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O dólar segue em baixa no mercado doméstico na manhã desta quarta-feira (19). O ajuste está alinhado à desvalorização predominante da moeda norte-americana ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a movimentos técnicos e espera pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Os investidores monitoram ainda o impasse nas negociações em Washington sobre novos estímulos nos EUA e seguem preocupados também com uma segunda onda de Covid-19 pelo mundo, principalmente nos EUA e Europa, e as tensões sino-americanas.

Operadores locais afirmam que persiste a cautela com o fundamento fiscal das contas públicas brasileiras, o que limita a valorização do real. É uma sessão de espera por novidades, diz um operador. A questão, de novo, é ver a prometida agenda liberal ser executada. Na terça-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, reafirmou o compromisso com o ajuste fiscal.

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Após pedir que o governo envie sua proposta sobre a extensão do auxílio emergencial e de criticar os bancos pela cobrança de juros exorbitantes no cartão de crédito e cheque especial, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, segue no foco. Maia toma café com o presidente Jair Bolsonaro e também se reúne mais tarde com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em almoço em Brasília.

Ontem, o dólar caiu, devolvendo parte do estresse provocado no dia anterior pelas especulações sobre uma iminente saída do ministro da economia, Paulo Guedes, que foi negada por Guedes e por Bolsonaro. Com isso, a inclinação da curva de juros futuros diminuiu um pouco - ainda que continue apontando alto risco fiscal à frente - e voltou a ser precificado um novo corte da Selic.

Às 9h25 desta quarta, o dólar à vista recuava 0,16%, a R$ 5,4594. O dólar futuro para setembro caía 0,20%, a R$ 5,4605.

O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (15), alinhado à tendência global, em meio a esperanças renovadas com uma vacina para o novo coronavírus, que instiga o apetite por ativos de risco. Os agentes financeiros operam ainda na expectativas de retomada hoje da discussão da reforma tributária na Câmara, além da sanção do marco do saneamento básico, que pode atrair fortes investimentos estimados pelo governo entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões ao ano.

Mais cedo, os agentes de câmbio olharam o salto de 1,91% do IGP-10 em julho, acima do teto das estimativas do mercado financeiro (+1,84%) e também superior à alta de 1,55% do indicador em junho. Às 9h27 desta quarta-feira, o dólar à vista caía 0,67%, a R$ 5,3134. O dólar futuro para agosto recuava 1,06%, a R$ 5,3134.

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Após forte reação negativa sobre atrasos e omissões na divulgação de dados da covid-19, o Ministério da Saúde recuou e irá informar dados sobre infectados e mortos às 18h, diariamente, disse nesta segunda-feira, 8, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.

A decisão ocorre após, na última semana, o Ministério da Saúde retardar, por quatro dias, para cerca de 22h a apresentação de balanços diários da pandemia, que costumavam sair por volta das 19h.

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O atraso nos dados chegou a ser comemorado pelo presidente Jair Bolsonaro. "Olha, não interessa de quem partiu (a ordem para o atraso). Acho que é justo sair dez da noite. Sair o dado completamente consolidado", afirmou na última sexta-feira, 5, em frente ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro também disse que "acabou a matéria no Jornal Nacional" sobre a doença, referindo-se ao telejornal da TV Globo, e cobrou que sejam divulgados apenas os números de pessoas que morreram naquele dia. Isso porque os dados apresentados pelo Ministério da Saúde incluem os óbitos que ocorreram em datas anteriores, mas só tiveram a confirmação de que a causa foi a covid-19 nas últimas 24 horas.

Como o Estadão revelou, a mudança na forma de divulgação dos dados ocorreu após Bolsonaro determinar que o número de registros ficasse abaixo de mil por dia. A solução encontrada seria divulgar apenas dados de mortes que ocorreram, de fato, durante o dia.

No informe de sexta-feira passada, o ministério ainda omitiu o número total de mortos no País desde fevereiro, quando foram registrados os primeiros casos da doença. O painel da covid-19 no site da Saúde ainda ficou fora do ar até sábado. Segundo Elcio Franco, havia "necessidade de reformulação" da página.

Partidos da oposição e a Defensoria Pública da União (DPU) chegaram a ir à Justiça para reverter o atraso e a omissão de dados sobre o novo coronavírus no País. O Ministério Público Federal abriu procedimento extrajudicial para apurar o caso.

O otimismo externo após a China afirmar que continua comprando soja dos EUA embala a queda do dólar no exterior e no mercado doméstico. Nesta segunda-feira (1°), o dólar subiu ante o real, contrariando a queda lá fora, com investidores reforçando posições defensivas em meio a tensões políticas locais após os protestos a favor da democracia e contra o governo Bolsonaro no domingo, em São Paulo.

A melhora do ambiente nesta terça antecede "as expectativas do mercado de uma brutal queda mensal da produção da indústria em abril", que será conhecido amanhã", diz a Renascença DTVM. A agenda econômica do dia é fraca e a cena política interna permanece no radar.

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A pauta do Congresso será monitorada. O plenário do Senado deve votar nesta terça-feira o PL que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, já chamada de Lei das Fake News. E a Câmara dos Deputados realiza sessão virtual, a partir das 15h, para apreciar a MP 944, que libera crédito para pagamentos de salários e foca em micro e pequenas empresas.

Além disso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, marcou para o dia 10 o julgamento sobre a continuidade ou não das apurações do inquérito das fake news. E a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avalizar pedido da Polícia Federal (PF) para prorrogar por 30 dias as investigações sobre a suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na corporação. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também vai pedir que Bolsonaro preste depoimento por escrito.

Em entrevista ontem à GloboNews, Aras disse que Bolsonaro esqueceu de "combinar" com ele sobre o arquivamento do inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal. O presidente disse recentemente acreditar no "arquivamento natural" do caso. Cabe a Aras decidir se denuncia ou não Bolsonaro. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que a tendência é que Aras peça o arquivamento do caso.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação em todas as sete capitais que compõem a amostra no fechamento de maio. No mês, o indicador cheio caiu 0,54% e ficou 0,36 ponto porcentual abaixo da taxa de abril (-0,18%), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Às 9h23 desta terça, o dólar à vista caía 1,22%, a R$ 5,3226. O dólar futuro para julho recuava 0,80%, a R$ 5,3320.

O governo brasileiro fez movimentos de bastidores na quarta-feira (29) para desfazer dentro do governo dos Estados Unidos uma possível má impressão sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. Um dia depois de o presidente americano, Donald Trump, falar sobre o "surto" do vírus no País, a Embaixada do Brasil em Washington enviou uma carta ao governo da Flórida e fez contatos com a Casa Branca e com o Conselho de Segurança Nacional.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, também conversaram pelo telefone. Antes da ligação, Pompeo falou em conversa com jornalistas que os EUA querem restaurar o fluxo de viagens comerciais entre os dois países quando possível, como uma forma de recuperar as economias. "Estamos trabalhando em conjunto com nossos colegas no Brasil para definir as condições para que possamos não apenas fazer a aeronave voar novamente, mas fazê-lo de maneira que restaure a confiança, para que as pessoas viajem, desfrutem de lugares bonitos no Brasil, e os brasileiros desfrutem de lugares bonitos nos EUA, e de negócios e comércio", disse Pompeo.

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A fala do secretário esfria a temperatura um dia após Trump ter perguntado ao governador da Flórida, Ron DeSantis, se ele desejava "cortar" os voos vindos do Brasil para ajudar a conter o coronavírus. "Não necessariamente", disse o governador. "Se você precisar, nos deixe saber", disse Trump ao governador, sugerindo que pode interromper voos vindos da América Latina se for o caso. Atualmente, os EUA, e não o Brasil, são epicentro mundial da pandemia, com 1 milhão de casos e 60 mil mortes.

Segundo o governo americano, há apenas nove voos semanais operando entre Brasil e EUA, com três rotas aéreas. Duas delas tem a Flórida como destino e a terceira, o Texas. Os americanos disseram ao governo brasileiro que não há, no momento, uma medida concreta para restringir os voos do Brasil que esteja sendo avaliada internamente. Mas as possíveis restrições são reavaliadas diariamente.

O encarregado de negócios do Brasil em Washington, embaixador Nestor Forster, enviou uma carta ao governador da Flórida na qual se colocou à disposição para prestar informações e esclarecer dúvidas sobre políticas de saúde implementadas no Brasil. A ideia é tentar garantir que uma eventual medida de restrição seja feita de maneira coordenada com o Brasil.

Ao governador da Flórida, a Embaixada do Brasil nos EUA também passou informações sobre a importância das rotas áreas que ainda estão em operação para transporte de cargas e repatriação de brasileiros que estão no exterior. Os voos, diz a embaixada, têm voltado do Brasil aos EUA com poucos passageiros. Também foram incluídas na mensagem as medidas já tomadas no Brasil para conter a pandemia.

O governo Trump tem evitado criticar políticas adotadas pelo governo Bolsonaro, de quem o governo americano se declara um aliado. Fontes do governo americano afirmam que é preciso ler a mensagem de Trump como um sinal de apoio à Flórida - Estado importante nas eleições presidenciais - e não de ameaça ao Brasil.

"Parece-me um composto da própria personalidade de Trump, de dizer as coisas de forma irrefletida, associado a um populismo de que em está de olho na eleição e um componente ainda de que alguém deve ter dito algo de orelha sobre a situação do Brasil", afirmou Hussein Kalout, cientista político e pesquisador da Universidade Harvard. "Agora, isso mostra que o governo Bolsonaro não é uma prioridade estratégica. Se o Brasil fosse de fato um país que fosse parte da primeira página das prioridades americanas, Trump não teria dito isso. A dimensão do olhar dele para o Brasil não opera na mesma frequência que o Brasil olha para o norte do hemisfério norte", afirmou Kalout.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar opera em queda nesta terça-feira (28) em meio à postura mais intervencionista do Banco Central e a desvalorização da moeda americana no exterior. Também ajuda o cenário político menos tenso e a deflação do IPCA-15 de abril, de -0,01% (ante +0,02% em março), no menor nível para o mês desde o Plano Real, decorrente do impacto do isolamento social pela pandemia de Covid-19.

Ainda assim, operadores avaliam que o mercado cambial pode ficar volátil durante o dia, com possível alta da moeda americana na sessão, ainda que pontual. O investidor digere a nomeação André Mendonça como ministro da Justiça e Segurança Pública, além da confirmação do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, em substituição a Maurício Valeixo; Ramagem é próximo do clã Bolsonaro.

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Além de possível continuidade de um fluxo financeiro negativo, os investidores estrangeiros podem defender ainda posições técnicas, agora comprada em dólar futuro, sobretudo à tarde, com a proximidade do fechamento da Ptax de abril, nesta quinta-feira.

De todo modo, se o real vir a se descolar da valorização predominante de outras moedas emergentes no exterior, o Banco Central pode voltar a atuar, injetando liquidez e tirando força dos preços à vista, como se viu nas últimas duas sessões.

Às 9h23, o dólar à vista caía 0,85%, a R$ 5,6099. O dólar futuro de maio recuava 0,80%, a R$ 5,6115.

Após uma escalada de tensão, depois que os EUA ordenaram a morte do general iraniano Qassim Suleimani, em ataque com drone em Bagdá, o presidente Donald Trump e seu colega iraquiano, Barham Saleh, concordaram nessa quarta-feira (22), em Davos, em manter a presença militar americana no Iraque.

"Os dois presidentes concordaram com a importância de continuar com a cooperação econômica e de segurança entre o Iraque e os Estados Unidos, até mesmo na guerra contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI)", declarou ontem a Casa Branca, em comunicado.

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As relações entre Bagdá e Washington se deterioraram após o assassinato do general iraniano. Pouco depois da morte, o Parlamento iraquiano aprovou resolução que determinava a saída imediata das tropas americanas do Iraque - os EUA mantêm por volta de 5 mil soldados no país.

Na ocasião, a resolução foi rejeitada pelo governo americano. Ontem, a Casa Branca "reafirmou o compromisso inabalável dos Estados Unidos de ter um Iraque soberano, estável e próspero". Durante entrevista em Davos, na Suíça, ao lado de Saleh, no intervalo das reuniões do Fórum Econômico Mundial, o presidente americano disse que o Iraque está satisfeito com o trabalho das tropas dos EUA no país. "Eles gostam do que estamos fazendo e gostamos deles. Sempre tivemos um relacionamento muito bom", disse Trump.

O presidente iraquiano afirmou que, apesar do acordo sobre a permanência dos soldados, é preciso que haja uma negociação paralela para a redução das tropas estrangeiras no solo iraquiano.

Trump afirmou que atualmente a presença americana no Iraque já é muito menor do que foi durante a ocupação, ocorrida entre 2003 e 2011, após a invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein. "(Já) Reduzimos para 5 mil e reduziremos para um número muito mais baixo", disse o presidente.

Feridos

O Exército dos EUA enviou do Iraque para a Alemanha 11 soldados americanos feridos nos ataques iranianos a bases do Iraque, no dia 8.

Inicialmente, Trump havia garantido que a ofensiva não tinha ferido ninguém. Ontem, o presidente minimizou os ferimentos. "Ouvi dizer que eles tiveram dores de cabeça, mas não é muito grave", disse Trump. (com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal recuou e desistiu de distribuir 100% do lucro do FGTS com os trabalhadores. O presidente Jair Bolsonaro atendeu a um pedido do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e vetou o dispositivo que ampliaria a distribuição do lucro e a rentabilidade das contas, previsto na lei que trata dos saques do fundo de garantia, sancionada nesta quinta-feira, 12.

Com o veto, permanece em vigor a regra antiga, criada no governo Michel Temer, que prevê distribuição de "parte" do lucro com os cotistas. Nos últimos anos, a divisão foi de 50% do resultado.

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O próprio presidente havia assinado em julho deste ano uma Medida Provisória (MP) que ampliou as possibilidades de saque do fundo de garantia e previu também a distribuição de todo o lucro do FGTS para os trabalhadores. Como a MP tem vigência imediata, neste ano os cotistas já receberam em suas contas o correspondente à divisão de 100% do resultado, que totalizou R$ 12,2 bilhões. O crédito é feito até 31 de agosto de cada ano.

À época do anúncio do resultado, o presidente do Conselho Curador do FGTS, Igor Vilas Boas, disse em nota divulgada pelo Ministério da Economia, que a distribuição de 100% do resultado do FGTS ao trabalhador "amplia os ganhos do cotista, tornando a rentabilidade do FGTS melhor que a maioria dos investimentos".

Os recursos depositados no FGTS são remunerados a uma taxa de 3% mais a Taxa Referencial (TR). Com a distribuição de 100% do lucro de 2018, a previsão é que a rentabilidade das contas fique em 6,18%, melhor do que o rendimento da poupança.

O veto acaba com a obrigatoriedade de seguir com essa política de distribuição total do lucro com os trabalhadores.

Na justificativa do pedido de veto, o MDR informou que a lei estava limitando os subsídios concedidos a famílias beneficiárias do Minha Casa, Minha Vida, e ampliando o lucro do FGTS "de forma a favorecer as camadas sociais de maior poder aquisitivo, que são as que possuem maior volume de depósitos e saldos na conta do FGTS." A limitação aos subsídios do MCMV também foi vetada por Bolsonaro.

Na área econômica do governo, apesar da decisão do presidente de acatar o pedido do MDR, lembra-se nos bastidores que não há qualquer trava na lei para impedir o Conselho Curador de distribuir fatia maior ou menor do que os 50% adotados nos anos anteriores. Como a lei fala em "parte" do lucro, a avaliação é de que pode-se repartir de 1% a 99% do resultado, a depender da orientação da equipe econômica. O Ministério da Economia tem maioria no colegiado, ocupando três dos seis assentos do governo. MDR, Ministério da Infraestrutura e Casa Civil têm um assento cada.

O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta terça-feira (10), que foi um "recuo" do governo enviar o vice-presidente, Hamilton Mourão, à posse presidencial de Alberto Fernández, na Argentina. O governo havia desistido de enviar nome do primeiro escalão, mas voltou atrás na tarde de segunda-feira (9).

Questionado sobre a mudança de decisão, Bolsonaro disse: "(Foi) porque eu decidi". "Vocês falam em recuo o tempo todo, como se o governo que dá cabeçada por aí. O recuo... às vezes você toma uma decisão antes de acontecer, né", disse Bolsonaro.

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O presidente comparou o caso a um jogo de futebol: "Você vê técnico de futebol, muitas vezes o cara tá ali para entrar em campo, o cara se machuca, não é que errou, aconteceu um imprevisto. E na política tem imprevisto a todo momento".

Bolsonaro disse que o Brasil não deseja brigar com ninguém. "Queremos fazer comércio com o mundo todo". O presidente voltou a afirmar, no entanto, que Fernández deve ter dificuldades para governar. "A Argentina também polarizou. Parecido aqui no Brasil. O partido do (ex-presidente) Macri fez uma bancada grande. Vão ter problemas para impor a sua política, no caso o Fernández. Estou torcendo para que a Argentina dê certo. Se bem que os números dizem que vão ter mais dificuldade do que nós", finalizou.

De passagem pelo Recife nesta quinta-feira (23), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, minimizou o recuo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) diante do decreto que flexibiliza a posse e o porte de armas no país. A nova versão do decreto foi publicada pelo governo nessa quarta-feira (22) e mudou questões polêmicas, como a possibilidade de qualquer cidadão poder comprar e portar fuzis.

Indagado sobre o assunto, Moro optou por ser sucinto. “O presidente foi sensível a umas críticas que foram feitas e isso é normal na política pública”, observou ao deixar uma reunião do Pacto Pela Vida, programa de segurança pública do Governo de Pernambuco.

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Entre outras medidas criticadas e agora modificadas, o decreto anterior, de 7 de maio, aumentava em até quatro vezes o valor do poder de fogo das armas que poderiam ser compradas pelos civis -  a nova classificação incluia o fuzil T4. A nova edição das regras também veta o porte a carabinas ou espingardas para cidadãos comuns.

O Ministério da Justiça chegou a ser questionado pelo Supremo Tribunal Federal sobre a abertura concedida pelo decreto de Bolsonaro, assim como o próprio presidente. Após alterar o texto, o governo pediu que o STF arquive as ações que tramitam na Corte sobre o assunto.   

Ao divulgar o novo decreto, Palácio do Planalto admitiu “erros meramente formais" e informou a mudança aconteceu após pontos serem questionados na Justiça, pelo Congresso e "pela sociedade em geral", mas "sem alterar sua essência".

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nota hoje (19) confirmando a participação na Semana do Clima da América Latina e Caribe, a ser realizada de 19 a 23 de agosto na cidade de Salvador.  A semana é uma iniciativa da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e funciona como preparação para a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-25), que ocorrerá em dezembro deste ano no Chile.

Segundo a nota publicada no site do ministério, o governo federal vai apresentar uma proposta para debate nas atividades da semana, que reunirá representações de diversos países para discutir desafios relacionados ao fenômeno das mudanças climáticas na região.Na última semana, o ministro da pasta, Ricardo Salles, havia se posicionado de forma contrária à realização do evento no Brasil.

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O Executivo “decidiu formular proposta com ênfase na Agenda de Qualidade Ambiental Urbana e no Pagamento por Serviços Ambientais, através de instrumentos financeiros que visem dar efetividade econômica às atuais e futuras ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no Brasil”, diz o comunicado.

A intenção é apresentar pautas até a realização da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-25), em dezembro. O Brasil sediaria o evento, mas desistiu no ano passado.

O Ministério da Educação (MEC) recuou da decisão de punir com bloqueio de recursos especificamente universidades que promovessem "bagunça" em seus câmpus. Agora o mesmo contingenciamento planejado para elas será estendido a todas as universidades federais. Mas incidirá sobre a verba prevista para o segundo semestre.

A decisão ocorre após a repercussão negativa causada pelas declarações do ministro Abraham Weintraub, que anunciou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a promoção de "balbúrdia" nos câmpus e de festas inadequadas ao ambiente universitário seria um dos critérios usados para a escolha das instituições afetadas pelo congelamento de verbas.

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Três universidades já haviam sido alvo das medidas, segundo o ministro: a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Todas já haviam identificado desde a semana passada o bloqueio de 30% no orçamento para despesas discricionárias, usadas para custear água, luz, limpeza, e outros serviços, conforme confirmaram as próprias universidades.

De acordo com o ministro, as universidades que promovessem "bagunça" ou "evento ridículo", em vez de melhorar o desempenho acadêmico, teriam recursos bloqueados. O ministério avaliou, porém, que a decisão poderia ser questionada na Justiça e, por isso, decidiu recuar. O plano é aplicar agora o contingenciamento de cerca de 30% para todas as universidades do País até que a pasta publique regras mais claras para a definição de cortes.

Isonomia

Por meio de nota, o MEC informou que "o critério utilizado para o bloqueio de dotação orçamentária foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos" em decorrência do contingenciamento de recursos decretados pelo governo, que definiu bloqueio de R$ 5,8 bilhões do orçamento da pasta. Disse ainda que o MEC "estuda aplicar outros critérios como o desempenho acadêmico das universidades e o impacto dos cursos oferecidos no mercado de trabalho". Nesta terça-feira, 30, o ministério, também por meio de nota, havia destacado que o bloqueio de 30% já atingia universidades e destacou apenas as três citadas por Weintraub na entrevista: UFF, UFBA e UnB.

Em entrevista à TV Globo, o secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, confirmou as informações e alegou "bloqueio preventivo", que ainda pode ser revisto, conforme avance a situação econômica do País. "A gente espera que, se a Reforma da Previdência for aprovada, a gente tenha um cenário positivo na economia, com reforço de arrecadação. Daí a gente pode ter uma folga no orçamento das universidades no segundo semestre."

Preocupação

Especialistas em Educação e entidades também voltaram a fazer críticas nesta terça-feira. Simon Schwartzman, membro da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), disse ser preocupante que o ministro tome decisões importantes, como o recurso que estará disponível para uma universidade, com base em "acusações, sem evidências, sem processo ou chance de defesa". "Não se faz política pública dessa maneira. É muito inadequado cortar recursos sem ter critérios claros", diz.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) publicou uma nota em que declara o presidente Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub "inimigos da Educação". E prometia manifestações a partir de segunda-feira, na UFF. "Nossos atos vão ser dentro das universidades", disse a presidente, Marianna Dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A série O BRASIL QUE TEREMOS, do LeiaJá, ouviu especialista sobre diversos temas da atualidade para construir um cenário para os próximos quatro anos. Aqui, o convidado é o professor mestre Diego Santos, coordenador dos cursos de História, Geografia e Ciências Sociais da UNAMA – Universidade da Amazônia. Mestre em história social da Amazônia e doutorando em história, Diego responde à pergunta: “O que podemos esperar da Cultura no novo governo do país?”. Clique no ícone abaixo e ouça.

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Filho do candidato a vice-presidente Eduardo Jorge (PV), Alexandre Duarte recuou na divulgação do apoio que tinha feito à candidatura de Ciro Gomes (PDT) no Facebook. Na noite desta quarta-feira (3), Alexandre substituiu sua foto de perfil, que antes aparecia com um “twibbon”, espécie de selo, que indicava o apoio a Marina Silva (Rede), de quem o pai é vice, para uma outra com a inscrição "Ciro 12" sobre a da ex-senadora. Nesta quinta (4), entretanto, a foto de perfil na conta dele já é outra e não remete às eleições.

A sobreposição das imagens feita ontem foi encarada, nas redes sociais, como uma adesão ao movimento que defende a união das candidaturas de Ciro e Marina já no primeiro turno. Um dos amigos de Alexandre o teria questionado sobre a mudança, mas ele respondeu: "Hahahaha calma galera.. essa é só a minha vontade!"

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No Facebook, além de atualizar a foto de perfil com a indicação pró-Ciro, Alexandre havia escrito: "Last hope [última esperança, em inglês]. Marina+Ciro+Alckmin". Nessa quarta, as hashtags #RenunciaHaddad e #Alcirina chegaram ser assuntos mais comentados no Twitter Brasil, com eleitores defendendo uma unidade entre Ciro, Marina e Geraldo Alckmin (PSDB). 

Em nota, Eduardo Jorge minimizou o fato e disse que o filho é um cidadão livre para escolher o voto dele. "Neste momento  estou com Marina conversando sobre o debate de amanhã. Sobre a mudança de voto de meu filho mais novo, ele é um cidadão livre. Como são 6 filhos, continuamos com 83% dos votos. Estamos ganhando no primeiro turno!”, ironizou.

Pressionado de ambos os lados, por empresários e caminhoneiros, o governo federal foi obrigado na quinta-feira (7) a revogar a nova versão da tabela do preço mínimo do frete 4 horas após publicar a resolução.

No fim da noite de quinta, o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, se reuniu com os representantes dos caminhoneiros, que estavam insatisfeitos com as mudanças promovidas na tabela anterior. De acordo com a revisão feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o preço do frete seria reduzido em média em 20%.

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A reunião com o ministro foi gravada pelos caminhoneiros, que já articulavam pelos grupos de WhatsApp uma nova paralisação a partir de segunda-feira (11). No vídeo, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, o ministro afirma que os representantes reclamaram de alguns pontos da resolução e que, por isso, uma nova reunião foi marcada para esta sexta-feira (8) às 9h na ANTT para rediscutir o tema.

"O Ministério dos Transportes e a ANTT decidiram tornar a resolução sem efeito para que amanhã (esta sexta-feira) as lideranças possam ir à agência discutir a questão e a metodologia da tabela para ser publicada novamente", disse o ministro aos representantes.

Segundo ele, a intenção é fazer uma tabela factível e que represente o custo do transporte de carga no Brasil. Portanto, essa resolução está revogada e a tabela antiga volta a valer até que a ANTT publique uma nova versão.

Resolução

Na reunião, os caminhoneiros se queixaram de um ponto da resolução que exclui do tabelamento os veículos que precisam de Autorização Especial de Tráfego (AET). Nessa categoria, estão grandes caminhões de nove eixos usados pelo agronegócio. Esse ponto deverá ser suprimido da nova resolução.

Os líderes do movimento também pediram explicações sobre a fórmula de cálculo do frete. Na quinta-feira pela manhã, eles estiveram na ANTT e lá os técnicos explicaram como funcionaria. Mas, à noite, após a publicação da resolução, eles ainda tinham dúvidas e interpretações equivocadas sobre o tema.

A tabela do preço mínimo é considerada a grande vitória dos caminhoneiros nos últimos tempos e nenhum profissional da categoria está disposto a abrir mão dos benefícios prometidos pelo governo para interromper a greve. A principal munição dos caminhoneiros para pressionar o governo é uma nova paralisação - e eles estão dispostos e articulados para novos protestos.

Do outro lado, no entanto, o governo enfrenta a forte pressão do setor produtivo, em especial do agronegócio, que depende do transporte rodoviário. Na quinta-feira, mesmo depois da nova resolução, as empresas continuavam insatisfeitas. Elas consideraram o corte - em média de 20% - insuficiente e ameaçam dar início a uma avalanche de ações judiciais.

A articulação ganhou força depois que um produtor de sal de Mossoró (RN) conseguiu liminar suspendendo a tabela. O juiz federal substituto Orlan Donato Rocha, da 8.ª Vara Federal, apontou "flagrante inconstitucionalidade" na medida.

"O governo está numa situação complicada, pois qualquer que seja a decisão haverá conflito. Se a tabela for mantida, os empresários vão reclamar; se cair, os caminhoneiros vão protestar", explicou o presidente da União dos Caminhoneiros (Unicam), José Araujo, mais conhecido como China. Para o representante do Comando Nacional dos Transportes (CNT), Ivar Schmidt, o governo voltou atrás porque percebeu o risco que corria de uma nova paralisação.

Na quinta, após anunciar a nova versão da tabela, o ministro declarou que o governo confiava que não haveria novas manifestações por causa da mudança da mesma, pois considerava que não haveria prejuízos para nenhuma das partes.

A MP tabelando o frete causou constrangimento nos escalões técnicos do governo. Segundo fontes do Ministério dos Transportes e da ANTT, ninguém era favorável a essa medida, por entender que a regra engessaria preços para os usuários, prejudicando a concorrência no setor de transportes de cargas.

A avaliação é que o governo, completamente surpreendido com os desdobramentos da paralisação, tomou uma decisão à queima-roupa, sem analisar criteriosamente todos os seus efeitos, por conta da pressão da categoria.

A compra do novo prédio da Câmara Municipal do Recife foi cancelada. A informação foi anunciada pelo primeiro-secretário da Casa, vereador Marco Aurélio (PRTB), nesta terça-feira (15). O antigo Hotel São Domingos, localizado no bairro da Boa Vista, serviria para abrigar os gabinetes para os 39 vereadores e salas de comissões. O imóvel seria comprado no valor de  R$ 12 milhões, com a dispensa da licitação.

Segundo Marco Aurélio, a Câmara precisou recuar da aquisição por causa de um imbróglio na propriedade do prédio - que é de Kerignaldo Magalhães de Bastos e Marília Coimbra de Bastos. O vereador contou ao LeiaJá que um procurador dos donos, Onofre Lacerda, estava tratando das negociações com a Casa, mas na semana na última terça-feira (8) o advogado Ary Santa Cruz, representando Kerginaldo, procurou a Câmara para dizer que seu cliente desconhecia a negociação e, no momento, veio à tona que Onofre também seria dono do prédio.

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“Gerou uma confusão, não podemos, diante de um problema desse mal resolvido, comprar o prédio. Não podemos comprar um prédio diante desta dúvida de quem é o dono, tenho que proteger a Casa, não posso expor meus pares a isso. Agora me sinto frustrado com isso e como secretário da Câmara vou acionar a Procuradoria para que Onofre seja processado por dolo, má fé e indução ao erro”, declarou Marco Aurélio.

Indagado se já tinha algum outro imóvel à vista para comprar, Marco Aurélio disse que não. “Não temos mais tempo. Passamos 14 meses empenhados nesse prédio, entendi que seria um local muito bom para gente, mas não certo. Durante os últimos meses fizemos uma economia que aumentou em 60% o fundo da Câmara justamente para adquirir um novo prédio, tínhamos R$ 7 milhões a agora já chegamos a R$ 11,8 milhões. Isso tudo foi feito para investir na Casa, o atual prédio não está a altura de ser uma Câmara”, observou o primeiro-secretário.

Já sobre as críticas direcionadas para  Câmara quando a notícia da compra do antigo hotel, por R$ 12 milhões, sem licitação, veio à tona, Marco Aurélio disse que o fato não tinha ligação com o recuo. “A compra não seria sem licitação, mas com a dispensa dela. Foram adotadas todas as medidas legais e fizemos um chamamento público, para dizer que queríamos comprar um prédio, o único que apareceu foi justamente esse. Não tinha nada errado, não tenho nenhuma dúvida que a compra seria extraordinária”, concluiu. 

A Bovespa começou o pregão oscilando entre os terrenos negativos e positivos e rondava a estabilidade, com viés de baixa, enquanto as bolsas internacionais avançam na manhã desta terça-feira (9). De qualquer forma, segundo operadores, a perspectiva ainda é positiva para o índice à vista, que, amparado pelos mercados acionários internacionais, tem como objetivo o patamar inédito dos 80 mil pontos conforme analistas gráficos

Às 10h35, o Ibovespa caía 0,14%, aos 79.270 pontos, após ter fechado em alta por 11 pregões consecutivos, acumulando valorização de 9,22%.

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"A Bovespa está tendo uma realização pequena perto do quanto já subiu. Mas o que vemos no geral é um cenário de acomodação, mas a tendência ainda é de melhora, que pode ser bem forte se Lula perder no dia 24", avalia Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.

Depois de anunciar oficialmente que o presidente Michel Temer havia desistido de participar da reunião do G-20, em Hamburgo, na Alemanha, no próximo dia 7, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que o presidente agora vai à reunião das 20 maiores economias do mundo. O "escav" (escalão avançado), que é a equipe precursora da viagem, quase saiu na semana passada para preparar a chegada do presidente brasileiro e agora irá na terça-feira, 4, à noite.

O presidente estava sendo pressionado pela equipe econômica e pelo ministro das Relações exteriores, Aloysio Nunes, para participar do encontro na Alemanha. O argumento da ala econômica é de que, independente da crise política e jurídica, é melhor mostrar que "o país não pode parar" e que o evento econômico era fundamental para agenda de retomada da confiança.

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Apesar do retorno da agenda internacional, Temer não vai mesmo ao encontro bilateral com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que estava previsto para o dia 6 de julho. Isso porque, de acordo com interlocutores, para chegar a tempo do encontro com a chanceler, Temer teria que sair do Brasil na terça à noite, o que deixaria o presidente fora do país por muito tempo.

A decisão de Temer ir ou não ao G-20 não é consenso na cúpula do governo. Assim como aconteceu na viagem que fez na semana retrasada pela Rússia e pela Noruega, alguns interlocutores do presidente salientam que há sempre "um risco político alto" de deixar o país na atual situação. Do exterior, Temer sofreu uma derrota na votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

A viagem de Temer acontece enquanto ele prepara a sua defesa em relação à denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na semana passada, Temer deu uma demonstração de que não evitará o confronto com Janot, que o governo classifica como o maior algoz de Temer, e anunciou às pressas o nome de Raquel Dogde para o cargo de procurador-geral da República.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (18) que o projeto de reforma da Previdência trará uma diferenciação na idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres. “Não há definição ainda, na medida em que o relatório será apresentado amanhã [19], mas a visão do relator é algo que se situa ao redor de 62 anos [para as mulheres; 65 anos para os homens].”

A mudança vai constar do substitutivo elaborado pelo relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), ao texto original enviado pelo governo. Pela proposta original do Executivo, as mulheres teriam acesso ao benefício da aposentadoria a partir dos 65 anos, mesma idade dos homens. A equiparação gerou reação de vários setores e motivou intensa negociação entre o governo e os parlamentares. O parecer deve ser lido amanhã (19) na comissão especial da Câmara que debate o tema.

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Meirelles esteve reunido hoje, no Palácio da Alvorada, com o presidente Michel Temer, outros ministros e deputados da base aliada do governo. Segundo Meirelles, as mudanças que estão sendo negociadas com o Congresso são necessárias para viabilizar a aprovação de um projeto que assegure a eficiência e eficácia fiscal da reforma. Ele disse ainda que todas as mudanças já estão precificadas, e o governo espera que a reforma se aproxime 80% da proposta original.

“É um reforma que está dentro dos parâmetros que nós definimos como importantes para que o equilíbrio fiscal do país seja restabelecido. Portanto, a negociação é da maior relevância”, acrescentou o ministro.

Processo de discussão

De acordo com o ministro da Fazenda, o projeto está sendo negociado para atender também as demandas dos senadores, e a expectativa é que não haja grandes modificações no texto durante a tramitação no Senado. “O relatório não está pronto. Hoje é uma parte importante do processo de discussão.”

Após o café da manhã hoje no Palácio da Alvorada, o deputado Paulo Pereira da Silva(SD-SP), o Paulinho da Força, criticou a idade mínima para aposentadoria e defendeu o prosseguimento das negociações em torno desse ponto. Paulinho disse que, em relação à aposentadoria, a cada dois anos, aumentam-se 11 meses para as mulheres e dois anos para os homens, até chegar a 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. "O governo tem que continuar negociando para melhorar essa fórmula. Considero que 62 anos para mulheres é muito alto ainda e 65 para homens, inaceitável.”

O ministro da Secretaria-Geral de Governo, Antonio Imbassahy, ressaltou que, com as alterações acordadas entre o governo e o relator, aumentou a disposição dos parlamentares para aprovar a reforma. “Pelo que a gente pode perceber, o ambiente modificou-se bastante: há realmente uma expectativa favorável para a aprovação da reforma da Previdência”, disse Imbassahy.

Parecer do relator

A diferenciação na idade mínima entre homens e mulheres também foi incluída pelo relator nas regras de transição. Segundo o relatório preliminar, não há corte de idade para entrar na transição e, neste período, o limite de idade para se aposentar é de 53 anos para a mulher e 55 para o homem.

O chamado pedágio sobre o tempo de contribuição durante a transição seria de 30% e não 50%, como proposto inicialmente. Maia reduziu também de 49 para 40 anos o tempo máximo de contribuição para o trabalhador receber o benefício integral da aposentadoria.

Se o trabalhador exerce atividade considerada de risco, o tempo total pode ser reduzido para 35 anos.

Para os trabalhadores rurais, a idade mínima para se aposentar foi alterada de 65 para 60 anos, com 20 anos de contribuição, em vez de 25 como proposto originalmente pelo governo. A alíquota de contribuição do trabalhador rural também deverá ser reduzida, não podendo exceder 5%, como é feito com o trabalhador urbano de baixa renda.

Segundo a proposta do relator, professores e policiais poderão se aposentar aos 60 anos, com 25 anos de contribuição e 20 anos de exercício de atividade de risco. O relator manteve a proposta de inclusão dos parlamentares no regime geral da Previdência, com previsão de aposentadoria a partir dos 60 anos.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a pensão permanecem vinculados ao salário mínimo. No caso das pensões, o relator prevê o acúmulo de aposentadoria e pensão de até dois salários mínimos e, para os demais casos, mantém a possibilidade de opção pelo benefício de maior valor.

A leitura do relatório completo está prevista para amanhã (19) na comissão especial da reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados.

A maior recessão desde 1948 – quando começa a série histórica de registro. Esse é o retrato da economia brasileira, que recuou 3,6% em 2016 e fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) voltasse ao mesmo nível de 2010. A constatação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estava dentro das expectativas dos analistas. O Brasil tem retração acumulada de 7,2% em apenas dois anos.

O ciclo de recessão no Brasil começou no segundo trimestre de 2014 e completou, em dezembro de 2016, onze trimestres – ou seja, quase 3 anos -, já tendo alcançado a mesma duração da crise do governo Collor. A queda não foi decorrente de apenas um setor, mas foi consequência de contração em todos os setores - primeira vez que isso aconteceu desde 1996.

Desde 2014, o setor industrial brasileiro registrava queda, entretanto, o setor de serviços continuava crescendo. O ano seguinte, 2015, foi registrado quedas nos setores de serviços e indústria. Já em 2016, a agropecuária teve queda. Esta última sob justificativa de que condições climáticas afetaram a produção de milho, cana e soja, responsáveis por 60% da produção agrícola brasileira.

Entre uma lista de 38 países que divulgaram seus resultados até o momento, o Brasil teve o pior desempenho, segundo o ranking da agência de classificação de risco brasileira Austin Rating. Depois do Brasil, aparecem Grécia e Noruega, que registraram crescimento de 0,3% e 0,6%, respectivamente.

Dizer que voltamos ao PIB registrado em 2010 é como apagar a história do desenvolvimento econômico que o Brasil viveu desde então. Preocupante, também, é o registro do PIB per capita, que caiu 11% desde 2014, em comparação ao crescimento de 0,9% da população ao ano. Isso significa dizer que a população empobreceu, reduzindo o consumo e isso impacta diretamente na economia.

Se o Brasil vai sair da crise? Os especialistas dizem que sim e complementam afirmando que o pior já passou. Entretanto, acredito que ainda há muitos pontos que atrapalham a recuperação de fôlego econômico, principalmente depois desta grave crise pela qual passam os produtores brasileiros de carne, já que o Brasil é o maior exportador do mundo. Os juros ainda estão muito altos, mesmo com o início de redução da taxa Selic; ainda há uma forte restrição ao crédito; e o nível do desemprego continua aumentando.

A crise brasileira é, sem dúvidas, resultado de anos de uma política econômica sem controle. O único fator que pode estimular a retomada consistente do desenvolvimento econômico é o investimento público. Entretanto, avaliando que o governo não tem recursos para investir, as parcerias e concessões público-privadas seriam parte da solução.

A queda da inflação e dos juros, a alta do preço das commodities e o crescimento da confiança dos consumidores e dos empresários vem reforçando que o Brasil pode e irá sair da crise, mas a passos curtos. A liberação do FGTS inativo também pode acelerar a retomada do crescimento. Além disso, as vendas de minério de ferro e petróleo cresceram nos dois primeiros meses do ano, levando a balança comercial brasileira a um patamar confortável. Já a indústria deve aquecer mais por uma necessidade de repor os estoques e o Brasil deve produzir em 2017 um total de 221 milhões de toneladas de grãos, a maior safra da história do país. E isso movimenta toda a cadeia produtiva.

Acompanhando todas as mudanças internas, ainda temos que ficar de olho nas movimentações externas. O presidente americano, Donald Trump, tem adotado políticas protecionistas que podem afetar o mercado de exportação brasileiro.

Porém, é preciso mais. A Lava Jato não pode parar e é preciso pensar em maturar as reformas previdenciária, política,  tributária, trabalhista, etc. É preciso fazer o dever de casa internamente, para que a economia e, por consequência, o Brasil volte a ter bons índices de crescimento.

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