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O relógio se aproximava das 20 horas na última quinta-feira (7), o vento gelado começava a incomodar e a previsão era de que, naquela noite, uma nova frente fria derrubasse a temperatura na capital paulista. Alheio ao presente e às previsões para o futuro, seu Erasmo dormia em uma calçada da Rua Professor Laerte Ramos de Carvalho, na Bela Vista, região central de São Paulo. Sem colchão nem cobertor, o morador de rua podia se tornar vítima de hipotermia se o frio chegasse com força.

A médica Maíra Guedes Jacob, de 36 anos, não teve dúvidas. Era melhor acordar o homem para checar suas condições de saúde e oferecer atendimento médico e abrigo. Naquele momento, ela e a equipe do projeto Consultório na Rua, da Secretaria Municipal da Saúde, já haviam percorrido três quilômetros a pé pelo bairro oferecendo auxílio a moradores de rua e buscando identificar aqueles com maior risco de hipotermia.

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O projeto existe há cinco anos e oferece atendimento especializado à população de rua tanto em unidades básicas de saúde (UBSs) quanto nas vias públicas. No ano passado, foram 205 mil atendimentos. Há 18 equipes distribuídas pela cidade. Todas contam com médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social e auxiliares de enfermagem, além de agentes sociais e de saúde. Neste ano, no entanto, com a morte de cinco moradores de rua durante uma onda de frio em junho, a Prefeitura ampliou o horário de atendimento das equipes para além do funcionamento das UBSs. Todos os dias, das 17h às 20h, profissionais de saúde do projeto percorrem as vias da cidade com a missão de identificar e cuidar dos mais vulneráveis.

No caso do seu Erasmo, a checagem das condições de saúde se tornou mais complicada por causa da embriaguez. Nem idade nem sobrenome foram revelados pelo homem que aparentava 50 e poucos anos. "À noite até conseguimos encontrar mais moradores de rua, porque eles ficam mais parados, mas há a dificuldade de fazer o atendimento, porque é o período em que eles costumam estar mais sob o efeito de drogas ou álcool", diz Maíra.

As ações básicas da equipe são medir a temperatura e a pressão do paciente. Se o termômetro marcar menos de 35,8ºC, a orientação é chamar uma ambulância do Samu. "Abaixo de 35ºC consideramos uma hipotermia leve, mas já acendemos o alerta a partir dos 35,8ºC porque, em geral, de madrugada, a temperatura cai ainda mais e não estaremos aqui nesse momento", explica Maíra. "E o pior é que, como o álcool dá a impressão de esquentar o corpo, ele esconde a percepção de frio."

Como a pressão e a temperatura de seu Erasmo estavam normais, o máximo que a equipe pôde fazer foi chamar um veículo da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social para levá-lo a um abrigo, oferta recusada pelo morador de rua após quase 40 minutos de tentativa dos funcionários.

Apoio

Nas abordagens, a médica tem o auxílio de agentes sociais que já foram moradores de rua. A contratação desses profissionais é feita pela ONG Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, uma das entidades que administram o projeto, em parceria com a Prefeitura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O adiamento da campanha de vacinação contra a poliomielite de agosto para setembro não deverá trazer problemas nem riscos para as crianças que serão vacinadas, segundo infectologistas ouvidos pela reportagem. Isso porque, além de a doença estar erradicada no Brasil há muitos anos, a vacina está disponível nos postos de saúde durante todo o ano.

"A campanha é uma forma de chamar a população para a vacinação. Mas para aqueles que precisam tomar as doses ou os reforços na idade indicada, a vacina fica disponível no posto de forma permanente", diz Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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O virologista Celso Granato, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), concorda. "Considerando que não temos casos da doença no Brasil há muito tempo, nem em países vizinhos, e que o adiamento da campanha é muito curto, de apenas um mês, não há quebra de segurança nem risco de queda na proteção", afirma o especialista.

Segundo os médicos, no último ano, apenas dois países do mundo registraram casos de paralisia infantil: Afeganistão e Paquistão.

Redução

Os médicos dizem ainda que a mudança feita pelo Ministério da Saúde na campanha, para um formato menor, reduz o número de doses extras e, portanto, desnecessárias dadas a crianças com o esquema vacinal completo.

"Não há problema em dar doses extras, mas não precisa dar tantas doses como a gente dava. Claro que quando você faz mais campanhas, você aumenta as chances de pegar aqueles que, por algum motivo, não tomaram todas as doses necessárias, mas nos países com a mesma condição de erradicação do Brasil, eles vacinam bem menos. Então não há problema nessa alteração", diz Granato.

A redução do uso da vacina oral, a "gotinha", é, inclusive, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), explica Sáfadi. "Já substituímos as primeiras doses, que antes eram orais, pelas injetáveis, feitas com o vírus inativado. A tendência é que, daqui a alguns anos, nem tenhamos mais a vacina oral disponível", diz.

O especialista explica que, embora muito pequeno, há risco de a vacina oral levar a um efeito adverso que causa paralisia. O risco, no entanto, é de 1 caso em 2 milhões de vacinados. "Como a doença está sob controle, a tendência é que a gente elimine por completo esse risco reduzindo o uso da vacina oral", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente da Assembleia Legislativa e do PMDB-RJ, o deputado Jorge Picciani afirmou neste sábado, 18, que a decretação de calamidade pública nas finanças do Estado facilitará a ajuda federal ao Rio de Janeiro e abrirá caminho para o governador Francisco Dornelles "restabelecer prioridades". Segundo Picciani, o governo do Estado destinará recursos para pagamento de servidores, segurança, saúde e educação. Na próxima semana, o governo federal deverá editar medidas provisórias para garantir cerca de R$ 3 bilhões ao Rio de Janeiro.

Picciani disse que "medidas duras" citadas na noite de sexta-feira, 17, por Dornelles se referem ao corte de 30% dos gastos do Estado e extinção de cinco secretarias, medidas anunciadas pelo governo há dez dias. Entre as iniciativas, está a reavaliação de todos os programas sociais e a suspensão temporária do programa de superação da pobreza, Renda Melhor. O deputado negou que a "racionalização de todos os serviços públicos essenciais" mencionada no decreto signifique redução dos gastos com saúde e educação para dar prioridade à Olimpíada. "Não existe essa hipótese", respondeu.

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"Esse decreto dá tranquilidade ao governo federal para ajudar mais o Rio de Janeiro e dá instrumentos para o governador restabelecer as prioridades do Estado: salário (do funcionalismo) em dia, restabelecer a segurança da população, garantir o funcionamento das escolas e recursos para a saúde. A saúde precisa de R$ 200 milhões por mês, mas atualmente tem entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões. Dornelles agora assumiu o caixa do Estado", diz Picciani.

O presidente da Assembleia cobrou das secretarias e outras instituições públicas do Estado a redução dos gastos, com revisão de contratos e demissões de cargos comissionados. "Medidas duras são os cortes nas despesas, que serão muito significativos. São medidas difíceis, mas têm que ser tomadas, cada secretaria tem o dever de cortar cargos de confiança, de rever contratos. O governador assumiu o compromisso de que isso será realizado e a Assembleia vai acompanhar", afirmou Picciani. Segundo o deputado, Dornelles disse na sexta-feira ter formado uma comissão para rever os cem maiores contratos do Estado.

A juíza da 1ª Vara Criminal de Campinas, Patrícia Suárez Pae Kim, condenou dois médicos sócios da Ressonância Magnética Campinas (RMC), dois auxiliares de enfermagem e uma enfermeira pela morte de três pacientes, em 2013. Os casos ocorreram após as vítimas receberem perfluorocarbono - utilizado para exames na região pélvica sem contato direto com o corpo e não solúvel no sangue - em vez de soro durante um procedimento de ressonância magnética, no Hospital Vera Cruz, em Campinas.

Cabe recurso à decisão. A sentença do dia 30 de maio inocentou outros dois réus e descartou a possibilidade de fraude processual apontada pelo Ministério Público. De acordo com laudo da Polícia Civil, a auxiliar em enfermagem que aplicou a substância foi induzida ao erro em razão do perfluorocarbono estar armazenado sem identificação junto às bolsas de soro.

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A juíza condenou os réus por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Os médicos pegaram quatro anos de prisão, os auxiliares e a enfermeira a três anos.

A magistrada impôs aos réus penas restritivas de direitos. Eles estão proibidos de 'freqüentar determinados lugares, como bares, casas de prostituição e locais de má reputação pelo mesmo período da condenação'. E terão de prestar serviços à comunidade à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação.

Defesa

Em nota publicada no seu portal da internet, o Hospital Vera Cruz informou que respeita e acata a decisão da Justiça.

"O Hospital Vera Cruz e a Ressonância Magnética Campinas vêm a público declarar que respeita e acata a decisão da juíza Patrícia Suárez Pae Kim, da 1ª Vara Criminal de Campinas, sobre os fatos ocorridos na Ressonância Magnética Campinas dentro das dependências do Hospital Vera Cruz em janeiro de 2013."

A Universidade de Pernambuco (UPE) abre na próxima quarta-feira (18) as inscrições para um novo concurso público. O processo seletivo pretende contratar médicos que atuarão no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam).

De acordo com publicação do Diário Oficial do Estado, existem sete vagas para profissionais que atuam em neonatologia. Os salários para os aprovados passarão de R$ 7,5 mil, para plantões semanais de 12 horas cada.

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Ainda segundo o edital de abertura do certame, os selecionados poderão atuar no Centro Obstétrico e Sala de Parto. As candidaturas deverão ser feitas até 3 de junho, através do endereço virtual da organização do concurso, cuja validade será de dois anos, podendo haver prorrogação pelo mesmo período. Confira mais informações no edital da seleção.

 

 

Os médicos que fazem parte do quadro de funcionários do governo, através do Sindicato dos Médicos (Simepe), realizarão uma assembleia no próximo dia 19 de maio. O objetivo da reunião é discutir os problemas da rede, inclusive o reajuste salarial.

“Desde o ano passado a categoria não recebe reajuste. Vínhamos realizando acordos com a gestão governamental anterior, mas ainda não houve essa medida na gestão atual”, esclarece o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros. 

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No encontro serão discutidas diversas questões e as deliberações encaminhadas para o estado como pauta reivindicatória. “Ainda é muito precoce falar sobre paralisação da categoria antes do envio dessas reivindicações. Estamos muito otimistas que nossas questões sejam ouvidas”, acrescenta. 

Paralisação nacional dos agentes de saúde

Está marcado para o próximo dia 18 de maio a Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde (MNAS), que inclui os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE). O objetivo da paralisação é a denúncia contra os abusos dos gestores e o pedido de reajuste do piso para a categoria. 

 

Os médicos residentes da Inglaterra, em guerra aberta com o governo conservador por suas condições de trabalho e salários, realizam nesta terça-feira (26) uma greve que pela primeira vez inclui os serviços de emergências.

A greve terá um grande impacto no Serviço Nacional de Saúde (National Health Service, NHS), que emprega milhares de médicos residentes, graduados que estão completando a prática profissional.

Apesar de outra paralisação já ter sido realizada, esta é a primeira vez que uma greve afetará os serviços de emergências, como os que atendem vítimas de acidentes ou gestantes, mas os médicos mais veteranos e as enfermeiras estarão presentes no trabalho.

A Inglaterra tem mais de 50.000 médicos residentes - a saúde é descentralizada e Escócia e País de Gales administram o setor em seus territórios —, o que equivale a um terço do total de profissionais.

"É o dia mais triste da minha vida profissional. Como médico, nunca pensei que teria que abandonar o estetoscópio e entrar em greve. Mas o governo se recusa a nos ouvir", disse à AFP Fiona Martin, do hospital londrino Saint Thomas, próximo ao Parlamento britânico.

"Não é uma questão de salário, é uma questão de atender bem os pacientes", completou, em referência à reivindicação de maior financiamento e mais funcionários, em um contexto de envelhecimento e crescimento da população.

Quase 13.000 cirurgias e 113.000 consultas foram adiadas por causa da greve, que vai durar dois dias, terça-feira e quarta-feira (27), entre 8H00 e 17H00 (4H00 e 13H00 de Brasília).

O principal ponto de discórdia entre os médicos e o governo do primeiro-ministro David Cameron é o plano do chefe de Governo de passar a considerar o sábado como um dia normal de trabalho, em termos salariais.

Cameron e seu governo afirmam que desejam esta e outras reformas para criar uma saúde pública que preste os mesmos serviços nos sete dias da semana.

A Associação Médica Brasileira (AMB) protocolou nesta sexta-feira, 15, ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a lei que permite o uso da fosfoetanolamina sintética, a "pílula do câncer".

O coordenador jurídico da entidade, Carlos Michaelis Júnior, argumenta que a lei, sancionada anteontem pela presidente Dilma Rousseff, representa ameaça à saúde pública. "Não há nenhum estudo mostrando que o produto é eficaz. Além disso, há grave risco de pacientes abandonarem tratamentos para usar algo que não sabemos nem mesmo a composição."

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A lei libera produção, uso e prescrição do composto para pessoas com câncer, apesar de ele nunca ter sido avaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pacientes podem adquirir o produto desde que apresentem laudo médico e termo de consentimento.

A expectativa é de que nas próximas 48 horas haja uma decisão sobre o pedido de liminar. A fosfoetanolamina sintética começou a ser produzida em um laboratório do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), há mais de 20 anos pelo professor Gilberto Chierice. Até 2014, as pílulas eram distribuídas para pessoas interessadas. Foi quando a prática acabou interrompida pela USP, iniciando uma série de ações judiciais.

Nesta sexta, Chierice falou a uma rádio de São Carlos (SP). "É uma vitória para o doente de câncer", afirmou, destacando que a batalha até uma distribuição total para os interessados será longa. Segundo ele, os resultados variam de acordo com a pessoa, mas já recebeu "relatos de centenas de pacientes que registraram efeitos positivos com o uso da fosfoetanolamina". Por enquanto, cerca de 900 pacientes receberam o produto regularmente da USP.

Para Chierice, a pílula representa "um fato novo, uma teoria nova" na forma como encarar o câncer. "O tumor deixa de ser visto como doença e passa a ser encarado como ‘modificação celular’", ressaltou, para falar da eficácia terapêutica.

Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Gustavo Fernandes diz que a ação da AMB representa o pensamento das entidades médicas. "É uma unanimidade. Ninguém quer colocar o paciente em situação de risco." Ele acredita que, mesmo com a liberação, a fórmula não será prescrita por especialistas. "É uma substância sem dosagem. Qualquer prescrição será falha."

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária avalia também a possibilidade de ingressar com medidas regulatórias para tentar reduzir os riscos dos efeitos da lei. A autarquia descartou a possibilidade de entrar com ação na Justiça. Desde que a proposta foi aprovada na Câmara, a Anvisa sustenta que a liberação do uso do composto traz riscos para a saúde pública e abre um perigoso precedente, pois despreza as regras existentes para a produção e desenvolvimento de medicamentos e coloca no mercado, sob força de lei, uma substância que fica à margem de qualquer possibilidade de controle.

"Quem garantirá ao consumidor que a substância que está adquirindo não é uma inescrupulosa falsificação? Quem garantirá que a quantidade da substância informada na embalagem é efetivamente a que existe no interior de cada cápsula?", questionou a autarquia. Colaboraram Paula Félix e René Moreira, especial Para a AE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O zagueiro Manoel foi o primeiro jogador a ser incluído em um novo procedimento do departamento médico do Cruzeiro. Após dez anos, o clube voltou a utilizar os seus profissionais para realizar cirurgias em jogadores contundidos. O defensor precisou operar por causa de uma lesão na cartilagem do joelho direito, que vai deixá-lo fora da reta final do Campeonato Mineiro.

"A cirurgia foi feita hoje cedo, conseguimos esquematizar tudo certo, o procedimento foi bem satisfatório, fiquei muito feliz. Foi uma indicação correta em termos de operar, ele vai se recuperar bem. A cirurgia demorou uma hora, pode ser que tenha alta hoje mesmo. Vai fazer o período de recuperação, bem feito, poderá voltar até mais breve do que a gente esperava", afirmou o médico Sérgio Freire Júnior.

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Em 2006, a diretoria do Cruzeiro determinou que os jogadores lesionados passassem a ser operados por médicos de fora do clube. A decisão, na época, foi uma resposta à insatisfação dos jogadores com o tempo levado para recuperação. Dez anos depois, então, a medida foi revertida. O diretor de futebol do time mineiro, Thiago Scuro, garantiu que a decisão não possui qualquer relação com os problemas do passado.

"Desde o final do ano, definimos que a partir de 2016 qualquer procedimento cirúrgico passa a ser do Cruzeiro. Não existe mais participação do agente, nem o interesse do atleta acima do parecer do clube. Não é resposta a nada do passado, é só trazer melhores práticas de gestão no sentido de proteger clube e atletas. No caso do Manoel, foi uma decisão dessa junta de que a cirurgia fosse feita pelo doutor Sérgio. Manoel é primeiro caso de cirurgia nova dentro dessa política", disse.

Sérgio Freire Júnior destacou que os jogadores podem voltar a ser operados fora do clube e garantiu aprovar a determinação da diretoria do Cruzeiro. "Diante de qualquer indicação cirúrgica, nunca vamos buscar o que não seja o melhor. Diante disso, de tudo que temos conversado, é uma decisão muito acertada. Não que vamos operar todos os atletas, temos humildade de reconhecer que não sabemos tudo. Sempre vamos buscar o melhor para o atleta", comentou.

O diploma de medicina estará, a partir de agosto, condicionado à participação em um exame de avaliação dos estudantes, informou nesta sexta-feira (1º) o Ministério da Educação (MEC). As provas serão aplicadas em caráter pedagógico a alunos dos segundo e quarto anos de faculdade; no sexto (e último), porém, quem não atingir a nota de corte não poderá se formar.

Cerca de 20 mil estudantes que ingressaram nos cursos de medicina em 2015 já devem ser submetidos ao exame, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no segundo semestre deste ano. A medida responde a uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicada em 2014 - e que estimava um prazo de dois anos para sua implementação.

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A Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem) será um componente curricular obrigatório e os alunos e as instituições que não se inscreverem ou não participarem estarão sujeitos a "penalidades" que ainda não foram definidas. O conteúdo da prova será nos moldes do Revalida - exame que certifica diplomas médicos expedidos por instituições estrangeiras para que passem a valer também no Brasil.

No segundo e quarto anos, a prova será apenas escrita e com conteúdo proporcional ao que o estudante já aprendeu. "Isso vai permitir que as escolas de medicina acompanhem a evolução de seus alunos e trabalhem para melhorar seu processo de formação", disse o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFCE) Henry Campos, representante da subcomissão do Revalida. Já no ano final, além de uma prova de conhecimentos médicos, haverá uma segunda etapa que avaliará as habilidades clínicas do formando - fundamental para o acesso a programas de residência médica, por exemplo.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante, instituições e entidades médicas já apelavam para que existisse uma maneira de avaliar o progresso do estudante durante a faculdade. "O exame possibilita que problemas sejam corrigidos ao longo da formação do aluno, que terá um parâmetro para saber como está se saindo. Vamos ter um salto de qualidade. Queremos mais médicos, mas mais médicos bons", pontuou o ministro.

Campos frisou que o Anasem para graduandos em Medicina será mais frequente que o Revalida, atualmente realizado uma vez por ano. "Assim, quem não alcançou um bom resultado terá a oportunidade de, em um curto espaço de tempo, tentar de novo", disse.

A nota de corte vai variar de acordo com a prova. O escore é definido da seguinte maneira: um painel de educadores médicos, que não participaram da elaboração do exame, se debruça sobre as duas etapas do exame e, com base em seu conteúdo, estabelecem o porcentual de acertos esperados para um aluno considerado "médio". Além da residência médica, outros programas de pós-graduação como mestrados e doutorados, podem optar por avaliar a nota do candidato no Anasem. O MEC também lembrou que, uma vez que a reprovação no exame impede a expedição do diploma, o aluno que conclui a faculdade também não poderá solicitar o registro profissional (CRM).

Com apenas cinco meses de vida, Kesia já enfrenta uma rotina difícil em busca de tratamento médico. Diagnosticada com microcefalia, a pequena moradora da cidade baiana de Simões Filho precisa deslocar-se até Salvador pelo menos duas vezes por semana para se consultar com neuropediatra, fisioterapeuta e fonoaudiólogo, profissionais não disponíveis na cidade onde vive. São pelo menos duas horas de viagem para ir e outras duas para voltar, em ônibus cheios, sob forte calor e congestionamento.

"É bem difícil e sai muito caro para a gente porque eu não posso ir sozinha, preciso levar alguém para me ajudar", conta a balconista desempregada Joenice Figueiredo Tavares, de 22 anos, mãe de Kesia. "Até aqui só contamos mesmo com o salário do meu marido e a ajuda da família para a compra de remédios, roupas e fraldas", diz.

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A Bahia é o segundo Estado com o maior número de casos de microcefalia. No entanto, o índice de neurologistas e pediatras que atendem em municípios baianos é cinco vezes menor do que o do Distrito Federal, por exemplo. O problema se repete em todo o Nordeste, região que concentra 90% dos registros da má-formação. Levantamento feito pelo Estado com base em dados da Demografia Médica 2015 mostra que todos os Estados nordestinos têm índice desses especialistas abaixo da média nacional, o que dificulta o acesso dessas crianças à assistência médica.

Feito pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o estudo mostra que o País tem hoje 34,6 mil pediatras, o equivalente a 19,2 médicos para cada 100 mil habitantes, mas o índice é desigual de acordo com a região do País. Enquanto Distrito Federal e São Paulo têm índices de 46,2 e 22,6 pediatras por 100 mil habitantes, respectivamente, Bahia tem taxa de 8,4 e Pernambuco, de 11,2.

A distribuição dos neurologistas pelo País também é discrepante. A média brasileira é de 2,4 especialistas para cada 100 mil habitantes, mas nos dois Estados nordestinos mais afetados pela microcefalia, Pernambuco e Bahia, esse índice é de 1,4 e 1, respectivamente.

"A escassez de pediatras e de neurologistas no Norte e Nordeste do País é um retrato do que acontece com todos os tipos de especialidades. Por causa das condições difíceis de trabalho nesses locais, os médicos preferem Sul e Sudeste. Para fixar esses médicos teria de haver condições melhores de trabalho, não só financeiras, e mais vagas de residência nesses Estados", diz Eduardo da Silva Vaz, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Consequências.

A dificuldade de acesso a especialistas e a consequente demora no início do tratamento dos bebês com microcefalia pode agravar ainda mais o quadro dessas crianças, segundo Ana Carolina Coan, secretária do Departamento Científico de Neurologia Infantil da Academia Brasileira de Neurologia.

"O primeiro problema é a falta de um profissional que acompanhe o grau de desenvolvimento da criança e indique as melhores terapias de estimulação para ela. O segundo é que alguns bebês com sequelas mais graves vão precisar de tratamento medicamentoso, que só poderá ser prescrito por um especialista. A gente sabe que parte dos bebês com microcefalia sofre de crises convulsivas e, se elas não forem tratadas, podem fazer a criança regredir", explica.

É esse o medo da dona de casa pernambucana Sandra Soares, de 31 anos, mãe de Amanda, nascida no dia 9 de fevereiro em Vitória de Santo Antão, a 45 quilômetros do Recife. A microcefalia da bebê só foi descoberta após o nascimento, e a consulta com neuropediatra está marcada só para abril. "Vivo uma batalha contra o tempo", diz.

"A pediatra disse que o quanto antes começarmos o acompanhamento especializado, mais chances ela vai ter de se desenvolver bem. Mas, infelizmente, não depende da nossa vontade", lamentou o pintor Gervásio Silva, pai de Amanda.

Medidas.

O Ministério da Saúde afirmou que vai publicar nas próximas semanas, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, uma portaria para reforçar, por meio de incentivos financeiros, o apoio aos Estados nas ações de diagnóstico de microcefalia e assistência aos bebês. De acordo com a pasta, o investimento vai custear exames e consultas com especialistas ou viabilizar transporte dos pacientes aos centros de referência.

O órgão afirma que, desde o início da epidemia, tem apoiado Estados e municípios na organização dos seus serviços de saúde e ressalta que, desde novembro, já liberou R$ 135 milhões para a expansão da rede de cuidado às pessoas com deficiência, que ganhou 14 centros e terá outros 75 até o fim do ano.

A pasta diz ainda apostar em consultas a distância e na expansão das vagas de residência médica para aumentar a capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os médicos do Hospital Maria Lucinda, no bairro do Parnamirim, fazem uma paralisação nesta terça-feira (1°). Devido ao ato de protesto, os serviços de emergência ortopédica e emergência pediátrica não estão funcionando.

Os profissionais da unidade reivindicam o pagamento dos salários, que já estão atrasados há três meses. Segundo o diretor de relações institucionais do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Walber Steffano, a Prefeitura do Recife estaria prometendo ao hospital fazer os repasses nos últimos quinze dias, o que não aconteceu. “Por conta disso, em conjunto com a própria direção do hospital, eles decidiram fazer a paralisação”, explica Steffano.

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Casos de emergência continuam sendo atendidos no Hospital Maria Lucinda. Às 19h30 desta terça, os médicos da unidade se reunirão com o Simepe para discutir a paralisação. A reportagem não conseguiu um posicionamento da Prefeitura do Recife. 

A cantora de origem japonesa Yoko Ono, 83 anos e viúva do beatle John Lennon, foi hospitalizada na noite de sexta-feira em Nova York, com sintomas de uma forte gripe, informou a imprensa local.

Ono foi internada aconselhada por seus médicos, segundo o porta-vz Elliot Mintz, citado pelo canal ABC News. Sean Lennon, o filho de Yoko Ono e John Lennon, desmentiu os rumores sobre um ataque cerebral.

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"O único ataque que @yokoono sofreu é um ataque de genialidade. Está realmente bem. Grato pelos votos de melhora", afirmou Sean Lennon no Twitter.

O supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, explicou que a partir deste ano os médicos e advogados terão de declarar o CPF dos seus pacientes e clientes. Essa é parte de algumas das mudanças que foram realizadas na declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física referente ao ano de 2016 (ano calendário 2015).

Caso um médico não informe o CPF do paciente, ambos cairão na malha fina. Para esta próxima declaração, o contribuinte também terá de informar o CPF do dependente a partir de 14 anos. A expectativa da Receita Federal é receber 28,5 milhões de declarações neste ano - em 2015 foram 27,8 milhões.

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O programa para preenchimento da declaração será disponibilizado na internet a partir de 25 de fevereiro. A entrega começa a partir de 1º de março e vai até 29 de abril. Em 2 de maio será disponibilizado o rascunho para o ano seguinte.

Segundo Adir, toda pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2015, recebeu rendimentos de valor superior a R$ 28.123,91 está obrigada a declarar Imposto de Renda.

A exigência se estende a quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil; e obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros. Para o produtor rural, está obrigada a apresentar o documento a pessoa física que obteve receita bruta acima de R$ 140.619,55 no ano.

Deduções

Os limites para algumas deduções também foram alterados. O desconto máximo para dedução de educação, somando gastos com dependente e com o próprio titular, pode chegar a, no máximo, R$ 3.561,50. No ano passado esse limite era de R$ 3.375,83.

O limite por dependente também aumentou, passou de R$ 2.156,52 para 2.275,08. O contribuinte poderá deduzir ainda a despesa previdenciária com empregado doméstico - até o ano passado esse valor era de R$ 1.152,88, agora é de R$ 1.182,20. Despesas de saúde não têm limite. O desconto máximo permitido para o IRPF 2016/2015, por quem optar pela declaração simplificada, é de 20% dos valores tributáveis, limitado a R$ 16.754,34.

Adir explicou ainda que, se a pessoa não doou nada no ano passado, ela poderá doar até 3% do imposto devido para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Receita recebe esse dinheiro e repassa para os fundos indicados pela Secretaria de Direitos Humanos. No ano anterior não era permitido fazer essa doação pelo smartphone e pelo tablet, apenas pelo computador. Agora a opção estará acessível nas outras plataformas.

A entrega da declaração fora do prazo ou a não apresentação do documento submete o contribuinte à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido, ainda que pago integralmente. O valor mínimo da multa é de R$ 165,74 e o valor máximo será de 20% do IR devido.

A Justiça do Trabalho determinou, por meio de liminar concedida nesta quarta-feira (23), que sejam pagos os salários atrasados e a segunda parcela do 13º dos médicos contratados pela organização social (OS) que administra seis unidades de saúde da rede estadual, no prazo de 48 horas. uiA liminar atende a pedido do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e garante pagamento aos médicos contratados em regime CLT ou como pessoas jurídicas pela Organização Social Therezinha de Jesus, responsável pela administração do hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste), do Hospital da Mulher, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Copacabana, Botafogo (zona sul), Tijuca (zona norte) e Jacarepaguá (zona oeste).

A decisão foi do juiz Hélio Ricardo Monjardim, da 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. No caso de descumprimento, a organização social terá que pagar R$ 50 mil por dia de multa e poderá haver bloqueio de recursos da organização ou do Estado no valor da quantia necessária para saldar as dívidas. As organizações sociais alegam que não pagam os funcionários porque não recebem repasses do governo do Estado.

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A decisão da Justiça do Trabalho acontece no momento em que o Rio de Janeiro vive uma das piores crises da saúde da história, com emergências hospitalares fechadas, falta de medicamentos e insumos e atrasos nos pagamentos de serviços terceirizados.

Na madrugada desta quarta-feira, outra decisão liminar já havia obrigado o Estado a cumprir a regra constitucional de destinar pelo menos 12% da receita líquida à saúde. A juíza Angelica dos Santos Costa, do plantão judiciário, deu prazo de 24 horas para que o Estado faça o pagamento do valor que falta para chegar ao gasto mínimo obrigatório.

Judiciário

Na noite de terça-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, concedeu liminar determinando que o governo pague até o dia 30 deste mês o salário dos servidores do Judiciário. Pezão havia adiado o pagamento dos servidores estaduais para 7 de janeiro. O Tribunal de Justiça, no entanto, não aceitou a decisão, o que causou mal estar no governo, já que o presidente do TJ, Luiz Fernando Ribeiro Carvalho, era elogiado por Pezão como um aliado solidário do Estado. O governador se disse surpreso com a iniciativa.

O TJ emitiu nota em resposta a Pezão. Disse que "não existe confronto institucional" do Judiciário com o Executivo e que o mandado de segurança no STF "legitima expressão de garantia constitucional afeta a qualquer instituição ou cidadão". Também em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Rio de Janeiro (OAB/RJ) criticou a iniciativa dos magistrados: "Agiram em causa própria ao pleitear, no STF, que o governo do Rio pague os salários do Judiciário referentes a dezembro antes dos vencimentos dos demais servidores".

Os médicos residentes de Pernambuco realizam uma passeata no centro do Recife na manhã desta terça-feira (15). A categoria, após se concentrar em frente à Associação Médica (AMPE), na Boa Vista, segue agora ao Hospital da Restauração (HR), no Derby, onde pretendem fazer panfletagem. 

A mobilização dos médicos residentes é nacional, contando com a adesão de 21 estados. Eles reivindicam reajuste da bolsa auxílio para a formação, maior fiscalização da estrutura dos programas, interrupção da abertura de novas vagas e cursos enquanto ocorre a avaliação e qualificação dos programas, plano de carreira e de valorização para os médicos preceptores, plano de carreira nacional para médicos do SUS, desenvolvimento profissional e educação continuada, auxílio moradia, entre outras reivindicações.

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De acordo com os representantes da categoria em Pernambuco, a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) convocou a paralisação após a falta de avanços nas negociações com o Governo Federal. Os profissionais estão em greve desde a última quarta-feira (9).

Médicos residentes de Pernambuco irão promover, na sexta-feira (11), a Ação de Saúde e Cidadania, que visa promover o atendimento à população com realização de exames rápidos e prevenção às doenças provocadas pelo Aedes Aegypti. 

Os atendimentos acontecerão no Memorial de Medicina de Pernambuco, no bairro do Derby, área central do Recife, das 8h às 14h. Na ocasião, haverá testes de glicemia, aferição de pressão e orientação sobre a prevenção de doenças como a Dengue, Chikungunya e Zika. 

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Como parte do cronograma do Movimento Nacional dos Médicos Residentes, esta ação visa esclarecer à população que a mobilização defende, principalmente, a qualidade dos serviços do SUS. 

Greve

Os profissionais estão em greve por tempo indeterminado desde a última quarta-feira (9), pela melhoria para a saúde e qualidade na formação da residência médica. Na próxima segunda-feira (14), está marcada uma Assembleia Geral dos Médicos Residentes de PE, na Associação Médica de Pernambuco (AMPE), às 8h, para definir diretrizes do movimento.

A categoria afirma que haverá passeata pelas ruas do Recife na terça- feira (15), com concentração às 8h, na AMPE, com percurso até o Hospital da Restauração. 

 

Pelo menos 18 médicos são investigados pela Corregedoria-Geral da Administração (CGA) e pela Polícia Civil do Estado de São Paulo por suspeita de receitar um remédio que não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pacientes e causar um prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos.

Segundo as investigações, os médicos recomendavam que pacientes com uma doença conhecida como hipercolesterolemia familiar homozigótica (quando há presença de níveis muito altos de colesterol no sangue) fossem tratados com o remédio Juxtapid, que é fabricado por um laboratório dos Estados Unidos.

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Na segunda-feira, 9, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão de prontuários médicos de 33 pacientes em São Paulo, São José dos Campos, Campinas, São Bento do Sapucaí, Pindamonhagaba, Lorena e Suzano.

O que chamou a atenção da CGA foi o número elevado de pacientes que entraram com mandados de segurança na Justiça para receber gratuitamente o remédio da Secretaria Estadual da Saúde. Segundo a pasta, cada comprimido custa US$ 1 mil e é ilegal no País.

A investigação suspeita de que os médicos recebiam dinheiro do laboratório para recomendar os remédios aos pacientes sem necessidade. Em nota, o corregedor da CGA, Ivan Agostinho, disse que "a suspeita é de que os brasileiros estariam sendo usados como cobaias para que o medicamento seja aprovado nos Estados Unidos". "Por isso, vamos encaminhar a cópia do procedimento elaborado pela Corregedoria ao FBI (polícia federal americana)."

Segundo a polícia, liminares já foram cassadas pela Justiça que suspeitou do grande número de pedidos feitos sempre pelos mesmos médicos e com o mesmo tipo de diagnóstico.

De acordo com as investigações, os pacientes assinaram documentos sem saber do conteúdo e deram autorização para a entrada dos mandados de segurança na Justiça para conseguir o medicamento. Eles eram convencidos de que o remédio era fornecido gratuitamente pelo Estado.

Alguns apresentaram efeitos colaterais como formigamento nas mãos e tontura. Em entrevista, o advogado do laboratório negou as acusações da investigação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para especialistas, se aprovado o projeto de lei que endurece as regras contra o aborto no Brasil, mais mulheres podem recorrer ao aborto inseguro, mesmo nos casos previstos na legislação, como estupro. O presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Cristião Rosas, classificou como "assustador" e "incompreensível" o projeto.

"Estamos na contramão. Enquanto outros governos flexibilizam a prática, assistimos ao retrocesso", disse. A proposta, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi aprovada anteontem na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Ela condiciona a permissão da interrupção da gravidez à comprovação de um exame de corpo de delito e comunicado à polícia. "É o mesmo que condicionar o atendimento de um paciente baleado ao registro do crime numa delegacia."

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"A mulher será vítima de dois agressores, o estuprador e o Estado, que em vez de ampará-la vai duvidar e desrespeitar sua vontade sobre o momento em que quer denunciar", disse Gabriela Ferraz, do Comitê para a Defesa dos Direitos das Mulheres (Cladem). Os especialistas criticam as penas para quem induz a gestante a praticar o aborto ou anunciar meios abortivos.

"Os profissionais da saúde serão impedidos de atuar como redutores de danos nos casos em que sabem que não vão impedir o aborto", disse Debora Diniz, do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Neste domingo (18), é comemorado o Dia do Médico. A profissão, dentre as mais requisitadas do mundo, é fonte de inspiração para grandes obras do cinema e da TV. O vídeo traz uma seleção de filmes e séries nos quais os artífices da medicina são o centro das atenções. Um homenagem a todos os médicos.

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