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De férias após ter interpretado a mística Madá na novela "Verão 90", Fabiana Karla interrompeu seu momento de lazer para falar sério. Deixando por instantes o humor de lado, a atriz relatou em uma postagem na internet que uma empresa de medicamentos usou uma foto sua sem autorização. No Instagram, a pernambucana se irritou ao saber da notícia.

"Quem me conhece sabe que nunca usei qualquer tipo de remédio para emagrecer e que prezo pela reeducação alimentar, sempre com foco numa vida saudável. Por isso, me senti no dever de fazer esse alerta, porque muita gente inocente, ao ver minha imagem ligada a esse produto, tem comprado esse tal de Keto, do qual nunca ouvi falar, e que, a bem da verdade, nem sei se tem autorização de comercialização aprovada pela Anvisa", escreveu.

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Fabiana Karla aproveitou a publicação na rede social para dizer que irá resolver o caso na Justiça sob intermédio de um advogado. "Esclareço, por fim, que recorri ao advogado que adotará as medidas judiciais civis e criminais cabíveis contra essa absurda e indevida utilização da minha imagem e nome", finalizou. Fabiana Saba, Sabrina Parlatore e Fafy Siqueira saíram em defesa da atriz.

Confira o desabafo de Fabiana Karla:

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Um medicamento amplamente utilizado para cólicas menstruais, o ácido mefenâmico, cujo nome comercial é Ponstan, pode ser eficiente para o tratamento da esquistossomose. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Guarulhos, que estudam reposicionamento de fármacos, ou seja, novos usos para medicamentos já existentes. Após passar por testes em laboratório e experimentos com animais, faltam testes clínicos em humanos para que o anti-inflamatório possa ser receitado também para combater a verminose.

O estudo mostrou que o Ponstan reduziu em mais de 80% a carga parasitária em camundongos infectados com o verme Schistosoma mansoni. Segundo os pesquisadores, esse percentual ultrapassa o “padrão ouro” estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para novos medicamentos. Atualmente, só existe um medicamento para o tratamento da esquistossomose, o praziquantel. A eficácia do ácido mefenâmico pode ser até maior do que o antiparasitário disponível, pois ele atuou também na fase larval do parasita.

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A esquistossomose atinge mais de 240 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da OMS. O professor Josué de Moraes, da Universidade Guarulhos, destaca que esta é uma doença negligenciada e, embora afete uma parcela significativa de pessoas, carece de estudos, vacinas e tratamentos mais avançados. “Estamos falando de doenças da pobreza. A indústria farmacêutica, quando olha para esse público, não vai querer desenvolver um novo medicamento”, disse o autor do estudo.

Produção

Segundo Moraes, a produção de um novo medicamento envolve pelo menos R$ 1,5 bilhão e dez anos de pesquisa e, como a doença atinge principalmente os mais pobres, não há interesse da indústria farmacêutica. “A vantagem do reposicionamento [de fármaco] é que se trata de algo que já existe, que já foi aprovado, já está disponível nas drogarias. E se a gente consegue descobrir que esse medicamento tem uma aplicação diferente daquela que era utilizada, vou eliminar essa etapa de tempo e custo”, explicou o professor.

O estudo de reposicionamento de fármaco desenvolvido na Universidade de Guarulhos começou com a análise de 73 não esteroidais comercializados no Brasil e em outros países. O ácido mefenâmico foi o que apresentou resultados mais promissores como antiparasitário. A descoberta, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicada na revista EbioMedicine, do grupo Lancet.

A transmissão da esquistossomose está ligada a locais sem saneamento básico adequado e pelo contato de água com caramujos infectados pelos vermes causadores da doença. Os vermes Schistosoma mansoni se alojam nas veias do mesentério e no fígado do paciente. O indivíduo infectado não apresenta sintomas nas primeiras duas semanas, mas o quadro pode evoluir e causar problemas crônicos de saúde e morte.

Moraes aponta que, uma vez iniciados os testes clínicos em humanos, caso comprovada a eficácia do Ponstan para esquistossomose, em menos um ano as bulas podem ser alteradas e o tratamento recomendado. “É pegar uma região onde você tem pessoas com a doença e fazer o tratamento e monitorar o processo de cura. A única etapa que falta agora é esta. Todos os estudos que são necessários para desenvolver medicamento já foi feito”, disse.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a segunda fase da Operação Insanidade, instaurada para apurar ilegalidades na aquisição e distribuição de medicamentos, principalmente de uso controlado, pela Secretaria de Saúde de Agrestina, no Agreste de Pernambuco. Na primeira fase da operação, a secretária de Saúde da cidade foi presa.

Desta vez, o foco da operação são as empresas fornecedoras de medicamentos sediadas no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, que teriam vencido pregão eletrônico. Os policiais cumprem quatro mandados de busca e apreensão.

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De acordo com a PF, o objetivo da segunda fase é arrecadar documentos e informações nas sedes das empresas que comprovem a legalidade ou ilegalidade no processo de fornecimento de medicamentos e a regularidade no trânsito do material entre os fornecedores e a Prefeitura de Agrestina.

Primeira fase - Além da secretária de saúde, Maria Célia da Silva Barbosa, de 59 anos, foi presa na primeira fase a farmacêutica Mônica Soares Leite Borba, 50. A operação ocorreu após constatação de irregularidades com medicamentos controlados que se enquadram na lei antidrogas. A aquisição do material entre 2018 e 2019 estaria ocorrendo sem a devida receita e os remédios estavam sendo acondicionados impropriamente.

Há fortes indícios de falsificação de receituário médico para aquisição dos produtos. Servidores da área de saúde denunciaram que estavam sendo coagidos a falsificar e expedir autorização para compra dos medicamentos.

Lembrar de tomar o remédio no horário indicado pelo médico pode ser uma tarefa difícil para muitas pessoas, especialmente para aquelas que têm a vida corrida. O que pouca gente sabe é que o horário em que o medicamento é ingerido pode influenciar na eficácia do tratamento.

De acordo com o farmacêutico Vagner Miguel, da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), o risco mais comum de tomar o remédio na hora errada é o efeito positivo ser reduzido. “Dependendo do caso, pode acontecer de o organismo não absorver tão bem as substâncias presentes no medicamento que são necessárias para resolver algum problema de saúde. Embora não seja em todo tratamento que exista um horário específico para ingerir um medicamento, é importante consumi-lo nas horas indicadas pelo médico”, alerta.

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Miguel acrescenta que é importante tomar o remédio na hora adequada, pois o corpo precisa se adaptar para produzir os efeitos esperados, principalmente no caso dos antibióticos.

“No caso de não tomar o antibiótico no horário certo, o ideal é ingerir imediatamente, assim que lembrar, pois o antibiótico fica concentrado na corrente sanguínea e vai combatendo, aos poucos, as bactérias. Quanto mais se demora a tomar a próxima dose, mais baixa fica a concentração da substância no sangue, já que o fígado vai eliminando seu excesso. Com isso, corre-se o risco de a bactéria ficar mais resistente. Se a indicação for tomar antibiótico de oito em oito horas e o paciente se lembrou com atraso, deve-se fazer uso do medicamento assim que a falha for notada e contar oito horas novamente a partir desse último horário”, explica.

Para facilitar a vida de quem precisa tomar muitos remédios por dia,  como é o caso de alguns idosos e de pessoas com doenças crônicas, o farmacêutico recomenda conversar com o médico para verificar o que pode ser feito, uma vez que, além do esquecimento, há o risco de confundir a dose, o horário e o modo correto de ingestão.

“Uma opção bastante interessante é a combinação de uma ou mais substâncias em uma só fórmula, reduzindo o número de tomadas ao longo do dia. Isso pode ser feito nas farmácias de manipulação, que personalizam a medicação de cada paciente. A decisão de combinar ou não diferentes substâncias, no entanto, só pode ser tomada pelo profissional da saúde, que irá avaliar, além das condições clínicas do paciente, um conjunto de diversos fatores, como horário em que o fármaco deve ser ingerido, riscos de interação, riscos de efeitos colaterais e aspectos farmacotécnicos”, afirma.

Interações

Miguel também alerta que alguns alimentos ou outras substâncias causam conflitos com medicamentos ingeridos em horários próximos.

“Existem antibióticos que podem ter a absorção diminuída se ingeridos junto com alimentos. Já outros devem ser tomados em jejum, mas é preciso seguir essa regra quando o médico orientar. Há antibióticos que devem ser ingeridos após as refeições para evitar que causem dor de estômago como efeito colateral. Por isso, deve-se seguir à risca as horas de intervalo indicadas pelo médico”, ensina.

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Pesquisa revela que maioria dos brasileiros se automedica

A Polícia Federal (PF) prendeu, na quinta-feira (25), a secretária de Saúde do município de Agrestina, no Agreste de Pernambuco, durante a Operação Insanidade. Maria Célia da Silva Barbosa, de 59 anos, é acusada de tráfico de drogas, através de falsificação de receituário médico para medicamentos controlados. Também houve a prisão da farmacêutica Mônica Soares Leite Borba, de 50 anos.

Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara da Justiça Federal de Caruaru, no Agreste. O fato ocorreu após constatação de irregularidades com medicamentos controlados que se enquadram na lei antidrogas sem a devida receita para aquisição e controle, além do acondicionamento impróprio de tais remédios, como em banheiro e sem temperatura adequada para conservação.

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De acordo com a PF, há fortes indícios de falsificação de receituário médico para aquisição dos remédios controlados voltados para pacientes psiquiátricos. Servidores da área de saúde denunciaram que estavam sendo coagidos a falsificar e expedir autorização para compra dos medicamentos.

Durante as buscas, foram apreendidos diversos remédios, entre eles os de uso controlado que só podem ser prescritos com retenção de receita médica; cartões de saúde; receituários com indícios de falsificação; e documentos que indicam fraude na aquisição dos remédios.

A farmacêutica Mônica Soares acabou presa após os policiais encontrarem os livros de controle em sua casa. Por lei, tais livros devem ficar dentro do local onde os remédios controlados estão armazenados.

As duas mulheres foram autuadas por tráfico de drogas e podem receber pena de até 15 anos de reclusão. Elas serão encaminhadas para audiência de custódia. Abaixo, confira o perfil da secretária segundo a prefeitura de Agrestina:

"Natural de Campina Grande-PB, é graduada em Enfermagem pela Universidade Regional do Nordeste URNE; pós-graduada em Saúde Pública, Enfermagem Obstétrica, Enfermagem Pediátrica e é mestranda em Saúde Pública e Gestão Hospitalar. Atuou em Campina Grande – PB, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Ribeirão, Primavera, Palmares, Gameleira, Sanharó, Jataúba, sempre na área da Saúde. Ela trabalha com as especificidades do SUS há mais de 30 anos".

O deputado Álvaro Porto (PTB) voltou a cobrar, nessa terça-feira (16), ao Governo do Estado, a regularização do fornecimento do remédio Ciclosporina a pacientes de Garanhuns, no Agreste do Estado. Segundo o parlamentar, que encaminhou indicação ao Poder Executivo com a solicitação, o medicamento ajuda na adaptação do órgão transplantado ao corpo e reduz a possibilidade de rejeição.

 De acordo com o petebista, a distribuição do produto está suspensa desde março, mas os problemas no fornecimento começaram meses antes, quando a Farmácia do Estado passou a fracionar as dosagens.

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 “O secretário estadual de Saúde, André Longo, já recebeu, inclusive, uma notificação do Tribunal de Contas do Estado para que esclareça o desabastecimento da unidade de fornecimento”, lembrou.

 Álvaro Porto também solicitou ao Poder Executivo reforço do policiamento na comunidade Liberdade, em Garanhuns, sobretudo nas proximidades da Escola Estadual São Cristóvão, onde foram registrados sete arrombamentos em oito meses.

 “Além dos prejuízos materiais e da tensão constante, os moradores da área estão acuados pela violência”, salientou. Ele anunciou que, no próximo dia 25 de abril, a Frente Parlamentar da Segurança Pública da Alepe realizará uma audiência pública em Canhotinho.

Essa até podia ser uma história triste, se o amor dos pais pelo filho não convertesse a angustia em superação. Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Nem uma doença genética rara conseguiu romper a união de uma família. Os pais de Francisco, de 6 anos, descobriram a condição pouco depois do seu nascimento e, nesta quarta-feira (15), comemoram o Dia Mundial da Hemofilia, exaltando a qualidade de vida e o bem-estar do filho. Eles garantem que a liberdade para uma rotina distante das sequelas só foi adquirida com o tratamento feito em casa.

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A banheira com sangue

“Você pode no mais simples dos acidentes, morrer”, explicou o diretor de Produtos Estratégico e Inovação da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) Antônio Lucena. Sem cura, a hemofilia faz com que os pacientes demorem mais a estancar um sangramento, independente da intensidade da lesão. Hemorragias externas e internas - sobretudo nas articulações - são inevitáveis em um organismo com dificuldades na produção do Fator VIII recombinante, umas das proteínas necessárias para a coagulação sanguínea. "Têm dias que ele acorda sem pôr o pé no chão ou sem querer mexer o braço. A gente já sabe que tem um sangramento por ali", contou a advogada Priscila Vidal, mãe do pequeno Francisco. Essencialmente hereditária, a hemofilia tipo A é a mais recorrente e atinge um em cada 10.000 homens; Francisquinho é mais um dos 464 hemofílicos de Pernambuco que consegue vencê-la diariamente como um super-herói, pelos olhos da irmã Clarinha, de três anos.

Durante um banho aos seis meses, o menino deu seu primeiro alerta aos pais. Com as águas da banheira manchadas de sangue após um golfo, a mãe percebeu que o filho estava doente. Com o susto, foi-lhes recomendado uma hematologista e após o complexo exame de Cascata de Coagulação veio o diagnóstico da hemofilia tipo A, ou seja, Francisco tem menos de 1% de fator recombinante no corpo. Porém, a confirmação foi obtida ainda durante a coleta, devido a intensa hemorragia em seu braço. "Já era meio que a prova que ele tinha hemofilia", contou o gerente de projetos Tiago Vidal, pai do garoto.

Mesmo atentos, só depois da análise do resultado foi percebido alguns detalhes diferentes no filho, como o umbigo que demorou a cair e as equimoses que apareciam do nada em seu corpo. "A gente foi ligando as coisas e vendo que fazia sentido. Daí, começamos a pesquisar e mergulhar no universo da hemofilia", relembrou Tiago. Por Francisco, o casal tornou-se pesquisador do assunto com o objetivo de traçar uma terapia que garantisse uma rotina tranquila baseada no amor.

Devidamente protegido, o menino levado é o super-herói da irmã. Júlio Gomes/LeiaJáImagens

A profilaxia e o início de uma vida plena

Há aproximadamente três anos, em dias alternados, Francisquinho recebe o fator recombinante VIII que lhe falta através de um acesso na mão esquerda. O tratamento, também conhecido como profilaxia, faz com que o corpo mantenha pelo menos 30% do nível comum, o que evita sangramentos espontâneos. "Traz segurança para uma vida plena. A gente só pode ter esse dia a dia por conta do tratamento. Ele pula, brinca, corre", afirmou o pai sobre os benefícios da medicação, enquanto a esposa brinca, "se machuca também".

Com o aprimoramento da tecnologia dos remédios à base de sangue ou plasma, "o hemofílico já não precisa ter sequelas para ser tratado. Fazemos um tratamento contínuo, e isso faz com que o paciente tenha uma qualidade de vida comparada a uma pessoa comum", reiterou o diretor da Hemobrás, ao comentar sobre as dificuldades que outrora vinham da desinformação. Desgastado, o casal não aguentava mais figurar o hemocentro, quando Priscila conseguiu uma vaga para o curso de profilaxia domiciliar oferecido pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). "Ela pega ele se mexendo, é craque!", brincou Tiago, ao citar a habilidade da esposa; já que ela comanda a aplicação, enquanto ele fica responsável pela preparação, geralmente auxiliado por Clarinha.

Com um sentimento tão raro quanto sua condição, sempre que Francisco recebe o fator, ouve as explicações dos pais. Tanto que ele tem consciência do que pode ou não fazer e evita atividades de contato físico na escola em dias que não foi medicado. "Quando se machuca, ele já diz: 'mamãe, dá o fator'. Ele tem a consciência de que a gente consegue levar para ele esse benefício. É um desafio para qualquer mãe, mas a gente consegue vencer", relatou.

Os hemoderivados deram liberdade a Francisco

A partir do tratamento preventivo feito pela própria mãe, os pais já classificam Francisco como "virado", enquanto ele curte o prazer de ser criança jogando futebol, brincando de corrida ou até mesmo de bicicleta. "Temos confiança no tratamento. A gente sabe que o que aparecer, vamos driblar", relatou a mãe, que continuou, "às vezes a gente até se emociona quando vê ele descendo de escorrego, correndo e até caindo. Mas continuando e dizendo pra gente que tá tudo bem e quando se machucar, resolve com o fator. Isso é muito gratificante, ver ele ativo".

A rotina do tratamento sem dúvidas reafirma o elo entre a família e permite que Francisquinho planeje um futuro. O que antes era angustiante, com as idas ao hemocentro, foi metamorfoseado em união e afeto. Cada gota de sangue é tão importante quanto cada momento vivido. Assim, a Família Vidal vive dia após dia com a certeza de que uma história de superação começou a ser escrita.

Antônio Lucena acredita em um futuro positivo na cura da hemofilia no Brasil, “temos células para trabalhar pelo menos 100 anos. Daqui há 100 anos, essa tecnologia já foi ultrapassada e a gente vai estar, certamente, corrigindo a hemofilia no feto. Não deixando que ele nasça com esse tipo de problema”, finalizou.

O diretor da Hemobrás exalta o trabalho de parceria realizado com os hemocentros. Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Suporte oferecido pelo Estado

Os hemoderivados chegam aos pacientes através das políticas públicas do Ministério da Saúde, como o Programa Nacional da Hemofilia e a Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a Hemobrás e um laboratório internacional. Como o medicamento é produzido fora o país, a PDP permite que até 2023 - ano previsto para a inauguração da fábrica própria em Goiana, Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco - a tecnologia do laboratório seja transferida à empresa nacional, para que o produto seja fabricado no Brasil. É estimado que essa parceria tenha economizado R$ 5,2 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Com o fornecimento da Hemobrás, cabe aos hemocentros espalhados pelo país repassar o produto aos pacientes. Só no ano passado, o Hemope - principal hemocentro de Pernambuco - forneceu 40.357 milhões de UIs (Unidades internacionais) do Fator VIII à população. Atualmente, o Brasil tem um padrão de fornecimento de medicamentos hemoderivados comparável ao dos países desenvolvidos.

Nesta quarta-feira (17), unidades de saúde e laboratórios festejam em prol da conscientização e reacendem a luta pelos direitos dos hemofílicos. "Esse dia é um marco, onde é celebrado o reconhecimento de onde chegamos. É quando a gente lembra do passado, para tentar não voltar a ele e continuar na busca por melhorias, garantindo o que a gente tem hoje", explicou o diretor da Hemobrás. No Recife, capital pernambucana, a programação ocorre na sede do Hemope, localizada na Rua Joaquim Nabuco, nº 171, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. No local, está prevista uma manhã de palestras, lanche e muita diversão com recreação para as crianças.

Policiais militares prenderam um homem acusado de furtar medicamentos e insumos do Hospital Municipal Dr. Aristeu Chaves, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), na quarta-feira (10). Os materiais foram encontrados dentro do veículo do suspeito.

A Secretaria de Saúde da cidade havia notado a escassez de medicamentos na unidade, mesmo com a devida reposição dos mesmos. A Guarda Municipal foi acionada para apurar denúncias anônimas que apontavam servidores envolvidos no desvio de medicamentos.

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Após a apuração inicial, o caso foi repassado para as polícias Civil e Militar. Na operação, houve a apreensão dos seguintes itens: 20 embalagens de compressas de gaze hidrofila, 30 de seringa hipodérmica estéril (SR), cinco de cloreto de sódio, duas de Álcool Etílico, duas de fita cirúrgica, duas de algodão hidrófilo, três de luvas, duas de benzetacil e três de dexametasona.

De acordo com a prefeitura de Camaragibe, a fiscalização será reforçada. O funcionário foi encaminhado para a Delegacia de Camaragibe.

Uma carga de medicamentos, avaliada em R$ 22 mil, foi apreendida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-423, em Garanhuns, Agreste pernambucano. Parte da carga era de remédios controlados e o transporte ilegal se assemelha ao tráfico de drogas, segundo a PRF. O homem de 45 anos que fazia o transporte dos medicamentos foi detido.

A polícia explica que todo o material foi encontrado quando, em uma fiscalização no quilômetro 92 da BR-423, foi observado que o motorista de um carro havia desviado para "fugir da abordagem". Após busca, a equipe da PRF alcançou o veículo e encontrou diversas caixas no interior do carro.

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Na verificação da mercadoria, a PRF diz ter constatado que o motorista não possuía autorização para realizar o transporte dos medicamentos, cerca de 70 caixas de remédios psicotrópicos, que necessitam de uma documentação específica para o transporte, foram encontradas.

O suspeito confirmou à polícia que havia pego a carga num depósito de Garanhuns e faria a entrega nos municípios de Lajedo, Caetés, Belo Jardim, São Bento do Una e Pesqueira, no Agreste do Estado.

Ele foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil da região, e deverá responder pelo crime de transportar drogas em desacordo com determinação legal ou regulamentar. A carga foi apreendida pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).

Segundo o Ibama, a mineradora Vale deu medicamentos vencidos para os animais resgatados dos rejeitos da barragem de Brumadinho, Minas Gerais. A informação foi confirmada pela coordenadora-geral do órgão ambiental, Fernanda Pirillo, em audiência pública da comissão externa da Câmara. Pirillo disse que os medicamentos tinham sido providenciados pela mineradora nos primeiros dias após a tragédia.

Em conjunto com o Ministério Público, o Ibama está vistoriando as instalações para resgate e tratamento dos animais, na  validade dos medicamentos e nos bebedouros artificiais para os animais silvestres.

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Em nota enviada ao Estadão, a mineradora ressalta que nenhum animal foi tratado com medicação vencida e que, após o rompimento da barragem, foram recebidas doações de medicamentos veterinários vindos de vários locais do país.

Conforme publicado pelo Estadão, Fernanda relatou que o Ibama lavrou cinco autos de infração contra a Vale, cada um de R$ 50 milhões - totalizando R$ 250 milhões. As multas são por: causar poluição com impacto à saúde humana, provocar o parecimento de espécime da biodiversidade, lançar rejeitos em curso hídrico, causar poluição que tornou necessária a interrupção do abastecimento de água e tornar área imprópria para a ocupação humana.

Escondidos dentro de duas embalagens de pomada, dois celulares desmontados foram encontrados no presídio Cyridião Durval de Oliveira e Silva, em Maceió. Os "medicamentos" seriam entregues ao detento Weslley Holland, na manhã desta terça-feira (5).

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 Segundo informado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) ao site Alagoas 24 horas, os materiais foram deixados por um familiar do preso, que ainda não foi identificado. O sistema de monitoramento deverá auxiliar para o reconhecimento da pessoa que levou os aparelhos celulares escondidos dentro das pomadas.

 

Foi constatado que 180 presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), do Distrito Federal, estão com escabiose, conhecido popularmente como sarna. O único medicamento para tratamento da doença de pele está em falta no sistema. Por conta disso, o presídio liberou que visitantes levem o remédio aos presos até que a compra emergencial do medicamento seja feita pelo sistema prisional.

A sarna se espalhou no Complexo Penitenciário da Papuda, localizado no Distrito Federal. A identificação aconteceu quando promotores do Núcleo de Controle de Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) encaminharam ofício à Gerência de Saúde Prisional da Secretaria de Saúde para que a doença não se espalhasse.

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Segundo o Correio Braziliense, uma equipe do Centro de Detenção Provisória realizaram um mutirão de atendimento, além de higienização das celas, alas e o início do processo administrativo para implementação de lavanderias no sistema.

A prisão preventiva de João de Deus trouxe um impacto não apenas para o movimento da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium costumava fazer os atendimentos, mas também em procedimentos do local. Cápsulas "energizadas", antes vendidas a um preço de R$ 100, passaram agora a ser distribuídas gratuitamente. Funcionários do centro afirmaram que a mudança foi determinada pelo próprio médium, que costumeiramente indicava o remédio manipulado para mais de dois terços dos frequentadores.

Na manhã desta quarta-feira (19) a casa reunia menos de 200 pessoas em busca de tratamento espiritual. A sessão, a primeira depois da prisão preventiva do médium, começou mais tarde do que o usual, por volta das 9h. E uma hora depois já quase não havia fila no local.

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A maior parte dos bancos ficou vazia. O silêncio era tamanho que era possível ouvir os grilos. A televisão, que tradicionalmente exibe filmes com operações feitas por João de Deus, trazia apenas o alerta que as traduções eram feitas em várias línguas. E o nome do líder, que antes da prisão era citado de forma constante, não foi mencionado nesta quarta-feira.

João de Deus está preso desde domingo (16), em Goiânia, acusado de abusar sexualmente de pacientes em consultas que ele realizaria de forma particular, no próprio centro.

Poucos foram os frequentadores dispostos a falar sobre o tema. Um dos funcionários, que não quis ter seu nome identificado, adotou o discurso dos advogados de defesa e afirmou que o médium, de 76 anos, era muito assediado por mulheres.

"Aqui nesta casa há apenas a verdade", afirmava a oradora numa palestra para os poucos fiéis que ali se encontravam. Ela pedia energia para todos aqueles que passavam por provações.

O centro atrai mensalmente cerca de 10 mil pessoas, cerca de 40%, estrangeiros. Nesta manhã, a maior parte dos frequentadores era estrangeira. E em sua maioria, já tinham vindo para Abadiânia em outras oportunidades. Poucos foram as pessoas que estavam na Casa Dom Inácio nesta manhã pela primeira vez.

A passiflora é preparada num laboratório que funciona na própria Casa Dom Inácio de Loyola. O centro foi alvo na terça-feira (18) de buscas pela Polícia Civil. De acordo com funcionários, as cápsulas são iguais para todos. O que muda seria a "energia" dispensada em cada frasco. Na ação de busca em imóveis de João de Deus, a polícia apreendeu armas e dinheiro vivo.

Para os fiéis, a energia do remédio é personalizada. O tratamento dura cerca de dois meses. Questionado porque as cápsulas são vendidas a esse preço, funcionários afirmam haver custos para manutenção da fábrica - registrada no nome da mulher de João de Deus, Ana Keila Teixeira. Além disso, argumentam de que tudo o que é doado, não é valorizado.

A estimativa é que sejam vendidos mensalmente cerca de 8 mil frascos de remédio no centro. Isso significa que, somente com as cápsulas, a casa teria um faturamento bruto de R$ 800 mil. Sem falar na pomada para dores, para queimaduras e o xarope.

A ordem de gratuidade é apenas para a passiflora. De acordo com funcionários, não há ainda expectativa se o remédio será dado de forma gratuita para todos. Embora sem custo, as filas para a retirada das cápsulas não foi grande.

As ruas da parte nova da cidade amanheceram vazias. Às 8 horas, menos de 100 pessoas iam à pé, vestidas de branco, rumo ao centro. Costumeiramente, são centenas.

O impacto no movimento aterroriza o comércio da região. Eles temem que, mantida essa queda, os prejuízos serão ainda maiores. Já se fala em demissões. Situada a 113 quilômetros de Brasília, Abadiânia tem atualmente 17 mil habitantes. A estimativa da prefeitura é de que a Casa Dom Inácio de Loyola seja responsável por cerca de 1.300 empregos, diretos e indiretos.

Não há, no momento, de acordo com funcionários, expectativa de se fechar a casa. O recesso de fim de ano, que foi cogitado, agora está praticamente descartado.

Funcionários costumam comparar a casa a uma igreja. O padre até pode sair, mas o centro religioso permanece aberto. Funcionários dizem não haver sucessor para João de Deus. Caso a prisão se arraste, o "hospital espiritual', que acreditam existir em cima da casa, continuará funcionando por meio dos voluntários que fazem a corrente, afirmam.

A dentista aposentada Vera Alfredo, de 76 anos, conviveu por quase 50 anos com uma úlcera venosa na perna que teimava em não fechar. A ferida abriu após infecção contraída ao dar a luz ao primeiro filho, quando tinha 25 anos. Tentou diversos tratamentos, passou por 16 cirurgias, mas nada resolvia. "Trabalhei por 37 anos em pé, como dentista, com essa úlcera aberta, tendo de fazer curativos todo dia. Não podia ir à praia, nunca usei saia, vestido."

Até um dia ouvir um chamado na TV por voluntários para um teste clínico na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. Era investigado um novo tratamento para esse tipo de ferida persistente, o selante de fibrina, à base de veneno de cascavel e sangue de búfalo.

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Esse é um caso de sucesso em uma área ainda pouco avançada no País, a pesquisa translacional, em que se converge a ciência básica, do laboratório, à aplicada, com potencial para o desenvolvimento de novos produtos de uso medicinal. Da natureza ao paciente, como resumem os pesquisadores.

O selante surgiu de pesquisas do Centro de Estudos de Veneno de Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp. Está na fase 2, de testes clínicos, em que se avalia a segurança do produto

Foi testado em 40 pacientes com feridas semelhantes às de Vera.

Em outubro, os pesquisadores enviaram relatório à Anvisa. Ainda falta a fase 3, que de fato medirá a eficácia em número bem maior de pessoas, cerca de 400. E essa é a parte mais difícil.

São poucos os casos de pesquisas brasileiras de substâncias com potencial de se tornarem novos remédios - muitas oriundas da rica biodiversidade do País - que conseguem transpor a bancada do laboratório para as farmácias. Quando isso ocorre, geralmente é pela indústria farmacêutica estrangeira.

Entre problemas clássicos de burocracia e falta de verba, um gargalo importante é a dificuldade de fazer a tal fase 3. Isso porque a produção de amostras para testar o produto em centenas ou milhares de pessoas é complexa e cara e acaba dependendo de parcerias com a indústria.

Promessa

Os aprendizados dos pesquisadores com o selante e outros produtos deram a chance de abrir um pouco esse caminho. Convênio fechado entre o Ministério da Saúde e a Unesp liberou R$ 11 milhões para construir uma fábrica-escola no câmpus de Botucatu para produzir amostras de medicamentos biológicos. A expectativa é de que as obras comecem em meados de 2019, com conclusão prevista para 2021.

"Hoje não temos capacidade farmacêutica instalada no Brasil, seja pública ou privada. Importamos até Novalgina", diz o infectologista Benedito Barraviera, pesquisador do Cevap.

Para produzir amostras para testes, explica, as farmacêuticas precisam criar ou separar uma linha de produção para isso - um risco de prejuízo. Com isso, ninguém provê amostras para testes das faculdades.

A expectativa é de que a fábrica-piloto preencha essa lacuna. "O objetivo é atender ensaios clínicos, de produtos como os que desenvolvemos aqui e de outros medicamentos biológicos", complementa o veterinário Rui Seabra, diretor do Cevap. "Por um lado, será possível avançar em estudos que estão na bancada dos laboratórios das universidades. Por outro, vai ajudar a fortalecer e indústria farmacêutica nacional."

É o Ministério da Saúde que vai encaminhar os futuros clientes. "São vários projetos no Brasil inteiro que hoje não estão em teste clínico por causa desse gargalo da dificuldade de produzir amostras", diz Barraviera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A conferência mundial sobre saúde pulmonar foi encerrada neste sábado em Haia, após o anúncio de progressos na luta contra a tuberculose.

Segue abaixo um resumo dos instrumentos com que médicos e colaboradores humanitários combatem a doença infecciosa mais letal do mundo, que causou 1,7 milhão de óbitos em 2017, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

- Medicamento milagroso -

Algumas cepas da tuberculose - infecção pulmonar grave transmitida pelo ar e que pode atingir o cérebro - são resistentes aos antibióticos.

Uma equipe médica de Belarus (um dos países com índice de tuberculose multirresistente mais elevado) administrou durante meses a pacientes o novo tratamento contra a tuberculose multirresistente, a bedaquilina, juntamente com outros antibióticos.

A taxa de êxito do estudo de Belarus (93%) foi comprovada em outros testes clínicos com bedaquilina, no Leste Europeu, Sudeste Asiático e na África. Este antibiótico "muda completamente" a situação, segundo especialistas, substituindo meses de tratamentos dolorosos e, muitas vezes, ineficazes.

- Primeira vacina em 100 anos -

Muitos progressos foram registrados no campo da prevenção, com uma nova vacina contra a tuberculose, a primeira em quase um século.

A GlaxoSmithKline (GSK) demostrou em um teste realizado em três países africanos que sua vacina teve uma eficácia de 54% entre as pessoas que contraíram a infecção mas não desenvolveram a doença.

"Este nível de eficácia poderia realmente ter impacto na saúde mundial", declarou à AFP Marie-Ange Demoitie, que dirige o desenvolvimento da vacina para a GSK.

- Novo teste para crianças -

Cientistas anunciaram nesta semana um novo teste, revolucionário, para detectar a tuberculose em crianças, que, segundo eles, poderia evitar anualmente centenas de milhares de casos.

Uma equipe internacional da fundação para a tuberculose KNCV em Haia criou um sistema simples para analisar as fezes de crianças com menos de 5 anos.

Este método, aplicável em regiões isoladas, deverá substituir o atual, um método invasivo, que costuma estar reservado aos grandes hospitais.

Cerca de 240 mil crianças morrem anualmente de tuberculose. A doença é curável e raramente fatal se diagnosticada a tempo. A ausência de tratamento é a causa de quase 90% das mortes entre crianças.

- Tratamento seletivo -

Um enfoque novo para o tratamento das crianças mais expostas teve êxito em quatro países africanos.

A União Internacional contra a Tuberculose e as Doenças Respiratórias realizou um estudo com crianças menores de 5 anos que vivem em lares onde pelo menos um adulto foi diagnosticado com a doença.

Os casos em que a doença não estava ativa foram tratados de forma preventiva durante três meses, ou seja, metade da duração do tratamento atual. Houve êxito em 92% das cerca de 2 mil crianças tratadas.

- Poluição do ar -

A Organização Mundial da Saúde (OMS) irá organizar de 30 de outubro a 1º de novembro a primeira Conferência Mundial sobre a Poluição do Ar e a Saúde, em Genebra.

Os cientistas presentes em Haia pediram aos Estados Unidos que considerem a poluição atmosférica uma emergência de saúde pública: 90% da população mundial respiram ar poluído.

"Seis milhões de pessoas morrem anualmente por causa da qualidade do ar", declarou Neil Schluger, assessor científico da Vital Strategies, organização afiliada à União Internacional contra a Tuberculose e as Doenças Respiratórias.

"A cada dia, os médicos observam os males causados pela poluição do ar. Os pacientes sofrem com asma aguda, ataques cardíacos, AVCs... Ainda assim, muitos governos fracassam na hora de tratar o problema como uma crise real de saúde pública. Temos que nos mobilizar, porque o prolema se agrava", advertiu.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova opção terapêutica para o tratamento da epilepsia. O produto é o Levetiracetam, medicamento genérico que será comercializado em solução oral.

Segundo a agência, o remédio é indicado como monoterapia para o tratamento de crises parciais, com ou sem generalização secundária, em pacientes a partir dos 16 anos com diagnóstico recente de epilepsia.

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O medicamento também é indicado como terapia complementar no tratamento de crises parciais em adultos, crianças e bebês a partir de 1 mês de vida e está autorizado para uso durante crises mioclônicas (espasmos rápidos e repentinos) em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos.

O Levetiracetam poderá ser usado ainda em situações de crises tônico-clônicas (combinação de contrações musculares) primárias generalizadas, em adultos e crianças com mais de 6 anos com epilepsia idiopática generalizada.

“Para a Anvisa, a concessão de registro de um novo medicamento genérico é de extrema importância para ampliar o acesso da população a medicamentos com qualidade e com redução de custo”, informou a entidade, por meio de nota.

A Argentina produzirá o remédio abortivo Misoprostol, para uso hospitalar ou em casos de risco para a vida da mulher, como estupro e atentado ao pudor de mulheres doentes mentais, de acordo com o Código Penal de 1921. A interrupção deve ser realizada por um médico.

O remédio está liberado no país desde julho, como comprimido vaginal de 200 microgramas.

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A Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica da Argentina (Anmat) comunicou que o remédio será fabricado sob designação “Misop 200”.

O aborto é a principal causa de morte materna em mais da metade dos 23 estados da Argentina.

Pousou, nesta terça-feira (29), no Recife, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com remédios para o estado de Pernambuco. Ao longo do dia, outro avião, modelo C-130 Hércules, deverá pousar na capital, totalizando 16 toneladas de medicamentos.

A missão acontece em apoio ao Ministério da Saúde, com objetivo de minimizar os efeitos do desabastecimento provocado pelas manifestações no país. Os medicamentos vieram de Montes Claros-MG e estão seguindo, após o pouso, para um centro de nefrologia em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

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Segundo nota do Ministério da Saúde, a missão visa “dar continuidade aos atendimentos de urgência e emergência, hospitais, transporte sanitário, rede de hemoderivados e insumos, rede assistencial, entre outros, durante paralisação dos caminhoneiros”. Na clínica caruaruense, o medicamento estava acabando e o tempo de hemodiálise foi reduzido.

O transporte de medicamentos pela FAB faz parte da Operação São Cristóvão, criada pelo Ministério da Defesa (MD) por meio da Diretriz Ministerial nº 6/2018. As ações em relação a esta operação são emanadas do Gabinete de Operações Integradas, coordenado pelo MD e com a participação de outros ministérios e agências governamentais

O remédio chegou horas antes da cirurgia, mas o estrago já estava feito. Dez quilos acima do peso, deformado pelo uso constante de drogas que afetam o funcionamento dos rins, Wellinton Gross enfrentou a operação, marcada às pressas por causa de uma complicação no duodeno, mais um reflexo da falta de tratamento adequado.

"O médico avisou: a cirurgia é delicada, você pode ficar na mesa. Mas não havia alternativa", recorda a mulher dele, Josi Kades. "Ele já não tinha mais esperanças, estava cansado de lutar. A ironia é que torcemos tanto para esses frascos chegarem e quando finalmente vieram já não tinham mais serventia", completa.

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Gross morreu em outubro, dias depois da cirurgia e após meses lutando para receber de forma constante o medicamento Eculizumab, usado para controlar uma doença rara conhecida como HPN (Hemoglobinúria Paroxística Noturna), que afeta as células-tronco. Tinha 26 anos.

"Ele ficou dois meses sem remédio, mas isso foi na última fase. Durante o ano de 2017 os frascos vinham, davam por um período, depois faltavam novamente", recorda Josi.

Processo

Associações de familiares e de pacientes com doenças raras estimam que cerca de 500 pessoas enfrentam atualmente problemas de atraso no fornecimento de remédios como o vivido por Gross. Pelo menos 13 mortes são atribuídas à falta de medicamentos. Agora, familiares de pacientes que morreram depois de esperar meses pelas drogas, mesmo com direito assegurado por liminares, preparam-se para processar a União.

Josi é uma delas. "Alguém tem de pagar. Ele não vai voltar, mas é preciso que autoridades saibam que não se pode brincar assim com a vida de alguém", lamenta.

Em meados de março, o Ministério Público Federal também entrou com uma ação para garantir o fornecimento de medicamentos usados por 152 portadores de doenças raras.

"Os atrasos são constantes e as justificativas, variadas", afirma a fisioterapeuta Cintya Mori, de 30 anos, também portadora de HPN. Cintya acompanha pelo WhatsApp o relato e o drama de vários colegas. "Enquanto isso, arcamos com as consequências. Eu, por exemplo, não saio mais de casa. Tenho medo de me ausentar e não entregarem o medicamento porque não estou aqui." Há seis meses ela aguarda o remédio. "E a cada dia fico mais fraca."

Josi não hesita em atribuir a piora do estado de saúde de seu marido à inconstância do tratamento. "Durante anos ele levou vida normal. Era pintor. Trabalhava muito e tínhamos planos, uma vida feliz", resume. Para atestar o que diz, exibe um laudo médico, datado de setembro, dias antes da morte de Gross. Nele, se vê que durante três anos o tratamento de Gross foi feito de forma constante e que problemas de fornecimento começaram a ser identificados. "Cada vez que o remédio faltava, ele apresentava uma piora."

Das últimas doses que chegaram, Gross conseguiu usar apenas uma. As demais Josi doou para um colega do marido no hospital, que também aguardava havia meses a normalização do fornecimento do remédio.

Depois da morte do pintor, serviços de saúde procuraram Josi cobrando a devolução dos frascos nunca usados "Falei sem medo que tinha doado. Ia deixar acontecer algo semelhante com outra pessoa? Não teria coragem." Ao rever os vídeos que gravou do marido com a filha, Josi diz ficar claro o quanto ele foi definhando. "No fim, ele não tinha mais esperanças." Emanuelle fala pouco sobre a falta do pai. Mas o choro vem à tona todos os dias, no momento de ir para escola. "Era ele quem a levava todos os dias para creche", conta.

A casa em que viviam foi devolvida. Josi e a filha foram morar em casa de parentes. "Tínhamos dormido na casa nova durante dois dias. Tudo foi muito rápido. Como nossa vida juntos."

Uma mãe entrou na Justiça contra o Governo de Pernambuco, que não está entregando um importante remédio para o desenvolvimento da filha com síndrome de Turner. Desde janeiro deste ano, a Farmácia da Secretaria Estadual de Saúde não tem repassado a somatropina, cuja entrega pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é determinada por lei federal.

Desde novembro de 2017, a jornalista e professora Gabriela Torres notou a entrega irregular do medicamento. Ela é mãe de uma menina de três anos que desde 2015 recebe a somatropina pelo Estado. A mulher recebia as doses em todo final do mês, mas, em novembro, o medicamento acabou antecipadamente.

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"Fui na semana que tinha que ir, mas fui informada que estava em falta. Tinha chegado, mas tinha acabado. Em dezembro conseguimos com muita dificuldade. A partir de janeiro não consegui pegar o remédio de jeito nenhum", detalha Gabriela. Desde o dia 28 de dezembro, a professora liga todos os dias para a Ouvidoria do Estado de Pernambuco para saber se o medicamento chegou. 

A somatropina é conhecida como o hormônio do crescimento. "A Síndrome de Turner acomete só mulheres. Para minha filha crescer, precisa tomar somatropina, senão ela vai ficar com 1,40 metro de altura. Tem lei federal que diz que as meninas com Síndrome de Turner têm direito a receber o remédio pelo estado", explica a jornalista.

O medicamento é tomado todas as noites e não pode ser interrompido. Sem medicar a filha há dois meses, Gabriela acredita que o tratamento para o ano de 2018 já está prejudicado. Adriana Santana, outra professora e jornalista, também recebe a somatropina para uma de suas filhas que não produz o hormônio normalmente. "A Farmácia da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela entrega, não está fornecendo absolutamente nada. Adultos e crianças dependem desses remédios para viver e/ou ter qualidade de vida", escreveu Adriana em publicação no Facebook se referindo ao hormônio do crescimento e outros medicamentos.

Gabriela já procurou farmácias privadas, mas diz que o preço é inviável. Ela precisaria desembolsar R$ 2 mil por mês atualmente, sendo que a dose aumenta conforme a criança cresce. O marido dela abriu um protocolo na Secretaria de Saúde no dia 12 de março e recebeu a informação que o medicamento chegaria nesta sexta-feira (23), o que não ocorreu.

Sobre a somatropina, a Farmácia de Pernambuco respondeu que o atraso é do fornecedor. A Secretaria Estadual de Saúde, que já teria notificado oficialmente a empresa, alega estar tomando as medidas administrativas para garantir o fornecimento aos usuários do SUS. 

Outros remédios - O LeiaJá recebeu informações que a lista de remédios em falta é muito maior. Segundo informações, a Farmácia de Pernambuco remédio não está com remédio para hipertensão pulmonar, para tratamento das doenças oportunistas da Aids e colírio para glaucoma. A Secretaria de Saúde informou que precisa dos nomes exatos dos medicamentos para checar o motivo da falta.

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