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O deputado federal Jarbas Vasconcelos é categórico ao falar de Arraes, ao qual foi aliado e adversário no cenário político. “Os meus momentos com Arraes foram muito mais de convivência, de fraternidade, do que de desavença. A gente teve uma desavença política. A minha visão política não era a mesma de Arraes, eu tinha uma preocupação também com os despossuídos e tal, mas, a visão de governo, de administração, de problemas do estado eu tinha uma visão, ele outra. Não adianta ficar especificando o porquê, mas, a minha visão não coincidia com a dele administrativa e, às vezes, até política”, explicou.

Divergências de lado, Jarbas diz que, acima de tudo, é preciso destacar quem foi Arraes neste centenário. O definiu como uma pessoa digna e que honrou as tradições pernambucanas quer como deputado estadual quer como deputado federal, prefeito da Capital uma vez ou governador três vezes. “Diante das controvérsias, Miguel Arraes foi um homem que lutou pelo povo. Ele fez suas articulações políticas, mas procurou sempre fazer as coisas onde seus acertos, as suas decisões corretas, fossem bem maiores. O positivo prevaleceu sobre o negativo. Isso é muito importante num político. Isso não é comum nos dias de hoje dentro dessa mediocridade que marca o cenário político nacional”, contou.

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Apesar das divergências, Jarbas Vasconcelos disse que teve com Arraes uma convivência longa e fraterna

Para o ex-governador, o fato mais marcante no sertanejo era a sua sensibilidade para com os mais necessitados. “O que marcou muito a presença de Arraes não só em Pernambuco, mas a nível nacional foi esse conceito que se criou em torno dele de que ele era um político voltado para uma atividade de atendimento aos necessitados, aos despossuídos, aqueles que precisavam da presença do estado. É um acervo, é um conjunto de atividade política muito forte. O que marcou a presença de Arraes como prefeito foi o contato dele com as comunidades mais carentes, com as comunidades mais pobres e necessitadas”.

“Assim também foi como governador de Pernambuco. Ele marcou exatamente o primeiro mandato dele com a atuação na Zona da Mata de Pernambuco, de fazer o entendimento entre trabalhadores rurais, os operários das usinas, fornecedores de cana e produtores, os chamados usineiros. Eram setores de classes que não se entendiam. Que viviam num estágio de não boa convivência e ele conseguiu, naquela época, fazer acordos e entendimentos. Naquela época, a região produtora de açúcar, era a maior fonte na economia de Pernambuco, era a coisa mais expressiva dentro da economia. Hoje não mais, porém, antes era a cana de açúcar e Arraes teve uma participação muito grande. Não era homem de estar na tribuna toda hora e a todo instante, mas, era sempre ouvido pela imprensa nacional”, recordou. 

                                                                                                                                                                                      

UMA RELAÇÃO PACÍFICA

Jarbas e Arraes se conheceram em um momento atípico, em Paris, quando o peemedebista exercia o cargo de deputado federal. Arraes, à época, estava no exílio, na Argélia, e foi até a Cidade das Luzes. Jarbas conta que conviveram por dois dias e, desde então, percebeu uma singularidade no homem que foi deposto do seu cargo em Pernambuco: o de ser uma pessoa culta. “E o exílio ajudou para isso. Para que lesse mais, que se dedicasse mais, que analisasse mais as coisas. Ele tinha uma análise do mundo muito grande. Às vezes, com discordância mesmo, mas ele tinha uma visão de mundo que segmentou e ampliou no exílio. Arraes caiu [golpe] com muita dignidade”.

As adversidades entre os dois vieram a tomar corpo em 1992.  “Aí as divergências afloraram com muita clareza. Ainda assim, a gente procurava se entender fazendo as coisas sem quem um hostilizasse o outro. A gente ficou afastado, mas, um afastamento que diria muito mais político do que pessoal. Não foi uma coisa de intriga, que possa ser debitado ou creditado ao campo pessoal. Foi uma divergência de visão política que, naquele momento, a gente teve quando da disputa da prefeitura. Eu disputei e ganhei a prefeitura. O candidato Eduardo campos, lançado muito novo, por sinal, eu ganhei a eleição, mas, foi uma convivência fraterna, respeitosa e muito longa”.  

                                                                        

O SONHO DA PRESIDÊNCIA

Quando Arraes voltou, em 79, ele era grande referência da esquerda brasileira. Quando se reelegeu governador, dizem que houve uma quitação com a história. No fundo, houve um resgate do governador deposto que depois volta pelo caminho da democracia. Conta-se, nos bastidores, que Arraes pensava em alçar voos mais altos e a história caminhava para isso. No entanto, as circunstâncias mudaram, principalmente, quando nas eleições de 1998, Jarbas venceu por margem superior a 1 milhão de votos o então governador Miguel Arraes.

Dizem que Arraes guardou certa frustração por não ter sido candidato a presidente da República. Arraes foi cogitado, debatido e Eduardo Campos, o neto, se viabilizou. Mas, eram tempos diferentes.

Jarbas Vasconcelos comentou sobre o assunto. “Eu não sei se ele morreu com essa frustração, mas fazia parte do projeto de Arraes mesmo que, se vivo fosse, desmentisse. Estava embutido nele e era normal. Perfeitamente normal que uma pessoa com a carreira que Arraes teve como deputado estadual no primeiro estágio, depois, prefeito da Capital e depois governador de Pernambuco três vezes. Uma figura nacional naquela época que se destacava como Brizola e outros mais e não ter isso dentro da cabeça, a possibilidade de disputar a presidência, não seria normal. O normal era ter esse projeto e ele tinha. Eu considerava uma coisa natural”.

                                       

Questionado teria o seu apoio, Jarbas foi convicto ao dizer que sim. “Se fosse candidato à presidência na época em estávamos juntos, mas, como se diz, o cavalo selado passa uma vez. O cavalo nunca passou. Essa oportunidade ele nunca teve até porque ele pagou um tributo muito caro no exílio. Muitos anos exilado, fora do país arrancado a força. Um tempo muito grande exilado”. 

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Prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco por mais duas vezes e senador da República, Jarbas Vasconcelos ocupa hoje o mandato de deputado federal. Eleito em 2014 com 227.470 votos para a Câmara dos Deputados, Jarbas é uma reserva moral da política brasileira. Aos 73 anos, o pernambucano está cotado pela mídia nacional como o nome que unificaria a Câmara dos Deputados e poderia dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff sem qualquer mácula, como acontece com Eduardo Cunha.

O atual presidente da Câmara dos Deputados está sendo "convidado" a renunciar ao posto de presidente pelos colegas deputados com a contrapartida de salvar o seu mandato. Após ser um importante líder do PMDB e ocupar o cargo máximo da Casa, Cunha teria que se contentar com a ausência dos holofotes para não perder o foro privilegiado. A equação não é fácil, mas pode ser um caminho para melhorar a imagem da Câmara dos Deputados nesse processo tortuoso de impeachment que toma conta do Brasil.

Do mesmo jeito que a credibilidade e a seriedade de Jarbas Vasconcelos são pontos favoráveis para que ele venha a ocupar o posto de presidente da Câmara, vale salientar que o pernambucano tem pontos negativos que podem prejudicar essa construção. Isso se dá no que diz respeito ao deputado não ser muito afeito às grandes articulações e conversas de pé de ouvido tão apreciadas pelos políticos em geral. Essa é uma das características que, por exemplo, colocam a presidente Dilma Rousseff numa situação de dificuldade perante os parlamentares.

Além disso fica latente que o PT, o PCdoB, o PDT e o PR, aliados de Dilma de primeira hora, não aceitariam em hipótese alguma que Jarbas assumisse o posto. Assumidamente favorável ao impeachment, Jarbas teria a credibilidade que falta a Eduardo Cunha para conduzir o processo. E naturalmente os aliados de Dilma não querem que isso ande, a não ser que tenham certeza que ele será rejeitado, hipótese cada vez mais distante de acontecer.

O nome do ex-governador de Pernambuco está na pauta da Câmara e até mesmo de parte da sociedade, mas até que ele venha a se tornar um nome efetivamente capaz de presidir a Casa, será preciso vencer uma série de obstáculos, dentre eles o mais importante de todos: convencer Eduardo Cunha a largar o osso.

Fernando Monteiro - O deputado federal Fernando Monteiro (PP) reuniu a imprensa pernambucana ontem no restaurante Leite, no centro do Recife, para a sua confraternização de final de ano. Fernando, que exerce o primeiro mandato na Câmara dos Deputados, fez um balanço do seu primeiro ano representando Pernambuco em Brasília e falou sua opinião sobre o conturbado cenário político nacional.

Aline Mariano - A vereadora licenciada que ocupa a secretaria de enfrentamento ao crack e outras drogas Aline Mariano tem se movimentado no intuito de levar o PSDB a apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio. Aline espera que com sua movimentação seja contemplada com o cargo de vice-prefeita no lugar de Luciano Siqueira.

Simplicidade - Tem chamado a atenção do meio político pernambucano a simplicidade do governador Paulo Câmara, que viaja em avião de carreira como qualquer cidadão comum e dispensa algumas formalidades peculiares do cargo. Com apenas um ano de governo e enfrentando uma série de dificuldades para conduzir os rumos de Pernambuco, não ter a característica da ostentação, peculiar em muitos políticos, é um grande diferencial para o governador.

Exemplo - Assim como o prefeito do Recife Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes (PSDB) decidiu não fazer a tradicional confraternização de final de ano com a imprensa. A prioridade do gestor é honrar a folha salarial do município que custa R$ 30 milhões, e qualquer economia, por menor que seja, contribui para que o prefeito consiga cumprir o compromisso com os servidores.

RÁPIDAS

Equívoco - Circulam nas redes sociais que em caso de impeachment de Dilma Rousseff e impossibilidade do vice-presidente Michel Temer, do presidente da Câmara Eduardo Cunha e do presidente do Senado Renan Calheiros assumirem o mandato de presidente, o deputado Tiririca (PR/SP) herdaria o cargo, o que é um equívoco. Depois de Renan quem assume é o presidente do STF Ricardo Lewandowski.

Impugnação - O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos filiados ao PMDB, que por sinal é presidido por Temer, decidiram impugnar qualquer filiação de deputados federais que venha a acontecer no intuito de recolocar Leonardo Picciani no posto de líder do partido. A movimentação arquitetada pelo Planalto não foi bem recebida pelos peemedebistas.

Inocente quer saber - Se emitir decretos para liberar gastos não previstos no orçamento aprovado pelo congresso nacional não é crime de responsabilidade, o que mais seria para fundamentar um pedido de impeachment?

Muito se cogitou sobre a hipótese do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) romper com o prefeito Geraldo Julio e disputar em faixa própria a prefeitura do Recife nas eleições do ano que vem. Esses rumores foram alimentados pelo próprio Jarbas quando evitou aparições em público ao lado do prefeito e realizou agendas tanto internas quanto externas que deram todas as pistas para que ele pudesse ser candidato nas eleições do ano que vem.

Talvez essa possibilidade tivesse realmente passado pela cabeça de Jarbas, que já foi prefeito do Recife em duas oportunidades. Mas, aos 73 anos de idade, Jarbas não tem nem disposição de ser candidato e muito menos de ser prefeito. Vale ressaltar que ainda em 2002 Jarbas cogitou não disputar a reeleição para o governo de Pernambuco porque não tinha mais paciência com as formalidades que o cargo exigia. Mesmo assim Jarbas acabou disputando e se reelegendo.

Agora, com o vácuo deixado por Eduardo Campos, o peso de líder político voltou a recair sobre as costas de Jarbas. E consequentemente ele fora estimulado por aliados e até adversários de outrora a se aventurar numa disputa pela prefeitura do Recife. Porém, como não é mais nenhum inexperiente, ele sabe que uma disputa majoritária requer disposição e principalmente fôlego financeiro, o que não deverá existir muito no ano que vem com a crise econômica que assola todo o país.

Como se não bastasse, caso disputasse e vencesse a eleição, Jarbas assumiria uma prefeitura em janeiro de 2017 com vários gargalos financeiros por conta da queda abrupta de receita que todas as cidades estão enfrentando e a capital pernambucana não é diferente. A imagem de excelente gestor e ótimo prefeito do Recife nas duas gestões que realizou poderia ir por água a baixo caso o atual cenário econômico perdurasse, como deve ocorrer, pelos próximos anos.

Também poderia ser taxado de incoerente, ao apoiar Geraldo Julio em 2012 depois de retomar a aliança com Eduardo Campos, e com sua morte, decidir trilhar um outro caminho quatro anos depois. Ele colocou todos os ingredientes na balança e chegou à conclusão que o melhor a fazer é contribuir com a reeleição de Geraldo Julio, que uma vez alcançada facilitaria a vida de Paulo Câmara na reeleição, e seria nesse contexto que Jarbas poderia voltar a disputar uma majoritária: o cargo de senador que ele tanto gostou de ocupar e seria uma espécie de chave de ouro para fechar a sua brilhante trajetória politica.

Só falta agora Jarbas Vasconcelos convidar o prefeito Geraldo Julio para o seu cozido no Janga e sepultar de uma vez por todas os rumores que foram alimentados nos últimos meses de que estariam rompidos e pudessem se enfrentar em 2016.

Programa do Jô - O deputado federal Jarbas Vasconcelos estará participando hoje a noite do Programa do Jô na Rede Globo. Jarbas, que é uma reserva moral da política brasileira, deverá ser questionado sobre o cenário político nacional e inexoravelmente deverá falar do impeachment da presidente Dilma Rousseff e da saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara Federal.

Lide Futuro - O Lide Futuro reuniu vários jovens empreendedores do estado de Pernambuco ontem para ouvir o balanço dos três anos de gestão do prefeito Geraldo Julio. O evento foi comandado pelo presidente do Lide Futuro André Farias, também participaram do evento o presidente do Lide Drayton Nejaim, os secretários Felipe Carreras, Camilo Simões e várias lideranças políticas e empresariais do estado.

Gravatá - O pleno do TJPE aprovou ontem por unanimidade o afastamento do prefeito Bruno Martiniano, seguindo a recomendação do Ministério Público de Pernambuco. Com isso o governador Paulo Câmara nomeará um interventor para o município, que deverá ser o economista e diretor-presidente da Perpart Marcelo Barros, que já foi secretário de finanças das prefeituras do Recife e de Ipojuca.

Engodo - O prefeito Geraldo Julio reconheceu que os estados e municípios precisam dos recursos da CPMF para tentarem atravessar a crise econômica sem maiores seqüelas, porém, tem a convicção que a contribuição nos moldes apresentados pelo governo federal não tem a menor condição de prosperar. Geraldo também atribuiu a crise a falta de planejamento do governo da presidente Dilma Rousseff.

RÁPIDAS

Visita - Pré-candidato a prefeito do Recife, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) fez uma visita de cortesia à Câmara Municipal do Recife ontem. Daniel foi vereador durante seis anos e conhece muito bem o funcionamento da Casa. Se for candidato e vencer a eleição, Daniel espera contar com boa parte dos vereadores que forem reeleitos, por isso quer estreitar as relações.

PMDB - O vice-governador Raul Henry, presidente estadual do PMDB, estará presente hoje em Brasília na reunião convocada pelo diretório nacional da legenda para discutir o documento que será apresentado pelo partido em relação as questões do país. A convenção da legenda está marcada para março do ano que vem, quando será decidida a permanência ou não do partido no governo Dilma.

Inocente quer saber - Quem o prefeito Geraldo Julio colocará como candidato a vice-prefeito na sua chapa de reeleição?

Considerado um dos políticos mais vitoriosos de Pernambuco e a maior liderança viva do estado, o deputado federal Jarbas Vasconcelos exerceu quase todos os cargos que um homem público almeja ocupar. Foi deputado estadual, federal, prefeito, governador e senador, além disso teve seu nome ventilado para ser candidato a vice-presidente da República em 2002, mas acabou declinando.

É bem verdade que após a vitória de Eduardo Campos em 2006 para o governo de Pernambuco, a liderança política de Jarbas foi ofuscada, sendo ampliada a força de Eduardo na eleição de 2010, quando, disputando a reeleição, aplicou uma estrondosa vitória sobre o próprio Jarbas por uma diferença de mais de três milhões de votos de diferença. Naturalmente após a derrota Jarbas parecia dizimado politicamente de Pernambuco.

Quis o destino que em 2011 os amigos em comum de Jarbas e Eduardo fizessem a "intriga do bem" e que ambos retomassem o diálogo após quase duas décadas de rompimento politico. A retomada da relação entre Jarbas e Eduardo culminou numa aliança entre o PSB de Eduardo e o PMDB de Jarbas em torno da candidatura de Geraldo Julio em 2012 a prefeito do Recife.

As relações foram se tornando cada vez mais consistentes e Jarbas, fiel ao seu estilo discreto e direto, desistiu da reeleição ao Senado para facilitar a vida de Eduardo na montagem da Frente Popular. Raul Henry, pupilo de Jarbas, foi candidato a vice-governador de Paulo Câmara, pupilo de Eduardo, e o Senado ficou livre pra Fernando Bezerra Coelho, que sonhava acordado com o Palácio do Campo das Princesas e precisava de um prêmio de consolação.

Os meses de passaram, Eduardo Campos morreu em Agosto num acidente de avião em Santos, Paulo Câmara e FBC ganharam a eleição e Jarbas, que até então estava sendo dado como "morto" eleitoral e politicamente falando, sai das urnas com quase 230 mil votos para deputado federal, sendo o terceiro do estado e o segundo mais votado de Recife.

Na ausência de Eduardo, Jarbas voltou a ser a maior expressão política de Pernambuco e no último sábado reuniu boa parte da bancada pernambucana em Brasília para o seu tradicional cozido no Janga. O destino de Jarbas ninguém sabe ainda - disputa a prefeitura, tenta a presidência da Câmara ou fica como está - mas todo mundo reconhece que se tem alguém com prestígio politico em Pernambuco esse alguém se chama Jarbas Vasconcelos.

Nacional - Uma pessoa da extrema confiança do deputado Jarbas Vasconcelos, quando perguntada sobre a possível candidatura do ex-governador a prefeito do Recife no ano que vem afirmou que Jarbas já tinha sido duas vezes prefeito e sua atuação política está mais voltada para o cenário nacional, indicando que Jarbas pode mesmo ser candidato a presidente da Câmara dos Deputados caso Eduardo Cunha seja cassado.

Jarbas Filho - Caso se confirme a não-candidatura de Jarbas a prefeito do Recife, o caminho ficará livre para que Jarbas Vasconcelos Filho seja novamente candidato a vereador do Recife no ano que vem. Há quem diga que Jarbas já teria dado o sinal verde ao herdeiro para que ele comece a se movimentar visando uma cadeira na Casa José Mariano.

Rodrigo Novaes - Apesar de ter seu nome ventilado para disputar a prefeitura de Floresta, o deputado estadual Rodrigo Novaes, que está no segundo mandato na Casa Joaquim Nabuco, não estaria muito disposto a tentar o executivo da sua cidade no ano que vem. Dizem que o caminho de Rodrigo será mesmo a Câmara dos Deputados em 2018.

Paulo Câmara - O governador Paulo Câmara receberá hoje a direção da Amupe e os prefeitos pernambucanos no Palácio do Campo das Princesas a partir das 11:30 horas. Na pauta uma discussão sobre a situação atual dos municípios, que estão indo de mal a pior com a queda dos repasses do governo federal.

RÁPIDAS

Fernando Bezerra Coelho - Dizem os mais próximos do senador Fernando Bezerra Coelho que ele só está esperando o "momento certo" para romper com o governador Paulo Câmara e se lançar candidato ao governo em 2018. O momento certo seria meados de 2017 após o resultado das eleições municipais.

Marilia Arraes - Após tentativas frustradas de se filiar ao PSOL, a vereadora Marilia Arraes poderá ter como destino o PT. Sem candidato natural à prefeitura do Recife, o PT poderia dar legenda a neta de Arraes no intuito de constranger o PSB. A candidatura seria olímpica porque o PT está com a imagem de mal a pior no Brasil inteiro e no Recife não é diferente.

Inocente quer saber - Quem será capaz de promover a "intriga do bem" entre o prefeito Geraldo Julio e o deputado Jarbas Vasconcelos?

Após receber nesta segunda-feira (27), em seu gabinete no Recife, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) previu a atuação da Câmara dos Deputados no segundo semestre. Crítico de seu correligionário e presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), o parlamentar acredita que os próximos meses serão pautados pelos embates entre Cunha e o governo. 

Além dos trabalhos da Casa Legislativa Federal, ambos os políticos discutiram a situação política do País. “Será um semestre muito difícil. Como o presidente da Câmara anunciou o rompimento com o Governo, corremos o risco de trabalharmos diante do famoso “toma lá, dá cá”. E nós não podemos, como representantes eleitos da população, sermos pautados por quem não tem condições éticas de conduzir sua função”, disparou Vasconcelos. 

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Para o senador Fernando Bezerra, a conversa com Jarbas é importante por manter “um canal aberto”. “O deputado Jarbas Vasconcelos é uma liderança importante e respeitada por todos no Congresso Nacional. Conversar com ele e manter esse canal aberto é sempre bom para nós que militamos na política”, pontuou o socialista. 

Ele está temporariamente imobilizado devido uma fratura na vértebra há 40 dias. Apesar disso, a memória e o acompanhamento da política local e nacional seguem firmes e atuantes. Com 88 anos de vida e 27 à frente da liderança estadual do PMDB em Pernambuco, o advogado e militante político Dorany de Sá Barreto Sampaio recebeu com exclusividade a equipe do Portal LeiaJá nesta semana em sua residência, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. 

Sentando numa aconchegante cadeira na sua sala de estar e acompanhado de sua esposa com quem está casado há quase 63 anos, Lisete Valadares Sampaio, 87, e uma dos 17 netos, Beatriz Sampaio, 10, ele analisou a conjuntura do PMDB e a futura atuação do vice-governador, Raul Henry, que passará a liderar a sigla a partir do próximo sábado (18). Na conversa, o peemedebista revelou detalhes históricos da política como o racha de Jarbas Vasconcelos com Eduardo Campos, criticou a postura do correligionário e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) e contou que nunca deixou de fazer política. Mesmo quando foi cassado, ele ia ao partido escondido, mas não deixava de militar. O líder do PMDB há mais de duas décadas também comentou as possibilidades de Jarbas disputar à vaga majoritária da Prefeitura do Recife em 2016. 

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Confira a entrevista exclusiva abaixo:

LeiaJá (L.J): O senhor é advogado de profissão. O que fez seguir carreira política?

Dorany Sampaio (D.S): No governo João Goulart, o ministro Osvaldo Lima Filho da Agricultura me convidou para ser diretor geral do ministério e eu fui. Aí veio 64, eu saí e ele também. Em 66 o MDB foi fundado e eu fui fundador, mas era um mero militante porque o político da família era o meu irmão Almany que foi prefeito de Paudalho e deputado estadual por duas vezes. No dia 4 de julho meu irmão é cassado, porque foi o único deputado na assembleia com 57 presentes, que teve a coragem de votar contra a cassação de colegas exigida por coronéis. Isso mostra o valor, a coragem e a coerência. Então, os amigos da zona de influência eleitoral dele perguntaram: você agora cassado, como fica? E ele disse: - não sei. Meu irmão Jovany tinha sido secretário de Administração do governo Arraes, portanto, era inelegível nos atos dele lá e sobrava eu. Eu olhei e disse poxa vida: meu irmão é cassado desta maneira por cassar colegas, esse pessoal apela para mim, eu tenho sete filhos. Que diabo eu vou dizer no futuro a eles? Eu larguei o escritório de advocacia com uma grande clientela, mas era a contingência. 

(L.J): Como foi disputar a eleição depois de deixar a carreira jurídica?

(D.S): Foi correr o risco de não me eleger e sabendo que já era oposição, sem dinheiro, e antigamente era muito diferente dos tempos de hoje. Eu nunca comprei votos de ninguém, mas tinham as despesas com as propagandas, os palanques, no dia da eleição tinha que dar transporte e almoço ao eleitor e isso era uma despesa. Eu contei com uma ajuda substancial do senador Hermínio de Moraes que espontaneamente me chamou e disse: eu tenho interesse na sua eleição. Você vai ser o continuador de que seu irmão estava fazendo lá. E, na verdade, a força da Arena era tão grande que nessa época eram 65 deputados, e eles elegeram 51 e nós 14, mas a bancada incomodava porque não tínhamos porque fazer oposição a Nilo Coelho. Um homem honrado, um homem do bem e nós dizíamos que ele era um gerente nomeado pelo presidente. A nossa oposição toda era a ditadura e os nossos conclames era: liberdade, direitos humanos, eleições livres, constituinte, habeas corpus. Isso eram as nossas bandeiras.

(LJ): O senhor também foi cassado depois que assumiu em 1966?

(D.S): Eu não tive nem todo um mandato porque no meu me cassaram porque eu incomodava. Dos 14 do PMDB, nove foram cassados, deixaram a bancada com cinco. Eles não batiam de frente como a gente, como Fernando Lyra.

(LJ): O senhor teve seus direitos políticos cassados. Como encarou essa situação?

(D.S): Eu passei dez anos proibido de fazer política, mas não deixei de fazer um dia. Passei dois anos e um pedaço na Alepe. Então eu estava proibido de fazer política porque tinha suspensão dos direitos políticos. O cara com direito político suspenso não faz política, mas eu nunca parei de fazer um dia na clandestinidade. A gente marcava encontros escondidos por causa do SMI, da polícia naquele tempo de Álvaro Costa Lima. Após dez anos, eu retornei ao partido que eu fundei, mas não me interessava mais disputar eleições. A essa altura eu não tinha motivo para querer voltar para a assembleia, e para deputado federal era uma situação complicada: um pai de família com sete filhos. Não dava para levar todo mundo para Brasília e eu ficar naquela ponte área durante a semana lá e no final de semana aqui.

(LJ): Como o senhor avalia seus 27 anos à frente do PMDB-PE?

(D.S): Total afinamento com os companheiros. Em primeiro lugar, um forte apoio e solidariedade de Jarbas Vasconcelos que é o líder maior do partido aqui, e de quem eu sou amigo desde quando foi deputado estadual, que nessa época ele ainda era estudante, e era oficial do gabinete da liderança da oposição. Por outro lado, eu tinha uma grande amizade ao tio dele, um desembargador do Tribunal de Justiça, tínhamos essas ligações e ele sempre me prestigiou, me apoiou. Eu devo muito a ele, inclusive, com manifestações expressas de confiança, porque quando foi eleito prefeito em 96 ele me confiou  a secretaria de Assuntos Jurídicos e depois que foi governador eu fui secretário de Governo nos dois mandatos. Então, isso já significa uma reciprocidade de respeito, de confiança e de entendimento, mas fora isso eu sou amigo de todo mundo, e graças a Deus, apesar de advogado, eu me sinto um construtor de pontes. Eu construo pontes de amizades que é um patrimônio imaterial de valor inestimável.

(L.J): Para o senhor qual foi o momento mais difícil de sua liderança?

(D.S): Para mim o momento mais difícil foi quando Jarbas perdeu as eleições para governador em 90. Foi um choque para nós. Ele tinha amplas possibilidades, mas terminou sem ser eleito e não sou que digo - os jornais falam que Arraes apoiou Joaquim -, embora, tenha apoiado debaixo dos panos, mas foi um momento muito difícil para mim.

(L.J): Como o senhor avalia a aliança entre Jarbas e Eduardo Campos, após anos de rivalidade?

(D.S): Eduardo Campos quando Jarbas foi prefeito em 85, ele foi oficial de gabinete de Jarbas. Havia toda uma afinidade pessoal e tal. A ruptura entre ele e o avô se deu justamente em 96, quando Jarbas, sem querer, foi levado a ser candidato de novo. Ele não queria ser candidato de novo, mas Arraes insistia porque queria colocar o neto como vice, e aí Jarbas ia ficar preso. Se saísse para candidato a governador, o neto assumiria e faria o jogo do avô, mas aí ninguém é maluco. Então, ele realmente explicou a Eduardo que não poderia ser assim, isso poderia parecer um conchavo de coronéis e ele não se considerava coronel e disse: o meu candidato a vice-governador será escolhido entre os partidos que sempre me apoiaram, mas eu não vou aceitar uma indicação que não corresponde ao meu projeto. Aí ficaram afastados, mas aí o PT ganha a eleição e Jarbas sempre foi, e é um forte, corajoso, combatente do PT, então, na hora que Eduardo tinha um projeto que significava se opor ao candidato do PT não houve nenhuma dificuldade de apoiá-lo para governador. Um jovem que tinha feito uma boa gestão no governo do Estado, em dois mandatos, e que a proposta dele coincidia com a de Jarbas: impedir a continuidade do PT no mando do país, isso aí facilitou muito, daí que ele apoiou decisivamente e se recompuserem e foi muito bom para Pernambuco.

(L.J): Muitos peemedebistas têm criticado a postura de Eduardo Cunha à frente da Câmara. Como o senhor avalia a atuação dele?

(D.S): O deputado Eduardo Cunha é do meu partido, mas ele é um homem extremamente possessivo, intransigente. Ele não ouve ninguém e quer fazer o que ele quer, mas não é dono da Câmara. Então, ele tem usado de meio não republicano para o que ele quer, e não pode com isso conseguir apoio e aprovação. Jarbas votou nele para impedir uma vitória do PT e votaria novamente porque o negócio da gente é colocar o PT para fora, mas nem por isso vai deixar de reconhecer os descaminhos dele que não são construtivos nem em termos de unidade no Congresso, nem partidária porque ele não houve nem os companheiros.

(L.J): E como o senhor analisa as divergências dentro do PMDB que por um lado é a favor do Governo de Dilma e outra ala é oposição?

(D.S): Isso não é de hoje. O PMDB é um partido que sabe conviver com suas divergências internas. Já na primeira eleição de Lula, muitas sessões estaduais se colocaram ao lado de Serra: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, todos esses ficaram com o candidato do PSDB e isso, o nosso presidente Michel Temer que é uma pessoa muito articulada, séria, meu amigo pessoal porque sou amigo há mais de 40 anos e minha amizade com ele não vem da política, vem da advocacia, ele sabe administrar essas divergências internas e ele se coloca mais ou menos com o Dr. Ulisses diante dos mais moderados e dos autênticos. Vai tentando equilibrar e tal. Ele é um homem conciliador e com isso, ele não violenta a liberdade de atuação política dos Estados porque a política não é feita no País é feita no Estado. Se o nosso adversário aqui no Estado é o PT como é que a gente podia votar no candidato dele lá em cima? Não havia condições, e ele soube entender.

(L.J): Como foi feita a escolha do nome de Raul para substituí-lo?

(D.S): Eu não vou continuar na presidência. Eu já tinha decidido não disputar e Deus também colocou no meu caminho essa fratura e eu me sinto em divida com o meu partido por não poder comparecer lá. É meu dever. Eu nunca faltei um dia. Se eu fosse funcionário público eu não teria um dia de falta. Todos os dias eu estava lá e agora eu me sinto privado de está lá, e isso se torna difícil para mim, saber que a minha ausência pode prejudicar o partido num ano pré-eleitoral, em que nós estamos preparando uma chapa forte de vereadores no Recife. Candidatura ainda não sei se vai ter ou não, ainda é cedo para saber, e eleger o maior número de prefeitos possível. Então, reunido com Jarbas, com Raul e outros companheiros, o nome que despontou em consenso foi o nome de Raul Henry, ele já é atualmente o secretário geral, cuja função é ser articulador do partido. Ele é experiente, é muito hábil, sem arestas e então, ele vai tocar isso aí, e eu tenho absoluta confiança que ele saberá fazer isso com a experiência que ele tem peculiar.

(L.J): Existem especulações de que Jarbas possa sair candidato para prefeito do Recife nas próximas eleições. O que o senhor acha do nome dele?

(D.S): Eu creio que não há postulação dele porque ele nunca abriu a boca para dizer que seria candidato. Há postulação de companheiros, há o reconhecimento porque ele foi por duas vezes o melhor prefeito do Brasil. Mas não sei se está no projeto dele. Competiria a ele dizer, embora, como ele acha que 2016 só se discute em 2016, ele ainda não tocou neste assunto, nem acredito que venha a tocar antecipadamente com a experiência que ele tenha. Agora, quem vai falar da competência de uma pessoa que dirigiu essa cidade por duas vezes sendo o melhor prefeito do País? Em termo de competência, de compromisso, de capacidade de gestão, ninguém vai discutir. Agora, a ele competirá dizer, caso convocado, porque ele não seria jamais candidato dele próprio. Se será candidato ou não a gente tem que ter paciência para esperar.

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(L.J): Caso essa candidatura se consolide, poderá ter um racha com o PSB?

(D.S): Não acredito que a gente tenha dificuldade de entendimento com o PSB não. Nós  construímos uma aliança muito sólida, está funcionando, tanto assim que o governador convidou um membro do PMDB para ser um vice dele e eu não acredito em falta de entendimento entre os dois partidos. São pessoas responsáveis, competentes e que jogam o jogo limpo da lealdade.

(L.J): O senhor chegou a conversar com Raul Henry sobre a liderança do partido?

(D.S): Conversar eu conversei muito, mas o Raul não precisa de orientação minha. O que eu sei, ele sabe. Trabalhamos juntos há muito tempo. É meu secretário atualmente, e como articulador político a gente sempre discute as estratégias como secretário geral e porque não como presidente? Claro, mas eu acho que ele assume em condições excelentes a direção do partido para que o partido tenha a missão que merece.

(L.J): Pernambuco passou por algumas dificuldades neste ano como as greves da Educação, Polícia Civil e a greve de ônibus. Em meio a esses problemas como o senhor avalia a gestão de Paulo Câmara?

(D.S): Não só ele, mas todos os governadores estão tendo grandes dificuldades por conta da incompetência e da irresponsabilidade da presidente da República. Ela quebrou o País. Você veja, o Chile tem uma inflação de 2% e 3% e uma taxa de investimento de 8%. O Brasil está com uma taxa apontada em mais de 9% e o investimento é negativo. A atividade econômica está totalmente prejudicada e com isso recai a arrecadação e diminui as possibilidades de se desenvolver um programa. Imagina na sua plenitude de como ele quer e deseja e de certo modo, mas a gente sabe que o governo não tem interesse de nem repassar o que é de direito para Pernambuco. Mas não só Pernambuco, mas de um modo geral, os Estados que têm governo que se opuseram a ela, têm sido muito penalizados, mas eu acredito que ele vai conseguir, ele está fazendo planos de contenção, operando redução de custos e despesas, e acredito que supere.

(L.J): Como o senhor avalia o pedido de impeachment de Dilma?

(D.S): Isso é o tempo que vai dizer por que um impeachment depende de dois fatores: primeiro o jurídico e depois o político. Provavelmente ela terá as contas dela de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas e a rejeição vai importar que ela praticou atos de improbidade administrativa, as famosas pedaladas, mas quem sabe o que a Câmara e o Senado vai fazer? Porque o Tribunal rejeita as contas, mas quem julga é o legislativo, e ela pode vir a ganhar. Então eu não me preocupo muito com isso porque era possível que houvesse fatos futuros que mobilizassem de tal modo a população, a exemplo do que foi feito com Collor, porque aí ela cairia, porque fundamento jurídico existe o que faltam são componentes políticos que podem vir ou não vir.

(LJ) Como se sente ao deixar à presidência do partido?

(D.S): Saio de alma lavada como o fundador do partido, que é o único que militei até hoje e com o sentimento de dever cumprido. Troquei o escritório de advocacia por um mandato gratuito. 

Confira a avaliação de Dorany sobre a política atual no vídeo abaixo:

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A três dias do início do recesso parlamentar na Câmara dos Deputados, o deputado Federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) se antecipou e fez nesta terça-feira (14) um balanço das ações do primeiro semestre. Em pronunciamento, o peemedebista fez duras críticas ao presidente da Casa Legislativa, Eduardo Cunha (PMDB) e a analisou de forma negativa o período marcado por “remendos e manobras regimentais”. 

Sem medir palavras, o parlamentar alfinetou a atuação do correligionário e classificou como precárias e medíocres as votações e discussões colocadas em prática na Câmara.  “A presidência quer passar uma imagem de que a Casa está atuando da forma devida. Mas não está. O período foi marcado por pautas, agendas e votações cheias de remendos e manobras regimentais”, disparou.

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O peemedebista pontuou à falta de discussões de alguns temas importantes na Casa e criticou o Projeto de Lei 4.333/04 que trata da terceirização. “O que foi aprovado na Casa em relação à terceirização não agradou nem os trabalhadores nem os empregadores. Os pontos da reforma política que já passaram são vergonhosos. Não houve nenhuma reforma até agora. E o tema da maioridade, onde dois lados da questão têm argumentos válidos, não podia ter passado com uma discussão rasa e remendada como ocorreu”, cravou.

Outros aspectos analisados pelo deputado são em relação aos horários de apreciações da matéria. Muitos deles se estenderam pela madrugada e para Jarbas significam “mostrar serviço à população” de forma equivocada. “Isso, na verdade, mostra como estamos trabalhando de forma precipitada e desordenada, atropelando as discussões e fazendo com que temas extremamente importantes para o País sejam votados de forma precária”, avaliou.

Cobrando o resgate do debate de qualidade e que o trabalho na Câmara dos Deputados seja organizado e decente, Vasconcelos finalizou o discurso classificando a atuação do primeiro semestre como medíocre. “Numa Casa onde está em jogo projetos e ações que mexem na vida da população brasileira, não é correto trabalhar de forma medíocre e confusa, como foi feito neste primeiro semestre”, destacou. 

A mobilização deste domingo (15) realizada na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, não contou apenas com a participação de populares. Com a presença de 8 mil pessoas, segundo a Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE), alguns políticos da oposição como os deputados federais Raul Jungmann (PPS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB) também fizeram questão de marcar presença no ato.

Segundo Jungmann, a manifestação deste domingo tem o objetivo de defender o país. “Uma caminhada em defesa do Brasil, contra a corrupção e o estelionato eleitoral da presidente Dilma que prometeu uma coisa e está fazendo outra”, disparou o pós-comunista, afirmando estar emocionado com a participação popular e comentando o evento da última sexta-feira (13), a favor da presidente Dilma. “A sociedade está em movimento e não há quem possa dizer a ela qual é a hora de parar ou qual é a hora de prosseguir. Ela é quem vai decidir, e acho também que a possibilidade que a gente não caminhe para uma polarização detém da sociedade. Está nas mãos da presidente”, ressaltou.

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Jungmann também avaliou alguns clamores da população como o impeachment da presidente e a volta da Ditadura. “Não é hora de impeachment não. É o momento de estarmos aqui a favor do fim da corrupção”, opinou, reprovando em seguida o pedido do retorno da Ditadura Militar. “Volta à ditadura é crime. A Constituição diz que quem atenta contra as instituições do país democráticas, comete crime. Quem pede a volta da ditadura é criminoso e tem que ser devidamente responsabilizado. O jogo é democrático. Ditadura é violência, é crime, é desrespeito a Constituição”, reforçou. 

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Outro político que fez questão de participar do protesto foi o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB). Mesmo sendo filiado do PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, o parlamentar não se esquivou em criticar a gestão de Dilma Rousseff (PT) e defender a o impeachment, apontando elementos favoráveis para a saída da petista. “Há todos os elementos. A confiança se esgotou, a paciência se esgotou, a irritação foi lá para cima e ninguém sabe em que isso vai dar, mas eu sei em que isso vai dar: o país vai parar totalmente paralisado: a economia, trabalho, e a gente não pode ver isso. Ela tem que sair (Dilma), mas tem que sair pelas ruas”, cravou o peemedebista.

Apesar de defender o impeachment da presidente, Jarbas se opôs a Ditadura, da mesma forma que Jungmann. “Tenho certeza que isso é uma minoria (quem defende a ditadura). O caminho não é esse. O caminho é a da democracia, da liberdade. Não pode corrigir um retrocesso, uma coisa ruim, com outra pior”, destacou o parlamentar.

*Com informações de Giselly Santos

O Partido dos Trabalhadores em Pernambuco divulgou um comunicado à imprensa na noite desta terça-feira (9) comentando sobre as denúncias e depoimentos divulgados pela revista Veja e sobre as acusações de Paulo Câmara (PSB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao partido. A nota faz um comparativo do número de operações de cobate a corrupção no governo petista e no governo de FHC. 

O comunicado segue com o partido repudiando as pessoas que tentam manipular os fatos e que fazem pré-julgamentos, mesmo com as investigações da PF. O PT afirma não aceitar que alguns sejam acusados e outros sejam isentos, afirmando que Câmara e Jarbas acusam o partido para isentar aliados.

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No final do texto, assinado pela presidente do partido no estado, Teresa Leitão, o partido afirma sentir orgulho por Dilma ser a única candidata que não precisou prestar esclarecimentos sobre contradições e que ela é a mais capacitada para assumir à Presidência. 

Confira a nota na íntegra:

Mais uma vez, como fez nas últimas eleições, a revista Veja abordou, em reportagem de capa, denúncias vinculadas a vazamentos de informações, de depoimentos e de delação premiada.

 Desta feita o assunto foi a Petrobrás, objeto da operação Lava-Jato, que é mais uma ação investigativa da Polícia Federal dentre as muitas realizadas no período dos Governos Dilma e Lula, totalizando o universo de 1.273 operações, com 15 mil presos desde 2003, enquanto no governo anterior do PSDB  apenas 48 operações foram realizadas pela mesma Polícia Federal.

 Também no que se refere à apuração e à punição da corrupção, um novo tempo foi iniciado nos governos de Lula e Dilma, no qual a autoridade policial e a CGU investigam, apuram e requerem instauração de processos e/ou prisão contra os responsáveis; no qual o Ministério Público Federal oferece denúncias e não as arquiva; e no qual os ministros indicados ao STF, pelos governos petistas, julgam e, algumas vezes, proferem condenações, independente da filiação partidária. Um quadro bem diferente relativamente aos governos dos opositores e acusadores do PT.

 Repudiamos, com vigor, os que tentam manipular os fatos e fazer pré-julgamentos no presente estágio das investigações empreendidas pela Polícia Federal, seguindo diretrizes da Presidenta Dilma. Não aceitamos que se pretenda isentar e defender alguns e, no mesmo momento, condenar outros, quando se conhece dos fatos apenas as notícias veiculadas na imprensa. Todos têm o direito à defesa e o dever da explicação.

 São exemplos dessa atitude as notas recentes do candidato Paulo Câmara e do senador Jarbas Vasconcelos que tentam direcionar suas acusações ao PT e isentar de responsabilidades aqueles que lhes convém. Claramente adotam dois pesos e duas medidas diante do presente estágio das apurações implementadas pelo Governo Dilma, através da Polícia Federal.

 Rejeitamos esses pré-julgamentos precipitados e essas acusações levianas que seguem a mesma linha de ódio adotada pelo senador Jarbas e por seus aliados históricos quando, até bem recentemente, voltavam as suas acusações virulentas contra os ex-governadores Eduardo Campos e Miguel Arraes, bem como contra os seus familiares. Hoje fazem o mesmo contra Lula e Dilma, com a surpreendente adesão dos nossos ex-aliados no PSB, em relação aos quais não conseguimos entender como esconderam tanto ódio ao PT durante os muitos anos de aliança, de exercício de ministérios e de apoio do PT, com  investimentos vultosos, aos projetos desenvolvidos em Pernambuco.

 Ao mesmo tempo, registramos o nosso imenso orgulho de ser a presidenta Dilma Rousseff a única dentre as candidaturas principais que não tem sido solicitada a explicar à opinião pública e à imprensa sobre contradições pessoais no trato da coisa pública, a exemplo das denúncias de privilégio de propriedade familiar por obra pública e aeroporto; de viagens de campanha em jato sem propriedade e origem conhecidas; e sobre uma suposta omissão de rendimentos à Receita Federal, dentre outras denúncias relevantes. Também em razão disso, entendemos que Dilma é a mais preparada e mais coerente para continuar presidindo o Brasil, aprofundando as mudanças e um novo ciclo de desenvolvimento sócio-econômico no País e em Pernambuco.

COMISSÃO EXECUTIVA ESTADUAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DE PERNAMBUCO

 

 

 

Enquanto o pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), segue pelo País a fora em busca de parcerias e de ser mais conhecido, seus correligionários articulam apoio em âmbitos federais. Nessa quarta-feira (7), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) reuniu em um jantar no seu apartamento, um grupo de 11 senadores e deputados federais do PMDB simpatizantes à candidatura do socialista, para assegurar apoio de peemedebistas contrários à aliança do partido com o PT. 

De acordo com o senador, a receptividade do ex-governador de Pernambuco é muito boa, por isso, acredito que sejam conquistados até 15 deputados federais do PMDB. 

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O jantar contou com as presenças dos senadores Pedro Simon (RS), Luiz Henrique (SC), Ricardo Ferraço (ES), Waldemir Moka (MT) e dos deputados federais Raul Henry (PE), Fábio Trad (MS), Danilo Forte (CE), Darcísio Perondi (RS), Osmar Terra (RS) e Geraldo Resende (MS). Dos senadores, apenas Luiz Henrique ainda não fechou com Eduardo, mas já definiu que não caminhará com o PT nas eleições deste ano.

Jarbas abriu o encontro colocando as razões que o levou a reunir o grupo e falou do interesse de Campos em ampliar o diálogo com lideranças do PMDB nos Estados. O presidenciável do PSB tinha pedido ao correligionário que articulasse essas conversas. Em seguida, todos os deputados e senadores colocaram suas opiniões e posicionamentos nos Estados, abrindo espaço para o apoio ao ex-governador de Pernambuco. Além do encontro no apartamento de Jarbas, o senador pretende promover novas reuniões.

 

Os dados revelados pela amostra do Instituto Maurício de Nassau (IPMN) nesta segunda-feira (14), que apontam um possível empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador, Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco foram avaliadas pelo senador Jarbas Vasconcelos. O peemedebista também comentou, antes do início do lançamento da pré-candidatura presidencial do líder do PSB em Brasília, que a visita presidencial da petista ao Estado é uma forma de “medir forças”. 

Questionado se acredita no crescimento eleitoral de Campos e da ex-senadora Marina Silva, o parlamentar disse não se impressionar com a baixa porcentagem de intenções de voto que o socialista possui atualmente. “Eu acho que os 3% que Eduardo tem hoje não devem impressionar. A gente está em 14 de abril, ele foi governador até ontem, é um ex-governador com administração exitosa e tem amplas condições de crescer”, pontuou, fazendo em seguida, um comparativo com Dilma. “A presidente da República tem uma situação privilegiada porque usa e abusa da estrutura governamental e tanto Eduardo como o próprio Aécio, vão ter condições a partir de agora, e, sobretudo, quando iniciar a campanha, mesmo com pouco tempo de televisão, terão oportunidades”, disparou. 

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Relembrando os quase 20 milhões de votos obtidos por Marina Silva há quatro anos com o tempo menor do que Eduardo tem hoje, o senador demonstrou satisfação em participar do pré-lançamento dos socialistas. “É um ambiente de festa, de alegria. É um ambiente positivo e eu acho que é um pontapé inicial e esse pontapé inicial dado aqui em Brasília, vai mostrar ao Brasil todo, que a gente tem candidato”, reforçou destacando comentários de que o líder do PSB teria mais tendências de crescimento.

Já abordando a questão da campanha, Jarbas acredita que tudo dependerá das táticas usadas até ás eleições, no dia 5 de outubro. “Vai depender muito da nossa competência, da ousadia do candidato, da disposição, da vontade política do candidato e foi importante que hoje nesta primeira quinzena de abril, a gente desse esse pontapé inicial”, festejou. 

Agenda de DilmaIndagado sobre a visita da presidente a Pernambuco, no mesmo dia do ato político de Campos, Vasconcelos criticou a petista. “Por conta de uma decisão atabalhoada dela, da agenda dela, mas não tem nenhum sentido. A presidente da República está querendo medir forças agora. Isso não se faz. Pode ser feito até na campanha, mas na campanha tem uma agenda própria eleitoral. Ela agora está antecipando uma agenda eleitoral e infelizmente ela está procedendo desse jeito. Ela não está vivendo num bom momento”, alfinetou. 

IPMN- Já sobre a pesquisa do IPMN, quando questionado pela equipe do LeiaJá sobre o possível empate técnico com a petista, o senador viu de forma tranquila. “É norma, é natural. A Dilma está numa exposição muito grande é natural, mas Eduardo vai virar, vai crescer”, disse respondendo em seguida a segunda indagação. “Isso até mesmo em Pernambuco porque ela tem uma força muito grande por causa do Bolsa Família”, justificou. 

* Com informações de Dulce Mesquita, direto de Brasília

O tradicional cozido do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) realizado sempre em sua residência, reunirá ainda neste mês, o senador e líder tucano no Senado Federal, Aloysio Nunes (PSDB-SP), além de outros convidados políticos. A confraternização será realizada no Janga, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). 

O anúncio da comemoração foi antecipado pelo próprio peemedebista durante entrevista a equipe do “Na Social” no almoço feito em homenagem ao cantor Cezzinha no último dia 11 de janeiro. “Um grande amigo que é o senador Aloysio Nunes do PSDB disse – quando é que vou conhecer seu cozido? – e eu disse que ia fazer. No dia 24 de janeiro eu vou fazer”, confirmou, soltando em seguida que chamará outros políticos para a festa, inclusive, especula-se a ida entre outros nomes do governador Eduardo Campos (PSB). 

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O "Na Social" completo com a entrevista na íntegra com o senador e detalhes do cozido que reuniu Cezzinha e artistas poderá ser conferido na próxima sexta-feira (17) no portal LeiaJá

 

 

 

O cenário eleitoral o PMDB em Pernambuco foi conversado nesta quarta-feira (25), em Brasília, durante reunião entre o prefeito de Petrolina, Julio Lossio, o senador Jarbas Vasconcelos e o deputado federal Raul Henry, todos peemedebistas. O encontro ocorreu no gabinete de Vasconcelos onde foi comentada a possibilidade do chefe do executivo municipal ser ou não postulante.

O principal objetivo do encontro foi aprofundar a análise do quadro sucessório em Pernambuco e discutir a posição do PMDB nos possíveis cenários eleitorais no estado. Na ocasião, Lossio reafirmou sua disposição de oferecer seu nome ao partido para disputar a eleição de governador, caso o PMDB não venha a ser contemplado na composição de uma chapa majoritária em uma aliança partidária no próximo pleito. O mesmo anseio já havia sido anunciado através de carta enviada ao presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp (PMDB).

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Outro assunto discutido com prioridade foi à reeleição de Jarbas nas eleições de 2014, além de formar chapas competitivas para deputado federal e estadual.  “A reunião discutiu basicamente o desejo de Lossio de se colocar como candidato ao governo. Então, ficou claro que caso o PMDB não se coloque em nenhuma chapa majoritária, a colocação dele é justa. É algo que pode ser apreciada no momento oportuno”, confirmou Raul Henry.

 

 

 

 

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 18/2013, aprovada nessa quinta-feira (11), no Senado Federal, foi elogiada pela vereadora do Recife, Priscila Krause (DEM). De autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), a iniciativa determina a perda imediata dos mandatos de parlamentares condenados, em sentença definitiva, por improbidade administrativa ou crime contra a administração pública. 

Para a democrata, o acatação do PEC é a boa notícia do cenário nacional da política. “Na política nacional, a notícia boa é a aprovação da PEC dos mensaleiros, de autoria do senador pernambucano Jarbas Vasconcelos. Passando na Câmara, condenados no Supremo perdem imediatamente o mandato, direto! Nada mais justo e coerente”, afirmou na página de seu facebook.

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Ainda em rede social, a parlamentar lamentou o travamento do julgamento do mensalão. “Por parte das más notícias, a possibilidade real de tudo voltar à estaca zero no caso do mensalão. Um absurdo que pode tornar este 12 de setembro, para nós brasileiros, o nosso marco terrorista. Estamos de olho, bom dia!”, desabafou.

A PEC do peemedebista foi aprovada em primeiro turno, com 69 votos a favor e apenas 1 contra. A matéria seguirá agora para a Câmara Federal dos Deputados.

 

 

A tentativa de ser novamente deputado federal nas próximas eleições já é certa para o parlamentar pernambucano Raul Henry (PMDB). Apesar dos boatos de que a cúpula do PMDB só apoiaria a candidatura de um dos peemedebistas, o deputado afirmou ao portal LeiaJá que tanto ele, quanto o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), tentarão uma reeleição em 2014. 

Henry afirmou fazer parte da disputa e se colocou a disposição. “Pretendo disputar”, disse. Já sobre os boatos do apoio do PMDB a um só candidato, ele negou. “Não, não. A princípio nós devemos tentar a reeleição de Jarbas para o Senado e eu estou me colocando para deputado federal”, confirmou, antecipando já haver articulações para nomes ao cargo de deputado estadual.

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Outro assunto que também teve a negativa do peemedebista foi a questão de uma possível articulação para o PMDB ser vice da chapa ao governo do Estado apoiada por Eduardo Campos (PSB). “Não tem nada falado sobre isso, são boatos divulgados na imprensa”, esclareceu.

Candidatura de Lossio – O deputado federal comentou ainda a candidatura do prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB), ao governo de Pernambuco. “Ele colocou o nome a disposição, mas também se encabeçarmos uma chapa ele apoiará”, afirmou elogiando em seguida o correligionário. “Julio é um quadro importantíssimo do partido e tem potencial para disputar qualquer cargo”, enalteceu.

Sobre um possível desgaste do partido avaliando a parceria entre Jarbas e Campos, sendo este último rival político de Lossio, Henry falou que a legenda procurará uma harmonia. “Nós temos um bom diálogo com Julio e nós vamos fechar um consenso com o partido”, pontuou. 

 

Armando Monteiro Neto (PTB) e João Paulo (PT), que aparecem empatados tecnicamente na primeira pesquisa para o Governo do Estado, com 25% e 23%, respectivamente, têm uma faceta em comum: se afirmam e se projetam para uma eleição majoritária sem apadrinhamento político.

Armando controla um partido, no caso o PTB, e como diz lá no Sertão, amarra o seu jegue onde quiser. João Paulo, por sua vez, embora filiado ao PT, não tem o controle do partido no Estado. Seus percentuais de intenção de voto se traduzem de fato pelo histórico de prefeito do Recife por duas vezes, tendo elegido um poste ao final do segundo mandato, no caso o ex-prefeito João da Costa, com quem rompeu.

Nem Armando nem João alimentam expectativas de contar com o apoio do governador Eduardo Campos. A tendência do PSB, por controlar o Estado há sete anos, é entrar na disputa com candidato próprio. Mesmo que Eduardo recue do seu projeto presidencial, as chances dele apoiar João Paulo para governador são remotíssimas.

O mesmo vale para Armando, que na eleição para prefeito do Recife se aliou ao candidato do PSB, no caso o prefeito Geraldo Júlio, de olho no apoio de Eduardo à sua candidatura a governador em 2014.

Mas se a fórmula de candidato próprio do PSB vale para descartar João Paulo, igualmente deve ser usada para justificar o não alinhamento ao projeto majoritário de Armando. Se prevalecer à tese do apadrinhamento o nome que vier a ser abençoado pelo ex-presidente Lula tem tanta chance quanto ao que vier a ser apoiado por Eduardo.

Porque a pesquisa aponta que 47% dos entrevistados podem votar num candidato indicado por Lula contra 37% em relação ao nome apontado pelo governador. Se Eduardo é um cabo eleitoral poderoso, pelos números atestados na pesquisa Lula não fica nada a desejar, um cenário que promete grandes emoções.

PESQUISA SENADOR– Hoje, última etapa de divulgação das pesquisas encomendadas pelo meu blog ao Instituto Opinião, postaremos o cenário para senador da República. Nas eleições do ano que vem, estará em disputa apenas uma vaga, hoje ocupada por Jarbas Vasconcelos, candidato à reeleição. Jarbas trabalha com a hipótese de contar com o apoio do governador Eduardo Campos, com quem se aliou no pleito passado em apoio ao prefeito Geraldo Júlio.

No caminho certo
Bater de frente contra o aumento da luz tem dado dividendos políticos extraordinários para o deputado Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP. Cotado para disputar o Senado, Da Fonte comemorou, ontem, o fato de seu nome ter aparecido com 1,6% na pesquisa espontânea para governador, mesmo percentual de Jarbas.

Volta por cima
Com exceção de João da Costa, Fernando Ferro e o presidente do diretório municipal, Oscar Barreto, o PT festejou os números do deputado João Paulo na pesquisa para governador do Instituto Opinião, contratada com exclusividade por este blog. Até porque João estava sendo considerado morto politicamente, em razão de ter sido o vice de Humberto no Recife.

O melhor, mas impedido
A pesquisa mostrou que o nome mais forte do PSB para entrar na disputa pelo Governo do Estado é o do prefeito Geraldo Júlio, que aparece com 7,5%. O problema é que o governador errou na escolha do vice de Geraldo. Luciano Siqueira, além de ser do PCdoB e não do PSB, é visto como uma pessoa não confiável para assumir o cargo numa renúncia de Geraldo.

Já gorou
A presidente Dilma recuou rapidamente na proposta maluca da convocação de um plebiscito para uma constituinte exclusiva sobre reforma política. Além de inconstitucional, a proposta é inadequada. Reforma política se faz emendando a Constituição e já tramita uma penca de projetos no Congresso. O que falta é decisão política para fazer andar. Nada mais!

CURTAS
ESTILO DILMA– A presidente Dilma não consultou nem comunicou nenhum deputado ou senador sobre o plebiscito para convocar uma Constituinte para promover a reforma política. Tomou a decisão com o núcleo duro do governo no fim de semana. E por isso mesmo se deu mal.

GOSTOU– O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), se animou com os percentuais entre 2,5% e 3% na pesquisa do Instituto Opinião para governador. “Nunca disse que seria candidato e tenho fincado raízes em minha cidade, sem cumprir nenhum tipo de agenda de pré-candidato”, disse.

Perguntar não ofende: Quem foi o aloprado que fez a cabeça de Dilma para convocar um plebiscito para fazer a reforma política?

O norte do encontro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ocorrido nesta sexta-feira (14), na cidade Carpina, Zona da Mata Norte do Estado esteve voltado para críticas às ações do Governo Federal e ao PT. No discurso do secretário-geral da sigla, deputado federal Raul Henry foram apontados vários aspectos da gestão petista. O peemedebista também aproveitou o evento para sair em defesa da possível candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à presidência da República. 

Henry destacou que o governo petista não fez os três pilares, que segundo ele torna um país desenvolvido: grandes reformas, investimento em infraestrutura e educação pública de qualidade. “O PT não fez nenhuma reforma, porque é populista. E o que o populismo gosta de fazer é o discurso fácil, para ter aplauso fácil. Mas agora, a crise está chegando e cobrando a conta do que não foi feito”, afirmou, referindo-se a volta da inflação.  

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As críticas ao PT seguiram durante toda a fala do peemedebista que não demonstrou preocupação pelo fato do vice-presidente ser de seu próprio partido, Michel Temer (PSNB), e está ao lado de Dilma na chapa presidencial. “Temos R$ 400 bilhões a mais de arrecadação, mas no lugar de se investir em infraestrutura, o recurso foi todo jogado no ralo do custeio”, alfinetou. 

Sobre educação, o deputado apresentou alguns dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2009 e considerou vergonhosa a situação do país. “Entre 65 países, se o Brasil fosse representado apenas pela rede privada, ocuparia a 18ª posição. Se fosse representado apenas pela rede pública, ficaria no 59° lugar, nesse ranking. Isso é vergonhoso, é a prova de que o Brasil não fez o seu dever de casa com relação à educação”, avaliou. 

Antes de terminar sua fala o peemedebista aproveitou o momento e a participação de integrantes da legenda para declarar abertamente apoio à candidatura de Eduardo Campos. “É a hora de mudar essa realidade para darmos melhor condição de vida para a nossa população. É por isso que nós estamos estimulando a candidatura à presidente do governador Eduardo Campos”, declarou.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) que já afirmou que o socialista é “candidatíssimo” também criticou o comportamento da presidente Dilma em relação à inflação. “O governo mente dizendo que não há inflação. Outra mentira: o país não está com controle de gastos. Está gastando muito e investindo pouco. Todo mundo está vendo isso”, soltou.

Palestra – Durante o evento houve a palestra do economista e consultor Sérgio Buarque. Ele defendeu um novo Pacto Federativo e sugeriu que haja uma descentralização radical das receitas com fortalecimento de estados e, principalmente, municípios. “O que pode ser feito no plano local não deve ser feito pela União. Não dá para prefeitos, vereadores e deputados estaduais terem que ir a Brasília para buscar recursos para construir, por exemplo, um centro poliesportivo. Agora, obviamente, se aumenta a receita, aumenta-se também a responsabilidade”, colocou.

Participantes - O segundo encontro regional do PMDB contou com a presença de lideranças de 12 municípios, entre elas: a vice-prefeita de Carpina, Marta Guerra, os prefeitos de Carpina, Carlinhos do Moinho, e o prefeito de Macaparana, Paulo Barbosa (Paquinha), o ex-prefeito de Abreu e Lima Flávio Gadelha, além dos deputados estaduais Gustavo Negromonte e Antonio Moraes e o presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio.

 

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), cumprirá durante toda esta terça-feira (16) agenda administrativa no Distrito Federal, em Brasília. Apesar de não ter sido divulgado as pautas que o administrador estadual discutirá, a assessoria de imprensa adiantou que ele terá inúmeras reuniões como representantes de ministérios nacionais.

Além dos encontros com os ministros, Campos também está cotado para participar de um jantar que será promovido pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) em Brasília. Recentemente, o socialista compareceu a um almoço do peemedebista realizado em sua casa no Recife e segundo a assessoria de imprensa do governador, a ida dele ao jantar é bem provável.

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Como dito pelo Portal LeiaJá anteriormente, para Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos é ‘candidatíssimo’ a presidência em 2014 , e o apoio dele é algo certo.

O senador, Jarbas Vasconcelos (PMDB), simpatizante do grupo dissidente que lançou o manifesto “Uma nova presidência e um novo rumo para a Senado”, se posicionou contrário a candidatura de seu colega de partido e também senador, Renan Calheiros (PMDB).

Ao falar sobre o documento, Jarbas reforçou que os senadores dissidentes, liderados por Cristovam Buarque (PDT) e Randolph Rodrigues (PSOL-AP), precisam fazer um registro da “degradação” da casa.

“O plenário do senado, para minha indignação, tem funcionado pior do que a mais esculhambada câmara do País. A sequencia de escândalos, os desacertos políticos e a má administração levaram ao chão a imagem combalida da instituição”, comentou Jarbas.

Ao falar sobre a eleição da mesa diretora, Jarbas criticou a administração do atual presidente, José Sarney (PMDB) argumentando que seus colegas de senado não se preocupam com o que interessa aos brasileiros. “O que resta é uma briga política rasteira pelo poder, comandada pelo senador José Sarney. Uma briga sem conteúdo, nem compromissos”, alfinetou Jarbas.

O PMDB pernambucano já dá passos rumo à dança das cadeiras nas convenções municipais do partido, que acontece entre os dias 11 e 12 de novembro e antecederão em um mês a eleição da cúpula estadual. A presidência do partido que hoje é representada por Dorany Sampaio, pode ter uma possível recondução, após o peemedebista ocupar o cargo há 25 anos. 

Conversas de bastidores dão conta de que existe uma movimentação da sigla, unida recentemente ao governo Eduardo Campos (PSB), por uma nova composição para o comando. O nome do deputado federal Raul Henry, atual secretário geral do PMDB, está sendo apontado, para uma possível substituição.

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As decisões estão sendo tomadas cuidadosamente. Já que Dorony é uma figura importante no partido, por ser fundador da legenda. Ele assumiu a presidência estadual do PMDB, sucedendo na ocasião o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Fernando Correa, já falecido. Os integrantes do partido têm respeito pelo dirigente, além dele ter grande liberdade com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), seu amigo de mais de 30 anos. 

Analisando o PMDB em cenário pernambucano, a perda de espaço e quadros desde o término do governo Jarbas Vasconcelos em 2006, pede providências ao partido. O partido já chegou a ter mais de dez parlamentares, se somado o número de representantes na Câmara do Recife, Assembleia Legislativa e Câmara Federal, além de dois representantes pernambucanos no Senado. Já hoje conta com apenas um vereador no Recife, André Ferreira, um deputado estadual, Gustavo Negromonte, um federal, Raul Henry e um senador, Jarbas Vasconcelos. 

Após 22 anos tratando-se como ‘inimigos políticos’, Jarbas e o governador Eduardo Campos voltaram a ficar do mesmo lado, situação que fez com que os peemedebistas refletissem sobre a necessidade de uma ‘mudança’ na cúpula. Para tanto, o Henry garante respaldo, pelo fato de sempre mostrar publicamente seu bom relacionamento com Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos, mesmo quando o senador e governador estavam rompidos. 

Com a mudança não está descartada a possibilidade da secretaria-geral ficar para o prefeito reeleito de Petrolina, Julio Lóssio. Além de estar em alta com o partido e poder receber a responsabilidade com prêmio, colocaria uma pedra no assunto ‘desfiliação’ da legenda, em que envolve Lóssio. Quem também pode estar na lista de reformulação do PMDB é a ex-prefeita de Olinda Jacilda Urquiza. 

Dorany afirmou a imprensa ser um ‘soldado do PMDB’ e que não teria problema de sair, acatando a decisão do partido. O peemedebista levanta as suspeitas de que será substituído. 

 

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