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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira, 1º, revogar a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. A medida foi decretada na investigação sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Moraes rejeitou um pedido da defesa do ex-ministro para colocá-lo em liberdade. A decisão afirma que a continuidade da prisão é necessária para preservar o inquérito sobre os protestos golpistas na Praça dos Três Poderes.

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"A prisão preventiva de Anderson Gustavo Torres, portanto, se trata de medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal", escreveu.

O ministro voltou a dizer que há provas de que houve, no mínimo, 'omissão' de Anderson Torres diante das manifestações violentas articuladas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para Moraes, a revogação da prisão neste momento seria 'absolutamente prematura'.

A decisão menciona ainda a minuta golpista apreendida na casa do ex-ministro. O documento previa uma intervenção de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado da eleição.

Com a decisão, Torres continuará preso, sem previsão para deixar a cadeia. A prisão foi determinada inicialmente por Moraes e confirmada pelo plenário do STF em uma sessão extraordinária convocada em janeiro, durante o recesso do Judiciário. O ex-ministro estava nos Estados Unidos e se entregou no dia 14 de janeiro.

Em manifestação enviada ao tribunal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção da prisão. O órgão argumentou que há 'indícios consistentes' contra o ex-ministro e que sua soltura poderia abrir caminho para a destruição de provas. Também afirmou que, ao contrário do que alega Anderson Torres, a minuta golpista estava 'muito bem guardada' e não seria descartada.

Anderson Torres prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no mês passado. O interrogatório durou cerca de dez horas. Ele negou ter escrito a minuta golpista e também disse desconhecer a autoria do texto. O ex-ministro afirmou ainda que não recebeu nenhum alerta sobre a possibilidade de 'ações radicais' em Brasília no dia 8 de janeiro.

O Ministério da Educação anunciou, nesta segunda-feira (27), novo recurso de acessibilidade para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o MEC, em 2023, o cartão-resposta da prova e a folha de redação terão opção ampliada (tamanho 18) para pessoas com deficiência visual que solicitarem a assistência.

O novo recurso, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao MEC, proporciona mais autonomia para pessoas com deficiência visual e promove equidade. Na edição anterior do exame, em 2022, o Inep convidou candidatos que solicitaram a prova superampliada para conhecerem o cartão adaptado. 

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Enem 2023

Neste ano, as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vão do dia 8 a 19 de maio, na Página do Participante. De acordo com o cronograma da avaliação, que é a principal porta de entrada para o ensino superior público, as provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro.

A Coordenação Nacional do Exame da Ordem Unificado (EOU), da OAB Nacional, e a Fundação Getulio Vargas abriram, nesta segunda-feira (27), o prazo recursal contra o gabarito preliminar da 1ª fase do 37º Exame da Ordem Unificado, realizado no último domingo (26). Os pedidos devem ser feito no endereço eletrônico do processo

De acordo com o edital, os interessados têm até às 12h do dia 3 de março para interpor recurso. Ainda segundo o calendário do certame, o resultado preliminar da priva objetiva está previsto para 16 do mesmo mês. A primeira etapa do Exame de Ordem contou com 80 questões de múltipla escolha sobre temas que integram disciplinas profissionalizantes do curso de direito. 

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Neta quinta-feira (9), o Ministério da Educação (MEC), por meio do ministro Camilo Santana, anunciou a liberação de R$ 250 milhões para 1236 obras escolares de educação infantil, fundamental e quadras esportivas em todo o país. De acordo com o atual ministro da Educação, "os pagamentos serão realizados pelo FNDE, atendendo municípios e estados", escreveu em seu perfil no Twitter.

Ainda segundo Camilo Santana, a liberação do montante é uma determinação do presidente Lula (PT) "para garantir que todas as obras da Educação sejam concluídas". Além disso, o responsável pela pasta afirma que, em breve, "o presidente irá anunciar um grande pacto de retomada das obras que estão paralisadas em todo país".

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) acatou recurso do Ministério Público e determinou nesta terça-feira (7) que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) responda por injúria racial contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG). Se condenado na ação, Ferreira pode ter de cumprir até três anos de prisão, pena máxima estabelecida pelo crime de injúria racial.

Duda Salabert, que é uma mulher transexual, apresentou queixa-crime contra Ferreira após o parlamentar ter afirmado, em entrevista ocorrida em dezembro de 2020, que iria se referir a ela como "ele".

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"Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou Ferreira à época, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte.

Inicialmente, a Justiça definiu a competência da 1ª Unidade Jurisdicional Criminal da Comarca de Belo Horizonte para julgar o caso, uma vez que os fatos narrados na queixa-crime por Salabert não se enquadravam no crime de injúria qualificada. No entanto, o MP demonstrou que a decisão não observou que o crime era uma espécie de racismo, conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2021. Foi exatamente isso que o Ministério Público alegou, que o STF deu equivalência da homofobia e transfobia ao racismo em decisão anterior.

Indenização por gordofobia

Também nesta terça-feira (7), a influenciadora Thais Carla anunciou que vai pedir à Justiça indenização de R$ 52 mil por uso indevido da sua imagem por Ferreira. Thais publicou nas redes sociais, no sábado (4), uma foto em que estava com o corpo pintado, caracterizada como 'Globeleza'. A imagem foi compartilhada pelo político com críticas.

O deputado mineiro fez compartilhamento da imagem alegando que tinham "tirado a beleza". Depois das críticas pelo ataque, Ferreira postou um vídeo comentando a repercussão do caso.

"Eu deveria ter tratado a obesidade como romance, como empoderamento, e não como doença. Onde já se viu, (no) século 21 ter opinião própria, né?", afirmou o deputado na gravação. Na sequência, o parlamentar postou uma foto montada em que simulou o próprio rosto em um corpo gordo e escreveu: "pronto, agora tenho lugar de fala".

O Estadão ligou diversas vezes na manhã desta quarta-feira (8), antes da publicação da reportagem, para os gabinetes de Ferreira e Salabert, para que ambos se posicionassem sobre a ação, mas as ligações não foram atendidas. Este espaço permanece aberto a manifestações.

O Ministério Público Federal entrou com um recurso, nesta quinta-feira (2), para anular a decisão da Justiça Federal em Pernambuco de permitir que a Marinha afunde a sucata do porta-aviões NAe São Paulo. O órgão alega, com base em uma nota técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que afundar a embarcação pode trazer riscos graves ao meio ambiente e à saúde pública em função da alta quantidade de substâncias tóxicas e cancerígenas que o ex-navio carrega.

No pedido, protocolado no Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, o Ministério Público Federal pede que a Marinha suspenda o afundamento do NAe São Paulo, ao menos que apresente estudos que comprovem que o naufrágio não provocará impactos ambientes relevantes. De acordo com o MPF, a embarcação possui 9,6 toneladas de amianto, substância tóxica e cancerígena - proibida no Brasil desde 2017 -, além de 644 toneladas de tintas "e outros materiais perigosos."

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O NAe São Paulo navega sem destino pela costa brasileira desde que foi barrado de atracar nos portos nacionais e internacionais por carregar material tóxico. A Justiça Federal em Pernambuco já havia negado, na quarta-feira, liminar do Ministério Público Federal que tentava impedir o afundamento do porta-aviões.

"O objetivo do MPF", informa o órgão por meio de nota, "é evitar que a decisão precipitada de afundamento cause dano irreparável ao meio ambiente marinho, à saúde pública da população e consequências sanitárias irreversíveis". Na ação, o Ministério Público pede para que a União faça estudos técnicos para definir a forma mais adequada de descartar o casco.

O juiz federal Ubiratan de Couto Maurício, da 9.ª Vara da JFPE, que decidiu autorizou o descarte da embarcação, já havia argumentado de que "não é crível que a extensão do dano ambiental" do eventual afundamento não tenha sido considerada pela Marinha Brasileira.

O magistrado mencionou ainda que naufrágios e afundamentos em navios construídos antes da proibição da instalação do amianto "não comprometeram o meio ambiente como suposto", ainda que tenha havido algum dano. "Qualquer navio, construído até 2011, como a embarcação de que se cuida, continha em sua estrutura considerável quantidade de material tóxico (amiato, etc)", escreveu.

Em resposta, no recurso apresentado nesta quinta-feira, o MPF afirma que a decisão judicial "não apresenta evidências técnico-científicas de que o afundamento de outros navios construídos até 2011 (caso do porta-aviões São Paulo), igualmente com grande quantidade de amianto, não tenha comprometido o meio ambiente".

Entenda o pedido do MPF

O MPF havia solicitado, em ação civil pública ajuizada na terça-feira, 31, a suspensão imediata do afundamento da sucata em águas brasileiras sem a apresentação de estudos embasados que afastem o risco de contaminação ambiental.

O casco tem 9,6 toneladas de amianto, além de 644,7 toneladas de metais pesados em tinta, 3,4 toneladas de substâncias destruidoras da camada de ozônio e 10 mil lâmpadas fluorescentes com mercúrio.

As informações constam no Inventário de Materiais Perigosos (Inventory of Hazardous Materials, IHM), documento encomendado pela ex-proprietária Sök e elaborado pela companhia norueguesa Grieg Green ao qual o Estadão teve acesso.

O NAe São Paulo foi comprado da França pela Marinha do Brasil nos anos 2000 e foi desativado em 2017. Seu casco foi arrematado em leilão por R$ 10,5 milhões pelo estaleiro turco Sök Denizcilik Tic Sti em 2021. No mês passado, os turcos renunciaram à propriedade da estrutura, que agora está novamente em posse da Marinha.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou nesta quinta-feira, 12, que vai recorrer da decisão judicial que autorizou a progressão da pena de Suzane Von Richthofen, condenada pela morte dos pais em 2002, para regime aberto.

Suzane foi solta nesta quarta-feira, 11, e transferida para o regime aberto após a decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.

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O alvará de soltura foi cumprido às 17h35 desta quarta pela Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, de Tremembé (SP), onde ela estava presa.

De acordo com o TJSP, a decisão de conceder a progressão ao regime aberto para Suzane foi determinada "após ser verificado o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela Lei de Execução Penal". O órgão não detalhou os motivos da soltura. O caso tramita em segredo de Justiça.

Relembre o crime

Em julho de 2006, Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão, junto com Daniel e Cristian Cravinhos. Os três foram considerados culpados pelo assassinato do casal Marísia e Manfred Von Richthofen, em outubro de 2002, há pouco mais de 20 anos.

Daniel, namorado de Suzane na época do crime, recebeu a mesma pena que a jovem, enquanto Cristian foi condenado a 38 anos e 6 meses. Os três confessaram o crime poucos dias depois de cometerem o homicídio.

Considerado um preso de comportamento exemplar, Daniel passou para o regime semiaberto em 2013 e progrediu para o regime aberto em 2018. Já seu irmão, Cristian, foi flagrado com munição de uso restrito após uma confusão, em um bar de Sorocaba, quando cumpria o regime semiaberto e voltou a ser preso

Suzane Von Richthofen, que quase 19 anos quando cometeu o crime, obteve progressão para o regime semiaberto em 2015, quando conseguiu o direito também a cinco saídas temporárias. Em uma delas, a jovem foi presa e levada para a cela solitária após fornecer endereço errado à administração penitenciária.

Posteriormente, a Justiça avaliou que tinha sido apenas uma falha formal e restabeleceu os direitos da presa. Atualmente com 39 anos, ela voltou a estudar com autorização da Justiça e faz graduação em biofarmácia em uma faculdade particular de Taubaté.

O Governo de Pernambuco anunciou, através do secretário da Fazenda Wilson José de Paula, e da secretária da Controladoria-Geral do Estado Érika Lacet, um corte de R$ 150 milhões no orçamento de Pernambuco pelo Plano de Qualidade do Gasto Público. A gestão fará uma redução imediata de pelo menos 50% do gasto em relação a 2022. O trabalho será realizado em conjunto com as duas pastas. 

O Plano será detalhado pela gestão a partir de um decreto publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (6). O secretário Wilson José de Paula afirmou que a proposta trata sobre qualidade de gasto.“Vamos estar racionalizando o gasto do Estado do ponto de vista do custeio. Dentro desse Plano, vamos propor uma redução de gasto com diárias, combustíveis. Vamos definir uma redução de 25% dos contratos vigentes, suspender as novas contratações e as renovações [das contratações] deverão obedecer o índice de inflação previsto no contrato”, informou. “Vamos trabalhar com a rubrica do custeio. Estamos na expectativa de uma economia de R$ 150 milhões nos 12 meses”, disse. 

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O Plano de Qualidade começa pela base, com a redução de gasto em combustível, consumo, diárias, locação de veículos, locação de imóveis, publicações oficiais e serviços terceirizados.

Questionado se a economia de R$ 150 milhões tem destino, Wilson destacou que a missão da Secretaria é “de prover e gerir os recursos”. “E vamos prover esse recurso com um objetivo, que é o plano de governo que foi aprovado. É esse o nosso foco. Estamos trabalhando a despesa, vamos trabalhar a receita. Neste momento, não há nenhum objeto nosso, mas essas são as duas fontes que vamos trabalhar”, disse. 

A secretária Érika Lacet complementou que o trabalho em conjunto poderá gerar “uma redução ainda maior do que estamos querendo”. De acordo com Lacet, a pasta vai trabalhar em duas linhas de ação. “Vamos apoiar o gestor na reavaliação de todos os contratos existentes e vamos apresentar à governadora, no prazo de 30 dias, o plano de auditoria baseado em risco, potencialidade e materialidade da despesa pública, que será baseado em obras públicas paralisadas. Vamos ver quais serão as obras e recursos disponíveis para dar continuidade”. 

“Hoje, o Estado tem um recurso imenso de obras paralisadas. Então, o grande foco é nesse ponto. E o outro serão os contratos firmados a partir de 1º de junho de 2022 que, ao longo desses seis meses, a gente viu que houve um aumento grande na despesa”, observou Érika. 

Confira o Plano de qualidade do gasto público do governo

Custeio

Exemplos:

Redução imediata de pelo menos 50% em relação ao ano anterior:

Diárias de viagem e aquisição de passagens áreas

Serviços gráficos e impressão

Aquisição de material permanente

 

Suspensão imediata de:

Novas contratações de locação de mão de obra temporária;

Celebração de novos convênios que impliquem despesas;

Celebração de novos contratos de aluguel;

Renovação de contratos de aluguel com valor superior ao índice inflacionário previsto no contrato;

Novos contratos de obras e reformas de instalações, exceto nas áreas de educação, saúde, segurança e sistema prisional.

*As vedações e os limites poderão ser excepcionalizados pela Câmara de Programação Financeira (CPF) e/ou pela Câmara de Política de Pessoal (CPP) mediante solicitação com justificativa e planilha de custo a ser apresentada.

Num prazo de 30 dias, todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta do Poder Executivo Estadual devem apresentar proposta para cumprir os seguintes objetivos:

Redução de 25% das despesas de custeio, incluindo água, energia elétrica, aluguel, telefonia, limpeza, etc..

Redução de 25% do valor global dos contratos corporativos, incluindo locação de veículos.

*Em relação à preservação dos serviços essenciais à população, a Câmara de Programação Financeira (CPF) poderá excetuar algum órgão ou entidade da administração estadual na hipótese de apresentar justificativa para o pleito.



 

Veículos oficiais

Redução de pelo menos 10% dos veículos oficiais da frota em até 60 dias;

Cotas mensais de combustíveis dos veículos oficiais da frota reduzidas imediatamente em pelo menos 10%.

*A critério da Câmara de Programação Financeira (CPF), poderá haver exceções quanto às despesas de combustível das Secretarias de Defesa Social, Saúde e Educação e Esportes

 

Contratos

Todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta deverão promover a avaliação de todos os contratos vigentes.

Em 30 dias, a Secretaria da Controladoria Geral do Estado apresentará à governadora o cronograma de auditoria abordando as obras inacabadas e os contratos e convênios celebrados a partir de 1º de junho de 2022.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por maioria, recurso do PL contra multa de R$ 22,9 milhões fixada ao partido por litigância de má-fé. A penalidade foi estabelecida pelo ministro e presidente da Corte, Alexandre de Moraes após o PL pedir a anulação de votos de 279,3 mil urnas eletrônicas sob a justificativa de "mau funcionamento" do sistema, mas apenas do segundo turno.

De acordo com Moraes, presidente do TSE, o requerimento foi feito sem provas e de forma "inconsequente", com o objetivo de "incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos tumultuar o processo democrático". A multa, segundo o ministro, se justifica pela conduta "atentatória ao estado democrático de direito".

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Apenas o ministro Raul Araújo divergiu. No entendimento dele, o bloqueio dos recursos deveria se restringir a 30% dos valores do fundo partidário até que a legenda pagasse a multa para não prejudicar as atividades partidárias.

A defesa da pastora, cantora gospel e ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza, de 61 anos, vai recorrer buscando a anulação da sentença que a condenou. Declarada culpada da acusação de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em 16 de junho de 2019, Flordelis recebeu pena de 50 anos e 28 dias de prisão. Mas, de acordo com a defesa, o julgamento pode ser anulado. O motivo é uma série de "nulidades" (atos jurídicos com grave vício e desprovidos de validade).

"Vamos recorrer porque ocorreram diversas nulidades no decorrer do julgamento. Não consigo nem lembrar a quantidade", disse ao Estadão o advogado Rodrigo Faucz, que lidera a defesa da ex-deputada.

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O defensor destacou duas situações ocorridas no último dia do julgamento que teriam "o poder de anular o julgamento", conforme afirmou.

"Foram duas nulidades absolutas, ou seja, que devem ser reconhecidas a qualquer tempo", explicou. "Numa das situações, o MP fez menção a documento a que a defesa não teve acesso. O advogado explicou que, além de não estar em posse da defesa, o documento trata de procedimento da Vara de Infância e estava sob sigilo. "Portanto, não poderia ter sido usado."

Faucz disse também que o assistente de acusação, Ângelo Máximo, abordou, em sua sustentação oral, o silêncio dos acusados no interrogatório. Trata-se de direito garantido na Constituição. O procedimento do acusador é proibido pelo Código do Processo Penal.

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Niterói condenou Flordelis por quatro crimes. São eles: homicídio triplamente qualificado (27 anos e 6 meses), tentativa de homicídio duplamente qualificado (18 anos e 8 meses), uso de documento falso (2 anos 9 meses) e associação criminosa armada (3 anos e 1 mês).

A defesa tem cinco dias para fazer a apelação regular junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O advogado lembrou, porém, que as nulidades absolutas poderiam ser questionadas a qualquer momento.

Recursos

A apelação será só para Flordelis, a única dentre as rés condenadas que Faucz defendeu. Simone dos Santos Rodrigues, filha da ex-deputada que também foi condenada - recebeu pena de 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio, tentativa de homicídio e associação criminosa armada -, contou com outra defesa, a cargo da advogada Daniela Gregio.

Outros três réus - Marzy Teixeira, André Luiz de Oliveira e Rayane dos Santos, defendidos pela mesma equipe que Flordelis - foram absolvidos.

"Em relação aos outros três, ficamos bastante satisfeitos, tendo em vista que conseguimos comprovar, no decorrer do julgamento, que não tinham qualquer participação na morte do pastor, bem como que não ocorreu qualquer tentativa de envenenamento."

O Ministério Público vai recorrer dessas absolvições. Na manhã de domingo, quando a sentença foi proclamada, a promotoria afirmou que não considera que tenha havido nenhuma das nulidades alegadas pela defesa.

Nesta quinta-feira (3), o WhatsApp anunciou o lançamento global do recurso Comunidades. Para organizar melhor as conversas, a novidade possibilita que os administradores e usuários reúnam vários grupos em apenas um espaço no mensageiro. 

O anúncio do recurso foi feito através do perfil oficial do WhatsApp no Twitter. A plataforma também anunciou um novo pacote de funcionalidades que chegará no aplicativo na nova atualização. Por exemplo, suporte a chamadas de vídeo com até 32 pessoas e a criação de grupos com até 1.024 membros. Conforme o exemplo divulgado pela Meta, a aba Comunidades aparecerá na parte superior das conversas no Android ou na parte inferior do iOS. Nessa área, os administradores podem adicionar grupos existentes a uma comunidade.  

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Com a novidade, os usuários terão maior facilidade para navegar entre os grupos. Bem como, os administradores podem enviar mensagens importantes para todos os grupos de uma comunidade simultânea. “Com as Comunidades, nosso objetivo é melhorar a maneira como as organizações se comunicam com um nível de privacidade e segurança jamais visto”, revelou o comunicado publicado no blog oficial do WhatsApp. Além de chamadas de vídeo com 32 pessoas e grupos com até 1.024 integrantes, a recente atualização traz mais funcionalidades.  

Os administradores terão liberdade para excluir mensagens e enviar arquivos de até 2 GB, enquanto todos os usuários poderão criar enquetes dentro das conversas. Segundo a Meta, os novos recursos para os grupos estarão disponíveis a partir de hoje (3). Entretanto, as Comunidades serão liberadas ao longo dos próximos meses em diferentes regiões.

Nesta segunda-feira (31) é o Dia Mundial da Poupança e o Nubank criou as “Caixinhas” para ajudar os clientes que querem organizar as contas, mas sem extrapolar nos gastos. Agora o banco digital anunciou uma nova função que deve oferecer mais facilidade aos interessados. É o Auto Invest do Nubank. A ferramenta foi criada para ajudar aqueles que desejam poupar com programação automática. O lançamento será gradativo.  

Dessa forma, em vez de os clientes precisarem fazer todo o processo manual de poupança, o Auto Invest facilita esta etapa para eles. Basta decidir qual valor deseja definir como meta e escolher a quantia mensal. Depois, o dinheiro vai automaticamente para a Caixinha indicada pelo cliente. Também sugere que o usuário defina uma data na qual imagina que deva chegar o valor total. É a partir dessa meta que o Auto Invest será direcionado. Sendo assim, depois da primeira etapa, o dinheiro será investido sem esforço durante os meses seguintes para a data e na quantia escolhida.  

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A função também permite ao cliente simular quando irá conseguir concluir o objetivo da Caixinha ao poupar determinado valor mensalmente. O recurso será liberado aos poucos, por isso, é importante deixar o aplicativo atualizado. Para os clientes que fazem parte da comunidade Nubank e receberam a notícia do Auto Invest significa que a função foi aprovada. Inclusive, as Caixinhas foram lançadas em setembro deste ano para uma organização mensal.  

Um homem condenado à prisão perpétua em apelação por ter ajudado os atacantes do semanário satírico Charlie Hebdo e de um supermercado judaico na França em janeiro de 2015, apresentou um recurso de cassação, anunciaram seus advogados nesta quinta-feira (27).

Ali Riza Polat "apresentou um recurso de cassação", indicaram Moad Nefati e Rachid Madid à AFP.

Em 20 de outubro, após uma audiência de seis semanas, a decisão do Tribunal Especial de Avaliação de Paris condenou em apelação o franco-turco de 37 anos à prisão perpétua.

O tribunal o considerou culpado de cumplicidade nos dezessete assassinatos perpetrados pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi e Amedy Coulibaly entre 7 e 9 de janeiro de 2015 na redação do Charlie Hebdo, em Montrouge e no Hyper Cacher.

"Para o tribunal, não há dúvida (...) de que Ali Riza Polat era de fato culpado, (...) com pleno conhecimento dos fatos, de cumplicidade em atos de terrorismo cometidos de forma conjunta pelos irmãos Kouachi e Amedy Coulibaly, prestando a este último assistência permanente na preparação de seus atos e na coleta dos meios para cometê-los", justificaram os juízes.

Em primeira instância, em dezembro de 2020, o tribunal não acatou as requisições da Promotoria e pronunciou uma sentença de trinta anos de prisão contra Ali Riza Polat. Este último, que sempre alegou que "não era um terrorista", recorreu da decisão.

Esses ataques marcaram o início de uma onda mortal de ataques islâmicos em toda a Europa, principalmente o massacre alguns meses depois na casa de shows Bataclan e em bares e cafés de Paris em novembro de 2015.

O Supremo Tribunal Federal (STF) respaldou resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que amplia os poderes da Corte na remoção de notícias que considerar falsas e também encurta o prazo para que ordens judiciais sejam cumpridas. Prevaleceu no STF o entendimento do ministro Edson Fachin de que a medida não configura censura.

Oito ministros seguiram Fachin: Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. A presidente do Supremo foi a última a apresentar seu voto. André Mendonça e Kassio Nunes Marques divergiram.

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A ação foi ajuizada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na sexta-feira passada, para tentar derrubar trechos da norma, aprovada pelo plenário do TSE na reta final da eleição. De acordo com Aras, a regra apresenta "sanções distintas das previstas em lei, amplia o poder de polícia do presidente do TSE e alija o Ministério Público da iniciativa de ações". No sábado, Fachin negou o pedido em decisão liminar (provisória).

No voto apresentado ao plenário, Fachin reiterou seus argumentos. Para ele, o TSE "não exorbitou o âmbito da sua competência normativa, conformando a atuação do seu legítimo poder de polícia incidente sobre a propaganda eleitoral". O relator rejeitou a alegação de censura. "Não há - nem poderia haver - imposição de censura ou restrição a nenhum meio de comunicação ou a linha editorial da mídia imprensa e eletrônica."

Na avaliação de Fachin, a resolução coíbe a disseminação de informações falsas e desinformação nas redes sociais que venham a interferir no pleito. "Uma eleição com influência abusiva do poder econômico não é normal nem legítima, vale dizer, não é livre nem democrática", escreveu o ministro. "A liberdade de expressão não pode ser a expressão do fim da liberdade."

‘Efeitos nefastos’

Em seu voto, Moraes, que também é presidente do TSE, fez uma defesa enfática da resolução da Corte Eleitoral. Segundo ele, o cenário após o primeiro turno é de "manifestações públicas sabidamente inverídicas, indutoras de ataques institucionais com teor incendiário". De acordo com o ministro, esses movimentos "alimentam o extremismo".

Para Moraes, a desinformação impõe obstáculos à liberdade de escolha dos eleitores. "Tenho insistentemente repetido que liberdade de expressão não é liberdade de agressão a pessoas ou a instituições democráticas. Portanto, não é possível defender, por exemplo, a volta de um AI-5, que garantia tortura de pessoas, morte de pessoas e o fechamento do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. Nós não estamos em uma selva!", registrou o ministro.

Divergência

Nunes Marques, por sua vez, afirmou que não vê urgência na regulação de notícias falsas pelo TSE, sobretudo no meio da eleição, e que o Congresso Nacional já têm projetos de lei sobre o tema em tramitação. "Não há, portanto, um vácuo normativo despercebido pelo legislador; mas, sim, um tema complexo que deve ser debatido e amadurecido pelo Parlamento de forma adequada", escreveu.

O voto defendeu ainda que os cidadãos devem ter a "liberdade de examinar, por si, o que é fato verídico ou inverídico". "A liberdade de expressão, garantia constitucional, permite o contraditório dentro do seio da sociedade. A amplitude do debate, por si, leva a que a própria sociedade tenha capacidade cada vez maior de exame dos fatos, de forma a que cada cidadão, então, consiga discernir o que é um fato verídico daquele que não é", afirmou.

Critério

A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou considerar inconstitucional a resolução do TSE. O órgão, assim como a Procuradoria-Geral da República, defendeu a derrubada da medida sob o argumento de censura prévia e ainda questionou qual seria o "critério material" usado para "estabelecer a realidade dos fatos".

"Ao crivo exclusivo da Corte, se determinada publicação for considerada ‘desinformativa’, poderá ela ser suspensa ou excluída à revelia de contraditório e do devido processo substancial", escreveu o advogado-geral da União, Bruno Bianco, na petição.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para confirmar o entendimento do ministro Edson Fachin de que não há censura na resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que ampliou os poderes da Corte para determinar a remoção de notícias que considerar falsas e acelerou o prazo para que as ordens sejam cumpridas. Cinco ministros já acompanharam o voto do relator no sentido de barrar a tentativa do procurador-geral da República, Augusto Aras, de derrubar trechos na norma aprovada pelo TSE na reta final das eleições.

Em julgamento no Plenário virtual, com previsão de terminar ainda nesta terça-feira (25), seguiram o voto de Fachin os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e a ministra Cármen Lúcia. Restam votar a presidente do STF, Rosa Weber, além dos ministros Luiz Fux, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

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A decisão analisada pelo colegiado foi dada após Aras alegar que a resolução recém-aprovada pelo TSE para fortalecer o combate às fake news "inova no ordenamento jurídico, com estabelecimento de sanções distintas das previstas em lei, amplia o poder de polícia do Presidente do TSE e alija o Ministério Público da iniciativa de ações ou de medidas voltadas a proteger a normalidade e a legitimidade das eleições".

A ação foi impetrada pelo chefe do Ministério Público Federal na sexta-feira passada, dia 21, sendo que no dia seguinte, Fachin negou a liminar requerida pela PGR. "Tenho que o ato não atinge o fluxo das mídias tradicionais de comunicação - nem caberia fazê-lo -, tampouco proíbe todo e qualquer discurso, mas apenas aquele que, por sua falsidade patente, descontrole e circulação massiva, atinge gravemente o processo eleitoral", ponderou o relator no despacho assinado no sábado (22).

No voto apresentado na sessão virtual de julgamento, Fachin reitera muitos dos argumentos já expostos na decisão assinada no fim de semana, indicando por exemplo que, em sua avaliação, o "Tribunal Superior Eleitoral não exorbitou o âmbito da sua competência normativa, conformando a atuação do seu legítimo poder de polícia incidente sobre a propaganda eleitoral".

Ao rechaçar a alegação do PGR de que há censura por parte do TSE, o relator explicou que o controle judicial previsto pela Resolução recém-aprovada pela Corte eleitoral "é exercido a posteriori e a sua aplicação é restrita ao período eleitoral". "Não há - nem poderia haver - imposição de censura ou restrição a nenhum meio de comunicação ou a linha editorial da mídia imprensa e eletrônica. O que se busca coibir é a utilização de persona virtual, a ocultação através de redes sociais, de modo a que este lócus sirva para a disseminação de informações falsas que podem impactar as eleições", frisou.

O ministro ressaltou que a disseminação de desinformação, "no curto prazo do processo eleitoral, pode ter a força de ocupar todo espaço público, restringindo a livre circulação de ideias". "Uma eleição com influência abusiva do poder econômico não é normal nem legítima, vale dizer, não é livre nem democrática. Quando essa abusividade se materializa no regime da informação, recalcando a verdade e compondo-se de falsos dados e de mentiras construídas para extorquir o consentimento eleitoral, a liberdade resta aprisionada em uma caverna digital", registrou.

Fachin também ponderou que não há Estado de Direito nem sociedade livre "numa democracia representativa que não preserve, mesmo com remédios amargos e limítrofes, a própria normalidade das eleições". "A liberdade de expressão não pode ser a expressão do fim da liberdade. Não se trata de proteger interesses de um estado, organização ou indivíduos, e sim de resguardar o pacto fundante da sociedade brasileira: a democracia por meio de eleições livres, verdadeiramente livres", indicou.

 A versão desktop do WhatsApp ganhou o recurso desfoque de imagens nessa segunda-feira (24). A ferramenta ainda é testada com os usuários beta e deve ser liberada aos poucos. 

Com a novidade, os usuários poderão esconder partes das fotos de forma prática quando forem enviar um arquivo. A WABeInfo apontou que a plataforma testa dois tipos de modificação, mais e menos densa, com a possibilidade de escolher seu tamanho para uma melhor precisão. 

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A presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, convocou uma sessão extraordinária do Plenário virtual da Corte para esta terça-feira, 25, para analisar a decisão que negou pedido do procurador-geral da República Augusto Aras para derrubar trechos de resolução do Tribunal Superior Eleitoral que ampliou os poderes da Corte para determinar a remoção de notícias que considerar falsas e acelerou o prazo para que as ordens sejam cumpridas.

A sessão terá um dia de duração - começará a meia noite e terminará às 23h59 desta terça. Advogados e procuradores habilitados a atuar no processo terá até o final da noite desta segunda-feira, 24, para apresentar suas sustentações orais na ferramenta que permite os ministros depositarem seus votos à distância.

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Os ministros vão analisar o despacho do ministro Edson Fachin que negou a medida cautelar requerida por Aras. O ministro rechaçou a alegação do PGR de que haja censura por parte do TSE e argumentou que o "controle judicial" previsto na decisão da Corte eleitoral "é exercido a posteriori e a sua aplicação é restrita ao período eleitoral".

"Tenho que o ato não atinge o fluxo das mídias tradicionais de comunicação - nem caberia fazê-lo -, tampouco proíbe todo e qualquer discurso, mas apenas aquele que, por sua falsidade patente, descontrole e circulação massiva, atinge gravemente o processo eleitoral", ponderou o relator.

O procurador-geral da República recorreu da decisão de Fachin no final da tarde deste domingo, 23, reiterando os argumentos apresentados na ação impetrada na sexta-feira, 21. Aras alega 'necessidade imperiosa de se garantir a segurança jurídica quanto ao regramento incidente sobre as eleições'.

Apontado como o maior esquema de desvio de dinheiro da história do Brasil pela ex-presidenciável Simone Tebet, o chamado orçamento secreto teve suas primeiras prisões de suspeitos nesta sexta-feira (14). A investigação aponta que uma pequena cidade do Interior do Maranhão recebeu R$ 591 por habitante em 2021, enquanto a média nacional é de R$ 15. Os registros do município com cerca de 12 mil habitantes também mostram que, só em 2020, 12.700 radiografias de dedo foram feitas.

A operação Quebra Ossos, da Polícia Federal (PF), prendeu os irmãos Roberto e Renato Rodrigues Lima por suspeita de participar de um grupo criminoso que desviava os repasses do Orçamento Secreto para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Maranhão. Diversas Prefeituras informaram que as unidades de saúde prestaram atendimentos e consultas que não existiram. Enquanto isso, recebiam a verba das emendas parlamentares sem transparência, publicou a Piauí.

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Os irmãos são donos da RR de Lima, uma empresa com contratos em várias cidades maranhenses que também são investigadas pela mesma prática. “Há prova robusta, em especial ancorada em análise técnica realizada pela CGU, de que a estrutura da pessoa jurídica, embora módica, tem sido utilizada pelo investigado Roberto Rodrigues para promover a inserção falsa de dados no SIA não apenas do município de Igarapé Grande, mas em dezenas de outras urbes do Estado do Maranhão, causando prejuízo de larga monta à União”, diz a decisão da Justiça Federal no Maranhão.

O Congresso descumpriu determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) pela ampla publicidade das indicações das verbas do Orçamento Secreto e manteve o Sistema de Indicações Orçamentárias (Sindorc). Nesse formato, pessoas que não são deputados ou senadores são definidas como "usuários externos" e atuam como laranjas solicitações das emendas para resguardar os parlamentares de uma investigação.

Roberto é credenciado como um desses "usuários externos" e teria pedido R$ 69 milhões em emendas do relator só neste ano. Entre a solicitação de R$ 9,2 milhões aprovada pelo relator-geral, Hugo Leal (PSD-RJ), R$ 44 já foi encaminhada às Prefeituras.

A Justiça Federal expediu mandados para a PF cumprir na Secretaria de Saúde de Igarapé Grande, que tem em torno de 12 mil habitantes e teria desviado ao menos R$ 7 milhões por meio do Orçamento Secreto. A secretária municipal de Saúde, Raquel Inácia Evangelista, foi afastada e virou alvo de uma ordem de busca e apreensão junto com seu antecessor, Domingos Vinícius de Araújo Santos. O prefeito Erlânio Xavier é o atual presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) e aliado do senador Weverton Rocha.

O nome da operação faz referência às 12,7 mil radiografias de dedo de mão feitas em 2020. Em todo o Brasil, o índice só perde para o das capitais São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. No ano passado, Igarapé Grande foi contemplada com a média de R$ 591 na saúde para cada morador. A média nacional é de R$ 15 por habitante.

Logo após anunciar seu afastamento das redes sociais e apagar todos os seus vídeos como Luva de Pedreiro, Iran Santana Alves, teve um recurso contra seu ex empresário, Allan Jesus, negado pela Justiça. O pedido feito por Iran era uma tentativa de derrubar a decisão judicial que o obriga a depositar em juízo 30% dos seus rendimentos totais, até pagar o montante de R$ 5,2 milhões devidos ao seu ex-empresário como multa rescisória do contrato que eles tinham anteriormente.

Em juízo, Iran pedia que as prestações devidas ficassem em sua conta bancária até que saia o resultado do processo que move contra Allan. A sentença foi dada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, da Décima Nona Câmara Cível, mas cabe recurso. 

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O processo movido por Luva de Pedreiro para romper o contrato com o antigo empresário tramita na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ele alega que não tinha como compreender as cláusulas desse contrato por não ter sido alfabetizado, bem como seus pais.

O estipulado pela Justiça é que, caso Iran não deposite para seu ex agente o estipulado judicialmente, o influenciador terá suas contas pessoais bloqueadas e o pagamento de multa diária de R$ 10 mil. 

Atualmente, Luva de Pedreiro tem como empresário o ex-jogador de futsal, Falcão e recebe um salário mensal de R$ 100 mil além de 60% dos valores arrecadados de todos os novos contratos assinados por ele. As despesas de Iran também são bancadas por seu agente. 

Mesmo anunciando sua aposentadoria, Luva de Pedreiro ainda tem contratos com marcas renomadas como a Pepsi e a Amazon, firmados quando ele ainda estava com seu antigo empresário. 

Nas redes sociais, após o anúncio de que ia parar sua carreira, Luva voltou ao Instagram recentemente para divulgar dois comerciais que gravou para a Copa do Mundo do Catar e justificar a parada nas gravações de seus famosos vídeos.  

"Fala minha tropa, todo mundo está falando aí que eu parei de fazer vídeo foi porque eu não tenho mais conteúdo, não tenho vídeo para postar... Eu fiz dois comerciais que ninguém nunca fez, que vai (sic) passar agora nos meses da Copa do Mundo, que vai passar em todas as televisões do mundo, que o cara da Luva de Pedreiro vai estar no meio. É porque eu decidi mesmo parar, tá ligado? , disse ele.

Por Joice Silva

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) rejeitou recurso do ex-policial militar e youtuber Gabriel Monteiro contra a cassação de seu mandato como vereador pelo PL na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo a desembargadora Maria Isabel Paes Gonçalves, da 2ª Câmara Cível, relatora do recurso, o motivo da ação ficou prejudicado porque o processo de cassação já recebeu uma sentença.

Monteiro buscava a suspensão do processo de cassação do seu mandato alegando irregularidades no processo na Câmara. O agora ex-vereador alegava que, no trâmite da Câmara Municipal, teria havido cerceamento de defesa, desrespeito ao devido processo legal, irregularidade no sorteio do relator, uso de provas ilícitas, entre outras alegações. Por 48 votos a 2, a Câmara cassou o mandato de Gabriel Monteiro (PL) na quinta-feira, 18, por quebra de decoro parlamentar.

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O ex-vereador é acusado de filmar e divulgar cenas de sexo com uma adolescente, assédio moral e sexual contra ex-assessores e manipulação de vídeos. Com a decisão, Monteiro também perdeu os direitos políticos pelos próximos oito anos.

O advogado Sandro Figueiredo, que defende Gabriel Monteiro, negou todas as acusações. Afirmou que as denúncias foram feitas após ex-assessores do parlamentar serem procurados por uma suposta "máfia do reboque", que o vereador teria combatido em seu mandato. Figueiredo voltou a dizer que o vereador não sabia que a adolescente filmada em cenas de sexo era menor de idade. Afirmou ainda que Monteiro teve o direito de defesa cerceado pelo Conselho de Ética.

Além do processo de cassação, Monteiro é réu na Justiça do Rio de Janeiro. É acusado de importunar e assediar sexualmente sua ex-assessora Luiza Caroline Bezerra Batista. Luiza foi contratada em agosto de 2021. Seria assistente de produção, roteirista e atriz a serviço do vereador na rede social TikTok. Também deveria gravar vídeos divulgados pelo vereador no Youtube.

Segundo a denúncia do MP-RJ, Monteiro obrigava a então assessora a participar como atriz em vídeos que continham cenas eróticas. Durante essas gravações, o vereador passava as mãos nos seios e nas nádegas de Luiza, de acordo com a ex-assessora. Os supostos crimes aconteciam tanto dentro da casa do parlamentar como durante a gravação de cenas externas. Luiza alega ainda que era obrigada a participar das cenas de cunho sexual sob ameaça de ser demitida.

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