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A desmilitarização do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a nomeação de um civil para comandá-lo é um dos temas debatidos pela equipe de transição de Lula (PT). O grupo tem como função fazer a segurança pessoal do presidente da República, do vice-presidente e dos seus familiares, além de coordenar atividades de inteligência federal. Atualmente, o GSI é liderado pelo general Augusto Heleno, nome de extrema confiança do presidente Jair Bolsonaro (PL) e que mantém sob o seu guarda-chuva a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

O grupo de trabalho de Inteligência Estratégica da transição, um dos últimos núcleos formados, será coordenado pelo delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues, responsável pela segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva até a data da posse, em 1º de janeiro de 2023. Também foram escalados para o grupo o doutor em Ciência da Informação Vladimir de Paula Brito e outros três servidores.  

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A discussão sobre a desmilitarização ganhou força depois que um vídeo de um sargento da Marinha, lotado no GSI, Ronaldo Travassos, disse que Lula não vai assumir a Presidência no mês que vem. Para o grupo de transição, o episódio torna a discussão em torno do tema indispensável, e não há consenso sobre o assunto entre os aliados de Lula.  

Da equipe que faz a segurança do petista, o general Marco Edson Gonçalves Dias é um dos que se posicionam contra a mudança. Ele argumenta aos interlocutores que a natureza da atividade do órgão justifica a presença de militares. Além disso, ele costuma dizer que o próprio Lula manteve 800 fardados no GSI nos dois primeiros mandatos.  

A relação da equipe de transição com o GSI está abalada desde quando os grupos se prepararam para se instalar no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Quando os petistas procuraram trabalhar no local, pediram uma varredura eletrônica para identificar se havia equipamentos de escuta e dispositivos de interceptação de áudio, vídeo ou sinal de celular. Depois disso, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, criticou o general Heleno. "Não é possível um militar da ativa ter qualquer envolvimento político, ainda mais cometendo crime contra o Estado Democrático de Direito", afirmou o socialista.  

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O número de militares e aguardando no Gabinete de Segurança Institucional chega a 1.038 servidores, de acordo com dados obtidos em 2021 através da Lei de Acesso à Informação, a pedido do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP). 

Os servidores da Abin, por sua vez, propuseram a indicação do diretor-geral da agência. Nas duas reuniões com a equipe de transição, eles pediram que fosse escolhida a saída de quatro técnicos da agência. 

 

O PT acionou o Supremo Tribunal Federal com pedido para que o primeiro sargento Ronaldo Ribeiro Travassos, que integra o Gabinete de Segurança Institucional seja investigado por supostas ameaças ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seus eleitores, 'incitação e apologia à prática de crimes contra o resultado eleitoral e incentivo às práticas de atos inconstitucionais contra as instituições democráticas'. A solicitação se dá em razão da divulgação de vídeo em que o militar fomenta atos em frente a quartéis das Forças Armadas, questionando o resultado das urnas. Na gravação, ele chega a afirmar: "Eu tenho certeza que o ladrão não sobe a rampa".

Em paralelo à solicitação de investigação criminal contra o primeiro sargento, o deputado Paulo Teixeira - que também assina a notícia-crime enviada ao STF - apresentou um requerimento para que a Comissão de Constitucionalidade, Justiça e de Cidadania da Câmara convoque o general Augusto Heleno, chefe do GSI, a prestar esclarecimentos sobre a 'flagrante transgressão disciplinar e o crime de incitação' cometidos por Travassos.

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Ao Supremo, o PT pede que o primeiro-sargento seja incluído no rol de alvos de inquéritos sensíveis ao presidente Jair Bolsonaro, como o das milícias digitais e o das fake news. A legenda pede que a Corte máxima apure suposta incitação e apologia ao crime, além de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito imputada a Travassos.

"Nesse instante em que a sociedade brasileira espera por mais um momento de afirmação do exercício democrático, de ver consolidada sua vontade exercida pelo voto, confiante na consistência que o processo eleitoral tem expressado no sistema de urnas eletrônicas seguras, atitudes que afrontam tais direitos fundantes e ameaçam a ordem constitucional e legal vigentes, como se verifica nas ações e condutas aqui expostas, precisam ser efetivamente apuradas, impedindo sua continuidade e, sobretudo, identificando e responsabilizando de maneira devida e firme os infratores", argumenta a legenda à Corte máxima.

O partido ainda requer ao Supremo que Travassos seja afastado das funções exercidas no GSI e ainda tenha seu porte e posse de arma de fogo suspenso. A legenda também pede que seja determinada a vedação de qualquer participação do militar em atos antidemocráticos, sob pena de prisão.

No requerimento apresentado à Comissão de Constitucionalidade, Justiça e de Cidadania da Câmara, Teixeira ainda ressalta que, em nota, o GSI não condenou a atuação de Travassos, 'se limitando a afirmar que não tem competência para "autorizar servidores para que participem de qualquer tipo de manifestação" e que "as supostas declarações demandadas são de responsabilidade do autor em atividade pessoal fora do expediente"'.

Em um trecho do vídeo protagonizado por Travassos, o primeiro-sargento diz que 'o general' tem conhecimento da sua participação nos atos antidemocráticos. Não há citação ao nome de Augusto Heleno.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve seu esquema de segurança reforçado, antes mesmo da Polícia Federal iniciar a ação de proteção aos pré-candidatos à Presidência da República, de acordo com a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Por ser ex-presidente, o petista tem direito a um time de segurança fornecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Palácio do Planalto.

Para as Eleições 2022, a PF tem um esquema que custa R$ 57 milhões e deve escalar mais de 300 policiais federais para atuar na segurança dos presidenciáveis.   

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A equipe do GSI intensificou o acompanhamento a Lula após episódios recentes de violência acerca do ex-presidente. Em Campinas (SP), manifestantes cercaram o carro do adversário de Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele se encaminhava para um almoço. No Paraná, um deputado o ameaçou de morte. Por causa dessas ameaças, a candidatura de Lula se tornou uma das mais vulneráveis do pleito. 

Seguranças evitam deixar Lula sozinho e apostam em estar sempre próximos do ex-chefe do Executivo. Deslocamentos longos são desaconselhados e até mesmo locais de gravação de material de campanha são escolhidos levando em consideração sua segurança. Em ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, seguranças alertaram Lula sobre a localização do palco e sobre estar muito próximo ao público. Mesmo assim, o ex-presidente quis participar do ato. 

Em reunião nessa terça-feira (31) com os assessores dos principais candidatos, representantes da Polícia Federal expuseram os detalhes do esquema de segurança, que incluirá dezenas de carros blindados. A distribuição do efetivo será feita de acordo com uma escala de um (baixo risco) a cinco (maior risco), levando em consideração a projeção nacional do candidato, seu desempenho nas pesquisas, sua visibilidade e histórico de ameaças. Haverá também uma avaliação sobre o risco de cada evento, que levará em consideração o local e a quantidade de pessoas, por exemplo. 

A preocupação central é com eventos que aglomerem multidões, o que abre espaço para a ação de lobos solitários. "Lula não saiu da toca ainda (em termos de eventos de campanha), e o sentimento antipetista ainda é muito forte. Está todo mundo preocupado com a militância de extrema direita. (...) O discurso de extrema esquerda gerou um Adélio Bispo (que teria esfaqueado Bolsonaro na campanha presidencial de 2018). O discurso de extrema direita pode gerar outro Adélio”, disse uma fonte da Polícia Federal à Malu Gaspar. 

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse em nota nesta quinta-feira, 5, que "não recebe recados de nenhum país, nem os transmite. A declaração é uma reação à informação, divulgada pela agência Reuters, de que William J. Burns, diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), afirmou a integrantes do governo federal que o presidente Jair Bolsonaro deveria parar de lançar suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Comandado pelo general Augusto Heleno, militar ligado a Bolsonaro, o órgão confirma a agenda com o diretor da CIA, mas diz que os assuntos tratados em reuniões da área de inteligência são sigilosos. "Temos um excelente corpo de diplomatas e adidos para tratar dos interesses nacionais", acrescenta o comunicado.

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A agenda oficial de Bolsonaro informa uma reunião com Burns no dia 1º de julho do ano passado, sem revelar o tema. Também participaram do encontro o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd C. Chapman; o então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, além de Augusto Heleno e do ex-ministro Braga Netto, que comandava a Defesa e hoje é assessor especial da Presidência. Ele deixou o cargo em 31 de março para ficar apto a concorrer à Vice-Presidência na chapa de Bolsonaro.

Como revelou a agência Reuters mais cedo, durante viagem oficial ao Brasil no ano passado, o diretor da CIA, segundo fontes, declarou que a integrantes do governo que Bolsonaro não deveria "mexer com as eleições". O presidente brasileiro costuma colocar em dúvidas, sem apresentar provas, a lisura do sistema eleitoral brasileiro e chegou a sugerir uma apuração paralela dos votos controlada pelas Forças Armadas.

A reportagem diz que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, ouviu o recado de Burns em um jantar. Procurado pelo Estadão/Broadcast Político, o general não retornou até a publicação desta reportagem.

O ministro de Relações Exteriores, Carlos França, também foi procurado pela reportagem e disse que não comentaria o tema.

O porta-voz do Departamento de Estado do governo dos Estados Unidos, Ned Price, afirmou nesta quinta-feira, 5, que o Brasil tem um "forte histórico de eleições livres e justas". A declaração de Price foi dada durante entrevista na Casa Branca ao ser questionado a respeito da reportagem da Reuters.

Veja a íntegra da nota do GSI:

"A agenda com o diretor da CIA foi devidamente divulgada. Os assuntos tratados, em reuniões, na área de inteligência, são sigilosos. O GSI não recebe recados de nenhum país do mundo, nem os transmite. Temos um excelente corpo de diplomatas e adidos para tratar dos interesses nacionais."

O governo alegou risco à segurança do presidente da República como justificativa para manter em sigilo as visitas ao Palácio do Planalto feitas por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro. Alçado à condição de assessor informal do presidente desde que Bolsonaro se filiou à legenda, o dirigente passou a ter suas incursões no prédio consideradas de acesso restrito.

Valdemar já foi condenado no processo do mensalão, esquema de corrupção na gestão petista, e hoje tem poder no governo de Bolsonaro, com direito a indicação de cargos estratégicos e interferência na liberação de recursos federais. Ele apadrinhou a nomeação da então ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e do diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento à Educação (FNDE) Garigham Amarante Pinto, responsável pela licitação de ônibus escolar com sobrepreço de R$ 732 milhões, revelada pelo Estadão.

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O Estadão solicitou os registros do Planalto, por intermédio da Lei de Acesso à Informação, no início de março. Mas o pedido foi negado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão vinculado à Presidência. "O nome e a data de entrada de visitantes na Presidência da República cumprem a finalidade específica de segurança. Fica clara a impossibilidade do fornecimento dos dados pessoais solicitados para outros fins que não a segurança na Presidência".

O GSI afirmou ainda que essas informações não podem ser divulgadas para não violar a Lei Geral de Proteção de Dados. A negativa, no entanto, viola a maioria dos precedentes já julgados pela Controladoria-Geral da União (CGU).

INTERESSE PÚBLICO

O diretor executivo do Transparência Brasil, Manoel Galdino, afirmou que a resposta do GSI fere a Lei de Acesso à Informação. De acordo com ele, o interesse público envolvido no caso supera a privacidade das informações pessoais alegada pelo governo. "É óbvio que existe um interesse público nessa questão e, portanto, informações pessoais não são suficientes para superar o interesse público", declarou Galdino ao Estadão.

No pedido de informação, o Estadão apresentou uma lista de precedentes em que a Controladoria-Geral da União determinou ao mesmo GSI a divulgação dos dados sobre outros visitantes do Palácio do Planalto. Mas o gabinete, comandando pelo ministro Augusto Heleno, ignorou tais informações.

Um áudio do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, traz à tona duros ataques que ele fez ao Supremo Tribunal Federal (STF). Heleno chegou a dizer que precisa tomar remédios psiquiátricos na veia diariamente para não levar o presidente Jair Bolsonaro (PL) a tomar "atitudes mais drásticas" contra o STF.

Segundo a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, a declaração foi feita na formatura do curso de aperfeiçoamento e inteligência para agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

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“Temos um dos Poderes que resolveu assumir uma hegemonia que não lhe pertence, não é, não pode fazer isso, está tentando esticar a corda até arrebentar. Nós estamos assistindo a isso diariamente, principalmente da parte de dois ou três ministros do STF”, disse o ministro.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou uma nota na noite desta segunda-feira (13) informando que ocorreram novos ataques de hackers contra órgãos do governo. O GSI não divulgou quais serviços ou ministérios foram atacados, apenas que "ocorreram incidentes cibernéticos contra órgãos de Governo em ambiente de nuvem".

Segundo a nota, os provedores de serviços em nuvem estão cooperando com o governo para resolver o problema e que o governo está atuando "de forma coordenada para a retomada dos serviços, que estão sendo reativados à medida em que o tratamento ocorre".

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O GSI informou que diversas equipes estão sendo "orientadas sobre os procedimentos de preservação de evidências" e que as "orientações emitidas têm seguido rigorosamente as boas práticas de tratamento de incidentes". Segundo a nota, a colaboração entre os diversos órgãos envolvidos tem sido fundamental e efetiva.

Braço direito de Jair Bolsonaro (PL), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, liberou o garimpo em regiões preservadas da Amazônia. Nos últimos 10 anos, ele concedeu a primeira autorização para projetos de extração de ouro na área considerada a mais indígena do Brasil. As informações são da Folha de S. Paulo.

Também secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional, cabe a Heleno orientar Bolsonaro em questões sobre a soberania nacional. Como GSI, ele pode permitir a atividade mineradora em uma largura de 150 km na extensão da fronteira.

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O registro da Agência Nacional de Mineração (ANM) indica que, só neste ano, o general autorizou sete projetos de pesquisa de ouro em São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do Amazonas. A região comporta ao menos 23 etnias indígenas e é considerada a cidade mais indígena do Brasil.

Entre pesquisas para definir jazidas ou a lavra, ele liberou 81 autorizações de mineração na Amazônia desde 2019. Só em 2021 foram 45 permissões, que se destaca como a maior quantidade de autorizações em um ano desde 2013.

Ao todo cerca de 587 mil hectares, aproximadamente quatro vezes a cidade de São Paulo, deve sofrer com a atividade mineradora. A área de São Gabriel da Cachoeira representa 12,7 mil hectares.

Em nota à reportagem, o GSI informou que "não se evidenciou impedimento legal à solicitação dos interessados para o secretário-executivo assinar os atos de assentimento". A pasta ressaltou que é instruída pela ANM e os terrenos pertencem à União.

Embora sejam da União, as regiões ficam entre território indígena. Inclusive, uma delas abaixo do Parque Nacional do Pico da Neblina e outra às margens do Rio Negro.

"A ANM não aprovará o requerimento de qualquer título minerário se este incidir em área onerada ou em área com qualquer outro bloqueio legal, a exemplo de terras indígenas ou unidades de conservação de proteção integral", defendeu-se a agência em nota.

A comissão especial da Câmara criada para analisar a proposta de uma nova lei antiterrorismo aprovou na noite desta quinta-feira, dia 16, o relatório do deputado Sanderson (PSL-RS), favorável ao projeto. O texto seguirá para a votação no plenário, onde os 513 deputados analisam a medida, o que ainda não tem data definida para acontecer. O projeto cria uma Autoridade Nacional Contraterrorista, sob supervisão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, chefiado pelo ministro Augusto Heleno.

O texto original é do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), um dos principais defensores do governo de Jair Bolsonaro na Câmara. O relatório do deputado Sanderson foi aprovado por 22 votos a 7 na comissão. Para a oposição, o texto cria uma espécie de "polícia secreta" do governo - e especialistas alertam para o fato de que os agentes da nova Autoridade terão autorização para matar, o chamado "excludente de ilicitude". Entidades como a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) também são contrárias ao texto: no entender do grupo, a proposta pode oferecer risco à democracia no País.

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Após a votação, Vitor Hugo disse que o relatório representava um ponto de equilíbrio entre as diferentes posições. "Chegamos a um texto médio, um texto coerente com aquilo que o Brasil precisa para proteger vidas, para salvaguardar a capacidade do Estado de tomar decisões, e para proteger o patrimônio público e privado. Prestigia as Forças Armadas, prestigia as polícias, prestigia os órgãos de inteligência", disse ele.

'Polícia secreta do Bolsonaro'

Os representantes da oposição não concordam com esta avaliação e tentaram obstruir a votação. "Hoje, estamos votando um projeto que tem como escopo principal criar uma polícia secreta do Bolsonaro. São os pilares de um Estado policialesco fascista", disse o deputado Paulão (PT-AL), ao orientar contra o projeto. A comissão ainda discutia destaques -- alterações que podem mudar o texto origina -- na noite desta quinta-feira.

Autor do relatório, Sanderson rebateu as acusações. "As críticas são infundadas, de quem não leu o relatório. O texto trouxe várias modificações, inclusive alterando algumas críticas que existiam. Não há nenhuma vírgula para criminalizar movimentos sociais", disse ele ao Estadão, frisando que a nova lei não criou tipos penais novos para caracterizar o crime de terrorismo. Estas definições seguem as mesmas da Lei Antiterror sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. "O que fizemos foi criar um Sistema Nacional Antiterrorismo, para identificar de forma preventiva e fazer o enfrentamento a essas ações terroristas, ainda que em estágio preparatório", disse ele.

De acordo com o projeto, a nova autoridade antiterror terá um chefe policial e um chefe militar diretamente subordinados a Bolsonaro. O órgão terá acesso ilimitado a informações - inclusive sigilosas - sobre a intimidade e privacidade de qualquer cidadão. Também poderá infiltrar agentes sem que haja critérios que diferenciem ações de combate ao terror de ações de inteligência.

Um grupo evangélico do bairro da Mooca, Zona Leste de São Paulo, foi flagrado descarregando dezenas de placas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma área restrita da Avenida Paulista, na manifestação dessa terça-feira (7). Com viés antidemocrático, os militantes tiveram passe livre ao acesso das forças de segurança.

A pick-up que transportava as placas distribuídas pelos religiosos chegou à Paulista pela Rua Peixoto Gomide. Com predominância em verde e amarelo, parte do material foi impresso em inglês e classificava o ex-presidente Luzi Inácio Lula da Silva (PT) como o maior corrupto da história.

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A entrada estava cercada e apenas cadastrados na lista do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) tinham acesso, de acordo com publicação do Metrópoles. O trecho era destinado para as forças de proteção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas foi aberto ao grupo religioso.

O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que acompanha a implantação da tecnologia 5G no Brasil realiza na próxima quarta-feira (24) reunião técnica com o tema "Geopolítica, Segurança Nacional, Segurança da Informação e de Estado". A reunião será realizada por videoconferência, a partir das 10h, e poderá ser acompanhada pelo portal da Câmara dos Deputados e pelo canal no YouTube.

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Dia 24 é a data prevista pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler de Morais, para retomar a discussão sobre o edital para o leilão das frequências 5G no Brasil. Uma proposta de edital foi apresentada no dia 1º de fevereiro pelo conselheiro Carlos Baigorri, mas o presidente da agência pediu vista do processo. A expectativa é que o leilão ocorra no fim do primeiro semestre.

Convidados

Foram convidados para o debate do dia 24 representantes do Ministério de Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o professor da Escola Superior de Guerra Ronaldo Gomes Carmona; e o diretor-presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Waldemar Gonçalves Ortunho Junior, que já confirmou a participação.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O subprocurador geral Lucas Rocha Furtado enviou representação ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira (28), pedindo que a corte apure se o presidente Jair Bolsonaro usou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para atender seus interesses particulares e de sua família e para "causar embaraços e dificultar" investigação da Receita Federal que implica seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro Republicanos-RJ).

Segundo Furtado, há "possibilidade de o Presidente da República ter incorrido em flagrante desvio de finalidade pública, utilizando-se indevidamente de seu cargo para interferir politicamente na Abin e no GSI, situação a demandar notoriamente a atuação do TCU, no intuito de apurar eventual prejuízo ao erário".

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O documento tem como base um editorial do Estadão que trata de uma reunião, no dia 25 de agosto, da qual o presidente participou com advogados do filho, o senador Flávio Bolsonaro para debater supostas "irregularidades das informações constantes de Relatórios de Investigação Fiscal" produzidos por órgãos federais sobre o parlamentar. Também foram ao encontro o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

Na avaliação de Furtado, é "difícil crer", que as autoridades que participaram da reunião em questão possam estar encarregadas de receber as denúncias alegadas pela defesa de Flávio.

Investigação

O senador é investigado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As apurações miram a pratica de "rachadinha" - desvios de salários dos assessores da Alerj que, segundo a Promotoria, ocorriam "de forma reiterada e estruturada" - e tiveram início após o Estadão revelar relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) no qual Queiroz foi citado por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira "atípica".

Nessa linha, Furtado aponta que é "razoável supor que o verdadeiro motivo da reunião não possa ser revelado, o que dá margem a especulações sobre o assunto". "Ora, considerando as inúmeras denúncias divulgadas pela mídia, e que já são objeto de processo no âmbito do Supremo Tribunal Federal, de que o chefe do poder Executivo, com vistas a dificultar ou impedir a apuração das irregularidades atribuídas a seu filho, valeu-se do cargo para interferir na atuação da Polícia Federal, ganha verossimilhança a alegação de que estaria agora fazendo o mesmo no que diz respeito à Abin e ao GSI. E ainda mais se consideradas as declarações do próprio Presidente da República na reunião ministerial cuja gravação se tornou pública, no sentido de que "não deixaria seus parentes e amigos serem prejudicados"", registrou.

A indicação de Furtado faz referência ao objeto de inquérito que tramita junto ao Supremo Tribunal Federal: a investigação sobre suposta tentativa de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal. A apuração foi aberta após a demissão do ex-ministro Sérgio Moro.

Furtado também ressalta que o caso denotaria ainda "inadequado uso do cargo público visando interferência na atuação de órgãos oficiais, motivado supostamente por interesses político-pessoais" e dessa maneira pode caracterizar eventual crime de responsabilidade, por atentar contra a segurança interna do país e a probidade na Administração Pública.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, negou que tenha participado, neste domingo (7), de um ato pró-Bolsonaro, em Brasília. Heleno estava presente entre os poucos manifestantes que estiveram na Esplanada do Ministério na manhã de hoje, em apoio ao presidente da República.

No Twitter, o general disse que foi até a via central de Brasília para agradecer pelo trabalho das Forças Armadas. O ministro fez referência ao canal de TV CNN, dizendo que não teria ido ao local para se manifestar. "POR FAVOR,CNN. NÃO FUI PARTICIPAR DE MANIFESTAÇÃO. As imagens mostram. Fui à Esplanada dos Ministérios agradecer aos integrantes das F Seg, pelo trabalho abnegado e competente que realizam, em prol de manifestações pacificas. É atitude de camaradagem, comum entre nós, militares".

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Durante a semana, o presidente Jair Bolsonaro chegou a pedir a manifestantes pró-governo que não fossem à Esplanada neste domingo, como forma de evitar atritos com os manifestantes contra o governo, que estiveram presentes em maior volume na Esplanada. Os atos em Brasília se encerraram por volta do meio-dia e ocorreram de forma pacífica.

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello encaminhou ao procurador-geral da República Augusto Aras pedidos de parlamentares para averiguação de crimes de responsabilidade contra o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. 

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O motivo da notícia-crime, encaminhada nesta quinta-feira (28), foi a nota divulgada por Augusto Heleno em que criticou o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro e citou "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional". 

O pedido feito pelos deputados, se aceito pelo procurador Augusto Aras, pode resultar em impeachment do ministro do GSI. Aras, que pediu fim do inquérito das fake news contra bolsonaristas, agora decide sobre apuração ou não contra Augusto Heleno. Em live, de Bolsonaro garantiu nesta quinta que, caso surja uma terceira vaga no STF o procurador, o procurador-geral é o nome mais cotado.

 

O Grupo Globo e o Grupo Folha anunciaram que vão retirar seus repórteres da cobertura da entrada do Palácio da Alvorada. A decisão foi tomada após apoiadores do presidente Jair Bolsonaro hostilizarem os jornalistas no local, prática que estaria ficando recorrente e subindo o tom em frente à residência presidencial.

 O Grupo Globo comunicou sua decisão por carta ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. "São muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico", diz a nota. A Folha informou que a cobertura no local está suspensa até que o Palácio do Planalto garanta a segurança dos profissionais de imprensa.

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 A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu nota apoiando a decisão dos dois grupos. "Esses ataques ganharam corpo e se tornaram mais graves, havendo, inclusive, agressões físicas a repórteres por parte da claque bolsonarista", diz trecho.

 Na segunda-feira (25), as agressões verbais ocorreram após Bolsonaro criticar os jornalistas. "O dia em que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês", disse o presidente. A claque chamou os jornalistas de comunistas, escória, lixos, ratos, entre outros termos. 

O jornal Correio Braziliense já havia deixado a cobertura. Segundo o veículo, além da exaltação dos apoiadores do presidente, a medida também foi tomada por causa das aglomerações e o contato com pessoas sem máscara de proteção.

A revelação sobre trocas na equipe do Gabinete de Segurança Institucional antes da abrupta sucessão de mudanças na Polícia Federal (PF) e de sua própria renúncia deu munição para o ex-ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, reforçar a acusação de tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na PF.

A defesa do ex-ministro diz que os "fatos levam à inevitável conclusão" de que a manifestação de Bolsonaro na reunião ministerial de 22 de abril, sobre a troca na "segurança do Rio", se refere à Superintendência da Polícia Federal fluminense.

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O advogado do ex-ministro da Justiça, Rodrigo Sánchez Rios, diz ainda que "aguarda respeitosamente" a divulgação do vídeo da reunião no Palácio do Planalto - peça-chave do inquérito Moro contra Bolsonaro - na qual, segundo ele, "as intenções das alterações na Polícia Federal ficarão ainda mais evidenciadas".

Ao Supremo, Moro pediu que fosse divulgada a íntegra do vídeo, "como verdadeira lição cívica". A decisão final pelo levantamento do sigilo será tomada na próxima semana, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.

Em nota divulgada neste sábado, 16, Moro faz alusão à reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, exibida ontem (15), que revelou que o presidente não enfrentou problemas para fazer mudanças no GSI, colocando em xeque a versão de Bolsonaro, de que estava agastado com sua segurança pessoal - missão do gabinete - e que não se referia à PF quando reclamou na reunião ministerial.

"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira", disse Bolsonaro na reunião, conforme transcrição encaminhada ao Supremo pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Segundo relatos de pessoas que assistiram ao vídeo, o presidente chamou a superintendência da Polícia Federal no Rio de "segurança no Rio". Bolsonaro alega, por outro lado, que se referia à sua segurança pessoal, que é feita pelo Gabinete de Segurança Institucional.

A defesa de Moro argumenta que a revelação sobre as trocas no GSI demonstra que "nunca houve por parte do presidente da República qualquer insatisfação com o serviço de segurança pessoal que lhe era prestado ou a seus familiares no Rio de Janeiro, tampouco qualquer dificuldade para realizar substituições na área, já que os responsáveis foram, logo antes da reunião ministerial do dia 22/4/2020, promovidos ou substituídos".

"Os fatos levam à inevitável conclusão de que a manifestação do Sr. Presidente na referida reunião ministerial, de que precisaria interferir na 'segurança do RJ' e se necessário trocar o 'chefe' ou o 'ministro' para evitar prejuízos a 'familiares e amigos', dizia mesmo respeito à Superintendência da Polícia Federal no RJ, ao Diretor-Geral da PF, e ao Ministro da Justiça, aliás todos substituídos nos dias seguintes à reunião", registra o texto assinado advogado Rodrigo Sánchez Rios, que defende o ex-ministro.

Rios destaca ainda que as declarações do presidente devem ser associadas à mensagem enviada por Bolsonaro à Moro às vésperas da demissão do ex-ministro. Imagens de diálogo no whastapp mostram que no dia 23 de abril Bolsonaro envia a Moro o link de uma notícia do portal O Antagonista, com a manchete: PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas. "Mais um motivo para a troca", diz o presidente. A reportagem faz referência ao inquérito das fake news, conduzido no STF.

Conforme revelado pelo Jornal Nacional, em 26 de março, quase um mês antes da reunião de abril, o general André Laranja Sá Correa - então diretor do Departamento de Segurança Presidencial do GSI - foi promovido por Bolsonaro para exercer o cargo de Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada.

A direção do Departamento de Segurança Presidencial acabou ficando com o então adjunto, Gustavo Suarez, promovido ao cargo titular da repartição.

Uma terceira troca envolvendo a segurança pessoal do presidente ocorreu no Rio de Janeiro. Uma portaria de 28 de fevereiro, dois meses antes da reunião ministerial de abril, colocou o tenente coronel Rodrigo Garcia Otto para exercer a função de chefe no escritório de representação no Rio de Janeiro da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.

Mudanças feitas no governo 28 dias antes da reunião ministerial gravada que é alvo de polêmicas e disputa judicial entre Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro contradizem a versão apresentada pelo próprio presidente sobre seus desejos de mudanças no comando da Polícia Federal.

De acordo com informações do Jornal Nacional, apesar de ter afirmado que ao se referir a “gente da segurança nossa no Rio de Janeiro” ameaçando até fazer demissões de chefes e ministros na reunião Bolsonaro falava de sua própria segurança e da de sua família, 28 dias antes o presidente fez o oposto.

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Em vez de demitir, promoveu o diretor do Departamento de Segurança Presidencial, general André Laranja Sá Correa, a comandante da Oitava Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, localizada em Pelotas (RS), e o até então diretor-adjunto Gustavo Suarez assumiu o posto. A lei que trata da promoção de oficiais das Forças Armadas, como as do dia 31 de março, determina que a escolha de quem é promovido é feita pelo presidente da República.

Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI)

O Departamento de Segurança Presidencial integra a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), e consequentemente subordinado ao General Augusto Heleno, ministro do GSI. Algumas das obrigações do gabinete são:

Zelar pela segurança pessoal do presidente da República, do vice-presidente da República e de seus familiares; zelar pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do presidente da República e do vice-presidente da República; e estabelecer e manter os escritórios de representação como bases operacionais avançadas para a garantia da segurança do presidente da República, do vice-presidente da República e de seus familiares.

A contradição de Bolsonaro vem de sua fala na reunião ministerial gravada no dia 22 de abril, que já foi transcrita para o processo que investiga se ele tentou intervir na Polícia Federal. Na ocasião, o presidente afirmou “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”.

Quando questionada, a Advocacia Geral da União (AGU) afirmou que “importa lembrar que a segurança presidencial é realizada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República" e que nesse momento da reunião "em nenhum momento, o presidente da República menciona ou refere-se, direta ou indiretamente, a 'superintendente', 'diretor-geral' ou 'Polícia Federal'”.

Apesar da afirmação, a troca feita por Bolsonaro de que sua afirmação se referia a dificuldades de mexer em sua segurança institucional, o presidente já havia feito alterações no GSI dias antes, não com a intenção de punir mas de promover o diretor do órgão, colocando no lugar o “número dois” da diretoria.

Houve, ainda, uma terceira mudança em um posto mais baixo do GSI do Rio de Janeiro. Em 28 de fevereiro, menos de dois meses antes da reunião ministerial, o chefe do escritório, o coronel Luiz Fernando Cerqueira, foi substituído pelo tenente coronel Rodrigo Garcia Otto. O escritório do Rio funciona como uma extensão da sede em Brasília, apurando e repassando informações. O Palácio do Planalto não comentou o tema.

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (3) que o ataque feito pelos Estados Unidos a um comboio no Iraque, que resultou na morte do comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, deverá impactar no preço dos combustíveis no Brasil. Bolsonaro descartou a possibilidade de tabelar o preço do produto para controlar impactos e disse que vai discutir o assunto com a equipe econômica e com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

O ataque norte-americano nas proximidades do Aeroporto de Bagdá pode acirrar o clima de tensão e provocar reflexos em todo o mundo. “Tive algumas informações [sobre o ataque] nessa madrugada, e vou me encontrar com o Heleno [do GSI] para me inteirar sobre o que aconteceu para, depois, emitir juízo de valor”, disse o presidente ao deixar o Palácio do Alvorada.

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Apesar de admitir a preocupação com reflexos da crise internacional sobre a economia do país, o governo não pretende intervir em políticas de preços como o tabelamento. “Que vai impactar, vai. Agora vamos ver nosso limite aqui, porque já está alto, e se subir mais, complica. Mas não posso tabelar nada. Já fizemos esse tipo de política de tabelamento antes e não deu certo. Vou agora conversar com quem entende do assunto”, completou. Bolsonaro tentou contato com o presidente da Petrobras, Roberto da Cunha Castello Branco, mas eles ainda não conseguiram conversar sobre o assunto.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a quebra do monopólio da Petrobras como uma alternativa para baratear os combustíveis. “Temos de quebrar o monopólio [para evitar a alta dos combustíveis]. A distribuição é ainda o que mais pesa no preço, e depois o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], que é um imposto estadual”, acrescentou ao ressaltar que, por o ICMS incidir sobre bases de preços maiores, o aumento do preço acaba agradando governadores, uma vez que aumenta também as receitas.

Para Bolsonaro, o Brasil já chegou ao limite no que se refere a cobrança de impostos. “Não dá para aumentar mais imposto no Brasil. Ponto final. No ano passado pagamos por dia mais de R$1 bilhão em juros. Foram R$ 400 bilhões por ano. A Europa foi reconstruída, pós 2ª guerra mundial, um montante desse. Então, por ano, pagamos uma reconstrução da Europa”, disse. Ele ainda lembrou que a queda da taxa básica de juros (Selic) para 4,5% ao ano resultou em uma economia de R$ 110 bilhões no corrente ano.

EUA

Em fevereiro, Bolsonaro viajará aos EUA para visitar empresários militares do setor energético interessados em apresentar ao presidente uma tecnologia de transmissão de energia elétrica sem meio físico (linhas de transmissão).

“Se isso for real, de acordo com a distância vamos resolver o problema de energia elétrica de Roraima, passando por cima da floresta. Estamos há sete anos tentando fazer o Linhão de Tucuruí e não conseguimos. Em consequência pagamos mais de R$ 1 bilhão em subsídios, porque não pode passar a linha de transmissão costeando uma reserva indígena. Isso é o Brasil”, disse o presidente.

O Comandante do Exército durante o governo de Dilma Rousseff e o de Michel Temer, o general Eduardo Villas Bôas, disse que a democracia do Brasil "foi colocada à prova", mas passou no teste.

O general concedeu uma longa entrevista ao jornal O Globo, que foi publicada neste domingo. Para o militar, o país correu risco institucional entre o impeachment e a divulgação dos diálogos da JBS.

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"Confesso que fiquei preocupado, porque vi ali uma possibilidade de o Exército ser empregado contra as manifestações. Contudo, corre uma versão de que a presidente Dilma teria me chamado e determinado a decretação do 'Estado de Defesa', e eu teria dito que não cumpriria. Isso não aconteceu. Mas que houve a sondagem, ela de fato houve", afirmou Villas Bôas ao jornal.

O general de 68 anos enfrenta uma doença neuromotora de caráter degenerativo, respira com ajuda de aparelho e se locomove em cadeira de rodas.

"Quando Deus quer ter uma conversa particular com você, ele te dá uma doença assim", confidenciou o militar aos jornalistas da publicação.

Ao comentar a situação atual do país, Villas Bôas demonstrou otimismo.

"Fomos repetidamente colocados à prova. Não vejo nenhum risco", concluiu o general.

Da Sputnik Brasil

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República foi autorizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a usar bloqueadores de sinal de celular nos locais onde estiverem o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o vice, Hamilton Mourão (PRTB).  

O despacho da Anatel com a permissão foi publicado no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (14). O documento, contudo, não traz detalhes sobre onde serão utilizados os bloqueadores. 

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Segundo informações do G1, na decisão a Anatel permite o uso dos bloqueadores em operações específicas, episódicas, urgentes e temporárias “em que se identifiquem evidências concretas de risco potencial ou iminente de ações necessárias à preservação da segurança” de Bolsonaro ou Mourão.

O bloqueio poderá ser feito onde o presidente e o vice “trabalham, residem, estejam ou haja a iminência de virem a estar” e até 200 metros de distância dos locais que estiverem.  

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