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O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), confirmou que os Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, vinculados à rede municipal de saúde do Recife, paralisarão suas atividades laborais nesta quinta (28) e sexta (29). A decisão faz parte de um conjunto de medidas que estão sendo executadas pelas categorias que compõem o Fórum dos Servidores do Recife.

Durante esses dois dias, os servidores devem protestar pelos seus direitos em frente a prefeitura. O Satenpe reforça que a ação tenta chamar a atenção do prefeito João Campos (PSB), para que ele reabra as mesas setoriais e avance com a mesa geral para as tratativas das questões salariais. 

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O presidente do sindicato, Francis Herbert, explicou que caso a gestão se recuse a abrir negociação da mesa geral e específica, as paralisações ocorrerão semanalmente.

“Não é possível que os trabalhadores sofram com o aumento da inflação e não tem, da parte do prefeito João Campos, a sensibilidade para corrigir essas perdas salariais. Neste período de pandemia, desempenharam um papel fundamental na defesa da vida do povo recifense, merecendo todo o reconhecimento”, pontua Francis.

Nesta sexta-feira (22), auxiliares e técnicos de enfermagem vinculados à Prefeitura do Recife anunciaram estado de greve e paralisações semanais por 48 horas. A decisão foi tomada por meio de uma assembleia virtual, após o prefeito João Campos (PSB) negar a negociação sobre a reposição salarial aos servidores municipais para este ano.

Segundo o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Campos sugeriu levar as reivindicações da categoria para 2022, além de sugerir reposição salarial de apenas 1,2%. 

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O sindicato afirma que irá tomar as medidas administrativas necessárias para informar a gestão municipal sobre a decisão da suspensão das atividades laborais nos próximos dias 28 e 29 de outubro. Um ato está sendo organizado para a próxima quinta-feira (28), em frente à Prefeitura do Recife, a partir das 8h.

"Apesar do papel fundamental dos servidores públicos no combate à pandemia, em especial os trabalhadores da saúde, o prefeito João Campos trata os servidores de forma desrespeitosa e intransigente. Será decisiva a unidade das categorias para convencer a gestão a rever sua posição", afirmou Francis Herbert, presidente do Satenpe.

Os caminhoneiros não devem recuar da paralisação organizada para o dia 1º de novembro - mesmo depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometer ajudar cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos com um auxílio para compensar o aumento no preço do diesel.

À Folha de São Paulo, José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), revelou que os caminhoneiros não devem recuar até que a política de preços dos combustíveis seja alterada. 

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"Eles já fizeram até um reajuste no piso mínimo do frete. Mas isso, como se diz no nosso linguajar de motoristas, é um 'melzinho na chupeta', a famosa 'tapinha nas costas' que a categoria já vem levando desde 2018", disse.

Entenda

Durante um evento em Sertânia, Sertão de Pernambuco, Bolsonaro disse que o governo iria criar um benefício que beneficiaria cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar o aumento do diesel.

No entanto, ele não deu detalhes sobre a medida, afirmando apenas que os números serão apresentados nos próximos dias. O presidente tem enfrentando dificuldades em baixar o valor dos derivados de petróleo e jogado o problema no colo do ICMS cobrado por governadores e prefeitos.

Na manhã desta quinta-feira (30) um problema na rede aérea do Metrô Recife (PE) causou a paralisação no ramal Jaboatão dos Guararapes da linha Centro, atingindo as estações do Engenho Velho, Floriano, Cavaleiro e Jaboatão, localizadas no trecho Sul da Região Metropolitana. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), não há previsão para o retorno das operações.

Através de nota, a operadora também explicou que a causa do problema foi identificada no primeiro horário do dia, “antes da abertura da operação comercial, próximo a estação Engenho Velho”. Ainda de acordo com a CBTU, embora não tenha sido confirmado nenhum horário de retorno para o transporte, a equipe da manutenção já foi acionada e está no local.

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O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) anunciou que vai paralisar as atividades na manhã desta quarta-feira (15). A categoria reivindica um aceno do Governo do Estado para discutir o reajuste salarial e por maior valorização. O Tribunal de Justiça (TJPE) declarou que a suspensão é ilegal. 

O presidente do Sinpol-PE, Rafael Cavalcanti, explica que, das 8h às 12h, ficarão suspensas em todo o Estado os serviços de confecção de Boletim de Ocorrência (BO), lavratura de flagrante, lavratura de TCOs, intimações, investigações, cumprimento de mandatos de prisão, dentre outros serviços, inclusive os serviços do Instituto Médico Legal (IML). 

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"Os números da criminalidade, infelizmente, não terão o combate devido porque a gente tem mostrar de forma muito clara que esses números são dependentes da produção intelectual e investigativa da nossa base", apontou o presidente, que convocou agentes, comissários, escrivães, peritos datiloscopistas e auxiliares a mobilização.

Neste período foi agendada uma movimentação de policiais com doação de sangue e alimentos na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Resposta da Justiça

Na noite dessa terça (14), o TJPE atendeu ao pedido da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) e considerou a paralisação ilegal. O desembargador Stênio Neiva Coêlho deferiu liminar para impedir o “movimento paredista" e, caso a ordem seja desrespeitada, estipulou a multa diária de R$ 100 mil.

A determinação considera que o Sinpol-PE não emitiu comunicado oficial sobre o movimento aos órgãos governamentais, nem respeitou o prazo legal de comunicação prévia de 48 horas.

“A paralisação é manifestamente ilegal e inconstitucional, e acarreta risco de dano aos serviços públicos essenciais relacionados à segurança pública no Estado, prejudicando toda a população pernambucana”, assegura parte do comunicado do TJPE.

"Nossa pauta é o impeachment dos ministros”: afirmação foi parte da declaração feita em vídeo pelo caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, na manhã desta quinta-feira (9). Nas imagens, o bolsonarista e espécie de liderança entre a categoria, pede para a população ir às ruas para apoiar a greve dos caminhoneiros. “Eu não sei o que vai ter que acontecer aí, não, mas o pau vai continuar torando", continuou o grevista.

Depois de uma semana foragido, Zé Trovão foi localizado pela Polícia Federal escondido em um hotel no México e deve ser preso ainda nesta quinta-feira (9), para então ser transportado de volta ao Brasil. O caminhoneiro deixou o país antes da ordem de prisão, expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o bolsonarista incitar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro.

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“Eu quero deixar um recado aqui para a população brasileira. Cadê a parte de vocês? Vocês estão em cima das pistas hoje ajudando os caminhoneiros? Porque a Polícia Federal está tentando a todo custo desmobilizar o movimento. Se vocês não estiverem nas pistas juntos, não forem pra cima juntos e não ajudarem esse movimento, fica difícil. Fica muito difícil”, disse Zé Trovão em vídeo.

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Zé Trovão se popularizou como um suposto líder dos caminhoneiros ao insuflar atos contra os ministros do STF. Segundo uma de suas postagens em redes sociais, os manifestantes só deixariam Brasília após todos os ministros do Supremo serem retirados. Até o início dessa tarde, o agitador mostrava ter ciência da sua prisão e dizia ter interesse em se apresentar à embaixada.

"Não tem moleque aqui, não. Nós não estamos brincando aqui, não. Não arredem o pé. Nós temos que segurar isso daí (...) Eu estou pedindo pelo amor de Deus, não abaixem a cabeça. Vamos para cima. Cadê o povo brasileiro? Ninguém foi às ruas para defender o presidente Bolsonaro, fomos às ruas para defender nossa bandeira verde e amarela. Nós não vamos cumprir ordem que não venha do presidente da República", disse.

O presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio pedindo aos caminhoneiros que liberem as estradas do país, segundo o G1. Na gravação, Bolsonaro diz que a ação “atrapalha a economia” e “prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”.

O Procon-PE realiza, nesta quinta-feira (9), fiscalizações em postos de gasolina do Grande Recife para identificar possíveis aumentos nos preços da gasolina. Ilegal, a prática de preços abusivos costuma ocorrer quando há aumento de demanda. Desde a quarta-feira (8), postos de gasolina em todo o Estado têm comportado filas de consumidores atípicas —principalmente para o período de alta no preço dos combustíveis — em função das paralisações dos caminhoneiros, que ocorreram em 15 Estados diferentes nas últimas 24h.

Segundo registrado pelas equipes do LeiaJá, unidades no Centro do Recife e na Zona Sul já apresentam desabastecimento temporário, em virtude da grande procura. Os relatos acontecem simultaneamente à operação do Procon, que deve ter fim apenas na tarde desta quarta (9). Segundo informou o órgão, os postos serão notificados e têm até 24h para apresentar notas fiscais referentes às vendas dos últimos dois dias. Caso confirmada a presença de preços abusivos, o Procon tomará as medidas cabíveis legalmente.

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As equipes seguirão para a Imbiribeira, na Zona Sul; Avenida Norte, na Zona Norte; e Avenida São Miguel, na Zona Oeste. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, acompanhará a operação na Zona Norte. Paralelamente, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM), também associado à SJDH, realizará fiscalização de qualidade dos combustíveis nas regiões citadas.

O Procon frisa que, na operação desta quarta (8), não serão realizadas interdições, apenas notificações preliminares para uma avaliação posterior da situação de cada estabelecimento.

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Diante da disparada irregular no preço dos combustíveis no Recife, nesta quinta-feira (9), motociclistas reclamam dos reflexos do bloqueio de caminhoneiros em rodovias. Apesar do gasto menor em comparação aos carros, motos também formaram fila em postos na corrida por gasolina.

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O agente de limpeza pública, Valmerson Rodrigues, afirma que gastou R$ 100 para abastecer o tanque da moto com capacidade de aproximadamente 15 litros. "Todos os dias vou e volto do trabalho com ela, mas não tá compensando", observou.

Com os aumentos progressivos que jogaram o valor do litro da gasolina em torno de R$ 6,00 nos postos da região, ele diz que já pensou em abandonar a moto e voltar aos coletivos. Porém, a desconfiança na qualidade do serviço faz com que permaneça com o veículo, mesmo apertado em dívidas. "O transporte público também não é boa coisa para a gente depender", comentou.

Na espera pelo abastecimento entre os carros, o entregador Eryclis Teotônio aponta que houve um aumento literalmente da noite para o dia. Mesmo com ajuda de custo da empresa para o combustível, o gasto semanal de R$ 150 começa a não ser suficiente.

O medo do motociclista é que a paralisação dos caminhoneiros evolua para uma greve e gera uma situação ainda mais grave, como ocorreu em 2018. "A outra vez a gente ficou sem trabalhar também porque não conseguia colocar gasolina. Atrapalhou muito", recordou.

Após denúncias sobre o aumento abusivo, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) começou a fiscalizar postos espalhados pelo Recife com a presença do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Com a paralisação de caminhoneiros em prol do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda na noite dessa quarta-feira (8), postos de combustíveis foram tomados por filas extensas no Recife. Apesar do alto preço do diesel e da gasolina, a cena se repete na manhã desta quinta (9).

O medo de uma nova crise de abastecimento decorrente do bloqueio de rodovias deu início a uma corrida de consumidores para encher o tanque. O protesto dos caminhoneiros defende pautas antidemocráticas do chefe do Executivo, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso, já derrotado no Congresso.

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“Hoje me acordei de 4h para abastecer meu carro e minha moto. Eu vi a paralisação, fiquei com medo e vim encher, e tô enchendo agora o carro do meu irmão”, relatou o eletricista automotivo, Edson da Fonseca, que foi ao posto no cruzamento da Estrada dos Remédios com a Estrada do Bongi, na Zona Oeste da capital.

Após gastar R$ 389 para abastecer o carro e a moto, ele considerou os preços abusivos, exorbitantes e apontou que o combustível consome parte do salário que poderia ser usada em lazer.

“A gente deixa de ter um passeio, um jantar e um almoço só para botar combustível”, disse. “Eu acho isso errado, se eles querem fazer protesto, façam sem prejudicar a gente”, reclamou.

Também preocupado com os efeitos da mobilização, o técnico em Segurança do Trabalho, Rafael Carvalho, chegou cedo ao posto localizado no cruzamento da Rua Fernandes Vieira e com a Joaquim Felipe, no bairro da Boa Vista, área Central da capital.

Mesmo com a possibilidade de trabalhar em esquema home office, ele também se mostrou contra a interdição nas BRs. "Vai gerar um impacto muito forte no nosso bolso. A gente que vai pagar o pato", prevê.

A suposta mobilização nacional de caminheiros para participar de atos autoritários em 7 de setembro não foi captada pelo Ministério da Infraestrutura. Dentro da pasta comandada por Tarcísio de Freitas, a avaliação é a de que as principais lideranças dos profissionais de transporte não estão envolvidas com nenhum tipo de paralisação ou plano da categoria para o feriado.

A hipótese de uma paralisação geral ganhou força quando o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, foi alvo da ação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou seu afastamento e um raio de pelo menos um quilômetro da Praça dos Três Poderes. A representatividade de Zé Trovão, no entanto, é vista como nula dentro do ministério.

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Desde o início de 2019, o Ministério da Infraestrutura chegou a gerenciar 15 tentativas de paralisações de caminhoneiros em todo o País. O nome de Zé Trovão nunca apareceu entre os líderes dessas pretensas paralisações.

Os caminhoneiros, que têm atuação marcada pelo trabalho autônomo, possuem hoje diversas lideranças e, segundo fontes da Infraestrutura, não houve nenhuma manifestação desses nomes mais conhecidos sobre paralisações nacionais.

Bloqueio e ações

A despeito de o presidente da República, Jair Bolsonaro, insuflar a população para as manifestações programadas para o próximo dia 7, as quais incluem diversas ameaças de fechamento das estradas do País, o Ministério da Infraestrutura pretende atuar, junto da Polícia Rodoviária Federal, para impedir qualquer tipo de interrupção de tráfego.

O ministério identificou mobilizações com essa pretensão e tem monitorado grupos que planejam os supostos atos.

A orientação é impedir qualquer tipo de bloqueio. Caso haja tentativas, a ordem é fazer com que os veículos sejam deslocados para os acostamentos, para permitir o fluxo de quem precisa passar.

Questionado sobre o assunto, o Ministério da Infraestrutura informou, por meio de nota, que "mantém diálogo contínuo com a categoria do transportador autônomo e não identifica nenhuma mobilização setorial para os próximos dias".

Vitrine eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, as obras de moradias para famílias de baixa renda no Casa Verde e Amarela podem ser paralisadas entre o fim de agosto e o início de setembro por falta de dinheiro. O orçamento do programa está perto de se esgotar, e não há até o momento previsão de um novo crédito para dar mais recursos ao programa.

Hoje, o programa habitacional substituto do Minha Casa Minha Vida conta com apenas R$ 400 milhões do Orçamento da União para o faixa 1 (destinado a famílias que ganham até R$ 2 mil mensais). O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) precisa de um adicional equivalente ao dobro disso (R$ 800 milhões) para manter as obras até o fim do ano, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

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O governo até prepara o envio de dois projetos de lei para abrir créditos no Orçamento, no valor total de R$ 4,7 bilhões, mas segundo a apuração da reportagem com duas fontes envolvidas na elaboração dessas propostas, não haverá recursos para o Casa Verde e Amarela.

Pelas discussões internas do governo, o Ministério da Infraestrutura deve receber R$ 1 bilhão desse dinheiro. Também haverá recursos para o Fundo de Garantia à Exportação, para honrar financiamentos que deixam de ser pagos por outros países e que são segurados por esse fundo, e para a criação da subsidiária da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, que será dividida para posterior privatização.

Os projetos que abrem os créditos ainda não foram enviados ao Congresso Nacional. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ainda está conversando internamente no governo para buscar uma solução para a continuidade das obras.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por sua vez, tem procurado ajuda no Congresso Nacional. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirma que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), lhe assegurou, durante almoço após inauguração de uma obra em Maceió (AL), que não faltarão recursos para o Casa Verde e Amarela. "O presidente Arthur Lira disse para não nos preocuparmos, que teria um PLN (projeto de lei ao Congresso Nacional) a tempo de atender às nossas necessidades, não está havendo falta de arrecadação", disse Martins.

Mesmo que o projeto seja enviado sem previsão de recursos para o programa habitacional, o Congresso tem autonomia para remanejar verbas e decidir para onde vai o dinheiro. Por isso, a indústria da construção aposta no apoio dos parlamentares. O valor total do crédito, porém, não pode superar o espaço que existe no teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação, mesmo que haja aumento na arrecadação.

Segundo o MDR, o governo federal entregou 19.684 unidades habitacionais do faixa 1 do Casa Verde e Amarela em 2021, e outras 153 mil moradias estão em andamento. "O MDR está em tratativas com o Ministério da Economia e o Congresso Nacional para viabilizar a suplementação necessária para o ano", diz a pasta em nota.

Veto

No início do ano, o impasse em torno do Orçamento de 2021 - e a necessidade de destinar recursos a emendas parlamentares para honrar um acordo político do presidente Jair Bolsonaro - resultou no veto total da verba de R$ 1,37 bilhão programada para o Casa Verde e Amarela este ano. Desde então, apenas R$ 400 milhões foram repostos. O Nordeste é o principal perdedor da paralisação das obras. No início do ano, a CBIC estimou que 40% das obras em andamento estão na região, considerada crucial para os planos de reeleição do presidente. É para lá que Bolsonaro tem viajado seguidamente, inaugurando novas casas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na noite desta terça-feira (17), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco se reúne em assembleias descentralizadas e pode deflagrar greve a partir das 22h. Os profissionais se posicionam contra a privatização do serviço postal.

A pauta de reivindicações também inclui o reajuste salarial e a defesa de direitos trabalhistas, diante da possível demissão em massa após a chegada do setor privado. O debate com a categoria do estado começa a partir das 18h30, em três regiões do Estado. 

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Discussão descentralizada em PE

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), a reunião ocorre na sede do Sindicato dos Rodoviários, no bairro de Santo Amaro, área Central da capital. O Agreste e o Sertão serão contemplados nas subsedes de Caruaru e Petrolina, respectivamente.

Após anunciar ato na manhã desta segunda-feira (16), o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana voltou a negociar com a Urbana o reajuste salarial da categoria. Anteriormente, a representante dos consórcios de transportes do Estado havia mostrado interesse em negociar a campanha apenas em 2022, mas os interessados recusaram a sugestão. No entanto, nas discussões recente, rodoviários e empresários podem ter se aproximado de um acordo que será decidido na próxima terça-feira (24).

A proposta dada pela Urbana é de reajustar o salário dos rodoviários em 9.22%, índice recomendado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas o reajuste teria pagamento parcelado em duas vezes. Assim, em setembro, seriam pagos 4,61% (retroativo a julho e agosto) e em novembro, o restante seria pago, complementando o percentual total estipulado.

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O Ticket Alimentação, benefício que complementa a renda dos trabalhadores, teria o retroativo aos meses de julho e agosto pago sem parcelamento.

A assembleia decisiva acontecerá na próxima terça (24), nos turnos da manhã, com primeira convocação às 9h30 e a segunda às 10h; e da tarde, com primeira convocação às 15h30 e a segunda convocação às 16h.

Na manhã desta segunda-feira (26), técnicos e enfermeiros do Hospital De Ávila paralisaram as atividades e protestam por salários atrasados desde às 7h em frente à unidade, no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife.

"De Ávila, pague o que deve", disparou o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert. De acordo com a entidade, a categoria não recebe há sete meses, mas manteve as atividades em meio à pandemia mesmo após o descumprimento de um acordo feito com o hospital.

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Sem salários, os profissionais sofrem dificuldades para alimentar as famílias, enquanto isso, as dívidas aumentam. Diante da situação dos trabalhadores, o protesto também arrecada donativos não perecíveis.

"Nesse ato aqui estamos arrecadando alimentos para que possamos sanar a fome de muitos profissionais que dedicaram suas vidas a cuidar de outras vidas", reforçou Herbert, que acrescentou, "o objetivo é criar cestas básicas e, assim, levar o pão à mesa de profissionais que arriscam suas vidas para cuidar da saúde dos pacientes sem o menor reconhecimento e respeito", explicou.

Em outubro deste ano, o Hospital De Ávila completa 27 anos de atuação com procedimentos de média e alta complexidade. Além da maternidade, mais de 20 especialidades são oferecidas, incluindo cirurgia geral, cardiologia, oncologia e clínica médica. A unidade disponibiliza de emergência 24h e realiza cerca de 750 cirurgias mensais.

A reportagem do LeiaJá procurou a direção do hospital para esclarecimentos, mas até a publicação não obteve retorno. 

Diferentes frentes e sindicatos que representam os rodoviários avaliam uma greve dos caminhoneiros a partir deste domingo (25), dia que celebra a atuação dos motoristas. Como pauta principal, a categoria é contra o aumento dos preços do diesel, dentre outras questões sobre segurança no trabalho e direitos trabalhistas.

A proposta é do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), com sede no Paraná, que solicita o fim da PPI (Política de Preço de Paridade de Importação) aplicado pela Petrobras e a garantia do piso mínimo de frete, instituído por lei após a paralisação de 2018, segundo divulgado pela Folha de S. Paulo.

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Em entrevista ao jornal 'Gazeta do Povo', o líder da grande greve em 2015, Ivar Schmidt, diz não acreditar em força interna capaz de movimentar a categoria para uma paralisação de grande porte. Para ele, o apoio que o presidente Jair Bolsonaro tem da maioria dos transportadores autônomos de carga pode comprometer uma nova greve dos caminhoneiros em âmbito nacional.

Diferentemente das greves em 2015 e 2018, Schmidt acredita que a preferência política dos transportadores é um obstáculo para a adesão de uma nova paralisação. "A categoria ainda está agarrada a 'São Bolsonaro', são muito devotos e acho muito difícil fazer greve assim", avalia o ex-colaborador do setor.

Até o momento, as entidades seguem divergentes sobre o apoio à paralisação. Junto à CNTRC, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) já decidiu apoiar a interrupção das atividades. Por outro lado, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) acredita que ainda há pouca adesão à paralisação e o posicionamento é similar ao da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que emitiu nota pública na última sexta (23).

"Consideramos justa a ação da categoria dos caminhoneiros autônomos nessa paralisação", escreveu a entidade. "No entanto, a ABRAVA não participará dessa paralisação do dia 25/07/2021, por considerar que toda a sociedade, e não só os caminhoneiros, precisam compreender a necessidade de um ajuste social, principalmente sobre a alta do preço de combustível, que muito encarece o frete, bem como o produto que chega na casa do consumidor", afirmou o documento, assinado pelo presidente da entidade, Wallace Landim.

A possível greve dos caminhoneiros, articulada para acontecer neste domingo (25), não contará com a participação da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava). Em nota assinada por Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, líder da paralisação nacional em 2018, a entidade afirmou que defende um movimento amplo e com a participação de vários entes da sociedade civil, não só transportadores autônomos.

Na nota da Abrava, associação presidida por Chorão, a entidade ressalta que considera “justa a ação da categoria dos caminhoneiros autônomos nessa paralisação”. Contudo, a organização afirma ainda que “não participará dessa paralisação em 25 de julho, por considerar que toda a sociedade, e não só os caminhoneiros, precisam compreender a necessidade de um ajuste social".

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O documento reconhece que a alta no preço do combustível encarece o frete e os produtos que chegam até a mesa dos consumidores, e garante que “essa é uma luta de todos os brasileiros”. Dessa maneira, a entidade defende que outras categorias sejam ouvidas e mobilizadas em conjunto.

“A Abrava está conversando com outras entidades civis organizadas, procurando ampliar o grupo de entidades participantes de uma paralisação mais ampla, de forma a incluir todos os setores nesse processo", destaca.  Além disso, a nota classifica as atuais consequências do aumento de combustíveis como “mais graves” que as de 2018, ano em que a greve “que parou o Brasil” ocorreu.

Confira a nota na íntegra:

Para reivindicar contra a política de preços de combustíveis da Petrobras, caminhoneiros vão paralisar as atividades em diversos estados neste domingo (25). De acordo com o presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, Pernambuco não deve participar das manifestações.

"Nós brasileiros não aguentamos mais pagar nossos combustíveis com preços internacionais", afirmou Stringasci ao comentar sobre o pedido pelo fim do Preço de Paridade de importação (PPI). Conforme o representante, desde fevereiro os profissionais lutam pela redução das taxas.

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Os profissionais também pedem por uma reforma tributária nos Estados para que a redução dos valores seja percebida nas bombas. "Todos nós sofremos com essa política de preços de combustíveis [...] e até o final desse ano, se o povo brasileiro não fizer nada, o botijão de gás vai chegar a R$ 200. Não dá mais. O brasileiro não aceita mais", criticou.

Pernambuco deve ficar de fora

Apesar do caráter de paralisação, o presidente da ANTB não descartou seguir com as atividades suspensas ao longo da semana. Ele apontou que, ao menos, os profissionais do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e São Paulo vão aderir ao ato.

Questionado sobre a articulação em Pernambuco, Stringasci sugeriu que o Estado não vai participar do movimento nacional e respondeu que “Pernambuco não tem ninguém que tá a frente do trabalho”.

Entidades e associações que representam caminhoneiros avaliam a possibilidade de realizar uma paralisação nacional a partir de domingo (25), Dia do Motorista, que poderia crescer na segunda-feira (26). Há um descontentamento de parte da categoria com promessas não cumpridas pelo governo Jair Bolsonaro e com as altas recentes do preço do óleo diesel.

Entre as insatisfações também são citadas o fim da isenção do PIS/Cofins sobre o diesel, os preços elevados dos insumos para o transporte de cargas e a falta de fiscalização do piso mínimo do frete. Algumas entidades já decidiram apoiar a interrupção das atividades, mas reuniões ainda serão realizadas ao longo desta semana para definir a posição da categoria, segundo representantes ouvidos pela reportagem.

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Uma das entidades que decidiu apoiar a paralisação é o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Plínio Dias, presidente da entidade, disse que a mobilização começa no dia 25 e que a adesão pode crescer na segunda-feira e nos dias subsequentes. A entidade afirma já ter apresentado 387 ofícios ao governo desde o começo do ano com as reivindicações dos caminhoneiros, como o fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras para combustíveis, maior fiscalização nas estradas para cumprimento do piso mínimo de frete e a aposentadoria especial para os motoristas. Segundo o representante, a pauta é a mesma da paralisação do início de 2021. "Até o presente momento, o governo e as pastas cabíveis não chamaram para conversar", disse ele.

O descrédito do governo vem aumentando junto aos caminhoneiros em virtude de algumas promessas não cumpridas. Em maio, preocupado com movimentos grevistas e as constantes ameaças de paralisações, o governo anunciou um pacote de medidas para a categoria, o "Gigantes do Asfalto". Entre as medidas consta a criação do Documento Eletrônico de Transportes (Dt-e), uma das principais apostas do governo para o segmento autônomo. O projeto foi aprovado na última quinta-feira, 15, pela Câmara dos Deputados por meio da Medida Provisória nº 1051/21 e vai tramitar no Senado. Trata-se de um recurso que vai unificar os documentos exigidos para o transporte de cargas e que poderá ser usado pelo celular do motorista. Também foi visto pela categoria como tentativa de acalmar os ânimos.

A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) vai decidir sobre a adesão no movimento em reunião com seus associados nesta quinta-feira (22). "Estamos conversando e orientando a categoria para seguirmos para termos os cumprimento das leis que conquistamos", disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão. A entidade vem cobrando o Executivo quanto à efetivação de uma série de medidas anunciadas para a categoria em manifestações frequentes.

O representante da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, disse que a entidade apoia a categoria na sua decisão, mas ponderou que os caminhoneiros ainda estão decidindo se vão parar ou não. Conforme Stringasci, várias reuniões de lideranças sindicais, de associações e cooperativas estão sendo realizadas no Brasil todo nesta semana. "Vamos ver a decisão da maioria da categoria. O que a maioria decidir estaremos junto e apoiando."

Conforme Stringasci, a questão dos combustíveis é chave. "Não tem mais condições para o caminhoneiro, e nem para o povo brasileiro, de tanto reajuste. A categoria quer uma reforma na política de preço", disse o líder. Dias, do CNTRC, que participou de uma reunião em junho com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou que até o momento os caminhoneiros não foram chamados à mesa para escutar a resposta da empresa aos seus pedidos.

Segundo os líderes, há possibilidade de maior adesão agora do que na paralisação de fevereiro, em virtude dos reajustes no diesel de lá para cá. Conforme o representante da ANTB, alguns motoristas e entidades que a princípio eram contra, por achar que era um movimento contra o governo, agora acreditam ser "uma questão de necessidade" a paralisação para reivindicar seus "direitos". "Entenderam as pautas, principalmente a do combustível", disse. "Agora o caminhoneiro está com a corda no pescoço e viu que o combustível subiu e que, se a gente não se mexer, vai subir de novo", afirmou Dias.

A Petrobras iniciou a parada para manutenção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), a primeira desde o início da operação da fábrica, em 2014. Praticamente todos os equipamentos da refinaria, que totalizam cerca de 3 mil equipamentos em todas as unidades, serão paralisados para que sejam atendidas exigências técnicas e de regulamentações do setor.

A Rnest vai ficar parada por 45 dias, período em que 3 mil trabalhadores vão atuar na manutenção, divididas em turnos e "seguindo todos os protocolos de segurança e de prevenção à covid-19", segundo a Petrobras.

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Sem a Rnest, a empresa teve de rearranjar parte da sua logística de abastecimento, para cumprir contratos comerciais. O fornecimento de óleo diesel vai ser atendido com os estoques planejados e disponíveis na refinaria. "Eventuais necessidades poderão ser supridas por meio de recebimento de cabotagens ou até mesmo importações", informou a empresa, em nota.

O comércio dos demais produtos - gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação (QAV) - não vai ser afetado pela parada geral da refinaria.

Para evitar contaminações com o coronavírus, a empresa afirma que atende aos protocolos do governo e internos. Além disso, está realizando testes rápidos em todos os candidatos apresentados pelas empresas contratadas para realizar o serviço antes de ingressarem na refinaria. Os testes serão repetidos a cada 14 dias em todo contingente, segundo a empresa.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco decidiu suspender a paralisação por vacinas contra a Covid-19 anunciada para esta quinta-feira (8). A entidade aponta que o objetivo previsto com a manifestação foi alcançado nessa terça (6), quando o ministro da Saúde Marcelo Queiroga incluiu a categoria como prioridade do Plano Nacional de Imunização (PNI).

O Ministério da Saúde sinalizou que a nota técnica que confirma prioridade dos profissionais dos bancos será formalizada até este fim de semana, e espera receber informações dos estados sobre a distribuição de doses a partir da próxima semana. Os trabalhadores dos Correios também serão integrados ao novo calendário.

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Em Pernambuco, mesmo antes da mobilização agendada, o sindicato já havia requisitado o adiantamento de doses ao Governo do Estado por considerar a atividade bancária como essencial na pandemia, sobretudo para garantir os repasses do auxílio emergencial a população.

Em pleno desacordo com a gestão, os bancários entendem que faltou compromisso do governador Paulo Câmara (PSB) com a categoria e, agora, pressionam pelo anúncio das datas de aplicação. Por isso, uma possível greve ainda não foi descartada.

"Pernambuco terá condições de sair na frente, pois o Governo do Estado já recebeu os dados enviados pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco com o total de bancários ainda não vacinados por município", destacou em nota.

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