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A Justiça de Goiás acatou, na tarde desta terça-feira, a segunda denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra um grupo criminoso que manipulava o resultado de jogos de futebol das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Os 16 denunciados nesta segunda fase da operação Penalidade Máxima II são acusados de manipulação de oito jogos da Série A realizados em 2022, um jogo da Série B também realizado em 2022 e quatro jogos de campeonatos estaduais de 2023, incluindo Campeonatos Paulista e Gaúcho.

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Para tanto, os jogadores envolvidos no esquema receberiam valores que, de acordo com o MP-GO, variavam entre R$ 50 mil a R$ 500 mil para provocarem eventos específicos em jogos previamente selecionados, como cometimento de pênaltis, cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida, diferença de gols no primeiro tempo, entre outros.

Os acusados nessa fase da investigação são Bruno Lopez de Moura, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos, que se encontram presos desde o dia 18 de abril, Ícaro Fernando Calixto de Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo Dos Santos, William De Oliveira Souza, Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann, Gabriel Ferreira Neris, Victor Ramos Ferreira, Igor Aquino Da Silva, Jonathan Doin, Pedro Gama dos Santos Júnior, Fernando José da Cunha Neto e Matheus Phillipe Coutinho Gomes.

Em sua decisão, o juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais, autorizou o compartilhamento de todas as provas produzidas durante a investigação com órgãos de fiscalização, investigação ou disciplinar e o encaminhamento de cópia do processo ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Sobre a participação de Bruno Lopez, o juiz destacou na decisão que, após a primeira fase de operação Penalidade Máxima, que teve início em novembro do ano passado, o MP -GO apontou indícios de corrupção em, pelo menos, outros nove jogos recentes, realizados entre novembro de 2022 a fevereiro de 2023. As manipulações que tratam essa segunda denúncia ocorreram nos seguintes jogos:

JOGOS SOB SUSPEITA DE MANIPULAÇÃO

PALMEIRAS x JUVENTUDE - Brasileirão

JUVENTUDE x FORTALEZA - Brasileirão

GOIÁS x JUVENTUDE - Brasileirão

CEARÁ x CUIABÁ - Brasileirão

RED BULL BRAGANTINO x AMÉRICA- MG - Brasileirão

SANTOS x AVAÍ - Brasileirão

PALMEIRAS x CUIABÁ - Brasileirão

BOTAFOGO x SANTOS - Brasileirão

SPORT RECIFE x OPERÁRIO DE PONTA GROSSA - Série B

GUARANI x PORTUGUESA - Paulistão

RED BULL BRAGANTINO x PORTUGUESA - Paulistão

ESPORTIVO BENTO GONÇALVES x NOVO HAMBURGO - Gauchão

CAXIAS x SÃO LUIZ - Gauchão

Um tribunal do Quênia anunciou, nesta terça-feira (2), que processará o pastor Paul Nthenge Mackenzie sob a acusação de "terrorismo" após a morte de 109 pessoas em uma floresta no sudeste do país, onde membros de sua seita se reuniam.

O homem é acusado de ter exortado seus seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas a morrer de fome "para encontrar Jesus" na floresta de Shakahola, um caso que comoveu o religioso país do leste africano.

O autoproclamado pastor compareceu a um tribunal na cidade de Malindi nesta terça-feira, junto com outros oito réus. Ele parecia calmo e vestia uma jaqueta esportiva rosa e preta, segundo um jornalista da AFP.

Após a audiência, foi transferido para Mombaça, a segunda cidade do Quênia, onde existe "um tribunal habilitado para julgar casos que dependam da lei de prevenção do terrorismo", disse a promotora Vivian Kambaga.

Outro pastor, um dos mais famosos do país, Ezekiel Odero, deve comparecer a um tribunal de Mombaça nesta terça-feira.

O tribunal deve resolver um pedido da Promotoria para mantê-lo preso por 30 dias, tempo para realizar a investigação sobre seu possível envolvimento no chamado "massacre na floresta de Shakahola".

Segundo a acusação, "existem informações confiáveis que ligam os corpos exumados" nesta floresta a "vários fiéis inocentes e vulneráveis" da Igreja Nova Vida de Odero.

A polícia estabeleceu que alguns assassinatos podem ter ocorrido nas instalações do culto Odero, disse a Promotoria.

Os investigadores querem verificar se seus corpos foram "preservados em um necrotério privado" e depois "transportados e enterrados na floresta de Shakahola".

O televangelista Odero é acusado de "assassinato", "suicídio assistido", "sequestro", "radicalização", "crime contra a humanidade", "crueldade contra crianças" e "fraude e lavagem de dinheiro".

A descoberta de mais de 100 corpos, a maioria de crianças, na floresta de Shakahola chocou o país. O saldo ainda é provisório porque a exumação das valas comuns ainda não terminou.

Muitas das vítimas pareciam ter morrido de fome. Mas as primeiras autópsias realizadas na segunda-feira em uma dúzia de cadáveres também revelaram duas mortes por asfixia.

O escândalo reacendeu o debate sobre a regulamentação dos cultos no Quênia, um país predominantemente cristão que tem 4.000 "igrejas", segundo dados oficiais.

O presidente William Ruto prometeu agir contra aqueles que "usam a religião para promover uma ideologia obscura e inaceitável" e os comparou a "terroristas".

Para conceder guarda provisória de Filó ao influenciador Agenor Tupinambá, permitindo o reencontro entre o jovem de 23 anos e a capivara neste domingo, 30, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da 9ª Vara Federal Cível de Manaus, considerou que o local onde o animal estava - o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) - contava com 'irregularidades que colocam em risco sua saúde e sua vida'.

A avaliação se deu com base em laudo apresentado por Tupinambá à Justiça. O documento, assinado por veterinários, classificou como 'inadequadas' as condições a que foram submetidas a capivara no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Márcio André Lopes Cavalcante determinou que o documento elaborado por veterinários seja encaminhado ao Ministério Público Federal para que sejam 'tomadas providências', considerando que há outros animais que ainda se encontram no Cetas.

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De acordo com a decisão Tupinambá ficará responsável pela capivara até o desfecho da ação por ele impetrada na Justiça. Depois que a capivara retornar à casa do influenciador, ele deverá prestar informações à Justiça sobre a saúde do animal. Além disso, também terá de dar 'livre acesso' aos órgãos ambientais para fiscalização da capivara.

Ao conceder a guarda provisória, o juiz ponderou que a devolução da capivara ao antigo tutor é 'medida plenamente reversível'. "Caso, ao final do processo, conclua-se que as condições em que o animal vive no centro de triagem do Ibama são melhores do que aquelas em que ele vivia, será possível o seu retorno ao Cetas. O que talvez seja irreversível será a manutenção da capivara no Cetas tendo em vista que, pelo relato da equipe técnica, existe concreto risco à saúde do animal", anotou o magistrado.

Influenciador 'vive na floresta'

No despacho assinado neste domingo, 30, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante avaliou que o impasse envolvendo Filó 'é fruto de um profundo desconhecimento da realidade do interior do Amazonas e de um choque cultural'.

Para o magistrado, o influenciador morador da zona rural do interior do Amazonas, 'vive em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali existentes'.

"Não há muros ou cercas que separam o casebre de madeira do autor em relação aos limites da floresta. Os animais circundam a casa e andam livremente em direção à residência ou no rumo do interior da mata. Não há animais de estimação no quintal da casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica. Percebe-se, portanto, que não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos da Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas do Brasil", assinalou.

Em decisão judicial assinada na madrugada deste domingo, 30, o juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante concedeu a guarda provisória da capivara conhecida nas redes sociais como Filó para o influenciador Agenor Tupinambá. O animal silvestre foi entregue ainda na manhã deste domingo, 30, para o influenciador, conforme publicou a deputada estadual pelo Amazonas Joana Darc (União Brasil), que vem auxiliando Tupinambá legalmente no caso.

"Concedo a tutela provisória de urgência para que, até o desfecho, seja defupierida a guarda provisória da capivara Filó a Agenor Bruce Tupinambá. Como consequência, determino que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) seja compelido a fazer a entrega do animal ao autor, imediatamente", consta na decisão da Justiça assinada digitalmente pelo juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante às 1h04 deste domingo, publicada nas redes sociais da deputada Joana.

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O influenciador poderá levar a capivara para o seu habitat natural, desde que comprove que o transporte será realizado por meios seguros. "Enquanto não se efetiva o transporte de Filó, ela deverá permanecer no Zoológico do Tropical Hotel, considerando que o autor informa já ter obtido o aval do biólogo Ricardo dos Santos Amaral", consta na decisão.

Procurado, o Ibama ainda não se pronunciou sobre a decisão até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para manifestação.

Tupinambá, que ficou conhecido por mostrar sua rotina com o animal silvestre, entregou a capivara ao Ibama na quinta-feira, 27, na cidade de Manaus (AM), após nove dias de disputa para mantê-la.

No último dia 18 de abril, o jovem de 23 anos foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal e multado em cerca de R$ 17 mil, além de ter sido notificado a retirar os conteúdos com a capivara da web. Ele compartilhava o seu dia a dia com a Filó em uma fazenda em Autazes, interior do Amazonas.

Até então, em outra decisão judicial publicada na tarde de sábado, 29, apenas havia a autorização para que integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) acompanhassem os trabalhos no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), para onde a capivara havia sido levada.

"Concedo liminar para autorizar que a Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na pessoa de sua presidente, deputada Joana Darc, acompanhada de assessores parlamentares e médicos veterinários possa adentrar ao Ibama, mais especificamente no Cetas, para que possam fiscalizar as instalações e realizar avaliação clínica e física da capivara Filó, devendo ser disponibilizado total acesso ao animal, sem qualquer embaraço", constava na decisão da Justiça anterior, também do juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante, publicada nas redes sociais da deputada Joana Darc.

Na ocasião, ainda no fim da noite de sábado, o Ibama afirmou que não existia decisão judicial determinando a devolução da capivara para Tupinambá, embora estivessem sendo veiculadas informações em redes sociais. O órgão citava que o animal silvestre estava sob cuidados no Cetas de Manaus.

Segundo a deputada, a nova decisão, que foi divulgada na madrugada deste domingo, foi tomada após a visita feita ao local onde estava a capivara. Nas redes sociais, ainda no sábado, a deputada disse que durante a vistoria foram encontrados remédios e vacinas vencidos, além de um "ambiente insalubre".

O Ibama rebateu as acusações. "A deputada Joana Darc foi ao local, observou o animal e divulgou informação falsa de que haveria vacinas vencidas. O protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres. O objetivo do Ibama após avaliação técnica é devolver a capivara à natureza garantindo o seu bem-estar e o cumprimento da lei", disse em nota no sábado.

Conforme o Ibama, os Cetas funcionam como unidades para tratamentos e reabilitação de animais vítimas do tráfico ou resgatados. Desde janeiro deste ano, devolveram à natureza, após reabilitação, 5,6 mil animais no País. O trabalho desses centros é fundamental para a proteção da fauna brasileira e manutenção do equilíbrio ambiental, disse o órgão federal.

Depois da noite na sede de Superintendência da Polícia Federal, na Lapa (zona oeste de São Paulo), o empresário Thiago Brennand tem seu primeiro encontro com a Justiça brasileira neste domingo, 30, no fórum criminal da Barra Funda, onde passa por audiência de custódia.

O magistrado que conduzir a audiência questionará Brennand sobre as condições da sua prisão, para garantir que houve respeito às garantias constitucionais do acusado. Ao fim da audiência, ele será levado para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. As cinco ordens de prisão preventiva deverão ser cumpridas em um estabelecimento penal estadual.

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Depois de um processo de extradição que durou mais de seis meses, Brennand chegou ao Brasil no começo da noite de sábado, 29, em um vôo da Air France. Desde setembro do ano passado, às vésperas da primeira ordem de prisão ser expedida, o empresário deixou o País com destino a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes.

Preso no exterior no último dia 17, seu processo de extradição teve fim neste sábado. Usando boné, máscara de proteção facial e sentado no banco de trás de uma das quatro viaturas da PF que integraram o comboio, o empresário deixou o aeroporto de Guarulhos em direção à sede da PF.

No sábado, Brennand foi visitado pelo filho, um adolescente de 17 anos. Em um dos oito processos aos quais ele responde na Justiça de São Paulo, o empresário é acusado de corrupção de menores por questões envolvendo o rapaz.

Além do advogado Eduardo César Leite, que já vinha o acompanhando nas últimas semanas, mais três advogados de Recife vieram a São Paulo acompanhar os primeiros trâmites da custódia de Thiago Brennand. No sábado, eles não deram entrevista.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) suspendeu parcialmente, neste sábado (29), a liminar que determinava o bloqueio temporário do Telegram no Brasil. O desembargador federal Flávio Lucas proferiu a decisão em mandado de segurança criminal apresentado pela empresa contra a medida imposta pela Justiça Federal de Linhares, no Espírito Santo, onde houve dois atentados em escolas em novembro de 2022. A investigação dos ataques é o objeto que motivou a solicitação da Justiça ao aplicativo de mensagens. 

De acordo com o jurista, o bloqueio da plataforma “não guarda razoabilidade, considerando a afetação ampla em todo território nacional da liberdade de comunicação de milhares de pessoas absolutamente estranhas aos fatos sob apuração”. Contudo, a multa diária de R$ 1 milhão aplicada foi mantida, já que o Telegram mantém a decisão de não enviar as informações. 

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Flávio Lucas também destacou na menina que a regulamentação das redes sociais no Brasil “ainda é insuficiente e que é necessário estabelecer regras mais claras e específicas para evitar abusos, proteger tanto a sociedade como os usuários, de forma equilibrada, sopesando direitos individuais e coletivos, numa ponderação substancial de interesses constitucionais”. Em uma publicação para os usuários do Brasil, através das redes sociais, o Telegram informou que a Justiça brasileira pediu dados “impossíveis” de serem repassados. 

O relator do mandado de segurança também enfatizou que o mensageiro é reincidente no problema e que, historicamente, tem “embates com o Poder Judiciário”, por não atender as solicitações de fornecimento de dados: “É preciso que as empresas de tecnologia compreendam que o cyberespaço não pode ser um território livre, um mundo distinto onde vigore um novo contrato social, com regras próprias criadas e geridas pelos próprios agentes que o exploram comercialmente. As instituições e empresas, tal qual a propriedade privada, devem atender a um fim social, devem servir à evolução e não ao retrocesso”, pontuou Flávio Lucas. 

Entenda a solicitação da PF 

A Polícia Federal requereu do Telegram o envio de dados cadastrais com nomes, números de CPF, fotos dos perfis, informações bancárias e dos cartões de crédito cadastrados, dentre outros dados de grupos neonazistas que se organizavam através da plataforma. As informações seriam anexadas a uma investigação sobre os ataques às escolas de Aracruz, no Espírito Santo. 

O aplicativo, contudo, não entregou os dados cadastrais dos integrantes do canal, alegando que o grupo extremista teria sido excluído e, por isso, não teria como fornecê-los. Já a autoridade policial sustentou que o grupo se encontrava ativo quando o pedido foi formalizado, estando as informações, então, disponíveis para o Telegram. 

 

O deputado André Janones (Avante-MG) foi condenado a pagar o valor de R$ 5 mil por danos morais ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por postagem em rede social feita em 2022. A decisão é da Justiça de Minas Gerais em primeira instância - cabe recurso.

Durante a campanha eleitoral, Janones escreveu, no Twitter, que um "vereador pedófilo" estava questionando o porquê de sua OAB estar suspensa. Ferreira era vereador em Belo Horizonte. Assim que soube da intimação, Janones disse que o parlamentar estava com a "consciência pesada".

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Ferreira rebateu Janones. "Quem questionou sua OAB suspensa? Quem postou os documentos? Fui eu. E você me acusou na mesma publicação", escreveu.

Janones nega que a postagem seja direcionada ao parlamentar. O juiz Flavio Catapani não aceitou a argumentação da defesa de Janones sob argumento que havia um histórico de embates entre ambos.

Ao Estadão, Janones reafirmou que a postagem não era direcionada à Nikolas Ferreira, mas sim ao ex-vereador Gabriel Monteiro, acusado de estupro, e que se encontra preso desde o início de fevereiro.

Janones afirmou que entrará com recurso. "Confio na justiça, porém, caso a decisão seja mantida, irei pagar a indenização ao invés de atacar a justiça como fazem os bolsonaristas", disse. Em sua página, Ferreira comemorou a decisão, mas reiterou que irá entrar com recurso para que o valor a ser pago por Janones seja maior.

Ferreira comparou o valor com o montante que deverá indenizar Duda Salabert. Ele foi condenado a pagar R$ 80 mil por danos morais contra a deputada e ironizou a situação. "Quando digo que a grama é verde, sou condenado em 80 mil. Quando Janones me acusa de estar envolvido com pedofilia e estupro, é condenado em 5 mil… irei recorrer pra que esse valor aumente e ele se retrate publicamente. Um homem defende sua honra, ainda mais contra esse canalha", publicou.

A Justiça de Sorocaba, no interior de São Paulo, mandou arquivar o inquérito aberto pela Polícia Civil contra a ex-detenta Elize Matsunaga por suposto uso de documento falso. O juiz acatou parecer do Ministério Público apresentado no último dia 13 por entender que a falsificação era de tal forma grosseira que seria impossível produzir o efeito de enganar alguém. Em liberdade condicional desde maio de 2022, Elize trabalha como motorista de aplicativo em Franca, também no interior.

Em fevereiro de 2023, Elize foi detida pela Polícia Civil de Sorocaba após uma denúncia de que ela havia adulterado um atestado de antecedentes para facilitar sua entrada em condomínios a trabalho.

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Quando morou na cidade, entre o final de 2022 e o início deste ano, Elize havia sido admitida em uma empresa de pintura que atuava em condomínios fechados. Alguns condomínios exigiam a apresentação de atestado de antecedentes por esses funcionários.

A investigação apurou que o documento de antecedentes criminais usado pela ex-detenta era de outra pessoa e que o nome dela de solteira, Elize Araújo Giacomini, havia sido sobreposto ao original. Um celular e um notebook da suspeita chegaram a ser apreendidos para perícia. Ouvida pela polícia, Elize negou o crime e atribuiu a suposta adulteração do atestado a outro funcionário da empresa.

Na época, com base na denúncia apresentada contra ela, o Ministério Público Estadual em Franca chegou a pedir que Elize voltasse à prisão, pois teria violado a sua condicional. Se o pedido fosse acatado, Elize voltaria a uma cela da Penitenciária Feminina de Tremembé, onde cumpriu a maior parte da pena. Uma decisão da Vara de Execuções Criminais negou o pedido por entender que a ex-detenta estava em dia com as obrigações relativas ao cumprimento da pena no regime aberto.

Já o MP de Sorocaba, após analisar o inquérito concluído pela polícia, considerou que se tratava do chamado crime impossível, pois a falsificação "era grosseira e não tinha condições de enganar ninguém". Segundo a promotoria criminal, ela usou uma cópia do documento original com péssima qualidade de impressão e erro grosseiro quanto à data de nascimento.

Na decisão, o juiz afirmou que, não havendo caracterização de conduta criminosa, não há que se falar em crime. Ao determinar o fim do processo, o magistrado fez uma ressalva de que a ação, que está em segredo de justiça, pode ser reaberta se surgir algum fato novo relevante.

O advogado de Elize, Luciano Santoro, disse que a decisão favorável a ela já era esperada, pois em nenhum momento houve prática de crime. Como o pedido de arquivamento partiu do MP, não deve haver recurso contra a decisão do juiz.

O crime

Elize Matsunaga foi presa em 2012, após matar com um tiro na cabeça e esquartejar o corpo do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, dono da indústria de alimentos Yoki. O crime foi cometido no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, em São Paulo. Partes do corpo da vítima foram espalhadas em áreas verdes da Região Metropolitana.

Presa, Elize confessou o crime. Ela foi condenada inicialmente a 19 anos e 11 meses de prisão, mas sua defesa entrou com recurso. Em 2019, a justiça reduziu a pena para 16 anos e 3 meses. Em maio de 2022, ela conseguiu a progressão para o regime aberto.

Nesta quarta-feira (26), a Justiça Federal do estado do Espírito Santo determinou a suspensão do aplicativo Telegram no Brasil, devido a empresa não ter entregado à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma. As empresas de telefonia Oi, Claro, Tim e Vivo serão notificadas, assim como as empresas de tecnologia Google e Apple, responsáveis pelas lojas de aplicativo e PlayStore e AppStore, respectivamente.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), confirmou a informação. “A PF pediu, e o Poder Judiciário deferiu, que a rede social que não está cumprindo as decisões, no caso o Telegram, tenha uma multa de R$ 1 milhão por dia e suspensão temporária das atividades, exatamente porque há agrupamentos lá, denominados frentes antissemitas, movimento antissemita, atuando nestas redes. E nós sabemos que isso está na base da violência contra nossas crianças, nossos adolescentes”, explicou o ministro.

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A decisão foi assinada pelo juiz Wellington Lopes da Silva, da 1ª Vara Federal de Linhares, que também determinou a ampliação da multa aplicada ao Telegram de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.

Segundo a Polícia Federal, o pedido de acesso aos dados do grupo neonazista foi feito depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Araracruz, descobriu a interação do assassino com grupos criminosos pelo Telegram.

 

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública abriu processo administrativo contra o Telegram, após a empresa não ter fornecido informações sobre contas e conteúdos publicados na plataforma relacionados aos ataques em escolas. Segundo o ministro Flávio Dino afirmou nesta quinta-feira, o aplicativo está sujeito a sanções se continuar a descumprir regras de moderação estipuladas pela Portaria 351, publicada pelo governo após atentados em São Paulo, que resultou na morte de uma professora, e Blumenau (SC), que teve quatro mortos.

"O prazo já está esgotado. O Telegram é, tradicionalmente, de difícil contato, de difícil diálogo. Nós vimos isso durante as eleições. De forma que será tratado como uma instituição que não respondeu à notificação da Secretaria Nacional do Consumidor", afirmou o secretário nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous, durante coletiva de imprensa nesta quinta.

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Dino e Damous confirmaram a abertura de "processo administrativo sancionador" contra o Telegram e reforçaram que o prazo de cinco dias estipulado para a empresa responder às solicitações já havia se esgotado na véspera dessa última análise. O secretário frisou ainda que vai "tomar algumas providências em relação a isso".

Dino ainda reforçou que as sanções podem ir de "multas até eventualmente a suspensão das atividades em território nacional". A portaria prevê penalidades de até R$ 12 milhões.

A falta de cooperação do Telegram é o empecilho mais recente na cooperação que o ministério tem tentado construir com as plataformas de tecnologia e redes sociais para monitorar e remover contas e publicações com conteúdos extremistas. Há duas semanas, o Twitter havia se negado a excluir perfis com fotos e nomes aludindo a autores de ataques em escolas. A empresa de Elon Musk, depois, recuou da intransigência de posicionamento e decidiu atender às demandas do ministério após a publicação da Portaria 351.

PRISÕES

Ao longo dos últimos 15 dias, a Operação Escola Segura pediu a remoção de 812 conteúdos para investigação. No mesmo período, 302 suspeitos de ameaçar ou atentar contra escolas foram presos ou apreendidos, 270 ações de busca e apreensão de armas letais, não letais e artefatos que sugerem ligação com grupos extremistas foram realizadas e outros 1.738 casos são investigados.

"Falou em nazismo, neonazismo, ameaçou a escola, disse que vai fazer ataque, estamos pedindo a prisão e vamos continuar", afirmou Dino nesta quinta. "Não há possibilidade de convivermos com esse clima que alguns poucos querem criar em detrimento de 40 milhões de estudantes brasileiros." Ainda conforme o ministro, há uma "decisão judicial relativa ao Telegram" em andamento, apesar de a plataforma ser a única que não tem cooperado com o governo federal nos últimos dias. "Há um intuito colaborativo muito maior do que havia há dez dias. Em nome do povo brasileiro, quero agradecer."

SEM RESPOSTA

O Estadão tentou contato com o Telegram, mas não obteve resposta até 18h30 de ontem.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Juventus conseguiu, momentaneamente, reverter a punição de 15 pontos sofrida no Campeonato Italiano por fraudes fiscais em contratações de jogadores. Desta maneira, assumiu a terceira posição na competição, hoje sendo uma das classificadas à Liga dos Campeões da próxima temporada. O clube de Turim ainda corre risco em novo julgamento, mas sofreria uma punição mais branda e somente na temporada 2023/24.

Nesta quinta-feira, O Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Italiano (CONI) aceitou o recurso da Juventus e revogou, temporariamente, a punição anunciada no dia 20 de janeiro pelo Tribunal de Apelação da Federação Italiana de Futebol (FIGC).

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O Colégio de Garantia é um órgão independente e a terceira e mais alta instância da Justiça Desportiva da Itália. Ele resolveu atender ao recurso da equipe de Turim tendo como base a "falta de consistência" na motivação da sanção imposta.

Coma devolução dos pontos, a Juventus salta dos 44 para os 59, saindo do sétimo posto para a terceira colocação, atrás apenas do líder Napoli e da Lazio, segunda colocada. O clube não celebra a decisão pois ainda corre risco se ser penalizado em nove pontos pelo FIGC - tal pena seria para a próxima edição do Italiano.

Além do recurso dos pontos, o CONI também aceitou a apelação contra as punições aos dirigentes do clube, Pavel Nedved, Enrico Vellano e Paolo Garimberti, que estavam inabilitados de exercer suas funções e agora estão liberados para voltar a trabalhar.

Em contrapartida, o ex-presidente Andre Agnelli continua afastado dos cargos diretivos por dois anos, assim como Fabio Paratici e Federico Cherubini, então membros do conselho do clube, ainda suspensos por 30 e 16 meses respectivamente.

A decisão da Justiça francesa pela absolvição da fabricante Airbus e da companhia aérea Air France pelo acidente do voo AF447 foi recebida com surpresa por familiares das vítimas. Ao Estadão, Nelson Faria Marinho, diretor da Associação das Vítimas do Voo 447, afirmou que o legado deixado com a absolvição desta segunda-feira, 17, é de "destruição".

O avião fazia a rota Rio-Paris no dia 1º de junho de 2009 e caiu durante à noite, no Oceano Atlântico, vitimando 228 pessoas - entre elas 58 brasileiros. A investigação concluiu que vários fatores contribuíram para a tragédia, como erro do piloto e congelamento dos sensores externos da aeronave. A Justiça francesa absolveu as duas empresas da acusação de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) por considerar que não foi possível demonstrar "nenhuma relação de causalidade" segura com o acidente.

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Quando os juízes leram a decisão no tribunal de Paris, foi possível ouvir soluços entre os familiares das vítimas presentes na corte.

Para Marinho, há "parcialidade" na decisão em razão de o julgamento ocorrer em território francês, uma vez que a fabricante e a companhia aérea têm a França como país de origem.

"Não esperava essa decisão. A gente sempre tem aquela esperança de que a coisa vai caminhar diferente. Eu devolvo à França a frase Charles de Gaulle, ex-presidente da França, de que o Brasil não era um país sério. A França não é séria. Esperava que eles fossem condenados. A Air France por não ter a decência de manter regularmente a manutenção no avião, e a Airbus por ter fabricado um avião assassino e continuar voando", afirma Marinho.

Na tragédia, o representante da associação de vítimas perdeu o filho Nelson Marinho Filho, na época com 40 anos. Pelos familiares, a decisão da Justiça francesa é encarada como uma não conclusão da história. "O legado que eles deixaram foi de destruição, não só financeira, mas emocional. Você me fazendo essa pergunta hoje, parece que o acidente foi ontem. Isso vai se arrastar para o resto da vida. Eu já perdi pai, mãe, irmãos, mas a perda do filho não consigo traduzir em palavras", afirma.

Marinho compara a decisão da Justiça francesa com a da Justiça americana, que condenou a fabricante norte-americana Boeing a pagar US$ 12 milhões aos familiares das 157 vítimas de um acidente com a aeronave 737 Max, em 2019. "Eu esperava que eles se espelhassem nessa decisão do caso da Boeing", diz.

De acordo com o representante dos familiares, a expectativa era de que a Justiça reconhecesse possíveis problemas técnicos na aeronave, e não no piloto. Ele afirma que, enquanto esteve na França, conversou com profissionais da área, e que o que ouviu foi que o avião é "problemático". "Vem uma decisão que o avião estava tudo correto. Não estava. Eu posso lembrar daquela noite, em que todas as companhias aéreas desviaram daquela rota, e a Air France foi. Se fala muito no congelamento das sondas de velocidade Pitot, mas quem deu defeito primeiro foi o radar, que não detectou a tempestade, e o avião foi para o chão."

O aposentado ainda afirma: "Nenhum piloto no mundo daria jeito, por mais que experiente que fosse".

De volta ao Brasil para prestar esclarecimentos à Polícia Federal, Jair Bolsonaro teria dito a aliados que pretende concorrer ao Senado em 2026 para driblar as investigações e os processos na Justiça comum e no Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal O Globo

O ex-presidente enxerga que a eleição ao Senado é o caminho mais "tranquilo" para ele e para a esposa Michelle, que também está no radar do PL para concorrer à Casa. Vale destacar que o mandato de senador dura oito anos. 

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Assim como o movimento do marido, a campanha pelo nome da ex-primeira-dama seria um meio de tentar sair da mira da Justiça. 

Conforme publicado pela Folha de S. Paulo, Bolsonaro tem dito que, ao lado de Michelle e do filho Flávio, poderia liderar um bloco de oposição no Senado. Além da vitória do casal, Flávio ainda precisa desistir de se lançar para a Prefeitura do Rio no próximo ano. 

Para que os planos de 2026 não sejam frustrados, Bolsonaro precisa evitar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspensa seus direitos políticos. Ele já prestou o primeiro depoimento no inquérito das joias trazidas da Arábia Saudita de forma ilegal e também deve prestar esclarecimentos à PF sobre seu envolvimento com a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro. 

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou na quinta-feira, 13, o pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis, dono das marcas de cerveja Itaipava, Crystal e Petra. A empresa soma dívidas estimadas em R$ 4,2 bilhões em março, e havia feito o pedido de recuperação à Justiça em 27 de março. Com a decisão da juíza Elisabete Franco Longobardi, da 5.ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, ficam suspensas todas as ações ou execuções contra a companhia.

Com 24 mil empregos diretos e 100 mil indiretos estimados, o grupo alegou atravessar uma crise de liquidez que já perdurava um ano e meio.

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A empresa afirmou ter registrado uma "drástica redução de receita" no período, "em razão da grande queda no volume das vendas", de acordo com a defesa realizada pelo escritório Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo e Cotta Advogados.

Também disse ter sido impactada pelo "aumento incessante da taxa Selic, utilizada sucessivamente pelo Banco Central como principal ferramenta de política monetária para combate a inflação".

"Diante do atual nível de endividamento do Grupo Petrópolis e mantidos os spreads das operações atuais, o aumento da Selic/CDI gera um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa", afirmou a empresa.

No fim de março, a Justiça havia concedido ao grupo uma tutela cautelar de urgência que determinava a liberação dos recursos da empresa pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. A decisão também nomeava como administradores judiciais o escritório de advocacia Zveiter e a empresa Preserva-Ação, do advogado Bruno Rezende.

O Grupo Petrópolis detém participação de 13% no mercado de cervejas do País. Segundo a petição em que pediu recuperação judicial, a empresa vendeu no ano passado 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, representando uma queda de 23% na comparação com 2020. Essa redução significou um recuo de 17% na receita bruta do período.

A companhia também acusou os concorrentes da adotarem um "planejamento tributário abusivo", condenado pela Receita Federal, para conseguir não repassar o aumento de custos dos últimos dois anos ao consumidor final. O Grupo Petrópolis, de acordo com sua defesa, não adotou a mesma prática e precisou reduzir as margens para continuar competitiva, o que também a teria prejudicado.

Por isso, a empresa afirmava que as medidas solicitadas no pedido de recuperação judicial eram urgentes para evitar "iminente estrangulamento do fluxo de caixa" diante do vencimento de dívidas financeiras.

A ex-deputada federal e jornalista Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) afirmou nesta quinta-feira (13) através das suas redes sociais que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada pelo Tribunal de Justiça a pagar uma indenização após veicular uma montagem de d'Ávila caracterizada como "diabo" e chamá-la de genocida.

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A publicação da bolsonarista foi feita em fevereiro de 2022 e tinha como alvo, além de Manuela, as deputadas federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP). As três apareciam na foto divulgada por Zambelli caracterizadas como figuras diabólicas, com chifres e olhos vermelhos, e eram chamadas de “genocidas”.

No post, d’Ávila reflete sobre o teor da montagem replicada pela parlamentar que é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Ter a imagem associada ao diabo, ao mal maior, é algo frequente quando somos vítimas de campanhas permanentes por parte dos grupos de extrema direita. Hoje o Tribunal de justiça condenou a deputada Carla Zambeli a me indenizar por publicar essa imagem me chamando de genocida. A indenização não paga (nem apaga) o que eu e minha família vivemos juntos nos últimos anos. Não apaga a violência, as ameaças, as consequências reais na minha saúde física e mental por sofrer esses ataques misóginos virtuais. Mas, de algum modo, faz justiça. Tá me devendo, hein Carla?'', escreveu.

Violência política contra Manuela d'Ávila

Em 19 anos de vida política de Manuela d'Ávila, os oito últimos foram marcados pela violência política de gênero. Além de receber várias ameaças de mortes e estupro contra a sua vida e da sua filha de sete anos de idade, há ataques à sua aparência e à vida pessoal, além de montagens, fake news, e ataques em ambientes públicos. Em 2018 quando foi candidata a vice-presidente da chapa presidencial com Fernando Haddad (PT-SP), sofreu ataques de grupos bolsonaristas e de candidatos apoiadores do ex-mandatário.

A filha de Manuela, Laura Leindecker, já foi ameaçada e agredida diversas vezes. Em junho de 2022, um pai de uma colega da escola que Laura estuda, tirou uma foto da criança e enviou para grupos que disseminam ódio nas redes sociais.

 

O ex-presidente americano Donald Trump volta a comparecer à Justiça, nesta quinta-feira (13), para ser interrogado em um caso de fraude em sua empresa Trump Organization, uma semana após seu indiciamento em outro processo criminal.

Neste caso civil, a procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, está instaurando um processo contra Donald Trump e três de seus filhos, dos quais reclama 250 milhões de dólares (em torno de 1,22 bilhão de reais) por supostas fraudes fiscais e financeiras na avaliação dos ativos do grupo.

"Estou indo para o centro (de Nova York) para me encontrar com uma racista que vazou que estarei lá às 9h30", escreveu Trump sobre a procuradora, uma democrata afro-americana eleita nas urnas.

Consultados na semana passada pela AFP, os serviços da procuradora-geral não confirmaram esta audiência, que poderá acontecer em seus gabinetes.

A procuradora já havia interrogado Trump sob juramento em agosto passado. O julgamento está previsto para começar em 2 de outubro de 2023.

O ex-presidente, que aspira a voltar à Casa Branca nas eleições de 2024, qualificou o caso de "ridículo", "igual ao resto dos casos de interferência eleitoral dos quais sou objeto".

James acusa o magnata republicano de 76 anos e seus três filhos de terem manipulado "deliberadamente" os ativos do grupo – que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades – para obterem empréstimos bancários mais vantajosos, ou para reduzirem impostos.

Este caso é diferente do processo criminal, em que ele foi indiciado na semana passada. Neste último, foi acusado de 34 crimes por suposta fraude contábil e fiscal para ocultar um pagamento a uma atriz pornô feito para comprar seu silêncio na reta final das eleições de 2016. O objetivo era evitar que viesse a público um suposto relacionamento entre ambos dez anos antes, o que Trump sempre negou.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) solicitou a exclusão de 270 contas do Twitter que veiculavam hashtags relacionadas a ataques contra escolas de todo o país. A informação foi divulgada neste domingo (9) pela pasta. Hashtags são palavras-chave ou termos associados a uma informação ou discussão que se deseja indexar de forma explícita em aplicativos, como Twitter e Facebook, antecedidos pelo símbolo cerquilha (#).

Segundo informou o ministério, por meio de sua assessoria de imprensa, tanto conteúdos como autores estão sob investigação. Foram cumpridos também mandados de busca, resultando na apreensão de sete armas. Um suspeito foi preso. Foi solicitada ainda que a plataforma Tik Tok retire do ar duas contas que estavam transmitindo conteúdo que incitava medo nas famílias. O trabalho foi realizado pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

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Escola segura

Os participantes da Operação Escola Segura identificaram mais de 80 perfis que tiveram seus links removidos, face à violação de política da plataforma. O conteúdo desses links foi preservado a pedido do Ministério da Justiça para que seja possível avançar nas investigações. Foram realizadas diversas ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas em todo o Brasil, entre as quais a busca por perfis nas redes sociais com postagens relacionadas a crimes contra a vida e discursos de ódio.

Delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras também monitoraram ameaças na internet relacionadas a possíveis ataques. Os dados estão sendo analisados pela equipe do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do ministério, que se dedicará exclusivamente a esse trabalho nos próximos dias, em regime de plantão 24 horas. Qualquer cidadão poderá denunciar ameaças ligadas à segurança de escolas e alunos no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O canal exclusivo para receber informações de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino foi criado pelo ministério, em parceria com a SaferNet Brasil. Essa associação civil de direito privado atua na promoção dos direitos humanos na internet e, desde 2006, oferece uma plataforma online para denúncias de conteúdo ilegal ou prejudicial na rede. A organização atua como um canal direto entre os usuários da internet e as autoridades, oferecendo um ambiente seguro e confidencial para o envio das denúncias.

Nas ações que integram a Operação Escola Segura, organizada pelo MJSP em parceria com os estados, trabalham de forma integrada 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública (Polícias Civis e Polícia Militar). A operação vai vigorar por tempo indeterminado, de forma contínua e durante vinte e quatro horas por dia, reunindo centenas de profissionais.

Levantamento

Desde o recente caso de ataque ocorrido na última quarta-feira (5), em escola de Blumenau (SC), em que quatro crianças morreram e, pelo menos, mais cinco ficaram feridas, o Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP tem apoiado o Grupo de Trabalho Interministerial no levantamento de informações sobre possíveis ameaças às escolas, por meio de monitoramento em redes sociais. Representantes da área participaram da primeira reunião do GT realizada na quinta-feira (6), no Ministério da Educação (MEC).

O Ciberlab atua em diversas frentes para combater os crimes virtuais. Para isso, o laboratório conta com uma equipe especializada em tecnologia da informação, que utiliza técnicas avançadas de investigação para rastrear a origem de crimes virtuais e identificar os responsáveis. A partir dos crescentes casos de violência em centros de ensino do Brasil, o Ciberlab também tem atuado em ações preventivas de ataque às escolas e creches brasileiras, produzindo relatórios que são encaminhados às polícias estaduais de todo o país.

Uma nova resolução do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), com validade retroativa, desde 1º de abril, aumentou a remuneração dos desembargadores e juízes de direito. A decisão foi publicada no Diário Oficial na última terça-feira (4). A remuneração dos desembargadores, na forma de subsídio, passa a ser de R$ 37.589,96. Em 2024, haverá outro aumento para R$ 39.717,69, a partir de 1º de fevereiro. Por fim, o aumento passa para R$ 41.845,49, a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Segundo a resolução, os juízes de direito de Terceira Entrância receberão “noventa e cinco por cento do subsídio de Desembargador, observando-se, quanto aos demais juízes de primeira instância, escalonamento, de uma para outra entrância, de cinco por cento“. A aplicação da resolução vai se estender aos magistrados aposentados e aos pensionistas de magistrados do Poder Judiciário do Estado. Segundo o Diário Oficial, as despesas serão pagas por recursos próprios do TJPE.

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O aumento decorre do reajuste de 18% concedido por lei federal aos ministros do Supremo Tribunal Federal. O Senado aprovou, em dezembro de 2022, o aumento da remuneração dos ministros, também parcelado em três anos.

Por meio de nota, o TJPE informou que o reajuste "observa a regra contida no art. 140, da Lei Complementar Estadual nº 100, de 21 de novembro de 2007, e implementa as determinações da Lei nº 14.520/2023, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional".

O tribunal também disse que os subsídios da magistratura estadual não tinham aumento desde 2019. Além disso, "os percentuais autorizados pelo Congresso Nacional ficam longe de repor as perdas inflacionárias do período".

 

A Justiça do Maranhão autorizou que uma escola particular, localizada em São Luís, faça revista de bolsas e pertence dos alunos, funcionários e visitantes na instituição. A medida atende à solicitação do Colégio Literato, que registrou duas ameaças de ataques nos últimos dias.

A gestão da escola afirmou que mensagens foram encontradas, dentro do banheiro do colégio, incitando um possível ataque no local. O episódio gerou um clima de insegurança na comunidade escolar e a solicitação da ação de vistoria foi judicializada.

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"O Colégio Literato ingressou com ação judicial e obteve autorização judicial para promover a vistoria de pertences de alunos, colaboradores e visitantes quando achar necessário. Ressaltamos que se trata de uma medida excepcional, autorizada judicialmente, e será executada com a indispensável discrição e cautela para que seja preservada a intimidade de nossos alunos e colaboradores", diz trecho da nota da instituição.

O pedido do colégio foi proferido pelo juiz José Edilson Caridade Ribeiro. Na decisão, o magistrado alega que a ação foi acatada para preservar a segurança dos alunos e da comunidade escolar, além de tranquilizar os pais e responsáveis.

Donald Trump se apresentou à Justiça nesta quarta-feira, 4, e deve se tornar o primeiro ex-presidente americano a ser fichado em um processo criminal nos Estados Unidos. Ele compareceu à Justiça de Nova York e está sob custódia para uma audiência preliminar do caso que o acusa de subornar uma atriz pornô com verbas não declaradas durante a sua campanha pela Casa Branca em 2016. Nesta primeira audiência, Trump deve ouvir todas as acusações feitas contra ele, fornecer suas impressões digitais, fotografia e dados pessoais à Justiça americana, e ouvir seus direitos perante a lei, se tornando oficialmente réu no caso.

O caso, apresentado na cidade que tornou Trump famoso como empresário e estrela de reality shows, envolve um pagamento clandestino de US$ 130.000 que seu agente, Michael Cohen, fez à estrela pornô Stormy Daniels, em os últimos dias da campanha de 2016. O pagamento, que Cohen disse ter feito sob orientação de Trump, garantiu que Daniels não tornaria pública sua história de uma ligação sexual com Trump.

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Oficialmente, Trump está detido sob custódia, para que suas informações pessoais sejam colhidas e conduzido ao tribunal. No entanto Trump não deve ser algemado, pois permanecerá sob constante proteção policial. Seu desejo, segundo informações de pessoas próximas, era ser algemado para poder explorar politicamente a imagem.

Trump, que foi indiciado na semana passada, negou todas as irregularidades, e as acusações que ele enfrenta, que permanecem sob sigilo. Informações iniciais davam conta de que seriam mais de 30 acusações contra o ex-presidente.

Depois de sair de um SUV e acenar brevemente, Trump foi escoltado para dentro do escritório do promotor distrital de Manhattan. As acusações exatas contidas na acusação contra Trump, votadas por um grande júri na semana passada, não serão reveladas até que ele compareça perante o juiz Juan M. Merchan, juiz da Suprema Corte estadual, que ouvirá o caso.

Ele chegou a Nova York na segunda-feira, 3, para se apresentar nesta terça, 4, ao tribunal, em um episódio que demandou intenso esforço de segurança devido a riscos de confrontos entre apoiadores e opositores do ex-presidente que se reuniram em frente ao tribunal.

O ex-presidente entrou no tribunal por volta das 13h24 locais (14h24 de Brasília) por uma porta especial que dá acesso a um elevador privado reservado ao promotor distrital e juízes, após fazer uma carreata da Trump Tower, no centro de Manhattan, onde passou a noite de segunda-feira. Ele andou sozinho em um carro com agentes do Serviço Secreto, mas foi acompanhado ao tribunal por vários advogados e assessores políticos em outros veículos.

Próximos passos

O comparecimento do ex-presidente ao tribunal hoje, no entanto, é apenas um passo no que provavelmente será um longo processo legal. Os próximos passos incluem uma série de audiências, onde o juiz do caso deve ouvir as argumentações da defesa e decidir se deve arquivá-lo ou não.

Juristas dizem que a base do caso envolve uma interpretação incomum da lei estadual, que vincula um crime na esfera estadual a outro na alçada federal. Essa nova interpretação, acreditam os especialistas, não deve servir para anular o caso, mas o ambiente político carregado da denúncia torna seu desfecho imprevisível. A principal estratégia dos advogados de Trump no caso deve ser convencer o juiz que essa interpretação da promotoria está equivocada.

O último passo é o julgamento. Caberá aos jurados definir se o republicano é ou não culpado das acusações, após a apresentação das provas da acusação e da defesa.

A grande questão - se Trump acabará na cadeia ao fim do processo ou não - depende não apenas da acusação, mas também da extensão da condenação. A acusação de não declarar o pagamento pelo silêncio de Stormy Daniels seria, na lei americana, mais ou menos o equivalente a uma contravenção. De acordo com a lei do estado de Nova York, poderia render a Trump até quatro anos de prisão.

Mas as acusações podem ser reduzidas, as sentenças variam caso a caso e, em geral, é incomum que uma pessoa sem antecedentes criminais seja condenada a uma pena de prisão extensa. Além disso, outros atenuantes podem fazer com que Trump passe um dia sequer atrás das grades. Pelo menos no caso Stormy Daniels.

Efeitos políticos

Trump enfrenta vários outros inquéritos que podem resultar em acusações, e talvez sejam até mais prejudiciais para sua carreira política. Suas ações em torno de sua derrota eleitoral e seu manuseio de documentos confidenciais são o foco de investigações federais. E um promotor da Geórgia está nos estágios finais de uma investigação sobre as tentativas de Trump de reverter os resultados eleitorais naquele Estado.

Tudo isso se desenrola no contexto de sua terceira candidatura à Casa Branca. A acusação de Trump lançou a disputa pela indicação republicana - que ele lidera na maioria das pesquisas - em território desconhecido.

Ao mesmo tempo, ele alternadamente se preocupava e se gabava com a perspectiva de uma prisão, enquanto seus assessores aproveitaram o indiciamento para aumentar a arrecadação de fundos e empurrar os rivais de primárias para uma dança desajeitada entre criticar os promotores e apoiar Trump.

Na Casa Branca, a porta-voz da presidência, Karine Jean-Pierre, disse que o fichamento de Trump não é uma prioridade hoje para o presidente Joe Biden. "Obviamente, ele será atualizado das notícias no momento do dia em que puder fazer isso, mas não é uma prioridade para ele", disse a porta-voz. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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