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 O deputado estadual Izaias Regis (PSDB) foi anunciado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em solenidade de posse nesta quarta-feira (1º), como líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Além das bancadas do governo e oposição a Casa conta, a partir deste ano, com a bancada independente, inicialmente liderada pelo deputado estadual Renato Antunes (PL).

Izaias contou que não houve articulação para o seu nome ser lançado à liderança, e que foi convocado pela governadora em almoço na terça-feira (31). "Eu fui, desde o início da campanha de Raquel, um dos primeiros que cheguei pra ela e disse 'farei o possível para fazer com que a Casa lhe respeite, lhe trate bem e que, como eu tenho visibilidade aqui na Casa desde 10 anos, quando saí daqui, até o novato hoje são meus amigos. É uma satisfação imensa ser líder deste governo. Eu sei que vou liderar o melhor governo de Pernambuco", disse o tucano.

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Sobre a novidade da bancada independente, o parlamentar confessou que "toda bancada independente dá mais trabalho", e reforçou estar preparado para o desafio. "Eu tô preparado. Conheço um pouco a Casa, apesar de estar fora há 10 anos. Mas vamos trabalhar muito para que possamos ter um conjunto de deputados que deem sustentação ao nosso governo".

"Acho que muitos nomes vão votar com o governo, até porque eles estão acreditando também no governo. Saiu o PSB, o PT, mas eles estão acreditando também no governo. Entrou no governo uma pessoa que tem muita responsabilidade e não tem muita ganância, que não tem ganância de poder, que não está no poder pelo poder. É esse o nosso lema. O nosso governo será construído dessa maneira", complementou o líder do governo.

Para ele, "o que vale aqui na Casa é união, não adianta fazer briga. Eu não vou brigar com ninguém". Disse, ainda, que o deputado estadual João Paulo (PT) se colocou como líder da oposição na Casa. "Não sei se é, mas João Paulo é um grande amigo meu e temos um respeito mútuo", afirmou Izaias.

Comissões  De acordo com o líder, a governadora solicitou que o deputado estadual Antonio Moraes (PP) comande a comissão de Legislação e Justiça; e Debora Almeida (PSDB) na comissão de Orçamento e Finanças. "Vamos tentar colocar esses nomes. O restante vamos negociar com todos os partidos", informou.

O quadro eleitoral para a disputa nos municípios pernambucanos em 2020 está começando a ser desenhado. Além das cidades com prefeitos que podem buscar a reeleição, o Estado tem entre os 184 municípios alguns estratégicos com gestores já no segundo mandato que alimentam a possibilidade de indicar sucessores para a disputa e, até mesmo, de elegê-los. 

Um dos exemplos com este perfil é o Recife, onde o prefeito Geraldo Julio (PSB) completa oito anos de gestão em dezembro de 2020. O pessebista, apesar de pontuar vez ou outra que a eleição ainda está longe e reforçar a máxima de que a discussão eleitoral será efetuada apenas no próximo ano, já tem se movimentado nos bastidores para tentar fazer seu sucessor. 

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Até o momento, o mais cotado como o candidato da chamada “Frente Popular”, chapa majoritária liderada pelo PSB nos últimos pleitos, é o deputado federal João Campos. Eleito para a Câmara dos Deputados com mais de 460 mil votos, João ainda não admite a participação na disputa municipal, mas vem dando sinais através das constantes agendas que cumpre na capital pernambucana, visitando das periferias às áreas consideradas mais nobres. 

A considerável votação para deputado pode ser uma  vantagem para João na corrida municipal. Além disso, se os índices de aprovação da gestão de Geraldo Julio continuarem maiores do que os de reprovação, ter o prefeito como cabo eleitoral pode alavancar seu nome na cidade. Uma pesquisa recente do Instituto Opinião, divulgada pelo site do jornalista Magno Martins, aponta que Geraldo é aprovado por 52,6% dos recifenses. 

Em 2016, o prefeito do Recife foi reeleito no segundo turno, após uma disputa contra o ex-prefeito da capital João Paulo. Na ocasião, Geraldo recebeu 528,3 mil votos. 

Em outro campo político, mas também seguindo a mesma linha em busca da eleição de um sucessor indicado por ele, o prefeito de Garanhuns, no Agreste do Estado, Izaías Régis (PTB), disse que pretende decidir, até dezembro, quem será o seu candidato. O petebista adiantou ao LeiaJá que está entre o seu vice-prefeito Haroldo Vicente e o ex-prefeito da cidade Silvino Duarte, ambos do PTB.

Izaías tem a vantagem da gestão avaliada positivamente pelos garanhuenses e, em 2016, ele foi reeleito com 44,2 mil votos, mais que o dobro do segundo colocado na disputa, o deputado estadual Sivaldo Albino (PSB) - que também deve ser candidato em 2020. 

“Todos os prefeitos que estão bem avaliados e fizeram um trabalho que a população reconhece, tem o direito de escolher um nome para disputar a eleição e fazer o possível para que esse nome se elega. O trabalho de um prefeito que deu certo, se o próximo que entrar for a oposição, pode destruir. Por exemplo, o maior Natal do Nordeste é em Garanhuns, se a oposição entrar vai dizer que o Natal é de Izaías e não vai querer fazer com a mesma estrutura atrativa”, considerou o petebista.

A viabilidade turista tem tornado o comando de Garanhuns um dos mais cobiçado por diversos partidos. “Estamos trabalhando sim para fazer o nosso sucessor, não é o interesse de mandar na prefeitura, mas continuar. De que o próximo prefeito administre Garanhuns como uma empresa, como eu fiz. Com toda a crise que nós temos, todos os desastres, estamos muito bem avaliados”, declarou Izaías Régis. 

Quais fatores pesam mais?

Na avaliação do cientista político Elton Gomes, o sucesso de um indicado do atual prefeito na disputa municipal é rodeado de diversos fatores, entre eles, os aspectos de avaliação pessoal, político e econômico.

“Se tratando de política municipal, o que pesa muito são as qualidades do serviço público, como a conservação dos espaços, garantia da saúde, educação. Conta muito a situação fiscal e econômica também, pois quando se fala, por exemplo, em cidades do interior muitos eleitores dizem que vão votar no indicado porque o prefeito pagou os salários em dia. Além do alinhamento com o Governo do Estado e federal”, salientou o estudioso. 

No aspecto mais pessoal, o carisma do político também é levado em consideração, de acordo com o analista. “O carisma joga um papel de grande relevância na disputa municipal. A figura do líder carismático, uma espécie de pai dos pobres ou homem providencial é um fator muito importante”, reforçou. 

Contudo, segundo Elton Gomes, a ciência política aponta que é mais fácil para um prefeito ser reeleito do que eleger um sucessor. 

“Enquanto a reeleição é dada basicamente como certa, a sucessão costuma ser mais complexa, depende de transferir popularidade, convencer a população que não é mais do mesmo ou uma perpetuação de projeto de poder. Em geral, isso se deve a uma série de razões e também tem muito haver com o que chamamos de fadiga do material político decorrido de oitos anos seguidos de mandato”, observou o cientista. 

“A menos que o prefeito tenha construído uma excelente base de poder, a tendência é que seja eleito o grupo rival. Em geral, acontece o fenômeno de elitismo competitivo. Duas oligarquias, duas elites, seja o município pequeno, ou com mais de 200 mil habitantes, que mais ou menos se revezam no poder”, acrescentou. 

Outro aspecto que, na ótica de Gomes, pesa na disputa municipal é o chamado ‘mandonismo local’. “No interior, sobretudo do Nordeste brasileiro e do Centro-oeste, acontece o fenômeno que chamamos de ‘mandonismo local’, da lógica que se tem um chefe político que estabelece a política dinástica onde a sucessão vai passando de pai para filho. Os coronéis vão se alternando, passam o poder para seus filhos, netos, sobrinhos genros e enteados. Aí a sucessão é bastante observada”, considerou o estudioso.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu na Justiça o bloqueio de bens do prefeito de Garanhuns, Izaías Régis. A solicitação foi feita pelo promotor de Justiça de Defesa do patrimônio Público de Garanhuns, Domingos Sávio Pereira, e tem como motivo o sobrepreço na contratação de shows do festival de Inverno de Garanhuns (FIG) no ano de 2015.

Duas ações civis públicas foram ajuizadas com o pedido liminar de bloqueio de bens em desfavor do prefeito Izaías bem como de suas ex-secretárias municipais de Turismo e Cultura, Gerlane Melo e Cirlene da Silva. O MPPE acusa a gestão a ter cometido lesão ao erário mediante superfaturamento na contratação dos shows da cantora Ana Carolina e da banda Capital Inicial durante o FIG de 2015. Segundo o Ministério, o prejuízo aos cofres públicos teria sido de R$ 117.045,08, no show de Ana Carolina, e de R$ 67.013,07, no da banda liderada por Dinho Ouro Preto. 

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Além da devolução dos gastos em excesso com a contratação dos shows, a Promotoria de Justiça de Defesa do patrimônio Público de Garanhuns também requereu que cada um dos réus seja condenado ao pagamento de multa de até duas vezes o valor do dano. Por fim, o promotor Domingos Sávio requereu a condenação dos réus por improbidade por dano ao erário e violação dos princípios da administração pública. 

Contratações

Segundo o MPPE, o município de Garanhuns teria contratado a cantora Ana Carolina por meio de dispensa de licitação, pelo valor de R$ 227 mil, que pagaria o cachê da artista, deslocamento de equipamentos em caminhão, passagens aéreas, hospedagem e transporte da equipe. Nesses trâmites, foram apresentadas notas fiscais sem detalhes discriminados, bem como o preço total da apresentação teria sido praticada com características de contratantes privados. 

Já no caso da banda Capital Inicial, o valor de contratação teria sido 32% maior do que o habitual, totalizando os R$ 230 mil. Os valores pagos para hospedagem da equipe também não foram comprovados por meio de nota fiscal, de acordo com o Ministério.

Nessa quinta-feira (18), foi dada a largada para a 29º edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Durante a solenidade de abertura no Teatro Luiz Souto Dourado, o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis, declarou que o município já está no clima da festa, destacando a chegada dos turistas e a movimentação intensa do trânsito. 

“Sentimos que o Festival de Inverno de Garanhuns este ano iria dar certo. A população de Garanhuns, do Agreste Meridional e de Pernambuco quer resultado, e é isso que vamos ter nesse festival. Já estamos sentindo o trânsito da cidade melhorando e vendo as pessoas chegando”, disse.

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Ao final do discurso, Izaías Régis agradeceu ao governador Paulo Câmara o trabalho de Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe, e de Gilberto Freyre Neto, secretário de cultura do Estado, por estarem no comando de projetos como o do FIG. “Quero agradecer a Paulo Câmara pela escolha de Gilberto e Marcelo Canuto para gerir a cultura do nosso Estado. O senhor está de parabéns por esse grande evento que teremos em Garanhuns. [...] Eu lhe agradeço com muita honra, porque Garanhuns está de parabéns por este grande evento que vamos ter”, finalizou o prefeito. 

Para subir um pouco a temperatura, já que os termômetros estão marcando 15º na cidade, a Praça Mestre Dominguinhos irá agitar a segunda noite do Festival de Inverno de Garanhuns, na noite desta sexta-feira (19), com as apresentações de Gold Hits Orquestra, Elba Ramalho, além de tributos a Jackson do Pandeiro e Biu Roque. O músico paraibano foi escolhido para ser o homenageado da edição 2019 do FIG. Os shows de hoje terão início a partir das 18h.

Em um áudio que circulou neste domingo (29) pelas redes sociais, o prefeito de Garanhuns Izaías Régis (PTB) culpa o governador Paulo Câmara (PSB) pelos polêmicas que aconteceram no Festival de Inverno deste ano. O gestor reclama dos pronunciamentos dos cantores Johnny Hooker e Daniela Mercury que, em seus respectivos shows, defenderam a peça ‘O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu’.

Izaías confirmou a veracidade do áudio à reportagem. Na gravação, ele diz que “a responsabilidade é do governador Paulo Câmara, que não teve nenhum respeito a Garanhuns. O que fizeram ontem, esse tal de Johnny Hooker e aquela mãe de santo, sei lá quem é, uma falta de respeito a todos nós. Segunda-feira vou gravar um vídeo para viralizar no país e no mundo todo, com o repúdio a esse governo irresponsável, que não tomou conta desse evento e transformou num evento de Satanás”.

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Em entrevista ao LeiaJá, o prefeito não quis adiantar o conteúdo do vídeo, mas continuou criticando o evento e o governador. “Não é mais o Festival de Inverno de Garanhuns, mas um festival de inverno de Satanás. Foi isso que Paulo Câmara fez. Não sou homofóbico, não tenho nada contra, tenho até amigos que são (gays). O tema era liberdade mas foi libertinagem. Johnny Hooker chamou Jesus de bicha, manda ele falar isso de maomé”, completou.

 

O Prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), declarou em entrevista ao LeiaJá que mesmo diante da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que determina a reinserção da peça O Evangelho Segundo Jesus Rainha do Céu na programação oficial do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), não irá ceder o espaço do Centro Cultural de Garanhuns à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) para a encenação do espetáculo. 

A única exceção aberta por ele foi o caso de ser obrigado por força de decisão judicial. Ele afirma que sua gestão não tem nenhuma participação na montagem da programação do FIG e, portanto, não teria relação com a decisão em questão.

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“A Prefeitura não tem a ver com a decisão do TJ porque a grade do festival é da Fundarpe e do governo do estado, que chega aqui e coloca simplesmente um pacote, bota o que quer na grade do Festival de Inverno, não pergunta à Prefeitura, não pergunta à sociedade, não participamos em nada”, disse o prefeito. 

No entanto, de acordo com informações fornecidas pela assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) na tarde desta quarta-feira (25), “O juiz Enéas Oliveira da Rocha, da Vara da Fazenda Pública de Garanhuns, está preparando a intimação para o oficial de justiça intimar as partes, a Prefeitura do Município de Garanhuns e a Subprocuradoria do Estado”.

Antes do cancelamento da peça, Izaías já havia declarado que não cederia o Centro Cultural, local escolhido pelo Estado para a realização do espetáculo, e agora reafirmou seu posicionamento diante dos novos fatos a respeito do caso. 

“Eu continuo dizendo, o nosso Centro Cultural não está a disposição da Fundarpe. Se quiser fazer onde ia ser antes, eu não vou permitir, o nosso Centro Cultural vai ser fechado (...) mas Justiça é Justiça, se eu for obrigado eu vou fazer [o que for determinado]”, afirmou o prefeito. 

O prefeito ainda se queixa de uma suposta falta de transparência por parte do Governo do Estado no que diz respeito ao conteúdo da programação do festival. “A Fundarpe errou quando não comunicou o que seria esse evento”, afirmou ele, que também questionou a decisão do TJPE, que além de determinar a reinserção da peça instituiu uma multa em caso de descumprimento. 

“Eu não sei se a Justiça acertou. O estado não está garantido a segurança da gente, é assalto todo dia, quanto mais num negócio desse! Tem que pensar em tudo isso”, afirmou o prefeito, que também conta que já houve protestos promovidos por grupos de jovens contrários à peça e que supostamente há um empresário na cidade confeccionando camisas com os dizeres “Deus me fez homem” e “Deus me fez mulher”. Apesar de ter feito um “alerta” sobre a possibilidade de conflitos na cidade devido à encenação do espetáculo, o prefeito afirma que “não estou incitando nada, graças a Deus eu sou da paz”.

Izaías afirmou que o seu posicionamento se deve ao fato de que ele foi eleito para representar a população e que a maior parte da cidade não quer que a peça seja encenada lá. “Somos uma cidade do interior do nordeste, temos que admitir que somos conservadores não estamos acostumados ainda com isso (...) a família cristã de Garanhuns, da qual eu sou representante mor, pede a mim que não permita”, diz ele. 

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O Prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), fez duras críticas à cantora baiana Daniela Mercury, em entrevista concedida ao LeiaJá, pelas críticas que ela fez à tentativa de proibição da peça "O Evangelho Segundo Jesus Rainha do Céu", vista pela artista como uma forma de censura baseada em preconceito contra pessoas trans. 

Izaías afirmou que ficou muito triste. “O que Daniela Mercury fez com minha cidade não foi uma coisa normal para uma pessoa que tem sensibilidade e família”.

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O prefeito continuou, afirmando que a cantora utilizou o telão do palco para exibir uma foto que mostrava “ela e a namorada dela uma em cima da outra”, em uma atitude que, para ele, é desrespeitosa. Izaías Régis também fez queixas quanto à linguagem utilizada pela cantora, que na visão dele é "inadequada".

“Eu não tenho nada contra pessoas trans e LGBT, não sou homofóbico, agora eu acho que o limite de respeito tem que existir, não pode incentivar as crianças e adolescentes”, afirmou Izaías, que também afirmou que as atitudes tomadas por ele foram motivadas porque “a família cristã de Garanhuns, da qual eu sou representante mor, pede a mim que não permita a peça no centro cultural e não vou permitir”. 

Apesar das críticas, o prefeito admitiu também que não estava presente no momento da apresentação de Daniela no Festival de Inverno. “O que Daniela disse repercutiu na cidade de uma maneira, eu não assisti o show dela, eu estava no Recife, mas eu vi nas redes sociais. Pelo amor de Deus, ela faltou com o respeito, ela foi aplaudida e vaiada”, afirmou.

Durante seu show no palco principal do Festival de Inverno de Garanhuns, Daniela afirmou que fica chocada com a proibição de uma apresentação teatral e que “nossa constituição não é a bíblia” em uma clara crítica à atitude do prefeito de não ceder um espaço público para a realização da peça.

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Fora da programação oficial do 28º Festival de Inverno de Garanhuns, a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que traz uma atriz trans no papel de Jesus, iniciou a venda de ingressos na última sexta-feira (13).

Com preço único de R$ 10, as entradas se esgotaram em menos de 48 horas após o coletivo, integrado por artista e produtores culturais independentes, iniciar a venda online. A montagem será no dia 27 de julho e, por questões de segurança, o local será divulgado na véspera da apresentação, por email.

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No final de junho, o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), pronunciou-se contrário à apresentação de 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' durante o FIG. Mesmo com garantias da manutenção da peça no evento, dadas pelo secretário de Cultura, Marcelino Granja, diante da pressão, a encenação foi cancelada.

A partir disso, iniciou-se uma mobilização para angariar recursos para custear passagens, hospedagens e alimentação da equipe do espetáculo. Com meta inicial de R$ 6 mil, a 'vaquinha' virtual arrecadou o equivalente a R$ 10 mil.

Após campanha nas redes sociais e financiamento coletivo online, organizado por artistas e produtores culturais independentes, a peça 'O Evangelho Segundo Jesus - Rainha do Céu', que traz uma atriz trans no papel de Jesus Cristo, será apresentada em Garanhuns, Agreste pernambucano, no dia 27 de julho.

Tirado da programação do 28° Festival de Inverno de Garanhuns, a pedido do prefeito da cidade, Izaías Régis (PTB), o espetáculo iniciou a venda de ingressos. A entrada é vendida no valor único de R$ 10 apenas pela internet. Por motivos de segurança, o local da encenação só será divulgado no dia da apresentação, por e-mail.

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No dia 29 de junho, o prefeito de Garanhuns pronunciou-se contrário à apresentação de 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' durante o FIG 2018. Mesmo com garantias da manutenção da peça no FIG dadas pelo secretário de Cultura, Marcelino Granja, diante da pressão, o evento foi cancelado.

A partir disso, iniciou-se uma mobilização para angariar recursos para custear passagens, hospedagens e alimentação da equipe do espetáculo. Com meta inicial de R$ 6 mil, a 'vaquinha' virtual arrecadou o equivalente a R$ 10 mil.

Por iniciativa de atores e produtores culturais independentes, foi lançado, no último domingo (1), um financiamento coletivo online para trazer a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' ao Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). A meta do grupo era angariar o equivalente a R$ 6 mil até o dia 10 de julho. O valor custeará as passagens, hospedagens e alimentação da equipe do espetáculo.

Em menos de 30 horas, o grupo ultrapassou a meta inicial. Ao todo, participaram da campanha 112 pessoas de 11 Estados brasileiros. A ‘vaquinha’ continua ativa e o valor adicional será destinado ao pagamento do cachê para a equipe da montagem, segurança, material gráfico e outras demandas.

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Joesile Cordeiro, um dos organizadores da campanha, em entrevista ao LeiaJá, diz-se surpreso com a proporção da campanha em pouco tempo. "A gente não imaginava que o objetivo seria alcançado em menos de 30 horas. O tempo do financiamento foi apertado, tínhamos oito dias para alcançar o valor inicial, que era de R$ 6 mil", ressalta.

Na última sexta-feira (29), o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), pronunciou-se contrátrio a apresentação da peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que traz uma atriz trans no papel de Jesus,  durante a programação do Festival de Inverno de Garanhuns. Mesmo com garantias do Secretário de Cultura, Marcelino Granja, diante da pressão, o evento foi cancelado.

Entretanto, a partir da mobilização nas redes sociais, o espetáculo já tem data marcada,  dia 28 de julho. Por questões de segurança, não será previamente divulgado o local da apresentação. "Estamos realizando visitas técnicas em alguns espaços, mas não há nada definido. Além disso, formamos uma comissão para discutir estratégias de segurança diante de possíveis ataques transfóbicos", pontua Joesile.

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Diante do imbróglio, um grupo de artistas e produtores culturais iniciaram uma mobilização por meio das redes sociais e financiamento coletivo online. A proposta é angariar o equivalente a R$ 6 mil, até o dia 10 de julho, para custear passagens, hospedagens e alimentação da equipe do espetáculo.

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Joesile Cordeiro, um dos organizadores da campanha, em entrevista ao LeiaJá, explicou que a iniciativa partiu do descontentamento com algumas instituições, Prefeitura de Garanhuns, Governo do Estado, entre outras, contrárias a vinda do espetáculo. "Nós estamos nos articulando com os responsáveis pelo espetáculo e todos estão reforçando a campanha, compartilhando nas redes sociais. Estamos em comunicação diária com eles", comentou Joesile.

Em um evento no Facebook, o espetáculo já tem data marcada, dia 28 de julho. No entanto, o grupo ainda está na escolha do lugar para a apresentação. "A gente ainda está em busca de um espaço. Há muitas pessoas que ofereceram um local, chegaram até a oferecer casa, se fosse o caso e necessário. O lugar só será divulgado no dia da apresentação por questão de segurança”, aponta.

Procurada pelo LeiaJá, a produção do espetáculo foi categoria diante da discussão. “Nosso posicionamento é a favor da liberdade de expressão e do Estado democrático”, afirma.

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O deputado estadual André Ferreira (PSC) declarou, neste sábado (30), que o governo Paulo Câmara “desdenha da religião” e desrespeita a família cristã. A postura do parlamentar diz respeito à inclusão da peça 'Jesus Rainha do Céu', que traz o personagem de Jesus como uma mulher trans, na programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). A apresentação teatral já foi retirada da mostra alternativa de teatro do FIG depois de reclamações do prefeito da cidade, Izaías Régis (PTB)

Evangélico, André Ferreira repudiou com veemência a inclusão da peça na programação.  “Que tipo de governo nós temos? Com essa peça, mostra que não tem qualquer respeito com a família cristã. Uma gestão que desdenha da religião, não pode funcionar em nenhuma outra área. É uma administração sem rumo, que não sabe o que quer", disparou o deputado estadual. 

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Com o anúncio da peça na programação, o prefeito de Garanhuns se recusou a ceder o Centro Cultural para a encenação. Em entrevista a uma rádio, Izaías chegou a dizer: "Nós somos uma cidade cristã, (a peça) é uma coisa que atinge o cristianismo, que atinge às pessoas, atinge a religião". A recusa do petebista gerou polêmicas nas redes sociais. 

André Ferreira  elogiou a postura do prefeito. “Se não fosse pela postura incisiva e correta do prefeito Izaías Régis e a mobilização popular, essa apresentação absurda iria ocorreria”, disse. A peça coloca uma transexual no papel principal e já foi alvo de protestos em outras capitais brasileira.   

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O Governo do Estado de Pernambuco decidiu cancelar a apresentação da peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, na Mostra de Teatro Alternativa do Festival de Inverno de Garanhuns de 2018. Diante das polêmicas geradas em relação à presença da montagem na grade do festival, a gestão decidiu pelo seu cancelamento embora o secretario de cultura Marcelino Granja tenha afirmado, em entrevista ao LeiaJá, que o cronograma seria mantido. 

Ao ser anunciada como uma das atrações desta edição do FIG, a peça encenada pela atriz transgênero Renata Carvalho, gerou polêmica. O prefeito da cidade de Garanhuns, Izaías Régis, afirmou que se molizaria junto a entidades religiosas locais para não ceder o Centro Cultural de Garanhuns para a apresentaçao da montagem. Em entrevista a uma rádio, ele declarou: "Nós somos uma cidade cristã, (a peça) é uma coisa que atinge o cristianismo, que atinge às pessoas, atinge a religião". 

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O secretário de cultura do Estado, Marcelino Granja, chegou a garantir que nada impediria a realização do espetáculo. Em extrevista exclusiva ao LeiaJá, Granja afirmou que o prefeito Régis estaria "usando a questão religiosa para fazer oposição política ao governo" e que cancelar a peça seria um ato de censura. Porém, neste sábado (30), a Secretaria de Cultura voltou atrás e optou pelo cancelamento da apresentação. Por meio de uma nota, o órgão informou que esta escolha foi feita "diante da polêmica causada e da possibilidade de prejuízos das parcerias estratégicas e nobres que viabilizam" o festival. 

Confira a nota na íntegra:

O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundarpe, decidiu cancelar a apresentação "O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu"  da Mostra de Teatro Alternativa do Festival de Inverno de Garanhuns de 2018, diante da polêmica causada pela atração e da possibilidade de prejuízos das parcerias estratégicas e nobres que o viabilizam. O Festival de Inverno de Garanhuns foi criado para unir e divulgar nossas expressões culturais e não para dividir e estimular a cultura do ódio e do preconceito. O Governo de Pernambuco também repudia todas tentativas de exploração eleitoreira feitas do episódio.

Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco.

[@#relacionadas#@]

Após o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis, afirmar que vai vetar a encenação do espetáculo 'O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu' no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), o secretário estadual de Cultura, Marcelino Granja, se posicionou sobre o tema. Em conversa com o LeiaJá, o gestor afirmou que o chefe do Executivo municipal "está usando a questão religiosa para fazer oposição política ao governo".

Questionado sobre haver a possibilidade da retirada da peça da programação por conta da postura do prefeito, Granja explicou que a programação do festival "é feita por uma curadoria. Há um edital público, a avaliação de uma comissão. Não sou eu como secretário ou Márcia Souto como presidente da Fundarpe ou mesmo o governador quem decide o que é apresentado no FIG". Para ele, o cancelamento do espetáculo seria um ato de censura.

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O secretário afirma que nenhuma liderança religiosa e que Izaías Régis teria dito a ele também não ter sido procurado, mas soube do conteúdo da peça teatro através das redes sociais. Para Granja, o prefeito está "usando a fé do povo baseado numa informacão equivocada de que a peça é anticristã".

Ele diz ainda que o horário previsto para a encenação é às 23h e o espetáculo será apresentado em um espaço alternativo, com apenas 70 lugares. E que ninguém é 'obrigado' a assitir: "É do livre arbítrio das pessoas irem ou não".

Para Marcelino Granja, os que querem impedir a realização do espetáculo  "São pessoas que são contra a liberdade. E Liberdade é exatamente o tema deste do FIG deste ano". "Eu espero bom senso de todo mundo", conclui.

Petição

A diretora de 'Jesus Rainha do Céu', Natalia Mallo, iniciou a coleta de assinaturas para uma petição pela participação do espetáculo no Festival de Inverno de Garanhuns. Em postagem no Facebook, ela afirma que o caso é "Mais um episódio de transfobia, de censura às artes, de ignorância no país que vivemos."

Segundo Mallo, é necessário garantir a encenação para que as pessoas "tenham acesso ao espetáculo para, só então, tirar suas próprias conclusões". Confira a postagem:

[@#video#@]

O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que teve sua programação divulgada na última quinta-feira (28) e já contestada pela cantora Maria Rita, se envolve agora em mais uma polêmica. A peça de teatro 'Jesus Rainha do Céu', que traz Jesus como uma mulher trans e está prevista para ser encenada no dia 26 de julho, desagradou ao prefeito Izaías Régis (PTB). 

Ele afirmou, em entrevista a uma rádio local, que se mobilizará junto a entidades religiosas da cidade para não ceder o Centro Cultural de Garanhuns, impedindo assim a apresentação da peça. O motivo, de acordo com ele, é que “nós somos uma cidade cristã” e a realização desta peça “é uma coisa que atinge o cristianismo, que atinge as pessoas, que atinge a religião”.

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“Quero o apoio da sociedade e das igrejas para que possamos impedir a peça. A maioria do povo não quer a peça então vamos trabalhar para que ela não aconteça no Centro Cultural", afirmou o prefeito.

Na mesma entrevista, o prefeito afirmou que conversou por telefone com o secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, Marcelino Granja. Segundo o prefeito, o secretário afirmou que se “os moralistas” entrarem na justiça com uma liminar para impedir a peça, o governo conseguiria derrubá-la, como já aconteceu anteriormente em outros lugares por onde a peça passou gerando polêmica. Ainda segundo o prefeito, Marcelino Granja afirmou que se o centro cultural não for cedido, a peça seria realizada mesmo assim. 

“Ele disse que isso é coisa dos moralistas, que não tem nada demais, que a peça cristã, mas eu independentemente de qualquer coisa quero pedir à sociedade, quero pedir também o apoio da Igreja Católica, das igrejas evangélicas, para que nós possamos juntos fazer isso porque o prefeito sozinho não tem autoridade para isso, a única autoridade que eu tenho é fechar o Centro Cultural para que a peça não seja apresentada lá, mas o secretário de Cultura disse que não tinha problema, que apresentava a peça no meio da rua”, afirmou o Izaías.    

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu uma recomendação ao prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), agentes públicos municipais e artistas para que evitem a promoção de políticos durante o Festival Viva Dominguinhos, que acontece na cidade do Agreste a partir desta quinta-feira (19) e segue até o próximo sábado (21). 

De acordo com o  promotor de Justiça Domingos Sávio Pereira Agra, o alerta emitido nessa quarta-feira (18) foi baseado na confirmação de denúncias neste sentido durante o evento de 2017. 

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No documento, o promotor pondera que na realização de shows e eventos patrocinados ou copatrocinados com recursos públicos “artistas e apresentadores frequentemente promovem os agentes políticos ou particulares, mediante divulgação de nomes de prefeitos, deputados e pessoas ligadas às suas famílias e amigos, em evidente ato de propaganda política”.

Tal prática, sustenta Domingos Sávio, viola os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa e pode caracterizar ato de improbidade, visto que há o aproveitamento de dinheiro público para realização de interesse particular. Como este é um ano eleitoral, a probabilidade de que a promoção política ocorra torna-se mais evidente. 

O MPPE recomendou ainda que os órgãos responsáveis pela contratação de artistas para eventos culturais e aos próprios artistas que se abstenham de realizar qualquer menção que possa ser considerada promoção pessoal, sob pena de responsabilização.

O fim da aliança política entre o PT e o PTB em Pernambuco abriu espaço para que lideranças dos partidos trocassem farpas sobre o fracasso da junção deles em 2014 e o desejo de não repetir o quadro em 2018. Prefeito de Garanhuns, no Agreste, Izaías Régis (PTB) não poupou críticas ao ser questionado, em conversa com o LeiaJá, sobre o impacto da ausência petista no palanque do PTB na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas no próximo ano. 

Segundo Régis, no último pleito, apesar de compor a majoritária, o “PT não se interessou com a campanha” do senador Armando Monteiro (PTB). “O PT não votou em Armando no primeiro turno de 2014 e no segundo turno deu 2 milhões de votos a Dilma. Não há outra justificativa para os votos conquistados por Armando no primeiro turno, o PT não votou nele. Não temos mais que estar juntos como PT. Quem votou em Armando foi o interior, o PT nem se interessou na campanha de Armando”, alfinetou o prefeito. 

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Para Izaías Régis, a legenda petebista, sob a batuta de Armando, está se alinhando a um grupo que quer “salvar Pernambuco” em 2018, mas não há imposição do partido para que, mesmo sendo candidato natural ao pleito, o senador lidere a majoritária que está sendo construída pelos partidos que integram o grupo. Ele se refere à junção do PSDB, DEM, PTB, PRB, a ala do PMDB liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho e o Podemos.

“Evidente que não temos um nome, Armando é um deles. Agora não é imposto. Não é por imposição. É uma reunião ampla para ver se tiramos Pernambuco da situação que vive hoje. Ficam dizendo, o governo paga pelo menos o salário, mas é só ele que paga? É obrigação e tem que fazer isso. Agora não paga fornecedor, não paga prefeituras. Em Garanhuns mesmo, o governador deve R$ 3 milhões de Samu e Farmácia Básica; e a prefeitura tem obrigação de ter esse dinheiro porque tem que botar no lugar”, criticou. 

Mesmo salientando as conversas, Régis defendeu o nome de Armando para a eleição.  “Algumas pessoas podem pegar Armando e dizer que ele não tem o jogo de cintura do populismo, mas não estamos precisando de populismo, estamos precisando de popular. O Brasil paga por muita coisa hoje por causa desse populismo. Um candidato em 2018 precisa apresentar uma administração empresarial para o Estado. Com o cenário de crise econômica e ética que vivemos, prefeitura e Estado têm que dar lucro”, destacou. 

Prestigiando o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), o prefeito da cidade, Izaías Regis (PTB), aproveitou para analisar o cenário atual da política brasileira. Izaías também garante que não voltará a se candidatar. 

"Não estou dando resultado", disse o prefeito. "A gente fica sem ter o que fazer, não tem recurso. Você não pode prometer nada porque não pode cumprir". O gestor alega que o governo federal não distribui dinheiro suficiente para os municípios.

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"Com certeza eu não vou mais me candidatar. São 18 anos de vida pública. Quando terminar este mandato eu paro, não quero mais saber", complementou o petebista, acrescentando, entretanto, que não abandonará a política, atuando como orientador ou apoiador nos anos seguintes.

Ele ainda definou o momento da política brasileira como 'péssimo'. Para o gestor municipal, a situação só se reverterá através da população. "O povo é quem tem que resolver, tem que aprender a não vender o voto. É preciso fazer uma reforma política, não pode haver 35 partidos, porque cada partido desse quer seu 'quinhão'", opinou.

Lula - "Ainda não estou convencido na condenação de Lula", afirmou ainda o prefeito. Para ele, não foram mostradas provas de que o triplex pertencia ao ex-presidente. 

"Tem que haver uma investigação correta, não uma perseguição", finalizou.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) fez um panorama das atividades da gestão de Paulo Câmara (PSB) no Agreste do estado e pontuou “obras paradas, promessas não cumpridas e serviços precários” durante a terceira rodada do projeto “Pernambuco de Verdade”. A iniciativa é um contraponto ao “Pernambuco em Ação” do governo. O grupo passou a quarta-feira (19) em Garanhuns e visitou, entre outros equipamentos, as instalações do aeroporto, o terreno onde deveria o Hospital Regional Mestre Dominguinhos e a Funase.

No balanço das atividades, a oposição reclamou da ausência da nova unidade hospitalar da cidade que, segundo o colegiado, tem sobrecarregado Hospital Regional Dom Moura. O Mestre Dominguinhos foi promessa de campanha de Paulo Câmara em 2014. “A sobrecarga na unidade compromete o atendimento e os casos de maior complexidade terminam precisando ser transferidos. Infelizmente, esse tem sido a realidade que temos encontrado na saúde pública do Estado”, lamentou a deputada Socorro Pimentel (PSL). 

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Já a Funase, segundo a oposição, trabalha com uma superlotação de 30% e um déficit de 50% na quantidade de agentes. Também houve uma visita ao 9º Batalhão de Polícia Militar, que segundo seu comandante, o tenente-coronel Paulo César, é o maior do Estado, responsável pelo atendimento a 20 municípios. Entre as preocupações apontadas pelos parlamentares estão "o déficit de 248 policiais no batalhão, a ausência de efetivo em três cidades (Paranatama, Terezinha e Palmeirina), além do crescimento da criminalidade".

“Em 2016 foram registrados mais de mil casos de crimes contra o patrimônio em Garanhuns. Este ano, em três meses, já foram 260 casos. Em relação aos homicídios, foram registrados, até março, 21 assassinatos, 40% do total de casos registrados em todo o ano de 2016”, destacou o líder da oposição, deputado Silvio Costa Filho (PRB).

Prefeitura

Durante a programação, os parlamentares visitaram o prefeito Izaias Régis (PTB), que não recebeu o governador Paulo Câmara (PSB) no último dia 6, quando o Pernambuco em Ação passou pela cidade. Durante o encontro com os oposicionistas, o petebista não poupou críticas ao governador. “Desde que assumi ele não repassa os recursos da Farmácia Básica, que é um valor pequeno, de R$ 26 mil por mês, e há 17 meses não são repassados os recursos do Samu, que somam R$ 62 mil por mês. Já tenho R$ 1,094 milhão para receber da Farmácia Básica e R$ 1,066 milhão do SAMU”, criticou.

A agenda foi encerrada à noite, com a realização de uma plenária na Câmara de Vereadores de Garanhuns, que contou com a participação do prefeito Izaías Régis. Além de Socorro e Silvio Filho, participaram da agenda os deputados Álvaro Porto (PSD), Augusto César (PTB), Edilson Silva (PSOL), Júlio Cavalcanti (PTB), Priscila Krause (DEM) e Teresa Leitão (PT).

Numa conversa, ontem, com este blogueiro, o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), explicou os motivos que o levaram a não recepcionar o governador Paulo Câmara (PSB), que passou o dia na cidade inaugurando obras, dando novas ordens de serviço e coordenando, por fim, o seminário “Pernambuco em ação”. Aos que o acusam de mal-educado e de ter pisado na bola, o trabalhista afirma que não passou por cima da chamada liturgia do cargo. “Não fui para não ser acusado de ter me apropriado de um evento do Governo para fazer cobranças e desabafos”, enfatizou.

“Se tivesse participado do seminário, poderia ter constrangido o governador, que não trata bem Garanhuns”, acrescentou. Régis reclama que nem nas parcerias celebradas com o município o Estado vem cumprindo as sua obrigações. Ele cita, por exemplo, o acordo para colocar em operação a unidade avançada do Samu, que atende não apenas Garanhuns e mais dez municípios da região, representando, hoje, um grande sorvedouro de recursos para os cofres municipais. 

Pelo modelo, a União entra com 50% e os 50% restantes são rateados entre o Estado e o Município. Mas o Estado, segundo ele, não vem repassando a sua parte, levando o município a cobrir praticamente os restantes dos 50%. “Há um atraso de 17 meses, no valor mensal de R$ 62,5 mil. Na prática, isso representa R$ 1,062 milhão”, afirma. Outro programa em atraso, segundo ele, é o da Farmácia Básica, algo em torno de R$ 1,3 milhão. “Deste passivo, o Governo nos repassou apenas R$ 64 mil”, diz ele, com a ressalva de que teve que entrar com um processo judicial.

“Isso é uma vergonha, uma desmoralização”, assinalou. O prefeito disse, ainda, que, embora o Governo do Estado tenha espalhado placas informando que tem obras em Garanhuns, as poucas que existem, como um campo de futebol no parque Euclides da Cunha, a pavimentação de dois bairros e o calçamento em dois distritos, com recursos do FEM, o fundo de apoio aos municípios, estão paradas porque o Estado não repassa o dinheiro.

Pelas contas do prefeito, o que entrou de fato nos cofres da Prefeitura, já com a devida prestação ao Estado, representa um valor de R$ 2,7 milhões referentes ao primeiro FEM. “O segundo não está sendo cumprido e por isso mesmo as obras estão paradas”, ressaltou. Quanto às declarações do governador, de que o município se negou a fazer a doação de um terreno para construção da Escola Técnica, o prefeito afirmou que ofereceu uma área no parque de exposições, que era do Estado e foi doada ao município. 

“No nosso patrimônio mobiliário não havia um terreno dentro das exigências colocadas pelos técnicos do Estado, chegamos a negociar o terreno do parque, mas as negociações não avançaram”, afirmou. O prefeito disse, por fim, que cobraria do governador o que classificou de caos na segurança pública. “Garanhuns sedia um dos maiores batalhões da PM no Estado e não há um só soldado nas ruas para fazer a segurança da população”, afirmou. 

Por fim, o prefeito disse que sabia que haveria reação dos seus adversários no município se viesse a fazer um pronunciamento tão duro em cima dos pontos que antecipou ao blog. “O governador fala em reforçar o policiamento com mais 1,5 mil PMs, mas já estão indo para reserva mais de dois mil soldados”, destacou, para alfinetar. “Estamos diante de um Governo desastroso e tudo isso não iria soar bem aos ouvidos dos aliados governistas em nosso município”. 

DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA – A ausência do prefeito Izaias Régis não impediu que o seminário em Garanhuns se constituísse num dos mais prestigiados pelas lideranças que dão sustentação ao Governo. Estavam presentes 21 prefeitos, inclusive de outras regiões, como a Metropolitana, entre os quais Júnior Matuto, de Paulista. Da Assembleia Legislativa, 11 deputados, além de seis deputados federais e um senador da República – Fernando Bezerra Coelho. Com isso, o Governo quis dar uma demonstração de que tem um amplo arco de alianças para reconduzir Paulo Câmara ao Palácio das Princesas em 2018. 

Humberto que se prepare!– O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse, ontem, ao blog, que está com a munição preparada para enfrentar a convocação do senador Humberto Costa (PT), para prestar contas dos seus últimos atos, como o fim do programa “Ciência sem fronteiras”. “Vou mostrar ao senador que quem depenou a educação brasileira foi o seu partido nas gestões de Lula e Dilma”, afirmou. Segundo o ministro, com o montante gasto para mandar 30 mil estudantes ao Exterior, o Governo pagaria merenda de 40 milhões de alunos da educação básica. Em 2015, o programa consumiu R$ 3,2 bilhões. 

Desmentido o recuo– O presidente Michel Temer negou que o Governo esteja recuando ao aceitar negociar pontos da Reforma da Previdência com o Congresso. “Eu autorizei o nosso relator, deputado Arthur Maia, a fazer as negociações que fossem necessárias e depois, ao final, nós anunciaríamos o que tiver sido ajustado. Vai levar uns dias aí, mas já está autorizado. Prestar obediência ao que o Congresso Nacional sugere, não pode ser considerado recuo. Nós estamos trabalhando conjugadamente”, disse Temer. 

Dinheiro novo– Em audiência com o ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, o governador Paulo Câmara recebeu a confirmação que confirmou mais um repasse, no valor de R$ 16 milhões, para a Adutora do Agreste. Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, com os recursos em conta à companhia tem condições de aumentar de 15 para 19 o número de frentes de trabalho espalhadas na região do Agreste, intensificando as obras até o final deste mês. Para concluir a primeira etapa do projeto da Adutora do Agreste, que corresponde ao conjunto de obras para atender 23 municípios da região - e que já está licitado - ainda é preciso o repasse de R$ 636 milhões do governo federal. 

Esforço concentrado – No seminário de Garanhuns, ontem, ficou clara a estratégia dos aliados governistas de ajudar Paulo Câmara a reverter a sua imagem, com depoimentos sobre as ações do seu Governo. "Por onde eu passo neste Estado, encontro obra do governador Paulo Câmara. O governador colocou água em Canhotinho. Vai botar água em Caetés e em Capoeiras. Investe na segurança, educação, saúde. Paulo é um governador que serve ao povo 24 horas por dia. Antes mesmo de estar no cargo já o fazia porque é servidor público, passou em um concurso", destacou Fernando Monteiro, da bancada do PP na Câmara Federal. 

CURTAS 

MAIS POBRES– Ao autorizar o relator da reforma da Previdência a fazer mudanças no projeto encaminhado ao Congresso, o governo federal fixou três princípios que devem nortear essas alterações: que seja preservado o que se considera a espinha dorsal da reforma; que haja um limite para a perda fiscal decorrente dessas mudanças; e que as mudanças sejam para beneficiar os mais pobres, e não para atender a pressões corporativas.

FEIRA– O prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB), participou da 23ª Intermodal South América, a maior Feira do setor de Logística, Transportes de Cargas e Comércio Exterior da América Latina. Na oportunidade, visitou o estande de Suape, onde foi recebido pelo presidente Marcos Batista e pela diretora de Relações Institucionais de Suape, Rizelma Ferreira. "O Cabo pertence ao território estratégico de Suape e a atração de novos negócios é de suma importância para a economia da Região”, afirmou. 

Perguntar não ofende: A reforma da Previdência virou letra morta? 

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