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Depois de eleger 52 deputados federais na esteira de Jair Bolsonaro, em 2018, e romper com o presidente no ano seguinte, o PSL fechou uma aliança estratégica com o MDB para tentar se manter relevante nas articulações políticas visando as eleições de 2022. A aproximação entre as legendas começou durante um jantar em São Paulo, no início de junho, que reuniu o ex-presidente Michel Temer, o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).

Pelo acerto inicial, as duas siglas vão lançar um programa conjunto produzido pelas fundações Indigo (PSL) e Ulysses Guimarães (MDB), e apresentar candidaturas presidenciais próprias com o intuito de convergir em uma chapa única no começo do ano que vem. Os emedebistas apostam na senadora Simone Tebet (MT) e o PSL, no apresentador José Luiz Datena.

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Nos bastidores, porém, Datena já avisou que prefere disputar o Senado, e Bivar, então, seria indicado como vice de Simone nas negociações que buscam um nome da terceira via para enfrentar Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Em outra frente, o PSL mantém acesa a possibilidade de uma fusão, seja com o MDB ou outra sigla. Ao Estadão, Bivar admitiu negociações nessa linha e disse que as fusões são uma "tendência" no longo prazo.

Independentemente da sucessão presidencial, MDB e PSL querem estar juntos nas disputas estaduais e já trabalham na construção de um mapa nacional que privilegie essa dobrada. "O MDB e o PSL largaram na frente e estarão irmanados. Lá na frente vamos conversar sobre quem será nosso candidato (a presidente)", disse o deputado federal Júnior Bozella (SP), vice-presidente do PSL. Segundo ele, quem estiver "mais bem posicionado" vai indicar a cabeça de chapa.

Nas eleições de 2018, os dois partidos viveram momentos opostos. O MDB caiu de 66 deputados eleitos em 2014 para 34, enquanto o PSL saltou de 1 para 52.

Apesar das tratativas, há obstáculos como a proximidade de emedebistas com Lula e o PT em palanques estaduais prioritários - incluindo Pará, com Jader e Helder Barbalho; e Alagoas, com Renan Calheiros e Renan Filho.

Em meio a essas tratativas, foi Baleia Rossi quem articulou a ida de Datena para o PSL. O objetivo foi isolar a ala bolsonarista da sigla, que ainda tem influência do deputado Eduardo Bolsonaro (SP). "Há uma tentativa de juntar as fundações dos dois partidos em uma reflexão conjunta sobre os rumos do País. Até meados de setembro vamos apresentar um documento conjunto", disse o presidente da Fundação Indigo, Marcos Cintra. O documento já tem nome: "Ponto de Equilíbrio".

"A gente não se curvou. Seria mais fácil ter ficado no projeto de poder do Bolsonaro, como fez o Centrão. Mas não nos deixamos seduzir. Ficamos fiéis aos nossos objetivos: as bandeiras liberais", afirmou Bozzella. Dono da segunda maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de TV (atrás do PT), o PSL é cortejado ainda por Progressistas e Podemos, que vislumbram uma fusão ou federação partidária, caso esse modelo seja aprovado no Congresso. A articulação também envolve o DEM e culminaria na formação de um "superpartido", hoje com 121 deputados e 15 senadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (13), criticando a postura do partido de permanecer na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB). O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Raul Henry.

No texto, Miguel – que tenta cacifar o seu nome para concorrer ao comando da gestão estadual em 2022 – lista críticas ao governo de Câmara e pondera que Pernambuco está “à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história”. 

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Ao tratar diretamente do MDB, o prefeito de Petrolina diz: “Sou filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação política de larga história de luta e posicionamento, que nunca se absteve de seus compromissos com uma sociedade melhor e justa. Encontrei ressonância com inúmeros colegas de partido que também estão insatisfeitos com a falta de rumo que nosso Estado sofre. Contudo, nem a inquietação de nossas lideranças, nem o cansaço das mulheres e homens de nossa terra com o atual estado das coisas, fez nossa direção estadual assumir um compromisso pela mudança urgente”. 

Filho do líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, Miguel declara também que apesar da direção do MDB, seguirá “com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança”. 

O emedebista também segue: “Lamento profundamente tal decisão. Ao mesmo tempo, respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco. Expresso isso com a tranquilidade de saber que o desejo de mudar para melhor não ser apenas meu, e sim de milhões de pernambucanas e pernambucanos ansiosos por um novo tempo. Com este compromisso por um futuro melhor, renovo minha disposição de seguir lutando por um novo Pernambuco”.

O MDB integra a Frente Popular de Pernambuco que deve lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como candidato ao governo. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente estadual do MDB, Raul Henry, mas até o fechamento desta matéria não houve nenhuma manifestação sobre o assunto.

Veja a nota na íntegra:

"Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco"

Existe uma carência latente por dias melhores em todas as pernambucanas e pernambucanos. É um sentimento que cresce a cada minuto diante da falta de perspectiva e do retrocesso que nosso Estado vivencia. Largamos em algum lugar do passado recente o brilho de ser a referência, abandonamos a liderança natural do povo nordestino. Pior que isso, perdemos o protagonismo e passamos a ser destaque em rankings que nos envergonham: na ausência de oportunidade, no topo do desemprego, na demanda por uma segurança eficiente, na falta de políticas públicas para retomar o desenvolvimento. Ficamos à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história. 

Em situações como essa, de ausência de projeto e liderança de um povo, a mudança não deve ser um desejo apenas, mas sim um compromisso de uma sociedade. Por isso, tenho defendido a construção de um projeto coletivo de transformação. Não uma mudança de nome, de desejos pessoais ou de sigla partidária. Queremos, como milhões de pernambucanos insatisfeitos, um novo Pernambuco.

Precisamos de um projeto que una lideranças políticas, religiosas, acadêmicas, movimentos sociais, toda a sociedade. É urgente e necessário. Tenho provocado esse debate publicamente, bem como, dentro da esfera partidária. Sou filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação política de larga história de luta e posicionamento, que nunca se absteve de seus compromissos com uma sociedade melhor e justa. Encontrei ressonância com inúmeros colegas de partido que também estão insatisfeitos com a falta de rumo que nosso Estado sofre. Contudo, nem a inquietação de nossas lideranças, nem o cansaço das mulheres e homens de nossa terra com o atual estado das coisas, fez nossa direção estadual assumir um compromisso pela mudança urgente. 

Manteremos com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança. 

Lamento profundamente tal decisão. Ao mesmo tempo, respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco. Expresso isso com a tranquilidade de saber que o desejo de mudar para melhor não ser apenas meu, e sim de milhões de pernambucanas e pernambucanos ansiosos por um novo tempo. Com este compromisso por um futuro melhor, renovo minha disposição de seguir lutando por um novo Pernambuco. Vamos construir o Pernambuco do futuro com desenvolvimento econômico, inclusão social e com um governo que leve saúde, educação e segurança para todos os cantos do Estado.

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Prefeitura de Aliança, localizada na Mata Norte de Pernambuco, que visa contratar 133 profissionais com níveis médio e superior. Os interessados devem se candidatar até o dia 24 de junho por meio do site da Prefeitura ou, presencialmente, na Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoas, situada na rua Domingos Braga, s/nº, Centro. O atendimento é das 8h às 16h.

Há oportunidades para os cargos de orientador social, digitador, psicólogo, assistente social, coordenador do programa bolsa família, coordenador Creas, entrevistador do programa Criança Feliz, entre outros. Dentre o total de vagas, existem chances para Pessoas com Deficiência (PcD).

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A seleção dos candidatos será composta pela avaliação curricular, que consiste na análise da experiência profissional e de títulos. Efetivados, os profissionais trabalharão de 30 a 40 horas semanais e ganharão remunerações que variam de R$ 1.100 a R$ 1.700, a depender da função exercida. Mais informações podem ser obtidas por meio do edital disponível no site da Prefeitura.

Dois meses após a vitória de Arthur Lira (PP-AL) na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados, dirigentes do DEM, PSDB e MDB intensificaram as conversas sobre as eleições de 2022 e subiram o tom no discurso de oposição ao presidente Jair Bolsonaro. A relação entre os três partidos ficou abalada após a eleição para da Casa, quando Lira recebeu 302 votos e venceu Baleia Rossi (MDB-SP) no primeiro turno com apoio de deputados do DEM, que liberou a bancada, e do PSDB.

No momento em que Bolsonaro abre espaço para o Centrão, em busca apoio para tentar se reeleger, as três legendas pregam unidade no ano que vem em torno de um nome competitivo que possa quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Palácio do Planalto. O assunto foi tratado em um almoço na semana passada em Brasília que reuniu o presidente do PSDB, Bruno Araújo, do DEM, ACM Neto, e os líderes das duas bancadas, Rodrigo Castro (PSDB-MG) e Efraim Filho (DEM-PB).

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Lideranças do DEM e do PSDB estiveram no centro da articulação do manifesto em defesa da democracia que reuniu seis presidenciáveis nesta semana. O movimento consolidou a percepção de que esse consórcio partidário deve estar afinado com as outras forças do chamado "polo democrático". Esse é o nome do grupo de WhatsApp que reúne os seis signatários do manifesto, além do ex-juiz Sérgio Moro.

"A união entre DEM, MDB e PSDB fortalece o campo democrático para as eleições de 2022 e une partidos cujas lideranças têm pensamentos muito próximos e relações profundas", disse o governador João Doria ao Estadão.

Por ora, ainda não há consenso em relação aos nomes que estão colocados à mesa: os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), do PSDB, o apresentador Luciano Huck, e os ex-ministros Sérgio Moro e Henrique Mandetta (DEM).

O DEM tem mantido conversas também com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), mas o nome dele sofre resistências entre os tucanos. Os demais signatários do texto, à exceção de Ciro, já mantinham conversas reservadas bilaterais sobre a necessidade de apoiar uma alternativa eleitoral para o ano que vem.

O manifesto marcou um pacto de não agressão entre os presidenciáveis, e é tratado como o embrião de uma possível aliança, embora eles reconheçam os obstáculos para confirmá-la.

"Os líderes na Câmara estão procurando conversar para atuarem juntos na agenda econômica no Congresso", disse Efraim Filho. Já Baleia Rossi, que é presidente do MDB, tem mantido conversas bilaterais sobre 2022 com ACM Neto, Mandetta, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), o governador João Doria (PSDB) e os deputados Arnaldo Jardim (Cidadania) e Luciano Bivar, presidente do PSL. "O MDB quer uma terceira via", disse Baleia Rossi.

A casa do governador João Doria em São Paulo tem sido um ponto de encontro de lideranças que tentam construir uma aliança para 2022. No último sábado, 27, o tucano ofereceu um jantar a Rodrigo Garcia e Rodrigo Maia, que está de saída do DEM e planeja filiar-se ao MDB. Antes disso, foi o presidente do DEM, ACM Neto, quem esteve na casa do tucano.

Nas duas ocasiões, Doria disse que é importante "proteger" o DEM. Dois temas são considerados delicados: a possível ida do vice-governador paulista para o PSDB, sigla pela qual disputaria a reeleição caso o tucano seja candidato à Presidência, e a ida de Maia para o MDB. Se concretizados, esses movimentos podem implodir o DEM em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Enquanto discutem cenários para 2022, PSDB, MDB e DEM estão alinhados nas críticas a Bolsonaro. Documento assinado pela executiva do MDB afirma que o governo "perdeu-se em falsos problemas", como questionar as vacinas produzidas pela China. O documento também diz que a gestão Bolsonaro demonstrou uma postura "míope" nas negociações com a farmacêutica Pfizer para a compra de imunizantes, e que autoridades deram um "mau exemplo" ao não usarem máscaras.

O PSDB também tem divulgado notas e postagens duras contra o governo. O partido destacou que Bolsonaro foi "punido por indisciplina na década de 80", ao comentar a troca de comando nas Forças Armadas.

O presidente do DEM, ACM Neto, passou a adotar um tom crítico a Bolsonaro. Em fevereiro, ele divulgou uma nota na qual considerou "lamentável" que seu aliado João Roma tenha aceito o convite para assumir o ministério da Cidadania. ACM Neto disse que o convite a Roma era uma tentativa do Palácio do Planalto de intimidá-lo. No entanto, foi de ACM Neto a decisão de liberar a bancada do DEM na Câmara para votar em Lira, o que levou à saída de Rodrigo Maia. O episódio pode ser um entrave para uma eventual aliança com o MDB de Baleia Rossi, derrotado na eleição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A escalada de mortes na pandemia minou a aliança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o Centrão. Há pouco mais de um mês da vitória dos candidatos governistas nas eleições internas do Congresso, a parceria se alterou de um estado de "lua de mel" para cobranças públicas e ameaças veladas de abertura de impeachment e CPI para investigar o Planalto.

Na semana passada, o presidente não aceitou a indicação da médica Ludhmila Hajjar, de perfil técnico, para substituir o general Eduardo Pazuello, no Ministério da Saúde. Ela havia sido endossada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Ludhmila se guiava por uma cartilha de combate à covid-19 que seguia as orientações de especialistas mundiais. O presidente escolheu o cardiologista Marcelo Queiroga, amigo de seu filho senador, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Queiroga prometeu seguir a cartilha do Planalto.

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Lira ficou contrariado. Numa videoconferência, falou em evitar a "agonia" dos brasileiros e um "vexame internacional". Antes, ele se manifestava contra a abertura de um processo de impeachment de Bolsonaro. Chegou a dizer que não seria "prioridade" e poderia "desestabilizar" o País. Na última semana, esquivou-se com outro argumento: não teve "tempo" de analisar os pedidos.

Queiroga está assumindo o ministério sem poder contar com a "paciência" do Centrão, sem tempo para aprender e sem poder errar, avisou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). Ele e Lira também declararam publicamente que Bolsonaro não poderá contar com eles para impor medidas mais extremas. Horas antes, Bolsonaro citou o termo "estado de sítio" em uma conversa truncada com apoiadores, no Alvorada, na qual criticava os governadores.

Sinais

O deputado Fausto Pinato (Progressistas-SP) confirma que há uma mudança sutil no relacionamento do Centrão com o governo e que o "sinal laranja" de alerta já está ligado e "caminhando para o vermelho". "Ninguém vai querer se expor em um governo que pode acabar mal por causa da pandemia. Acredito que os líderes estão se afastando de Bolsonaro até ver no que vai dar esse ministro da Saúde e qual plano será adotado", afirmou Pinato. "Se não mantiver um cronograma de vacinação, e as mortes aumentarem, não terá como segurar (a CPI)", avisou.

A deputada Celina Leão (Progressistas-DF), cada vez mais próxima da família Bolsonaro, diz que a Câmara tem sido colaborativa, mas alerta: "O grande erro de Bolsonaro foi não entender, no momento certo, a importância da vacina".

No Senado, a pressão pela CPI da Saúde é ainda maior. O presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG) se diz contra, mas, após a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP), o terceiro por covid, já admite que não sabe até quando poderá evitar a investigação. Teme que chegue um momento em que se verá entre garantir o apoio à sua gestão ou à de Bolsonaro. "A situação crítica do Brasil exige a coordenação do presidente, ações do Ministério e toda colaboração dos poderes, governadores, prefeitos e instituições", disse no Twitter.

Dias antes da queda de Pazuello, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, disse ao Estadão que houve uma mudança notável na relação entre os poderes e minimizou o desgaste que se avizinhava. "Todos estamos muito preocupados pela pandemia, mas ela vai fazer a gente se unir mais ainda", ressaltou. "Essa pandemia é um fator que ainda vai solidificar mais ainda nossa união."

Lula

Um dirigente do DEM, com trânsito no Palácio do Planalto, afirma que o Centrão se move pela expectativa de poder - por isso, não há dúvidas de que pode abandonar Jair Bolsonaro. E cita como exemplo a debandada do grupo, em 2016, do governo Dilma Rousseff, o que deteriorou as condições políticas da presidente para enfrentar o impeachment. Um a um, partidos como Republicanos, Progressistas, PSD e PL foram deixando o governo para depois ingressar na cúpula do governo Michel Temer.

As fissuras entre o governo e o Centrão coincidem com sinais positivos de integrantes do bloco à reabilitação eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para caciques, as pesquisas de intenção de voto terão papel decisivo. A taxa de rejeição, atualmente mais alta para Bolsonaro, é fator mais considerado, pois indica o teto de votos. Eles também lembram que, em algum momento, todos os políticos no controle dos partidos do Centrão foram aliados de Lula.

No bloco, o PL, o Progressistas e o Republicanos são vistos por ministros do governo e dirigentes partidários como os mais fechados com Bolsonaro. No governo, os ministros reconhecem que abandonar ou não Bolsonaro será movido por ideologia, sentimento de poder e circunstâncias regionais.

O Solidariedade é um dos partidos que balançam entre Bolsonaro e Lula. A interlocutores, o presidente do partido, Paulinho da Força (SP), já admitiu inclinação por apoiar uma eventual candidatura de Lula em 2022. Chefe do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, apoiador de Bolsonaro, também não descarta o petista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato do PDT à disputa presidencial de 2022, Ciro Gomes, revelou que a primeira missão é derrotar o PT no 1º turno. Neste sábado (27), o ex-ministro sugeriu que sua campanha pode ser montada com uma aliança diversificada, com DEM e PSD, por exemplo.

“Nesse quadro de hiperfragmentação, quem for contra o Bolsonaro no segundo turno tem tendência de ganhar a eleição. O menos capaz disso é o PT. Por isso, a minha tarefa é necessariamente derrotar o PT no primeiro turno”, comentou à Folha de S. Paulo ao ressaltar sua "adversidade intransponível com o lulopetismo".

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Apesar de indicar que conhece outras vertentes do PT, Ciro disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Haddad para representar a sigla novamente, “porque não fará sombra a ele nem hoje nem jamais. Ou seja, quer replicar a escolha da Dilma [Rousseff]”.

Sobre a estratégia para chegar forte na corrida presidencial, além de manter a dura oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele planeja fechar alianças com sigla de outras identidades ideológicas.

“Quero sinalizar minha vontade de alargar o diálogo, porque o Brasil necessita de um novo consenso. E aí aparece o DEM, com todas as suas contradições internas e comigo, e o PSD, com contradições mais comigo do que internas. E daí? Quero que isso seja feito à luz do dia, de forma transparente", sinalizou.

Quatro assaltantes invadiram e roubaram uma farmácia localizada na cidade de São Vicente, em São Paulo. Durante a ação, que aconteceu nesta última terça-feira (27), um dos suspeitos arrancou a aliança do dedo de uma cliente com a boca.

Segundo informações de um site local, um dos suspeitos estava com uma arma de fogo apontando para as pessoas que estavam na farmácia. No momento do crime, que durou menos de um minuto, um outro criminoso tenta pegar a carteira que está na mão da cliente, mas depois desiste e tenta puxar a aliança com força - como não consegue - retira o anel do dedo da vítima com a boca.

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Além disso, cerca de R$ 500 foram roubados do estabelecimento. O crime foi registrado no 2º Distrito Policial de São Vicente e deve ser investigado pela Polícia Civil.

Enquanto na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados a possibilidade de integrantes da bancada do PT apoiarem a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) - aliado do presidente Jair Bolsonaro - causou mal-estar no partido, na Assembleia Legislativa de São Paulo a sigla caminha para renovar uma aliança com o PSDB que perdura desde 2006.

Líder do governo no Parlamento paulista e relator do polêmico projeto de ajuste fiscal de João Doria, o deputado Carlos Pignatari (PSDB) será candidato à presidência e deve contar com apoio do PT e do DEM. Em troca, os petistas manterão o comando da 1.ª Secretaria, e o DEM, da 2.ª Secretaria. O acordo conta com o aval do governador tucano.

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"O Carlão (Pignatari) é o nosso candidato. Ele tem o apoio total da bancada e do Palácio dos Bandeirantes", disse a deputada Carla Morando, líder do PSDB na Assembleia. A tucana evitou falar sobre as articulações com a oposição, mas o deputado Arselino Tatto (PT), que é o 1.° secretário da Casa, defendeu o acordo com os adversários históricos.

"O que existe de mais democrático é formar a Mesa (Diretora) partindo das maiores bancadas. Somos oposição ao Doria no Estado, mas na Mesa Diretora não", disse o deputado petista, que está em seu quinto mandato consecutivo.

Ainda segundo ele, seria "hipocrisia" lançar um candidato que não iria ganhar. Tatto lembra que o PT ocupa a 1.ª Secretaria desde 1996 porque sempre formou a segunda maior bancada no Legislativo paulista. Foi em 1995 que Mário Covas assumiu o Palácio dos Bandeirantes e deu início à hegemonia do PSDB no Executivo estadual.

"A politicagem não respeita ideologia. O PT historicamente sobrevive da 1.ª Secretaria, que cuida do departamento pessoal, e o DEM da 2.ª Secretaria, que responde pelos contratos e licitações. É muito difícil quebrar essa aliança", disse o deputado Arthur do Val (Patriota).

Líder do Novo, o deputado Daniel José afirmou que a sigla ainda não decidiu se vai lançar um nome, como fez em 2019, quando ele próprio disputou. "Nosso intuito é mudar a política, mas é muito difícil evitar esse cenário. Na Assembleia, as pessoas têm interesse direto nos cargos e se aliam com quem tem chance de vencer", afirmou José.

Casa Civil

O atual presidente da Assembleia, Cauê Macris (PSDB), deve ser nomeado em 2021 o novo chefe da Casa Civil do governo paulista. A ideia é que Macris reforce a relação de Doria com a Assembleia no ano que antecede as eleições.

Quando assumiu o governo em 2019, Doria escolheu o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) para o cargo, mas ele anunciou em 28 de dezembro, antes mesmo da cerimônia de posse, que pediria licença do cargo para se dedicar à sua defesa após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal. Kassab foi citado por um delator da J&F, que o acusa de receber propina da empresa entre os anos de 2010 e 2016.

O ex-ministro, porém, teve seu nome publicado no Diário Oficial e tecnicamente é secretário licenciado da pasta, sem receber salário. Quem atualmente exerce a função de chefe da Casa Civil do governo paulista é o secretário Antônio Carlos Maluf.

O Partido dos Trabalhadores (PT) encerrou as eleições municipais deste ano com um encolhimento no número de prefeituras em Pernambuco. A principal disputa protagonizada pela sigla foi no Recife com a candidatura de Marília Arraes – derrotada por João Campos (PSB) nas urnas. A corrida pelo segundo turno na capital pernambucana, nos últimos 15 dias, deu um tom mais amargo à aliança histórica estadual firmada pelo PT com o PSB.

O vai e vem de acusações e o fato da campanha de João ter adotado um tom duro, buscando angariar votos do chamado antipetismo deixou evidente um desgaste entre as siglas. Ao LeiaJá, o presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, afirmou, nesta segunda-feira (30), que será aberto um debate interno na sigla que pode definir, até 20 de dezembro, os rumos do pós-eleição para o PT no Estado, inclusive com a possibilidade de um rompimento oficial com o PSB.

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“Temos um calendário de discussão e só a partir dele vamos tomar a decisão. Já tínhamos agendado para dezembro, antes mesmo do resultado do segundo turno, uma reunião da Executiva e depois do Diretório. Como já estamos quase em dezembro, temos até o dia 20 para resolver tudo”, afirmou Doriel. “Agora os ataques foram duros, vamos fazer uma reflexão colocando a indignação que estamos diante desses métodos que foram usados nessa campanha”, emendou.

De acordo com o presidente do PT-PE, “o posicionamento político do partido em relação às eleições só será conhecido após muitas discussões internas”. “Uma das coisas que vamos fazer é um debate sobre a necessidade do partido se sobrepor as pessoas [aos políticos]. Seja de não mais permanência, apesar de termos contribuído diretamente com a eleição de Paulo Câmara em 2018, ou de seguir com a aliança vamos fazer isso após um intenso debate, inclusive entre as correntes internas. O PT é muito plural”, lembrou Doriel, afirmando ainda que é muito cedo para já discutir as eleições de 2022.

Na semana passada, o presidente estadual do PT, que antes havia se colocado contra a candidatura de Marília Arraes e defendia a legenda no palanque de João Campos, veio a público refutar o posicionamento da campanha do pessebista e o fato do prefeito eleito ter dito que não aceitaria nenhuma indicação política do PT para a sua gestão. Na ocasião, o dirigente chamou o então candidato de “imaturo”, cobrou respeito e foi direto ao ponderar que a aliança firmada entre as siglas não era por "bondade" do PSB, mas a parceria poderia ser revista a qualquer momento.

Após o resultado das urnas, com João escolhido por dos eleitores recifenses, Marília Arraes garantiu que fará articulações para a concretização de uma “nova oposição” ao PSB. O discurso de um reposicionamento também foi adotado pela deputada estadual Teresa Leitão.

“Eu defendo que esse afastamento seja imediato, que a gente passe por um reposicionamento na Alepe, entregue os cargos e passe a fazer oposição a um governo que nos atacou firmemente. Atacou nosso partido, nossas lideranças nacionais e cuspiu no prato que comeu”, salientou a parlamentar, uma das entusiastas, desde o início, da candidatura majoritária no Recife.

Se o PSB e o PT vão seguir aliados ou não, agora resta aguardar que os ânimos da disputa se acalmem e as lideranças petistas discutam internamente o assunto. Da parte do governador Paulo Câmara (PSB), ele já chegou a dizer que está aberto para seguir dialogando “com quem queira”.

O apresentador Luciano Huck e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro iniciaram negociações para uma aliança na eleição presidencial de 2022, segundo informa o jornal Folha de S. Paulo neste domingo.

Segundo a reportagem, eles se encontraram no apartamento de Moro em Curitiba no dia 30 de outubro, e acertaram a intenção de união em torno de uma espécie de "terceira via" na disputa pela Presidência. Ainda não houve definição de quem encabeçaria uma eventual chapa, algo que pode ser discutido ao longo de 2021.

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Ainda segundo a reportagem, o convite para o encontro partiu de Moro. Huck chegou à residência do ex-ministro em Curitiba por volta das 12 horas, e a conversa se estendeu até pouco antes das 15 horas.

Na intenção de compartilhar que havia ficado noiva, uma mulher da África do Sul decidiu usar seu cachorro de estimação para exibir a aliança de diamantes que celebrou o comprossimo. Porém, o plano não saiu como esperado, e o cão acabou engolindo o anel.

O vídeo com o ocorrido viralizou no site Reddit, onde é possível ver a mulher na tentativa de tirar uma foto da aliança posicionada no focinho do cachorro da raça golden retriever. O que a noiva não esperava, era que o animal pensasse que o anel fosse um petisco e o engolisse. No instante que isso acontece, a câmera foca no chão, e a mulher entra em desespero.

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O vídeo com a legenda "O que poderia dar errado ao mostrar meu novo anel de noivado?" viralizou, e os usuários reagiram de diversas maneiras. Enquanto uns desejaram que a mulher recuperasse o anel, outros brincaram com o ocorrido. "Você não treina cachorros para fazer isso? Coloque o biscoito no nariz e espere. Ele vai comer o biscoito", comentou um usuário. "Aquele cachorro tem gosto caro", ironizou outro.

O cachorro foi levado a um hospital veterinário e realizou um raio-x, em que o anel ficou visível. Para retirá-lo, o médico induziu o golden retriever ao vômito.

A Rainha Elizabeth II e o príncipe Philip estão casados há mais de 70 anos e, desde então, guardam um grande segredo. Segundo a People, no livro recém-lançado Prince Philip: A Portrait of the Duke of Edinburgh, escrito por Ingrid Seward, a autora revelou que há algumas palavras gravadas na aliança da monarca que são conhecidas somente pelo casal e pela pessoa que fez a gravação na joia.

"Pelo menos Philip não pagou pelas despesas de uma aliança de casamento, já que o povo de Gales forneceu uma pepita de ouro galês com a qual a aliança foi feita. [Elizabeth] nunca a tira e dentro do anel há uma inscrição. Ninguém sabe o que diz, a não ser a pessoa que fez a gravação, a rainha e seu marido".

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Já conforme noticiado pelo Yahoo, apesar de Philip pertencer a uma família real própria, já que seu avô foi rei da Grécia, surpreendentemente ele tinha pouco a oferecer. Porém, conseguiu fazer um anel de noivado com uma tiara que pertencia à sua mãe, a princesa Alice da Grécia, que continha diamantes do fim da dinastia Romanov.

A publicação afirma que, antes de pedir Elizabeth em casamento, o príncipe trabalhou com o joalheiro Philip Antrobus, de Londres, Inglaterra, para reaproveitar as joias da tiara, além de colocar outras pedras em uma seção triangular do anel.

Vale dizer que o ouro galês citado no livro é, aliás, uma tradição da família real, que tem usado o material para suas alianças de casamento há quase 100 anos. As recentes noivas da realeza, princesa Eugenie e Meghan Markle, seguiram a tradição, assim como Kate Middleton quando se casou com o príncipe William em 2011.

A única que não seguiu a tradição, de acordo com a People, foi a princesa Beatrice, que escolheu platina ao invés de ouro galês.

"Projetamos o anel em platina porque queríamos que ele se encaixasse esteticamente com o anel de noivado. Os anéis foram feitos um para o outro e há um romance nisso", explicou o joalheiro britânico Shaun Leane a revista.

Tensão entre William e Harry

As revelações sobre a família real, inclusive, não param. De acordo com o jornal Daily Mail, a tensão entre os príncipes William e Harry começou muito antes do irmão caçula e Meghan Markle decidirem se afastar da família real. Conforme revelado no livro Battle of Brothers, que descreve as brigas e desavenças entre os filhos da princesa Diana, os dois teriam tido uma primeira intriga em 2005, quando Harry foi flagrado com uma fantasia de nazista.

Isso porque, segundo Robert Lacey, historiador e autor da obra, William também havia participado da escolha do traje controverso, no entanto, quando as fotos de Harry foram divulgadas, William não foi responsabilizado e o mais novo pediu desculpas sozinho.

"[Harry] começou a reavaliar o envolvimento de seu irmão mais velho e a injustiça da subsequente emergência de William com cheiro de rosas. Isso fez Harry se sentir ressentido e até alienado, diz o autor, citando a expressão britânica cheiro de rosas, referente a quando as pessoas acreditam que você é bom depois de uma situação difícil que poderia ter feito você parecer desonesto".

Um ex-assessor disse ao autor que essa situação foi a primeira grande crise no relacionamento dos príncipes. "Eles mal se falaram. Harry se ressentiu do fato de William ter se livrado tão facilmente".

Assim, Lacey aponta que Meghan Markle não foi o fator original na decisão do Príncipe Harry de se livrar de sua família em janeiro de 2020.

O papo do Encontro com Fátima Bernardes, desta segunda-feira (14), foi sobre o uso de alianças. André Curvello ficou curioso para saber sobre a vida amorosa da apresentadora e perguntou o motivo dela e Túlio Gadêlha usarem o anel de compromisso.

"Representa uma ligação. Como a gente vive em cidades diferentes e tem essa distância, acho que é mais um elo. É uma forma de lembrança, de memória, de mostrar que a gente está junto", disse Fátima sobre o namoro, que já dura pouco mais de dois anos.

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A apresentadora ainda disse que não tira a aliança para nada e afirmou que não gostaria de ver o político sem o acessório: "A gente não tira, não. Mas não sei como reagiria se aparecesse sem. Acho que eu não ia gostar. Eu não tiro a minha. A pessoa não pode tirar também. Túlio não tira a dele".

Já é certo que o PT vai concorrer ao comando da Prefeitura do Recife com a deputada federal Marília Arraes, mas o que ainda não foi definido é quando e se os membros do partido vão deixar os cargos ocupados na gestão pessebista, da qual os petista serão rivais na disputa. Nesta terça-feira (25), em conversa com o LeiaJá, o presidente municipal do partido, Cirilo Mota, disse que o desembarque não é o foco do partido no momento.

Cirilo Mota comentou que “política não se trata disso”, ressaltou que a aliança com PSB vai além da cidade do Recife e que é preciso lembrar as recentes palavras do ex-presidente Lula, que pediu para o partido respeitar o PSB e tratá-lo como aliado.

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Mota enfatizou que o trabalho realizado pelo PT na Secretaria de Saneamento do Recife, chefiada por Oscar Barreto, é produtivo e que ainda há o que se fazer na casa. E completou: “A política não trata disso. O debate de cargos é subjetivo e ainda será feito na instância. A direção ainda discutirá. Somos aliados do PSB em várias cidades e lugares do Brasil. Essa é a lógica da campanha e devemos ser estratégicos”.

Sobre a candidatura de Marília Arraes, ele disse que os dirigentes locais estão cuidando da campanha, e que houve uma definição através de reunião municipal, seguindo a orientação nacional e com firme apoio à Marília, apesar das especulações. A candidata segue tendo o apoio do PSOL na cidade.

Ainda segundo Mota, o objetivo do partido agora é montar uma chapa proporcional competitiva e mais consistente. Atualmente, há 30 candidatos a vereadores pelo PT, restando 29 vagas para completar a chapa.

O diretório nacional do PT aprovou nesta sexta-feira, 7, por 29 votos a 25 e 11 abstenções, a aliança do partido com o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, o Waguinho (MDB). Ele e a mulher, a deputada federal Daniela do Waguinho (MDB-RJ), são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

O principal incentivador da aliança foi o ex-presidente do PT do Rio Washington Quaquá, um dos vice-presidentes nacionais do PT. Na semana passada Quaquá já havia causado polêmica ao incentivar a candidatura do sargento da Polícia Militar Alex Beraldo a vereador no Rio pelo PT. A ideia caiu por terra depois que veio à tona o fato de Beraldo ter sido citado na CPI das Milícias da Assembleia Legislativa.

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Waguinho foi um dos únicos prefeitos da Baixada Fluminense a pedir votos para Bolsonaro na eleição de 2018. A aproximação rendeu frutos. No último dia 3 a cidade recebeu a visita do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para inauguração de obras de saneamento que vão beneficiar 20 mil moradores da cidade.

Em vídeo que circula na internet o filho Zero Um do presidente Bolsonaro rasga elogios a Waguinho e sua esposa, lembrando que ela integra a base do governo no Congresso. O prefeito também celebrou a visita em suas redes sociais.

A aliança é motivo de preocupação entre setores da direção petista. Eles temem que o apoio ao bolsonarista contamine a campanha da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) à prefeitura do Rio.

A decisão foi objeto de intensos debates no diretório nacional do PT. Várias tendências minoritárias se uniram para barrar a aliança mas a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Quaquá é um dos líderes, garantiu a coligação.

Quaquá justificou a aliança dizendo que Waguinho é aliado do PT há tempos e minimizou as reclamações da base petista sobre a possível contradição na aliança. "A política brasileira é absolutamente contraditória. A base da sociedade é pura contradição. Waguinho é um aliado tradicional do PT. Eu não diria que ele é bolsonarista. Ele é prefeito, é malandro. Se o Psol estivesse na presidência ele seria aliado do (Guilherme) Boulos. Essa turma (do PT) que é contra (a aliança) adora teorizar a Baixada tomando chope em Ipanema", disse o dirigente.

Disposto a assumir a Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o deputado estadual João Paulo (PCdoB) anunciou a pré-candidatura e será o principal nome da oposição na corrida eleitoral do município. Devido à pandemia, ele precisou intensificar a atuação nas plataformas virtuais e conta com o apoio do PT para alcançar a gestão a partir de 2021.

Ex-prefeito do Recife, João Paulo foi o primeiro mandatário municipal a ser reeleito na capital pernambucana, além de conseguir emplacar o sucessor ao deixar o cargo. Há mais de 30 anos na carreira política, o pré-candidato ainda assume um tom militante e criticou a atual gestão de Olinda. “O sentimento geral é que Olinda merece ser governada com a grandeza que a cidade tem. É preciso ter uma gestão realmente realizadora e inovadora. Não dá para ficar no básico”, avaliou.

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Reconhecido como a cara do PT na Região Metropolitana do Recife, até o momento, João Paulo segue solitário na pré-candidatura e ainda estuda nomes para compor sua chapa. Ele migrou para o PCdoB em 2018, mas já conta com apoio da sua antiga sigla para que um governo de esquerda retorne à Olinda.

Com a necessidade de distanciamento social, um novo formato de diálogo foi imposto pela Covid-19. Por isso, João Paulo segue em casa, mas garante que mantém contato com os eleitores por meio de lives semanais, nas quais apresenta suas pautas e debate sobre Direitos Humanos, Cultura, Educação, Saúde e orçamento participativo.

Antes mesmo de oficializar a candidatura, ele chegou a ser vítima das fakes news e reforça que vai atuar judicialmente contra a prática enganosa. “Quando minha candidatura foi ventilada quase que imediatamente começaram a surgir notícias falsas que eu estava inelegível. É assim que age quem tem medo do debate qualificado", disparou o comunista, que acrescentou, “acredito que o cidadão de Olinda tem o direito de escolha sem a interferências de mentiras”.

No último dia 20, o deputado conversou com o LeiaJá sobre a candidatura e os planos para a disputa. Confira:

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O Partido dos Trabalhadores (PT) vive um novo dilema interno para a disputa pela Prefeitura do Recife: ter ou não ter candidatura própria? Desde a eleição municipal de 2012, quando houve a tão conhecida briga entre os Joões [João Paulo e João da Costa] rachando a legenda, que o partido não vive com tranquilidade uma temporada pré-eleitoral na capital pernambucana. Nas duas últimas disputas, a dúvida era entre nomes, sobre quem seria o petista a liderar a chapa que concorreria ao comando da cidade. Desta vez, apesar de já ter um nome consensual - o da deputada Marília Arraes -, a divergência interna é encabeçar uma chapa própria ou endossar o palanque do PSB, que deve concorrer ao posto com o deputado federal João Campos. 

Marília Arraes circula como natural pré-candidata do PT à Prefeitura do Recife desde as eleições de 2018, quando teve o nome preterido para a disputa ao Governo do Estado. Em março deste ano, ela ganhou mais fôlego com uma resolução da direção nacional que apontava como prioridade para este ano a presença protagonista da agremiação na corrida por prefeituras de diversas capitais. O texto foi claro ao nominar a neta do ex-governador Miguel Arraes como a opção para a disputa pela capital pernambucana. 

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Na época, as direções estadual e municipal do partido contestaram a postura nacional e o posicionamento contrário foi endossado com as definições de táticas eleitorais locais nos últimos meses. O PT municipal e estadual emitiram resoluções pedindo que a nacional reveja e rediscuta a postura definida em março, baseando-se no argumento de que ao lado do PSB, na chamada Frente Popular do Recife, as chances de combater a ascensão de postulações apoiadas pelo bolsonarismo são mais reais.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo  

Na avaliação do presidente do partido em Pernambuco, o deputado estadual Doriel Barros, a nacional “errou quando lá em março tomou a decisão sem um debate local” e “isso foi um problema”. 

“Tem a decisão municipal e estadual pró-aliança, que busca unir forças para enfrentar o bolsonarismo. Não vai dois partidos de esquerda para o segundo turno, isso é certo, e não podemos vacilar de maneira alguma. O partido deveria permanecer na Frente Popular. Esperamos que a nacional debata agora a partir da discussão local e dê sua posição final. Somos partidários, vamos seguir o que for definido, mas antes ela precisa considerar o debate que foi feito aqui e se posicionar”, ponderou Barros.

Indagado sobre como avaliava o fato do partido estar mais uma vez imerso em um dilema eleitoral, o presidente disse que o quadro atual é diferente do que foi vivido em 2012 e 2016.

“Tem uma diferença agora, nas outras eleições todos queriam candidatura própria, a divergência era de quem seria o candidato. Havia um consenso de que o partido deveria ter candidatura própria, mas hoje tem uma larga maioria defendendo que o partido deve permanecer na Frente em função da conjuntura e da necessidade que temos de montar um campo de aliança para prepararmos para a eleição de 2022. Comungo desse pensamento para que não ocorra retrocesso no Recife. A direita vai vir com muita força”, argumentou o dirigente estadual.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Já para a deputada estadual Teresa Leitão, que é integrante da direção nacional do PT, há outros partidos de esquerda com os quais o PT mais se alinha e pode formar uma frente forte para, como observou ela, “derrotar o bolsonarismo no Recife”. 

“Quem são os partidos de esquerda que podem dialogar com o PT? Eles têm suas candidaturas também, mas podem fazer um campo verdadeiramente de esquerda. O PSOL, o PDT, a Rede, a UP, o PCB, todos esses partidos estão no nosso radar. Não podemos estar conversando partidariamente porque não temos essa delegação da direção municipal, que é quem deveria estar fazendo movimentos nessa direção, mas nós sabemos que Marília tem uma excelente relação, por exemplo, com Túlio Gadêlha e o PSOL. Esse é um campo provável de se construir uma unidade”, observou a deputada. 

Na ótica de Teresa Leitão, a decisão da nacional de disputar com Marília Arraes “foi o melhor caminho” que poderia ter sido escolhido para o “fortalecimento do PT”. 

“Esse dilema só serve para gente perder tempo. Desde abril que se sabe pela instância máxima do PT que nós teríamos candidata. Isso tem mais um cunho político do que estatutário. Não há fato novo para se reabrir o debate. Pelo contrário, os fatos que existem deveriam fortalecer a candidatura do PT. É um movimento errático, que não leva a nenhuma construção do partido, pelo contrário”, afirmou a petista.

A dirigente nacional disse ainda que a posição tomada em março pode até ser rediscutida, mas não deve mudar. “Marília, inclusive, é uma das mais bem colocadas nas pesquisas nas capitais que o PT decidiu disputar. Dizem que pesquisa é hoje, mas não é amanhã, porém esse é  um referencial que todo mundo usa e considera. É perda de tempo essa discussão. A decisão da nacional vai vigorar, assim como foi em 2012, as prévias indicaram que o candidato deveria ser João da Costa, mas a nacional optou por Humberto Costa e assim foi”, lembrou.

Segundo Teresa Leitão, o próximo encontro da direção nacional do PT será nesta sexta-feira (24), mas a questão levantada pelas direções de Pernambuco e do Recife não está na pauta. 

Com o pleito adiado em pouco mais de um mês, resta agora aguardar para ver qual a tese petista que vai se sobressair na capital pernambucana.

Bolsonaristas que se afastaram do PSL para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na criação do Aliança Pelo Brasil tentam se reaproximar da legenda. O movimento acontece diante da possibilidade cada vez menor de que o novo partido saia do papel.

A expectativa de dirigentes do PSL, comandado pelo deputado Luciano Bivar (PE), é de uma reunificação já nas próximas semanas. A cúpula da legenda, que tem 53 deputados, tem adotado o discurso de que não quer briga com ninguém e que deseja neutralizar o radicalismo das alas antagônicas.

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A senha para a reconciliação foi dada há duas semanas em uma ligação de Bolsonaro, que deixou o PSL em novembro de 2019, para o presidente da legenda. No telefonema descrito como cordial e protocolar por interlocutores de ambos, o presidente pediu uma avaliação de Bivar para a crise política.

Segundo o Estadão apurou, não houve um pedido explícito de apoio por parte de Bolsonaro, mas a ligação foi encarada no PSL como um gesto claro de tentativa de reaproximação. Pressionado por dezenas de pedidos de impeachment, o presidente tenta construir uma base no Congresso.

Pessoas próximas a Bivar, no entanto, afirmam que a conversa não significa que a legenda está de volta ao governo, mas admitem que o tempo definirá os termos da relação. "Bivar foi extremamente injustiçado assim como todos os outros deputados. Nunca é tarde para reconhecer erros", disse o deputado Julian Lemos (PSL-PB). 

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira, 6, que o sistema político brasileiro, com muitos partidos, implica uma aliança com o bloco Centrão. Em live do Banco Credit Suisse Brasil, Mourão justificou a aproximação do governo com o grupo de cerca de 200 deputados que compõem os partidos do centro.

"Enquanto permanecer com sistema político com essa quantidade de partidos qualquer governo terá que trazer para o bojo de suas ideias esse grupo de partidos de centro", afirmou. Segundo ele, um Congresso "multifacetado", com mais de 25 partidos, exige alianças como a feita com o Centrão.

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A postura inicial do governo Bolsonaro negava essa estratégia e apostava na aliança com frentes parlamentares, como as bancadas rural, da bala, e evangélica. Os grupos, contudo, são compostos por diferentes partidos que só se alinham em relação aos temas específicos de frente, informou Mourão.

"O governo, os senhores sabem, iniciou com uma visão talvez idílica, vou ser aqui bem sincero, que por meio das bancadas temáticas teríamos relacionamento eficiente com o Congresso", disse. Sobre a adesão ao "toma lá da cá" de cargos de troca de cargos por apoio no parlamento, Mourão afirmou: "O partido que quer estar junto do governo quer participar e a participação se faz dessa forma".

Ele destacou que o recém nomeado ministro das Comunicação, Fábio Faria, antes deputado pelo PSD, faz bem a ponte de relação com o parlamento, junto ao ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Para o vice-presidente, é um "pleonasmo" falar em presidencialismos de coalizão. "O presidencialismo só pode ser de coalizão, se não houver coalizão o presidente não governa", afirmou.

Mourão disse que o Congresso tem um perfil reformista e aproximação com o Centrão facilitará a aprovação de reformas, como é o caso a tributária e a administrativa. Ele mencionou ainda que é necessário também um trabalho mais próximo e integrado junto aos governadores.

A aliança do Centrão com o presidente Jair Bolsonaro criou um novo desenho político na Câmara dos Deputados. Sem se assumir como base aliada do governo e distantes da oposição, partidos como DEM e PSDB se uniram para defender uma agenda em comum e também discutem um nome de consenso para a sucessão do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Casa.

Chamado internamente de "núcleo independente", o grupo informal tem, ainda, a participação do MDB e do Cidadania e da parte do PSL, legenda que abrigou Bolsonaro, mas que atualmente está rompida com o presidente. No total, esses partidos reúnem 102 deputados, embora existam entre eles representantes governistas.

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"Esse grupo independente acabou se formando de uma maneira muito natural", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP). "Dos dez grandes partidos, o PT é oposição, o PSL está dividido e quatro foram para o governo", afirmou o tucano. As legendas citadas por Sampaio que estão na base do governo Bolsonaro são o Republicanos, o Progressistas (antigo PP), o PL (antigo PR) e o PSD, que, juntos, reúnem 146 parlamentares.

"Passamos a conversar mais agora por conta de que existe o bloco da oposição, o do Centrão e um bloco que tem independência das suas posições", declarou Sampaio.

Sob pressão de aliados e após sofrer sucessivas derrotas políticas no ano passado, Bolsonaro passou a distribuir cargos no Executivo aos partidos do Centrão em troca de apoio no Congresso, ressuscitando a velha prática do "toma lá, dá cá".

Até agora, Progressistas, Republicanos e PL já foram contemplados com cargos. O DEM, embora tenha se unido a este novo bloco, mantém os pés no Centrão e também tem indicados em cargos no governo, como na Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

A ideia deste novo núcleo é se apresentar como o "fiel da balança" nas votações da Câmara, como um "meio-termo" entre governo e oposição. Na prática, esta ala sabe que o Palácio do Planalto precisará do seu apoio, por exemplo, para aprovar qualquer Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

"São partidos que têm uma identidade mais sólida, que costumam pensar e votar da mesma forma e, portanto, seguem alinhados para se posicionar na votação de projetos atuais e estratégias pensando no futuro", disse o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB).

A ala não governista do PSL também dá apoio ao bloco. "O PSL é um partido absolutamente independente e assim se manterá. É importante a união de outras siglas em torno desse bloco independente, a criação de um núcleo forte que não se dobra às constantes tentativas de interferência do presidente da República no Parlamento", afirmou a líder do PSL, deputada Joice Hasselmann (SP). O PSL elegeu 52 deputados, mas pelo menos 19 parlamentares são da ala chamada "bolsonarista", de apoio irrestrito ao presidente da República. Joice é ex-aliada de Bolsonaro.

Disputa

A formação do núcleo é estratégica também para a sucessão de Maia no comando da Câmara dos Deputados. A eleição da Casa está marcada para fevereiro do ano que vem e o Centrão já vem trabalhando com possíveis candidatos. O bloco cogita para a vaga de Maia o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), e o deputado e pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus Marcos Pereira (Republicanos-SP) - os dois parlamentares podem ter o apoio de Bolsonaro na disputa.

Vice-presidente da Câmara, Pereira comanda o Republicanos, partido que recentemente abrigou o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, ambos do Rio.

No novo grupo informal, por sua vez, um nome que vem ganhando força é o do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), mas ainda não há definição sobre uma candidatura. Apesar de o MDB ter parlamentares na base do governo Bolsonaro, Baleia é próximo do presidente da Câmara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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