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Em coletiva realizada nesta segunda-feira (21) no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, com a participação de várias lideranças políticas, o nome de Danilo Cabral foi confirmado pelo PSB para disputar o Governo de Pernambuco. Com isso os pessebistas tentam manter a hegemonia no Estado que já dura 20 anos. 

Emocionado, Danilo, que atualmente ocupa o cargo de deputado federal, se disse pronto para a disputa e acredita que sairá vitorioso nas eleições deste ano. "A frente popular se reúne aqui para mudar os rumos que o Brasil está. Precisamos acabar com esse período duro que tem levado o Brasil a consequências danosas à população brasileira, com um conjunto de crises que tem jogado o povo brasileiro na miséria e, para isso, nós precisamos tirar o presidente Bolsonaro do poder e eleger o presidente Lula", revela. 

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Até o momento, apenas o nome de Danilo foi confirmado para a cabeça de chapa. Quem serão os pré-candidatos para as vagas de vice-governador e senador ainda não foi definido. Segundo Cabral, tudo ainda está sendo construído pelo PSB e conta com a coordenação do governador de Pernambuco. 

"Paulo Câmara está dialogando com os 12 partidos que compõem a frente popular e vamos, de forma harmônica, encontrar um consenso entre eles para que a gente tenha uma chapa que de fato, com a indicação do candidato a senador e do vice-governador, represente a Frente Popular e o desejo que nós queremos de fazer avançar Pernambuco e derrotar Bolsonaro", salienta. 

Vale destacar que o ex-presidente Lula já disse que o PT, que abriu mão de lançar Humberto Costa ao governo estadual para firmar aliança com os socialista, tem o direito de reivindicar a vaga ao Senado. O deputado Carlos Veras, que é um dos nomes cotados para a disputa, confirmou que a vaga é do PT.

Danilo Cabral agradeceu ao senador Humberto Costa por ter retirado o seu nome da pré-campanha em prol da aliança entre os partidos no Brasil. “Agradecer esse seu gesto, de demonstração que tem responsabilidade com o Brasil e da reafirmação da unidade da Frente Popular. Você, que também estava com o nome para disputar o governo do Estado, que tem uma trajetória que poderia estar nesse lugar, como senador que você é, eleito e reeleito também pela Frente Popular de Pernambuco. Você poderia muito bem estar aqui agora, mas você abriu mão de tudo isso por um compromisso com o Brasil e por Pernambuco também”, agradeceu.

Humberto destacou que se juntou com a frente para dar apoio a Danilo e que o gesto de seu partido é pensando em Pernambuco. “Para dar seguimento ao projeto da Frente Popular, um projeto histórico que mudou radicalmente Pernambuco do ponto de vista econômico, político e social, mas também para que nós possamos resgatar para o Brasil um projeto político importante e que seja capaz de incluir milhões e milhões de pessoas que hoje estão à margem da economia, da cultura, da sociedade e da política de uma forma em geral”, diz.

O senador salienta que o gesto do PT, ao retirar “uma candidatura legítima e viável, foi feito em nome da unidade. Para juntarmos forças para de forma definitiva derrotarmos esse governo que nos envergonha internacionalmente, que conseguiu a proeza de trazer de volta a fome, o desemprego e o aumento da desigualdade e da miséria", assevera

Trajetória de Danilo

Filiado ao PSB desde 1990, sendo esse seu único partido até hoje, Danilo Cabral é natural de Surubim, já foi vereador, deputado estadual e três vezes deputado federal. Ele é servidor público de carreira do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Ao longo de sua vida profissional, ocupou vários cargos públicos, entre eles o de diretor administrativo-financeiro da Secretaria de Governo do Estado, diretor de administração geral da Secretaria da Fazenda de Pernambuco e assessor do então secretário e governador Eduardo Campos. 

Assumiu também a diretoria geral do Tribunal de Contas de Pernambuco. Foi ainda secretário de Administração do Recife, coordenador de campanha que elegeu o então candidato Eduardo Campos ao Governo de Pernambuco. Em 2007, assumiu a Secretaria de Educação do Estado. 

Em 2010, Danilo foi eleito Deputado Federal com 120.869 votos. De 2011 a março de 2014, assumiu a titularidade da secretaria das Cidades. De volta à Câmara Federal, Danilo foi membro titular da Comissão de Educação da casa. Em 2018, Cabral obteve 91.635 votos e foi reeleito deputado federal em Pernambuco no 1º turno das eleições.

No calendário, o Carnaval aparece somente no mês de fevereiro, mas em Pernambuco, terra que tem a festa popular praticamente como um dos elementos de sua gênese, a folia começa bem antes: em setembro. A responsável por dar início aos trabalhos momescos em solo pernambucano é a Troça Carnavalesca Pitombeira dos Quatro Cantos, bloco sediado em Olinda, que - em tempos de mínima normalidade - ganha as ruas no feriado da Independência (7 de setembro), com seu primeiro ensaio, e só para de carnavalizar após a quarta-feira de cinzas. 

Reconhecido como abre-alas da festa, o bloco chega a seus 75 anos, nesta quinta (17), amargando o rancor de passar mais uma temporada sem poder brincar, em virtude da pandemia do coronavírus e, sobretudo, entristecido pelas dificuldades financeiras acumuladas desde o início da crise sanitária. Para piorar o desmazelo, a agremiação luta junto ao Governo do Estado, tendo que provar sua relevância no cenário carnavalesco de Pernambuco, para tentar garantir o auxílio emergencial criado para os trabalhadores deste ciclo festivo. 

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Localizada no Sítio Histórico de Olind, a sede de Pitombeira foi um presente dado por um grupo de 40 foliões. Foto: Júlio Gomes/LeiJáImagens

Vivendo o segundo ano de sua segunda gestão à frente de Pitombeira, Hermes Neto, presidente da agremiação, diz estar com as emoções divididas. Apesar da natural alegria em ver o bloco chegar aos 75 anos com sede própria - privilégios que poucas agremiações dispõem e somente conquistado pela devoção de alguns foliões que se dispuseram a custeá-lo -,  a tristeza de não poder realizar o desfile e as preocupações têm feito ele “perder o sono”.

Sem poder abrir a sede para pequenos eventos, em virtude de um novo decreto baixado na cidade de Olinda no início deste mês de fevereiro, a venda de camisas e outros produtos, além dos auxílios emergenciais criados pelo poder público, são as únicas fontes de renda da agremiação. Para aumentar as dificuldades, por não atender a algumas exigências do edital criado pelo Governo do Estado, o bloco deve passar mais um ano contando apenas com a ajuda da Prefeitura de Olinda. “A gente precisava de três cachês comprovados (de contratações nos anos de 2018, 2019 e 2020). A gente entende que é importante o edital mas é um edital emergencial do Carnaval, não é um prêmio pra quem fez contrato com o Estado”, diz Hermes.

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Em 2021, ao esbarrar nas cláusulas do regulamento estadual, a agremiação tentou entrar com recurso, no entanto, não conseguiu convencer a comissão que analisa os casos e ficou sem o dinheiro. “A gente é um ícone do carnaval pernambucano, sem desmerecer os outros, a Pitombeira sai 18 vezes dentro do Carnaval, abrindo o Carnaval no 7 de setembro, os turistas vêm pra ver. Eu não entendo como é que uma comissão analisa e não acha  Pitombeira importante pro carnaval”.

'Pitombeirense' desde criança, Hermes Neto é o atual presidente da agremiação. Foto: Júlio Gomes/LeiJáImagens

Segundo Hermes, uma das maiores necessidades da agremiação é custear a manutenção de sua sede, abrigada em um antigo sobrado localizado no Sìtio Histórico de Olinda. A casa chegou a reabrir para ensaios e pequenos eventos, após o início da vacinação na cidade e consequentes relaxamentos nos protocolos, gerando alguma renda. Porém, com o novo decreto que proíbe música ao vivo na Cidade Alta, o bloco voltou a contar somente com a venda de camisas e outros produtos para gerar levantar dinheiro. “A gente tá preocupado de ficar de fora (do edital do Estado). Eu gostaria que o secretário (de Cultura) desse uma olhada um pouco aí para ajudar não só Pitombeira mas outras agremiações que não entraram mas que tão na ativa há 20 anos”. 

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Edital

Na última quarta (16), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou  o auxílio emergencial do Carnaval. Agora, a proposta segue para a sanção do governador Paulo Câmara (PSB). O repasse deverá ocorrer em parcela única e corresponderá a 80% do último cachê pago pela Fundação do Patrimônio Artístico de Pernambuco (Fundarpe) ou pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), respeitando os limites mínimos e máximos estabelecidos. A exigência de vínculo contratual com o Governo do Estado  nos anos de 2018 a 2020 deve permanecer.

Procurada pelo LeiaJá, a Secult-PE/Fundarpe informou, através de nota enviada por sua assessoria de imprensa, que “a documentação exigida para recebimento dos valores não envolve certidões negativas, apenas documentação formal (a exemplo de estatutos para os coletivos e RG e CPF para pessoas físicas e representantes de grupos, além de comprovante de residência e comprovante de dados bancários para todos os beneficiados)”. Sobre a formação de comissão que julga os recursos e a possibilidade da formulação de planos especiais para atender a agremiações com carência de documentação ou que porventura não tenham sido contratadas pelo Governo do Estado nos prazos estipulados não houve resposta. 

‘Setentona’

As camisas e produtos de Pitombeira estão à venda na sede do bloco e no Shopping patteo de Olinda. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Apesar do fôlego que demonstra no Carnaval, promovendo cinco meses de folia com ensaios e saídas regulares entre setembro e fevereiro, a Pitombeira dos Quatro Cantos já é um agremiação ‘setentona’. Nesta quinta (17), o bloco completa 75 anos vividos à base de muita animação e ‘bate-bate’ com doce,  a bebida de fórmula secreta que embala os ‘pitombeirenses’ a cada festa. 

Com o enrijecimento dos protocolos de segurança da pandemia, o bloco vai promover apenas uma modesta celebração, em sua sede, restrita a membros da diretoria e alguns convidados. Para marcar o “ano emblemático”, como chama Hermes, junto à comunidade, foi realizado um concurso de redação de cartas nas escolas de ensino fundamental de Olinda. Os vencedores receberão seus prêmios também nesta quinta (17).  

Segundo o presidente, esse aniversário "vai ficar marcado”, não só pela longevidade do bloco, mas pelas tantas dificuldades pelas quais vem passando - e ultrapassando - nos últimos anos. No entanto, como bom folião que sabe que após ‘as cinzas’ o Carnaval sempre estará de volta, Hermes se emociona e se alegra em imaginar o futuro da agremiação, confiado aos mais novos que estão chegando. “Eu acredito que Pitombeira tem mais 75 anos (pela frente) porque hoje a gente já tem mais uma geração: tem o meu filho que tem 9 anos, o neto de seu Juba Caldas, Rodriguinho, também que já tem seus 19 anos, tem Chico, afilhado de Mateus… A gente já pode dizer sim: 'Essa geração daqui pra frente já vai tomar conta de Pitombeira, não vamos ficar na poeira”. 

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A família de Beatriz Angélica veio ao Recife com um objetivo: solicitar que o Governo de Pernambuco recomende a federalização do caso que investiga o assassinato da menina de sete anos morta em 2015, em Petrolina, no Sertão do estado. De acordo com os pais e advogados, a investigação é repleta de vícios, contradições e manipulação de provas, o que tornou difícil o desfecho do crime, em aberto após seis anos e com várias outras perguntas sem resposta. Os interessados acreditam que o processo só poderá ser imparcial quando atingir a esfera federal.

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Para isso, a família precisa da assinatura do governador Paulo Câmara (PSB) como referente do documento. No entanto, de acordo com a mãe de Beatriz, Lúcia Mota, o gestor estadual tem sido omisso durante todo o processo. Ela também acusa ter sido recepcionada com truculência pela equipe de segurança do governador, tendo recebido cotoveladas. A fala aconteceu em um dos discursos feitos pela professora no começo da tarde de hoje (28), no protesto em frente ao Palácio do Campo das Princesas, onde funciona a sede do governo.

“Governador Paulo Câmara, eu saí dia cinco de dezembro de Petrolina, caminhando. Anunciei essa caminhada 30 dias antes. O senhor foi incapaz de se posicionar. O senhor esperou uma mulher caminhar mais de 700 quilômetros para ser recebida aqui. O senhor se considera pai de família pra permitir algo nesse sentido? Isso é desumano, governador. A última vez que o senhor esteve em Petrolina, o senhor me recebeu na violência, me agrediu fisicamente. Foi desta forma e eu pergunto: o senhor vai atender o pedido dos coronéis de Petrolina ou o pedido do povo?”, perguntou a mãe.

Lucinha, como é conhecida, segurava um dos três modelos de requerimento preparados pela sua assessoria jurídica, que esperava uma recepção imediata e uma assinatura de Câmara. No entanto, até a publicação desta matéria, de acordo com a defesa da família e confirmado por Lúcia, a negociação com o governo ainda não tinha acontecido. O grupo que caminhou de Petrolina até o Recife, e os manifestantes, foram recebidos em frente ao palácio com grades, segurança e uma tenda pequena para abrigar parte do grupo do sol.

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O Governo de Pernambuco chegou a convidar Lúcia Mota e o marido, Sandro Romilton, pai de Beatriz, para uma conversa privada, mas a família recusou. A sugestão familiar é de que uma comissão formada por oito pessoas, incluindo os pais e o advogado, sejam recebidos juntos por Paulo Câmara, para honrar a luta conjunta à qual o grupo se dedicou nos últimos anos.

“São seis anos esperando, aguardando as promessas que não foram cumpridas. Por isso, nós caminhamos. Caminhamos por amor a Beatriz, caminhamos para que o governador se sensibilize como filho, como pai, como esposo, e que atenda nosso pedido que é tão simples e é uma obrigação do estado”, afirmou Lúcia Mota. A mãe diz que, caso não haja retorno definitivo, seguirá em frente ao Palácio. “Cansei de promessas. Eu não arredo o pé daqui e o que acontecer comigo, à minha saúde, é culpa do PSB”, continuou.

Corrupção, contradições e afastamentos

O maior motivo para o pedido de federalização é a crença da família em uma inércia proposital do aparelho público em Pernambuco. Começando pelo afastamento da delegada Polyanna Neri, que foi a primeira titular do inquérito que apura o caso. De acordo com a família, a servidora foi forçada a abandonar as investigações por atuar junto aos interesses dos familiares, e teria sido perseguida pelo delegado seccional de Petrolina e substituto no caso à época, Marceone Ferreira. Lucinha diz que os peritos fraudaram as denúncias apresentadas e que sabotam o inquérito de Beatriz, falando até em uma suposta "quadrilha de delegados e peritos".

Além disso, por falta de retorno do Ministério Público de Pernambuco, a família entrou com um pedido à Procuradoria Geral da República pela federalização das investigações, o que inclui o suporte investigativo de uma agência de peritos americanos que se ofereceram para ajudar no caso.

"A delegada Polyanna Neri pediu ao estado recursos, agentes e peritos que não fossem de Petrolina e isso estava argumentado no inquérito. O pedido dela não foi atendido. Eles simplesmente deixaram faltar até folha de ofício; combustível pra viatura ela só conseguiu porque eu precisei vir aqui, ameaçar fazer protesto e chamar a imprensa. Ela [a delegada] foi perseguida; eu presenciei ela sendo perseguida pelo delegado Marceone, enquanto fazia uma diligência que deveria ser sigilosa. Ela foi forçada a sair do inquérito. Polyanna Neri já está na sua terceira transferência. Isso é uma covardia", alegou Lucinha.

"Omissão do MP"

Antes da parada final no Palácio, o protesto se concentrou em frente ao MPPE na Rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio. Lúcia Mota chamou a instituição de "cúmplice".

"Exatamente na hora em que esta mulher, esta mãe desesperada pedia por socorro, você sabe o que o Ministério Público fez? Se omitiu. Fez absolutamente nada. Fizemos uma denúncia formal. Sabe o que aconteceu? Nada. É assim com todos os inquéritos de Pernambuco; é o pior estado em resolver crimes contra a vida, porque este MP tolera a impunidade, ou seja, ele é cúmplice da criminalidade. Vocês são tão criminosos quanto aqueles que tiram a vida dos nossos filhos. Enquanto vocês protegem os assassinos, os nossos filhos estão perdendo as vidas", disse.

Após meses de organização, ‘vaquinhas’ e preparo físico, mas a família da menina Beatriz Angélica finalmente chegou ao Recife na manhã desta terça-feira (28). Em busca de justiça e respostas para o assassinato da criança, o grupo enfrentou 23 dias de uma caminhada liderada pela mãe da menina, Lúcia Mota, e que atravessou o estado de Pernambuco. A família Mota saiu de Petrolina, município do Sertão e localidade do crime, percorrendo 700 quilômetros até a capital.

O caso

Em 10 de dezembro de 2015, a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva foi assassinada por 42 golpes de faca, aos sete anos de idade. A menina participava de uma festa de formatura no colégio Auxiliadora, instituição católica tradicional de Petrolina, e onde seu pai, Sandro, trabalhava como professor veterano de inglês. No dia, cerca de três mil pessoas circularam pelas dependências do colégio, que concentrou o evento na quadra de esportes. A última vez que Beatriz foi vista ela estava no bebedouro próximo à quadra e aos fundos da escola, por volta das 21h59. O momento foi registrado pelas câmeras de segurança.

Como Beatriz não retornou após pedir para beber água, com cerca de 20 minutos, os familiares anunciaram o desaparecimento da criança e uma busca geral foi iniciada. Momentos depois, o corpo da vítima foi encontrado atrás de um armário em uma sala de material esportivo desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

Um homem é apontado como possível assassino da menina, mas a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que um grupo de cinco pessoas esteja envolvido no crime. O local exato da morte da criança também não foi descoberto. A família de Beatriz questiona a demora no caso e a ausência de respostas para algumas perguntas, como a localização dos DNAs encontrados na cena do crime; a reforma feita na sala de balé – que não foi periciada – próxima à sala onde a vítima foi encontrada; a demora para o isolamento do prédio; dentre outras questões.

Na manhã desta sexta (29), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), esteve no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado de Pernambuco, para o lançamento do edital que vai viabilizar as obras de triplicação da BR-232. Após a solenidade, ele falou com entusiasmo sobre as mudanças previstas para a via e celebrou a parceria da Prefeitura do Recife com o Governo do Estado na realização do projeto. 

Em coletiva à imprensa, João Campos frisou que essa é “a obra de infraestrutura mais aguardada de acesso ao Recife”. O gestor falou que, ainda em dezembro de 2020, reuniu-se com o governador Paulo Câmara (PSB), com a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) e a Secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista, para alinhar o projeto. “Nós firmamos esse compromisso com a cidade ainda no ano passado. Naquele momento a gente conversou sobre isso e ficou decidido que o Recife e Pernambuco arrumariam uma forma de todo o jeito pra realizar a moda. No modelo jurídico encontrado, a rodovia já é cedida ao Estado, então o governador conseguiu através de um importante caminho de ajuste fiscal, garantiu 93 milhões de fontes próprias para realizar a obra e a gente vai fazer os projetos complementares”.

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Prevista para começar em janeiro de 2022, com duração de 12 meses, a triplicação da BR-232 vai atingir 6,8 quilômetros da via, na altura da entrada-saída do Recife, com a  construção de três passarelas e dois viadutos, no trecho triplicado, além de ciclovia e iluminação de LED. A obra terá um incestimento previsto de R$ 93 mlhões. 

A Prefeitura do Recife ficará responsável pela parte paisagística do projeto, além do licenciamento e demais obras complementares. “As alças que dão acesso aquele trecho da 232 receberão um projeto paisagístico de iluminação realizado pela Prefeitura, a  gente acompanhou toda a execução do projeto, fizemos as modelagens de tráfego para garantir o encontro das vias tanto da BR 101 com a  Abdias de Carvalho, como com a BR 408 na frente. Além do projeto geométrico de engenharia estrutural do pavimento, foi feito também a modelagem de tráfego com especialistas para garantir que o projeto terá uma fluência muito grande para o atual trânsito”. 

Sobre os impactos que a obra causarão no trânsito da cidade, Campos garantiu que o projeto será executado "dentro de uma lógica para reduzí-los”. O prefeito falou, também, que conta com a compreensão da população durante o período esperado para que a intervenção seja realizada. “Em grande parte da execução o trânsito será desviado para as alças locais, são aproximadamente oito módulos de execução que você vai realizando por trechos. É esperado uma piora do trânsito durante o momento da obra, mas com certeza, as pessoas terão essa compreensão de que após os 12 meses a gente terá uma intervenção de maneira permanente que vai beneficiar em números de hoje, mais de 67 mil pessoas por dia e tudo isso vai reduzir aproximadamente 60% o tempo de deslocamento no trecho”. 



 

Nesta segunda-feira (13), foi lançado o programa 'Espaços 4.0', por meio do apoio das Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e de Educação e Esportes (SEE), em parceria com a Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). O Governo do Estado investiu R$ 7,85 milhões, conforme o plano de retomada da economia.

O projeto visa construir 22 novos centros de inovação, que serão instalados nas regiões de desenvolvimento de Pernambuco, nos municípios de Araripina, Bonito, Carpina, Garanhuns, Goiana, Gravatá, Joaquim Nabuco, Paulista, Petrolândia, Santa Maria da Boa Vista, São José do Egito, Arcoverde, Carnaíba, Caruaru, Floresta, Lajedo, Ouricuri, Palmares, Paudalho, Petrolina, Salgueiro e Surubim. Os laboratórios serão construídos em Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) e Centros Tecnológicos pernambucanos.

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Os trabalhos executados têm por objetivo a troca de conhecimentos em Desenvolvimento de Games, Manufatura Avançada, Cultura Maker, Economia Criativa, Economia Circular, Negócios 4.0, Inteligência Artificial e Ciência de Dados. Para Marcelo Barros, secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, o projeto vai promover melhor capacitação dos jovens em idade escolar. “Nossas escolas de tempo integral se tornaram uma referência em todo o País e agora começamos uma nova etapa de desenvolvimento. Esses espaços nos permitem melhorar ainda mais, oferecendo mais qualificação aos jovens. Nossos estudantes terão acesso a equipamentos de ponta onde terão oportunidade de aprender, treinar e se capacitar. O desenvolvimento do Brasil passa pela capacitação, que gera oportunidades. Este tem sido o nosso foco e objetivo maior”, afirmou.

Os espaços serão equipados com os seguintes equipamentos: impressora 3D de pequeno porte, impressora 3D de médio porte; desktops avançados e notebooks gamers; kit de ferramentas; miniretífica; kit de sensores arduino; scanner 3D; kit RFID Arduino; lupa eletrônica; mesa digitalizadora; arco de serra fixo; perfurador; caneta 3D; parafusadeira/furadeira; estação de soldadura; kit Raspberry; câmeras; multímetro digital; kits de Comunicação Lora; serra tico-tico; cortadora a Laser; e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

O secretário estadual de Saúde André Longo afirmou nesta quinta-feira (5), que o processo de vacinação de Pernambuco está sendo bem democrático. "A gente tem buscado dar acesso. Inclusive, o governo fez uma parceria com a Uber para que as pessoas que não tinham acesso à vacina tenham suas corridas disponibilizadas", garantiu o secretário.

A declaração de Longo vai de encontro ao que foi constatado pelo LeiaJá. Usando o Recife, capital pernambucana, como parâmetro, foi verificado a disparidade no número de pessoas brancas e pretas que já foram imunizadas. Segundo atualização da Secretaria de Saúde na última terça-feira (3), cerca de 195.659 pessoas declaradas brancas concluíram o esquema vacinal, 174.410 declarados pardos também foram vacinados. Por outro lado, só 48.851 pessoas declaradas pretas foram imunizadas.

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O secretário estadual de Saúde revelou que vai procurar a Prefeitura do Recife para ver esta situação e saber se precisará tomar alguma medida para a diminuição dessa disparidade. "Se é preciso fazer um trabalho de agente comunitário da saúde, que é a busca ativa, isso tudo pode ser aperfeiçoado e nós vamos buscar o Recife e outros municípios para ver a questão desse perfil", assegura André Longo.

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Pernambuco recebeu mais 98.280 vacinas da Pfizer contra a Covid-19 na noite dessa quarta-feira (4). Somadas às doses da Coronavac recebidas pela manhã do mesmo dia, o Estado conseguiu 150.880 unidades para acelerar a campanha de imunização.

O governador Paulo Câmara (PSB) explicou que a remessa da Pfizer será destinada exclusivamente aos que ainda não iniciaram o esquema vacinal e ainda precisam tomar a primeira dose. "Ultrapassamos a marca de seis milhões de doses aplicadas em Pernambuco, mas precisamos continuar avançando e utilizando as novas remessas que chegam ao Estado com planejamento e agilidade", disse o gestor.

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O Governo do Estado informa que a distribuição dos novos lotes às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) iniciou na madrugada desta quinta (5) para que os gestores municipais possam retirar e seguir com a vacinação por faixa etária.

“As gestões municipais precisam garantir que as primeiras doses cheguem aos braços dos pernambucanos rapidamente, e quando estiver no tempo preconizado, as pessoas devem buscar a segunda dose para completar o esquema vacinal. Os gestores municipais também precisam ficar atentos às suas coberturas para convocar eventuais faltosos para completarem sua proteção”, frisou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Vacinas recebidas

Pelos cálculos apresentados por Pernambuco, desde janeiro, foram disponibilizadas 7.431.480 doses para o enfrentamento à pandemia. Dessas, 3.556.670 foram da Astrazeneca, 2.629.960 da Coronavac, 1.076.400 da Pfizer e 168.450 da Janssen, que requer apenas uma aplicação.

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (13), criticando a postura do partido de permanecer na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB). O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Raul Henry.

No texto, Miguel – que tenta cacifar o seu nome para concorrer ao comando da gestão estadual em 2022 – lista críticas ao governo de Câmara e pondera que Pernambuco está “à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história”. 

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Ao tratar diretamente do MDB, o prefeito de Petrolina diz: “Sou filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação política de larga história de luta e posicionamento, que nunca se absteve de seus compromissos com uma sociedade melhor e justa. Encontrei ressonância com inúmeros colegas de partido que também estão insatisfeitos com a falta de rumo que nosso Estado sofre. Contudo, nem a inquietação de nossas lideranças, nem o cansaço das mulheres e homens de nossa terra com o atual estado das coisas, fez nossa direção estadual assumir um compromisso pela mudança urgente”. 

Filho do líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, Miguel declara também que apesar da direção do MDB, seguirá “com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança”. 

O emedebista também segue: “Lamento profundamente tal decisão. Ao mesmo tempo, respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco. Expresso isso com a tranquilidade de saber que o desejo de mudar para melhor não ser apenas meu, e sim de milhões de pernambucanas e pernambucanos ansiosos por um novo tempo. Com este compromisso por um futuro melhor, renovo minha disposição de seguir lutando por um novo Pernambuco”.

O MDB integra a Frente Popular de Pernambuco que deve lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como candidato ao governo. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente estadual do MDB, Raul Henry, mas até o fechamento desta matéria não houve nenhuma manifestação sobre o assunto.

Veja a nota na íntegra:

"Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco"

Existe uma carência latente por dias melhores em todas as pernambucanas e pernambucanos. É um sentimento que cresce a cada minuto diante da falta de perspectiva e do retrocesso que nosso Estado vivencia. Largamos em algum lugar do passado recente o brilho de ser a referência, abandonamos a liderança natural do povo nordestino. Pior que isso, perdemos o protagonismo e passamos a ser destaque em rankings que nos envergonham: na ausência de oportunidade, no topo do desemprego, na demanda por uma segurança eficiente, na falta de políticas públicas para retomar o desenvolvimento. Ficamos à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história. 

Em situações como essa, de ausência de projeto e liderança de um povo, a mudança não deve ser um desejo apenas, mas sim um compromisso de uma sociedade. Por isso, tenho defendido a construção de um projeto coletivo de transformação. Não uma mudança de nome, de desejos pessoais ou de sigla partidária. Queremos, como milhões de pernambucanos insatisfeitos, um novo Pernambuco.

Precisamos de um projeto que una lideranças políticas, religiosas, acadêmicas, movimentos sociais, toda a sociedade. É urgente e necessário. Tenho provocado esse debate publicamente, bem como, dentro da esfera partidária. Sou filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação política de larga história de luta e posicionamento, que nunca se absteve de seus compromissos com uma sociedade melhor e justa. Encontrei ressonância com inúmeros colegas de partido que também estão insatisfeitos com a falta de rumo que nosso Estado sofre. Contudo, nem a inquietação de nossas lideranças, nem o cansaço das mulheres e homens de nossa terra com o atual estado das coisas, fez nossa direção estadual assumir um compromisso pela mudança urgente. 

Manteremos com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança. 

Lamento profundamente tal decisão. Ao mesmo tempo, respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco. Expresso isso com a tranquilidade de saber que o desejo de mudar para melhor não ser apenas meu, e sim de milhões de pernambucanas e pernambucanos ansiosos por um novo tempo. Com este compromisso por um futuro melhor, renovo minha disposição de seguir lutando por um novo Pernambuco. Vamos construir o Pernambuco do futuro com desenvolvimento econômico, inclusão social e com um governo que leve saúde, educação e segurança para todos os cantos do Estado.

Mais uma semana epidemiológica em Pernambuco está preocupando o governo do Estado, principalmente os registrados no Agreste. "A situação ainda é grave e precisamos ter um reforço nos cuidados porque dias, ainda bastante difíceis, estão por vir, especialmente nas próximas três semanas", diz o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Nesta terça-feira (20), Pernambuco registrou mais de três mil casos da Covid-19, pelo terceiro dia consecutivo. Com a atualização, Pernambuco ultrapassou a marca de 450 mil casos confirmados do novo coronavírus. São 452.721 confirmações, com 43.163 casos graves e 409.558 leves.

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O secretário assegurou que o Governo de Pernambuco está atento e monitorando de forma permanente os indicadores da doença. "Ao menor sinal de aceleração fora do padrão habitual da sazonalidade, não hesitaremos em tomar medidas mais restritivas, como adotamos nesta semana na região do Agreste", explica.

Na análise da semana epidemiológica 19, o Estado teve um aumento de 4% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em relação a semana 18. Quando comparado com a semana 17, os casos diminuíram 1%, o que, segundo André Longo, indica oscilação característica de um momento de platô em níveis elevados. 

Leitos

As solicitações por leitos em Pernambuco cresceram 3% das UTIs e 9% nos leitos das enfermarias. Quando analisado só o Agreste do Estado, além do aumento de 40% nas solicitações por leitos registrados na semana passada, nesta semana a região teve um aumento de 15% nas solicitações.

Para se ter uma ideia da situação delicada vivida no Agreste, enquanto nas outras regiões de Pernambuco os casos de SRAG tiveram queda ou oscilações abaixo de 5%, no Agreste o aumento dos casos da Covid-19 foi acima dos 10%. "O que configura ainda uma aceleração que precisa ser contida com as medidas que estão sendo adotadas", assegura o secretário estadual de Saúde.  

Nesta quinta-feira (20), às 9h30, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizará o Protesto Pela Vida. O ato, que será realizado em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no Recife, integra a Greve Pela Vida - deflagrada por trabalhadores em educação há um mês, tendo começado no dia 19 de abril -, que é, de acordo com o sindicato, a “em defesa da vida, da saúde e contrárias ao retorno das atividades e aulas presenciais neste momento da pandemia”.

A continuação da greve foi deliberada em assembleia geral realizada nesta terça-feira (18). Ainda nesta quinta-feira será realizada uma reunião entre o sindicato e o Governo do Estado, que será intermediada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e nesta sexta-feira (21), a entidade faz outra assembleia geral.

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Em uma postagem feita nas redes sociais, a entidade informa que na reunião foi definido também que o sindicato denunciará a deputada estadual Clarissa Tércio ao MPPE pela violação aos princípios constitucionais e demais normas que regem a educação nacional, durante a visita da parlamentar à Escola Estadual Professor Nelson Chaves, em Camaragibe, e comunicará à Assembleia Legislativa do repúdio à ação da deputada na escola mencionada.

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A Universidades Federal de Pernambuco (UFPE) se reuniu com o Governo do Estado, na última segunda-feira (3), no Palácio do Campo das Princesas, para falar sobre o projeto de ocupação do prédio da Sudene, a reconstrução do Teatro e a requalificação do Centro de Convenções da universidade e seu entorno.

O encontro reuniu o reitor Alfredo Gomes, o vice-reitor Moacyr Araújo e o governador Paulo Câmara, que trataram ainda das pesquisas para o desenvolvimento de mais uma vacina contra a Covid-19, entre outros assuntos abordados.

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“É muito importante saber que a Universidade está ajudando Pernambuco a enfrentar a pandemia e, ao mesmo tempo, planejando o futuro para a melhoria das condições de ensino e da pesquisa, que são tão importantes para o avanço do Estado”, disse, o governador Paulo Câmara, segundo a assessoria da UFPE.

Ele ainda reiterou: “Nos colocamos à disposição para conhecer o detalhamento de todos esses projetos e ver como podemos avançar juntos. Inclusive, buscando junto ao Governo Federal como ajudar a UFPE a ter cada vez mais recursos para poder realizar seus projetos.”

O reitor Alfredo Gomes comentou que a reunião realizada com o Governo foi bastante positiva, embora tenha sido um encontro de caráter mais geral. “A gente sente que existe o interesse do Estado no desenvolvimento dos projetos que irão ocupar o espaço da Sudene. Isso é muito positivo, pois estamos convencidos da importância que a ocupação desse lugar tem para a ressignificação dessa região da cidade do Recife. Para isso, vamos discutir com o Governo e a Prefeitura do Recife iniciativas que possam melhorar a qualidade de vida da população de maneira geral, mas especialmente de quem vive na universidade e em seu entorno”, disse, por meio de nota, o representante da instituição.

De acordo com a UFPE, o encontro ainda contou com a participação do superintendente de Infraestrutura da universidade, Carlos Falcão; do assessor-executivo Leonardo Guimarães; e do presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), Fernando Jucá.

Em coletiva realizada nesta quinta-feira (25), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara anunciou que as medidas restritivas estabelecidas contra a Covid-19 pelo decreto estadual  serão prorrogadas por mais três dias. A decisão original vigora até o próximo domingo (28) e fecha a primeira fase com 11 dias de fechamento.

A extensão da quarentena passa a valer a partir de segunda-feira (29) até 31 de março, em todo o território estadual. No entanto, a partir de 1º de abril, será colocado em prática um novo plano de convivência com a pandemia da Covid-19, com regras válidas até o dia 25 do mesmo mês. Câmara alerta que a flexibilização das restrições não significa que a população já pode afrouxar nos cuidados de prevenção à doença.

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“Pelo contrário, temos um caminho longo pela frente até a superação total desse flagelo. Todos já sabemos quais são as atitudes que permitem conviver com a doença. Faça a sua parte, use máscara e oriente as pessoas que estejam relaxando nos cuidados básicos”, advertiu o governador, acrescentando que considera o atual momento decisivo na luta contra a doença, que já dura mais de um ano.

Com a prorrogação, algumas atividades antes proibidas como ida às praias e igrejas, passam a retomar funcionamento, mas sob limitações, conforme a fala do governante. “As atividades econômicas poderão reabrir das 10h às 20h nos dias de semana, e das 9h às 17h aos sábados, domingos e feriados. As praias voltarão a ter atividades físicas individuais permitidas, e a volta às aulas estará liberada a partir do próximo dia 5 de abril, para a rede privada e para o ensino médio da rede estadual”, detalhou Câmara sobre as novas medidas, esclarecendo também que as celebrações religiosas poderão voltar a acontecer, desde que obedecendo aos protocolos e horários pré-estabelecidos.

No Recife, os secretários presentes na coletiva de Saúde também abordaram a lotação nos leitos de UTI e questões referentes ao plano de imunização do estado. Pernambuco confirmou ainda nesta quinta 2.786 casos da doença, o registro mais alto desde o começo da pandemia, e também cinco casos da variante P.1 do coronavírus.

 

De acordo com os dados da Secretaria da Saúde, no último domingo (7), o estado de São Paulo registrou 19.049 internações por Covid-19. Entre os pacientes estão aqueles com suspeita de infecção pelo vírus e outros com o caso confirmado. A ocupação das Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também chegou a 81,5%, o maior índice desde o início da pandemia em 2020.

Do total de hospitalizados, 10.622 pessoas se encontram em enfermarias, e 8.427 nas UTIs. Além disso, o estado também registrou 46 novas mortes causadas pelo coronavírus, o que totalizou 61.463 óbitos no estado de SP. A Secretaria da Saúde também atualizou que mais de 6 mil casos foram confirmados nas últimas 24h, que integra mais de 2 mil vítimas da doença.

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Devido aos altos números, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou que implantará um novo hospital de campanha na capital paulista, e solicitou profissionais voluntários aos conselhos regionais de enfermagem e de medicina.  

Para tentar atender a alta demanda de pacientes, o secretário da saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, deu início na última sexta-feira (5) a "operação de guerra", que também busca por profissionais para agir na linha de frente. Além disso, a ordem também possibilita que os pacientes sejam atendidos em corredores de hospitais, desde que não fiquem desamparados.

Em 2021, o estado de São Paulo bateu por várias vezes o recorde de 15.289 internações registradas na primeira onda da pandemia em julho de 2020. Nas UTIs de SP, alguns hospitais estão com 100% de ocupação, e outras unidades do município chegam a 90%.

Nesta terça-feira (26), depois de se reunir com o candidato à presidência da Câmara dos Deputados, deputado federal Baleia Rossi (MDB), o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) afirmou que o seu partido irá apoiar a candidatura do emedebista.

"Estamos satisfeitos com o que Baleia disse aqui, com o compromisso dele com a democracia, com as instituições, com os estados e municípios. O nosso partido vai apoiar a candidatura de Baleia Rossi e esperamos que tenha sucesso na eleição da Câmara dos Deputados", disse Paulo.

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A reunião entre o governador e Baleia aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, na área central do Recife, e contou com a participação da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), Alexandre Molon (PSB) e alguns deputados federais eleitos em Pernambuco; apenas Baleia falou com a imprensa.

Racha no PSB

Para escolher o próximo presidente da Câmara dos Deputados temos de um lado mais à direita o deputado federal Felipe Carreras, que é líder da bancada do PSB de Pernambuco na Câmara. Mais à esquerda, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Essa ‘quebra de braço’ interna entre os pessebistas se arrasta desde o dia que a executiva nacional do partido determinou que não apoiaria nenhum candidato indicado ou apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Essa recomendação não foi bem aceita por alguns pessebistas, dentre eles o líder da bancada pernambucana Felipe Carreras. O parlamentar já revelou que mais de 50% da bancada do PSB-PE deve votar em Lira. "Fique claro: sou oposição ao governo. Mesmo o voto sendo secreto, tenho candidato a presidente da Câmara", disse Carreras apontando sua preferência para Lira no final do ano passado.

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A deputada estadual Dulci Amorim (PT) externou, durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Pernambuco para votar a prorrogação do estado de calamidade em 173 municípios, a preocupação com o aumento da miséria no Brasil. Para Dulci, a pandemia da Covid-19 agravou a crise econômica, mas o fim do auxílio emergencial colocou milhares de famílias em situação insustentável.

“Passei por três estabelecimentos, em Petrolina, que vendem alimentos e não pude deixar de perceber, na frente desses estabelecimentos, a presença de pessoas pedindo ajuda, pessoas pedindo comida. E dentre elas, crianças. E isso me chamou atenção. Há alguns anos a gente não via mais isso, pessoas mendigando”, comentou Dulci Amorim.

Diante da não-prorrogação do auxílio emergencial, a parlamentar propôs a criação de novos auxílios aos governos do Estado e Federal. “Precisamos pensar nessas pessoas que estão sem renda. Precisamos pensar em uma forma de auxílio, onde a gente venha minimizar a fome no nosso Estado, como também no nosso País”, reivindicou Dulci.

*Da assessoria de imprensa

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Militantes filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco, divulgaram um abaixo-assinado para que integrantes da legenda entreguem os cargos que ocupam no Governo do Estado. Além disso, eles também pedem a abertura de processos disciplinares contra participantes que teriam sido infiéis ao partido nas eleições de 2020.

No texto de apresentação da coleta de assinaturas, o grupo afirma concordar com a nota feita pela Secretaria da Juventude do PT, em 16 de dezembro, que pedia o rompimento do partido com os pessebistas no plano estadual. De acordo com o Blog do Jamildo, o movimento, crítico ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), ocorre desde dezembro e conta com mais de 300 assinaturas de filiados do PT local. 

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A coleta de assinaturas começou pouco tempo depois que Marília Arraes (PT) foi derrotada por João Campos (PSB), no segundo turno. A autoria é da militante petista Raísa Rabelo. Confira o que diz:

“Nós, abaixo-assinado, militantes filiados ao Partido dos Trabalhadores, temos plena concordância com os termos da nota emitida pela Secretaria da Juventude do PT e vimos solicitados da Direção Estadual que todas as providências sejam retiradas para encaminhamento das seguintes questões: 1. Entrega imediata dos cargos comissionados ocupados nas gestões do PSB, estadual e municipal do Recife; 2. Abertura de processos disciplinares contra filiados e filiadas que praticaram infidelidade partidária nas avaliações municipais do Recife, sobre os quais existe amplo material comprobatório ”, diz o abaixo-assinado.

Atualmente, o atual secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco é Dilson Peixoto, do PT , que ocupa o cargo por indicação da ala próxima ao senador Humberto Costa. O diretório do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco, presidido pelo deputado estadual Doriel Barros, ainda não deliberou sobre a aliança com o PSB em âmbito estadual. A intenção do grupo de militantes é levar o pedido ao diretório nacional da sigla.

Na tentativa de frear a contaminação da Covid-19 em Pernambuco, que segue preocupante do Litoral ao Sertão do estado, o secretário de Saúde, André Longo, divulgou na tarde desta quarta-feira (6), que a capacidade de realização de eventos foi reduzida para até 150 pessoas. 

Anteriormente, só estava permitido a lotação de até 70% do espaço, ou até 300 pessoas - o que muda agora com essa determinação do governo estadual.

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Shows e festas continuam proibidos até o final de janeiro. Essa proibição abrange festas de qualquer tipo, sejam em restaurantes, barracas de praias, hotéis ou outros estabelecimentos - com ou sem a venda de ingressos. 

"Ressalto que se forem seguidos à risca, os protocolos setoriais são capazes de frear a transmissão do vírus. Para que as atividades continuem funcionando sem colocar vidas em risco, é preciso seguir as normas do nosso plano de convivência", salienta Longo.

O secretário aproveitou para afirmar que o preocupa Peernambuco ter quase mil pacientes internados com a suspeita da Covid-19, em leitos de UTI públicos e privados. 

"A cada três pacientes que desenvolvem quadros graves da doença, ao menos um acaba não resistindo. O vírus pode ser silencioso e inofensivo para você, mas para alguém próximo pode ter uma evolução fatal. Precisamos de um esforço a mais de todos. Não vamos deixar que um verão de descuidos e irresponsabilidades interrompam a vida das pessoas", pontua.  

O Governo do Estado de Pernambuco enviou, nesta terça-feira (22), um comunicado informando que bares e restaurantes que forem flagrados reincidentes no descumprimento aos protocolos de saúde relacionados à Covid-19 serão fechados definitivamente. Além disso, orientou aos municípios que intensifiquem a fiscalização em parques, praças e praias para diminuir a disseminação do vírus, orientando a população sobre o uso de máscaras e a necessidade do distanciamento social. 

Bares e restaurantes 

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De acordo com o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon-PE), nas últimas três semanas, foram interditados 11 estabelecimentos na região metropolitana do Recife que desrespeitaram os protocolos de combate à doença. Os dados divulgados apontam que, desde o mês de julho, 212 locais foram fiscalizados, 34 notificados por irregularidades e 17 bares e um centro de treinamento esportivo chegaram a ter suas atividades suspensas. 

A multa para quem for autuado pode variar de R$ 1 mil a R$ 100 mil, dependendo do porte da empresa e das causas agravantes. Porém, caso seja constatada a reincidência da infração, as autoridades do Estado afirmam que haverá o fechamento definitivo do espaço. Durante a coletiva de imprensa, desta terça-feira, da Secretaria de Saúde, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, destacou situações em que estabelecimentos chegaram a ser interditados dois dias seguidos por promover aglomerações

Operação Bar Seguro ampliada

Além do reforço nas fiscalizações, o secretário de Defesa Social do Estado, Antônio de Pádua, explicou que qualquer local com aglomeração, pessoas sem máscara, entre outras irregulares estará passível de fiscalização pelo Corpo de Bombeiros Militar. A corporação está trabalhando na Operação Bar Seguro, em conjunto com a Polícia Militar (PMPE)e os Procons municipais. 

Segundo ele, em dezembro, foram feitas 485 fiscalizações em estabelecimentos, além de 451 abordagens policiais. O Corpo de Bombeiros chegou a notificar 117 estabelecimentos, e interditar outros 45. Um total de 18 pessoas chegaram a ser conduzidas a delegacias da Polícia Civil por se recusarem a cumprir as determinações sanitárias. “A denúncia da população é fundamental para essa operação, pois diversos eventos que ocorriam irregularmente já foram encerrados a partir de reclamações feitas ao telefone 190, do CIODS, que aciona as equipes da Operação Bar Seguro”, advertiu o secretário.

Festas de fim de ano

Nesta terça-feira, Pernambuco registrou mais uma semana de crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que acendeu um novo alerta às autoridades. A orientação do secretário de Saúde, André Longo, é que as confraternizações de Natal e Ano Novo, não excedam o número de dez pessoas e sejam restritas ao núcleo familiar mais próximo. Ele alertou para o cuidado especial com os idosos e pessoas de grupos de risco, mais propensas a serem vítimas fatais da doença. 

O Estado registrou 855 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) até o último sábado (19), representando um aumento de 16,6% em relação à semana anterior. De acordo com a Secretaria de Saúde, as solicitações de internações de pacientes com quadros respiratórios em leitos da rede estadual também cresceram nos últimos dias.

Na última quinta (17), o Governo de Pernambuco oficializou sua posição quanto à realização do Carnaval no ano de 2021. Em coletiva de imprensa realizada pelas redes sociais, o secretário de saúde do Estado, André Longo, anunciou a suspensão do ciclo carnavalesco em Pernambuco, no próximo ano, devido ao aumento dos números da pandemia do novo coronavírus em solo pernambucano. Na data do anúncio, o Estado contabilizava 203 mil diagnósticos de Covid-19 e 9.361 mortes pela doença. 

A decisão dos gestores pernambucanos, no entanto, não causou muita surpresa na população. Outros Estados brasileiros, com Carnavais tradicionais como o de Pernambuco, já haviam decidido pela não realização da festa em 2021, a exemplo da Bahia e Rio de Janeiro; bem como São Paulo e Brasília. O aumento nos números da pandemia e na ocupação de leitos nos hospitais locais, além da incerteza quanto à data da chegada da vacina contra a Covid no país também davam indicativos da suspensão dos festejos momescos. 

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Com a decisão assinada, resta agora aos fazedores de Carnaval se articularem para que o ano não seja totalmente perdido. Para esses profissionais, a festa representa muito mais do que folia, garantido-lhes o sustento da família e provisões para além do período carnavalesco. O Carnaval de Pernambuco é considerado o quinto maior do país em faturamento e, só no Recife, o ciclo momesco de 2020 rendeu ao município R$ 1, 4 milhão. 

Em entrevista ao LeiaJá, Rafael Nunes - presidente da Federação das Escolas de Samba de Pernambuco (FESAPE), da Liga Nordeste das Escolas de Samba, da Escola de Samba Pérola do Samba e ainda, vice-presidente da Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba)  -, disse concordar com a decisão do governo, que ele classifica como “racional”. O carnavalesco contou que a suspensão já era esperada dentro do seu segmento e que muitas agremiações nem se prepararam para 2021. 

No entanto, Nunes faz uma ressalva; ele acredita que o poder público deva abrir um diálogo com a cadeia produtiva do Carnaval na busca de soluções para aqueles que dependem da festa para faturar. “ O governo devia sentar com quem produz Carnaval aqui no estado para conversar. A Fesape tem um projeto pronto para as agremiações não serem totalmente penalizadas e poderem mover a economia da sua comunidade. A apresentação de lives com seu samba enredo, no YouTube, pro seu público poder prestigiar de forma segura, em casa, o que seria o desfile de cada escola na avenida. A gente tá esperando o novo governo (municipal) tomar posse pra gente apresentar essa saída para que os carnavalescos não fiquem parados durante o ano”, disse. 

Segundo o presidente da Fesape, a maioria das escolas de samba não se preparou durante o último ano para um possível Carnaval em 2021. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquiivo

Esse diálogo com o poder público já vinha sendo solicitado por parte dos trabalhadores da cultura pernambucanos desde meados de 2020. Em agosto, o coletivo  Acorde - Levante Pela Música de PE, formado por músicos e produtores locais, publicou em suas redes sociais uma carta aberta sugerindo um debate com os gestores acerca do tema. Já em outubro, o coletivo, em nova carta aberta, sugeriu propostas para a realização segura do Carnaval 2021 e, nesta última quinta (17), após o anúncio oficial da suspensão do ciclo, o grupo voltou às redes para propor uma conversa a fim de criarem juntos soluções que “garantam trabalho e renda para as pessoas que fazem o Carnaval, e também sejam capazes de amenizar, no coração do folião, a falta que fará não estar nas ruas, brincando junto com a multidão”. 

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Para o presidente da Associação dos Maracatus de Baque Virado de Pernambuco (Amanpe), Fábio Sotero), a falta de abertura entre gestões e classe artística é um “desrespeito”. “ O Governo do Estado, através da Fundarpe e da Secretaria de Cultura, não nos deu nenhuma satisfação, em momento algum, em relação à nossas perdas. Porque eles não estão cancelando um simples evento, um simples lazer, eles estão cancelando ou suspendendo o ganha pão de milhares de trabalhadores da área da cultura que dependem exclusivamente do Carnaval. O que realmente o Governo do estado fez? Cancelou ou a suspendeu? A gente tá com essa dúvida”, diz frisando que nenhum grupo ou artista da classe foi consultado antes do aviso da suspensão - realizado, também, sem a presença de qualquer representante da pasta de Cultura.  

Fábio conta que dentro da categoria do Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, diversas pessoas trabalham para que um desfile seja organizado. São costureiros, aderecistas, luthiers, fora os desfilantes que saem na corte e no batuque. Muitos desses dependem do apurado da festa para se manterem durante todo um ano.

Os impactos de não haver um Carnaval atingem diretamente o bolso dessas pessoas, mas também, o emocional. “É um período de no mínimo cinco, seis meses, várias pessoas convivendo, trabalhando em prol daquele instrumento, das fantasias; esse período que a gente ta aquartelado praticamente, sem atividade, a gente já tá de uma forma... Eu confesso que às vezes eu vou pra sede (da nação), porque eu não aguento ficar longe do pessoal”, diz o presidente que também dirige a Nação de Maracatu Aurora Africana. 

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Para o representante da Amanpe, é possível haver atividades seguras para marcar o Carnaval de 2021, ainda que de forma bastante diferente do tradicional. Ele diz que assim como as nações, várias ouras categorias de agremiações já estão pensando em alternativas para não ficarem parados durante um ano inteiro. Mas, para que os projetos possam sair do papel, deve-se haver espaço para tanto. “Isso a gente só pode fazer quando a  gente sentar com os gestores, eles são nossos principais clientes, são eles que nos contratam para as apresentações, a gente depende do aval deles, a gente precisa que eles nos entendam e cheguem a um determinado acordo. O Governo do Estado não fez absolutamente nada pelos trabalhadores da cultura em geral (durante a pandemia). O auxílio emergencial é do Governo Federal, o dinheiro tá vindo de lá, a Secretaria da Fultura e a Fundarpe não fizeram absolutamente nada para auxiliar, para dar uma ajuda aos trabalhadores da cultura.”

Trabahadores que dependem do Carnaval estão preocupados com a falta de trabalho e renda. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Diálogo e auxílio

Procurados pelo LeiaJá, a Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) e Secretaria de Cultura informaram que, atualmente, é a Secretária de Turismo e Lazer (Setur) o órgão à frente dos assuntos pertinentes ao Carnaval. A reportagem tentou estabelecer contato com a assessoria da Setur, porém, não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para qualquer esclarecimento. 

Já as prefeituras do Recife e Olinda não responderam aos questionamentos enviados. No entanto, a reportagem apurou junto à fonte ligada à classe artística que já foram iniciadas discussões junto aos gestores olindenses bem como na última sexta (18), alguns representantes de agremiações estiveram na sede da Prefeitura do Recife para tratar do tema em uma reunião “bastante favorável”. 

O secretário de Saúde André Longo garante que Pernambuco começou a preparar o processo de vacinação contra a Covid-19 no mês de setembro, contando atualmente com mais de 1,7 milhão de seringas em estoque. Longo acentua que mais 1,8 milhão de seringas já foram compradas e serão entregues nos próximos dias. Um outro processo de compra de mais 7 milhões de seringas está em processo, com previsão de encerramento até o final de janeiro. 

Além disso, o secretário garante que a rede de saúde está toda estruturada para que, assim que a vacina chegar na capital, em até no máximo quatro dias todos os municípios pernambucanos recebam as doses do imunizante. 

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"Pernambuco hoje, independente do esforço do governo federal, que se comprometeu em entregar seringas e agulhas, já tem em seus estoques capacidade de iniciar o seu processo vacinal, caso houvesse disponibilidade de vacinas. A rede de saúde do estado está pronta e preparada para receber a vacina da Covid-19", informa Longo.

O secretário estadual confirma que o governador Paulo Câmara esteve no Ministério da Saúde e recebeu o compromisso do ministro Eduardo Pazuello de que tudo está sendo feito com celeridade para garantir a imunização ao país inteiro.

André Longo aponta que não vai ficar apenas nas palavras e que o estado vai cobrar ações contundentes do governo federal em relação a vacinação no país. 

"O ministro da Saúde afirmou que independente do estado que vivam, os brasileiros serão imunizados dentro do PNI (Programa Nacional de Imunizações), que é o maior programa de vacinação universal do mundo", esclarece o secretário de Saúde de Pernambuco.

Ele espera que esse programa possa ser o maior coordenador nacional da imunização de todos os brasileiros em um menor prazo possível. André Longo garante que o estado não vai aceitar a politização da vacina e que o direito da imunização é de cada brasileiro e isso precisa ser cumprido.

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