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A expectativa dos pernambucanos é que a deputada estadual Gleide Ângelo realize um mandato de combate à violência de forma geral, com um olhar especial para as mulheres vítimas de violência doméstica. No entanto, a delegada deve ter um foco também sobre a importância das mulheres ocuparem os seus respectivos espaços. Ela afirmou que a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) não deve ser um local dominado por homens.  

“Não existe espaço para homem, não existe para a mulher, existe espaço para todos. É isso que a gente precisa, desse olhar. A mulher pode e deve estar no mesmo lugar que o homem está. Quando vemos dez mulheres aqui, eu digo que é muito pouco. A gente precisa, no mínimo, meio a meio”, declarou.

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A parlamentar, no entanto, falou que houve um avanço. “Eram seis [deputadas eleitas] e foi para dez e é dessa forma que as mulheres vão vendo. A gente serve como exemplo, ela chegou, eu posso. Elas começam a ver que este aqui não é um espaço masculino, é um espaço para as pessoas, espaço para o povo. Homens e mulheres para pessoas que têm competência e queiram e saibam fazer o trabalho que o povo precisa”. 

Gleide voltou a dizer que sua pauta prioritária será a segurança pública. “Agora o foco maior é na violência doméstica contra a mulher porque é uma violência que precisa de um olhar diferenciado. A gente precisa que a sociedade não ache normal e não tolere. Agora, vou trabalhar prioritariamente na segurança pública em todas as áreas”. 

Quem nunca entrou no jogo The Sims para montar sua própria casa, construindo e decorando todos os espaços? Neste momento do entretenimento também pode nascer o desejo de ser um arquiteto e urbanista. Muito além de decorar ambientes, o arquiteto é o profissional responsável por montar espaços internos e externos, pensar no conjunto do edifício ou casa, posição solar, inclinação para o vento, entre outros fatores que afetam a qualidade de vida de seus habitantes.

Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), existem 106.038 profissionais ativos no país. O levantamento ainda aponta que 58.607 vivem na região Sudeste na nação. Já a região Sul é detentora de 22.089 arquitetos. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por sua vez, abrigam 3.665, 13.149 e 8.528, profissionais, respectivamente.

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Segundo o Censo da Educação Superior de 2017, 168.369 estudantes realizaram matrículas nas 459 instituições de ensino superior que oferecem a graduação. O mesmo levantamento aponta para a oferta de 94.302 novas vagas em arquitetura naquele ano.

O curso de graduação em arquitetura e urbanismo possui, geralmente, dez períodos, realizados em torno de cinco anos. Neles, os estudantes aprendem a realizar desenhos gráficos de projetos dos mais diversos tipos de abrigos que vão de um ponto de ônibus até mesmo a uma grande residência. Entretanto, embora seja necessário desenhar, não é preciso ter esse tipo de habilidade, segundo professores.

Aluna do sétimo período de arquitetura e urbanismo da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, Dayenne Gomes, 23, se apaixonou pelo curso após realizar uma qualificação em edificações. “Eu fiz esse curso para saber se eu gostava mais de engenharia civil ou arquitetura e aí eu percebi que o que eu queria mesmo era projetar, então escolhi arquitetura”, contou a jovem.

A estudante ainda salienta que seu desejo ao sair da graduação é seguir no ramo  de arquitetura social. “As pessoas acham que arquitetura é para quem tem dinheiro para pagar, e não é bem assim. Todo mundo tem direito à moradia, então todo mundo tem direito à moradia de qualidade. E é esse meu foco, trazer a arquitetura para um meio que hoje em dia não é muito acessível”, explica.

O professor Genésio Leão aponta a profissão como versátil, com muitas áreas de atuação. “O arquiteto pode trabalhar com urbanismo, no poder público; com academicismo, lecionando arquitetura; ou então trabalhar em áreas de planejamento, dentro das construtoras, fazendo observações dos projetos”, salienta o docente. Agora, novas áreas estão em vigor dentro da arquitetura, como projetos digitais, trabalho com jogos, maquetes eletrônicas, fabricação digital e impressão 3D.

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Arquitetura e urbanismo x design de interiores x engenharia civil

Com atividades comumente associadas a de um designer de interiores ou um engenheiro civil, o arquiteto possui atribuições complementares a essas funções. O professor Genésio Leão alerta para as diferenças entre cada um dos cursos de graduação. “O designer vê das paredes para dentro, já o arquiteto vê o conjunto de tudo”, explica o docente.

Entretanto, as atividades se tocam. “Nós, do curso de arquitetura e urbanismo, também estudamos os interiores. Morar em uma casa qualificada, bem ventilada, iluminada, que tenha uma correta posição em relação ao sol, por exemplo, melhora - e muito - a qualidade de vida das pessoas”, explica o professor Genésio Leão.

Já em relação ao curso de engenharia civil, Leão ressalta que o profissional está voltado para a gestão. “O engenheiro civil está voltado para conferir valores, execução, entre outras coisas. O arquiteto pode construir, está permitido dentro da resolução do Conselho [Nacional de Arquitetura e Urbanismo], mas ele está mais voltado para o projeto, enquanto o engenheiro está focado na obra”, argumenta.

Brasileiros de todos os estados poderão assistir, na madrugada desta segunda-feira (21), ao único eclipse total lunar deste ano. O fenômeno, também chamado de Lua de Sangue, só ocorrerá novamente em 16 de maio de 2022, segundo a pesquisadora do Observatório Nacional Josina Nascimento.
 
O fenômeno ocorre quando a lua está na fase cheia e entra na sombra da terra. Desta vez, ele ocorrerá juntamente com a Superlua, que é quando o satélite está mais próximo da terra.

Segundo o Observatório Nacional, o eclipse tem três fases. A primeira é a fase penumbral, imperceptível a olho nu, que é quando a lua começa a entrar na sombra da terra e fica menos brilhante.

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A segunda fase é o eclipse parcial, quando a lua começa a escurecer, ao entrar na sombra da terra. Essa fase começa à 1h34 (horário de Brasília) de segunda-feira. A última fase é o eclipse total, que começa às 2h41 e se estende por uma hora e dois minutos, quando a lua adquire uma cor avermelhada.
 
“Isso acontece porque, embora ela não esteja recebendo luz nenhuma do Sol, a gente ainda tem raios de sol passando pela atmosfera da terra. Aí, como nos crepúsculos, você tem a cor vermelha, menos espalhada, e ela fica com essa tonalidade vermelha”, explica Josina.
 
Segundo a pesquisadora, a única coisa que pode prejudicar a visualização do eclipse é o mau tempo. Se o céu estiver completamente nublado, por exemplo, não será possível ver o fenômeno.
 
“Espero que não chova. Mas como o eclipse vai durar uma hora e dois minutos, o que é uma duração muito boa, pode ser que no início esteja um pouco nublado, mas a gente fica tentando ver porque, se forem nuvens esparsas, você consegue ver depois. Com uma hora e dois minutos, dá para aguardar um pouquinho”.
 
Veja os horários das fases do eclipse em cada estado

O deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL) pode até ter fechado a sua conta no Twitter após tantas polêmicas, mas em seu perfil no Facebook, ele continua a falar sobre diversos temas que dividem opiniões. Desta vez, o ex-ator pornô comentou o decreto que vai permitir que o cidadão tenha a posse de arma de fogo.   

“E no meio desses debates vejo muita gente dizendo: "você compra arma com um salário de 998 reais? Primeiro que nessa pergunta tem duas canalhices: uma apontando o dedo pro Bolsonaro pelo aumento, que foi limitado em lei pela Dilma. E ao mesmo tempo querem dizer, com essa pergunta, que o trabalhador não terá como adquirir a arma”, escreveu.   

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Frota pediu um basta na atuação dos criminosos. “É simples: o que está sendo garantido é o direito constitucional de respeito e garantia à propriedade privada, pois até hoje o vagabundo entra na sua casa, rende sua família inteira e destrói tudo aquilo que você levou anos para adquirir. Chega de dar espaço pra bandido. Parabéns, Bolsonaro. Estamos juntos nessa”, ressaltou.   

Em outra postagem, ele defendeu a promoção do filho do vice-presidente do Brasil, General Mourão. “Esclarecendo o caso do filho do Mourão: ele é profissional de carreira e tem 18 anos de banco. Não há nada de errado nele ter sido indicado pro cargo”, justificou. 

A Índia enviará uma tripulação de três astronautas ao Espaço antes de 2022, na que será a primeira missão espacial deste país em que viajarão humanos, anunciou o governo indiano nesta sexta-feira (28).

O conselho de ministros aprovou uma partida orçamentária de 1,2 bilhão de euros para levar à frente o programa Gangayaan ("veículo do céu", em indiano), segundo um comunicado oficial.

Esta decisão foi tomada depois que, em agosto, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou que seu país enviará ao Espaço em 2022, ou até antes, "um homem ou uma mulher".

Se conseguir, a Índia se tornará o quarto país que leva os seres humanos ao Espaço, depois de Rússia, Estados Unidos e China.

O programa usará o lançador de fabricação indiana GSLV-MkIII. Primeiro, realizarão como teste duas decolagens sem presença humana e, em seguida, efetuarão uma primeira viagem espacial será feita com os astronautas, que orbitará a Terra "por um período máximo de uma semana".

Embora não tenha dado uma data exata, o governo assegurou nesta sexta-feira que esta operação ocorrerá "nos próximos 40 meses".

Segundo o executivo, estes voos espaciais servirão para estimular a economia, criar infraestruturas e empregos e permitir avanços científicos na medicina, agricultura e combate à poluição.

Impulsionado desde os anos 1960, o programa espacial indiano é caracterizado tanto por sua ambição quanto por sua austeridade orçamentária, já que possui recursos bastante inferiores aos das demais potências do campo.

Levy Fidelix (PRTB), um dos cabos eleitorais de Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha, reclamou de falta de espaço no futuro governo do presidente eleito. Levy é presidente nacional do PRTB, partido do vice-presidente eleito general Hamilton Mourão.

"Ele (Bolsonaro) me disse que eu participaria com ele do poder. E isso é participar do poder?", indagou Levy Fidelix, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. O presidente do PRTB garante que nunca pediu espaço para o capitão da reserva, mas que o partido deveria ter, já que Mourão é o futuro vice-presidente.

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Levy disse que foi Bolsonaro quem o procurou durante a corrida eleitoral e pediu que a sigla fizesse a composição com ele. Fidelix ainda garantiu que o general Mourão "disse que chegou no limite (a falta de espaço para o PRTB) e que o Jair deveria chamar (o partido) como primeiro parceiro. E nada disso foi feito."

Antes de Levy Fidelix, o senador Magno Malta (PR) foi o primeiro a tornar público sua insatisfação com a falta de espaço no futuro governo Bolsonaro. Magno, que chegou a recusar a corrida para a vice-presidência na chapa do próprio Jair, ficou sem ministério e sem espaço, pelo menos por enquanto, no gestão do futuro presidente. Malta chegou a fazer campanhas para Bolsonaro, inclusive aqui em Pernambuco.   

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A China lançou uma nave de exploração que tem previsto pousar no lado oculto da Lua, algo inédito no mundo, com o objetivo de reforçar as ambições espaciais de Pequim.

O veículo, batizado Chang'e-4 - em homenagem à deusa da lua na mitologia chinesa -, partiu em um foguete Longa Marcha 3B do centro de lançamentos de Xichang (sudoeste da China) pouco antes do amanhecer de sábado (sexta-feira à noite na hora universal), segundo a agência oficial Xinhua.

A nave chinesa deve pousar na Lua perto do Ano Novo, com o objetivo de percorrer esta parte ainda inexplorada de nosso satélite e realizar pesquisas científicas.

Diferentemente do que ocorreu com a face visível a partir da Terra, até hoje nenhuma sonda nem nenhum módulo de exploração chegou à superfície que está do outro lado.

Este lado é montanhoso e acidentado, repleto de crateras, enquanto a face mais visível conta com várias superfícies planas para pousar.

Em 1959 os soviéticos tiraram as primeiras fotos do lado oculto da Lua.

A Nasa está na contagem regressiva para o pouso em Marte, na segunda-feira, da sonda Mars InSight, a primeira capaz de ouvir terremotos e estudar o funcionamento interno de outro planeta rochoso.

A nave espacial não tripulada foi lançada há quase sete meses e percorreu 482 milhões de km.

Parte de sua missão é informar dos esforços para enviar algum dia exploradores humanos ao planeta vermelho, algo que a Nasa espera concretizar na década de 2030.

Este pouso em Marte é o primeiro desde 2012, quando o explorador Curiosity da Nasa pousou na superfície e analisou as rochas em busca de sinais de vida que possa ter habitado o planeta vizinho da Terra, agora gélido e seco.

InSight, de US$ 993 milhões, deve sobreviver à difícil entrada na atmosfera do planeta vermelho, viajando a uma velocidade de 19.800 km por hora e reduzindo rapidamente a velocidade a apenas 8 km por hora.

A fase de entrada, descida e aterrissagem começará às 19H47 GMT (17H47 em Brasília) de segunda-feira. Meio de brincadeira, na Nasa se referem a essa etapa como os "seis minutos e meio de terror".

Das 43 missões lançadas a Marte, apenas 18 chegaram ao planeta vermelho, uma taxa de sucesso de cerca de 40%, e todas dos Estados Unidos.

"Ir a Marte é muito, muito difícil", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Direção de Missões Científicas da Nasa.

"A parte emocionante é que estamos construindo sobre o sucesso da melhor equipe que já aterrissou neste planeta, que é a equipe da Nasa" e seus colaboradores.

O instrumento central da InSight é um sismômetro de detecção de terremotos que foi feito pela Agência Espacial Francesa (CNES).

"Esta é a única missão da Nasa concebida em torno a um instrumento de fabricação estrangeira", disse à AFP Jean-Yves Le Gall, presidente da CNES.

Por isso, acrescentou, "é uma missão fundamental para os Estados Unidos, França", e para melhorar a compreensão de Marte.

Os seis sensores de terremoto a bordo são tão sensíveis que deveriam revelar os menores tremores em Marte, como o fraco puxão de sua lua Fobos, os impactos dos meteoros e possivelmente a evidência de atividade vulcânica.

A sismologia ensinou à humanidade muito sobre a formação da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, mas grande parte da evidência baseada na Terra se perdeu com a reciclagem da crosta, impulsada pela tectônica de placas. Este processo não existe em Marte.

A nave também tem uma sonda que pode escavar até uma profundidade de entre três e cinco metros, para oferecer a primeira medição precisa das temperaturas sob a terra em Marte e a quantidade de calor que escapa de seu interior.

O pouso da InSight será amortecido por um paraquedas. Seu escudo térmico ajudará a desacelerar a nave e a protegê-la contra a fricção da entrada na atmosfera de Marte.

O local de pouso é uma área plana chamada Elysium Planitia, que a Nasa apelidou de "o maior estacionamento em Marte".

Um foguete transportando o cargueiro Cygnus para a Estação Espacial Internacional (ISS) decolou neste sábado nada costa leste dos Estados Unidos.

O foguete Antares, fretado da Northrop Grumman pela NASA, decolou da plataforma de Wallops Island, às 07H01 de Brasília.

A Cygnus carrega mais de três toneladas de alimentos, vestimentas e equipamentos científicos para os três astronautas da ISS.

Três minutos após a decolagem, o primeiro nível do foguete se soltou sem problemas, confirmou o centro de controle e o dispositivo continua sua trajetória normal.

Por sua vez, na sexta-feira o foguete Soyuz decolou de Baikonur, no Cazaquistão, com a nave de carga Progress.

Ambos os dispositivos se atracarão à ISS. No domingo será a vez da nave russa e na segunda-feira da americana.

Essas missões de carga serão as primeiras desde que um foguete Soyuz, que transportava três pessoas com destino à Estação Espacial, falhou em 11 de outubro, poucos minutos após a decolagem, no primeiro incidente desse tipo na história da viagem espacial pós-soviética.

Os astronautas a bordo saíram sãos e salvos.

Radiação mortal do cosmos, potencial perda de visão e ossos atrofiados são apenas alguns dos desafios que os cientistas devem superar antes de que qualquer futuro astronauta possa pisar em Marte, disseram especialistas e autoridades da Nasa nesta terça-feira.

A agência espacial dos EUA acredita que pode colocar humanos no Planeta Vermelho dentro de 25 anos, mas os obstáculos tecnológicos e médicos são imensos.

"O custo de resolver isso significa que sob orçamentos atuais, ou orçamentos ligeiramente expandidos, serão necessários cerca de 25 anos para resolvê-los", disse o ex-astronauta da Nasa Tom Jones, que voou em quatro missões do ônibus espacial antes de se aposentar, em 2001.

"Precisamos começar agora em certas tecnologias-chave", disse a repórteres em Washington.

A uma distância média de cerca de 225 milhões de quilômetros, Marte apresenta problemas científicos numa ordem de magnitude maior do que qualquer coisa encontrada pelas missões lunares Apollo.

Com a tecnologia de foguetes de hoje, um astronauta levaria até nove meses para chegar a Marte, e as consequências físicas de passar todo esse tempo em gravidade zero seriam enormes.

Por exemplo, os cientistas acreditam que a ausência prolongada de peso pode causar alterações irreversíveis nos vasos sanguíneos da retina, levando à degradação da visão.

E depois de um tempo em gravidade zero, o esqueleto começa a perder cálcio e massa óssea.

Os cientistas ainda não conhecem os efeitos de uma suposta missão de um ano na superfície de Marte, cuja gravidade é apenas um terço a da Terra.

- Propulsão melhor -

Uma forma de diminuir o desgaste do corpo humano é reduzir drasticamente o tempo de viagem até Marte.

Jones pediu sistemas de propulsão nuclear que teriam o benefício adicional de produzir eletricidade em voos.

"Se começarmos agora, em 25 anos talvez tenhamos essas tecnologias disponíveis para nos ajudar e nos proteger desses longos tempos de trânsito", disse.

Nas condições atuais, apenas uma viagem de ida a Marte demoraria tanto que qualquer astronauta receberia a mesma quantidade de radiação do que normalmente seria considerado seguro ao longo de toda uma carreira.

"Ainda não temos a solução em termos de escudo, em termos de proteção contra raios cósmicos e explosões solares que você experimenta durante esse tempo de trânsito", disse Jones.

Especialistas do setor aeroespacial identificaram várias tecnologias que precisam de desenvolvimento rápido, incluindo naves espaciais que podem sobreviver à entrada dura em Marte e aterrissar de forma suficientemente suave, bem como a capacidade de tirar pessoas da superfície e voltar para a Terra.

A Nasa atualmente tem um novo aterrissador robótico chamado InSight, que se aproxima de Marte e deve pousar no planeta em 26 de novembro, depois de decolar da Califórnia em 5 de maio.

O projeto de US$ 993 milhões visa expandir o conhecimento humano das condições interiores em Marte, informar os esforços para enviar exploradores para lá e revelar como planetas rochosos como a Terra se formaram há bilhões de anos.

Jim Garvin, cientista chefe do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, disse que a missão InSight preencheria "incógnitas críticas" e ajudaria a construir uma compreensão-chave de Marte.

Em 2020, a Nasa enviará um rover a Marte em outra missão, que buscará determinar a habitabilidade do ambiente marciano, procurar sinais de vida antiga e avaliar os recursos naturais e os perigos para futuros exploradores humanos.

Além disso, empresas privadas como a SpaceX e uma série de outras nações estão construindo tecnologias que poderiam ser usadas em futuras missões a Marte.

Alguns especialistas veem uma nova exploração da Lua como essencial para uma futura missão em Marte, já que lá os astronautas poderiam aprender a extrair água ou usar a tecnologia e aplicar essas lições às futuras missões a Marte.

A água salgada sob a superfície de Marte poderia conter oxigênio suficiente para sustentar o tipo de vida microbiana que emergiu e floresceu na Terra bilhões de anos atrás, reportaram cientistas nesta segunda-feira (22).

Em alguns locais, a quantidade de oxigênio disponível poderia até mesmo manter vivo um animal primitivo multicelular como uma esponja, escreveram na revista científica Nature Geosciences.

"Nós descobrimos que a salmoura" - água com altas concentrações de sal - "em Marte pode conter oxigênio suficiente para que micróbios possam respirar", afirmou Vlada Stamenkovic, principal autor do estudo, físico teórico do Laboratório de Propulsão a Jato da Califórnia.

"Isto revoluciona completamente nossa compreensão do potencial da vida em Marte, hoje e no passado", declarou à AFP.

Até agora, presumia-se que a quantidade de oxigênio em Marte fosse insuficiente para sustentar a vida microbiana.

"Nós nunca pensamos que o oxigênio poderia desempenhar um papel para a vida em Marte devido à sua escassez na atmosfera, de cerca de 0,14%", afirmou Stamenkovic.

Comparativamente, a concentração deste gás no ar que respiramos é de 21%.

Na Terra, as formas de vida aeróbicas - ou seja, que respiram oxigênio - evoluíram juntamente com a fotossíntese, que converte CO2 (gás carbônico) em O2 (oxigênio), gás que teve um papel crítico na emergência de formas de vida complexas, sobretudo após o denominado Grande Evento de Oxigenação, há cerca de 2,35 bilhões de anos.

Mas nosso planeta também abriga micróbios no fundo dos oceanos, em gêiseres, que sobrevivem em ambientes privados de oxigênio.

"É por isso que sempre que pensamos na vida em Marte, nós estudamos o potencial de vida anaeróbica", afirmou Stamenkovic.

Vida em Marte?

O novo estudo começou com a descoberta pela sonda Mars Curiosity, da Nasa, de óxidos de manganês, que são compostos químicos que só podem ser produzidos com grandes quantidades de oxigênio.

A Curiosity, juntamente com os orbitadores de Marte, também estabeleceram a presença de depósitos de salmoura, com variações nos elementos que continham.

Um conteúdo de alta salinidade permite que a água se mantenha líquida - uma condição necessária para a dissolução do oxigênio - em temperaturas muito baixas, transformando a salmoura em ambientes favoráveis para a vida microbiana.

Dependendo da região, da estação e do momento do dia, as temperaturas no Planeta Vermelho podem variar entre -195ºC e +20ºC.

Os pesquisadores desenvolveram um primeiro modelo para descrever como o oxigênio se dissolve na água salgada em temperaturas abaixo do congelamento.

Um segundo modelo estimou as mudanças climáticas em Marte nos últimos 20 milhões de anos e projetou como seriam nos próximos 10 milhões de anos.

Juntos, os cálculos demostraram quais regiões do Planeta Vermelho são mais propensas a produzir oxigênio baseado em salmoura, dado que pode ajudar a determinar o posicionamento de sondas futuras.

"As concentrações de oxigênio (em Marte) são em ordens de grandeza" - algumas centenas de vezes - "maiores do que o necessário para micróbios aeróbicos ou que respiram oxigênio", concluiu o estudo.

"Nossos resultados não sugerem que haja vida em Marte", alertou Stamenkovic. "Mas eles mostram como a habitabilidade marciana é afetada pelo potencial de oxigênio dissolvido".

A China anunciou planos para lançar uma lua artificial no espaço com o objetivo de iluminar uma das maiores cidades do país. Autoridades de Chengdu, a capital da província de Sichuan, disseram que pretendem colocar um satélite em órbita em 2020 capaz de refletir a luz do sol em suas ruas à noite. A ideia é substituir completamente a iluminação por postes e outras fontes elétricas.

De acordo com relatos locais divulgados pelo jornal Asia Times, a cidade vem avaliando a tecnologia por trás da chamada lua artificial há anos e realizou testes o suficiente para sentir que ela está pronta para o lançamento.

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A lua artificial é feita de um revestimento reflexivo que pode direcionar a luz do sol de volta à Terra e cobrir uma extensão de 6 a 50 quilômetros quadrados. A ideia é que oficiais no solo possam controlar o diâmetro para garantir que ela se concentre precisamente na cidade e em nenhum outro lugar.

Se Chengdu conseguir a aprovação para a lua artificial e realmente lançá-la no espaço nos próximos dois anos, a cidade está esperançosa de que a iniciativa ajude a economizar dinheiro na iluminação de suas ruas. Também acredita que o projeto aumentará o turismo local, atraindo curiosos.

O lançamento segue um projeto semelhante de 1999, quando pesquisadores russos planejaram usar espelhos em órbita para iluminar cidades na Sibéria, na esperança de que seria uma alternativa mais barata à iluminação elétrica.

O esquema desenvolvido pela Rússia usou um dispositivo chamado Znamya 2. Ele foi equipado com um espelho de 25 metros para iluminar um trecho de três quilômetros de largura. Durante sua primeira órbita, a nave foi destruída após uma colisão no espaço. O plano foi então abandonado.

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A organização israelense responsável pelo primeiro programa de exploração lunar do país anunciou nesta quarta-feira que o lançamento de um foguete com uma sonda, originalmente planejado para dezembro, foi adiado para o início do próximo ano.

A SpaceIL disse que foi informada de uma "nova data" pela empresa privada americana SpaceX, de Elon Musk, que fornecerá o foguete para transportar a sonda para o espaço, atrasando o lançamento para o início de 2019.

O atraso deve-se às decisões da SpaceX, informou a SpaceIL em um comunicado, observando que os últimos testes da sonda (em forma de cápsula e pesando cerca de 585 kg) foram bem sucedidos.

A alunissagem estava originalmente programada para 13 de fevereiro de 2019, com a missão de realizar pesquisas em seu campo magnético e plantar uma bandeira israelense.

Não foram informadas as novas datas para o lançamento e pouso.

A Índia enviará uma missão tripulada ao espaço em 2022, anunciou nesta quarta-feira o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em discurso à nação.

"A Índia enviará ao espaço um homem ou uma mulher em 2022, antes se possível", declarou Modi em um longo discurso pronunciado em Nova Délhi no Dia da Independência.

A Índia será o quarto país, depois da Rússia, Estados Unidos e China, a realizar esta façanha científica e tecnológica, destacou o primeiro-ministro conservador.

O governo indiano aumentou nos últimos 10 anos os investimentos no programa espacial, iniciado na década de 1960.

A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira que em 2019 enviará uma missão não tripulada à Lua.

Em 2014, a Índia colocou uma sonda em órbita ao redor de Marte.

Em fevereiro de 2017, a ISRO estabeleceu um recorde ao colocar, com sucesso, 104 satélites em órbita com apenas um foguete.

Se a influência de líderes evangélicos na disputa eleitoral em Pernambuco já é algo consolidado e cada vez mais comprovado a partir dos resultados dos pleitos, religiões de matrizes africanas estão tentando galgar um espaço no Legislativo este ano. Com o mote “quem é de terreiro vota em quem é de terreiro”, o sacerdote juremeiro, historiador e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò lança, no próximo sábado (11), sua candidatura a deputado estadual pelo PCdoB. 

O chamado para que os Povos Tradicionais de Terreiro apoiem a postulação de Alexandre, que circula nas redes sociais do comunista, diz que historicamente o segmento religioso nunca teve um representante eleito em Pernambuco mesmo tendo, segundo dados de 2010, cerca de 1261 terreiros espalhados pelo Recife e Região Metropolitana (RMR). 

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“Não podemos mais permitir que fiquemos sem representatividade nas esferas do poder. Esses espaços também são nossos, e por direito, temos que lutar para ocupá-los democraticamente com coerência, pertencimento, autoestima e coletividade representativa”, declara o texto que apoia Alexandre L’Omi L’Odò. 

Apesar de pregar a tese de que “quem é de terreiro vota em quem é de terreiro”, o grupo aliado do comunista também diz que “isso não exclui as pessoas que não são de terreiro a votarem no candidato” e põe em xeque outras postulações de líderes das religiões de matriz africana. 

“Temos que avançar e conscientizar mais e mais pessoas de nosso povo para votar consciente e com criticidade, entendendo que nem todo mundo que é de terreiro nos representa, e que também é nosso voto que nos fortalece, afinal, enfrentamos hoje, uma gama enorme de dificuldades sociais, exclusivamente por que não temos representatividade nas esferas legislativas, executivas e judiciais”, declara a nota.

“Eleger deputados(as), vereadores(as), prefeitos(as), etc. é urgente e o Povo de Terreiro de todo país está firmando um pacto de união para que em 2018 possamos ver candidaturas vitoriosas e representativas que abram caminhos para uma construção histórica de mudanças de paradigmas nessa sociedade racista, machista, LGBTQIfóbica, neoliberal e sem acesso à educação”, completa.

O lançamento da candidatura de Alexandre L’Omi L’Odò será às 14h, no Ingá (antigo Xinxim da Baiana), em Olinda.

O robô Curiosity comemorou 6 anos explorando o planeta vermelho neste domingo (5). O rover da NASA pousou na Cratera Gale, em Marte, no dia 5 de agosto de 2012, quando iniciou a missão que transformou os conhecimentos da superfície marciana, mostrando um planeta que pode ter hospedado vida e que, talvez, ainda possa hospedá-la.

Dentre as descobertas feitas pelo Curiosity desde então, destacam-se porções do solo que fizeram parte do leito de rios e um terreno que já abrigou um lago. Além disso, localizou desertos de areia parecidos com os da Terra, encontrou boro (elemento químico essencial para a vida) e moléculas orgânicas que alimentam a esperança de encontrar formas de vida em Marte.

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Essa esperança foi aumentada ainda recentemente, quando radares italianos descobriram um lago salgado sob a superfície marciana.

Graças aos sucessos das descobertas do Curiosity e aos obstáculos que o robô enfrentou desde o seu lançamento, como problema nas rodas e no computador de bordo, a NASA está trabalhando no sucessor do Curiosity, chamado Missão Marte 2020.

Como todo aniversário, o robô Curiosity publica uma comemoração em seu Twitter e, neste ano, não foi diferente. Entretanto, a mensagem que mais tocou as pessoas foi a de 2013, quando o rover postou uma versão robotizada de "Parabéns para você".

Enquanto Curiosity finaliza a segunda fase da sua missão até o fim deste ano, espera a chegada da última sonda lançada pela NASA, chamada Insight, que estudará o coração de Marte. A aterrissagem está prevista para novembro.

Da Ansa

Uma falha descoberta durante um teste de lançamento da nave espacial Starliner da Boeing, projetada para transportar humanos à Estação Espacial Internacional (ISS), provocou um atraso no primeiro voo de teste tripulado para 2019.

O problema envolveu falhas em vários motores de ejeção que não fecharam conforme o planejado, permitindo que o propelente vazasse, disseram nesta quarta-feira funcionários da companhia em uma conferência telefônica.

"Estamos confiantes de que identificamos a causa e estamos implementando ações corretivas neste momento", disse John Mulholland, vice-presidente e responsável do programa de tripulações comerciais da Boeing, indicando que estão em andamento "pequenas mudanças de desenho".

O contratempo significa que o primeiro voo de teste tripulado será adiado para meados de 2019, disse.

Inicialmente, os primeiros voos de teste com pessoas a bordo estavam planejados para o fim de 2018.

Tanto a Boeing como a SpaceX estão construindo naves espaciais para transportar astronautas e restaurar o acesso dos Estados Unidos à ISS, competência que perderam com o encerramento do programa de ônibus espaciais em 2011.

Não está claro quando serão realizados estes dois primeiros voos.

Um relatório emitido no mês passado por um auditor do governo dos Estados Unidos disse que era improvável que a Boeing e a SpaceX fossem capazes de enviar astronautas à ISS no ano que vem, o que daria lugar a uma possível brecha na presença dos Estados Unidos na nave.

Os Estados Unidos compraram assentos para astronautas da Nasa a bordo do veículo espacial russo Soyuz, por mais de 80 milhões de dólares cada, até novembro de 2019.

Não se espera que a SpaceX ou a Boeing estejam prontas para realizar voos com pessoas a bordo até essa data devido a várias demoras na certificação de seus programas, assegurou o Escritório de Responsabilidade Governamental em seu relatório de julho.

Nenhuma das duas companhias publicou cronogramas atualizados para os primeiros voos de seus respectivos Crew Dragon e Starliner.

Um enorme lago subterrâneo foi detectado em Marte pela primeira vez, o que aumenta a possibilidade de que haja mais água e, talvez, vida no Planeta Vermelho, disseram astrônomos internacionais nesta quarta-feira (25).

Localizado debaixo de uma camada de gelo marciano, o lago é amplo, com cerca de 20 quilômetros de largura, afirma o estudo publicado na revista americana "Science" e dirigido por pesquisadores italianos.

Este é o maior corpo de água líquida já encontrado no Planeta Vermelho.

"Este é um resultado surpreendente que sugere que a água em Marte não é um riacho temporário, como revelado em descobertas anteriores, mas um corpo de água persistente que cria condições para a vida durante longos períodos de tempo", disse Alan Duffy, professor associado da Universidade de Swinburne na Austrália, que não esteve envolvido no estudo.

Marte é agora frio, árido e deserto, mas costumava ser quente e úmido e abrigava uma grande quantidade de água líquida e lagos há pelo menos 3,6 bilhões de anos.

Os cientistas estão ansiosos para encontrar sinais de água atual, porque tais descobertas são essenciais para resolver o mistério de se existiu vida em Marte em seu passado remoto e se esta poderia persistir hoje em dia.

Ter a possibilidade de acessar fontes de água também poderia ajudar os humanos a sobreviverem em uma futura missão tripulada a este planeta vizinho da Terra.

A água deste lago em particular, no entanto, não seria potável, e está a quase 1,5 km de profundidade da superfície gelada em um ambiente hostil.

Há um debate sobre se há ali dentro formas de vida microbianas.

Alguns especialistas são céticos a respeito dessa possibilidade devido a que o lago é frio e salobre, e contém uma forte dose de sais e minerais marcianos dissolvidos.

A temperatura é provavelmente inferior ao ponto de congelamento da água pura, mas o lago pode permanecer em estado líquido devido à presença de magnésio, cálcio e sódio.

"Esta é uma descoberta de extraordinária importância, e aumentará a especulação sobre a presença de organismos vivos no Planeta Vermelho", disse Fred Watson, do Observatório Astronômico da Austrália.

"No entanto, deve-se ter precaução, já que a concentração de sais necessária para manter a água líquida poderia ser fatal para qualquer vida microbiana similar à da Terra", acrescentou Watson, que não participou da pesquisa.

- Detecção de radar -

A descoberta foi feita utilizando instrumentos de radar da sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia (AEA), lançada em 2003.

A ferramenta se chama Radar Avançado para a Pesquisa da Ionosfera e do Subsolo de Marte (MARSIS) e foi projetada para encontrar água subterrânea enviando pulsos de radar que penetram na superfície e nas camadas de gelo.

MARSIS "mede como se propagam as ondas de rádio e como refletem de volta na nave", disse o estudo. Estes reflexos "proporcionam aos cientistas informações sobre o que há debaixo da superfície".

O autor principal, Roberto Orosei, do Instituto Nacional de Astrofísica de Bolonha, Itália, sondou uma região chamada Planum Australe, situada no sul da camada gelada de Marte, de maio de 2012 a dezembro de 2015.

Um total de 29 séries de amostras de radar mostraram uma "mudança brusca em seu sinal de radar associado", permitindo aos cientistas mapearem os contornos do lago.

"O perfil de radar desta área é similar ao dos lagos de água líquida que se encontrem debaixo das camadas de gelo da Antártica e Groenlândia na Terra, o que sugere que há um lago subglacial nesta localização em Marte", indicou o relatório.

- Confirmação necessária -

"Esta é a primeira massa de água que foi detectada, por isso é muito emocionante", disse à AFP por e-mail David Stillman, pesquisador do Departamento de Estudos Espaciais do Southwest Research Institute no Texas.

No entanto, Stillman, que também não participou na pesquisa, disse que é necessário que outra sonda ou instrumentos possam confirmar a descoberta.

O cientista apontou que um instrumento de radar de maior frequência fabricado pela agência espacial italiana, o SHARAD, a bordo da sonda Mars Reconnaissance lançada em 2005 não pôde detectar a água subterrânea.

"É estranho que o SHARAD não possa confirmar esta descoberta. Efetivamente, o SHARAD não pode atravessar o gelo aqui e ninguém entende porque", acrescentou Stillman. "Isto sugere que algo estranho está acontecendo aqui. Portanto, sou cético sobre esta descoberta".

Mas os pesquisadores estão entusiasmados com o potencial de futuras descobertas, porque se é possível encontrar água líquida no polo sul de Marte, esta também poderia ser encontrada em outro lugar.

"Não há nada de especial nesta localização além do radar MARSIS da sonda Mars Express, que é mais sensível a essa região, o que significa que provavelmente haja depósitos de água similares debaixo da terra em todo Marte", disse Duffy.

As duas companhias que lideram a corrida das viagens turísticas ao espaço asseguram que estão a meses de realizar a primeira, embora não tenham informado uma data específica.

Virgin Galactic, fundada pelo bilionário Richard Branson, e Blue Origin, do criador da Amazon Jeff Bezos, competem, utilizando tecnologias totalmente diferentes, para terminar seus testes e se tornar a primeira companhia a oferecer este serviço.

Momentos de microgravidade

Nem os passageiros da Virgin, nem os da Blue orbitarão a Terra, e sua experiência com a microgravidade durará só alguns minutos. Trata-se de uma experiência muito diferente à dos primeiros turistas espaciais, que pagaram dezenas de milhões de dólares para viajar à Estação Espacial Internacional (EEI) na década de 2000.

Depois de pagar por uma passagem muito menos cara - 250.000 dólares na Virgin e ainda não se sabe quanto na Blue Origin -, estes novos turistas espaciais adentrarão dezenas de quilômetros na atmosfera antes de regressar à Terra. Como referência, a EEI está em órbita a cerca de 400 km do nosso planeta.

A meta é cruzar essa linha imaginária onde começa o espaço exterior, seja a linha Karman, a 100 km da superfície terrestre, ou a fronteira que é reconhecida pela força aérea dos Estados Unidos, que está a 80 km.

Virgin Galactic

No caso da Virgin Galactic, a capacidade de sua nave VSS, que tem a aparência de um jato particular, é de seis passageiros e dois pilotos.

Esta unidade estará acoplada a outra nave espacial que a acompanhará em seu percurso inicial - o WhiteKnightTwo -, da qual se separará a uma altura de aproximadamente 15 km. Uma vez que se separem, a VSS ativará seu propulsor e seguirá seu caminho.

Então os passageiros flutuarão em um ambiente de gravidade zero por alguns minutos, antes de regressarem à Terra.

A descida é suavizada por um sistema que faz com que a cauda da nave se mova formando uma espécie de arco antes de voltar a sua posição normal, comece a planar e termine aterrissando no porto espacial da Virgin no deserto no Novo México.

A viagem dura no total entre uma hora e meia e duas horas. Durante um teste realizado em 29 de maio sobre o deserto de Mojave, a nave espacial alcançou uma altura de 34 km.

Em outubro de 2014, uma nave da Virgin teve uma falha durante o voo devido a um erro do piloto, e um dos dois pilotos a bordo morreu. Os testes foram reiniciados depois com outra nave.

A companhia alcançou um acordo para abrir um segundo porto espacial no aeroporto Tarente-Grottaglie, ao sul da Itália.

Branson disse em maio em um programa da BBC que ele mesmo espera ser um dos primeiros passageiros nos próximos 12 meses. Cerca de 650 pessoas já estão na lista de espera para realizar esta viagem, informou a Virgin à AFP.

Blue Origin

A Blue Origin trabalha com uma tecnologia mais parecida à do foguete tradicional: o New Shepard.

Nesta nave, seis passageiros entram em uma cápsula inserida na ponta de um foguete de 18 metros. Depois do lançamento, esta cápsula se separa do foguete e continua sua trajetória por vários quilômetros. Durante um teste em 29 de abril, a cápsula foi além de cem quilômetros.

Após poucos minutos de microgravidade, nos quais os passageiros podem ver o exterior através de grandes janelas, a cápsula gradualmente volta à Terra, ajudada em sua descida por três grandes paraquedas e retropropulsores que desaceleram a queda.

No último teste, o voo levou dez minutos da decolagem até a aterrissagem.

Até agora, nos testes só foram utilizados bonecos, mas um dos diretores da companhia, Rob Meyerson, afirmou que "em breve" se começarão a fazer testes com humanos.

Funcionários da empresa foram recentemente citados dizendo que os primeiros testes com astronautas da Blue Origin aconteceriam "no final deste ano", com ingressos para o público que devem começar a ser vendidos em 2019.

Mas em comentários à AFP nesta sexta-feira, a empresa foi mais cautelosa.

"Não definimos os preços dos ingressos e não tivemos discussões sérias dentro da Blue sobre o assunto", disse a empresa. "Temos um cronograma de testes de voo e os cronogramas deste tipo sempre têm incertezas e contingências. Qualquer um que estiver prevendo datas está chutando".

O que vem depois?

SpaceX e Boeing estão desenvolvendo suas próprias cápsulas para transportar astronautas da Nasa, que devem ficar prontas em 2020, após alguns atrasos. É um alto investimento que em parte será financiado, provavelmente, através da oferta de voos privados.

"Se você está pensando em viajar para o espaço, terá quatro vezes a quantidade de opções que tinha antes", disse à AFP Phil Larson, vice-reitor da escola de engenharia na Universidade de Colorado.

No longo prazo, a companhia russa que fabrica os foguetes Soyuz está estudando a possibilidade de levar turistas à EEI. E uma companhia americana chamada Orion Span anunciou no início deste ano que espera pôr em órbita um luxuoso hotel espacial dentro de poucos anos, embora o projeto ainda esteja em suas primeiras etapas.

Israel lançará sua primeira missão espacial à Lua em dezembro, anunciou nesta terça-feira (10) uma organização desse país, pequeno porém com grandes ambições.

A nave espacial ainda sem nome, em forma de cápsula e peso de 585 quilos no momento do lançamento, pousará na Lua em 13 de fevereiro de 2019 se tudo correr segundo o previsto, disseram os organizadores da SpaceIL em um encontro com a imprensa.

Será lançada através de um foguete da empresa SpaceX, do empresário americano Elon Musk, e sua missão incluirá a pesquisa do campo magnético da Lua.

Mas a primeira tarefa será fincar a bandeira israelense na Lua, disseram os organizadores.

O projeto começou como parte do concurso de tecnologia Google Lunar XPrize, que ofereceu 30 milhões de dólares (25 milhões de euros) para estimular cientistas e empresários a proporem missões à Lua por um custo relativamente baixo.

Uma equipe israelense que depois ficou conhecida como SpaceIL decidiu abraçar este objetivo e se associou eventualmente com a estatal Israel Aerospace Industries (IAI).

O prêmio do Google expirou em março sem que ninguém tenha conseguido chegar à Lua, mas a equipe de Israel se comprometeu a seguir em frente.

Esta iniciativa privada poderia custar cerca de 95 milhões de dólares, financiados em grande medida pelo bilionário israelense Morris Kahn.

"Isto mostrará ao resto do mundo a forma" de mandar uma nave espacial à Lua a um custo razoável, disse Ofer Doron em nome da IAI.

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