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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo decidiu, nesta sexta-feira (14), validar a candidatura de Pablo Marçal (PROS) a deputado federal. Com a redistribuição dos votos, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que inicialmente havia conseguido a reeleição, estará fora da próxima legislatura. O petista coordena o núcleo jurídico e de segurança pública da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência e informou, por meio de nota, que recorrerá.

O coach e empresário filiado ao PROS havia conseguido votos suficientes para ser eleito, mas sua candidatura estava indeferida desde 30 de setembro - um juiz do TRE-SP entendeu que ele não cumpriu o prazo correto de registro para entrar na disputa. O plenário do Tribunal, porém, decidiu rever a decisão.

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Marçal entrou como candidato a deputado federal em substituição a Ednalva Jacinta de Almeida (PROS), conhecida como Edijota. Segundo o relator do caso, o juiz Afonso Celso da Silva, o requisito para registro "foi plenamente cumprido" e é "suficiente a manifestação do candidato e do partido manifestada no pedido de substituição e no registro de candidatura".

O empresário inicialmente tentou se candidatar à Presidência da República, mas, após uma guerra judicial pelo comando do PROS, acabou tendo sua candidatura desautorizada, e a legenda entrou na coligação de Lula.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alguns dos grandes figurões da política brasileira como Fernando Collor (PTB), Romero Jucá (MDB), Kátia Abreu (PP), Alvaro Dias (Podemos) e José Serra (PSDB), não conseguiram se eleger e devem ficar os próximos anos sem nenhum mandato para chamar de seu. 

No Paraná, o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) recebeu 1.953.188 milhão de votos, ou 33,50% dos votos válidos, ganhando para Alvaro Dias (Podemos), que ficou em terceiro lugar com 1.396.089 milhão de votos, ou 29,12% dos votos. 

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Alvaro, que é senador desde 1999, foi responsável por trazer Moro para a disputa. No início, o Podemos seria a legenda do ex-juiz para disputar a Presidência, mas eles acabaram rompendo e o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública resolveu ir para o União Brasil e concorrer ao Senado pelo Paraná.

Collor em Alagoas

O ex-presidente Fernando Collor (PTB) não conseguiu avançar para o 2º turno em Alagoas, onde disputou o cargo de governador e perdeu para Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil), que passaram e decidirão no segundo turno. 

Collor ficou em terceiro lugar, com 223.585 mil votos, ou 10,38% dos votos válidos. Com esse resultado, o ex-presidente, que atualmente é senador, não exercerá nenhum cargo no Legislativo. 

Kátia Abreu em Tocantins

Depois de 16 anos como senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu (Progressistas) não teve o seu mandato renovado após perder a disputa para Professora Dorinha (União Brasil). Katia recebeu 145.104 mil votos, o que representa 18,50% da votação, enquanto Dorinha disparou com 395.408 mil votos, mais de 50% dos votos válidos. 

Romero Jucá em Roraima

O ex-senador Romero Jucá (MDB) tentou, pela segunda vez consecutiva, voltar para  o Senado Federal, após perder a eleição em 2018. O emedebista ocupou o cargo de 1995 a 2019 por Roraima.

Desta vez, com 118.760 mil votos, Hiran Gonçalves (PP) foi o escolhido pela população para ocupar a cadeira de senador. 91.431 mil pessoas depositaram o voto em Jucá, mas o número não foi suficiente para garantir a vaga.

José Serra perde em São Paulo

O ex-governador de São Paulo e atual senador, José Serra abriu mão de disputar a continuidade no Senado e tentou se eleger deputado federal pelo PSDB, mas os 88.926 mil votos que conquistou não permitiram que ele conquistasse uma cadeira na Câmara.

O ex-prefeito de Petrolina e candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), falou sobre a sua derrota em coletiva de imprensa. Ele começou se solidarizando com a candidata Raquel Lyra (PSBD), que perdeu o seu esposo Fernando Lucena na manhã deste domingo (2). Miguel também agradeceu o apoio que recebeu para a disputa.

"Estou feliz com o resultado. A gente sai maior desta eleição. Quero agradecer aos mais de 830 mil votos que a gente teve em todo o estado. Quero agradecer a minha cidade, Petrolina, que me fez governador de lá com mais de 75%", comentou.

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Ele também destacou que “a oposição acertou em ter múltiplas candidaturas. O ciclo do PSB está se encerrando em Pernambuco graças a essa estratégia que a oposição adotou", conseguindo colocar Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) no segundo turno da disputa pelo Governo de Pernambuco. 

"Tô com a alma leve, com o coração tranquilo, em paz. Agradeço a minha equipe aguerrida, que fez uma campanha esplendorosa, mas infelizmente não foi suficiente para poder chegar ao coração de um número de votos que a gente precisava. Não vejo isso como uma derrota. Vejo isso como um aprendizado, ensinamento. Tudo na vida é no tempo de Deus, na hora que a gente tem que estar alí para entender o propósito que acontecem as coisas", falou.

Miguel aproveitou o momento para antecipar que irá apoiar a candidatura de Raquel Lyra no segundo turno. "É a melhor candidata. É quem eu acredito que tem todas as condições de liderar o nosso Estado. Fui prefeito junto com ela ao mesmo tempo, conheço a sua forma de gerir e administrar. Competir com ela porque eu gostaria de ser governador, mas já que o povo pernambucano a colocou como sendo uma das candidatas a ir ao segundo turno, entendo que Pernambuco estará em boas mãos sobre o cuidado e liderança de Raquel Lyra", destacou.

Ele assegurou que está pronto para fazer campanha para ela e que o seu grupo político estará à disposição para reforçar a candidatura da tucana. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, por unanimidade, o indeferimento do registro da candidatura de Wilson Witzel (PMB) ao governo do Rio de Janeiro, determinado anteriormente pelo Tribunal Regional Eleitoral local (TRE-RJ). A Justiça ainda ordenou que o ex-governador interrompesse os atos de campanha e cessasse o recebimento do Fundo Eleitoral. Com a candidatura indeferida, Witzel fica de fora da eleição que ocorre no próximo domingo (2).

O julgamento do TSE nesta terça-feira (27) preservou a inelegibilidade de cinco anos imposta a Witzel pela condenação em processo de impeachment movido pela Assembleia Legislativa fluminense. Eleito governador do Rio de Janeiro em 2018, ele foi afastado do cargo em 2021 por crime de responsabilidade e improbidade administrativa. Após julgamento do Tribunal Especial Misto, teve os direitos políticos suspensos.

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O relator do processo no TSE, ministro Benedito Gonçalves, ao votar na sessão desta terça, explicou que a inelegibilidade prevista na Lei Complementar nº 64/1990 (a Lei de Inelegibilidade) incide quando a perda do cargo se fundamenta na Lei nº 1.079/1950 ou no Decreto-Lei nº 201/1967, que regulamentam o processo de impeachment. Segundo o ministro, as duas normas são extensões das constituições estaduais e das leis orgânicas dos municípios em matéria de crimes de responsabilidade.

Gonçalves citou ainda a Súmula TSE nº 41, que estabelece que não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou o desacerto das decisões proferidas por outros órgãos do Poder Judiciário ou por tribunais de contas nos casos em que acarretam inelegibilidade.

Ele votou pela manutenção da decisão do TRE-RJ, determinando a improcedência do recurso ordinário de Witzel, bem como a cessação imediata dos atos de campanha e do recebimento de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado Fundo Eleitoral. Os demais ministros seguiram o entendimento do relator na totalidade.

Impugnado

O ex-governador Wilson Witzel teve o pedido de registro de candidatura ao governo do Rio neste pleito impugnado pelo Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), por Daniella Monteiro da Silva (PSOL), que concorre à reeleição ao cargo de deputado estadual, e pelo candidato a deputado federal Renan Ferreirinha Carneiro (PSD).

Ao julgar o pedido, o TRE-RJ apontou que não foram apresentadas certidões criminais e assinalou que a condenação em processo de impeachment inviabiliza a candidatura a este e a qualquer outro cargo eletivo. A Corte Regional ainda destacou que não compete à Justiça Eleitoral revisar as decisões da Assembleia Legislativa fluminense (Alerj), tomadas em decorrência de julgamento conjunto com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Após essa decisão do TRE-RJ, a defesa de Witzel entrou com recurso junto ao Superior Eleitoral, mas este foi negado à unanimidade nesta terça-feira.

A coligação Pernambuco na Veia, encabeçada pela candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (SD), pediu à Justiça Eleitoral que casse a chapa formada por Danilo Cabral (PSB) e Luciana Santos (PCdoB) por usar a máquina pública na campanha e coagir funcionários públicos. A denúncia feita nesse domingo (25) também cita o governador Paulo Câmara e pede a inelegibilidade da dupla e do prefeito do Recife, João Campos, por oito anos. 

Há uma semana para as eleições, a queixa contra a Frente Popular foi motivada pelo vazamento da planilha 'Dia D', que reúne nomes de secretários estaduais e municipais, presidentes de empresas da Administração Pública e outros ocupantes de cargos de confiança, tratados como "voluntários" para trabalhar na campanha de Danilo Cabral no dia da eleição. 

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A lista distribuiu os servidores em cada uma das 11 zonas eleitorais da capital e ainda destaca o número de comissionados de cada pasta a serem convocados pelos seus secretários, além do uso de 792 veículos. O autor da planilha seria o secretário-executivo de Planejamento de Pernambuco, Adriano Danzi de Andrade, apontou a denúncia. 

A Ação de Pedido de Investigação Eleitoral incluiu o governador Paulo Câmara como um dos investigados e solicita que equipes de fiscalização sejam enviadas à Prefeitura do Recife e a órgãos do governo, especialmente à Junta Comercial e a Secretaria de Educação, onde teriam ocorrido ameaças a servidores comissionados e terceirizados por recusa a participar da agenda de campanha de Danilo. 

O PDT pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade e cassação do registro de candidatura do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Na ação, enviada ao tribunal na última quinta-feira (22), o partido alega abuso de poder político e econômico e uso indevido de meios de comunicação.

A legenda do presidenciável Ciro Gomes argumenta que Bolsonaro usou dependências do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, para promover sua campanha.

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Além de pedir a investigação por abuso de poder econômico e político, o partido também quer que a Corte eleitoral proíba o presidente de fazer campanha nas transmissões e mande excluir das redes a live realizada na última quarta-feira (21).

O partido aponta que o presidente anunciou a realização de lives diárias com dedicação da metade do tempo às eleições de 2022.

Até então, as transmissões eram feitas somente às quintas-feiras. "As referidas transmissões tinham por finalidade propagar os feitos do Governo, mas ganharam outros contornos com o início do período de propaganda eleitoral", escreveram os advogados na ação.

O anúncio de Bolsonaro foi feito na última quarta-feira, quando o presidente antecipou a tradicional live de quinta.

Na ocasião, também chamou apoiadores para comparecer a uma "grande motociata" no dia 1º de outubro em Brasília (DF) e pediu voto para aliados.

Mais de 50 políticos e intelectuais da esquerda em países da América Latina escreveram uma carta aberta ao candidato Ciro Gomes (PDT) pedindo que ele desista da corrida presidencial no Brasil em prol do voto útil em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assinada pelo Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, o argentino ativista dos direitos humanos que recebeu o prêmio pela criação do Serviço Paz e Justiça na América Latina, pelo ex-presidente do Equador Rafael Correa, pela senadora colombiana Piedad Córdoba, o ex-chanceler do Paraguai Jorge Lara Castro, entre outros, a carta divulgada nesta terça-feira, 20, pede que Ciro não cometa um "erro" ao manter sua candidatura.

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"Dirija-se aos seus seguidores e lhes diga que a urgência da luta contra o fascismo não lhes deixa outra opção além de apoiar a candidatura presidencial de Lula", afirma o documento.

A carta alega que a eleição deste ano no Brasil é uma disputa entre o fascismo e a democracia. "Sabemos que você foi um lutador pelas boas causas do povo brasileiro ao longo de sua vida. É por isso a perplexidade que nos leva a escrever-lhe esta carta e que nos move a enviar-lhe esta mensagem fraterna, porque é incompreensível para nós, na atual situação brasileira, sua insistência em apresentar sua candidatura presidencial para o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, neste 2 de outubro, que sem o menor exagero pode ser considerado um ponto de virada histórico. Por quê? Porque a escolha fundamental não será entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio "Lula" da Silva, mas entre fascismo e democracia." O grupo divulgou ainda um e-mail para receber novas adesões ao documento.

Campanha pelo voto útil

A campanha do petista tem intensificado nas últimas duas semanas as ações em busca de eleitores de Ciro, Simone Tebet (MDB) e outros concorrentes, além de mirar o voto dos indecisos e combater a abstenção às urnas, no esforço para que Lula saia vitorioso já no primeiro turno, dia 2 de outubro.

Nesta quarta-feira, 21, um vídeo foi divulgado mostrando diversos cantores e atores cantando o "Vira voto" e fazendo com as mãos a sinalização de uma arma - referência usada por Bolsonaro e seus partidários - se transformando no "L" de Lula.

Durante sabatina promovida pelo Estadão, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), nesta quarta-feira, 21, Ciro foi irônico ao afirmar que é a favor do voto útil, mas o "voto útil contra a corrupção" e afirmou depois que hoje existe um fascismo de esquerda no Brasil.

Leia a íntegra da carta:

"Caro companheiro Ciro Gomes:

Os abaixo assinados são militantes da esquerda latino-americana, profundamente antiimperialistas e comprometidos com a emancipação de nossos povos e a criação da Grande Pátria. Somos também pessoas que amam e admiram o Brasil e seu povo; à cultura primorosa daquele país: sua música, sua literatura, suas pinturas, sua gastronomia, suas diversas manifestações artísticas e também a longa luta de seu povo para ter acesso a uma vida mais plena, espiritual e materialmente.

Sabemos que você foi um lutador pelas boas causas do povo brasileiro ao longo de sua vida. É por isso a perplexidade que nos leva a escrever-lhe esta carta e que nos move a enviar-lhe esta mensagem fraterna, porque é incompreensível para nós, na atual situação brasileira, sua insistência em apresentar sua candidatura presidencial para o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, neste 2 de outubro, que sem o menor exagero pode ser considerado um ponto de virada histórico. Por quê? Porque a escolha fundamental não será entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio "Lula" da Silva, mas entre fascismo e democracia. E você, um homem político, inteligente e com larga experiência atrás de você, sabe muito bem que sua candidatura não tem absolutamente nenhuma chance de chegar às urnas, muito menos vencer no primeiro turno. A dura realidade é que, mantendo sua candidatura, caro camarada Ciro, a única coisa que você fará é dispersar forças, enfraquecer a força do bloco antifascista, com todas as suas contradições, facilitar a vitória de Bolsonaro e, eventualmente, abrir caminho para um novo golpe. Apesar de sua boa vontade, infelizmente você não está em condições de fazer nenhum bem, nenhum bem, e está em condições de causar grandes danos ao Brasil e ao seu povo. Você não será capaz de fazer o bem apesar de suas intenções porque suas chances de ganhar são zero. Ao enfraquecer a candidatura unitária de Lula, ao dispersar as forças do bloco que se opõe ao fascismo, o que você fará objetivamente (além de suas intenções, que não duvidamos são boas) será pavimentar o caminho para a perpetuação de Bolsonaro no poder.

Parece-nos que por causa de sua carreira você não deve entrar na história do Brasil por aquela porta indigna, como a de um homem que, tendo lutado pelas boas causas de seu povo e alcançado importantes resultados, em uma instância crítica e decisiva para seu país comete um erro e abre as portas para um processo que semeia morte e destruição em seu país e que, sem dúvida, também o terá como uma de suas vítimas. Não se pode ignorar a natureza perversa do atual presidente do Brasil. Suas palavras e promessas, mesmo aquelas que ele possa ter feito a você, são completamente inúteis. Bolsonaro é um personagem imoral, um fanático alucinado sem princípios morais que deixou mais de 700.000 brasileiros e brasileiras morrerem sem fazer o menor esforço para salvá-los. Ele também é um traidor em série, comparável apenas aos piores personagens de Shakespeare. E ele não hesitará por um momento em traí-lo assim que for conveniente para ele.

Ainda há tempo de reparar seu erro, companheiro Ciro. Dirija-se aos seus apoiadores agora e diga-lhes que a urgência da luta contra o fascismo não lhes deixa outra escolha a não ser apoiar a candidatura presidencial de Lula. Peça-lhes aquele voto, crucial para derrotar no primeiro turno o capitão (assim, com letras minúsculas) e seus esquadrões armados; crucial também para impedir a perpetuação no poder de um homem que exaltava a figura do canalha que torturou Dilma Rousseff. Você, por causa de sua história e de suas ideias, tem que fazer o impossível para impedir que uma figura tão monstruosa fique mais um dia no Palácio do Planalto. Além disso, devido à sua idade, não temos dúvidas de que ele continuará sendo uma figura de destaque na política brasileira. Que não é a vez dele, que as circunstâncias o obrigam a esperar. Não se esqueça que a paciência é um dos traços que definem os grandes líderes políticos.

Nada mais por enquanto. Esperamos que você aprecie o senso de solidariedade nesta mensagem. Receba um abraço fraterno de seus companheiros lutadores de toda a América Latina e Caribe."

 

O deputado federal David Miranda (PDT-RJ), que está internado há seis semanas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), desistiu de concorrer à reeleição para a Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito nas redes sociais pelo marido do parlamentar, o jornalista Glenn Greenwald, nesta terça-feira, 20.

Em vídeo publicado, Greenwald afirmou que Miranda continua internado na UTI em estado grave, mas estável. No entanto, nos últimos dias, foram registrados os primeiros sinais de melhora em seu quadro, o que deixou tanto a família quanto a equipe médica "mais esperançosos do que nunca" sobre uma recuperação completa.

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"Ele está ficando mais forte, ele está mostrando progresso bem importante", conta. O deputado está internado desde o dia 6 de agosto na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, com uma infecção generalizada no sistema gastrointestinal.

Apesar de uma melhora no quadro de Miranda, o jornalista anunciou que optou-se por requisitar formalmente a retirada da candidatura do parlamentar. "Isso foi uma decisão extremamente difícil de tomar", conta Greenwald, dizendo que a decisão não pôde ser tomada por Miranda, mas que consultou pessoas próximas de seu marido.

"Eu acredito muito na campanha que David planejou, mas ele não conseguiu fazer campanha nem um dia. Então acho que isso é bem injusto para todo mundo, para David, para seus eleitores, manter a candidatura", declara.

O jornalista diz se recusar a fazer campanha em nome do parlamentar, mas cita que há muitas pessoas que Miranda respeita e gosta muito, dentro e fora do partido, tais como Heloísa Helena (Rede-RJ), Glauber Braga (PSOL-RJ), Feghali (PCdoB-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Greenwald ainda disse que seu marido acredita muito no programa e líderes do PDT, sigla que é filiado, nomeando o candidato à presidência da República Ciro Gomes, além de Rodrigo Neves e Martha Rocha.

Por fim, o jornalista lamentou a decisão, mas afirmou que a prioridade atual é a recuperação de Miranda.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aprovou nesta quarta-feira, 14, a candidatura do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PTB), a deputado federal.

Condenado e preso na Operação Lava Jato, Cunha teve o mandato cassado em 2016, o que o deixou inelegível por oito anos. Em agosto, no entanto, ele foi beneficiado por uma decisão provisória da Justiça Federal em Brasília que suspendeu os efeitos da cassação, abrindo caminho para sua candidatura. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a liminar no último dia 18.

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Por 4 votos a 2, os magistrados concluíram que deveria valer a decisão em vigor no momento do registro da candidatura. Na ocasião, o presidente do STF ainda não havia restabelecido a inelegibilidade do ex-deputado.

O juiz Marcio Kayatt, relator do caso, disse que o "clamor popular" não poderia orientar o julgamento. "O clamor popular talvez o povo deva adotar na hora de escolher seu candidato", afirmou.

O relator foi acompanhado pelos juízes Maurício Fiorito, Marcelo Vieira e Afonso Celso da Silva.

A decisão vai na contramão do posicionamento do Procuradoria Regional Eleitoral, que pediu a impugnação da candidatura. O órgão ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"É efeito formal da lei que o cidadão cassado em seu mandato parlamentar seja inelegível em razão da Lei da Ficha Limpa. A Lei da Ficha Limpa não é uma brincadeira qualquer, ela é fruto da sociedade civil organizada", defendeu o procurador eleitoral substituto Paulo Taubemblatt antes da votação.

O desembargador Silmar Fernandes, que abriu a divergência, defendeu que o tribunal não poderia "fechar os olhos" para a decisão do STF. A divergência foi seguida pelo desembargador Sérgio Nascimento.

"Se nós gerarmos esse precedente, podemos estimular mais liminares. Basta uma liminar ser dada na véspera [do registro da candidatura] e cancelada no dia seguinte", defendeu Fernandes. "É a tese, não interessa a pessoa."

Ao Estadão, o advogado Ricardo Vita Porto, que representa Eduardo Cunha na ação, defendeu que a decisão de Fux é posterior ao registro de candidatura e não pode ser considerada.

"A legislação eleitoral é bastante clara ao dizer que você verifica as condições de elegibilidade e inelegibilidade no momento que é formalizado o pedido de registro de candidatura. No dia 4 de agosto, quando ele entrou com o pedido, estava vigendo a liminar e, portanto, estavam suspensos os efeitos do decreto da Câmara", explica.

O ex-vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro renunciou à candidatura a deputado federal pelo PL no sábado, 10. Em uma carta entregue à Justiça, ele declarou "motivos pessoais". O registro já havia sido cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), mas ainda cabia recurso.

Neste sábado, a renúncia já constava na página de divulgação de contas do TSE. Ele tentava concorrer pelo PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro e do governador do Rio, Cláudio Castro. Ambos tentam a reeleição.

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No último dia 31, o TRE-RJ havia indeferido por 6 votos a 1 o registro da candidatura de Monteiro. Ele foi considerado inelegível por ter sido cassado pela Câmara de Vereadores do Rio, em 18 de agosto, por quebra de decoro parlamentar.

A decisão do Tribunal também acatou pedido do Ministério Público Eleitoral para que o youtuber e ex-policial militar não tivesse acesso ao fundo partidário. Para a Procuradoria, a inelegibilidade dele era "manifesta e insuperável".

Minutos após ser cassado, Monteiro já pedia votos para a Câmara dos Deputados. O ex-vereador é acusado de filmar e divulgar relação sexual com uma menina adolescente, assédio moral e sexual contra assessores e de forjar filmes para divulgar nas redes sociais.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (8), os registros de candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) na corrida ao Palácio do Planalto. Os ministros rejeitaram os pedidos de impugnação apresentados contra as candidaturas.

O vereador paulistano Fernando Holiday (Novo) foi um dos autores das ações contra Lula e Alckmin. Ele argumentou que os candidatos praticaram ilícitos eleitorais como abuso de poder político e econômico e propaganda eleitoral antecipada.

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As acusações foram feitas com base em show realizado pela cantora Daniela Mercury, em São Paulo, no dia 1º de maio, que já na época foi alvo de contestações por suposto recebimento de dinheiro público para se apresentar em ato político. O vereador afirmou ao TSE que Lula e Alckmin se anteciparam ao início da campanha ao se beneficiarem das manifestações políticas da artista na ocasião.

Holiday fez outras acusações no mesmo processo por causa de manifestações de artistas em eventos públicos que tiveram alusões favoráveis à candidatura de Lula.

O relator do caso no TSE, ministro Carlos Horbach, rejeitou os pedidos de impugnação sob o argumento de que o julgamento de registro de candidatura não é a via correta para julgar "acusações de abuso de poder".

Ainda na mesma sessão, o empresário Pablo Marçal pediu a impugnação da adesão do PROS à Coligação Brasil da Esperança, liderada pelo PT. Mas o pedido foi negado.

Marçal teve o seu registro de candidatura à Presidência impugnado pelo TSE, na semana passada, na esteira de disputas internas dentro do seu partido, o PROS.

Ele argumentou aos ministros que, mesmo tendo a sua candidatura barrada, ainda possuía legitimidade para mover esse tipo de ação. A sua candidatura aguarda julgamento de recursos contra o TSE, o que foi usado de argumento para pedir o fim da aliança entre PROS e PT.

A defesa do PT argumentou que o ex-candidato não tinha legitimidade para fazer esse pedido, pois a ação foi apresentada na condição de representante do PROS e a legislação eleitoral não permite processos movidos por pessoas jurídicas.

O relator Carlos Horbach avaliou as justificativas e julgou improcedente o pedido de Marçal.

Com a decisão, o PROS se mantém aliado ao PT na Coligação Brasil e Esperança na corrida pela Presidência.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro indeferiu o registro de candidatura do ex-vereador Gabriel Monteiro (PL), que pretende disputar uma cadeira no parlamento federal nestas eleições. Na sessão, que ocorreu nessa quarta (31), a maioria dos desembargadores acompanhou o voto do relator, Luiz Paulo da Silva Araujo Filho, de que o bolsonarista é inelegível por ter sido cassado pela Câmara de Vereadores do Rio. Ele é acusado de manter relações sexuais com adolescentes e filmá-las, de assédio moral e sexual contra assessores e de manipular vídeos.

A discussão principal do processo ficou em torno do fato de o registro de candidatura ser anterior à causa de inelegibilidade de Monteiro. O ex-vereador foi cassado no dia 18 de agosto, por quebra de decoro parlamentar, por 48 votos favoráveis a dois contrários. Já o registro de candidatura foi autuado no dia 27 de julho.

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O procurador regional eleitoral Flavio Paixão de Moura Junior argumentou durante a sessão pública de julgamento que a causa de inelegibilidade de Monteiro "ocorreu antes do registro da candidatura estar homologado". Ele também suscitou o princípio eleitoral do máximo aproveitamento do voto, de acordo com o qual deve-se evitar que o eleitor direcione a sua decisão em face de algum candidato que tenha chances de ser declarado inelegível depois.

Vinicius Carballo de Souza Ribeiro, um dos advogados que compõe a banca de defesa de Monteiro afirmou, durante a sustentação oral, que os pedidos de impugnação de candidatura fariam "um verdadeiro 'de volta para o futuro'", porque estariam fundamentados em um evento futuro - pois Monteiro recorre na justiça da perda do mandato e não possui condenações criminais transitadas em julgado.

Durante a leitura do voto, o relator do julgamento afirmou que "o que importa, para mim, até para aplicação da súmula 41 do TSE, é que ele foi cassado por falta de decoro parlamentar. Nota-se, portanto, que o candidato foi cassado com fundamento legal". A redação da referida súmula afirma que "não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade".

Durante a sessão, Araujo Filho suscitou outros precedentes da justiça eleitoral, inclusive mencionando um voto do ministro do STF Luiz Fux, que afirmam que as causas de inelegibilidade podem ser conhecidas mesmo que sejam posteriores ao pedido de registro de candidatura, desde que seja dado ao pré-candidato direito de ampla defesa.

A maioria dos desembargadores também votou favorável a um pedido de urgência do Ministério Público Eleitoral, de que Monteiro tenha o seu acesso ao fundo partidário suspenso. Apenas o desembargador Tiago Santos Silva votou de forma contrária. No seu voto, ele não concordou com a fundamentação jurídica da tese da inelegibilidade superveniente e manifestou-se contrário ao pedido do MP.

COM A PALAVRA, GABRIEL MONTEIRO

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-parlamentar. Em nota, o advogado Sandro Figueiredo afirmou que "a defesa do parlamentar por certo impetrará o recurso cabível junto ao TSE por entender injusta a decisão do juízo inferior, por não haver, até o momento, qualquer condenação com trânsito em julgado contra Gabriel Monteiro. Nesse cotejo, salienta-se que o que há são apenas ações em Registros de Ocorrências unilaterais onde não há nesse ponto ampla defesa e contraditório. A defesa tem a convicção que a decisão será revista pelo Tribunal Superior Eleitoral".

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu nesta quinta-feira (1º), por unanimidade, o registro de candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República. A vice da chapa, Ana Paula Matos (PDT), também teve o registro confirmado.

Os ministros rejeitaram uma impugnação à candidatura, apresentada pelo vereador Fernando Holiday, de São Paulo. Ele argumentou que Ciro Gomes possui condenação por injúria racial em primeira instância, o que o inabilitaria a ser candidato por “inadequação da vida pregressa”.  

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Holiday se referiu ao caso em que Ciro o chamou de “capitão do mato”, em discurso de 2018. O pedetista foi condenado na esfera cível da Justiça de São Paulo a pagar indenização ao vereador.

Objetivos midiáticos

A defesa de Ciro Gomes acusou o vereador de litigância de má-fé e sustentou que a impugnação tem objetivos somente midiáticos, sem nenhuma pretensão de prosperar. Isso porque não há na Lei da Ficha Limpa ou em outra legislação a previsão de que condenação na esfera cível possa impedir candidaturas, frisou a defesa.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, destacou que o próprio TSE possui uma súmula para dizer que o conceito de “inadequação da vida pregressa”, previsto na Constituição, não pode ser aplicado sem que o motivo de tal inadequação esteja previsto em lei complementar.

Também citando a súmula, o relator no TSE, ministro Carlos Horbach, votou por negar a impugnação e deferir o registro de candidatura de Ciro Gomes. Todos os demais ministros seguiram o relator sem fazer observações.

O TSE tem até 12 de setembro para julgar todos os pedidos de registro de candidaturas à Presidência da República. Até o momento, apenas um dos 12 que foram apresentados foi negado pelo plenário, o de Roberto Jefferson (PTB).

A corrida ao Palácio do Planalto acaba de ficar mais enxuta, após o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir, nesta quinta-feira (1º), a candidatura de Roberto Jefferson (PTB) à presidente da República. O registro havia sido contestado pelo Ministério Público Eleitoral no dia 18 de agosto. De acordo com o MP, que teve pedido vitorioso, o político estaria inelegível até dezembro de 2023, por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Eleitoral (STF) em 2012, no julgamento do mensalão. 

Atualmente, Jefferson cumpre prisão domiciliar. Agora, o Partido Trabalhista Brasileiro tem o prazo de 10 dias para escolher um substituto, caso tenha interesse em seguir na corrida eleitoral. O candidato a vice-presidente de Jefferson, padre Kelmon Luís da Silva, por outro lado, teve candidatura aprovada. 

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“O Tribunal, por unanimidade, indeferiu o pedido de candidatura de Roberto Jefferson à Presidência da República nas eleições de 2022, com as determinações feitas pelo ministro relator, que julgou prejudicado o agravo interno nos autos e nos termos da legislação. O ministro também  facultou ao partido [PTB] substituir o candidato no prazo de 10 dias, com base no artigo 13 da legislação eleitoral”, declarou Alexandre de Moraes, presidente do TSE, ao proclamar a decisão. 

O ministro relator do caso, Carlos Horbach, ponderou que, apesar de Jefferson ter sido indultado, o crime a qual ele foi condenado não foi apagado. O voto foi acompanhado de maneira unânime pelos demais seis ministros. 

A defesa justificou, em tribuna, que a decisão da Corte foi com base em decisões de "reparação civil", feitas pela justiça comum, fora do âmbito da Justiça Eleitoral. "Não haveria por que insistir no registro do requerente, poderíamos cogitar que o desconhecimento com a matéria eleitoral levasse os impugnantes a suscitar esse fundamento, ou melhor, ausência de fundamento, visto que beira o absurdo imaginar que uma reparação civil seria o motivo de afastamento e restrição para impedir o registro eleitoral. A conclusão é que é uma litigância de má fé", argumentou um dos advogados.

Eurodeputados de esquerda manifestaram apoio, nesta segunda-feira (29), à candidatura à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em encontro com o petista em São Paulo, os políticos europeus disseram monitorar a ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, sobre o sistema eleitoral brasileiro. De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, há negociações para assinar um memorando de cooperação entre a sigla e partidos europeus de esquerda.

A presidente da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas da União Europeia, a eurodeputada Iratxe García, declarou no encontro que apoiar Lula nas eleições é "apoiar o povo brasileiro". "Estamos seguros de que uma nova janela de oportunidade será aberta para o Brasil. E novas oportunidades só serão possíveis com o presidente como Lula, que devolve a esperança a tantos", disse a parlamentar, que liderou a comitiva em desagravo a Lula.

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"Vivemos uma deterioração nos últimos anos do Brasil, com o governo Bolsonaro, com exemplos muito claros, como o que ocorreu na covid. Deteriorou-se a política e a imagem do País no exterior", avaliou Iratxe. "A misoginia de Bolsonaro é conhecida no resto do mundo e vimos ontem no debate", acrescentou, à esquerda de Lula, que tinha do outro lado o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.

O presidente dos Partidos Socialistas Europeus, Serguei Stanishev, mostrou preocupação no encontro com as suspeições sem provas ao sistema eleitoral apresentadas por Bolsonaro e com o crescimento da violência política no Brasil. "A Europa vai acompanhar tudo com cuidado", revelou. "Vamos defender a democracia e levar de volta a mensagem à Europa de que estamos preocupados com a violência nessa campanha."

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido do candidato à Presidência da República Pablo Marçal (PROS) para proibir o partido de apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A decisão foi tomada na terça-feira (23) pelo ministro na condição de relator do registro de candidatura de Marçal. 

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O candidato ainda queria garantir acesso ao tempo no horário eleitoral no rádio e na TV e a validação de sua candidatura, que foi revogada pelo partido.

Além de ter o pedido rejeitado, Moraes ainda determinou que o tempo no horário eleitoral destinado ao Pros fosse distribuído para a Coligação Brasil da Esperança, formada pelo partidos que apoiam a campanha de Lula. 

Após a determinação, Marçal ficou fora da distribuição do tempo.

Apesar da decisão, o nome de Pablo Marçal, que é coach e influenciador digital, continua no sistema DivulgaCand, plataforma que reúne os registros dos 12 candidatos à Presidência. 

De acordo com Moraes, a questão deve ser resolvida quando o registro de candidatura for julgado definitivamente.

Entenda 

No início deste mês, o registro de candidatura de Marçal foi feito quando o Pros estava sob o comando de Marcus Holanda, líder de uma ala da legenda que se opõe ao atual presidente, Eurípedes Júnior. 

Após uma disputa judicial pelo comando da legenda, o TSE concedeu liminar para determinar que Júnior deve ficar na presidência do partido. 

Com a decisão, a direção da sigla convocou nova convenção partidária para revogar a candidatura de Marçal e apoiar campanha do ex-presidente Lula. 

Inconformado com a medida, Marçal recorreu ao TSE para tentar derrubar a deliberação. 

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) constatou que dos 513 deputados federais, 446 estão tentando se reeleger neste ano - um índice de 86,93%, considerado o mais expressivo das últimas oito eleições. O levantamento foi feito com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Diap aponta que das 67 candidaturas faltantes, em tese, pode ter acontecido por que os parlamentares desistiram da reeleição ou estão tentando outro cargo eletivo. Como por exemplo os deputados federais Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (Solidariedade) que estão disputando o Governo de Pernambuco este ano. 

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Amapá, Maranhão e Tocantins são os estados que lideram com o registro de 100% de postulantes à reeleição para a Câmara dos Deputados. Em seguida vem o Pará (94,12%), São Paulo (92,86%), Minas Gerais (92,45%), Bahia (92,31%), Ceará (90,91%) e Espírito Santo (90,00%).

Em relação aos partidos, a Rede Sustentabilidade, PCdoB e PSC são os partidos que lançaram todos os seus deputados à reeleição. Já o PT (96,43%), PSD (93,63%), Republicanos (90,91%), PL (90,91%) e Cidadania (85,71%) fecham a lista de partidos que registraram mais recandidaturas proporcionalmente às bancadas em exercício do mandato na Câmara.

O Diap alerta que isso diminui as chances de renovação do parlamento. Além disso, outros fatores que contribuem para a baixa renovação são os acessos ao fundo eleitoral e ao orçamento secreto que possibilitam vantagens políticas na disputa.

Critério

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar considera candidato à reeleição apenas os deputados federais no exercício do mandato no momento do pleito, independentemente de serem titulares, suplentes ou efetivados durante a legislatura.

O número de policiais candidatos nas eleições deste ano cresceu 27% em relação à disputa de 2018. A categoria representa, em média, 6,6% dos concorrentes em todo o País. Dos 1.866 membros das forças de segurança pública e defesa que se candidataram este ano, 94,9% estão ligados a partidos de direita. Os números fazem parte de um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado nessa terça-feira (16), com base em dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desde 2010, quando o FBSP começou a contabilizar as candidaturas deste tipo, há um aumento do número de policiais buscando cargos eletivos. Eram 1.037 em 2010, 1.161 em 2014 e saltaram para 1.469 em 2018, ano da candidatura de Bolsonaro à Presidência. Este ano, o PL, sigla do presidente, lidera o número de postulantes com 232 nomes, seguido pelo PTB, com 140 e do Republicanos, com 137.

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Mudança de perfil

"As polícias sempre estiveram mais ligadas a esse espectro da direita, mas em 2018 isso se acentuou", afirma Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do FBSP. Se antes os policiais candidatos tinham como foco pautas mais corporativistas, agora eles disputam espaço com candidaturas não ligadas a membros da corporação necessariamente.

Lima destaca o fim das coligações partidárias para cargos proporcionais, como deputados federais e estaduais, como um fator que pode dificultar a eleição de policiais este ano. "Os policiais vão disputar o voto dos bolsonaristas com as dificuldades das novas regras eleitorais", analisa.

Policiais militares são maioria

Do total de candidaturas para as eleições deste ano, a maioria é composta por policiais militares (807). Em seguida, aparecem policiais civis (188), bombeiros militares (117), militares reformados (245) e membros das Forças Armadas (60). Mais 449 candidatos declararam outra ocupação, mas foram identificados por meio do nome de urna.

Amazonas e Distrito Federal possuem a maior quantidade proporcional de candidaturas de policiais, com 11,3% e 10,1%, respectivamente. Já o Ceará possui a menor quantidade, com 4,3%. Em número absolutos, os três Estados com os maiores efetivos de policiais militares e civis do País aparecem com o maior número de candidaturas de membros do setor. Rio de Janeiro lidera a lista, com 251 nomes, seguido por São Paulo (238) e Minas Gerais (126).

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB), teve a elegibilidade mantida por uma decisão do desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), Néviton Guedes, que rejeitou um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para tornar sem efeito a decisão que suspendia a inelegibilidade do ex-parlamentar.

A decisão questionada pelo MPF também foi do TRF-1, desta vez do desembargador Carlos Augusto Pires Brandão. O magistrado suspendeu o item da cassação do mandato do ex-deputado que o proibia por oito anos de concorrer a qualquer cargo eletivo. Cunha teve o mandato cassado por 450 votos a 10, acusado de mentir em depoimento para a CPI da Petrobras.

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Sendo assim, Cunha poderá disputar as eleições deste ano, apesar de já ter sido condenado em primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro. Para ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o ex-deputado teria que ter uma condenação na segunda instância. O petebista registrou-se no Tribunal Superior Eleitoral como candidato a deputado federal por São Paulo.

O pedetista Ciro Gomes registrou nessa segunda-feira (8) sua candidatura à presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chapa terá como candidata à vice, Ana Paula Matos, que também é do PDT.

Ciro declarou ao TSE lista de bens no valor de R$ 3 milhões, composta por imóveis, veículos e investimentos. O patrimônio declarado de Ana Pauta é de R$ 1,2 milhão. 

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O pedido de registro é uma formalidade necessária para que a Justiça Eleitoral possa verificar se os candidatos têm alguma restrição legal que os impeçam de concorrer às eleições de outubro. 

Até o momento, o TSE recebeu oito pedidos de registros de candidatos à presidência. Para os cargos de deputado estadual, federal, distrital, senador e governador, o registro é realizado nos tribunais regionais eleitorais. 

Todas as informações sobre a candidatura, bem como o plano de governo integral do candidato pode ser encontrado no portal de divulgação de candidaturas e contas da Justiça Eleitoral. 

A Justiça Eleitoral pode receber novos registros de candidatura até 15 de agosto. No caso dos candidatos à Presidência, o TSE tem até 12 de setembro para julgar, aprovando ou recusando, todos os pedidos de registro, após analisar o atendimento ou não de todos os requisitos formais exigidos pela legislação eleitoral.

Oficialmente, a campanha eleitoral, quando os candidatos podem efetivamente pedir votos e divulgar seus números, começa em 16 de agosto.

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