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A hidroxicloroquina não foi eficaz de curar ou acelerar a resposta imunológica do corpo contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), mostrou um novo estudo divulgado pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

Publicada na revista científica "Annals of Internal Medicine", a pesquisa fez um estudo randomizado com 491 pacientes que testaram positivo para a Covid-19 e não foram internados. Após cinco dias de sintomas, metade deles recebeu doses da droga e a outra metade tomou pílulas de placebo, e ambos os grupos foram observados por duas semanas.

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O resultado mostrou que 24% dos pacientes tratados com a hidroxicloroquina tinham sintomas persistentes durante os 14 dias, enquanto no grupo do placebo 30% tinham sintomas persistentes. Uma diferença considerada estatisticamente não relevante.

As internações foram quase as mesmas, com 2% no primeiro grupo e 3% no segundo. A taxa de mortalidade foi de 0,4% nas duas situações. A hidroxicloroquina, assim como a cloroquina, é usada nos casos de malária, artrite reumatoide e lúpus. Por conta de sucesso no combate a essas doenças, assim que a pandemia começou, a medicação começou a ser testada na China, na Europa e em outros países.

Esse procedimento é considerado comum contra novas doenças, já que criar um medicamento do zero leva bastante tempo, então diversos remédios que passaram por todas as etapas de aprovação são testados. No caso do coronavírus, por exemplo, além da cloroquina/hidroxicloroquina, foram testados antirretrovirais, como o remdesivir, e a heparina, além de vários outros.

No entanto, a atenção que a hidroxicloroquina ganhou no mundo foi por conta da politização da droga, inicialmente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e depois no Brasil, com Jair Bolsonaro.

Foto: Gabriela Biló/EstadaoConteudo

Mesmo que cada vez mais estudos mostrem que o remédio não ajuda no combate à Covid-19, seja para pacientes leves ou graves, ela continua a ser usada como propaganda pelo Bolsonaro.

Estados Unidos, Itália e França já emitiram comunicados vetando o uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, mesmo em testes clínicos.

Da Ansa

O Projeto de Lei 3382/20 proíbe a venda nas farmácias brasileiras de medicamentos com o princípio ativo corticoide dexametasona sem receita médica enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus.

Apresentado pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), a proposta está em análise na Câmara dos Deputados. A parlamentar cita matérias jornalísticas publicadas no dia 16 de junho informando que pesquisadores da Universidade de Oxford afirmam ter encontrado a primeira droga que, comprovadamente, reduziria a incidência de mortes por Covid-19.

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“Não obstante ser um medicamento que deve ser ministrado com o devido acompanhamento clínico dos pacientes, a dexametasona atualmente não tem a sua venda controlada, ou seja, pode ser adquirido em qualquer farmácia mesmo sem uma receita médica”, observa a deputada.

“Assim, caso o referido estudo científico tenha efetivamente comprovado a eficácia da dexametasona para o tratamento de casos graves da Covid 19, é de se esperar que haja uma verdadeira corrida aos estabelecimentos farmacêuticos para a sua aquisição e uso indiscriminadamente pela população, implicando, além do desabastecimento da substância no mercado, riscos para a saúde daqueles que dele façam uso sem acompanhamento”, argumenta.​

Da Agência Câmara de Notícias

Depois de suspender por dois meses, o governo federal autorizou nesta segunda-feira (1º) reajuste de até 5,21% nos preços de medicamentos para 2020. O aval para o aumento foi publicado na noite de segunda em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU), em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e as empresas já podem aplicá-lo. "As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos em 31 de maio de 2020, nos termos desta resolução", diz o ato.

O reajuste dos preços dos remédios é definido pela CMED em março de cada ano, passando a valer a partir de 1º de abril. Neste ano, no entanto, governo e indústria farmacêutica fizeram um acordo para adiar a correção por 60 dias, dentro do conjunto de ações para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no País.

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A suspensão do reajuste foi formalizada pela Medida Provisória 933/2020, editada no fim de março e que aguarda votação no Congresso. A Câmara deve votar a MP ainda esta semana.

Pela resolução da CMED publicada no Diário Oficial, o reajuste máximo permitido para este ano será aplicado em três faixas, de 5,21%, 4,22% e 3,23%, a depender do tipo de medicamento. O teto do aumento autorizado para 2020 é superior ao do ano passado, que foi de 4,33%, e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 de março de 2020, que acumulou 4,01% no período entre março de 2019 e fevereiro de 2020.

O medo da Covid-19 culminou na busca pela cura milagrosa e fez certos medicamentos sumirem das farmácias. Embora ainda não exista vacina ou tratamento comprovado cientificamente que seja eficaz contra a infecção, a sensação de incapacidade por parte da população intensificou a cultura da automedicação.

A docente do departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sueli Moreira, alerta sobre as consequências de tomar remédios sem prescrição ou acompanhamento. Além dos efeitos adversos, "os sintomas podem ser mascarados, levando à confusão nos diagnósticos e retardando a definição correta do tratamento", explica.

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O consumo indiscriminado também pode gerar outras doenças e agravar o quadro clínico, como a especialista exemplifica: "o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode levar a complicações renais [...] no caso de antibióticos temos sérios riscos como a piora da infecção, que favorece a resistência bacteriana”.

 Outra questão a ser considerada são as interações entre substâncias, ou seja, a mistura de remédios. "Alguns medicamentos podem interferir na ação de outros e implicar em alterações de exames", esclarece. O conselheiro do Conselho Federal de Farmácia e chefe do departamento de farmácia do Hospital das Clínicas do Recife, Arimatea Filho, também fez um alerta para o consumo sem acompanhamento médico.

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O próprio armazenamento inadequado pode trazer danos. Fora o risco de trocar os medicamentos e tomá-los fora da validade, crianças e idosos podem fazer uso por engano. "O medicamento pode representar um risco baixo para o adulto, mas para o idoso o mesmo medicamento pode ter relação de risco X benefício desfavorável", complementou.

Sem certeza da beneficie, hidroxicloroquina foi estocada

Incentivados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), antes mesmo do protocolo apresentado nesta quarta-feira (20), algumas pessoas já estocavam caixas de hidroxicloroquina em casa sem saber que podem ser vítimas de uma arritmia cardíaca.

Mesmo sem a eficácia comprovada contra a Covid-19, outras duas substâncias entraram no rol das supostas curas da doença. Assim, o antibiótico azitromicina e o antiparasita ivermectina tornaram-se escassos devido ao aumento da procura. Tal cenário dificultou ainda mais a condição dos pacientes que cumpriam tratamento com as substâncias sob recomendação médica.

"Pacientes que respondem bem ao tratamento vivem com poucos sintomas e são acompanhados frequentemente por reumatologistas, que avaliam os riscos", especificou Moreira sobre a prescrição da hidroxicloroquina. O remédio é recomendado contra o Lupus Eritematoso Sistêmico e, a interrupção do tratamento pode resultar na piora renal e de sintomas como a artrite. Em um quadro mais grave, o paciente luta pela vida após ser internado na UTI, concluiu.

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Postagens com frases idênticas contendo boatos sobre o uso combinado de hidroxicloroquina, azitromicina e zinco contra a covid-19 chamaram a atenção de internautas no Twitter, que suspeitaram do uso de bots (robôs) para alavancar postagens a favor da liberação e utilização do medicamento em casos leves e na fase inicial da doença, como defende o governo.

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A eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2), no entanto, não tem comprovação científica e ainda está sendo estudada. “Minha filha pegou covid no trabalho (Bancária), e meu genro pegou dela, tomaram AZT+HCQ+Zinco logo no inicio dos sintomas, com 4 dias estavam zerados.

Não vejo motivo pra tanta polêmica, um medicamento tão antigo e que até grávida pode tomar. Simples...ñ acredita ñ toma!!!”, diz a mensagem repetida em vários tweets de diversas contas.

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Menos de uma semana depois dos Estados Unidos, o Japão se tornou o segundo país a autorizar o remdesivir para tratar pacientes com COVID-19, confirmou nesta quinta-feira (7) uma autoridade do ministério da Saúde.

Os procedimentos de autorização para um novo medicamento geralmente são longos no Japão, mas o governo decidiu fazê-lo rapidamente desta vez, na ausência de soluções terapêuticas validadas.

Na sexta-feira passada, este medicamento obteve uma autorização de emergência semelhante da agência americana de medicamentos (FDA), com base em um ensaio clínico positivo nos Estados Unidos.

O medicamento do laboratório americano Gilead Sciences foi desenvolvido inicialmente para tratar pacientes com febre hemorrágica ebola, mas nunca havia sido aprovado para nenhuma doença antes da COVID-19.

Esta é a primeira terapia a demonstrar alguma eficácia contra a COVID-19 em um ensaio clínico significativo, com mais de 1.000 pacientes.

Pacientes hospitalizados com COVID-19 e tratados com remdesivir reduziram seu tempo de recuperação em quatro dias, de 15 para 11 dias, de acordo com os resultados do estudo americano.

O Japão também planeja autorizar outro medicamento antiviral, o Avigan (favipiravir), este mês para tratar a COVID-19, afirmou nesta quinta o porta-voz do governo, Yoshihide Suga.

Desenvolvido por uma subsidiária do grupo japonês Fujifilm, o Avigan foi autorizado em 2014 no Japão para tratar formas graves de influenza. Devido a efeitos colaterais potencialmente graves, especialmente em mulheres grávidas, só pode ser produzido e distribuído no Japão a pedido do governo.

Após resultados encorajadores de estudos na China, outros ensaios clínicos estão em andamento em todo o mundo para testar a eficácia do Avigan contra o novo coronavírus.

O arquipélago japonês registrou quase 15.500 casos e 550 mortes desde o início da crise da saúde.

O governo estendeu o estado de emergência até 31 de maio para continuar incitando os residentes a evitar o máximo de deslocamentos desnecessários.

A jovem Kamilly Ribeiro, de 17 anos, não resistiu aos sintomas da Covid-19 e morreu nessa terça-feira (14), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A estudante é a vítima mais nova da pandemia no Rio de Janeiro e chegou a ser medicada com cloroquina enquanto esteve internada no Hospital Moacyr do Carmo.

A Secretaria de Saúde do município, responsável pela administração da unidade de saúde, informou que a substância foi ministrada "conforme indica o protocolo do Ministério da Saúde para o uso do mesmo", na tentativa de salvar a jovem.

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Desde que foi apontado como um método para combater a Covid-19 pelo presidente norte-americano Donald Trump, o medicamento vem desaparecendo das farmácias mesmo sem a comprovação da sua eficácia para conter a infecção. Mesmo sem embasamento científico, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) seguiu as orientações do mandatário estrangeiro, o qual carrega uma admiração. O brasileiro chegou a afirmar que investiu na produção do remédio para que ele fosse disponibilizado com maior abrangência à população.

Cientistas brasileiros seguem na busca por uma nova vacina ou medicamento capaz de tratar ou prevenir a Covid-19. Uma das linhas de pesquisa, solicitada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia tem potencial para oferecer uma resposta no enfrentamento ao COVID-19. O remédio mais promissor apresentou 94% de eficácia em ensaios com as células infectadas.

Foram realizados testes utilizando medicamentos que já são comercializados em farmácias para verificar se existe algum capaz de combater a doença. A estratégia chamada de reposicionamento de fármacos é adotada por uma força tarefa formada por 40 cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

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Foram testados dois mil medicamentos com o objetivo de identificar fármacos compostos por moléculas capazes de inibir proteínas fundamentais para a replicação viral. Com uso de alta tecnologia como biologia molecular e estrutural, computação científica, quimioinformática e inteligência artificial, os pesquisadores identificaram seis moléculas promissoras que seguiram para teste in vitro com células infectadas com o SARS-CoV-2.

Desses seis remédios pesquisados, os cientistas do CNPEM/MCTIC descobriram que dois reduziram significativamente a replicação viral em células. O remédio mais promissor apresentou 94% de eficácia em ensaios com as células infectadas.

Para garantir a continuidade dos testes clínicos, e por questões de segurança, o nome do medicamento selecionado será mantido em sigilo até que os resultados dos testes clínicos demonstrem a sua eficácia em pacientes.

O que se pode adiantar é que o fármaco tem baixo custo, ampla distribuição no território nacional e sua administração não está relacionada a efeitos colaterais graves e que pode ser usado por pessoas de diversos perfis inclusive em formulações pediátricas.

Já nas próximas semanas começam os testes com um grupo de 500 pacientes. A ideia é avaliar se o composto selecionado é eficaz e seguro para que seja recomendado como tratamento.

“Temos boas perspectivas que os resultados dessa pesquisa possam ser positivos e assim poderemos ajudar não só o Brasil, como outros países no combate à Covid-19”, revelou o ministro do MCTIC, astronauta Marcos Pontes.

“Os resultados obtidos ressaltam também a importância de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. As respostas para problemas complexos, como esse, dependem de equipes altamente capacitadas e infraestrutura de ponta, capacidades que se formam com o tempo e exigem recursos constantes. Esperamos que a ciência brasileira seja cada vez mais valorizada para poder responder a problemas semelhantes que possam surgir no futuro. Seguimos esperançosos pelos resultados dos testes clínicos, seguindo os passos da ciência”, afirma Antonio José Roque, Diretor-Geral do CNPEM.

Com informações de assessoria

Até o momento a administração de hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus não alterou a mortalidade entre os pacientes com a Covid-19. O uso da medicação segue não sendo recomendada pelo Ministério da Saúde, diferente o que tem defendido o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Ainda não há comprovação da eficácia da cloroquina. Por isso, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou em coletiva nesta quarta (8) que os médicos que aplicarem a medicação para tratar casos leves e moderados do novo coronavírus devem se responsabilizar pela decisão e conscientizar os pacientes e seus familiares sobre os riscos.

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"A prescrição é dele, o papel é dele, o carimbo é dele e a farmácia está lá para dispensar (o medicamento) para ele. O que a gente só alerta é que esse medicamento não é inócuo, que não tem problema nenhum", alerta Mandetta. 

Mandetta aponta que também não é indicado o uso da medicação de forma profilática, ou seja, sem os sintomas, como forma de antever o contágio. O ministro alerta que muitas pessoas no país já foram infectadas pelo Covid-19 e não apresentaram os sintomas. Além disso, alguns dos contaminados "vão ficar bem sem nenhum tipo de remédio, tomando chá, ou tomando placebo, farinha, qualquer coisa", pontua.

Na conta do podcast Medicina em Debate, feito apenas por profissionais de saúde, os especialistas apontam que o uso da Cloroquina pode causar arritmia nas pessoas, além de aumentar uma fase chamada de repolarização do coração, o que pode gerar uma indução de arritmia potencialmente fatal.

Confira:

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O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) voltou atrás e retirou do site as orientações que informavam médicos sobre como prescrever as substâncias hidroxicloroquina e a cloroquina no combate à pandemia. A remoção ocorre três dias após serem publicadas informações sobre dosagem dos medicamentos baseados em relatos anônimos em vez de orientações revisadas por cientistas.

Segundo o Reuters, a orientação havia sido elaborada pelo CDC após o presidente norte-americano Donald Trump recomendar o uso do medicamento para combater o novo coronavírus. Pessoalmente, ele também teria pressionado autoridades reguladoras e de Saúde para ampliar a distribuição dos remédios, mesmo sem respostas conclusivas sobre a eficácia do tratamento.

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"Embora a dosagem e duração ótimas da hidroxicloroquina no tratamento para a COVID-19 sejam desconhecidas, alguns clínicos dos EUA têm reportado", dizia o informativo excluído, sobre as maneiras de prescrever as substâncias.

Especialistas criticaram a falta de embasamento cientifico e o fato das informações se basearem apenas supostos relatos. "Por que o CDC publicaria relatos?", questionou o reitor da Escola de Saúde Pública Instituto Milken da Universidade George Washington, dr. Lynn Goldman. "Isso não faz sentido. Isso é muito incomum", comentou.

A publicação foi retirada e, na ala nomeada "Informações para Clínicos sobre Opções Terapêuticas para Pacientes com a COVID-19”, uma retratação foi divulgada. "Não há medicamentos ou outros terapêuticos aprovados pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) para prevenir ou tratar a COVID-19”.

O órgão acrescentou que "hidroxicloroquina e cloroquina estão sob investigação em testes clínicos" e, em nota, anunciou que teria elaborado as orientações para médicos a pedidos de uma força-tarefa, que havia exigido ação imediata.

A Rússia desenvolveu três medicamentos que podem ser potencialmente utilizados para tratar a COVID-19, causada pelo novo coronavírus.

Previamente, a Agência Federal para Assuntos Médico-Biológicos (FMBA) apresentou mais uma versão com base na mefloquina antimalárica.

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A informação foi divulgada pelo chefe da unidade de ciências biomédicas da Academia Russa de Ciências, Vladimir Chekhonin, que recordou que a triazavirina antiviral foi criada há vários anos em um instituto da academia russa.

Agora os especialistas chineses estão interessados no seu uso para possível tratamento da infecção pelo coronavírus.

"Mas hoje está pronto um inalante especial deste medicamento, que pode ser usado exclusivamente para tratar infecções respiratórias virais. Estou certo de que será mais adequado para tratar a infecção por COVID-19. E, claro, essa opção é extremamente importante na situação atual", disse Chekhonin, acrescentando que este medicamento já está pronto para ser transferido para ser testado em instituições especializadas.

Além disso, cientistas russos desenvolveram outro medicamento "suficientemente eficaz" contra o coronavírus (adaptado para atender aos padrões russos) baseado no tratamento antiviral japonês favipiravir.

Outro medicamento antiviral, o fortepren, também passou em testes clínicos e deve ser avaliado quanto à sua capacidade de tratar a COVID-19, afirmou o acadêmico.

"Ele passou por todas as fases de testes clínicos, ou seja, foi testado mesmo em humanos. Fortepren está na fase de registro, após o que pode ser submetido a testes para verificar sua possível atividade em relação à COVID-19", comentou o especialista.
Segundo o acadêmico, testar a capacidade desses três medicamentos para tratar a doença do coronavírus é uma prioridade máxima tanto da Academia Russa de Ciências quanto do Ministério da Educação e Ciência da Rússia.

Chekhonin observou que, por enquanto, três possíveis vacinas contra o coronavírus estão sendo desenvolvidas na Rússia com a participação de especialistas da Academia Russa de Ciências.

Minilaboratório portátil para diagnóstico

O diretor executivo da corporação estatal russa Rostec, Oleg Yevtushenko, informou que a empresa irá produzir um minilaboratório portátil para diagnóstico do coronavírus, além de ter dito que a Rostec tem a competência necessária para desenvolver vacinas relevantes.

"A produção de um minilaboratório portátil para diagnóstico rápido da COVID-19 está sendo desenvolvida. Em um futuro próximo, este produto deverá entrar no mercado", disse ele.

De acordo com Yevtushenko, a Rostec fornecerá equipamentos, tais como câmeras de imagem térmica, para detectar pessoas com temperaturas corporais elevadas, termômetros infravermelhos, unidades de desinfecção do ar e dispositivos de ventilação artificial.

Segundo os últimos dados, mais de 732 mil casos de infecção já foram registrados no mundo, com mais de 34 mil mortes. O número total de casos da COVID-19 na Rússia atingiu 1.836, tendo sido registradas nove mortes.

Da Sputnik Brasil

E.R.L., 10 anos, foi diagnosticado com a Síndrome de West antes de completar seu primeiro ano de vida. A doença gera diversos ataques epiléticos e grave atraso em seu desenvolvimento motor e cognitivo. P.A.R., mãe do menor, procurou a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife em outubro de 2019 com o objetivo de garantir um salvo-conduto para plantação de cannabis medicinal que será usada no tratamento do filho. Após reunir todos os documentos necessários para dar entrada no pedido de habeas corpus preventivo, a Defensoria protocolou o pedido no dia 03 de março de 2020, obteve a concessão da liminar no dia 09 e a sentença definitiva no dia 20, pois não houve recurso do Ministério Público Federal.

Os cuidados com a criança eram intensivos, por meio de medicações e terapias, mas seu quadro não apresentou melhoras com o passar dos anos. Ele continuou sofrendo de epilepsia refratária e chegou a ter, em média, 10 crises epilépticas por dia. Os efeitos colaterais dos remédios também se fizeram presentes, como sonolência, irritabilidade, excesso de saliva na boca, tonturas, desequilíbrios e incômodos generalizados.

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A família, então, teve acesso a uma amostra do óleo da cannabis e seu uso deu resultados significativos ao menor: as crises epilépticas reduziram para uma crise por semana, fazendo com que ele conseguisse realizar fisioterapia e fonoaudiologia com a frequência necessária. O resultado foi a melhora no equilíbrio corporal, firmeza muscular, controle da saliva e foco em atividades simples.

Diante da impossibilidade de promover a importação do extrato sem tornar impossível o sustento da família, considerando o alto valor da medicação, a única saída passou a ser o cultivo da planta em casa. Por esse motivo, P.A.R. procurou a Defensoria Pública da União no Recife, com a intenção de garantir um salvo-conduto para plantação da cannabis medicinal e uso terapêutico em seu filho. O caso passou a ser acompanhado pela defensora pública federal Tarcila Maia Lopes.

Após a reunião de todos os documentos necessários para comprovar o caso, a DPU impetrou o pedido de habeas corpus preventivo no dia 03 de março de 2020. Como as ações de habeas corpus possuem prioridade em relação a todas as demais demandas no âmbito criminal, o processo se desenvolveu de forma muito ágil. A concessão da liminar foi emitida no dia 09 e a sentença final no dia 20 de março.

“Por todo o exposto, julgo procedente o pedido e concedo a ordem, concedendo à paciente P.A.R., representante legal de E.R.L., o salvo-conduto para que as autoridades coatoras se abstenham de adotar qualquer medida voltada a cercear a sua liberdade de locomoção, na ocasião da importação de sementes ou no recebimento de sementes/mudas junto a associações com autorização regulamentar ou judicial para tal fornecimento (a exemplo da ABRACE), bem como na produção e cultivo do vegetal Cannabis sativa dentro da sua residência, adstrito o salvo-conduto à quantidade suficiente para a produção do seu próprio óleo, com fins exclusivamente medicinais”, destacou na sentença a juíza federal da 36ª Vara Federal de Pernambuco, Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo.

 Após a concessão de vários habeas corpus com a mesma temática desde o mês de dezembro de 2019, essa é a primeira sentença emitida pela Justiça Federal em Pernambuco em casos com atuação da Defensoria Pública da União no Recife. “Como o Ministério Público Federal não recorreu da sentença, podemos dizer que essa é uma sentença definitiva”, comemorou a defensora Tarcila Maia Lopes.

Da assessoria da DPU

O embaixador de Cuba em Moscou, Gerardo Peñalver, informou que Havana recebeu pedidos de mais de 15 países para adquirir a droga Interferon Alfa 2B, desenvolvida na ilha.

"Até o dia de hoje recebemos pedidos de mais de 15 países para comprar o medicamento, o que é um reconhecimento do desenvolvimento biotecnológico do nosso país", declarou o embaixador.

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Peñalver lembrou que o medicamento foi utilizado com êxito na China para conter a pandemia do novo coronavírus.

O Interferon Alfa 2B é um medicamento terapêutico, e não uma vacina. Interferons são moléculas produzidas pelo corpo humano contra ataques virais. A medicação busca aumentar a capacidade do sistema imunológico de reagir ao coronavírus.

A medicação cubana é normalmente aplicada de forma injetável, mas na China está sendo aplicada por inalação, uma vez que o método permite atingir os pulmões do paciente no estágio inicial da infecção, informou a AFP.

Além da produção doméstica em Cuba, a medicação é produzida por uma joint-venture binacional sino-cubana instalada no país asiático.

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Da Sputnik Brasil

Uma denúncia levou a Polícia Civil de São Paulo a prender um falso médico no município de Álvares Machado (565 km da capital). De acordo com os agentes, o homem, detido em flagrante em uma propriedade rural, oferecia medicamentos afirmando que o uso seria indicado para o tratamento contra o coronavírus (Covid-19). Segundo a polícia, o acusado é um farmacêutico com graduação em Química.

A denúncia chegou à equipe da polícia quando populares desconfiaram das alegações do homem, que afirmava, em alguns vídeos nas redes sociais, ter desenvolvido uma fórmula que não permitia o contágio pelo Covid-19. Nas imagens, o impostor aparecia com um jaleco branco e mostrava em uma lousa fórmulas químicas para tentar comprovar a veracidade dos estudos.

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Com a fama conquistada com o compartilhamento do conteúdo na internet, o falso médico vendia a medicação em cápsulas que chegavam a custar entre R$ 20 e R$ 55.

Durante o cumprimento do mandado de busca domiciliar, foram apreendidos o jaleco, o mural com as fórmulas anotadas, frascos, etiquetas e embalagens. Segundo a polícia, o falsário responderá pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos e medicinais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, na noite da quinta-feira (19), uma nota técnica em que não recomenda, no momento, o uso do hidroxicloroquina para tratamento do novo coronavírus. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a hidroxicloroquina e a cloroquina foram aprovadas para serem usadas no tratamento da Covid-19 no país.

De acordo com a Anvisa, é preciso conduzir estudos clínicos em uma amostra representativa de seres humanos para a inclusão de indicações terapêuticas novas em medicamentos. A nota técnica, entretanto, reconhece os bons resultados obtidos pelas substâncias.

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Um estudo de pesquisadores chineses avaliou que a Hidroxicloroquina e a cloroquina inibiram efetivamente a etapa de entrada do vírus na célula e os estágios celulares posteriores relacionados à infecção do coronavírus. As drogas também bloquearam o transporte do vírus entre organelas das células.

Uma pesquisa francesa, com uma pequena amostra (20 pacientes), apontou que o tratamento com Hidroxicloroquina é significativamente associado à redução ou desaparecimento da carga viral em pacientes com Covid-19 e seu efeito é reforçado pela Azitromicina. 

No Brasil, existem medicados à base das duas substâncias, usados no tratamento de artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária. Após o anúncio de Trump, medicações com essas substâncias começaram a faltar nas farmácias do país. 

Circula nas redes sociais um vídeo do médico pernambucano Aléssio Alves destacando a eficácia da Hidroxicloroquina e sugerindo que "vale a pena ter em casa". Ele apagou o vídeo e disse, por telefone, que a compra sem receita médica não é recomendada. "É inadmissível a população comprar por conta própria, porque pode haver efeitos colaterais. Eu quis compartilhar a notícia para o povo ficar esclarecido e diminuir o temor", disse o médico.

Médicos japoneses afirmaram que um remédio contra asma parece ser eficaz na redução de sintomas em pacientes de coronavírus que desenvolveram pneumonia.

Uma equipe médica do Hospital Ashigarakami, na província de Kanagawa, tratou pacientes que ficaram doentes a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess. Ela anunciou os resultados de seus estudos no site na internet da Associação Japonesa para Doenças Infecciosas.

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Segundo o documento, três pacientes foram tratados com um remédio contra asma chamado Ciclesonida, um esteroide inalável que inibe o sistema imunológico.

A equipe médica declarou que todos os pacientes tinham mais de 65 anos de idade e respiravam por aparelhos, mas que não se encontravam em estado grave.

A pesquisa mostrou que os pacientes foram tratados com a Ciclesonida, em 20 de fevereiro, e suas condições de saúde melhoraram em cerca de dois dias. Uma mulher de 73 anos teria recebido alta.

Os médicos disseram que o remédio foi empregado depois de terem sido informados a seu respeito pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas.

Eles afirmaram que o remédio chega aos pulmões, onde o vírus se multiplica. Portanto, ele pode ser eficaz na redução de inflamações no local.

A equipe planeja investigar a eficácia do tratamento, em conjunto com outras instituições médicas porque ela cuidou somente de um pequeno número de pacientes.

O número de casos suspeitos no País continua a crescer, chegando a 252. E o Ministério da Saúde corre para garantir a importação de imunoglobulina, medicamento usado para melhorar a imunidade de pacientes de diversas doenças, como casos graves do coronavírus. O governo não divulga informações a respeito da disponibilidade do remédio, mas estoques da droga estão "baixíssimos", segundo fontes da pasta.

A expectativa é de que, no ritmo atual de uso, o produto acabe em 30 dias na rede pública, afirma o presidente do Conselho de Secretários de Saúde, Alberto Beltrame. O medicamento que pode servir para auxiliar pacientes do novo coronavírus é o único que corre risco de desabastecimento, dizem integrantes do Ministério da Saúde e secretários estaduais.

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Além do combate à epidemia global, a imunoglobulina traz efeitos positivos para pacientes com doenças de letalidade mais alta, infecções bacterianas, HIV e pessoas que passaram por transplante de medula óssea, entre outros quadros. O efeito do uso do medicamento, em muitos casos, está em acelerar uma melhora clínica.

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) debate na terça-feira, 3, se aprova a entrada do medicamento no País solicitada pelo governo federal. Parte do produto comprado pelo Ministério da Saúde já aguarda no aeroporto o aval do órgão. O caso teve de ser levado à discussão por ser excepcional: o produto escolhido é fabricado por empresas da China que não têm registro sanitário no Brasil, ou seja, não passaram pelo crivo da Anvisa. O Estado apurou que, mesmo contrariada, a diretoria do órgão pode aprovar a importação, pois há risco real de falta do produto. Como a agência afirma não conhecer a droga, deve colocar ressalvas na liberação, passando a responsabilidade sobre a segurança e eficácia ao Ministério da Saúde.

A indústria farmacêutica situada no Brasil já se posicionou contra a importação. O argumento é de que a compra fere regras sanitárias e de concorrência, pois há alto custo para registrar drogas no País.

A disputa para importar a imunoglobulina se estende desde o fim de 2018, quando um contrato de R$ 280 milhões teve o preço questionado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Ministério da Saúde argumenta que, após recomendação do tribunal, começou a busca no exterior pelo medicamento sem registro, porque não encontrou empresa no País que apresentasse os preços regulares.

A distribuição da droga para o governo está em disputa na Justiça e no TCU. Uma entrega de 55 mil frascos, por exemplo, foi impedida no mês passado pelo Judiciário, pois o medicamento estaria novamente acima do preço fixado pela Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED/Anvisa), órgão que define preços.

Em meio ao imbróglio, o governo Jair Bolsonaro chegou a tentar a compra em uma empresa da Ucrânia, que não cumpria exigências mínimas exigidas pela Anvisa. A agência negou a importação do ministério e, nos bastidores, deixou claro à época que o produto poderia ser ineficaz e perigoso aos pacientes. Sem dar detalhes, o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou na sexta-feira acreditar que agora o produto será liberado.

Números

O Brasil já tem 252 casos suspeitos do novo coronavírus, sendo 136 deles no Estado de São Paulo. A informação foi atualizada neste domingo pelo Ministério da Saúde na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS). No sábado, o número de casos suspeitos era de 207.

2º caso

A XP Investimentos confirmou neste domingo que um funcionário que voltou da Itália é o 2º caso do vírus no Brasil, confirmado pelo Ministério da Saúde sábado. Ele chegou na quinta-feira e seguiu diretamente para o escritório.

A XP já testou outros dez colegas que tiveram contato com ele e aguarda resultados. Os colaboradores estão sendo acompanhados e orientados por médicos e especialistas. Eles e o infectado passam bem. "E não apresentam nenhum sintoma da doença", afirmou a empresa em nota. O funcionário estaria de férias na Itália com a mulher - que também não tem sintomas.

Por precaução, a XP afastou os empregados por 14 dias. E recomendou a todos os que estiveram em "área de risco" trabalhar de casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente um projeto de lei, aprovado pelo Congresso Nacional, que garantia a oferta de sangue, componentes, hemoderivados, medicamentos e demais recursos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente alega inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público.

Além disso, na decisão publicada na edição de hoje (27), no Diário Oficial da União a presidência aponta que a disponibilização "institui obrigação ao Poder Executivo e cria despesas obrigatória ao Poder Público, sem que se tenha indicado a respectiva fonte de custeio". O veto ainda pode ser derrubado pelo Congresso Nacional.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (30) o registro de um medicamento com potencial para facilitar de forma expressiva o tratamento da malária e evitar recaídas. Batizada de tafenoquina, a droga é a primeira aprovada nos últimos 60 anos para a principal forma da doença, provocada pelo Plasmodium vivax.

O maior avanço, de acordo com pesquisadores, está relacionado à forma de uso. Ele reduz a duração do tratamento de sete para um dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A empresa farmacêutica francesa Sanofi informou na sexta-feira (18) que estava retirando do mercado dos Estados Unidos e Canadá o Zantac, um medicamento popular contra a azia, após detectar um possível agente cancerígeno na sua composição

"Como medida de precaução, a Sanofi vai retirar voluntariamente o Zantac", divulgou a empresa.

"Esta medida está sendo tomada devido à possível contaminação com uma nitrosamina chamada N-Nitrosodimetilamina (NDMA)", substância que a Organização Mundial da Salud classifica como um possível cancerígeno.

A decisão segue um aviso feito pelas autoridades de supervisão canadenses, explicou a Sanofi, acrescentando que "estão em andamento" avaliações para determinar se a presença da substância potencialmente perigosa existe no medicamento.

Grandes redes americanas de farmácias, como CVS e Walgreens, já haviam retirado o Zantac de suas prateleiras, segundo a imprensa local.

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