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O prefeito João Doria (PSDB) começou na manhã desta quinta-feira, 31, uma viagem que vai durar 48 horas, entre Campina Grande, na Paraíba, e Paris, na França, onde encontrará o presidente da França, Emmanuel Macron. O tucano, que viajou no seu jato particular, desembarca por volta das 17h no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, para pegar o voo de carreira para a capital francesa.

O períplo começou às 10h em cidade paraibana, onde o prefeito teve uma agenda típica de candidato: entrevista à televisão local, almoço com empresários e visita à Câmara Municipal da cidade, onde recebe o título de cidadão campinense. Na cidade da Paraíba, Doria foi recepcionado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e adotou um discurso mais moderado do que em viagens anteriores. Não xingou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e evitou o bordão "nossa bandeira nunca será vermelha".

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Em entrevista coletiva em Campina Grande, Doria disse que "não quer falar mal de ninguém". "Discurso de nós contra eles não é a melhor proposta para o Brasil". A fala acontece após o prefeito ser criticado por tucanos por seu discurso radicalizado contra o PT.

Cunha Lima, ao justificar o título de cidadão campinense, disse, em discurso para empresários, que o prefeito visitou o Estado quando era presidente da Embratur, nos anos 1980.

Doria também foi questionado sobre sua ausência em um jantar entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e prefeitos tucanos, em São Bernardo, na segunda-feira, 28. "Não foi o governador que ofereceu o jantar, foram os prefeitos que ofereceram", justificou. "O mesmo jantar foi oferecido a mim no mesmo lugar."

Paris

O prefeito desembarca em Paris na manhã desta sexta-feira, 1, e ficará até sábado. Sua primeira agenda será uma apresentação no Global Positive Forum, evento organizado pela Positive Planet Foundation. O anfitrião de Doria na cidade será o economista Jacques Attail, presidente da Positive Planet Foundation e ideólogo do presidente Emmanuel Macron.

Em suas duas paradas, o programa Corujão da Saúde, parceria com hospitais privados para reduzir a fila de exames, foi escolhido como principal vitrine de sua administração.

A Prefeitura de São Paulo foi acusada pela professora Marcella Campos, diretora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), de limitar a merenda das crianças nas escolas municipais de ensino.

Diante disso, os professores da rede pública municipal se reuniram no último sábado (19) e convocaram a realização de um ato público em frente à sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, exigindo o fim do racionamento e a garantia de merenda de qualidade para as crianças. O ato será realizado às 16h da próxima quarta-feira (23).

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Essa situação foi denunciada por diversos professores municipais nas redes sociais. Eles afirmam que todos os dias centenas de crianças pedem para comer um pouco mais da merenda e não têm permissão. Marcella Campos diz que os alunos estão sendo marcados à caneta para que haja um controle maior de quem já comeu e que a qualidade na alimentação está prejudicada. “Desde o início do ano, professores e funcionários vêm denunciando a queda na qualidade e na quantidade da merenda servida. Segundo esses relatos, a merenda que antes alimentava durante uma semana, agora tem que durar um mês”, afirmou a diretora da Apeoesp.

Em resposta às acusações, o prefeito João Dória disse nas redes sociais que a limitação da merenda “é para combater a obesidade infantil, problema grave que atinge muitas crianças em nossa cidade.” Dória ainda afirma que não se trata de racionamento, e sim “uma readaptação na merenda fornecida.”

Na breve passagem do prefeito João Doria (PSDB), no Recife, na noite dessa sexta (18), uma coisa ficou muito clara: o tucano não é um homem que se deixa intimidar seja lá qual for a pergunta. Ao ser questionado pelo LeiaJá sobre se existia alguma articulação do presidente nacional da sigla, Aécio Neves, para que o prefeito fosse candidato em 2018, ele não se contentou em dizer que desconhecia, como também rasgou elogios ao senador afirmando que tinha admiração por Aécio, além de afirmar que sentia respeito e o considerava um amigo e parceiro.

Mas os elogios de Doria não foram apenas a Aécio, apesar de todas as acusações envolvendo o seu nome. O prefeito da maior cidade brasileira também falou sobre Michel Temer (PMDB). "O presidente Michel Temer tem sido sempre muito gentil comigo como de resto é a sua característica", enalteceu.

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O tucano, durante a coletiva de imprensa no MV Empresarial, no bairro da Imbiribeira, onde esteve para receber uma homenagem da LIDE-PE, também chamou o presidente do Brasil de elegante. "Ele é elegante no trato e manifestou carinho e uma atenção muito especial quando esteve em São Paulo na semana retrasada".

Apesar de falar sobre a sintonia com o peemedebista, Doria deixou claro que não tem interesse em deixar o PSDB. "Eu não tenho interesse e desejo de deixar o PSDB, partido o qual sou filiado desde 2001. Eu não me filiei ao PSDB com interesse eleitoral ou político, me filiei como empresário porque acredito no PSDB e nos seus princípios".

O prefeito chegou a dizer que o regime parlamentarista não é uma má ideia. "Deve ser debatido no âmbito do Congresso Nacional. Cabe à Câmara e ao Senado tomar essa decisão, mas não é ruim. Vários países no mundo, Canadá, vários países na Europa convivem bem com o regime parlamentaria e funciona muito bem".

No Recife, na noite desta sexta (18), além de detonar Lula afirmando que deseja que o ex-presidente seja candidato em 2018 para que perca o pleito e, dessa forma, "enterrar o mito", João Doria (PSDB) disse que os governos de Lula e Dilma quase destruíram o país.

O prefeito de São Paulo também falou que seu "antagonismo" com o líder petista vem de muito tempo. "Eu já fazia isso no setor empresarial. O governo do PT no Brasil, os 13 anos lulista e dilmista, quase destruíram o Brasil e, acima de ser prefeito de São Paulo, eu sou brasileiro. A minha voz não se cala pela condição de ser prefeito. Ao contrário, ela ecoa na condição de prefeito da maior cidade brasileira", declarou.

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Continuando a criticar o PT, o tucano que se encontra na capital pernambucana para receber uma homenagem da própria empresa que fundou, a LIDE, disse que o petismo fez muito mal ao Brasil. "Fez mal ao Brasil porque produziu 14 milhões de desempregados e 7 milhões de subempregados, portanto 21 milhões de brasileiros em sofrimento nas ruas de todo o país. Além do assalto aos cofres públicos, uma recessão de três anos da história econômica do Brasil e a pior imagem do Brasil no plano internacional".

 

O empresário não se contentando ainda afirmou que o PT é "um péssimo exemplo" para crianças e jovens brasileiros. "Porque o PT estabeleceu que pode roubar, que roubar é bom, que é bom mentir, para viabilizar um projeto político e ideológico. Minha voz continuará sendo contrária e firme em relação a isso", ressaltou.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), durante visita ao Recife na noite desta sexta (18), demonstrou que não está nem um pouco incomodado com as acusações que envolvem o nome do presidente nacional do seu partido, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que chegou a ser afastado do seu mandato acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Aécio também foi acusado de pedir e receber R$ 2 milhões a um dos donos da JBS, Joesley Batista. 

Questionado pelo LeiaJá se o senador, que já foi candidato à presidência da República, estaria sendo um "articulador" para uma possível candidatura dele, Doria, que nega disputar o pleito disse que desconhecia esse fato. "Mas se essa possibilidade existir, vamos trabalhar sobre ela. Eu não recebi essa informação, mas aproveito para reafirmar aqui o meu carinho e a minha admiração pelo senador Aécio Neves", frisou.

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Doria também fez uma série de elogios ao senador mineiro. "Eu tenho muito respeito pelo senador, que é um amigo e um parceiro. Eu ajudei na campanha presidencial dele, aliás, fiz isso com muito entusiasmo e com muita vibração", rememorou.

O prefeito também chegou a dizer que ficou "muito triste" com a derrota de Aécio para Dilma Rousseff.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), desembarcou no Recife na noite desta sexta-feira (18) para receber uma homenagem do LIDE-Pernambuco. O curioso que a honraria que ele receberá é da própria entidade que fundou, que hoje está presente em 18 países e 18 cidades brasileira. O evento acontece no MV Empresarial, na Imbiribeira. 

Como era esperado, o tucano falou sobre Lula. Inclusive, hoje, ele chegou a chamar o líder petista de "preguiçoso e covarde". Doria foi questionado porque defende que o ex-presidente volte a ser candidato na eleição de 2018. "Eu defendo que ele seja candidato. Obviamente, que cabe à Justiça. Lula tem seis indiciamentos é uma condenação de nove anos e meio de prisão e é a Justiça que deve decidir. A Justiça comum e a eleitoral se ele pode ou não ser candidato", declarou

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Apesar da declaração amena, em seguida, Doria chegou a dizer que sua vontade de que ele disputasse o pleito era para que o petista fosse derrotado. Segundo ele, só assim "o mito Lula seria enterrado".

"Eu defendo que ele seja candidato e perca. Que seja derrotado pelo voto nas eleições de 2018 porque assim nós enterramos o mito. Depois Luiz Inácio será submetido ao juízo da Justiça. Caberá à Justiça definir qual será o seu endereço será em São Bernardo ou em Curitiba", disparou.

O prefeito João Doria xingou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "sem vergonha", "corrupto", "covarde" e "preguiçoso" nesta sexta-feira, 18, durante um almoço com empresários em Fortaleza.

"Eu não queria. Tinha prometido a mim mesmo que não faria, mas vou mandar um recadinho para o ex-presidente Lula: você, além de sem vergonha, preguiçoso, corrupto e covarde, declarou hoje que o João Doria não deveria viajar, mas administrar a cidade de São Paulo. Lula, além de tudo talvez você não saiba ler. Você é inexpressivo. Na primeira avaliação (da gestão) eu fechei com 70% de aprovação, enquanto o seu prefeito Fernando Haddad fechou com 15%", disse o tucano em tom exaltado.

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Após a fala de Doria, que usava um boton com bandeira do Brasil, o tema da vitória de Ayrton Senna começou a tocar nas caixas de som. O prefeito encerrou o discurso com uma variação do seu slogan das eleições de 2016: Acelera, Brasil.

Depois de receber títulos de cidadão de Salvador (BA) e Natal (RN), o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) foi surpreendido com a rejeição da proposta para que ele fosse agraciado com a honraria em Teresina. Para ser aprovada, a proposta deveria ter o apoio de no mínimo 20 dos 26 vereadores, mas conquistou apenas 18. A capital é administrada por tucanos já 20 anos, atualmente quem governa a cidade é o prefeito Firmino Filho (PSDB) que, inclusive, tem a maioria na Casa, o que não influenciou na votação. 

O vereador Luis André (PSL) foi quem propôs o título a Doria "pelos  relevantes serviços prestados à capital" piauiense. "Fiz o que pude para a aprovação, mas não deu", observou em entrevista concedida a veículos locais. “O prefeito tem desenvolvido uma gestão que é um exemplo a ser seguido. Teresina está fazendo parcerias e pode fazer muito mais”, acrescentou, prometendo que vai reapresentar a proposta em 2018.

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Entre os que rejeitaram a proposta está o vereador Edilberto Borges (PT). Ele justificou o voto dizendo que o prefeito paulista "nunca contribuiu para a cidade". "Ele se apresenta apresenta como novidade, como se fosse Sassá Mutema, o Salvador da Pátria, mas fala do Nordeste de forma pejorativa", disparou.

Já a vereadora Graça Amorim (PMB) fez referência a ação da Prefeitura de São Paulo comandada por Doria com relação aos moradores de rua. “Fui secretária de Ação Social em governos do PSDB, e na nossa gestão nós criamos Casas do Caminho para moradores do rua. Então a forma truculenta que essa questão é tratada em São Paulo não me sai da cabeça”, declarou.

João Doria vem sendo cotado como um pretenso candidato do PSDB à Presidência da República em 2018 e nos últimos dias tem visitado capitais de diversos estados. Em Salvador, na Bahia, por onde passou no último dia 7 ele foi recepcionado com uma ovada. O prefeito vem a Pernambuco nesta sexta-feira (18), para receber uma homenagem do LIDE, grupo empresarial criado por ele em São Paulo. 

Na próxima sexta-feira (18), o polêmico prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), vem ao Recife onde receberá uma homenagem da própria instituição que fundou. Antes, nesta quarta-feira (16), o tucano vai até a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, receber o título de cidadão natalense. O fato inusitado é que o evento não vai acontecer na Câmara Municipal da cidade, e sim em um teatro que pertence ao empresário e amigo de Doria, Flávio Rocha, que fica dentro do Shopping Midway Mall. 

Se depender dos que são contra o prefeito, ele não receberá a comenda. Alguns grupos contrários à homenagem como o Movimento de População em Situação de Rua e as Frentes Brasil Popular e Brasil sem Medo organizaram um protesto. Com o mote “Doria nunca será natalense”, às 9h, está marcada uma manifestação em frente ao Midway, localizado na Avenida Salgado Filho.

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Em uma página criada no Facebook para convidar a população para participarem diz que “Doria é responsável por uma política conservadora e reacionária higienista e racista de criminalização da pobreza”.

Título recifense

No final de junho passado, durante uma entrevista à Rádio Jornal, Doria se despediu afirmando que estaria no Recife “em um mês ou um mês e meio” para receber o título de cidadão recifense. “Em breve estarei aí em Recife. Vou receber o título de cidadão recifense. Com muito orgulho estarei aí, dentro de um mês, um mês e meio, no nosso Recife para receber esse título que me honra muito”, chegou a dizer. 

No entanto, não há propostas nem na Câmara Municipal nem tampouco na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

 

 

Pela terceira vez em uma semana, o prefeito da capital, João Doria (PSDB), participa de um evento fora do Estado. Nesta quarta-feira, 16 de agosto, o tucano viaja ao Rio Grande do Norte para receber o título de cidadão natalense. Mas, desta vez, diferentemente do que ocorreu em Salvador, quando Doria foi alvo de uma ovada em frente à sede do Legislativo, a homenagem não vai ocorrer na Câmara Municipal da cidade, mas no Teatro Riachuelo, do empresário e amigo Flávio Rocha, que também será festejado pelos parlamentares com a medalha Padre Miguelinho. Localizada dentro do Shopping Midway Mall, a casa é privada e receberá apenas convidados.

São 1.490 lugares no teatro - o plenário da Câmara comporta 120 pessoas. Para entrar no teatro, será preciso apresentar o convite na porta. Segundo o cerimonial da Câmara Municipal de Natal, todos os segmentos da sociedade foram contemplados com entradas, como políticos, empresários, representantes do Poder Judiciário e de movimentos sociais.

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A cota destinada a cada um desses grupos não foi informada e alguns grupos contrários à homenagem, como as Frentes Brasil Popular e Brasil sem Medo e o Movimento de População em Situação de Rua, convocaram protestos para uma hora antes do evento, marcado às 10h. A promessa é de um ato pacífico, sem ovos, e com apresentações de grafiteiros, em referência à batalha de Doria contra grafites sem autorização e pichações pela capital paulista.

O decreto legislativo que permitirá a homenagem ao prefeito paulistano é de autoria do vereador e presidente afastado da Câmara, Raniere Barbosa (PDT) - ele é suspeito de participar de um esquema que desviou R$ 22 milhões da Secretaria de Serviços Urbanos de Natal, e nega qualquer irregularidade. O projeto foi apresentado no dia 16 de maio e aprovado dez dias depois.

Em sua justificativa, o parlamentar afirma que Doria merece a homenagem porque foi incluído, em 2016, na lista dos cem líderes de maior reputação no Brasil, de acordo com a empresa Merco. Barbosa citou ainda que entre 1986 e 1988, quando o tucano foi presidente da Embratur, os investimentos no turismo do Rio Grande do Norte e, sobretudo, na capital se intensificaram. Afastado por ordem judicial, Barbosa, no entanto, não estará presente na cerimônia.

"Homenagear João Doria é homenagear alguém que não respeita qualquer noção básica de direitos civis e humanos. Alguém que tem tratado a população de rua de São Paulo como lixo, e não como gente. E que não tem serviços prestados a nossa cidade. Definitivamente, não merece a homenagem", disse a vereadora Natália Bonavides (PT-RN), esperada no protesto.

Já o presidente da Câmara em exercício, Ney Lopes Júnior (PSD), nega que a decisão de homenagear Doria seja política. "O que existe são adversários políticos querendo politizar a cerimônia", afirmou. Ele lembra que o título de cidadão natalense também será entregue ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em data ainda não certada. "Onde o vereador (que propôs o título a Lula) quiser que seja a cerimônia, eu vou determinar que seja. O mesmo tratamento será dado ao ex-presidente".

Lopes Júnior nega ainda que a mudança para o teatro tenha acontecido após as manifestações contra o tucano em Salvador. "De forma alguma. A decisão de ser no teatro se deu porque o número de convidados era muito grande. O agraciado Flávio Rocha ofereceu o teatro para que a solenidade fosse lá. A Câmara não está tendo nenhum gasto", afirmou.

Manifesto

Um manifesto que circula nas redes sociais pede a revogação do título de cidadão natalense ao prefeito do João Doria. Sem autoria identificada, o texto repudia a decisão da Câmara de Vereadores e questiona "qual fato da biografia do Sr. João Doria o aproximou da sociedade natalense". Segundo a assessoria da Casa Legislativa, porém, o manifesto ainda não foi entregue até a manhã desta terça-feira.

Se uma das justificativas da Câmara Municipal para entregar o título é o período em que Doria ocupou a presidência da Embratur, o mesmo argumento é usado pelo manifesto para criticar a decisão. "A maior aproximação do Sr. João Doria com o Nordeste ocorreu quando esse teve a oportunidade de atuar como presidente da Embratur e que, no exercício dessa função pública, nunca se dedicou à proposição de uma política consistente para o desenvolvimento turístico do Nordeste, sendo, inclusive, criticado por entender que a valorização midiática da seca, e não as características culturais do povo nordestino", diz o texto.

Embora o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindipetro-RN) afirme não ter nenhum protagonismo na autoria do texto, funcionários e até diretores têm compartilhado e incentivado sua assinatura. O diretor de Comunicação, Márcio Dias, concorda com a iniciativa. "Não existe nenhuma ofensa ao prefeito, mas o título de cidadão deve ser entregue a alguém que tenha prestado relevante serviços àquela cidade, o que não condiz com a realidade. Não sei nem se Doria já esteve aqui em Natal", disse.

Filiada ao PT, a dona de casa Rejane Soares, de 54 anos, disse que tomou conhecimento do manifesto pelo Facebook, e deu sua assinatura. "Nós temos pessoas aqui no Estado que merecem esse título, que fazem muito mais pela capital, e nem são reconhecidas", disse. Como o manifesto não é assinado, o Estado não conseguiu entrar em contato com a organização do texto para saber o número de assinaturas já coletadas. Doria não comentou.

Cria do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito da capital paulista, João Dória, também de linhagem tucana, é mais um caso da velha política em que a criatura se rebela contra o criador. Picado pela mosca azul, o aspirante palaciano resolveu antecipar a briga interna no partido com o próprio Alckmin empreendendo uma maratona de viagens pelo País.

Ontem, em Tocantins, foi recebido aos gritos de “presidente”. Posso até estar errado, mas Dória é a cara da elite paulistana, encarna a imagem dos empresários gulosos da poderosa Fiesp. É tudo que o ex-presidente Lula queria como adversário. A própria cara dele remete a um almofadinha. Fala uma linguagem distante do povão, sem apelo, sem eco nas almas que engrossam as filas abaixo da linha de pobreza no País.

Embora na linguagem convencional seja uma espécie de picolé de chuchu, sem gosto e sem apelo, o governador Geraldo Alckmin tem uma trajetória de sucesso como gestor público. Ninguém governa por quatro vezes o maior Estado do País se não tiver uma longa folha de serviços prestados, ações voltadas para a grande maioria da população. Tanto isso verdade que a própria vitória de Doria, no primeiro turno frente a Fernando Haddad, é fruto do apelo do seu Governo bem aprovado.

Doria está na estrada, longe do seu gabinete em São Paulo, porque existe um vácuo na cena eleitoral de 2018 diante do tamanho estrago provocado pela Laja Jato e, consequentemente, o deserto de novas lideranças, capazes de gerar na sociedade a confiança e esperanças. Mas todo mundo tem o direito de sonhar. Quem não sonha, perde a razão de viver.

Difícil, entretanto, será Doria convencer de que sua postulação não está remetida a traição ao projeto do seu criador, que tem muito mais chão e envergadura. Tem uma frase do Padre Fábio de Melo que se aplica perfeitamente a esta situação que Alckmin administra com o prefeito carimbado pelo seu poder em São Paulo: “Traição é igual a um consórcio: um dia você será contemplado”. Que o governador paulista possa despertar, antes que seja tarde.

EM TOCANTINS – João Doria foi recepcionado na manhã de ontem, em Palmas (TO) por uma claque uniformizada com camisetas lançando seu nome à Presidência da República em 2018. Faixas foram espalhadas pela cidade com dizeres como “Tocantins quer Doria presidente” e “O Brasil precisa de gestão”. O prefeito viajou a convite do senador tucano Ataídes Oliveira (TO), que afirmou desconhecer o responsável pela criação tanto da camiseta como das faixas com os dizeres "Doria Presidente". De acordo com o senador, a camiseta foi “um corpo estranho” dentro do evento. “É muito cedo ainda para falarmos de eleição. O PSDB tem bons nomes. Doria é um deles, assim como o governador Geraldo Alckmin, que faz um trabalho extraordinário”, afirmou.

Cabe num fusquinha - A oposição ao governador Paulo Câmara, com raras exceções, sequer se anima para fazer barulho na programação da agenda “Pernambuco de verdade”, iniciativa do líder na Alepe, Silvio Costa Filho (PRB). Em mais uma maratona, ontem, desta feita pela Mata Sul, apenas seis dois 12 parlamentares oposicionistas

deram as caras por lá. Os mais assíduos, faça-se justiça, são o próprio Silvio, Augusto César (PTB), Socorro Pimentel (PSL) e Álvaro Porto (PSD). Edilson Silva, do Psol, na foto ao lado, parece que perdeu o entusiasmo pela resistência dialética ao Governo. Só esteve em apenas uma programação, mesmo assim, na plenária, já no apagar das luzes.

Distritão é incerteza – O líder do Governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), diz que a mudança do sistema eleitoral para o chamado distritão não tem hoje os votos necessários para ser aprovado pela Câmara. A expectativa é que a reforma política seja votada, amanhã, pelo plenário. “A grande maioria prefere aprovar o distritão, mas tem partidos que fecharam questão contra, como o PT, PR, PRB. Por ser uma PEC, que precisa de 308 votos, eu não posso afirmar que vai passar o distritão. Eu até creio que hoje o distritão vai ter a maioria dos votos, mas também creio que hoje não tem os 308 votos necessários para ser aprovado”, disse.

O vice de Doria – Integrantes do DEM andam tão apaixonados com a possibilidade de lançar o prefeito de Salvador, ACM Neto, à vice-presidência na chapa do tucano João Doria que só veem vantagens no namoro, segundo antecipou, ontem, o colunista Lauro Jardim, da revista Veja. Até a ovada que o prefeito de São Paulo tomou na visita à capital baiana, na semana passada, virou motivo de comemoração: avaliam que o episódio deu uma forcinha para torná-lo mais popular no Nordeste. Tem gente, inclusive, chamando Neto de "o Macron da Bahia".

Proteção ao consumidor – Projeto de lei do ex-senador Douglas Cintra (PTB) penalizando a empresa que não cumprir a data da entrega da mercadoria ou serviço acertada em contrato com o consumidor foi aprovado, ontem, na Comissão de Transparência e Defesa do Consumidor. Pela proposta, a punição se dá nos contratos que incluem o serviço de entrega, alterando o Código de Defesa do Consumidor. O adquirente será ressarcido do valor cobrado pela entrega ou, se quiser, poderá cancelar a compra, sem ônus. Como tinha caráter terminativo, seguirá direto ao exame da Câmara, sem passar pelo plenário do Senado. Empresário do comércio atacadista e do segmento de supermercados, Cintra vê na sua iniciativa mais uma medida de proteção ao consumidor.

CURTAS

COMPESA – A deputada Laura Gomes (PSB) apresentou, ontem, em plenário, voto de aplauso à Compesa, por ter conquistado o inédito Prêmio de Melhor Empresa de Saneamento do Brasil, em evento ocorrido semana passada, em São Paulo. A Companhia pernambucana concorreu com todas as similares do país, públicas e privadas, passando por rigorosa avaliação da situação econômico-financeira, patrimonial e de planejamento estratégico. O evento envolveu as 300 melhores empresas nacionais, distribuídas em 27 setores especializados.

HOMENAGEM – Uma homenagem ao compositor Onildo Almeida, autor de “A Feira de Caruaru”, que será realizado no próximo sábado, no Polo Caruaru, vai encerrar a X Semana do Patrimônio Cultural de Caruaru. O evento teve início de ontem e tem como tema as políticas públicas e a gestão do patrimônio. No Polo Caruaru, Onildo será homenageado com uma exposição biográfica, a exibição do documentário “Onildo Almeida – Groove Man”, de Helder Lopes e Cláudio Bezerra e o lançamento do livro “Onildo Almeida – Cidadão da Feira”, de Marcelo Leal.

Perguntar não ofende: O Distritão vai morrer na beira da praia?

Em périplo pelo país, o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) vem ao Recife na próxima sexta-feira (18). Como o LeiaJá já havia adiantado, na passagem pela capital pernambucana o tucano vai receber uma homenagem do Grupo de Líderes Empresarias (LIDE). Doria é fundador do Sistema LIDE, presente hoje em 18 cidades brasileiras e 18 países. O evento será às 19h, no MV Empresarial, na Imbiribeira.

O LIDE Pernambuco é a segunda unidade com mais filiados no país, perdendo apenas para São Paulo. Na ocasião, João Doria vai receber uma placa com as assinaturas dos três presidentes dos LIDEs do estado: Drayton Nejaim pela unidade LIDE-PE; e Sophia Lins e André Farias, respectivamente, pelos capítulos temáticos LIDE Mulher e LIDE Futuro.

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João Doria vem sendo cotado como um pretenso candidato do PSDB à Presidência da República em 2018 e nos últimos dias tem visitado capitais de diversos estados. Em Salvador, na Bahia, por onde passou no ultimo dia 7 ele foi recepcionado com uma ovada, já nessa segunda-feira (14), ao desembarcar em Palmas, no Tocantins, o tucano foi recebido com faixas e camisetas que pediam “Doria presidente”. 

Apesar da citação como eventual candidato, para disputar o cargo em 2018 Doria ainda terá que enfrentar a resistência do seu padrinho político e pré-candidato à Presidência, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Também nessa segunda, em um vídeo publicado nas redes sociais, João Doria reafirmou “lealdade” a Alckmin. Entretanto, não cancelou as visitas agendadas para cidades do Nordeste e outras Regiões. 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), negou nesta segunda-feira, 14, em Palmas, ser candidato a presidente. "Vim buscar ensinamentos positivos em Palmas, principalmente na área de Educação", afirmou, ao ser recebido com faixas com a frase "Tocantins quer Doria presidente" e por militantes com camisetas que "antecipavam" a campanha de 2018.

O prefeito viajou a convite do senador tucano Ataídes Oliveira (TO), que afirmou desconhecer o responsável pela criação tanto da camiseta como das faixas com os dizeres "Doria Presidente".

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O prefeito da capital tocantinense, Carlos Amastha (PSB), e o deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) negaram ter mandado pôr as faixas pró-Doria presidente e distribuído camisetas. "São fãs, pessoas que querem ver o Brasil no rumo certo", alegou Olyntho. No entanto, na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, quatro portadores de faixas, trajados com as camisetas, confirmaram ser funcionários do deputado estadual do PSDB do Tocantins.

No gabinete de Amastha, Doria atacou, no entanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Sou honesto e decente. Não sou Lula e não sou o PT", afirmou, com ênfase, ao ser perguntado sobre a relação da incorporadora Cyrela com as ações na cracolândia. O secretário extraordinário de Investimento Social da Prefeitura da capital paulista, Cláudio Carvalho de Lima, foi diretor da construtora.

Para desocupar a cracolândia, o prefeito de São Paulo criou o Projeto Redenção, que visa tirar os viciados das ruas e encaminhá-los para os serviços sociais e de Saúde. Com diversas ações na região, até agora Doria apenas tirou do lugar os dependentes químicos, mas eles se deslocaram para áreas próximas, como a Praça Princesa Isabel.

Recentemente, ele criou um comitê para cuidar das doações à Prefeitura da capital, que, de acordo com o prefeito, chegam a R$ 700 milhões. Na chefia da comissão, está Lima. Doria afirmou que a Cyrela, assim como "muitas outras empresas", está entre as doadoras.

Além de uma reunião com integrantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da qual é vice-presidente, e secretários municipais, o prefeito participou de encontro do PSDB, na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, e se reuniu com empresários num colégio de Palmas.

Prévias

De acordo com Doria, a possibilidade de haver prévias no partido em dezembro não o afeta. Ele considerou que as prévias são "saudáveis". "Não faço avaliação sobre questões políticas, se elas são vantajosas ou não para mim. Faço sobre aquilo que é bom para a população. Eu sou fruto das prévias em São Paulo", lembrou. "Se não tivessem havido prévias em São Paulo, eu não estaria aqui, hoje, como prefeito da cidade."

São Paulo tem 55 programas de privatização, que devem ser postos em prática a partir de setembro. Criticado pela oposição por querer "vender" a capital paulista, Doria foi perguntado se, caso eleito presidente, fará o mesmo com o Brasil. "Não se trata de vender São Paulo nem de vender o Brasil. Trata-se de ser favorável a um Estado menor e mais eficiente. A busca da eficiência implica em ter um Estado de menor tamanho com melhor desempenho, sobretudo em Saúde, Educação, Habitação, Assistência Social e Segurança Pública."

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi até o Palácio dos Bandeirantes na noite deste domingo (13) onde gravou um vídeo ao lado do governador Geraldo Alckmin no qual reafirma sua "amizade" e "lealdade" ao padrinho político.

"Não há nada que vá nos dividir, nada que vá nos afastar, nada que vá nos colocar em campos distintos", diz Doria no vídeo.

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A iniciativa do prefeito visa minimizar a crise aberta com o governador após Doria intensificar sua agenda de viagens nacionais e articulações com partidos para pavimentar uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2018.

"João é um amigo querido desde os tempos do Mário Covas", diz Alckmin no vídeo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse na tarde desta sexta-feira, 11, não acreditar que o prefeito de São Paulo, João Doria, deixe o PSDB para concorrer à presidência por outro partido. "Sou amigo do Doria há muitos anos, mas acho que ele não sairá do PSDB. E, como eu acho que Doria é um cara sério, de palavra e leal, ele só será candidato se for candidato pelo PSDB com apoio do Geraldo (Alckmin, governador de São Paulo)", afirmou Maia.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira revela que o presidente Michel Temer disse a Doria que as portas do PMDB estão abertas caso o prefeito queira migrar para outra legenda para viabilizar uma eventual candidatura à presidência. Doria nega ser candidato, mas tem se movimentado em sentido contrário, o que tem provocado reação de seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que não esconde o interesse em concorrer à Presidência.

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A reportagem também relata que o prefeito de São Paulo também foi sondado por outros partidos, entre eles o DEM. Rodrigo Maia afirmou que não tem conhecimento da sondagem ao tucano. "Que eu saiba não", disse Maia quando questionado sobre o assunto. "Não participei disso".

Maia disse que o DEM deve aproveitar o momento de crescimento, impulsionado por sua própria eleição para a presidência da Câmara e pela perspectiva de aumentar a bancada com a migração de deputados de outros partidos, principalmente o PSB.

A ideia, segundo ele, é viabilizar uma candidatura do partido à presidência. "Acho que o DEM tem que construir um projeto fora do PSDB", disse ele, não descartando uma aliança em um eventual segundo turno "com eles ou com a gente".

Maia, que já assumiu a presidência na ausência de Temer, no entanto, descarta seu próprio nome para uma candidatura ao Palácio do Planalto. Seu plano é tentar as reeleições, para deputado e para presidente da Câmara. Segundo ele, neste momento o partido deve pavimentar a construção de candidaturas a governador para que haja "aeroportos" a um eventual candidato presidencial do partido. A estimativa é eleger 12 a 14 governadores do partido em 2018. O principal nome seria o de seu pai, o vereador pelo Rio de Janeiro, César Maia. "É para isso que estou trabalhando no Rio. Para que o DEM dê condições de viabilizar essa candidatura", disse.

O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) pode desembarcar no Recife ainda no mês de agosto. A previsão é de que o tucano venha a capital pernambucana no próximo dia 18 para um evento do Grupo de Líderes Empresarias (LIDE) em Pernambuco. Doria é fundador do sistema LIDE, presente hoje em 18 cidades brasileiras e 18 países. O grupo pernambucano prepara uma homenagem ao tucano. 

A direção do LIDE no Estado informou que o evento ainda não está confirmado, mas o prefeito anunciou que neste mês pretende fazer viagens pelas capitais do Nordeste, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). João Doria é cotado como um pretenso candidato do PSDB à Presidência da República em 2018. Na última segunda-feira (7), ele esteve em Salvador, na Bahia.

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Procurada pelo LeiaJá, a assessoria de comunicação da Prefeitura de São Paulo afirmou que, na próxima semana, João Doria vai cumprir agenda em Natal, no Rio Grande do Norte, e que no dia 18 de agosto, até o momento, está prevista uma passagem por Fortaleza, no Ceará. 

Em meio à divisão do PSDB em relação à permanência no governo e à investida de setores do PMDB sobre cargos comandados por tucanos infiéis, o presidente Michel Temer distribuiu afagos ao prefeito de São Paulo, João Doria, uma das principais lideranças do PSDB a defender a manutenção da aliança com o peemedebista.

"Vejo aqui um parceiro e um companheiro. Alguém que compreende como ninguém os problemas do país", disse Temer, na manhã desta segunda-feira, 7, em evento na Prefeitura.

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Temer e Doria assinaram um acordo que prevê a concessão à prefeitura de parte do Campo de Marte, hoje sob controle da Força Aérea, para construção de um parque e de um museu aeroespacial. A disputa judicial entorno da área vem desde 1958.

Temer se aproveitou do tema para fazer mais um afago ao prefeito. "Quanto tempo os astronautas levaram para tentar chegar a Marte e o João Doria em menos de sete meses chegou a Marte", disse o presidente em referência ao curto período de tempo de Doria na prefeitura.

Tanto o prefeito quanto o presidente usaram o simbolismo do ato para reforçar o discurso em torno da conciliação nacional, presente nos primeiros discursos de Temer ainda durante o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e, assim, tentar dar um ar de normalidade ao governo e deixar para trás as denúncias de corrupção menos de uma semana depois de a Câmara ter rejeitado a abertura de processo para investigar o presidente.

"Nós precisamos conciliar as posições e ele (Doria) está fazendo algo que defendemos há algum tempo", disse Temer.

Com apenas 5% de aprovação popular, segundo pesquisas de opinião, Temer optou por destacar a importância de melhorar a relação com prefeitos e governadores para sustentar o discurso de conciliação.

"Sempre sustentei que temos uma federação pela metade, uma federação capenga, uma federação não verdadeira porque em uma federação real nos dias de hoje há que botar o prestigiamento dos Estados e dos municípios. E graças a Deus temos feito isso", afirmou.

Frente aos afagos do presidente, Doria voltou a negar que seja candidato à Presidência da República nas eleições do ano que vem. Segundo ele, as relações com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fiador de sua candidatura a prefeito e principal nome do PSDB para a disputa ao Planalto, continuam "excelentes".

De acordo com Doria, Alckmin, que tinha presença confirmada no evento de acordo com a agenda do prefeito, desistiu de ir ao ato para não ofuscar o papel da prefeitura no acordo em torno do Campo de Marte.

"Ele (Alckmin) foi generoso", disse Doria.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a preferência das intenções de votos para a disputa pela Presidência da República, mesmo após ser condenado a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com um levantamento divulgado pelo Vox Populi, nesta sexta-feira (4), o petista aparece com 42% no cenário espontâneo, seguindo do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) com 8% e de Marina Silva (Rede) com 2%. 

Ainda nas citações espontâneas, a pesquisa encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), também mostra o juiz Sérgio Moro com 1% das intenções de votos, o mesmo que Ciro Gomes (PDT), Joaquim Barbosa, João Doria (PSDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). O senador Aécio Neves, de acordo com os dados, não é mencionado. 

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Quando o cenário é estipulado, Lula tem 47%, Alckmin 6%, Bolsonaro 13%, Marina 7% e Ciro 3%. Ao substituir o governador de São Paulo pelo prefeito João Doria, o petista aparece com 48% das intenções de voto, Bolsonaro mantém os 13%, Marina tem 8% e Doria recebe 4%, o mesmo que Ciro Gomes. 

Segundo turno

Ao aferir sobre um eventual segundo turno, com Jair Bolsonaro ou João Doria, Lula alcança 53% da preferência. Enquanto eles têm, respectivamente, 17% e 15%. Já se os adversários forem Geraldo Alckmin ou Marina Silva, o petista recebe 52% das intenções. Os dois teriam 15% cada. 

De acordo com o Vox Populi, a pesquisa foi às ruas entre os dias 29 e 31 de julho, ouvindo 1999 pessoas com mais de 16 anos, em 188 municípios do país. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

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O prefeito João Doria se reuniu na tarde desta segunda-feira, 31, em seu gabinete na Prefeitura de São Paulo, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A conversa durou cerca de 45 minutos.

"Foi uma análise geral de circunstância. A gente sempre conversa. Fizemos uma análise da conjuntura", disse o ministro, na saída do encontro, sem dar mais detalhes. Os dois negaram ter conversado sobre a votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer, que será votada na Câmara, próxima quarta-feira, 02.

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Gilmar Mendes agradeceu a participação de Doria em um encontro promovido por ele em Portugal e convidou o prefeito para fazer uma palestra no Instituto de Direito Público, do qual é fundador.

A gestão do prefeito João Doria (PSDB-SP) negocia um empréstimo de R$ 1 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para começar, ainda neste ano, um programa de recapeamento de 6 milhões de metros quadrados de asfalto nas ruas de São Paulo. Agentes do banco e da Prefeitura devem ter reuniões para decidir os termos do acordo na próxima semana.

Será o primeiro empréstimo tomado pela Prefeitura com o banco desde a gestão Marta Suplicy (PMDB), encerrada em 2004, segundo Doria. O prefeito disse que fez o pedido da cifra de R$ 1 bilhão ao presidente do banco de fomento, Paulo Rabelo de Castro, durante almoço que ambos tiveram na última sexta-feira. "Não sei se eles vão dar essa quantia, mas é ela que pedimos", disse o tucano. A reportagem não conseguiu contato com o BNDES neste sábado.

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Doria ofereceu como garantias ao empréstimo o plano de desestatização lançado no primeiro semestre. O prefeito está em viagem à China nesta semana para apresentar os projetos a investidores estrangeiros. A equipe de Doria já havia identificado a necessidade de enfrentar o problema do asfalto da cidade de forma mais enfática. O acordo prevê que recursos obtidos com outorgas e outros pagamentos referentes ao plano garantiriam o retorno do empréstimo ao banco.

Fechado o acordo, Doria pretende anunciar o recapeamento como "o maior da história da cidade". "Asfalto é um investimento social. Todos usam, quem está de carro, quem está de ônibus", disse. As vias recapeadas deixarão de ter lombadas, ainda de acordo com o plano do prefeito: onde houver necessidade, serão instaladas lombofaixas, faixas de pedestre elevadas, que já existem por exemplo em ruas que dão acesso às Marginais do Tietê e do Pinheiros.

O prefeito estima que os serviços poderiam começar tão logo os recursos sejam liberados, uma vez que a contratação das obras é feita por licitação simples, do tipo tomada de preços, sem necessidade de grandes projetos. A cidade conta com uma usina de asfalto, localizada na Barra Funda, zona oeste, que seria desativada. Em seu terreno, área de operação urbana, a Prefeitura pretende construir moradias populares.

Originalmente, o plano de metas da Prefeitura, apresentado à Câmara Municipal há três semanas, previa o recapeamento de 400 quilômetros de vias até 2020, por meio de um programa chamado Asfalto Novo. A cidade tem 17 mil quilômetros de vias. O custo previsto no plano era de R$ 480 milhões em serviços de custeio, sendo que R$ 310 milhões viriam do Tesouro municipal. O plano previa que a Prefeitura prospectasse parcerias que pudessem ampliar a quantidade de vias recapeadas. "Essa negociação é muito maior do que o plano de metas", disse o prefeito.

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