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Uma enfermeira presa pela morte de um bebê no Texas nos anos 80 é suspeita de ter assassinado ao menos 60 recém-nascidos, anunciaram nesta sexta-feira (27) as autoridades americanas.

Genene Jones, 66 anos, "é o mal encarnado e a justiça se encarregará de que responda por seus crimes", disse Nico LaHood, promotor do condado texano de Bexar, em comunicado publicado na quinta-feira.

"Nosso gabinete fará tudo ao seu alcance para identificar cada um dos bebês cuja vida foi tirada pelos atos de Jones".

A enfermeira cumpre atualmente duas penas de prisão - de 99 anos e 60 anos - pela morte de um bebê e a tentativa de matar outra criança, em 1984, quando trabalhava em hospitais.

A enfermeira matou uma criança de 15 meses, Chelsea McClellan, mas não conseguiu assassinar um bebê de quatro semanas, Rolando Santos, por meio da administração de um anticoagulante.

Na quinta-feira, Jones foi denunciada pela morte em 1981 de Joshua Sawyer, de 11 meses, com a injeção de uma dose letal de uma droga contra epilepsia.

"Jones é suspeita de ter matado até 60 bebês", declarou o promotor LaHood. Jones está detida em uma penitenciária do Texas, entre as cidades de Austin e Dallas.

Bebês infectados pela chikungunya no Ceará têm manifestado sintoma diferente dos normalmente relatados entre as vítimas, como febre, dores nas articulações e pequenas bolhas na pele. A Sociedade Cearense de Pediatria (Socep) alerta que as crianças estão sendo internadas em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com lesões graves na pele, semelhante a queimaduras causadas pelo sol.

A descrição do novo sintoma foi feita pelo médico infectologista Robério Dias Leite, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Socep, que observou o problema em seus pacientes e elaborou um documento, emitido pela entidade, com orientações para o reconhecimento das lesões.

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O objetivo, explica o médico, é adotar medidas de proteção específicas para os bebês, especialmente os que têm até 6 meses de idade. De acordo com ele, o surgimento dessas bolhas em crianças pequenas torna necessário o tratamento em centros especializados, dotados de UTIs. Ainda segundo Leite, há relatos semelhantes feitos na Ásia e no Caribe.

O infectologista afirma que o motivo da relação ainda é desconhecido. "Mas, como estamos enfrentando um quadro de epidemia no Ceará, é preciso fazer o alerta para evitar a morte desses bebês", explica Leite.

As lesões também podem manifestar-se em crianças maiores e em adultos. A preocupação com os bebês pequenos, no entanto, é maior porque a queimadura pode ocorrer de forma ainda mais agressiva. "O que mais preocupa, sobretudo nos bebês menores de 6 meses, é a disseminação dessas bolhas."

Como medida de proteção à doença, Leite recomenda aos pais que usem mosquiteiros (véus de proteção no berço ou na cama), já que o uso de repelentes está contraindicado para menores de seis meses. Para crianças acima dessa faixa etária, além dos mosquiteiros, é necessário o repelente.

Queda de registros

Dados divulgados no início do mês pelo Ministério da Saúde indicam queda de registros no País de dengue, zika e chikungunya - transmitidas pelo Aedes aegypty. Até 15 de abril, o número de casos suspeitos de dengue caiu 90% em relação ao mesmo período de 2016, de chikungunya, 68%, e de zika, 45%.

Neste ano, o Ceará já apontou 1.867 casos de chikungunya - mais da metade em Fortaleza - e cinco mortes, entre elas a de um bebê com dez dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de dar à luz três crianças, a doméstica Julia Rose Alves da Silva Sapucaia, de 31 anos, considerava-se uma especialista em cuidados básicos com recém-nascidos. "A primeira coisa que a gente faz na gravidez é comprar bastante roupinha para agasalhar o bebê quando nasce. Ele não pode perder calor", pensava ela. Mas com Lorenzo, seu quarto filho, aconteceu o contrário. Logo após ser retirado do útero da mãe, no dia 10 de maio de 2016, o menino foi levado para a UTI neonatal da Santa Casa de São Paulo para ser resfriado, ou seja, ter a temperatura corporal reduzida. O procedimento era a aposta dos médicos para salvar a vida do menino. E deu certo.

Por complicações na gravidez de Julia, Lorenzo ficou sem oxigenação no momento do parto. A condição, chamada de encefalopatia hipóxico-isquêmica, pode provocar a morte da criança ou deixar sequelas neurológicas graves, como paralisia cerebral. No caso de Lorenzo, ambos os desfechos foram evitados pela técnica de hipotermia terapêutica neuroprotetora, procedimento em que o recém-nascido tem sua temperatura corporal reduzida para 33 a 34°C - 3 graus abaixo da normal - como forma de frear as lesões cerebrais iniciadas na asfixia ocorrida no parto.

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"Por meio da técnica, conseguimos diminuir o metabolismo do bebê e, com isso, reduzir a liberação de substâncias que aumentariam as lesões cerebrais provocadas pela privação de oxigênio no momento do nascimento", explica Mauricio Magalhães, chefe do setor de neonatologia da Santa Casa e professor da Faculdade de Ciências Médicas da instituição. O resfriamento é feito por meio de um colchão ou bolsa térmica e o bebê passa por monitoramento cerebral durante todo o período.

Para que o procedimento tenha sucesso, ele deve ser iniciado em até seis horas após o parto e a criança deve ser mantida em temperatura mais baixa por três dias. "Após a hipotermia, o bebê vai sendo reaquecido lentamente, em cerca de meio grau por hora", diz Magalhães, um dos pioneiros a trazer a técnica ao Brasil, em 2009. Hoje, outros hospitais e maternidades de São Paulo realizam o procedimento, como São Luiz, Santa Joana e Albert Einstein.

A Santa Casa acaba de completar a marca de cem bebês submetidos ao procedimento. Apenas 3% deles não resistiram às complicações do parto e 2% desenvolveram sequelas neurológicas mesmo passando pela hipotermia, índice muito abaixo do registrado entre crianças que não foram resfriadas.

Segundo Magalhães, o índice de bebês com quadro de encefalopatia hipóxico-isquêmica que morrem após o parto chega a 25% quando a hipotermia não é realizada. E entre os que sobrevivem, até 75% podem ter algum dano se a intervenção não é feita. "A técnica reduz o risco de sequelas, mas, infelizmente, no Brasil, somente 5% dos bebês nascidos com a condição são submetidos ao procedimento", afirma o especialista.

Confiança nos médicos. No caso do bebê Lorenzo, hoje com 11 meses, a mãe conta que estranhou ao vê-lo "gelado e só de fraldinha" na UTI, mas diz que "confiou nos médicos" pois sabia que aquela era a única opção para evitar o pior.

"O quadro dele era muito grave. Ele foi entubado. Naquele momento eu nem estava pensando em possíveis sequelas, eu tinha medo de ele nem sequer sobreviver", conta Julia.

Hoje, os médicos até se surpreendem com o desenvolvimento do menino, que tem alcançado algumas habilidades em um prazo mais rápido do que outras crianças da sua idade. "Ele não ficou com nenhuma sequela, é muito esperto e ativo e começou a andar com 8 meses", conta a mãe, orgulhosa.

Miguel, hoje com 2 anos e 7 meses, foi outro bebê a ficar sem nenhuma sequela, mesmo após passar cinco minutos sem oxigênio no momento do nascimento. "Talvez ele teria tido outro destino se nascesse em um hospital que não adota a hipotermia porque, se cinco minutos é muito tempo para alguém ficar sem ar, imagina para um bebezinho", diz a atendente Diane Rodrigues da Silva, de 26 anos, mãe do menino.

Dois estudos brasileiros indicam que a infecção pelo zika pode causar mais danos do que os conhecidos ou provocar sequelas meses após o nascimento.

Em uma das pesquisas, cujos resultados foram publicados no periódico Acta Neuropathologica, um grupo de patologistas analisou amostras de tecido cerebral de dez bebês que morreram após o parto e cujas mães haviam sido infectadas pelo zika na gestação. Os cientistas verificaram que cinco crianças haviam desenvolvido hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro).

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"Nesses casos, a lesão provocada pelo zika era muito mais grave, estava no tronco cerebral. Ali, a calcificação e a destruição eram muito intensas", explica a líder do estudo, Leila Chimelli, neuropatologista do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, membro da Sociedade Brasileira de Patologia e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Outro achado nesse estudo foi o caso de um bebê com indícios de insuficiência renal possivelmente associada à infecção pelo zika. O vírus foi encontrado nos rins da criança.

Um segundo estudo, ainda em andamento e coordenado pelo médico Saulo Duarte Passos, professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí, descobriu o caso de um bebê nascido sem microcefalia, mas cuja cabeça parou de crescer aos dois meses de vida. "Hoje o bebê tem seis meses e o perímetro cefálico está estagnado desde então. Esse caso mostra a importância do acompanhamento também dos bebês que nascem sem nenhuma anormalidade", conta.

O estudo foi iniciado há um ano para acompanhar 700 gestantes da região de Jundiaí e seus respectivos bebês, independentemente da ocorrência de zika na gravidez. Do total, 526 já deram à luz e 46 crianças nasceram com microcefalia. "A incidência da má-formação na região surpreendeu, até porque inicialmente o grande número de casos estava concent

Em 15 de maio de 1984, as gestantes Maria Martins Pereira, então com 18 anos, e Percília Vicente, de 24, entraram quase ao mesmo tempo no Hospital Municipal de Quirinópolis, no sul de Goiás, e deram à luz duas meninas. Cada uma seguiu seu caminho, levando seu bebê nos braços. Ontem, passados 32 anos, o resultado de um exame de DNA confirmou que as crianças foram trocadas. Keila Martins Borges, criada como filha por Maria, é na verdade filha de Percília. Já Elisângela Vicente Maciel, que sempre amou Percília como mãe, é filha biológica de Maria.

As duas famílias já se encontraram, mas ainda não sabem ao certo o que fazer. Keila se adiantou e, de sua parte, já decidiu que vai ter duas mães. "Não quero ficar distante da mãe que me criou (Maria), mas também desejo ficar muito próxima da minha mãe biológica (Percília) para descontar o tempo de convivência que não tivemos."

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Em janeiro deste ano, uma prima de Keila encontrou na igreja uma mulher muito parecida com ela. "Minha prima ficou tão impressionada que fez uma foto com o celular e me mandou." Segundo Keila, a prima foi além e, conversando com a mulher, descobriu que tinha uma irmã que havia nascido no mesmo dia e na mesma maternidade. "Aí minha cabeça ficou cheia de dúvidas. Me lembrei que, quando criança, ouvi comentários de que eu não era nada parecida com minha mãe e podia ter sido adotada." Ela conversou com a mãe e as duas fizeram exame de DNA. Para ela, o resultado não foi surpresa: não havia laços de sangue entre elas.

Keila sabe agora que a mulher com quem a prima se encontrou é Eliene Maciel, sua irmã biológica. Em sua página no Facebook, ela comemorou ter encontrado a irmã. "Parece brincadeira, coisa de novela, talvez, mas aconteceu! Eu já sabia desde o primeiro instante que eu te vi que tanta semelhança assim não podia ser coincidência. Então, a moça que se parece tanto comigo é a minha irmã! Estou feliz, pode contar comigo sempre! Amo você!"

Maria também já tinha alguma suspeita. Ela contou que, no dia do parto, sua mãe lhe disse que seu bebê era "bem clarinho", parecido com o pai. Quando a criança foi trazida do berçário para que fosse amamentada, a avó questionou se era o mesmo bebê. "Minha mãe achou a menina mais morena. Quando vimos o bracinho, ela não tinha a pulseira com o nome." Maria lembra que a enfermeira foi questionada e respondeu que, provavelmente, a pulseira tinha caído.

Depois que saiu do hospital, Maria procurou esquecer a história e não a relatou aos familiares. A menina foi criada em Gouvenlândia, cidade próxima de Quirinópolis, onde a família morava. Como era costume na época em áreas rurais, as duas crianças só foram registradas em cartório mais de um ano depois. Os registros indicam apenas os dados declarados pelas famílias.

O Estado não conseguiu contato com Percília, que mora na zona rural de Quirinópolis. A uma rádio da cidade, ela disse que ainda está "um pouco atordoada" com a situação, mas espera que as famílias se mantenham unidas. Ela foi procurada pela filha biológica e disse que não teve dúvida de que se tratava de "alguém do meu sangue". Até se lembrou de ter amamentado Keila no hospital, pois Maria estava com pouco leite. Percília deixou claro que não pretende se afastar de Elisângela. "Convivemos durante 32 anos como mãe e filha, não é agora que a gente vai se distanciar."

Procurada, Elisângela não atendeu aos contatos da reportagem. Familiares disseram que ela ainda está "procurando entender" a situação. Keila disse que vai buscar a aproximação das duas famílias.

Hospital

O diretor do Hospital Municipal de Quirinópolis, Lucas de Oliveira Biela, disse que no sistema de controle atual uma troca de bebês é praticamente impossível. "Fazemos o parto humanizado e o bebê já sai da sala com a mãe." Quando a criança precisa de cuidados especiais em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, ela recebe a pulseira de identificação com todos os dados. "A pulseira acompanha o recém-nascido até ele deixar o hospital."

Biela disse que o quadro de funcionários de 1984 foi totalmente mudado. "Nosso médico mais antigo foi admitido em 1997. Eu mesmo sou paulista de Catanduva e estou em Quirinópolis desde 2004, mas, se houver solicitação, vamos fazer o possível para esclarecer. O hospital vai agir com responsabilidade." Segundo ele, o centro medico segue as normas do Conselho Federal de Medicina, segundo as quais os documentos e cadastros são arquivados por um prazo de 20 anos. "Pode ser que haja alguma coisa anterior e, se houver solicitação, vamos fazer uma busca. Temos interesse em esclarecer tudo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma "quantidade significativa" de restos de bebês foram encontrados em um antigo centro católico para mães solteiras na Irlanda, anunciou nesta sexta-feira uma comissão oficial.

A descoberta ocorreu na cidade de Tuam, no oeste do país, durante as escavações realizadas pela comissão sobre centros para mães e bebês (Commission on Mother and Baby Homes), criada em 2014 para investigar as denúncias sobre esses locais. A comissão expressou sua "comoção" pela descoberta de uma cripta subterrânea improvisada no centro, formada por diversas câmaras.

"Foi descoberta uma quantidade significativa de restos humanos em ao menos 17 das 20 câmaras subterrâneas examinadas", acrescentou. A análise de "uma pequena quantidade dos restos" revelou que suas idades variavam entre 35 semanas fetais e dois ou três anos".

As condições nessas instituições para mães solteiras eram difíceis e muitas das crianças eram entregues à adoção. Outras morriam por desnutrição e doenças infecciosas. O estigma dessas mães jovens e o grande poder da Igreja na Irlanda contribuíram para silenciar o que acontecia nesses centros.

A comissão, que tem o apoio do governo, foi criada após a investigação de uma historiadora local, Catherine Corless, que descobriu que 796 bebês e crianças morreram em centros da Congregação das Irmãs do Bom Socorro entre 1925 e 1961, sem que houvesse registros dos falecimentos.

A doutrina conservadora católica da época negava a estas crianças o direito ao batismo e, consequentemente, ao enterro em cemitérios.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte desenvolveram um algoritmo que ajuda a detectar autismo em bebês. Os testes mostraram uma taxa de 81% de precisão e 88% de sensibilidade (taxa de positividade do teste).

Os cientistas preparam o algoritmo para encontrar sinais prematuros de autismo usando exames cerebrais e fazendo os três sinais mais comuns: a superfície, o volume do cérebro e o sexo do bebê (autismo é mais comum em homens).

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A inteligência artificial foi capaz de detectar autismo em bebês entre 6 e 12 meses, a maioria foi diagnosticada com autismo ao completarem dois anos de idade. Segundo os pesquisadores, é difícil encontrar exames cerebrais de bebês e na maioria das vezes esses exames tem um alto custo. 

 

As mamães que ainda têm filhos pequenos vão ter um espaço diferenciado no cinema. Equipado com trocadores com fraldas, pomadas, lenços umedecidos, tapete emborrachado para os bebês que andam ou engatinham e som em volume reduzido, o CineMaderna oferece no Cinemark do RioMar Shopping um espaço especial, nesta quinta-feira (12).

Em sua primeira edição, o projeto vai exibir o filme ‘Minha Mãe é uma Peça 2’, que foi selecionado através de enquete pelas mães interessadas em participar da sessão. As exibições ocorrem uma vez por mês. Os ingressos podem ser adquiridos na hora, na própria bilheteria. Não é preciso reservar lugares. Para conhecer a iniciativa, conferir as sessões e se cadastrar para a escolha dos filmes, basta acessar o site CineMaterna.  

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A iniciativa já foi realizada em 43 cidades de 17 estados do País. O CineMaterna é patrocinado por Natura Mamãe e Bebê e já levou mais de 360 mil pessoas, entre adultos e crianças, para aproximadamente cinco mil sessões.

Serviço

Sessão CineMaterna – ‘Minha Mãe é uma Peça’

Quinta-feira (12) | 14h10

Cinemark do RioMar Shopping (Avenida República do Líbano, 251 - Pina, Recife)

Um estudo que acompanhou 57 gestantes paulistas infectadas pelo zika reforça a hipótese de que o vírus pode causar diversos danos aos bebês além da microcefalia. E as anomalias podem acontecer independentemente do trimestre de gravidez em que a mãe foi infectada.

Coordenada por Mauricio Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e integrante da Rede Zika (força-tarefa formada por pesquisadores de São Paulo apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp), a pesquisa monitorou 1.200 grávidas do interior, das quais 57 tiveram a confirmação de contaminação pelo vírus zika, com casos de infecção em todos os trimestres da gestação.

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Após todos os partos, os pesquisadores verificaram que nenhum dos bebês nasceu com microcefalia, mas, ao realizarem exames mais aprofundados, descobriram que 35% das crianças desenvolveram alguma anomalia. "Vinte dos 57 bebês nasceram com algum tipo de má-formação discreta, como surdez unilateral, danos na retina, cistos cerebrais ou inflamação em artérias cerebrais. O próximo passo é investigar a importância desses achados no desenvolvimento da criança", explica o cientista.

Nogueira diz que há situações que comprovam que o bebê pode ser prejudicado, mesmo se a contaminação pelo vírus ocorrer no fim da gravidez. Em um dos casos, a mulher contraiu a doença com 36 semanas de gestação e, mesmo assim, o bebê nasceu com sinais de infecção cerebral. "Os resultados indicam que a microcefalia deve ser mesmo só a ponta do iceberg, ela não deve ser o fenômeno mais provável entre os que o zika pode causar. Muitas crianças devem ter desenvolvido alguma anomalia mais leve que não foi notada. Se esses 20 bebês, por exemplo, não estivessem participando da pesquisa, sairiam da maternidade como crianças normais, porque tinham peso e perímetro cefálico dentro do esperado", afirma.

Pesquisa realizada por cientistas da Fiocruz e publicada em março no periódico The New England Journal of Medicine já mostrava que 29% dos bebês de mães que tiveram zika apresentaram alguma anomalia, mesmo quando a infecção era tardia, ou seja, nos últimos meses da gravidez.

Outros estudos

O grupo de pesquisa de São José do Rio Preto conduz ainda outros dois estudos sobre a ação do vírus zika. Em um deles, os cientistas estão monitorando há um ano um grupo de 1.500 pessoas para verificar, por exames de sangue, quais foram infectados mesmo sem sintomas. Isso porque, no caso da dengue, a estimativa é de que apenas 20% das pessoas infectadas sejam sintomáticas, o que aponta que os números das epidemias sejam muito maiores do que os registrados pelo Ministério da Saúde.

A outra pesquisa busca saber se os diagnósticos de zika e dengue estão sendo dados corretamente, uma vez que, em períodos epidêmicos, eles costumam ser feitos apenas por critérios clínicos e epidemiológicos, sem a realização de exames. "Colhemos cerca de 1.500 amostras de pessoas que passaram por serviços de saúde e receberam diagnósticos por critérios clínico-epidemiológicos. Verificamos que cerca de 15% das pessoas que saíram do serviço com diagnóstico de dengue tinham, na verdade, zika; enquanto 20% a 30% dos que saíram achando que tinham zika estavam com dengue", conta.

Nogueira explica que o diagnóstico correto é importante tanto para definir as providências a tomar em cada caso, de acordo com as possíveis complicações de cada doença, quanto para que os dados de saúde pública não tenham distorções. "Se o governo for avaliar se oferece uma vacina contra a dengue na rede pública, por exemplo, ele precisa saber o real alcance da epidemia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial de prematuridade com cerca de 300 mil bebês prematuros por ano – 11,7% do total de nascimentos no país. A maioria dos casos decorre de gestações na adolescência ou tardias, pré-natal deficitário e doenças maternas. Os dados foram divulgados pela organização não governamental (ONG) Prematuridade.com.

De acordo com a entidade, o nascimento prematuro figura como a principal causa de mortalidade infantil até 5 anos de idade em todo o mundo. No Brasil, os números revelam que, a cada 30 segundos, um bebê morre em consequência do parto antecipado. “O nascimento de um prematuro deixa sequelas psicológicas permanentes para os pais e pode acarretar sequelas de saúde para os bebês”, destacou a ONG.

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Diante do cenário, a Prematuridade.com. prepara nesta quarta-feira (16) uma série de ações no Congresso Nacional na tentativa de instituir formalmente a data como Dia Nacional da Prematuridade. A proposta é sensibilizar parlamentares para a criação do Novembro Roxo, campanha reconhecida internacionalmente na prevenção à prematuridade, mas ainda sem representatividade no Brasil.

Parto prematuro

A ONG lembra que é considerado parto prematuro aquele que acontece antes de 37 semanas de gestação. “Acontece que nem sempre a prematuridade dá sinais de que vai acontecer e ainda não se conhece todas as causas que levam ao parto prematuro; em muitos casos, não se consegue associá-la a uma causa específica”, alertou.

Estão em maior risco para trabalho de parto prematuro as mulheres que já passaram por um parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou com história de problemas de colo do útero ou uterinos.

Além disso, outros fatores podem levar ao parto prematuro: ausência de pré-natal, fumo, álcool, drogas, estresse, infecções do trato urinário, sangramento vaginal, diabetes, obesidade, baixo peso, pressão alta ou pré-eclâmpsia, distúrbios de coagulação, algumas anomalias congênitas do bebê, gestações muito próximas (período menor do que nove meses entre o nascimento do bebê e uma nova gravidez), gravidez fruto de fertilização in vitro e idade menor de 17 anos e acima de 35.

Sinais e sintomas

Os principais sintomas do parto prematuro são bolsa rota/ruptura prematura de membrana, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, placenta prévia, malformações uterinas, infecções uterinas e malformações fetais.

Já os sinais e sintomas do trabalho de parto prematuro incluem contrações a cada dez minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais e cólica abdominal com ou sem diarreia.

Prevenção

Entre as medidas a serem tomadas para evitar que o bebê nasça antes do tempo estão:

- Converse com seu ginecologista/obstetra antes mesmo de engravidar. Ele poderá dar conselhos muito úteis para que você inicie a gravidez de maneira saudável e evite um parto antes da hora

- Assim que o resultado der positivo, avise seu médico imediatamente. Quanto antes o pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto

- Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas que você já apresentou, histórico familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê

- Siga as consultas e os exames do pré-natal rigorosamente

- Esteja vigilante sobre sua pressão arterial e cheque-a sempre que achar conveniente

- Mantenha uma dieta equilibrada

- Mantenha-se numa faixa de peso adequada. Converse com o obstetra e, se preciso, faça acompanhamento com nutricionista

- Evite bebidas alcoólicas: o álcool, durante a gestação, mesmo em doses muito pequenas, pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento

- Não fume. O fumo aumenta chances de parto prematuro, de o bebê nascer com baixo peso e da morbimortalidade dos recém-nascidos

- Não se auto-medique. Alguns remédios são altamente perigosos para as gestantes e esses avisos, via de regra, estão escritos com letras pequenas nas bulas dos medicamentos

- Exercite-se. Se o seu médico autorizar e sempre com acompanhamento profissional

- Mantenha seu calendário de vacinação atualizado. Converse com seu obstetra sobre o assunto: algumas vacinas estão contraindicadas na gravidez e outras necessitam reforço

- Não se esqueça do ácido fólico e da vitamina B12. Eles vão garantir que seu bebê não desenvolva malformações ou tenha danos no sistema nervoso. O consumo do ácido fólico deve ser iniciado antes mesmo da concepção do bebê. Esses nutrientes são facilmente encontrados em alimentos de origem animal (carnes, laticínios, ovos) e em vegetais verde-escuros

- Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais

Com seu minúsculo tórax aberto, Amena, 9 meses, espera por uma cirurgia de alto risco. Ela é um dos pequenos refugiados sírios que o cardiologista libanês Isam al-Rasi salva toda semana, apesar da falta de recursos para as operações.

"Vi bebês morrer quando seu pai buscava ajuda para coletar fundos para a operação", conta, visivelmente emocionado, o dr. Rasi, o cirurgião cardíaco pediátrico mais conhecido do Líbano. Apesar de sua pesada agenda e um hospital de Beirute, o médico dedica um dia por semana para operar crianças refugiadas sírias ou palestinas no Hospital Hamud, sul do Líbano.

Ele geralmente não aceita pagamento para tentar reduzir os custos da operação para pais sem recursos e foragidos da guerra em seu país. "Isso faz parte do nosso dever, não da nossa profissão. Se há um bebê que tem que ser operado, ele vai ser operado", enfatiza. Agora ele se ocupa de Amena al Helou, que nasceu com o coração com um único ventrículo.

O silêncio em torno do pequeno corpo coberto pelo lençol verde só é quebrado pelo som dos bips do equipamento que controlam as funções vitais da menina. Na sala de espera, os pais de Amena, Jalil e Amira, esperam ansiosos pelo resultado da operação da menor de seus seis filhos.

Eles estão refugiados no Líbano desde 2013 e Jalil, de 39 anos, sustenta sua família trabalhando na agricultura. A família teve de se endividar para pagar a cirurgia.

''Soma exorbitante''

O hospital Hamud oferece aos refugiados tarifas reduzidas nas operações. A ONU banca 75% dos custos, mas as famílias têm que encontrar ainda os 1.800 euros restantes, uma quantia incompatível com seu rendimento.

"Pedi dinheiro emprestado a diferentes pessoas, meu irmão, meu primo, outros familiares", explicou Jalil. "O difícil será devolver, não sei como vamos fazer. Mas não há outra opção. É o ser mais precioso que tenho", acrescentou.

Mais de um milhão de sírios se refugiaram no Líbano desde o princípio da guerra em 2011. O pequeno país de quatro milhões de habitantes tem dificuldades para fazer frente a essa afluência. A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) fez um apelo para reunir os 134 milhões de dólares para cobrir os gastos do hospital de refugiados no Líbano em 2016, mas so conseguiu 36 milhões.

Hoje em dia, a ONU só consegue cobrir 50% das necessidades em termos de saúde dos refugiados sírios no Líbano, lamenta Michael Woodman, médico e chefe da saúde pública da ACNUR. A situação revolta o dr. Rasi. "Não se pode pedir a um pai que vive numa barraca de campanha que pague 2.700 euros por uma operação, uma soma exorbitante", critica.

Depois de operar Amena co sucesso, o médico atende Ali, um menino de 18 meses que tem problemas de respiração. Ele também nasceu cm um único ventrículo, mas teve que esperar três meses para operar, sofrendo com uma infecção pulmonar.

"A operação atrasou porque tivemos de achar dinheiro", explica o pai, Ahmed Hasun, 29 anos e originário da província de Idlib, no norte da Síria.

Cores, sons, formatos, movimentos e muitas histórias. Essas são algumas das inúmeras maneiras de envolver as crianças no mundo da imaginação e incentivar o gosto pela leitura. E para auxiliar essa ‘viagem’ que permeia o mundo criativo dos pequenos, atualmente, o público infantil conta uma diversidade grande de livros, que assumem um papel fundamental para o desenvolvimento deles, desde os primeiros meses de vida.

Porém, nem sempre é fácil incentivar a leitura e, muitas vezes, os pais se perguntam, sobre qual o melhor momento para começar. Na data em que se comemora o Dia Nacional da Leitura e das Crianças, esta quarta-feira (12), o Portal Leiajá produziu uma matéria sobre contações de história para bebês - etapa da vida considerada, por muitos especialistas, extremamente importante para o desenvolvimento cognitivo.

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De acordo com a pedagoga e escritora Rosa Costa, a faixa etária para o bebê consiste a partir de um mês de vida até os três anos de idade. Além disso, para ela, o período uterino, bem os primeiros anos, são fundamentais para a prática da contação de história, que futuramente propiciarão maior criatividade e gosto pela leitura dos pequenos.

“Essa fase é simplesmente linda. Nesse período, a criança está atenta às descobertas, que envolvem cores, sons e texturas - por exemplo. E será através do desconhecido que os pais podem aguçar a criatividades dos bebês, por meio de recursos simples como brinquedos sonoros, livros coloridos, deboches e fantoches”, explicou Rosa.

Para a especialista, a ideia é transformar a contação de história um uma aliada nas brincadeiras, atividades e até desenvolvimento dos bebês. “Os pais podem utilizar a criatividade durante a troca de fralda e qualquer interação com eles. A ideia é estimular a imaginação, contar e recontar histórias. Com isso, o bebê - quando crescer e ingressar na educação infantil, futuramente, - vai apresentar um vocabulário mais rico e, consequentemente, aderir, com mais naturalidade, o gosto pela leitura", ressalta.

A assessora pedagógica Shirley Monteiro, mãe de três filhos em etapas diferentes, falou que só conseguiu despertar quanto ao recurso da contação de histórias com o seu filho mais novo.  “Tenho um filho de 18 anos e minha inexperiência na época não me permitiu viver essa experiência de maneira tão bem sucedida como está sendo agora. Com o meu segundo filho, a literatura infantil foi aliada no meu vínculo e hoje ele é um leitor apaixonado. Com o terceiro, procuro escolher boas histórias, com muito estímulo visual e imaginativo”, contou.

Shirley ainda acredita que a contação de história possibilita inúmeros ganhos. Além de estreitar nossos laços afetivos, seus "olhões" verdadeiramente brilham a cada entonação ou som que faço. Como mãe, me sinto responsável pelo desenvolvimento desse novo leitor. Mesmo que não seja em fase alfabética, a leitura para bebês amplia sua leitura de mundo”, exaltou.

A professora de educação física e bombeiro Maria Souza, relata que conta histórias para a pequena Valentina, atualmente com nove meses, desde a gestação. "Desde a barriga comecei a contar historinhas para ela. Como eu sou da área da educação, já tinha pesquisado e lido bastante sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento da criança. Desde a concepção até o nascimento, conto e canto para ela", justifica.

Com o hábito, Maria revela que Valentina já consegue reconhecer a voz e entender a entonação da voz. "Eu vejo que ela é mais atenta aos sons. Quando a gente conversa, presta bastante atenção à fala, aos objetos coloridos e aos recursos sonoros que utilizo", explica a educadora física, que ainda conta qual é o seu maior desejo com essa prática. "Espero que ela consiga enriquecer o seu vocabulário e que, ao chegar na escola, tenha mais facilidade e, principalmente, goste de ler", finaliza.

Segundo a consultória pedagógica Rosa Costa, o processo de contar e recontar histórias, através das brincadeiras a criança vai se apropriando tanto dos processos básicos de amadurecimento como dos modos particulares de brincadeira, ou seja, das regras e dos universos simbólicos em que vivemos. Com isso, a literatura infantil deve ser tratada nesse contexto, como mais uma brincadeira gratificante e produtiva, exercitando o poder da fala, da criatividade e da oralidade. A especialista Rosa conta no vídeo a seguir como contar histórias para os pequenos, confira a seguir:

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A polícia no noroeste do Paquistão afirmou que desarticulou uma gangue que supostamente roubava bebês recém-nascidos de hospitais e clínicas e os vendia para casais inférteis por até 300 mil rupias paquistanesas (US$ 2,865). Dez supostos membros da quadrilha - sete mulheres e três homens - foram detidos, segundo as autoridades, e pelo menos outras oito pessoas são investigadas.

A quadrilha seria liderada por uma mulher identificada como Wajiha Yasmin. As sete mulheres detidas trabalhavam no setor de saúde em diferentes hospitais e clínicas na cidade de Peshawar, noroeste do país, e alertavam os membros da gangue sobre o nascimento de crianças. "Eles pegavam o cadáver de bebês mortos e os congelavam. Quando precisavam roubar um bebê da maternidade, trocavam o recém-nascido pelo corpo e diziam aos pais que a criança deles havia nascido morta ou morrido pouco após o parto", disse Abbas Majeed Marwat, da polícia local.

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Marwat disse que o grupo roubou e vendeu pelo menos oito bebês antes de ser pego, por entre 70 mil e 300 mil rupias paquistanesas. A polícia disse que os criminosos tinham como alvo bebês de famílias pobres e analfabetas, por considerarem que nesses casos haveria menos questões das famílias.

O Paquistão já registrou vários casos de roubo de bebês de hospitais e clínicas nos últimos anos. Muitos hospitais têm segurança reforçada nas maternidades para evitar esse tipo de incidente. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nesta quinta (11), mamães e seus bebês (de até 18 meses) têm uma opção de diversão no cinema. A sessão do CineMaterna, deste mês, vai exibir o filme nacional Entre idas e vindas - com Fábio Assunção e Ingrid Guimarães - no Cinemark do Shopping RioMar, às 14h10. O longa foi uma escolha das mães cadastradas no site da ONG. 

Para que as mães e suas crias possam curtir um momento de lazer e de cultura dentro do cinema, a Associação CineMaterna prepara um espaço especial. Dentro da sala de exibição são colocados trocadores equipados com fraldas, pomadas e lenços umedecidos, 'estacionamento' para os carrinhos dos bebês além de uma leve iluminação dentro da sala que também tem o ar condicionado e o som equalizados numa frequência mais suave. No chão é colocado um tapete emborrachado para que as crianças possam ficar mais à vontade. Os pais e acompanhantes também são convidados a participar. 

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Para a sesão de agosto, no RioMar, as interessadas podem adquirir o ingresso na própria bilheteria do Cinemark. O CineMaterna é realizado em 46 cidades de 18 estados em todo o Brasil e já realizou 4400 sessões que levaram cerca de 317 mil pessoas, entre adultos e bebês, às salas de cinema.   

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

Sessão CineMaterna - Entre Idas e Vindas

Quinta (11) | 14h10

Cinemark do Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251 - Pina)

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Na Paraíba, mães de bebês nascidos com microcefalia se uniram em uma campanha virtual para arrecadar fundos para auxiliar na criação dos filhos. Unidas em prol do mesmo objetivo, as 30 mães criaram um financiamento coletivo na plataforma Kickante. A meta do grupo é arrecadar R$ 200 mil até o próximo sábado (13).

Até esta quarta-feira (10), as mães conseguiram apenas 15% do total estimado. Na página da campanha, os internautas podem acompanhar a estimativa e todos os detalhes para realizar a doação. O valor arrecadado até o momento é de R$ 30.744. “Não existe depois para um bebê com fome! Somos 30 mães lutando diariamente para que nossos filhos tenham leite e dignidade”, diz o texto da página.

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Ainda na página do financiamento coletivo, as mães relatam como é a vida desde que o bebê nasceu. "Tivemos que largar nosso emprego para cuidar da saúde de quem mais amamos. Você não faria o mesmo? Agora contamos com a generosidade de pessoas como você para tratar nossos bebês. Clique ao lado, colabore e faça parte desta corrente do bem!".

Para participar e doar uma quantia para a campanha das mães é preciso seguir dois passos. Primeiramente, o doador tem que escolher o valor da contribuição e uma 'recompensa', presente simbólico pela doação. Em seguida, o internauta deve escolher a forma de pagamento, que pode ser via boleto bancário ou cartão de crédito. 

Estatísticas reveladas pelo último boletim do Ministério da Saúde revelam que, desde o início das investigações, em outubro do ano passado, até o último dia 23 de julho, 8.703 casos de microcefalia foram notificados no país. 

Desse total, já foram descartados 3.892 por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causas não infecciosas. Também foram descartados por não se enquadrarem na definição de caso. Foram confirmados 1.749 e apenas 272 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus zika.

Um tribunal alemão condenou nesta quarta-feira (20) uma mãe a 14 anos de prisão por assassinar quatro de seus bebês, asfixiando-os logo após o nascimento.

No total, no ano passado foram encontrados oito cadáveres de recém-nascidos na casa de Andrea Göppner em Wallenfels, na Baviera (sul), mas três deles estavam em um estado de decomposição tão avançado que não foi possível determinar as causas das mortes. Aparentemente o último bebê nasceu morto.

No julgamento, realizado no tribunal de Coburgo (centro), a acusação havia solicitado prisão perpétua. "Quando um caso assim é julgado, repentinamente muita gente sabe o que deve ser feito, como prender para sempre esta suposta mãe horrível", comentou o presidente do tribunal, Christoph Gillot, citado pela agência DPA.

"Mas primeiro temos que entender seu comportamento, isso não significa justificá-lo, mas tentar compreender", acrescentou. Seu marido, de quem estava separada, Johann Göppner, de 55 anos, acusado do crime de cúmplice de assassinato, foi absolvido.

No primeiro dia do julgamento, 12 de julho, Andrea Göppner reconheceu ter asfixiado alguns de seus recém-nascidos, mas não lembrava exatamente quantos havia matado.

Segundo a ata de acusação, Andrea Göppner ficou grávida oito vezes entre 2003 e 2013 "e trouxe ao mundo, a cada um ano ou um ano e meio, oito bebês", em sua cozinha ou na sala de sua casa, sem a menor assistência médica e na ausência de seu marido.

Este último, que não ignorava as gestações de sua esposa, estava de acordo com a morte dos bebês e aceitava que ela escondesse os cadáveres na sauna da casa, segundo a acusação.

Assim que o recém-nascido começava a chorar, "ela pegava uma toalha e cobria o nariz e a boca da criança para sufocá-la", indicaram os promotores.

O casal teve outros três filhos e cada um deles tinha outros dois de casamentos anteriores. Ninguém na cidade de 2.800 habitantes onde viviam parece ter notado as sucessivas gestações de Göppner.

Uma vizinha encontrou um primeiro cadáver semanas após a acusada se mudar para viver com um novo parceiro. A polícia então encontrou os outros cadáveres em sacos plásticos ou entre roupas de cama.

Mães que têm filhos com doenças raras e não conseguiram prosseguir os estudos agora podem ter uma chance de concluir uma graduação ou especialização. Uma parceria entre a Aliança de Mães e Família Raras (AMAR) e o Grupo Ser Educacional desenvolveu o projeto Mães Produtivas. A ação consiste em oferecer bolsas de estudos na modalidade de Educação a Distância (EaD) para essas mães, a fim de que as responsabilidades com a família sejam conciliadas com os estudos.

Foram ofertadas 15 bolsas de estudo para as mães em Pernambuco, 25 em São Paulo e 5 em cada cidade polo em que instituições do Grupo Ser estão instaladas (Campina Grande, João Pessoa, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia).

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A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau vai atender as mães de Pernambuco. As unidades da Faculdade Maurício de Nassau irão receber as mães da Bahia, Alagoas, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já a Universidade de Guarulhos (UNG), nos campi Atibaia, Bragança, Guarulhos, Itaquaquecetuba e Dutra, serão responsáveis pelas estudantes de São Paulo. 

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Aos 32 anos, Elaine da Costa vai em busca de sua primeira graduação. Mãe de Duda, de cinco anos, nascida com microcefalia, Elaine foi uma das contempladas do projeto Mães Produtivas em Pernambuco. A dona de casa escolheu por se graduar em nutrição para auxiliar a filha em sua alimentação, já que a pequena recebe suas refeições por meio de sonda. “Foi difícil conseguir uma nutricionista para Dudinha. Escolhi nutrição por causa dela. A vida mudou e as escolhas mudaram”, explica Elaine, que já fez um tecnólogo em marketing.

O curso será iniciado em julho e Elaine disse estar ansiosa para o início das aulas. “É uma oportunidade que eu vou agarrar com tudo o que eu puder”, afirma. As 15 mães selecionadas em Pernambuco puderam escolher entre os 10 cursos de graduação e 140 de pós-graduação oferecidos pela UNINASSAU.

Elaine, assim como as outras 50 mães espalhadas pelo Brasil, irão enfrentar uma jornada de três horas diárias de estudos – que podem ser fragmentadas. “Vou me adaptar aos horários, acho que prefiro estudar à noite quando Dudinha já estiver dormindo”, comenta.

O marido de Elaine, Gustavo Teixeira, 37, aprovou a iniciativa e a escolha da esposa. “Via ser bom porque é uma profissão para ela, além de ser uma coisa que ela gosta também”, comenta. Quanto ao tempo de duração do curso, a mãe de Duda não reclama. “São cinco anos. Não tenho pressa, é um dia após o outro”, finaliza. 

De acordo com o coordenador-executivo do Instituto Ser Educacional, Sérgio Murilo Junior, a oportunidade de voltar aos estudos é uma forma das mães recuperarem a autoestima. “A partir do momento que elas voltam a estudam se sentem úteis. Além disso, também há a melhora na qualidade financeira da família”, pontua.

As mães foram selecionadas por meio da AMAR. “Elas mandaram um e-mail para a Associação, explicando brevemente suas histórias o demonstrando o interesse em estudar. Então, a AMAR fez uma pré-seleção e as unidades das instituições de ensino convidaram as mães para entrevistas e, posteriormente, aquisição da bolsa”, detalhou Sérgio Murilo. 

Segundo as informações da assessoria de imprensa do Grupo Ser Educacional, a expectativa é que haja o aumento no número de vagas para a ação, tanto em Pernambuco quanto nos demais Estados, mas não há previsão para que isso aconteça.

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Contar relatos das dificuldades diárias, unir forças na luta coletiva e cobrar posições dos governos municipal e estadual que pouco ouvem as famílias de crianças que nasceram com a microcefalia. Esses foram alguns dos objetivos de uma audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Organizado pela Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de Microcefalia, o evento contou com a participação da União de Mães de Anjos (UMA), representantes da Aliança de Mães e Famílias Raras (Amar), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e com cerca de 100 mães com seus bebês microcéfalos, em busca de melhoras em políticas de assistência para seus filhos.

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Para a presidente da União de Mães de Anjos (UMA), Germana Soares, há uma deficiência muito grande em ter seus direitos atendidos por parte das gestões municipal e estadual. Mãe de Guilherme, com 4 meses, ela conta que são muitas falhas no acompanhamento das mães e dos filhos com microcefalia."Muitas vezes o direcionamento é feito apenas para novas pesquisas, quando na verdade a situação já é real, estamos aqui e queremos saber quais políticas estão sendo feitas para auxiliar na criação dos nossos filhos", argumentou. Ela explicou que dentre tantas dificuldades, as principais são a superlotação nos centros de reabilitações e a falta de vacinas especiais para as crianças, além da precariedade ou inexistência do transporte do interior para realizar o tratamento na capital pernambucana.

Presidindo a audiência, a presidente da Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de Microcefalia, a deputada Socorro Pimentel(PSL), falou que vem visitando os principais hospitais de referência de Pernambuco como o Oswaldo Cruz, Fundação Altino Ventura e a AACD, há cerca de três meses. Ela explicou que um importante passo é apurar porque esses bebês vêm sendo, muitas vezes, diagnosticados erronemente. "Não  adianta implementar as políticas públicas se não  houver esse controle social social e esse diálogo com o poder público. A gente precisa saber as dificuldades que as mães e os seus filhos enfrentam", afirmou.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, atualmente, Pernambuco é o líder de casos de microcefalia com 312 confirmados no último boletim divulgado pelo órgão, nesta quarta. Entre tantas dificuldades encontradas diariamente, para Bruna Tamires, moradora de Paudalho, Região Metropolitana do Recife (RMR), a falta de um benefício financeiro é a pior. Mãe de Enzo, com cinco meses, ela conta que por falha do sistema do INSS ainda não está recebendo um auxílio que tem direito. "Eu continuo sem trabalhar e sem receber a ajuda financeira. A prefeitura daqui não disponibiliza um bom transporte pra nós e muitas vezes corro o risco de perder o horário do ônibus que só roda até às 21h", lamenta.

Quando deu a luz a Robson Herculano, 5 anos atrás, Leila não tinha muita informação sobre a microcefalia, mas durante quatro conseguia receber as medicações necessárias com algum esforço. Ela relata que desde que começou o surto da malformação no estado, em meados de novembro de 2015, as condições pioraram muito. "Não recebo mais as fraldas, faz um ano que a Prefeitura não está dando. Ele precisa desse remédio para que ele se acalme mais, muitas vezes ele fica se batendo e isso é muito ruim", lamenta. Com o surto, o cenário é precário e Leila sente que ainda pode piorar. "Como sou mais velha, sei que essas mães ainda irão passar por situações complicadas a medida que eles forem crescendo".

Locomoção precária do interior até à capital pernambucana, falta de vacinas, escassez de profissionais especializados na área no sistema público de saúde são as principais queixas das mães que compareceram à audiência pública.  De acordo com o promotor Édipo Soares, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vem acompanhando os casos desde novembro do ano parado, quando  teve início a epidemia das arboviroses e os indícios de associação da microcefalia com o vírus da Zika. "Já realizamos alguns trabalhos no âmbito do Ministério Público de Pernambuco e vários municípios têm procedimento de investigação instaurado com mais ênfase no combate ao mosquito, em um trabalho de prevenção. Mas agora, acho que é o momento de focarmos mais na assistência dessas crianças com microcefalia e das mães também", concluiu.

A bilionária suíça Margarita Louis-Dreyfus, presidente de um dos quatro maiores grupos mundiais de comércio de produtos agrícolas, deu à luz, aos 53 anos, gêmeas, anunciou sua porta-voz.

"Margarita Louis-Dreyfus deu à luz a gêmeas. A mãe e os bebês estão bem", afirmou a porta-voz em uma mensagem enviada à AFP, confirmando as informações da imprensa.

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O nascimento das meninas estava previsto para o início de abril. O pai é o banqueiro suíço Philipp Hildebrand, de 52 anos.

Margarita Louis-Dreyfus, suíça de origem russa, já têm três filhos, dois deles gêmeos, nascidos de sua união com Robert Louis-Dreyfus, falecido em 2009.

Após a morte do marido, ela herdou o grupo Louis-Dreyfus Commodities. Também é proprietária do clube de futebol francês Olympique de Marselha.

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Os quadros de crianças com microcefalia têm se multiplicado no Brasil, principalmente em Pernambuco. A má-formação congênita deixa os bebês e crianças em elevados níveis de fragilidade e ainda sucederam casos abomináveis e lamentáveis de abandono paternal. Solidário a isso, o Sport Club do Recife, em conjunto com a ONG Amar, reúne doações para as mães e filhos que enfrentam o problema.

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A ação iniciou já no último domingo (28), no Clássico dos Clássicos. Foram instalados dois pontos de recebimento de doações na Ilha do Retiro: na sede social e na entrada da arquibancada frontal. Uma das mães beneficiadas na campanha, Gleyse Kelly agradeceu o apoio do Sport.

Mãe de Giovanna, que nasceu com a má-formação há 4 meses, Gleyse Kelly é uma das organizadoras do grupo UMA (União de Mães de Anjos), que reúne matriarcas de bebês com microcefalia. "Criamos o grupo para ajudar mais umas às outras. É muito interessante porque nós conversamos e descobrimos problemas e soluções comuns. Muitas mães estão isoladas e nem interagiam muito, mas já se mostram bem mais confortáveis", disse.

Pai de Giovanna, Fillipe Marques é torcedor do Santa Cruz, mas não deixou de ir ao jogo entre Sport e Náutico, na Ilha do Retiro, e agradecer ao clube arquirrival pela iniciativa e solidariedade. "Para a gente, em um momento como esse, toda ajuda é bem-vinda. Não vemos a rivalidade, vemos a generosidade em ajudar bebês que sofrem com microcefalia", declarou.

Filipe Marques é uma exceção, já que das cerca de 150 mães de bebês com microcefalia que fazem parte do grupo UMA, 35 foram abandonadas pelos maridos durante a gestação ao descobrir que o filho tinha má-formação. "É uma situação muito complicada ver mulheres abandonadas nos momentos de maiores necessidades. A nossa área tem sido muito atuante e entendemos que para esse jogo seria importante reforçar a ajuda a esse grupo", conta o vice-presidente de Responsabilidade Social do Sport, Fábio Silva (foto à esq.).

O Sport recebeu as doações no jogo contra o Náutico, além de reunir uma camisa rubro-negra autografada pelo elenco, que deve ser utilizada como fonte de renda para ajudar as famílias - seja através de rifa ou leilão. "Também vamos aceitar as doações e divulgaremos as próximas oportunidades", falou Fábio Silva.

Torcedora símbolo do Sport, dona Maria José (foto à dir.), de 91 anos, levou fraldas para doar às famílias. "Foi o que deu para trazer, mas sei que já vai ser de grande ajuda. Sei que todo mundo precisa doar porque essas mães e crianças precisam e merecem muito", declarou. E completou: "Sabe, eu fico atacada só de ver a quantidade de crianças que sofrem com essa doença. Quando vejo aquele monte de crianças doentes me dá uma angustia...".

Em suas nove décadas de vermelho-e-preto, dona Maria José colocou a bandeira do clube de lado para ressaltar a necessidade de empunhar a generosidade. Mesmo sabendo que algumas famílias, como o caso de Fillipe Marques, não torcem para o Sport, a rubro-negra disse: "É muito importante doar, não importa o time. Porque existe a brincadeira pelo que acontece dentro de campo, mas fora nós somos todos cidadãos, meu filho. Temos é que ajudar como pudermos mesmo".

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