria dos moradores de São Paulo, Doria não deve abandonar o mandato para ser candidato nas eleições de 2018, segundo o Datafolha. A pesquisa, divulgada no sábado, 8, mostra que 55% dos moradores acham que ele deve cumprir seu mandato de prefeito.

"Vou ouvir os dois (Alckmin e a população). Tenho estima, admiração e respeito pelo governador Geraldo Alckmin. E tenho lealdade também, essa é uma característica que tenho e vou manter, talvez diferentemente de outros, sou leal ontem e hoje", afirmou. "Tenho que ouvi-lo, sim, e ouvir a população. Afinal, governamos para a população. A população é que nos aprova, é que determina se estamos o caminho certo. E até aqui estamos."

O Partido dos Trabalhadores (PT) dedicou uma parte, desta segunda-feira (10), para criticar o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que completa 100 dias de gestão. Em matéria publicada no site oficial, a sigla disse que o tucano prioriza marketing e esquece de governar. “Como resultado estão crianças sem leite e transporte escolar, menos cultura e mais mortes no trânsito”, é destacado no texto.

Aumentando o tom nas críticas, a publicação também diz que Doria “se fantasiou de gari até para dar entrevista de rádio, bateu boca com qualquer um que o cobre sobre problemas da cidade, vive culpados aos berros o ex-presidente Lula e o PT por tudo e investe forte no marketing para encobrir as falhas reais de sua gestão”. 

##RECOMENDA##

Por sua vez, na tentativa de rebater os julgamentos dos opositores, Doria publicou em seu Facebook uma pesquisa na qual ele aparece com 76% de aprovação em relação a outros prefeitos que já passaram pela cidade. Segundo ele, essa seria a maior percentagem da história. 

Hoje, no auditório da Prefeitura de São Paulo, ele chegou a discursar por mais de uma hora sobre o balanço dos 100 dias de governo. “São meses fazendo, realizando, promovendo e estabelecendo uma nova relação de gestão para a nossa cidade priorizando o trabalho para os mais pobres”, enalteceu.

Na semana passada, o prefeito declarou que já conseguiu uma economia anual para São Paulo no valor de R$ 400 milhões ao reduzir 31% dos cargos comissionados e fazendo uma renegociação dos contratos de aluguéis e de serviços prestados para a prefeitura. Ele definiu sua gestão como eficiente, enxuta e que respeita o dinheiro do contribuinte. 

 

Em menos de cem dias de gestão, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), neste sábado (8), declarou que realizou uma promessa ao reduzir 31% dos cargos comissionados, representando uma economia de R$ 150 milhões por ano.

O gestor contou, também, que conseguiu uma renegociação dos contratos de aluguéis e de serviços prestados para a prefeitura economizando R$ 250 milhões anualmente. Doria disse que quando assumiu a gestão, encontrou uma máquina pública “inchada” e adotou uma série de medidas para cortar gastos desnecessários. 

##RECOMENDA##

“Pois bem, missão dada é missão cumprida. Exatamente no mês que nos comprometemos atingir essa meta, superamos a marca estabelecida. Reduzimos em 31% os cargos e, até o momento, já renegociamos metade dos contratos, totalizando uma economia de R$ 400 milhões de reais por ano para os cofres públicos. Fazer mais com menos. Gestão eficiente e enxuta e, acima de tudo, respeito ao dinheiro do contribuinte”, comentou. 

O tucano declarou que, hoje, convocou uma reunião com todo o seu secretariado, presidentes de empresas e de autarquias de São Paulo, que teria durado cinco horas. “É assim que trabalhamos: fazendo gestão e acelerando São Paulo”, frisou. 

 

 

 

 

 

 

 

 

A gestão João Doria (PSDB) quer criar um fundo imobiliário municipal com base na venda ou no leilão de mais de mil imóveis públicos atualmente sem uso, entre terrenos vagos, residências, prédios e apartamentos. A proposta fará parte do plano municipal de desestatização, que será transformado em projeto de lei e enviado à Câmara Municipal nas próximas semanas, e tem por objetivo ampliar as garantias financeiras oferecidas pela Prefeitura para novas parcerias público-privadas (PPPs).

Se aprovado pelos vereadores, toda a arrecadação obtida com a venda ou o leilão desse conjunto de imóveis será destinada a abastecer o fundo imobiliário, que poderá então ser usado como garantia para PPPs, especialmente na área da habitação, ou mesmo ser negociado, em cotas, na bolsa de valores. Segundo o secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, ainda não é possível estimar o valor dos imóveis a serem vendidos - todo o pacote é avaliado em até R$ 10 bilhões. "Estamos, em conjunto com outros departamentos da Prefeitura, fazendo o levantamento do que poderá ser negociado. O que não podemos é ficar como estamos hoje: pagando aluguel para abrigar secretarias quando temos uma lista de imóveis sem uso e consumindo recursos públicos", afirmou ontem, após promover um encontro com cerca de 40 vereadores da base aliada de Doria.

##RECOMENDA##

Por enquanto, já se sabe que parte desse conjunto é herança vacante, ou seja, foi incorporada ao patrimônio da cidade após a morte de seus proprietários que, sem herdeiros, tiveram as propriedades repassadas ao Município. Neste grupo há 83 imóveis. "Neste caso, deveremos optar pelo leilão, modo mais fácil e rápido de trabalhar com esse tipo de ativo."

Para o vereador José Police Neto (PSD), a proposta é boa, desde que se garanta que os imóveis tenham destinação social. "Os projetos precisam ser consistentes para que os ativos sejam, por exemplo, trocados por moradias ou locações sociais."

Votação

Doria já anunciou publicamente que seu plano de desestatização contém 55 ativos. Nesta lista estão os complexos de Interlagos e do Anhembi, que deverão ser privatizados; o Pacaembu e uma série de outros equipamentos municipais, como mercados, parques e cemitérios, que devem ser objeto de concessões; além de serviços essenciais, como varrição e iluminação, que podem virar PPP.

Ontem, após participar da terceira reunião mensal com vereadores na Câmara, o tucano afirmou que o plano é "moderno, eficiente e gerador de empregos e de impostos". Doria reforçou o discurso de Poit, listando as áreas que serão beneficiadas com o pacote: Saúde, Educação, Transportes, Habitação e Serviços e Obras.

Presidente da Câmara, Milton Leite (DEM) afirmou que todo o processo de aprovação do plano deve prever quatro votações distintas, previstas para maio. Além da proposta do plano municipal de desestatização e do fundo, outros três projetos tratariam da venda de Interlagos e do Anhembi e da concessão do Serviço Funerário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira (4), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), contou que apenas uma semana após a inauguração dos banheiros reformados do Parque do Ibirapuera, "vândalos" quebraram e roubaram a estrutura. Em um vídeo publicado, em sua página do Facebook, o tucano apareceu bastante sério e disparou: “vândalos irresponsáveis”. 

O prefeito declarou que, apesar da depredação, não irá desistir de lutar pelos "paulistanos de bem", merecedores de uma cidade "cada vez mais linda". “Vocês viram o que aconteceram com os banheiros do Parque do Ibirapuera? Foram vandalizados. É um absurdo. Nós conseguimos com o apoio do setor privado meio milhão de reais para reformar os banheiros do parque mais querido da cidade. Vândalos irresponsáveis foram lá e destruíram. Uma total falta de respeito com a população e com a cidade”, lamentou. 

##RECOMENDA##

“É um absurdo que um equipamento público para as pessoas que frequentam o parque sejam vandalizados. Vamos arrumar novamente, mas, desta vez, vamos colocar câmeras para identificar os que não respeitam os equipamentos públicos prejudicando milhares de pessoas, que agora voltam a ser fechado”, acrescentou o gestor.  

[@#video#@]

 

O prefeito João Doria (PSDB) e o deputado federal e capitão da reserva Jair Bolsonaro, atualmente sem partido, disputaram na manhã desta sexta-feira, 31, a preferência do público durante um evento de formatura de policiais militares no sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Foi o primeiro encontro entre os dois postulantes da próxima disputa presidencial, que, na ausência do governador Geraldo Alckmin (PSDB), foram conclamados por PMs e familiares a entrarem na disputa pelo governo federal em 2018.

Bolsonaro foi mais tietado. Tirou selfies com os formandos e foi ovacionado pela plateia que ocupava as arquibancadas no sambódromo quando sua presença foi anunciada pelo mestre de cerimônias no sistema de som.

##RECOMENDA##

Na tribuna de honra, ao lado do filho, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), recebeu cumprimentos de comandantes da PM e ouviu atentamente ao discurso de Doria, que abriu a cerimônia e adotou mais uma vez uma fala com tom nacional.

Após parabenizar os novos policiais e enaltecer o trabalho que prestam à sociedade, Doria finalizou sua breve participação com as frases: "Viva o Brasil" e "Viva o povo brasileiro". Em seguida, bastante aplaudido, o tucano deixou o evento e comentou a popularidade do possível adversário. "Não tem problema", disse, ao ser questionado sobre o fato de Bolsonaro ter sido mais celebrado no evento. Sobre uma possível disputa eleitoral entre os dois, no entanto, não comentou.

Sem a presença de Doria, Bolsonaro assumiu de vez o papel de celebridade. Deixou a tribuna e foi pessoalmente cumprimentar os novos policiais militares e seus familiares. Por onde passava, ouvia gritos de "Bolsonaro, presidente" e recebia pedidos de selfies.

Disponível, tirou dezenas de fotos, gravou vídeos e concedeu entrevistas para o canal oficial da PM. Ao final, elogiou Doria. "Conheci pessoalmente hoje, dei um abraço nele e fiquei muito feliz com a maneira bastante carinhosa com que ele me tratou", afirmou.

Alckmin foi representado pelos secretários estaduais da Segurança Pública, Mágino Alves, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. O governador cumpre agenda pública nesta sexta-feira no interior do Estado.

Histórico

Bolsonaro começou na política em 1988, como vereador no Rio. Era capitão do Exército. Em 1990, elegeu-se deputado federal. Inicialmente, representava o movimento corporativo das Forças Armadas por salários. Logo incorporou uma agenda conservadora ampla, alinhando-se sempre à direita.

No cargo há menos de três meses, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), começa a experimentar as primeiras ondas de calor oriundas da fogueira de vaidades do PSDB e já teme ser vítima do famoso "fogo amigo" tucano. Como consequência, Doria orientou assessores diretos a evitar comentários e análises em público e em privado sobre a possibilidade de ele ser candidato a presidente ou a governador do Estado em 2018.

A primeira labareda mais intensa foi sentida na semana passada. Em entrevistas publicadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e "O Globo", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou Doria. "Gestor não inspira nada. Tem de ser líder." Apresentar-se como um "gestor" da iniciativa privada foi um fator decisivo na campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.

##RECOMENDA##

Faíscas de fogo amigo surgem nos grupos do senador José Serra e do governador Geraldo Alckmin, que, nos bastidores, começam a ensaiar as primeiras críticas à gestão Doria na Prefeitura. Outra chamuscada foi dada pelos partidos aliados de Alckmin em São Paulo. O secretário-geral do PTB, deputado estadual Campos Machado, e Roberto Jefferson, presidente nacional da legenda, afirmaram que o PTB "apoia Alckmin, e não o PSDB" à Presidência em 2018. Para ficar mais claro, disseram que Doria não teria o apoio deles em uma candidatura. Setores do PHS e do PV foram na mesma linha.

Por causa disso, o prefeito avalia que suas chances de concorrer ao Planalto diminuem conforme aumentam as especulações em torno de sua eventual candidatura.

Segundo um de seus auxiliares, o prefeito entende que administrar São Paulo e obter sucesso na empreitada é, hoje, seu maior capital político. Até porque, como ficou claro, Doria não terá apoio dos três principais líderes do PSDB em São Paulo caso queira se lançar, agora, no cenário eleitoral.

FHC, Serra e Alckmin não estão interessados em tê-lo como pré-candidato ao Planalto neste momento, já que os dois últimos também cogitam concorrer a presidente. Quanto ao governo, ainda não há consenso. Serra é mais refratário à ideia, enquanto Alckmin se mostra menos resistente a cada dia.

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) não fechou posição sobre o tema. Como disse um de seus aliados, Aécio não gosta da ideia porque ainda se coloca como candidato ao Planalto em 2018, mas também não desgosta porque é interessante para ele ver Doria agitando os bastidores do PSDB paulista.

Em público e também reservadamente, Doria não se cansa de repetir que seu candidato a presidente é Alckmin, a quem deve a candidatura a prefeito e boa parcela do sucesso eleitoral. Não será tarefa fácil, no entanto, para assessores diretos de Doria obedecerem à "lei do silêncio" imposta por ele. O entorno mais próximo do prefeito está empolgado com seu modo de fazer política e de comandar. Acha que ele tem um dinamismo raro entre seus pares. Porém, quem conheceu seu estilo mais de perto nestes quase três meses de gestão diz que, caso ele identifique alguma "central de boatos eleitorais" na administração, será implacável na punição.

De fora pra dentro

Como ninguém no PSDB assume a autoria ou mesmo reconhece um movimento concreto pró-Doria 2018 dentro do partido, a maior força do prefeito neste momento está entre os chamados "simpatizantes". Até agora o mais barulhento deles é o Movimento Brasil Livre (MBL), que já lançou Doria para a Presidência da República.

Há ações pela candidatura Doria também entre o empresariado que tendem a ganhar mais corpo se o conjunto das delações da Odebrecht complicar o trio Serra, Aécio e Alckmin.

Se isso se confirmar, o mais provável é que a "lei do silêncio" do prefeito seja ineficaz diante da temperatura política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, João Dória, em vídeo publicado nas redes sociais na manhã de hoje, se confundiu e disse que a Lapa, bairro bastante tradicional da Zona Oeste paulistana, fica na Zona Norte.

A gravação, que foi realizada para divulgar uma ação do programa "Mutirão Mário Covas - Calçada Nova", foi feita ao lado de sua esposa, Bia Dória, ambos sentados em uma mesa de café da manhã.

##RECOMENDA##

"Daqui a pouquinho estamos na rua. Hoje é domingo, 09h03 da manhã, e em mais dez minutos estamos saindo para mais um mutirão Mário Covas, dessa vez na Lapa, bairro da Zona Norte da capital de São Paulo", disse no vídeo.

Em pouco tempo, o vídeo virou motivo de 'meme' nas redes, com internautas dizendo que iriam presentear o prefeito com um mapa da cidade.

A gestão João Doria (PSDB) pretende repassar a administração dos 107 parques municipais à iniciativa privada até o fim deste ano. O chamamento público para a concessão dos equipamentos, segundo informou o prefeito na manhã deste sábado, deverá ser aberto entre junho e agosto. O chamamento organizará as concessões em pacotes, que incluirão um parque de grande porte - como o Ibirapuera, na zona sul, ou o Parque do Carmo, na zona leste - e quatro menores. Doria não deu mais detalhes de como será o processo.

"Vamos ter ações combinadas, um parque mais nobre e outros mais afastados. Para que os parques mais ermos, da periferia, sejam adotados e tenham uma boa gestão também", disse o prefeito na manhã deste sábado, em evento no Ibirapuera. De acordo com Doria, várias empresas já demonstraram interesse em gerir o Ibirapuera, mas "oportunamente" será feito o anúncio do escolhido. "Não é uma cidade vendida, é a cidade melhorada, mais humanizada", defendeu.

##RECOMENDA##

A capital tem 106 parques municipais. Até abril, segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, será inaugurado um novo parque: o do Chuvisco, no Jabaquara, na zona sul. Nos casos dos parques Ibirapuera e do Carmo, Doria também quer conceder os planetários.

Durante o evento, o prefeito foi abordado por representantes de cooperativas, que temem perder o trabalho com as mudanças na administração. Segundo Antonia Cileide de Oliveira de Souza, presidente da Cooperativa dos Vendedores Autônomos do Ibirapuera, o prefeito assegurou que a entidade de ambulantes continuará operando mesmo com as concessões. "Se a mudança é para ser boa, não pode ser de uns e outros não. Tem de ser para todos", afirmou Antonia.

Doria esteve no Ibirapuera, acompanhado da primeira-dama, Bia, para apresentar a reforma de oito dos 16 banheiros do local, feita com R$ 450 mil pagos por empresas. Segundo ele, a manutenção também não terá custos para a Prefeitura. A conclusão das obras nos banheiros deve ser ocorrer em até 60 dias, quando também devem ser inauguradas novas quadras esportivas no parque, reformadas por empresas. Nos banheiros, 14 grafiteiros pintaram 11 novos murais.

Projeto

O plano de desestatização do tucano, uma de suas principais bandeiras, tem 55 itens. Além dos parques, estão na lista o Estádio do Pacaembu, que também será concedido, e o Complexo do Anhembi e o Autódromo de Interlagos, que deverão ser privatizados.

Neste mês, vereadores da oposição e também da base aliada já avisaram a Doria que não vão aprovar um pacote único para as desestatizações. Eles exigem que sejam elaborados textos específicos para cada equipamento a ser vendido ou concedido. Apesar de não ter declarado publicamente, Doria disse aos parlamentares que aceita fatiar seu plano em alguns projetos independentes.

O prefeito João Doria (PSDB) reagiu nessa sexta-feira, 24, às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em entrevistas aos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo criticou indiretamente a possibilidade de ele disputar o Palácio do Planalto em 2018.

"Respeito muito o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas eu só lembro que ele previu que eu não seria eleito nas prévias para ser candidato pelo PSDB. Apoiou outro candidato, o que não muda minha admiração. Ele mesmo já confessou que, quando comecei campanha para prefeito de SP, acreditava que eu não seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele errou", disse o prefeito após participar de um evento na capital.

##RECOMENDA##

O ex-presidente disse ao Estado que o governador Geraldo Alckmin é hoje o tucano mais bem posicionado para disputar a Presidência no ano que vem e criticou o mote principal de Doria. "Se você for um gestor, não vai inspirar nada. Tem que ser líder", afirmou.

Ao Globo, FHC disse que Doria "está começando" e que considera "prematuro" pensar no nome dele para 2018, "porque ele tem um mês de governo". Segundo o ex-presidente, "credibilidade não é igual a popularidade".

Construir cenários para as eleições é ato necessário para políticos e estrategistas. Os cenários clarificam o futuro e contribuem para orientar as decisões dos atores. Os cenários podem ser construídos através das ações dos atores ou nascem independentes da ação deles. Mesmo que o ator não tenha o “controle” do futuro, ele precisa estar preparado para agir diante dele. Os acasos não podem ser desprezados.

Vislumbro para a próxima eleição presidencial, a disputa entre o Lulismo e o Dorismo. O Lulismo é um fenômeno que já existe. O Dorismo não. Lulismo são manifestações favoráveis ao ex-presidente Lula. Dorismo são manifestações favoráveis à candidatura de João Dória, prefeito de São Paulo, a presidente.  O Lulismo é observado intensamente nas regiões Norte e Nordeste e em diversas classes sociais. O Dorismo nasce no Sudeste e em variadas classes sociais. O Lulismo é passado e presente. O Dorismo é futuro.

O passado do Lulismo existe e está vivo na mente de parte dos eleitores brasileiros em razão do sucesso da era Lula, da falência do governo Dilma, da Lava Jato e das reformas propostas pelo governo Temer. O Dorismo surgirá (ou surge) em virtude da crise de imagem dos políticos reforçada pela Lava Jato, do antipetismo, de sentimentos de antipolítica e da possibilidade do prefeito de São Paulo conquistar popularidade.

O Lulismo sobrevive e readquiriu força em razão da Lava Jato. Inicialmente, o Lulismo perdeu popularidade. Após a divulgação das variadas delações premiadas, parte dos leitores, conforme pesquisas revelam, passou a classificar os políticos como farinha do mesmo saco. Portanto, “se todo político é igual, o Lula fez muito por nós”. Esta é uma verbalização comum entre os eleitores.

A Lava Jato contribui para que o Dorismo surja: “Se todos os políticos são farinha do mesmo saco, o Dória não é”. O Dória é empresário, não está na lista da Odebrecht e bancou a sua própria campanha para prefeito de São Paulo. Não desprezem esta narrativa a qual será ofertada aos eleitores ou surgirá naturalmente. Outra narrativa a ser criada: O Dória fez muito por São Paulo, não é político, é gestor.

O Lulismo depende da Justiça para disputar a eleição presidencial. O Dorismo depende de João Dória e da sabedoria do PSDB. O Lulismo tem cheiro de povo, o Dorismo ainda não. O Lulismo emociona, o Dorismo também. Lulismo e Dorismo têm presença de palco. Quem vencerá, caso esta disputa venha a ocorrer?

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando