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A um mês da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Lisboa se prepara para receber o papa Francisco, que participará do grande evento apesar de seus problemas de saúde, e quase um milhão de jovens peregrinos, anunciou a organização da JMJ.

"Não temos plano B, apenas um plano F para Francisco", afirmou o bispo auxiliar da capital de Portugal, Américo Aguiar, que preside o comitê local de organização do encontro mundial de jovens católicos.

"O papa Francisco é uma grande força de atração para os jovens, que têm uma relação muito distante com a Igreja", acrescentou.

Na sede da fundação JMJ em Lisboa, em uma antiga área militar, quase 300 voluntários trabalham para mobilizar os jovens em todo o país, responder às diversas solicitações e preparar as credenciais de mais de 3.000 convidados e jornalistas que devem visitar a cidade entre 1 e 6 de agosto.

Mais de 300.000 peregrinos de 151 países já confirmaram a participação. A organização da JMJ acredita que o evento reunirá o dobro ou o triplo de pessoas, quase um milhão de jovens.

Entre os peregrinos já inscritos, "temos jovens de todos os países do mundo, inclusive das longitudes e latitudes mais distantes", declarou Aguiar. Ele destacou que os espanhóis são os mais numerosos, seguidos por italianos, franceses e portugueses.

O papa Francisco, de 86 anos e que passou por uma cirurgia no intestino no início de junho, já confirmou presença no evento.

A visita de cinco dias do pontífice argentino a Portugal incluirá uma agenda muito movimentada.

Entre os vários encontros previstos, Francisco se reunirá com vítimas de agressões sexuais cometidas por integrantes do clero português. Uma comissão de especialistas independentes estabeleceu que pelo menos 4.815 menores de idade foram vítimas de pedofilia dentro da Igreja no país desde 1950.

Os milhões de chineses formados que devem entrar no mercado de trabalho no mês que vem estão se preparando para uma situação difícil. Apesar da recuperação econômica, os jovens estão sem emprego. O governo informou esta semana que o índice de desemprego entre pessoas com as idades de 16 a 24 anos de 20,4% em abril. É o nível mais alto registrado desde que a China começou a anunciar essas estatísticas, em 2018. 

Acima da taxa pré-pandêmica, de 13%, o aumento foi surpreendente se comparado ao desemprego geral urbano, que caiu para 5% em abril. Com uma crescente base de jovens educados, a China não está criando uma quantidade suficiente de empregos de alto salário e alta qualificação que eles procuram. Assim, com as expectativas mais elevadas do que as gerações anteriores, em vez de aceitarem vagas com salários mais baixos, os jovens chineses estão preferindo esperar por mais oportunidades. 

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Para enfrentar o problema, o governo chinês está exigindo que as empresas estatais contratem mais graduados, além de incentivar os jovens a realizarem trabalhos braçais ou se mudarem para o interior. No entanto, os recém-formados parecem desinteressados nas ofertas e o mercado deve ficar ainda mais apertado. Neste verão no hemisfério norte, espera-se um recorde de quase 12 milhões de universitários pegando o diploma no país. 

Um juiz dos Estados Unidos declarou inconstitucionais leis federais que proíbem revendedores licenciados de vender armas curtas para menores de 21 anos, e afirmou que qualquer pessoa com mais de 18 anos deve ter este direito.

O juiz Robert Payne, do Distrito Leste da Virgínia, emitiu a decisão em um caso movido por quatro homens com mais de 18 anos, mas com menos de 21, quando eles queriam comprar armas curtas.

A lei federal proíbe que os revendedores autorizados vendam armas curtas a indivíduos com menos de 21 anos, no entanto pais podem comprá-las para os filhos, ou eles próprios podem comprá-las em vendas privadas ou feiras de armas.

Payne citou ontem uma decisão recente da Suprema Corte que ampliou os direitos dos proprietários de armas, bem como a Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos, a qual estabelece que "o direito das pessoas de manter e portar armas não será infringido".

A Everytown Law, organização de prevenção da violência armada, denunciou a decisão do juiz. "As armas de fogo não são apenas a principal causa de morte de crianças e adolescentes nos Estados Unidos, mas pesquisas mostram que adultos de 18 a 20 anos cometem homicídios armados a uma taxa três vezes maior do que aqueles cometidos por adultos de 21 anos ou mais", argumentou Janet Carter, diretora sênior de apelações.

"A decisão deste tribunal coloca vidas em risco de forma inquestionável”, disse Janet. "Ela tem que ser revertida." O caso pode acabar na Suprema Corte, dominada pelos conservadores desde que o ex-presidente republicano Donald Trump nomeou três de seus juízes.

A sentença foi divulgada em meio a uma onda de ataques a tiros em massa nos Estados Unidos e aos esforços do governo do presidente Joe Biden para persuadir o Congresso a proibir os tipos de arma usados com frequência nos ataques.

Em 2021, mais de 47.000 pessoas morreram devido à violência armada nos Estados Unidos, incluindo suicídios, de acordo com o site Gun Violence Archive.

Desde 2021, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que jovens que completaram 15 anos emitam o título de eleitor, mesmo que só possam votar, efetivamente, quando completarem 16 anos de idade.

Segundo o capítulo IV da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para jovens de 16 e 17 anos, mas são obrigatórios a partir dos 18 anos.

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Alistamento eleitoral

A solicitação do primeiro título eleitoral pode ser feita pela internet, pelo Autoatendimento do Eleitor, no sistema on-line TítuloNet. Ao acessar o sistema, o jovem deve selecionar a opção 'não tenho', na aba 'Título de eleitor' e preencher todos os campos indicados com dados pessoais, como nome completo, e-mail, número do Registro Geral (RG) e local de nascimento.

Além dessas informações, é preciso anexar fotografias ao requerimento para comprovação da identidade. Por fim, é necessário juntar um comprovante de residência. Homens até 18 anos estão dispensados de enviar o comprovante de quitação com o serviço militar. Contudo, torna-se obrigatório para eleitores do sexo masculino, a partir dos 18 anos.

Há, ainda, a opção de ir ao cartório eleitoral do município. O Alistamento Eleitoral deve ser feito até a data de fechamento do cadastro, que ocorre sempre no mês de maio do ano em que houver eleição. A próxima eleição no Brasil será em 2024 para eleger prefeitos e vereadores de mais de 5.550 municípios.  

A secretária da Corregedoria-Geral Eleitoral, responsável pela fiscalização da regularidade dos serviços eleitorais em todo o país, Roberta Gresta vê vantagem no alistamento eleitoral no período facultativo: 

“A realização do alistamento da pessoa aos 15 anos estimula o jovem, pois, ao completar 16, já estará apto a votar, tornando-se efetivamente pertencente à comunidade política brasileira e responsável pelo fortalecimento da democracia”.

O pedido de emissão do documento pode ser acompanhado pela internet. Para isso, basta clicar na guia 'Acompanhar Requerimento', no site do TSE, e informar o número do protocolo gerado na primeira fase do atendimento.

Caso não haja pendências, após o processamento dos dados, o jovem futuro eleitor pode baixar o aplicativo e-Título no celular e, assim, utilizar a versão digital do documento, dispensando o título em papel, inclusive em futuras votações, dentro da seção eleitoral do eleitor.

Introduzida inicialmente nos presídios de São Paulo, a droga conhecida como K2, K4, K9 ou "spice", extrapolou os presídios do Estado nos últimos meses e se espalhou pelas ruas. A Secretaria Municipal da Saúde, na última semana, publicou nota técnica na qual afirma ver "aumento de intercorrências" relacionadas à substância, "em especial junto à população infantojuvenil".

Apesar de conhecida como "maconha sintética", a K9 foi criada em laboratório no início dos anos 2000 e tem efeito até cem vezes mais potente do que o produzido pela planta Cannabis sativa. Como o Estadão mostrou anteriormente, a presença da droga no Estado começou nas cadeias e foi usada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) como "balões de ensaio" para testar os efeitos da substância.

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A matéria-prima para fabricar a K4 chega ao Brasil pelo contrabando ilegal em portos, aeroportos e fronteiras terrestres. Ela vem da Ásia, de partes da Europa e do norte da África em pequenas pedras que se assemelham a sais de banho e, uma vez no País, são "cozinhadas" em laboratórios normais "de fundo de quintal" até serem transformadas em um líquido transparente.

Esse líquido contém princípios ativos que imitam o efeito de drogas clássicas, como maconha ou LSD, mas com potência até cem vezes maior. Para entrar contrabandeado nos presídios, era borrifado em folhas de gramatura mais espessa, como papel de carta, que depois era picotado e fumado em um "cigarro".

Nas ruas de São Paulo, a K9 ou K4 é comumente borrifada sobre misturas de ervas, da mesma forma que a droga se disseminou em Nova York, daí o nome "spice" (ou "tempero", em inglês). Essa forma também contribuiu para que ela fosse chamada de "maconha sintética", apesar de não vir da Cannabis sativa.

Apenas de janeiro a abril, a Secretaria de São Paulo já registrou 216 suspeitas de intoxicação exógena por canabinoides sintéticos, dentre eles a K9. O total representa mais que o dobro de todo o ano passado, quando foram relatadas 98 ocorrências. "Os canabinoides sintéticos estão entre as principais classes de drogas que geram dependência", afirma a pasta.

A secretaria também aponta que a K9 pode causar comprometimentos neurológicos, como prejuízos na atenção, falha de memória e da execução e localização visuoespacial. "Tivemos casos graves de pessoas que perderam o controle motor pela forma como a droga agiu no sistema nervoso", disse ao Estadão em setembro o promotor Tiago Dutra Fonseca.

Presa quadrilha com 5,6 mil pinos da substância

A Polícia Militar prendeu, na noite da segunda-feira, quatro pessoas por tráfico de drogas em Campos do Jordão, município da região serrana do Estado de São Paulo. Entre as drogas apreendidas com o quarteto estavam 5,6 mil pinos de k9.

Os quatro suspeitos, presos em flagrante, são três mulheres - de 25, 26 e 32 anos - e um homem de 32 anos de idade. Além da k9, também foram encontrados na abordagem 66 pedras de crack, 695 porções de maconha, 896 papelotes de cocaína e 7 frascos de lança-perfume. Também foram apreendidos R$ 814, um caderno com anotações e quatro aparelhos celulares, de acordo com informações da polícia.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), os policiais viram os suspeitos dentro de um veículo estacionado na frente de um ponto conhecido pela venda de drogas, e realizaram a abordagem. O quarteto foi preso em flagrante por tráfico de drogas e levados para a delegacia. O caso foi registrado na delegacia de São José dos Campos, interior de São Paulo.

Efeito

Somente a K9 encontrada pode produzir um efeito cem vezes mais potente que outros entorpecentes clássicos, como maconha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma criança de 11 anos e uma jovem de 19 morreram após terem sido baleados, no Complexo do Chapadão, zona norte do Rio, na madrugada deste domingo, 30.

Além das duas vítimas fatais, a mãe da jovem, de 43 anos, foi atingida na perna por munição de arma de fogo e segue hospitalizada.

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As três estariam em uma festa na comunidade, quando homens passaram em uma moto atirando. A principal suspeita é que o ataque tenha a ver com uma disputa entre traficantes rivais da região. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.

De acordo com a Polícia Militar, a jovem, Kailany Fernandes, sua mãe, Erika Cristina, e a criança foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Costa Barros, onde fica o complexo de favelas. A criança e a jovem não resistiram e morreram. Erika foi transferida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde segue internada.

Policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar foram acionados para checar a entrada de Erika no hospital e, ao chegarem ao local do crime, constataram a morte das duas outras pessoas.

Os principais problemas de saúde mental de jovens têm origem na pobreza, na violência e nas normas de gênero, revela estudo que ouviu adolescentes no Brasil, na Índia e no Quênia. A pesquisa foi feita pela organização não governamental (ONG) Plan International, que defende os direitos das crianças e a igualdade para as meninas.

O estudo destacou alguns dos motivos das preocupações com a saúde mental de adolescentes e possíveis soluções, além da relação entre saúde mental e doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). 

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“O dado mais relevante da pesquisa é que os fatores externos que afetam a saúde mental e o bem-estar de jovens estão significativamente relacionados ao gênero. Jovens de ambos os sexos ouvidos pela pesquisa afirmam que meninas são particularmente afetadas pelo baixo status na sociedade, pela falta de autonomia e pelo risco de sofrer violência baseada em gênero. A pressão e as expectativas relacionadas aos meninos também são fontes de sofrimento quando eles não correspondem ao padrão esperado da sociedade”, diz a coordenadora do Programa Adolescente Saudável na Plan International Brasil, Angélica Duarte. 

O Estudo sobre Saúde Mental e Bem-estar de Adolescentes ouviu 67 adolescentes em grupos focais, sendo 19 no Brasil, 25 na Índia e 23 no Quênia. Entre os jovens de 10 a 19 anos, 15 foram selecionados para fazer entrevistas em profundidade. A pesquisa é parte do Programa Adolescente Saudável, uma iniciativa de investimento comunitário global da AstraZeneca desenvolvida em parceria com a Plan International. 

Jovens que responderam à pesquisa disseram que os principais fatores que levam ao sofrimento emocional são externos, causados pelo ambiente em que vivem. Entre os causadores de estresse estão a pobreza, a violência física e/ou sexual e as normas de gênero, que impedem as meninas de alcançar suas aspirações, e os meninos, de expressar emoções ou buscar apoio.

Entre as meninas, as restrições enfrentadas pela falta dificuldade de gerenciar o período menstrual, sobretudo pela falta de acesso a produtos para esse ciclo, também contribuem para que elas se sintam isoladas e deprimidas. 

“Com os meninos, há uma demanda para serem ‘machos’. Desde que são crianças, há essa exigência. Apesar de eu ainda ser criança e ser normal ter a voz fina, as pessoas diziam: ‘engrosse essa voz, fale como um homem! Seja homem’. Eles estimulam os meninos assim. Os meninos não podem chorar ou expressar emoções. E isso afeta sua vida adulta. Eu vi pesquisas que dizem que uma grande porcentagem de homens têm dificuldade para expressar suas emoções”, diz um dos brasileiros ouvidos na pesquisa.

Segundo Angélica Duarte, apesar das diferenças entre os países, todos os entrevistados disseram que questões externas como pobreza e violência baseada em gênero têm forte impacto na saúde mental e no bem-estar dos jovens. “Ainda que as violências e desigualdades se manifestem de maneiras diferentes em cada país e cultura, estes são fatores externos que desempenham papel significativo na saúde mental dos jovens.” 

Apoio

A pesquisa também apontou que os jovens não conseguem alcançar uma saúde mental positiva sem o apoio dos adultos que são importantes em sua vida. O estudo destaca que jovens adolescentes não sentem que têm os recursos necessários para lidar com problemas de saúde mental por conta própria. Dependendo do contexto, o apoio vem de pessoas importantes, como mães, pais e professores, além de líderes comunitários.

Um dos participantes da pesquisa lamentou a falta de diálogo em casa. “É difícil. Você pode até sentir vontade de falar, mas os jovens não querem falar. Dizem que você é ‘maricas’, se quiser conversar. Não tenho com quem conversar, apenas um amigo, que uma vez impediu que eu me matasse. Eu não falo muito com meus pais, porque eles não aceitam muito. Então, eu não falo nada, para a gente não brigar”, afirma outro menino participante. 

“Muitos jovens falaram sobre a falta de adultos confiáveis para compartilhar problemas, destacando que muitos são incapazes de ouvir sem recorrer ao julgamento ou à violência” ressalta a coordenadora do Programa Adolescente Saudável.

“Pais e responsáveis têm papel fundamental na criação de um ambiente seguro para que os jovens possam expressar sentimentos, problemas e inquietações sem se sentirem julgados ou ameaçados. Familiares também podem procurar apoio em serviços de saúde e orientar os próprios jovens a usar esses recursos, mas estabelecer um espaço de diálogo e acolhimento familiar é igualmente importante na promoção do bem-estar dos jovens”, afirma Angélica.

Álcool e drogas

A pesquisa revela que comportamentos de risco para as DCNTs, como tabagismo, uso excessivo de álcool, sedentarismo e alimentação pouco saudável, são estratégias para controlar o estresse, a ansiedade, a depressão, a insatisfação e o tédio. Para os adolescentes que responderam à pesquisa, tais comportamentos levam a uma espiral emocional descendente da qual é difícil sair. “Eles fazem isso para desviar a tristeza para outras coisas. Acham que vai ajudar”, disse um dos participantes.

As normas de gênero também impactam a saúde mental de adolescentes, revelou a pesquisa. Na prática, as meninas têm menos liberdade para fazer o que querem e os meninos não compartilham seus sentimentos, nem buscam ajuda de outros jovens, parentes e profissionais. Há ainda o medo de que uma fraqueza compartilhada com outras pessoas possa ser usada como arma contra eles. 

“O estudo mostrou que adolescentes do Brasil classificam a saúde mental positiva como sendo a sensação de se ‘sentirem leves’ e a saúde mental precária, como os momentos ‘em que a pessoa não está se sentindo equilibrada ou quando não consegue lidar com os problemas da vida’. Assim, reconhecem que as pessoas têm problemas diferentes e a forma como lidam com eles lhes trará uma qualidade de vida melhor ou pior”, afirma Angélica.

Adolescente Saudável

Para abordar a saúde mental e a saúde em geral de jovens, desde 2010, o Programa Adolescente Saudável já treinou mais de mil educadores pares no Brasil, divulgando informações de saúde sobre a prevenção de DCNTs e fatores de risco. 

Os educadores pares treinados multiplicaram seus conhecimentos para mais de 130 mil jovens com informações de saúde, contribuindo para mudanças comportamentais sustentáveis. O programa também alcançou mais de 4 milhões de jovens por meio de conteúdos em redes sociais e campanhas de conscientização.

O Programa Adolescente Saudável (chamado de PAS no Brasil e de YHP no resto do mundo) é uma iniciativa de investimento comunitário global desenvolvida em ambientes urbanos com foco em jovens de 10 a 24 anos na prevenção das DCNTs mais comuns: câncer, diabetes, doenças cardíacas e respiratórias e saúde mental.

Executado em parceria pela Plan International e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com base em pesquisas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, o programa combina ações de âmbito local, pesquisa e advocacy direcionadas aos fatores de risco, como tabagismo, uso nocivo do álcool, sedentarismo, dietas pouco saudáveis e exposição à poluição do ar, que podem levar a DCNTs na vida adulta.

Desde 2010, a Plan International implementa o PAS no Brasil, na Colômbia, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Mianmar, no Quênia, no Reino Unido, na Tailândia, no Vietnã e na Zâmbia. 

Recomendações

Com base nos problemas citados, a pesquisa da Plan International Brasil diz o que os jovens precisam fazer para melhorar a saúde mental: 

. Buscar e receber o apoio necessário, sem estigma e sem vergonha. Os problemas emocionais são comuns e muito debilitantes. 

· Promover discussões abertas sobre saúde mental e bem-estar nas famílias, escolas, instituições religiosas e outros lugares onde jovens se reúnem. 

· Acesso a serviços de apoio, que precisam incluir uma ampla gama de serviços, como planejamento familiar ou tratamento de acne.

  · Proporcionar aos jovens formas saudáveis de lidar com o estresse, como a zumba, para que assim possam fazer mais exercícios, se divertir e fugir do tédio e da tristeza, diz uma das participantes do estudo. 

· Reconhecer que a adolescência e a fase de crescimento são momentos muito estressantes para jovens.

O papa Francisco ouve com atenção e responde sem hesitar às questões de jovens hispânicos que o questionam sobre aborto, identidade de gênero, homossexualidade e feminismo, em um documentário que vai ao ar nesta quarta-feira (5).

Em "Amém: Perguntando ao Papa", disponível na plataforma Disney+, 10 jovens católicos, ateus e muçulmanos, com idades entre 20 a 25 anos, confrontam o papa argentino de 86 anos com um público diferente do habitual nos salões do Vaticano.

"Você conhece o Tinder?", pergunta Celia, por exemplo, referindo-se ao aplicativo de relacionamento.

Depois de admitir que não sabe do que se trata, Francisco afirma que "os jovens têm essa vontade de se conhecerem e isso é muito bom".

O documentário de 80 minutos, coproduzido pelos espanhóis Jordi Évole e Màrius Sánchez, aborda temas como feminismo, migração, saúde mental e direitos LGBTQIA+.

E tem momentos inesperados, como quando uma criadora de conteúdo adulto explica ao papa sua relação com a masturbação.

- Sem espaço para o ódio -

Évole e Sánchez indicam que seu objetivo era "aproximar dois mundos que não costumam se comunicar e ver uma das pessoas mais influentes do mundo conversar com um grupo de jovens cujo modo de vida às vezes se choca com os princípios da Igreja".

Os interlocutores do papa, a maioria da América do Sul, foram selecionados entre 150 jovens adultos pelas perguntas que desejavam fazer.

Mas "em nenhum momento escolhemos as perguntas", insistem os cineastas.

Celia, que se define como uma pessoa não binária, pergunta a Francisco o que ele acha dos membros da Igreja "que promovem o ódio e usam a Bíblia para apoiar" esse tipo de discurso.

"São infiltrados que usam a Igreja para suas paixões pessoais", criticou o papa, que às vezes parecia perplexo e outras divertido com as perguntas.

Francisco mantém seu habitual discurso de abertura sobre orientação sexual e identidade de gênero: "Toda pessoa é filha de Deus. Deus não rejeita ninguém, Deus é pai. Não tenho o direito de expulsar ninguém da Igreja", afirmou.

Longe de ficar chocado, o pontífice sempre parece ouvir e responder caso a caso. Por um lado, reconhece a riqueza dos estilos de vida que lhe são descritos. Por outro, adverte contra alguns excessos.

Temas como aborto ou gestão dos casos de pedofilia da Igreja provocam intensos debates, como quando Juan, vítima de um religioso, o questiona sobre seu caso, arquivado pela Santa Sé.

"Me dói o que me diz, uma sentença assim tão leviana", responde Francisco, especificando que aguarda uma decisão final "para que o caso seja revisto".

- Humor e confidências -

O documentário foi feito a partir de uma conversa de quatro horas ocorrida em junho de 2022 no bairro popular de Pigneto, em Roma.

O filme estreia coincidindo com a Semana Santa e poucos dias depois de Francisco ter recebido alta do hospital de Roma, onde ficou internado durante três dias devido a uma bronquite.

"Nós o tratamos com menos reverência do que ele está acostumado (...). Quando nos reunimos com ele usamos o senso de humor, o sarcasmo, falamos de assuntos mundanos, às vezes sobre igreja, sobre futebol", explicou Màrius Sánchez à AFP.

"Acho que ele se diverte conosco. Ele confia em nós. Ele considera que somos honestos", acrescentou.

O documentário começa com imagens inéditas de Francisco sentado em sua escrivaninha e no refeitório da residência Santa Marta, onde mora no Vaticano.

Há também momentos cheios de humor e em que Francisco confidencia detalhes de sua vida pessoal.

"Não tenho salário. Mas isso não me preocupa porque posso comer de graça. Em geral, meu estilo de vida é bastante modesto, de funcionário de nível médio", admite Jorge Bergoglio.

Também revela que não tem celular. "Sou um pouco anacrônico", admite.

Quanto a sua conta no Twitter, com cerca de 54 milhões de seguidores, confessa entre sorrisos que "são os secretários que a administram".

Para realizar alguns sonhos - como viagens, ou comprar um imóvel próprio - a produtora audiovisual Lívia Silva, de 28 anos, prefere manter seu dinheiro em um ambiente "mais seguro". A jovem usa apenas investimentos de alta liquidez e lastreados pela Selic. Assim, ela mantém suas economias no CDB de um banco digital.

Para ela, mesmo guardando dinheiro para realizar projetos de longo prazo, no futuro, investir na Bolsa de Valores está fora de cogitação. "Eu gosto de saber que posso usar meu dinheiro a qualquer momento. Além de não ter medo de que o preço caia e eu vá 'perder' nada do dia para a noite", diz.

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A visão de Lívia é compartilhada por milhares de jovens no País, que no último ano têm deixado de diversificar seus investimentos na Bolsa diante de um cenário não muito "convidativo" no mercado de capitais.

Um levantamento feito pela B3, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, mostra que a idade média do investidor na Bolsa de valores vinha em trajetória de queda, recuando quase 11 anos desde 2016 até 2021, passando de 49,66 anos, para 37,93 anos, mostrando um rejuvenescimento na Bolsa.

No ano passado, no entanto, esse indicador voltou a subir. Ao analisar o número total de investidores pessoa física, em 2022, a B3 registrou uma idade média de 39,68 anos de idade.

Na comparação entre os anos, em 2021, a B3 tinha pouco mais de 5 milhões de brasileiros com contas cadastradas na B3, dos quais 62% dos investidores tinham menos de 40 anos de idade. Já em 2023, conforme os últimos dados da B3, o porcentual de contas de pessoa física cadastradas para a mesma faixa etária é de 59% do total de contas.

Apesar do curto espaço de tempo, esse "envelhecimento" do perfil na B3 também se mantém quando analisados os dados preliminares para 2023. Nos dois primeiros meses deste ano, a idade média do público subiu para 40,48.

Cenário ruim

Cauê Mançanares, CEO da gestora de investimentos Investo, diz que 2022 foi um ano atípico que afastou investidores. "O ano passado foi o pior ano desde 1971 para rendimentos em renda variável e renda fixa. Para muita gente, é difícil de 'engolir' uma performance muito ruim depois de 14 anos de alta nos mercados globais. Todos os investidores têm se afastado da Bolsa por medo, não só os jovens."

Para Jayme Carvalho, da Planejar, não só o jovem, mas o público em geral têm olhado mais para a renda fixa em 2023. O planejador afirma ainda que, independentemente da idade, o investidor precisa ter clareza em relação aos motivos que o levam a investir para obter os melhores resultados no prazo desejado.

Marília Fontes, da Nord Research, ressalta que a fuga de jovens da Bolsa tem ligação com o aumento do desemprego entre as pessoas com menos de 40 anos. "O que mais percebo é gente querendo complementar a renda na aposentadoria. A bolsa não ficou tão bem e muitas pessoas foram para títulos de longo prazo e de aposentadoria", diz.

Já Marco Noernberg, da Manchester, diz que os ciclos de alta e queda da Bolsa pode "assustar" os jovens investidores. "Neste momento, nada favorece a bolsa de valores."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tarde de 19 de agosto de 2022, Adriana tinha chegado de uma viagem de férias dos Estados Unidos quando recebeu a notícia: seu filho Henrique, de 18 anos, tinha acabado de invadir a Escola Municipal Éber Louzada Zippinotti, em Vitória (ES), com seis facas ninjas, arco com 59 flechas, 3 bestas e 4 coquetéis molotov. Após ter acesso negado no portão, ele escalou a grade de seu ex-colégio e chegou a ameaçar estudantes e funcionários, mas acabou detido por policiais e seguranças e ninguém se feriu. Autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, está preso.

Um relatório da transição de governo federal relata 35 mortes em ataques em escolas de 2000 a 2022; ao todo, 72 pessoas ficaram feridas em 16 episódios. Nesta semana, Adriana reviveu todo o drama, ao saber do ataque à Escola Thomazia Montoro, na Vila Sônia, com a morte de uma professor. Para ela, que pediu para não ter seu sobrenome divulgado por ameaças, discussões como a da redução da maioridade penal não resolverão o problema.

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Mas os pais precisam ficar alertas. "Meu filho nunca teve problema de saúde, a gente não tem problema de dinheiro, a gente não tem problema de educação, não tem problema de amor. O que levou meu filho a fazer isso eu não sei. Do mesmo jeito que um monte de mãe e pai aí está achando que esse comportamento (do filho) é normal e ele pode ser o próximo agressor." Veja a seguir trechos da entrevista com a enfermeira, cuja íntegra vai ao ar na coluna Mulheres Reais, da Rádio Eldorado, na próxima segunda-feira, às 8 horas.

Como tem sido sua vida desde 19 de agosto, quando seu filho atacou a escola?

Na hora que cheguei, ele não estava e eu perguntei para o irmão: "Cadê o Henrique?". "Ah, mãe, foi no supermercado". Eu: "Tá, tudo bem". Quando minha sogra depois ligou e o pai dele ligou, dizendo que estava sendo conduzido para a delegacia porque tinha invadido uma escola, é que eu fiquei sabendo. Foi um susto. É uma situação tão bizarra, tão irreal que você não acredita. Depois você vai tentar rever o que houve, o que estava acontecendo, os sinais que ele estava apresentando e eu não percebi. E esse é o objetivo da minha exposição aqui: gostaria de alertar os pais para enxergarem esses sinais que o meu filho deu e eu não consegui enxergar.

Você pode detalhar?

Eram coisinhas típicas de adolescente que a gente não leva em consideração. O Henrique sempre foi muito tímido. Era difícil até de fazer e manter amizades. Ele tinha a roda de amigos dele. Quando saiu dessa escola e no ensino médio foi para uma particular era totalmente diferente. Logo depois veio a pandemia. Então ele começou a se fechar muito, ficava só dentro do quarto ou no banheiro trancado. Sempre com um computador ou com o celular, sempre. Depois começou a se vestir de preto, só pedia para comprar roupa preta. Ele pediu um coturno também que o pai deu, mas eu achava que fosse estilo dele, entendeu? Também começou a ficar muito mais introspectivo. Aí pediu suspensório, pediu cinto preto e, no aniversário de 18 anos, pediu uma capa de couro preta enorme. Eu falei: "Meu filho, eu não vou te dar porque em Vitória não tem frio para usar um negócio desses." Ele pediu o livro do (Adolf) Hitler para ler e falei: "Meu filho, nazismo no Brasil é crime. Nem se quisesse eu poderia fornecer esse material para você, porque é proibido. E ele: "Não, mãe, eu queria entender a mente do Hitler". E eu falei: "Ah, então você vai fazer pesquisa, mas o livro eu não vou te dar".

E as armas?

É um assunto meio conflitante. Porque eu também gosto, entendeu? Meu pai é militar, o pai dele é militar e eles queriam seguir carreira militar. Então eu meio que incentivei também. Eu levava eles para atirar, não com arma de verdade, mas com aquelas de bolinha, de chumbinho e tal. Mais por conta do desejo deles de seguir a carreira militar. Então a gente sempre teve muito convívio com esse assunto de armas, mas não a ponto de ter uma arma. Então ele começou a andar muito de preto... Mesmo depois que passou o negócio de máscara (da covid), ele continuou usando máscaras pretas. Enfim, introspecção, não saía do quarto para nada. Nos últimos seis meses mais ou menos (antes do ataque) ele começou a ficar agressivo, resposta ríspida, sem nenhum contato afetivo, não dava boa noite, não dava beijo, não se despedia, coisa que a gente sempre teve o costume de fazer.

Como você interpretou?

Coisa de adolescente normal. Mas o que eu vejo hoje é a frieza. Ele não sorria mais, nem em foto ele sorria mais. Ele não expressava nenhum afeto, nenhum carinho por ninguém. (...) realmente estava muito frio, não me dava atenção, mas achei que estivesse de birra, que fosse coisa de adolescente. Porque eu também fui adolescente. A gente pintava às vezes o cabelo de papel crepom roxo, usava algumas roupas esquisitas, mas era esse negócio de ter uma turma, uma tribo. Eu achei que fosse isso e respeitei... Infelizmente.

Quanto você acha que comunidades de ódio da internet incentivaram seu filho no ataque?

Eu nunca conversei com ele sobre esse assunto. Até porque o tempo de visita (na prisão) é muito curto. Eu vejo meu filho uma vez por mês por 30 minutos. Então eu tento valorizar esse tempo que estou com ele. Mas realmente nessas comunidades do submundo da internet, algumas desse Discord principalmente, que depois eu fiquei sabendo que ele frequentava e (onde) até comandava grupos, tem essa alienação que eles fazem desses jovens. Eu não sei como que eles capturam esses jovens, não sei como que eles seduzem esses jovens, mas parece que pescam mesmo essas possíveis vítimas para poderem fazer de soldado deles. É isso o que eu vejo hoje.

Como você vê a indicação de especialistas de que expor imagens de ataques incentiva novos ataques?

Eu observei que tem um padrão de método. Por exemplo: todos escrevem tipo um diário antes, mais ou menos umas 30 páginas justificando o ato. Tem um intervalo de tempo entre um ataque e outro. E um estimula o outro. Cada ataque desses estimula o próximo porque eles criam um score, vamos dizer assim, eles têm uma pontuação: quanto mais eles matam, mais a nota é alta. E, se eles morrem em confronto, aí sim viram heróis. O de Suzano (que matou sete pessoas em 2019) é venerado, os dois de Columbine (que mataram 12 alunos e um professor em 1999 nos Estados Unidos) também são idolatrados. Então esses que conseguem matar e morrer são os heróis deles, são os ídolos, e eles tentam atingir esse patamar. Por isso que falar de (redução da) maioridade penal ou de (restrição ao) acesso a armas não vai adiantar porque matar e morrer é o que vão fazer eles se sentirem bem, entendeu? Por exemplo, meu filho entrou com uma besta que ele comprou na internet e entrou com faca que ele comprou na internet. O coquetel molotov fez em casa. Não vai ser restringindo o acesso a arma de fogo que vai diminuir isso e a maioridade penal também não cabe nesse caso. Porque, quanto mais novo (o assassino) e mais vítimas morrerem, melhor para eles.

Tem algo mais que você gostaria de acrescentar?

O que esses meninos fizeram são coisas horríveis. Mas que eles não sejam sacrificados. Eu não estou dizendo que são vítimas não, mas esses meninos estão doentes, a juventude está doente. A questão de saúde mental é importantíssima. Quando chegam a cometer um ato desses é porque já chegaram ao ápice do desequilíbrio. O mal que eles estão fazendo é um reflexo de alguma coisa na sociedade que está dando errado. Se depois desta entrevista eu conseguir evitar um ataque, já vou estar realizada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma pesquisa realizada pela Nube apontou que 54,12% dos jovens entre 15 a 29 anos se mostram preocupados com as finanças e fazem as contas para não gastar além do que ganham. O estudo contou com a participação de 30.122 pessoas.

Segundo Jackeline Barreto, do apoio à consultoria do Nube, existem diversos motivos para isso. “Com controle, conseguimos ter liberdade de realizar nossos desejos, sem aquela preocupação com a falta de dinheiro ou o aperto no final do mês”, afirma.

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A pesquisa revelou também que 24,41% dos participantes utilizam planilhas para organizar quanto ganham e quanto gastam por mês e saber se podem comprar algo novo ou investir em outras coisas.

Para Jackeline, essa metodologia também funciona. “Eu utilizo o Excel para colocar todas as minhas despesas fixas (de cada mês), faço a soma dos valores e subtraio do meu salário. Dele, não poderei contar com X reais”, explica.

O uso prolongado de telas é um dos fatores de risco para a saúde da coluna, mostra estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)  e publicado na revista científica Healthcare. 

Entre os fatores de risco está o uso de telas por mais de três horas por dia, a pouca distância entre o equipamento eletrônico e os olhos, a utilização na posição deitada de prono (de barriga para baixo) e na posição sentada. O foco do estudo foi a chamada dor no meio das costas (thoracic back pain, ou TSP). 

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Foram avaliados 1.628 estudantes de ambos os sexos entre 14 e 18 anos de idade, matriculados no primeiro e segundo ano do ensino médio no período diurno, na área urbana do município de Bauru (SP), que responderam a questionário entre março e junho de 2017. 

Desses, 1.393 foram reavaliados em 2018. A pesquisa constatou que de todos os participantes, a prevalência de um ano foi de 38,4%, o que significa que os adolescentes relataram TSP tanto em 2017 quanto em 2018. A incidência em um ano foi de 10,1%; ou seja, não notificaram TSP em 2017, mas foram encaminhados como casos novos em 2018. As dores na coluna ocorrem mais nas meninas do que nos meninos.

“A diferença entre os sexos pode ser explicada pelo fato de as mulheres relatarem e procurarem mais apoio para dores músculo-esqueléticas, estarem mais expostas a fatores físicos, psicossociais e de stress, terem menos força do que os homens, apresentarem alterações hormonais resultantes da puberdade e baixos níveis de atividade física”, diz um dos autores do artigo, Alberto de Vitta, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com pós-doutorado em saúde pública pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu.

Pandemia 

TSP é comum em diferentes grupos etários na população mundial. Estima-se que afete de 15% a 35% dos adultos e de 13% a 35% de crianças e adolescentes. Com a pandemia do covid-19, crianças e adolescentes têm usado celulares, tablets e computadores por um tempo maior, seja para atividades escolares ou para o lazer. Com isso, é comum adotarem posturas inadequadas por tempo prolongado, causando dores na coluna vertebral.

O tempo gasto com dispositivos eletrônicos (por exemplo ver televisão, jogar videogames, utilizar o computador e smartphones, incluindo comunicações electrônicas, e-games, e internet) pode ser classificado da seguinte forma: baixo (menos de 3 horas/dia), médio (acima de 3 horas/dia até 7 horas/dia) e alto (acima de 7 horas/dia), considera o pesquisador.

Segundo De Vitta, é possível que a incidência da TSP tenha aumentado com a pandemia, mas ainda não há estudos. “Podemos supor que aumentou, devido à atividade escolar em casa, no entanto não há dados sobre isso. Estamos organizando um estudo multicêntrico que será realizado em cidades de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e do Rio Grande do Sul”, informou o pesquisador, que atualmente leciona e pesquisa no Departamento de Fisioterapia da Faculdade Eduvale de Avaré (SP) e no programa de pós-graduação em Educação, Conhecimento e Sociedade da Universidade do Vale do Sapucaí (Pouso Alegre, MG).

Fatores

A TSP tem tratamento, diz o professor. “Há vários tipos de tratamentos como, por exemplo, a reeducação postural global, o pilates e a fisioterapia baseada em recursos eletrotermofototerapêuticos: ultrasom, laser, entre outros”. 

Fatores de risco físicos, fisiológicos, psicológicos e comportamentais ou uma combinação deles podem estar associados à TSP. “As dores musculoesqueléticas, como na coluna torácica, lombar e cervical, são multidimensionais”, explica o pesquisador. 

“Os fatores físicos (carteiras inadequadas, mochilas com peso acima do recomendado e outros), comportamentais (utilizar os equipamentos eletrônicos acima de três horas por dia, posturas inadequadas) e os fatores de saúde mental (sintomas emocionais, stress etc) estão associados a essas dores”.

A conjugação de físicos e comportamentais gera um aumento da força de compressão dos discos intervertebrais, levando à desnutrição dos discos, comprometendo a integridade do sistema músculo-esquelético, predispondo o indivíduo à fadiga e a níveis de dor mais elevados.

“Parece haver uma relação entre sintomas emocionais e manifestações físicas, como o aumento da secreção do cortisol hormonal e alterações na regulação hormonal do glândulas supra-renais, que geram efeitos inibidores sobre o sistema imunitário, a digestão e sintomas de desgaste corporal excessivo, cansaço, fadiga, dores musculares e articulares. Todos esses fatores estiveram relacionados aos dados das nossas pesquisas relacionadas às dores lombares, cervicais e torácicas em estudantes do ensino médio”.

Puberdade precoce

A puberdade é um estado natural do corpo humano que, por consequência de alterações hormonais, tende a se apresentar a partir dos 8 anos de idade em meninas e 9 anos em meninos

Entretanto, as crianças estão entrando nessa fase cada vez mais cedo. Ganho de peso, consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo estão entre as principais causas. Mas, outro fator tem chamado a atenção dos pesquisadores.

De acordo com o resultado de uma pesquisa apresentada durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, a puberdade precoce pode estar sendo estimulada pela alta exposição às telas, como tablets e celulares.

“Estudos mostram que a luz azul das telas diminui a produção de melatonina, hormônio relacionado ao ciclo do sono. A menor produção de melatonina pode ser um sinal para o corpo de que já está na hora de entrar na puberdade. Além disso, o ganho de peso e a ansiedade que podem estar associados ao excesso no uso de telas também alteram a produção de determinados hormônios como a leptina e a serotonina, que podem ocasionar a puberdade de forma precoce”, explica a endocrinopediatra do Sabará Hospital Infantil, Paula Baccarini.

A especialista afirma que, devido ao isolamento durante o período pandêmico, as crianças passaram a se alimentar de forma menos saudável, gerando outros efeitos colaterais que também alteram os hormônios: “O estresse e a ansiedade também são fatores que podem adiantar o início da puberdade, somados ao sedentarismo, à piora do padrão alimentar e ao ganho de peso”, acrescenta.  

Rotina

O ideal é que a criança mantenha uma rotina com hábitos saudáveis de vida, com atividade física, sono adequado e alimentação natural, com consumo reduzido de produtos industrializados, o que naturalmente já reduz o tempo livre para uso de telas, aconselha a médica. “É importante lembrar que a criança aprende com o exemplo dos pais. Então, é fundamental que o controle do tempo de tela seja de toda a família e não apenas da criança,” completa. 

Outras atividades podem ajudar a dimunuir esse tempo. “Criar rotinas como hábito de leitura, brincadeiras recreativas, jogos de tabuleiro, desenho, quebra-cabeças. Além disso, usar o fim de semana para reunir a família fora de casa, se possível em contato com o sol e a natureza podem ajudar”, sugere a endocrinopediatra.

Caso os pais identifiquem sinais de puberdade precoce - como aparecimento do broto mamário, desenvolvimento de pelos pubianos, crescimento acelerado, acne, eles devem procurar um endocrinologista pediátrico para fazer o diagnóstico, identificar a causa e avaliar a necessidade de tratamento.

“O tratamento é indicado nos casos em que a puberdade ocorre precocemente ou evolui em ritmo muito acelerado, com risco de a primeira menstruação acontecer cedo ou de ocorrer parada do crescimento antes da idade prevista, com perspectiva da criança crescer menos do que a previsão genética. Consiste em um tratamento hormonal que bloqueia a produção desses hormônios associados ao desenvolvimento da puberdade”, explica a especialista.

Uma vez iniciada a puberdade, não há como reverter o quadro, apenas tratar com o bloqueio puberal quando indicado, aponta a médica. “Por isso, a importância do estabelecimento de hábitos saudáveis de vida durante a infância, como forma de tentar reduzir o risco de a puberdade ocorrer precocemente. Importante dizer que essas mudanças do hábito de vida também estão relacionadas à diminuição de outras condições, como a obesidade”. 

É considerada precoce a puberdade que surge antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos; e atrasada, a puberdade que tem início após os 13 anos em meninas e após os 14 anos, em meninos. 

A médica considera o risco de adiantamento da menstruação e da parada precoce do crescimento, com prejuízo da altura final da criança, além dos riscos psicossociais associados à puberdade precoce. Se necessário, indicará tratamento para bloquear, por um tempo, o desenvolvimento puberal. 

Estudo de uma empresa de análise de mercado feito nos Estados Unidos revela que adultos passarão mais tempo assistindo a vídeos online do que televisão, em 2023. O motivo é que plataformas como YouTube, Netflix e Tik Tok estão tomando o lugar da TV aberta.

De acordo com o brasileiro Lucas Moreira de Queiros, essa é uma tendência mundial.

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"Hoje em dia eu praticamente não assisto mais televisão aberta. Sempre que eu pego o controle remoto é pra colocar em algum canal de streaming e aí acabo vendo algum filme ou maratonando alguma série."

Gabriela Borges, coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual e professora da Universidade do Algarve, confirma essa tendência.

"Os dados apontados pela pesquisa dos Estados Unidos não me surpreendem, porque na verdade mostram uma certa tendência mundial no crescimento do consumo, principalmente de imagens ou de vídeos – de produção audiovisual de um modo geral".

Ela cita outra pesquisa recente, feita em 2022, pela Ofcom, a agência reguladora britânica. O levantamento mostra que jovens entre 16 e 24 anos assistem quase sete vezes menos televisão do que pessoas com 65 anos ou mais, passando menos de uma hora em frente à TV.

"Eu acho que esse dado também é importante, porque os jovens já não assistem a televisão, mas eles migram e eles assistem conteúdo audiovisual nas plataformas de streaming ou conteúdos on demand e em vídeos de redes sociais.

Gabriela Borges cita ainda levantamento da empresa Comscore mostrando que 96% dos brasileiros consomem conteúdos jornalísticos em dispositivos móveis. Por isso, ela defende políticas públicas que promovam a educação midiática.

"[Os dados] também evidenciam a necessidade do Brasil começar a pensar em políticas públicas, que promovam, de certo modo, a educação midiática, porque diferentemente do que é exibido na televisão, que tem um crivo jornalístico – principalmente se a gente pensa na questão das notícias – nas redes sociais a produção de informação é feita de forma desordenada, isto é: qualquer um pode produzir conteúdos. Mas mais alarmante do que qualquer um produzir conteúdos é o fato de que existem cada vez mais canais de desinformação".

Na opinião de Gabriela Borges, a tendência é para um consumo cada vez maior das redes sociais nos próximos anos.

*Com produção de Daniel Lima.

As equipes de bombeiros italianos especializadas em busca e resgate localizaram dois jovens sob escombros de prédios em Antioquia, na Turquia, nesta quarta-feira (8) - mais de 48 horas após um terremoto e uma série réplicas devastar o país e a Síria.

O primeiro foi um jovem homem, que está sob diversos andares de um prédio que desabou na última segunda-feira (6). Os trabalhos para retirá-lo do local estão em andamento e são particularmente complexos por conta da instabilidade dos destroços.

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Já a jovem mulher também está sob escombros de outro prédio que desabou e, segundo a líder da equipe italiana, Cristiana Lupini, disse à ANSA, ela está sob uma estrutura não muito distante de onde o homem foi identificado.

O grupo de socorristas italianos é formado tanto por especialistas do Corpo de Bombeiros como da Defesa Civil e conta com cerca de 60 pessoas. Os profissionais chegaram a Adana nesta terça-feira (7) e foram designados para a Antioquia, localidade que fica a cerca de 100 quilômetros da fronteira com a Síria.

Até o momento, as autoridades turcas informaram que são mais de 8,5 mil mortes no desastre natural. Outras 2,6 mil morreram no território sírio - tanto em áreas controladas pelo governo como naquelas lideradas por rebeldes. Com isso, já são mais de 11,2 mil vítimas do terremoto de 7.8 graus na escala Richter.

Da Ansa

O processo preparação para o mercado de trabalho costuma acompanhar muitas expectativas. Para obter sucesso, os jovens devem investir na educação e em programas que proporcionem conhecimentos teóricos e práticos acerca do mundo profissional. O LeiaJá reuniu 3 projetos sociais que promovem capacitação no Recife. Confira: 

Espro  

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O Ensino Social Profissionalizante (Espro) é uma instituição que auxilia jovens em situação de vulnerabilidade social a ingressar no mercado profissional de forma gratuita. A iniciativa é voltada para pessoas entre 14 e 24 anos, que cursam o ensino fundamental ou concluíram o ensino médio, e estão em busca do primeiro emprego. 

Os participantes do projeto realizam o curso de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT), e em seguida, têm a oportunidade de escolher entre o programa de estágio e o Programa de Jovem Aprendiz, denominado Socioaprendizagem. A formação reúne 100 horas/aula, das quais serão ministradas disciplinas como marketing pessoal e postura profissional; trabalho em equipe; empreendedorismo; educação financeira; processos de comunicação; entre outras. 

O curso é realizado na sede da Espro, localizada na avenida Dantas Barreto, 507, bairro de Santo Antônio, centro do Recife. Os interessados podem se inscrever no site da instituição.  

Programa Conexões Periféricas 

O Programa Conexões Periféricas é uma iniciativa promovida pela Prefeitura do Recife através da Secretaria Executiva de Juventude, e em parceria com a ThoughtWorks desde 2018. O projeto contempla jovens moradores do Recife, na faixa etária entre 16 e 25 anos, com um curso gratuito de programação web. 

Em sua 3ª edição, serão ofertadas 25 vagas para formar a turma. Dentre elas, 75% serão reservadas para candidatos negros, população LGBTQIAP+, e pessoas com deficiência. As inscrições já estão abertas, e podem ser realizadas através do formulário até o dia 24 de fevereiro. 

 Aulas terão início no dia 13 de março, e serão realizadas das 18h às 20h na Casa Zero, localizada na Rua do Bom Jesus, número 237, no Bairro do Recife. Ao longo de três meses, acontecerão três encontros semanais, um total de 72 horas/aula. Além da formação, ainda serão oferecidas bolsas de incentivo para os selecionados no programa.  

Embarque Digital 

A Prefeitura do Recife, em parceria com o Porto Digital, está realizando a 2ª edição do programa Embarque Digital, um projeto que oferece bolsas de estudo na área de tecnologia para estudantes da rede pública de ensino. 

Neste semestre, serão ofertadas 350 vagas para os cursos de nível superior em sistemas da Internet e análise e desenvolvimento de sistemas. As oportunidades são para a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Faculdade Senac, e a Universidade Tiradentes (Unit). 

Os requisitos para concorrer incluem residir no Recife; ter cursado todo o ensino médio na rede pública nos últimos 05 anos; e ter realizado o Enem entre 2017 e 2021, ou o Sistema Seriado de Avaliação (SSA) entre 2017 e 2020. Os interessados podem se inscrever no site da Prefeitura do Recife ou através do aplicativo Conecta Recife.  

 

Um tribunal iraniano condenou a 10 anos de prisão duas pessoas vistas dançando em um vídeo, gravado em frente a um conhecido monumento de Teerã – informaram ativistas nesta terça-feira (31), acrescentando que o gesto foi interpretado como uma provocação ao regime.

Astiyazh Haghighi e seu namorado, Amir Mohammad Ahmadi, ambos com aproximadamente 20 anos, foram presos no início de novembro por causa de um vídeo que se tornou viral nas redes. Nele, os dois dançam romanticamente em frente à Torre Azadi, na capital iraniana.

O vídeo do casal dançando foi exaltado como um símbolo das liberdades reivindicadas pelos manifestantes. Nele, Ahmadi levanta sua namorada no ar, e o cabelo da jovem fica solto ao vento.

Haghighi não usava lenço na cabeça, uma infração das rígidas regras de vestimenta impostas às mulheres na República Islâmica. Neste país, as mulheres também não podem dançar em público, muito menos com um homem.

Um tribunal revolucionário de Teerã condenou os namorados a 10 anos e seis meses de prisão, além de proibi-los de usarem a Internet e de saírem do país, informou a ONG Human Rights Activists News Agency (HRANA), com sede em Washington.

O casal tinha muitos seguidores no Instagram. Ambos foram condenados por "incentivarem a corrupção e a prostituição pública" e por "se reunirem com a intenção de perturbar a segurança nacional", acrescentou a organização.

Ao citar fontes próximas às famílias, a HRANA afirmou que os suspeitos não tiveram acesso a um advogado durante o julgamento. Também foi-lhes negada a possibilidade de serem soltos sob fiança.

A ONG indicou que Haghiani foi levada para a prisão para mulheres Qarchak, nas proximidades de Teerã.

O Irã vive um grande movimento de protesto desde setembro, após a morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial. Ela foi presa, acusada de violar o código de vestimenta vigente na República Islâmica.

Nosso dia a dia é composto por tomar decisões. Escolher o que comer, o que vestir e onde ir são decisões que integram o viver humano, mas no mundo acadêmico e profissional existe uma gama de jovens que parecem não saber o que fazer da vida. Um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Económico (OCDE) aponta que, com 35,6%, o Brasil é o segundo país com maior percentual de jovens “Nem-Nem” do mundo, ficando apenas atrás da África do Sul, com 36% das pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos que nem estudam e nem trabalham no país.

Segundo o professor e sociólogo, Sidarta Soria, esse fenômeno é trazido pela desigualdade social encontrada no Brasil, já que 70% dos jovens que estão fora das escolas e do mercado de trabalho, pertencem a famílias de baixa renda.

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"Cerca de 70% desse contingente de jovens que não estudam e nem trabalham, pertencem à famílias mais pobres. A desigualdade social seria o primeiro fator estrutural para a incidência desse fenômeno, uma vez que temos uma maior concentração de jovens nessa condição nas famílias mais pobres", pontuou.

Um outro ponto que intensifica esses fatores, segundo Sidarta, é a conjuntura econômica do contexto. Para ele, a pandemia da Covid-19 provocou uma desaceleração na atividade econômica, o que intensificou a problemática de jovens fora do mercado de trabalho.

"Esse fenômeno Nem-Nem é intensificado pela conjuntura econômica adversa. A pandemia, por exemplo, não cria a situação, mas uma vez que ela acabou obrigando uma desaceleração econômica, por razões óbvias, como a população acabou tendo que ficar mais recolhida para diminuir a exposição ao vírus, houve uma desaceleração da atividade econômica e o problema fica intensificado batendo mais forte no contingente mais jovens", destacou.

Para além disso, o docente pontua a falta de perspectiva vista atualmente entre os jovens. O desalento com o mercado de trabalho e a evasão escolar são apontados por ele como os principais motivos que levam os mais novos a não irem em busca de desenvolvimento acadêmico e profissional. 

"Entre os fatores prováveis para explicar essa situação estão o desalento com o mercado de trabalho e a evasão escolar. No caso do Brasil, a evasão escolar bate mais forte levando em consideração que a maioria dos jovens nessa situação pertencem às famílias mais pobres, devido a insuficiência de recursos para manter crianças na escola e outros cursos básicos de sobrevivência". destacou.

Para a psicóloga Joana Helisa, a falta de investimento nos jovens tem sido uma das causas do esfriamento na procura pelo futuro profissional entre a faixa etária mais jovem. Segundo ela, o senso de urgência e imediatismo inserido na sociedade atual, tem intensificado ainda mais esse movimento.

“A geração de jovens tem forte papel no desenvolvimento das diversas áreas como a ciência e pesquisa, esportes, cultura, economia entre outros. O fator comportamental que chama atenção é a forma como essa atitude vem sendo naturalizada e aceita, uma vez que não há investimento suficiente na geração que não parece ser orientada, incentivada ou questionada sobre sua condição de vida atual, nos faz pensar sobre a forma como era conduzido nas gerações anteriores, será que “no tempo antigo” certas imposições funcionavam melhor? Naturalmente não cabe comparação quanto ao crescimento dos avanços tecnológicos que estamos vivendo, quando voltamos o olhar para 15, 20 anos atrás, percebemos que hoje a sociedade encontra-se inserida num senso crítico de urgência e imediatismo que aprisiona, adoece e nos faz desaprender a esperar”, afirmou.

A profissional ressalta ainda a importância da participação dos pais nesse processo. De acordo com ela, o caminho para reverter essa condição é educar os filhos para que sejam emocionalmente fortalecidos, assim saberão lidar com os obstáculos que surgirem e lidarão com eles da melhor forma.

“A forma como esse jovem é ensinado a lidar com suas angústias, conflitos, medos, expectativas e toda emoção não elaborada que pode gerar ansiedade, sensação de desespero e dúvida, fará toda diferença no início da vida adulta. Educar os filhos para se tornarem jovens fortalecidos emocionalmente pode ser um bom caminho. Amor e limite sempre são bem vindos no desenvolvimento da autoconfiança, bem como na capacidade de fazer escolhas saudáveis com clareza e autonomia. O filósofo Jean Paul Sartre dizia que “Toda escolha envolve risco, renúncias e incertezas”, e que “existir é escolher”. Portanto, se a pessoa não é capaz de fazer escolhas conscientes, como dará conta de atribuir sentido à própria existência?”, destacou.

“É possível ensinar os filhos a atravessar as angústias através do diálogo e da fala. A palavra sempre cura. É pela palavra que conseguimos dar o contorno necessário para enfrentarmos as nossas emoções que são próprias da condição humana”, concluiu.

A Casa Menina Mulher, ONG que oferece ações voltadas para crianças e adolescentes, está com as matrículas abertas para o ingresso de estudantes moradores do centro do Recife.  

Os requisitos para participar incluem ter entre 07 e 17 anos; ser aluno da rede pública de ensino; e residir nos bairros dos Coelhos, Coque, São José, Boa Vista, ou Joana Bezerra. 

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A instituição oferta atividades como oficinas de arte/educação, percussão, terapia comunitária integrativa, formação para adolescente, empreendedorismo, inclusão digital, cidadania, saúde e bem-estar, leitura/letramento, atendimento psicológico, e muitos outros cursos.  

As inscrições podem ser realizadas entre os dias 01 e 03 de fevereiro, das 09h às 17h, na Rua Leão Coroado, 55, Boa vista. A programação acontece de segunda à sexta, das 13h às 17h. Para mais informações, ligue (81) 3231-0463 ou (81) 99737-6207.

Desde março de 2016, quando começou a ser oferecida a jovens de 15 a 29 anos de famílias de baixa renda, a Identidade Jovem (ID Jovem) já beneficiou a mais de 3,6 milhões de usuários. Ela foi utilizada para obter meia-entrada em eventos artísticos, culturais e esportivos e passagens grátis ou com descontos em viagens interestaduais de ônibus.

O documento é emitido gratuitamente e serve para comprovar a condição social do portador, facilitando a ele usufruir dos direitos previstos no Estatuto da Juventude, conforme estabelecido no Decreto nº 8.537 de 2015.

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Jovens com idade entre 15 e 29 anos que pertençam a famílias com renda mensal de até dois salários mínimos – o que, atualmente, equivale a R$ 2.424,00 – podem pedir o documento utilizando o aplicativo oficial  ID Jovem 2.0 ou por meio do site do próprio benefício. A carteira é válida por seis meses, mas é possível renová-la ao fim do período.

Para solicitar o documento, o interessado deve estar inscrito no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) e manter suas informações pessoais atualizadas. Se ainda não for cadastrado, o interessado pode se inscrever por meio do aplicativo  ou do próprio site do CadÚnico - instrumento criado para permitir que o Poder Público identifique, caracterize e acompanhe as famílias de baixa renda que já recebem algum benefício social governamental ou que o estão requerendo.

Para obter descontos em eventos artísticos, culturais e esportivos, o titular da ID Jovem deve apresentá-la, junto com um documento de identidade oficial com foto, em locais de venda de ingressos.  É possível imprimir cópia da carteira ou utilizá-la no formato digital, usando o aplicativo para telefones móveis. 

A carteira ID Jovem é aceita em cinemas, cineclubes, teatros e espetáculos musicais, de artes cênicas e circenses promovidos por quaisquer entidades e realizados em estabelecimentos públicos ou privados. Também é aceita em eventos educativos, esportivos, de lazer e de entretenimento cuja entrada ou participação for paga.

Para adquirir passagens gratuitas ou com desconto de 50% em viagens interestaduais, o beneficiário deve solicitar um único bilhete de viagem, em qualquer ponto de venda, no mínimo três horas antes do horário da partida. Também é possível pedir, antecipadamente, a emissão do bilhete de viagem de retorno, observados os procedimentos da venda de bilhete de passagem.

O benefício vale para viagens interestaduais rodoviárias, ferroviárias e aquaviárias, em linhas regulares. As empresas prestadoras do serviço, contudo, só são obrigadas a oferecer duas vagas gratuitas ou com desconto de 50% por viagem. Se não conseguir fazer valer seu direito, o jovem que se sentir prejudicado pode exigir dos atendentes da transportadora um documento justificando o motivo da recusa da viagem no dia e horário que devem constar no documento. Com isso, o jovem poderá registrar reclamação em um posto de atendimento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) existente no terminal rodoviário ou pelo telefone 166, pelo e-mail ouvidoria@antt.com.br ou no número de WhatsApp (61) 99688-4306.

*Com informações do portal GOV.BR

Quatro em cada dez jovens que buscam trabalho avaliam seu estado emocional como ruim ou péssimo, apontou um relatório sobre Trabalho e Renda que foi divulgado hoje (10) durante a IV Conferência Movimento Mapa Educação, realizada em São Paulo. O relatório, produzido pelo Itaú Educação e Trabalho, foi feito com 14.510 jovens brasileiros entre 15 e 29 anos e integra a pesquisa Juventudes e a Pandemia: E agora?, que é coordenada pelo Atlas das Juventudes.

A pesquisa, que foi realizada de forma online entre os dias 18 de julho e 21 de agosto de 2022, demonstrou que o bem-estar psicológico está estreitamente relacionado às perspectivas de trabalho entre os jovens. Isso significa que os jovens que estão procurando trabalho são os que relataram estar mais fragilizados nesse aspecto. Entre os que trabalham, os que avaliam seu estado emocional como ruim ou péssimo é menor, atingindo 21% dos entrevistados. Já entre os que não trabalham e não estão procurando trabalho, 27% disseram estar acometidos por esse sentimento.

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“O estudo mostra que os jovens em busca de inserção no mundo do trabalho estão mais pessimistas sobre as percepções de futuro para suas vidas e têm taxa maior na avaliação do próprio estado emocional como ruim ou péssimo. Isso nos sinaliza que a saúde mental precisa ser vista como prioridade e que é necessário ampliar as oportunidades de educação e trabalho para essa população, para que melhorem as condições de suas vidas e, também, tenham perspectivas mais prósperas para seu futuro”, disse Diogo Jamra, gerente de Advocacy e Articulação do Itaú Educação e Trabalho, um dos responsáveis pelo estudo.

Os jovens que estão procurando trabalho também são os que possuem mais medo de passar por dificuldade financeira (45%) ou de não conseguir um trabalho (26%). Já entre os que trabalham, 34% dizem temer passar por dificuldade financeira e 18% temem perder o emprego ou não conseguir um novo trabalho.

Além de serem menos afetados por questões de saúde mental, os jovens com emprego são também mais otimistas com relação ao futuro. Cerca de 44% dos jovens com emprego disseram que suas expectativas são positivas, enquanto essa condição cai para 34% entre os jovens que procuram um trabalho. Os mais otimistas são os jovens que não trabalham e não procuram um emprego: 48% deles revelaram ter uma boa perspectiva de futuro.

Pandemia

A pandemia do novo coronavírus afetou a forma como o jovem encara o mundo da educação e do trabalho. Segundo a pesquisa, todos os perfis de entrevistados (que trabalham, buscam trabalho ou não trabalham e não buscam trabalho) tem o sentimento de que “ficaram para trás no aprendizado”. Esse sentimento é maior entre os que não trabalham (65%), mas atinge também os que procuram trabalho (59%) e os que estão empregados (54%).

“Os jovens relatam impactos da pandemia em suas vidas na educação e no trabalho. O sentimento de ‘ficar para trás no aprendizado’ é comum entre todos os jovens, mas, ainda que se preocupem com a defasagem provocada pela pandemia, a grande maioria pretende continuar estudando. E, para isso, eles indicam que os conteúdos mais importantes para o momento são de preparação para o mundo do trabalho”, disse Jamra, em entrevista à Agência Brasil.

“Mais de 6 a cada 10 jovens, independente da sua condição de trabalho, estão muito ou parcialmente otimistas quanto à aproximação da educação e do mundo do trabalho. Além disso, 7 a cada 10 jovens que trabalham passaram a buscar mais cursos para qualificação pessoal ou profissional por causa da pandemia. Essa é uma sinalização evidente de que os jovens avaliam a educação como um caminho para auxiliá-los a trilhar sua trajetória profissional”, acrescentou ele.

Reivindicações

Para lidar com os efeitos da pandemia na educação e oferecer melhores condições de vida a esses jovens, a pesquisa demonstrou que será necessário ampliar as condições de acesso à educação profissional e ao trabalho. Durante o estudo, os jovens relataram que precisam de políticas de bolsas de estudos e de auxílios estudantis e de uma maior oferta de cursos de qualificação profissional e de empregos formais.

“A pesquisa traz importantes indicativos que devem ser contemplados pelos governantes eleitos em seus mandatos. Os jovens sinalizam quais são as ações prioritárias que devem ser desenvolvidas pelo poder público e, também, privado. No campo da educação, os jovens pedem por ampliação de oportunidades de educação profissional, políticas de bolsa de estudos, metodologias para trabalhar o desenvolvimento de habilidades em geral e ações que os apoiem a elaborar seus projetos de vida. No campo do trabalho, os jovens pedem, principalmente, por ampliação da oferta de cursos de qualificação profissional, oportunidades para incentivar projetos das juventudes, novas dinâmicas de trabalho e estímulo para surgimento de novos trabalhos e empregos formais”, falou Jamra. “O jovem quer – e precisa – de apoio para dar continuidade aos estudos, bem como ter melhores perspectivas para estar inserido no mundo do trabalho”, acrescentou ele.

 

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